ID502
Perfi clínico-epidemiológico das pacientes admitidas em uma Unidade de Terapia Intensiva
Obstétrica sob assistência fisioterapêutica em uma maternidade pública de Fortaleza
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Riany de Sousa Sena, Ana Karine Fontenele de Almeida, Elisete Mendes Carvalho, Suzane Vieira
Saintrain
Contextualização: Pacientes obstétricas internadas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são
consideradas um grupo particular em relação aos pacientes críticos, seja pela presença de um feto,
pelas alterações fisiológicas próprias da maternidade ou por doenças específicas da gravidez.
Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico das pacientes internadas em UTI obstétrica sob
assistência fisioterapêutica em uma Maternidade pública da cidade de Fortaleza, CE. Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo no período de fevereiro a maio de 2010. Os dados foram
coletados dos prontuários e livros de ocorrência de fisioterapia referentes as pacientes internadas na
UTI obstétrica no período de dezembro de 2008 a dezembro de 2009. Análise estatística: Foi
realizada de forma descritiva, utilizando-se o Graphpad Prism versão 5 e apresentados em forma de
freqüências simples e percentual. Resultados: Do total de 47 prontuários investigados, 31 pacientes
(66%) encontravam-se no período pré-parto, enquanto 16 (34%) estavam no período pós-parto. A
idade das pacientes variou de 12 a 41 anos (média de 27 ± 7 anos). Em relação à procedência, 32
(68%) eram oriundas da cidade de Fortaleza e Região metropolitana, enquanto 15 (32%) eram
procedentes de outras cidades do interior do Ceará. A maioria das pacientes era multípara (58%),
havendo um predomínio do parto cesáreo (82%) sobre o parto vaginal. Com relação à idade
gestacional no momento da admissão na UTI, observou-se uma média de 27 semanas nas grávidas
do estudo. As principais causas de internação foram síndromes hipertensivas da gravidez (55%),
hemorragias (19%), infecções puerperais (15%) e cardiopatias (8%). A média de dias de internação
na UTI foi de 12 dias, sendo que o período médio de assistência fisioterapêutica foi de 8 dias. A
maioria das pacientes recebeu alta da UTI 34 (72%), 7 (15%) foram a óbito e 6(13%) foram
transferidas. Conclusão: Conhecer melhor o perfil de pacientes internadas em UTI obstétrica pode
contribuir para promover uma melhor assistência fisioterapêutica a esse grupo particular de
pacientes críticos.
Palavras-chave: unidade de terapia intensiva, fisioterapia, gravidez.
Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 453
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