1 RELATÓRIO Visita a Austrália 25/9 a 5/10/2011 John N.Landers Patrocinadores: AGRISUS e Syngenta Motivos da viagem 1. Participar do V World Congress sobre Agricultura Conservacionista; 2. Apresentar palestra na sede da CSIRO em Canberra. 3. Trazer informações de inovações para o Brasil. V WCCA O autor deste relatório (JNL) aproveitou bastante das matérias apresentadas e dos contatos com pesquisadores do mundo inteiro. Porem, o Congresso foi organizado por pesquisadores e incorporou muita pouca participação de produtores. Isto não somente desprestigia a capacidade intelectual dos produtores de PD, mas omite a forca inovadora dos produtores e seus contatos produtor-produtor, que sempre levaram o PD adiante. Isto especialmente nos países onde a pesquisar/ou a extensão oficial não se engajaram no PD. Isto não é o caso da Austrália, mas sim e na Europa e outros países onde se espera a expansão no mundo. Far-se-á representação a FEBRAPDP a fim de sugerir na VI WCCA uma seção inteira para produtores, com a finalidade de promover o intercambio produtorprodutor e expor os pesquisadores `realidade econômica dos produtores e aos seus novos idéias e conceitos. Um exemplo do divorcio da pesquisa da realidade foi a diretora de pesquisa de trigo da Índia, quando indagado sobre as possibilidades para a agricultura conservacionista (AC) aplicada a soja na Índia, respondeu que não seria procedente em função do alto nível de inoculo de patogenos na palha. Foi impérvia ao argumento que tem mais de 20 milhoes de ha. em soja PD no Brasil. Essa e uma opinião totalmente desinformada, do tipo que breca os avanços de PD/AC. No trabalho “About the necessity of adequately defining no-tillage - a discussion paper”, (Anexo I) JNL foi o segundo co-autor entre oito notáveis mundiais do PD. A mesma foi matéria de um workshop no Congresso, onde JNL defendeu uma clara demarcatória entre Cultivo Mínimo e PD, porém, parece que o strip till vai ser colocada por debaixo da guarda-chuva de AC. Mas o ponto mais importante era a chamada para definir bem a tecnologia usada para permitir comparações inequívocas entre experimentos. O Don McCabe (produtor) presidente da Associação Canadense de Conservacao de Solo e Agua forçou a barra da definição do CA para admitir a incorporação de N liquido no outono com subsolador, porem John Hassell, diretor de pesquisa da Agrotain e ex-presidente do CTIC, me confidenciou que com o novo inibidor Agrotain de volatilização de N, a ureia pode ser aplicada na superfície na época de plantio, ou depois, sem perdas significativas. Então, será pura teimosia por parte deste produtor de mexer com o solo para aplicar N? Em outro workshop JNL criticou o representante de Embrapa que disse que terá um protocolo de carbono pronto para consubstanciar os ganhos na redução de GEEs ate 2020. Como JNL já havia levantado este problema em 2008 e por escrito no XVII Cong. Brás. de Conservação do Solo e Água, fica inadmissível que o produtor rural seja burlado 2 de aproveitar do mercado de seqüestro de carbono por falta de um protocolo oficial. Falta peito para usar os dados atuais e promover o protocolo melhor possível, que seria melhorado ao longo do tempo, mas que seria funcional já. E um exemplo de pesquisadores discutindo o sexo do anjo em quanto, tocando violino em quanto Roma se queima. Veja Anexo II. O pôster do JNL aceito pelo evento para ser publicado nos anais como trabalho condensado foi intitulado “The Role of Zero Tillage for Biodiversity Conservation in Brazil’s sub-humid and humid tropics” (Anexo III) e foi praticamente único nessa área. Infelizmente o arquivo do pôster se corrompeu e não foi possível imprimir, nem em Brisbane. O texto foi postado em preto e branco. • • • • Assuntos de interesse direto do Brasil : Controlled Traffic Farming (CTF) O trabalho apresentado por Don Yule demonstrou o principio de bitolas uniformizadas em torno de um modulo standard, o que é perfeitamente compatível com PD, deixando a terra entre as linhas de bonde permanentes absolutamente sem compactação, otimizando a estrutura ate uma fofura semelhante ao solo de floresta. Este sistema tem aplicação direta para algodão e depende somente do investimento para uniformizar as bitolas na maquinaria. Para cana, os usineiros levantam o problemas dos reboques usados para retirar a cana picada do campo, dizendo que a terceira meandra muito. Na opinião do Dr. Don Yule, isto e contornável com GPS ligado ao trem de rodagem, um tanto caro, mas em evitar o preparo do solo, se paga em pouco tempo, especialmente quando rateado sobre os hectares totais servidos pelo reboque. Sugestão para a cana do Dr. Cardoso, porém comparando com a inovadora colhedeira de cana desemhado para reduzir a compactação. A possibilidade de pastoreiar trigo e congêneres Ate o inicio de alongamento do haste floral pode ser feito sem prejudicar a produtividade de graos (vide excelente trabalho Kirkegaard et al. 2011 nos anais do 5 WCCA, pp 3-7 :Sense and nonsense in conservation agriculture: principles, pragmatism and productivity in Australian mixed farming systems. A nova versão do Happy Seeder Este pode plantar em palha pesada de arroz, evitando a queima tradicional desta biomassa na India e abrindo o caminho para arroz verdadeiramente em PD, no Brasil tanto quanto na Índia. A ultima versão do Happy Seeder se torna também importante na Índia, onde rotaciona arroz irrigado com trigo, admitindo a possibilidade de eliminar o “puddling” do arroz e fazer toda a rotação trigo/arroz em PD total. Atualmente se faz trigo PD após o arroz, de modo a perder todos os ganhos na física do solo obtidos com o trigo PD ao preparar anualmente o solo para o arroz por puddling. Um indice para avaliar sistemas de PD Prof. Glauco Roelof da Universidade Latino-Americano em Curitiba, apresentou um sistema de avaliação simples da qualidade de PD. Este foi desenvolvido em colaboração com a FEBRAPDP no seu projeto com Itaipu. Houve troca de idéias de como integrar isto com o projeto Plantio Direto com Qualidade da APDC, apoiando a certificação da soja RTRS. JNL desenvolveu um sistema mais 3 sofisticado para avaliação de rotaçõ es e esta iniciando um trabalho de aplicar o “Benchmarking” – uma colaboração neste sentido será iniciado. • Inhibidor de volatilização de N-Ureia O produto Agrotain reduz as perdas de N-Ureia por volatilização - ele equivale a uma aplicação de 12,5 mm de água de irrigação (ou chuva) para ter o mesmo efeito. Isto e pode viabilizar a aplicação de uréia em cobertura. Vide Anexo IV. • Avaliação de semeadeiras de disco na Austrália. Dr. J. Desboilles mostrou as razoes e problemas na adoção do uso do disco em semeadeira, em vez do haste/botinha. A maioria dos 200 entrevistados indicaram a opção para o disco com a finalidade de deixar mais palha na superfície. Na área plantada por eles, havia 90% de adoção de PD. Mais palha resultou em maior infiltração da chuva e maior produtividade. Em geral o disco dava maior precisão no plantio e estabelecimento, com menor perturbação da superfície, exceção feito a solos “pegajosos” (ex. vertisolos).. Baseado na constante evolução da procura para semeadeiras de disco, a industria australiana esta respondendo e existem hoje mais de 50 fabricantes desta modalidade. • Relay cropping (inter-semeadurade trigo em algodão) GS Buttar (Índia) demonstrou resultados financeiros muito positivos pela semeadura antecipada do trigo dentro de algodão antes do fim da colheita. Mostrou com trator tipo Tobatta e tipo Trampe. Assim adianta a maturidade do trigo para um período mais favorável, com ganho de produtividade de 3,52 para 4,97 ton/há. Esta situação é exatamente a nossa situação na safrinha, ou no sul no plantio de trigo após soja, com a diferença que aqui a colheita á mecanizado e não manual – precisava ver a resistência a pisoteio da cultura intercalar. Este princípio pode ser aplicado logo pos-plantio, nas pesquisas da Fundação Lucas do Rio Verde-MT, onde Clayton Bortolini está testando vários consórcios. Cópia do trabalho já enviado a ele. • Novo herbicida Foi testado o novo principio ativo pyroxasulfone, (Zollinger KIH 485, grupo de herbicidas oxazole/ pyrazole – inibidor do Sulfonylioxazoline ALS). Aplica-se em pré-emergencia em soja, milho e possivelmente, arroz e trigo, inhibindo a elongação das células dos brotos de inços - parece útil para inços resistentes a outros herbicidas esp. Glyphosate.. É favorecido pelo emprego de semeadeira de disco, pelo pouco revolvimento do solo. Vide Anexo 4 para maiores informações. • Dialogo com Profissionais Conversas de intercambio foram feitas com numerosos técnicos nesta viagem, os mais destacadas sendo : Nilantha Hulugalle - NSW Dept. Primary Industry – pesquisa sobre cultivo mínimo em algodão em vertisols (não pode usar PD em função de legislação para controlar pupae de Heliothis). JNL irá desafia-lo a estudar meios de controle de Heliothis sem cultivo. Colin Piggins – com ICARDA em Iraq, implementando PD com equipamentos de fabricação local, em função de custo reduzido (contato palestra Canberra) Don Yule – consultor da Controlled T|raffic Solutions e líder mundial na aplicação desta tecnologia. 4 Gérard Rass – líder do movimento PD na França, com ótima apreciação da situação política – já conseguiu adesão de representante da Comissão da EU. Gottlieb Basch - Professor de Agronomia em Portugal, ex-presidente da ECAF. Acha que Europa precisa eliminar os subsídios a fim de ´promover a CA. A política da EU somente promove orgânicos. John Dixon – organizador do evento e diretor do Instituto Austaliano de Pesquisa Agronômica Internacional (ex-FAO e CYMMIT, onde conheci) M.L.Jat – pesquisador pioneiro de PD em Ludhiana Univ. agora com CIMMYT Índia no seu programa Global de CA. JNL o visitou em 2006. Pedi ajuda em identificar as regioes na India onde planta soja, para poder estender o PD, a fim de cumprir com exigencias da RTRS. Hafiz Mujeeb-ur-Rehman, Research Planning officer, Punjab Ag. Res. Board. Indicou que a minha palestra em 2006 convenceu os serviços de extensão e pesquisa no Punjab Pakistani de aceitar o PD – me convidou para voltar. Krishna Naudin Eng. Agr. Do Cirad em Madagascar. Fazendo doutorado em Wageningen – presente na minha palestra em Dez. 2010 Christian Thierfelder. CA specialist CYMMIT, Zimbabwe – produzindo resultados científicos comparativos de técnicas definidas dentro de CA. Don McCabe – presidente do Soil Conservation Council of Canada. Produtor praticante, muito enfático que agricultura precisa de gerar lucro e reclama da interferência dos ONGs na vida do produtor. John Hassell - Research and Agronomic Development Director AGROTAIN. Patrocinador do evento. Jean Claude Urvoy. FAO Zimbabwe - .co-ordenador sênior das operações de ajuda emergencial em Zimbabwe. Amir Kassam. Univ. Reading e coord, da Comunidade da Prática de CA (Network da FAO - Ca-COP), ajudou bastante no turnê de palestras em UK 2010. Tony Fischer. Hon. Research Fellow CSIRO, Canberra (organizou a minha palestra na CSIRO), ex-diretor de pesquisa de trigo, CYMMIT. John Blackwell and Harminder Singh Sidhu. Originadores do Happy seeder/ De Charles Sturt Univ. Wagga Wagga NSW e Ludhiana Univ. Punjab Indiano, respectivamente.. Mervyn Aston. Senior Plant Physiologist, agora coord. de intercambios de estudantes, Australian National Univ. Canberra. Indu Sharma (Mrs) Diretora de Pesquisa de Trigo, Indian Council of Agric. Res. John Jacobsen. Sênior Advisor to the CEO of CSIRO, Canberra. Rolf Derpsch Consultor internacional em CA. JNL foi co-autor do trabalho dele (mencionado acima). Anexo I. About the necessity of adequately defining no-tillage - a discussion paper. Derpsch R.1 Friedrich T.2 Landers JN.3 Rainbow R.4 Reicosky DC.5 Sá JCM.6 Sturny WG.7 Wall P.8 Ward RC.9 Weiss K.10 5 1 International Consultant for Conservation Agriculture/No-till, Maciel 322, Asunción, Paraguay 2 Senior Officer FAO/Rome, 3Consultant Brazil, 4GRDC, 5USDA (Ret), 6 UEPG/Brazil, 7SWISS NO-TILL, 8CIMMYT 9Ward Laboratories/Kearney/NE, 10 Landratsamt Tübingen/German Corresponding author: [email protected] Keywords: No-tillage definition, no-till definition, no-till farming definition, zero tillage definition, contradicting no-tillage research results Introduction What is no-till farming? This seems to be a simple question, but 40 years after its introduction in practical farming neither the scientific community, nor teaching institutions, nor the farming industry have yet agreed on a clear definition of this crop production system. There is still confusion about planting system methods that are included or excluded when using the term no-tillage. In other words there is a very broad interpretation and understanding of no-tillage and how it should be performed. But although almost everyone understands that no-tillage farming is agriculture without tillage, this is not precise enough when it comes to define a system with the aim of having comparable research results. It has been shown that low disturbance no-tillage will yield different results when compared to high disturbance no-tillage in terms of carbon and water losses (Reicosky, 2011). A no-tillage system where crop residues from the previous crop have been removed, burned or eaten by livestock will yield different results from no-tillage with full retention of crop residues (Wall, 1999, Sayre et al., 2006). We also know that long term no-tillage research will produce different results than one year or short term no-till as well as disregarding adequate crop rotations will compromise the results of a no-tillage system. Often no-tillage is defined as a production system with minimal soil disturbance not taking into account that for many farmers in Europe minimal soil disturbance means not using the plough while it means invisible no-tillage seeding for experienced no-till farmers in the US or in South America. Therefore it is extremely important to formulate a science based and explicit definition of the no-tillage system if consistent and comparable results are to be achieved among the research community. Often conflicting and contradicting no-tillage research results are the consequence of using local jargon and definitions by different researchers causing misunderstandings of how no-tillage should be put into practice. For this reason, it is necessary to find a consensus for an accurate description and definition of no-tillage. If this cannot be achieved soon, then we will continue to “flounder” and have conflicting and contradicting research results in no-tillage at the national and international level. Description and definition of the no-tillage concept No-tillage or zero tillage is a conservation farming system in which the seeds are placed at proper depth directly into untilled soil that has retained the previous crop or cover crop residues. It is also referred to as no-till. It is considered to be the important element in Conservation Agriculture. Special no-till seeding equipment with discs (low disturbance) or narrow tines/coulters (higher disturbance) open a narrow slot into the residue-covered 6 soil which is only wide enough to put the seeds into the soil at proper depth and cover them with soil. The aim is to move as little soil as possible in order to preserve the surface residues and to reduce potential weed seeds from reaching the soil surface to germinate. No other soil tillage operation is done. The residues from the previous crops will remain largely undisturbed at the soil surface as mulch. Seeding systems that till and mix more than 50% of the soil surface while seeding cannot be defined as no-tillage (Linke, 1998, Sturny et al., 2007). If the whole machine width of soil is disturbed even superficially, then according to CTIC (2011), the system is defined as mulch tillage. A successful no-tillage system has to have adequate weed control. Weed control in notillage is performed through the adoption of appropriate crop rotations including the use of adapted, aggressive species of cover crops or crop associations, mechanical non soil engaging tools like the knife roller and also by applying appropriate herbicides. Adequate nutrient management, including replacement of nutrients exported by crops that are in short supply in the soil and integrated pest management are parts of the system. Some of the environmentally-relevant effects of no-tillage, such as erosion control, improvement of water quality, increased water infiltration (leading also to reduced flood hazard and greater dry season flows), climate related consequences (through carbon sequestration in the soil and lower emissions of other GHGs), will become important only after several years of continuous, uninterrupted practice, generating substantial off-farm benefits for society (Landers et al., 2001). Returning enough plant biomass to the system year by year is a condition for all these environmental benefits to become effective. In Australia no-till and zero-till are considered to have similar meaning although no-till refers to one pass seeding into previously untilled soil with knife-points while zero-till refers to one pass seeding with disc openers (Ashworth et al., 2010). Zero-tillage denotes a higher quality no-till system involving disc seeders, with capacity for full residue retention. The success of no-tillage as a conservation production system, embraced by Conservation Agriculture, is based on its continuous, permanent usage, similar to a permanent pasture (Sturny et al., 2007) and on direct biological diversification through crop rotation and cover crops associated with non disturbance of soil. Indirect diversification also occurs especially in the soil micro- and meso-biota, but also in the surface fauna, such as birds and mammals. The system mimics nature where soil loosening is performed by roots of plants and soil fauna as well as by diversified biological activity. Special requirements of the system must be satisfied to avoid failures and the necessary steps towards a successful transition to no-till need to be followed (Duiker and Myres, 2006, Derpsch, 2008). The fact that the soil is not tilled and remains permanently covered with crop residues leads to reduced soil erosion, to soil sequestration of atmospheric carbon, to increased biological activity in the soil, to better conservation of water, to better efficiency of applied nutrients and increased nutrient availability from biological activity, to improved energy efficiency (Sturny et al., 2007) and to higher economic returns through time (Derpsch et al., 2010). Moreover, no-till is the only farming system known today that fully meets the requirements of a sustainable agricultural production even under extreme soil and climate conditions. 7 The key principles on which no-tillage is based are the same that have been defined by FAO (2011) to characterize Conservation Agriculture and are in this case rigorously implemented. • Continuous minimum mechanical soil disturbance (not more than a narrow slot is opened in the untilled ground to deposit the seeds and no other soil tillage is done). • Permanent organic soil cover (full plant residue retention from previous crops and living plants that provide cover of the entire soil surface continuously). • Diversification of crop species growing in sequence and/or associations (this is mainly being achieved in practice by the use of crop rotations, cover crops and crop associations). The rigorous application of these principles in the no-tillage system implies that the additions of crop residues to the system must be at least greater than the output due to oxidation processes of organic matter. In summary, no-tillage or zero tillage is a conservation farming system in which the seeds are deposited into untilled soil that has retained the crop residues from the previous crop by opening a narrow slot, trench or hole only of sufficient width and depth to obtain proper seed coverage. No other soil tillage is done (adapted from Phillips and Young, 1973 and Köller and Linke, 2001). All aspects of the above description of the no-tillage system are considered to be implicit in this definition. No-tillage is being adopted on more than 100 Million ha worldwide (Derpsch et al., 2010) and on about 70% of arable cropland by countries like Brazil, Argentina, Paraguay, Uruguay, Australia and New Zealand. From 1999 to 2009 the technology has expanded at an average rate of 6 Million ha per year (Derpsch et al., 2010). The main reasons for the rapid expansion are savings in time, labour and fuel, reduced soil erosion, improved water use efficiency and greater nutrient efficiency, which lead to higher profitability and continued progressive profitability for sustainability. This increasingly popular production system deserves an adequate international definition to be agreed on in order to avoid conflicting and contradicting research results in future! Equivalent terms to no-tillage /zero tillage in other languages are; Spanish: Siembra Directa or Labranza Cero. Portuguese: Plantio Direto na Palha. French: semis direct. References: Ashworth M, Desbiolles J, Elkamil T 2010 Disk seeding in zero-till farming systems. A review of technology and paddock issues. Western Australia No-Tillage Farmer’s Association (WANTFA) 223pp CTIC 2011. Conservation Technology Information Center homepage http://www.ctic.purdue.edu/media/pdf/TillageDefinitions.pdf consulted April 2011. 8 Derpsch R 2008 Critical Steps to No-till Adoption, In: No-till Farming Systems. Goddard T, Zoebisch MA, Gan Y, Ellis W, Watson A and Sombatpanit S Eds. 2008 WASWC p 479 – 495. Derpsch R, Friedrich T, Kassam A, Li HW 2010. Current status of adoption of no-till farming in the world and some of its main benefits. Int. J. Agric. & Biol. Eng. Vol. 3. Nº 1. Duiker S, Myres JC 2006 Steps towards a successful transition to no-till. College of Agricultural Science, Agricultural Research and Cooperative Extension, PennState University, 36 p. FAO, 2011. http://www.fao.org/ag/ca/1a.html. Basic principles of conservation agriculture. Accessed on 4/2011. Köller K, Linke C 2001. Erfolgreicher Ackerbau ohne Pflug. 2. Aufl. DLG Verlag, Frankfurt a.M. 176 p. Landers JN, Sant’anna G, Rocha MT, Manfrinato W, Weiss J 2001. Environmental Impacts of Zero Tillage in Brazil - a first approximation. Keynote paper in: I World Congress on Conservation Agriculture, Madrid, 1 - 5 October, 2001. Linke C 1998. Direktsaat – eine Bestandsaufnahme unter besonderer Berücksichtigung technischer, agronomischer und ökonomischer Aspekte. Dissertation, Universität Hohenheim, 482 p. Phillips S, Young H 1973. No-Tillage Farming. Reiman Associates, Milwaukee, Wisconsin. 224 p. Reicosky D 2011. Tillage-induced carbon and water losses. Unpublished research data on high disturbance and low disturbance no-tillage. Sayre K, Govaerts B, Martinez A., Mezzalama M, Martinez M 2006 Comparison of alternative conservation agriculture technologies for rainfed production in the highlands of Central Mexico. Proceedings on CD, 17th ISTRO Conference, Kiel, Germany, 28 August – 3 September 2006, p 1012 – 1018. Sturny WG, Chervet A, Maurer-Troxler C, Ramseier L, Müller M, Schafflützel R., Richner W, Streit B, Weisskopf P, Zihlmann U 2007 Direktsaat und Pflug im Systemvergleich – eine Synthese, AGRARForschung (now "Agrarforschung Schweiz") 14 (8): 350-357. Wall P 1999 Experiences with crop residue cover and direct seeding in the Bolivian highlands. Mountain Research and Development, Vol. 19, Nº 4, 1999, p 313 – 317. Anexo II. Ao : Dr. Aluizio Granato de Andrade, Presidente da Commissão Organizadora, XVII Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água, Rio de Janeiro, 10 a 15 de Agosto de 2008. Rio de Janeiro, 12 de Agosto de 2008 Prezado Dr. Aluizio, Apresento os meus parabéns pela organização e conteúdo deste evento, que epitomisa a altura dos nossos cientistas aos desafios do milênio. Também, de meu 9 coração, agradeço a homenagem feito à minha pessoa, um mero amador na pesquisa, por esta ilustre comunhão de cientistas de solo. Tive a oportunidade de participar, como observador, de uma reunião com pesquisadores da Embrapa à respeito do posicionamento sobre mudanças climáticas. A minha única contribuição foi de observar que seria necessário focalizar no ponto operacional para os produtores rurais, os protocolos para o pagamento de serviços ambientais. Pois, sem o reconhecimento financeiro de ações conservacionistas executadas pelos agricultores, passíveis de serem adotadas com a tecnologia já existente e geradoras de impactos positivos ex-fazenda para o bem comum, ou seja, a mitigação do aquecimento global e da perda de biodiversidade, a adoção das mesmas ficaria muito além do desejável e factível. Isto poderia prejudicar o desempenho do Brasil perante os tratados Internacionais, que estão entrando em fase de maior rigor para os países em desenvolvimento. O que o produtor rural precisa para adotar essas práticas conservacionistas, mormente plantio direto mais avançado, reflorestamento e irrigação mais eficiente, seriam os protocolos para o seqüestro de carbono em solos agrícolas e, já preparando para o futuro, os do balanço de CO2 equivalente. Esses seriam derivados de modelagem, como sugerido na reunião. O importante seria produzir a primeira versão num prazo inferior a 1 ano, com os dados existentes e uma clara indicação do nível provável de erro. Assim sendo, por exemplo, 20% de erro provável, o mercado descontará o mínimo de 20% e negociará títulos baseados nestes protocolos. Neste caso o ideal é o inimigo do bom. O momento de justificar o pagamento de serviços ambientais é AGORA. A melhor estimativa hoje terá muito mais efeito que uma cifra de até três casas decimais daqui há poucos anos. Inclusive uma versão preliminar submetida à agências pagadoras de créditos por mecanismos de desenvolvimento limpo, offsets de carbono, desmatamento evitado, e outros. Sugiro montar um grupo de trabalho, ou força tarefa de cinco cientistas para produzir uma versão inicial para cada bioma1, a fim de circular aos interessados para remeter contribuições na montagem dos protocolos dentro de 3 meses. Isto seria seguido por confecção de posições para cada bioma (um cientista encarregado por bioma). Este processo total deve levar menos de nove meses, para capitalizar sobre o momento atual de influenciar as várias propostas de lei sobre pagamento de serviços ambientais. Os outros serviços ambientais que precisam de um protocolo com certa urgência são (i) O controle de erosão e seus impactos internos (ii) O desmatamento evitado, indiretamente, pela intensificação do uso da terra. Existem dados suficientes, na minha humilde opinião, para fazer modelagens bastante acuradas dessas, assim precisava um outro esforço de preparar estas modelagens, se possível em paralelo ao exercício acima. O que precisamos para começar é de enunciar protocolos gerais por bioma (e sistemas), os quais certamente teriam um resultado menor ou negativo quando comparado ao exercício mais aprimorado. À medida que seja possível subdividir os sistemas e identificar os mais positivos, permitir-se-ia um incentivo diferenciado conforme a eficiência do sistema individual. 1 Os biomas mais importantes: Amazônia, cerrado, caatinga, floresta Atlântica e pampa sulina 10 De imediato, a primeira etapa de fazer um inventário de quais dados existem e quem os detém (inclusive além da Embrapa) em cada bioma, subdividido e classificado ao máximo possível em sistemas, rotações, seqüências anuais de culturas ou culturas individuais. Teria que se estabelecer uma relação aproximada de rendimento x seqüestro de CO2 (integração de CO2, NO2, CH4), para posterior refinamento. Praticamente precisa eleger um pesquisador por bioma com esta incumbência em prazo de 3 meses. Assim, um grupo de trabalho nacional seria composto dos representantes de bioma mais dois co-presidentes (Embrapa e representante de produtores rurais), cuja função seria de dirimir questões não resolvidas. Fiquei desapontado em saber que ainda não temos protocolos que viabilizem o acesso de produtores de produtos não florestais a créditos (offsets) de carbono. Na minha opinião, isto se trata de um assunto de segurança nacional, pois logo afetará a competitividade de nossas exportações, principalmente pela aplicação de tarifas sobre produtos sem origem sustentável comprovada, ou por barreiras não tarifarias como aplicadas como represálias pelo mesmo motivo. Tenho fé que a Embrapa possui cacife suficiente para liderar esse esforço nacional e lograr esta tarefa em prazo exíguo. A mesma representará um aporte fundamental à futura sustentabilidade econômica, do nosso produtor rural, que há de depender mais e mais de pagamentos por serviços ambientais, para possibilitar a adoção dos sistemas conservacionistas necessários à sustentabilidade ambiental de nossa sociedade e do planeta. Coloco-me à disposição para a ligação com o setor privado para o que for necessário a fim de realizar a tarefa aventada, inclusive nas estratégias de busca de recursos. Atenciosamente John N. Landers, OBE Diretor APDC Homenageado na XVII Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água Presidente eleito da Câmara Técnica de Serviços Ambientais da CONACER/MMA a. Dra. Tatiana Deane de Sá Diretora Executiva da EMRAPA 11 Anexo III The Role of Zero Tillage for Biodiversity Conservation in Brazil’s subhumid and humid tropics Landers, J.N. Associação de Plantio Direto no Cerrado, MUDB 9/5, Brasília, DF, Brazil 71680-090 Corresponding author: [email protected] Keywords: biomass, land use intensification, environmental services Introduction Biodiversity conservation and Zero Tillage (ZT) are inseparable, since ZT has many positive on- and off-farm environmental impacts (Landers, 2001).But the key to preservation of the Amazon forest and Cerrado biomes is economic (Margulis, 2003). Paraphrasing Landers et al. (2006), there needs to be a realization that commercial farmers are the key to effective biodiversity preservation, whose benefits are a common good that merits the payment of environmental services (PES). At COP 15, Brazil committed itself to an ambitious low carbon agriculture programme with ZT, in annual crops, pasture renovation and agroforestry as the principal driver of the land use intensification (LUI) required to permit reductions in de-forestation without loss of production. Although now the dominant practice, most ZT in Brazil is below par – average soil cover is little above 30% under the crop (Agroconsult (2011); carbon sequestration and LUI can be improved. Material and Methods Rapid rural appraisals with farmers and interviews with researchers, literature review. Results and Discussion Harnessing the farmers for conservation The environmental conscience of Brazilian ZT farmers is demonstrated in a sample of 485 modern ZT farmers, showing 93% of respondents electing soil conservation as the main motive for ZT adoption of 79.5% (Bastos Filho et al., 2007) ; over 90% of used chemical containers returned. While only a minority of Brazilian (mostly cattle) farmers are responsible for Amazon de-forestation, the majority are responsible farmers, but suffer from a negative image, due to inaccurate or sophist media reporting, with no credit given for obligatory on-farm reserves of 20 to 80% (Amazonia) plus high conservation value areas. These obligations are not present in other major soybean producer countries. Reversing this image is crucial to implementation of PES. To justify such social transfers, quality ZT systems, including ICLZT, can sequester between 0.8 and 2.6Mgha-1yr-1 (Carvalho et al. 2010, Sá et al in press) and agroforestry much more. The current annual value of off-farm impacts is conservatively estimated at US$2.0 billion (adjusted from Landers et al., 2001) which does not revert to farmers. Landers et al.,(2006) demonstrated de-forestation mitigation potential (DMP) in ICLZT models ranging 12 between 1 and 2.5 ha spared per ha in the system. In spite of the outcry against losing native vegetation, pilot programmes on PES for improved water supplies and a subsidized credit line for ICLZT (generated by Landers & Weiss, 2004), Brazilian society has still not accepted the general principle of paying to preserve as, for example, in the Australian Landcare system, while European actions focus on imposing environmental and social criteria on imports, without financial incentives for this. Factors limiting quality in ZT The principal non-climatic limitations for quality ZT are : inadequate biomass generation, little use of biological controls, excessive soil movement in planting (less cover, loss of carbon), management capacity (epecially cattle farmers for ICLZT and agroforestry), excessive dependence on soybeans in the rotation and on Glyphosate (weed resistance) and lack of PES. Low ZT adoption in cotton is due to low lime and nutrient status in the subsoil, reducing yield and favouring land preparation for millet preceding ZT cotton.. Legume introduction into ICLZT pastures is deterred by excessively high seed prices, more demanding grazing management and poor establishment efficiency, needing high seed rates. Some research priority areas A holistic comparison of environmental impacts of ZT, conventional tillage and organic farming is urgently required to bolster PES. Intercropping with green manure in field crops is under investigation in Mato Grosso (C. Bortolini, personal communication, 2011). Farmers report varying levels of success with Trichoderma inoculation for soil fungus control (poor storage quality or inadequate field application), while the root exudates of Brachiaria spp.(widely used in ICLZT) that achieve this, phosphate solubilization via phosphatase and inhibition of de-nitrification have not been brought to commercial reality. Foliar diazotroph inoculation is showing commercial promise in Australia while under development in UK are transfers from sugar cane of rhizosphere organisms for N-fixation and in Brazil Azospirillum inoculants are showing promise. Slug control with a parasitic nematode is still too expensive for commodities but KCl top dressing (at night) needs further investigation and seed pellets to delay germination of undersown crops need to be investigated. UK practice of broadcasting oilseed rape under combine residue could be tested for cover crops in Brazil The Landers system of undersowing legumes in field crops and planting into green legume carpets (Vasconcellos & Landers, 1993) requires further development (L. Séguy, personal communication, 2011), especially for legume establishment before ZT grass planting.. Potential mechanisms for PES Voluntary consumer PES via fair trade labels has been severely limited, indicating a need for a consumer tax for government and international programmes. Nepstad & Stickler (2008) recommend PES as a pre-condition to zero de-forestation in the Amazon. The REDD approach is promising, but eligibility of commercial farmers is not guaranteed, while the Kyoto CDMs and private carbon trading experiences have shown severe limitations in agriculture, e.g.exclusion of soil carbon credits and lack of buyers and carbon sequestration protocols (hopefully imminent). Landers et al.(2006) outlined six possible incentive mechanisms for ICLZT adoption, but the partly-subsidized credit line for ICLZT has little appeal. This author suggests PES via grants of phosphate for renovation of pastures through ICLZT plus more private sector extension training and field demonstrations, to support Embrapa and Ministry of Agriculture activities. PES can 13 be channelled towards better ZT practices, for example, cover crops and direct pasture renovation with one year of ZT maize or rice, that may not be directly profitable, but favour LUI and improved soil quality. References Agriconsult 2011 Estado da Arte e Divulgação do Plantio Direto em 2011, FlorianópolisSC Brazil 44pp, in http://www.agrisus.org.br/arquivos/Rally_versao_corrigida.pdf (accessed 11.6.2011), Bastos Filho G, Nakazone D, Bruggemann G, Melo H, 2007 Uma avaliação do plantio direto no Brasil Agroconsult, Florianópolis-SC, Brazil 5pp. Carvalho JLN, Raucci GS, Cerri CEP, Bernoux M, Feigl BJ, Wruck FJ, Cerri CC, 2010. Impact of pasture, agriculture and crop-livestock systems on soil C stocks in Brazil. Soil & Tillage Research (in press) Elsevier B.V., The Netherlands. Landers JN, Sant’anna G, Rocha MT, Manfrinato, W and Weiss J. 2001 Environmental Impacts of Zero Tillage in Brazil - a first approximation in: I World Congress on Conservation Agriculture, Madrid, 1 - 5 October, 2001 Landers JN, Clay J, Weiss J 2006. Integrated Crop/Livestock Ley Farming with Zero Tillage : Five Case Studies of the Win-Win-Win Strategy for Sustainable Farming in the Tropics. III World Congress on Conservation Agriculture, Nairobi, Kenya. FAO/African Conservation Tillage network (ACT). Margulis S, 2003. Causes of Deforestation of the Brazilian Amazon, World Bank Working Papers No. 22. World Bank, Washington, DC, USA.77pp Nepstad,DC, and Stickler CM 2008. Managing the tropical agriculture revolution. Journal of Sustainable Forestry 27(1-2): 43-56. Sá JCM, Séguy L, Gozé E, Bouzinac S, Husson O, Tivet F, Boulakia S, Forest F, Ferreira AdeO, Briedis C, Santos JBdos 2011. Carbon stock, balance and sequestration rates in no-till soils driven by cropping systems with high biomass input in tropical agroecozones. Soil Use and Management., Wiley-Blackwell, Hoboken NJ, USA (in press). Vasconcellos HP & Landers JN, 1993. Agricultura Sustentåvel no Cerrado pp 523-542 in Cultura da Soja nos Cerrados N.E.Arantes and de Souza, Eds. KP Potafos, Piracicaba, SP, Brazil. Anexo IV. Pyroxasullfone – testes. Nota do Internet : “Valent U.S.A. Corporation is developing Fierce™ Herbicide, a flumioxazin plus pyroxasulfone premix (ainda nao foi registrado nos EUA)..........Because flumioxazin and pyroxasulfone have modes of action distinctly different from the classes listed above, it has an excellent opportunity to provide a new weed resistance alternative for growers. By using Fierce in rotation or in combination with other herbicides, the grower helps to preserve the effectiveness of other herbicides and decreases or delays the chance of developing weed resistance. ……….. Fierce provides residual control of susceptible weeds including glyphosate-, ALS- and triazine-resistant Palmer amaranth, waterhemps, common lambsquarters, velvetleaf, dandelion, marestail, annual nightshades, pigweed species and most annual grasses.