Uma análise das lições apreendidas no Mar do Norte e da retomada das rodadas de licitações em 2013 TM Rio 2016 Perspectivas para a indústria de petróleo e gás no Brasil: Contatos Carlos Assis Sócio do Centro de Energia e Recursos Naturais +55 21 3263 7117 [email protected] Alexandre Rangel Sócio de Consultoria + 55 21 3263 7228 [email protected] 04 Introdução Parte I – Lições aprendidas no Mar do Norte • Noruega 06 • Inglaterra 07 • Brasil 08 Parte II – Perspectivas para novas rodadas • Desafios para o desenvolvimento do pré-sal 09 • Alternativas de investimento para o capital estrangeiro 10 Parte III – A retomada da indústria com as rodadas de 2013 2 • EY • J an 2 0 1 4 • 11ª rodada da ANP 12 • 1ª rodada do pré-sal da ANP 16 • 12ª rodada da ANP 17 Considerações finais 19 EY • Ja n 2014 • 3 Regime de concessão o pagamento da Petrobras ao governo poderá ser feito por meio de títulos da dívida pública mobiliária federal, cujo preço será fixado segundo o valor de mercado. De acordo com o regime de concessão vigente nos antigos contratos de exploração, a propriedade do petróleo extraído em uma determinada área (o bloco objeto da concessão) por um certo período de tempo (em regra, de 20 a 30 anos) é exclusiva do concessionário, em troca de uma compensação de natureza financeira. Quanto aos critérios para definir o valor dos direitos de produção da cessão onerosa, serão estabelecidos por meio de negociações entre a União e a Petrobras, a partir de laudos técnicos elaborados por entidades certificadoras internacionais, observadas as melhores práticas da indústria do petróleo. Caberá à ANP e à Petrobras obter os citados laudos técnicos. Por se tornar proprietário do petróleo extraído, deverá o concessionário pagar ao Estado, em dinheiro, os tributos incidentes sobre a renda (imposto de renda, contribuições etc.) e os royalties – remuneração incidente sobre a receita bruta auferida com a produção do petróleo –, a serem pagos em dinheiro ou em petróleo. Processo na cadeia de valor após uma rodada O desenvolvimento do Brasil no segmento de petróleo e gás abriu espaço para o surgimento de novas empresas para atuar no processo de exploração e produção. Os desafios e as novas descobertas geram a necessidade de novas tecnologias para dar suporte não só na fase de informação de reservatórios (leitura de dados sísmicos, imaging de reservatório etc.), mas também nas diferentes fases como afretamento e operação de sonda, perfuração e completação, serviço de engenharia, e o suporte logístico como transporte aéreo e bases de apoio. Admite-se, ainda, o pagamento pelo concessionário ao Estado de outras taxas, tais como bônus de assinatura (pago na assinatura do contrato de concessão), participação especial (sobre lucros extraordinários do projeto de exploração e produção de petróleo, se níveis elevados de petróleo forem produzidos) e taxa por ocupação ou retenção de área. Regime de cessão onerosa Introdução O ano de 2013 se destacou pelo retorno das rodadas de licitações de petróleo e gás no mercado brasileiro, que desde 2008 (10ª rodada) tinham sido suspensas. A confirmação da existência de imensas reservas no pré-sal não só motivou que empresas estrangeiras pusessem os olhos no Brasil, mas também levou ao surgimento e desenvolvimento de empresas nacionais de pequeno e médio porte. A pergunta a nos fazer é: o que podemos esperar para os próximos anos? Nos últimos 13 anos, as rodadas de licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural promovidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tiveram como principais objetivos a ampliação das reservas e a redução da dependência externa em petróleo e gás natural. Após cinco anos sem rodadas de licitações para exploração e produção de petróleo e gás natural e com grandes desafios no pré-sal por serem conquistados, o Brasil retomou o processo licitatório. Esse período de inatividade em termos de licitações foi interessante para que a Petrobras (empresa na qual o governo detém 51% de participação) buscasse fôlego financeiro para desenvolver a área de Libra, dado que ao começar a fase de desenvolvimento da produção já terá passado a fase de investimentos pesados nos campos da cessão onerosa e dos primeiros blocos do pré-sal. Porém, a produção projetada estará acima dos níveis atuais, e a indústria brasileira que fornece bens e presta serviços para a fase de desenvolvimento de produção terá aumentado seu nível de maturidade. 4 • EY • J an 2 0 1 4 Do ponto de vista legal, a retomada das licitações por parte da ANP motivou uma revisão no modelo de regulamentação da exploração e produção petrolífera. Em 2010, a Lei nº 12.351 instituiu o regime de partilha para o polígono do pré-sal e para outras áreas que venham a ser consideradas estratégicas para o Brasil. As demais áreas com potencial de óleo e gás – cerca de 97% das bacias sedimentares brasileiras – permanecem sob o regime de concessão regido pela Lei nº 9.478 ou o regime de cessão onerosa regido pela Lei nº 2.045. A cessão onerosa de direitos prevê que a União poderá ceder à Petrobras o direito de exercer atividades de E&P, por sua conta e risco, em determinadas áreas do pré-sal, sem licitação, no limite de até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural. O valor desta cessão onerosa será avaliado segundo as melhores práticas da indústria do petróleo, e a Petrobras pagará à União este valor. Segundo o projeto de lei, Exemplo de uma cadeia complexa de exploração e produção Exploração Regime de partilha Pelo contrato de partilha de produção previsto para a exploração dos campos do pré-sal, a propriedade do petróleo extraído é exclusiva do Estado. Cabe ao contratante explorar e extrair o petróleo, às suas expensas, em troca de uma parte do petróleo extraído. As reservas não extraídas permanecem como propriedade do Estado. Geologia & Geofísica (G&G) Desenvolvimento da produção Perfuração, Avaliação e Completação Unidade de Produção (UP) Aquisição de Dados Serviços Interpretação e processamento O contratante assume todos os custos e riscos da exploração, bem como é o único que opera a exploração, não possuindo qualquer direito de indenização por parte do Estado caso o campo explorado não seja comerciável. Os custos e riscos são assumidos pelo contratante em troca de uma partilha da produção resultante. É admissível o pagamento de bônus de assinatura na partilha de produção, mas a prática mais comum é não pagar bônus: vence a licitação o contratante que conferir uma maior participação, em favor do Estado, no volume de petróleo produzido. A parte da produção que cabe ao Estado é retida e vendida ou armazenada por ele próprio, mas o Estado poderá se valer de uma empresa estatal para gerenciar a comercialização de seu petróleo ou mesmo poderá contratar o próprio explorador do campo para administrar e comercializar o petróleo de sua propriedade. A criação de políticas corretas que incentivem o mercado local é o que dará suporte para o surgimento de fornecedores capacitados a ofertar produtos e serviços aos principais atores do mercado brasileiro. É de grande importância a implantação de medidas corretas que gerem um ambiente que estimule a concorrência com o objetivo de fortalecer e desenvolver a indústria. Sistema de Coleta da produção Produção Produçõa e Manutenção Afretamento / Operação de Sonda Perfuração e Completação Serviços Subsea (Instalação) Serviços Manutenção (topside, subsea) Contratação EAMs / Transporte aéreo / Base de apoio Insumos para perfuração e completação Equipamentos perfuração e ferramental Bens Naval Sismicos Proj, Fab e Inst de Módulos e Topsides p/ Sondas / UPs Eq. subsea e ferramental Casco Sondas / UPs Dutos de exportação Navla Aliviadores Naval EAMs M&E industriais (investimento, reposição) Fonte: EY EY • Ja n 2014 • 5 Parte I • Lições aprendidas no Mar do Norte Recentemente a EY realizou um estudo referente à atuação da Noruega e da Inglaterra no Mar do Norte. A área a ser explorada foi a mesma, mas os dois países tiveram diferentes resultados. O estudo foi estruturado sobre três pilares considerados fundamentais para o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás: • Desenvolvimento da indústria nacional: políticas do governo para consolidar a indústria. • Pesquisa e desenvolvimento: estratégias de inovação e tecnologia adotadas para dar suporte ao desenvolvimento da indústria. Produção milhões de boe Tendo em vista que o Brasil tem hoje uma produção de petróleo de 2 milhões de bp/d (barris de petróleo por dia) e que os desafios do pré-sal duplicariam esses valores de produção até 2020, poderíamos afirmar que o Brasil tem como desafio o desenvolvimento de uma produção do tamanho da Noruega. Inglaterra • Tributações: política tributária adotada para o fortalecimento da indústria. O estudo realiza uma análise de cada um dos países. Trazemos aqui alguns pontos relevantes que poderão nos ajudar a entender o que se poderia esperar do Brasil e suas grandes reservas de petróleo e gás. Início Estatísticas Noruega Inglaterra • Produção de petróleo: 2,1 MM b/d • Produção de petróleo: 1,3 MM b/d • Produção de gás: 0,3 bi m3/d • Produção de gás: 0,15 bi m3/d • Reservas de petróleo: 5,2 bi barris • Reservas de petróleo: 5,5 bi barris ► • Reservas de gás: 2,042 bi m3 • Reservas de gás: 520 bi m3 ►Contribuição para a economia • Contribuição 2010: $ 87 bi • Gera cerca de $ 12,4 bi ao ano em impostos • Participação no PBI: 21% • Geração de empregos diretos e indiretos: 350.000 (1,2% do total) • Ingresso do governo: 26% • Empresas offshore: 133 ► • Total investimento: 26% • Representa menos de 3% da renda bruta nacional ► • Fluxo de caixa para o governo: $ 45 bi ►Produção e reservas ► ► ► ► ► • EY • J an 2 0 1 4 Produção milhões de boe 1980 1985 1990 Crescimento No caso da Inglaterra, a política do governo foi diferente: o desenvolvimento da indústria foi focado na maximização da receita no curto prazo, o que trouxe bons resultados no início, porém uma produção irregular na sua fase de crescimento e uma curva com um declive pronunciado a partir do ano 2000. Noruega - Produção Gás Petróleo Pilares para o desenvolvimento da indústria – Noruega 1995 2000 2005 2010 Maturação ►• ►Incentivo a novos entrantes (2003) • ► Foco em maximizar a recuperação de habilidades e conhecimentos locais e de clusters industriais construídos simultaneamente ao longo da costa norueguesa. Uma abordagem mais lenta permitiu que as empresas locais pudessem adquirir experiência, proporcionando a oportunidade de fazer parte de uma nova indústria. Pesquisa e desenvolvimento: financiar pesquisa e desenvolvimento foi a chave para o avanço tecnológico e a transformação de pequenas empresas em operadores de serviços de O&G. Taxa de imposto elevada, mas com benefícios que estimulam a pesquisa e o desenvolvimento no setor. Tributações: implantação de um regime tributário simples, ajustado ao modelo tripartite (Ministério de Energia e Petróleo, Diretório de Petróleo da Noruega e Statoil), que permite uma maior transparência por parte do governo para o setor. Desenvolvimento da indústria nacional: criação de 1975 1980 1985 1990 Fase de crescimento ► Criação do Ministério de Energia • ►• Rodadas de concessão para e Petróleo para representar controlar o desenvolvimento (1965) os interesses das autoridades ►• Criação da Statoil e do Diretório da Noruega (1978) de Petróleo da Noruega (NPD) ►• Desenvolvimento da Hydro e Saga para proteger o interesse como operadora, criando um do Estado (1972) ambiente de concorrência (1979) 6 1975 Os dados apresentados demonstram que a política da Noruega foi baseada no fortalecimento da indústria, porém a sua produção teve um ritmo de desenvolvimento mais lento, respeitando os tempos nas diferentes fases da exploração e produção. Esse desenvolvimento da produção com passos firmes permitiu ao país desenvolver a sua estrutura logística e de suporte ao setor. Noruega Fase de início Petróleo O resultado obtido de uma mesma área de petróleo e gás pelos dois países foi claramente produto da política que cada um deles decidiu pôr na prática. • Empresas offshore: 90 2.000 1.800 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 1970 Gás ► ►51% da BNOC vendida • ►• ►Criação da British National Oil (criação da Britoil – 1982) Corporation (BNOC) e da British Gas Corporation (BGC), em 1976 e 1972 • ► Venda da participação do governo na Britoil e BP (1987) ►•Criação de um escritório de fornecedores offshore para • ► BP adquire a Britoil (1988) incrementar o conteúdo local • ► Foco no gás para compensar (1973) a queda na produção • Empregos gerados: 200.000 ► 2.000 1.800 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 1970 1995 2000 2005 2010 Fase de maturação ►• Maior foco em segurança e meio ambiente ►• Políticas para aumentar a recuperação de petróleo uma empresa nacional (Statoil), que foi privatizada quando o modelo se consolidou; uma empresa de capital misto (Hydro), que em 2007 foi incorporada à Statoil; e uma empresa privada (Saga), que em 1999 foi incorporada pela Hydro. A criação dessas três empresas tinha como objetivo gerar um ambiente de competição perfeito. A Statoil tem sido o foco principal e o agente para o desenvolvimento de experiência no setor norueguês. A abordagem por fases de licenciamento tem contribuído para o desenvolvimento ►• Maior enfoque no gás e no transporte para a Europa ►• Privatização parcial da Statoil (2001) EY • Ja n 2014 • 7 Pilares para o desenvolvimento da indústria – Inglaterra Desenvolvimento da indústria nacional: o governo da Inglaterra focou seus esforços e estratégias no desenvolvimento em curto prazo. A falta de desenvolvimento da indústria nacional gerou uma forte dependência de empresas internacionais, principalmente na fase de queda da produção. As empresas locais só entraram atuando em algumas etapas do processo e com alguns serviços, deixando na mão das empresas estrangeiras os serviços que exigem conhecimento específico. Pesquisa e desenvolvimento: não havia uma estratégia do governo que estimulasse a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico. Isso fez com que a própria indústria tivesse de encontrar novas formas de fomentar a inovação, o que gerou a duplicação de esforços no desenvolvimento tecnológico de petróleo e gás. Não houve esforço sistemático no Reino Unido para desenvolver as capacidades de ensino e pesquisa voltadas para o setor de petróleo e gás. As ligações entre as universidades e a indústria foram desenvolvidas como resultado de esforços acadêmicos individuais. correspondente à multa, gerando desse modo uma sobreprecificação dos serviços. Esse ponto é de importante relevância para ser avaliado porque, se isso continuar no longo prazo, poderá gerar um efeito contrário ao esperado. No ponto do “Desenvolvimento da indústria”, o Brasil fica no meio de ambos os dois países. Por um lado, vem colocando pressão na diminuição da duração das fases e do primeiro óleo sem respeitar o tempo de maturação intrínseco da indústria e os impactos disso no desenvolvimento de uma indústria sólida. Mas, por sua vez, o País busca desenvolver a indústria local (tendo umas das maiores taxas de conteúdo local do mercado) adotando medidas como a aplicação de multas pela falta de cumprimento dos percentuais estipulados. No entanto, os fornecedores incorporam no seu preço o valor a força motriz para a evolução das políticas recentes, o que permitiu que o governo ajustasse a política fiscal levando em consideração a maturidade da bacia. Brasil Qual é o modelo que o Brasil está aplicando? A julgar pelas curvas de produção de ambos os países, podemos observar que o ritmo de produção e os resultados em termos de desenvolvimento obtidos pela Noruega demonstram que esse é um modelo mais sólido e estruturado. Tributações: as mudanças progressivas no regime fiscal eram um reflexo dos movimentos dos preços do petróleo. Por sua vez, as mudanças na política fiscal resultaram em um conjunto bastante complexo de taxas de impostos. Trazendo esses aspectos destacados da Noruega e da Inglaterra ao Brasil, pode-se observar que o País está caminhando numa mistura de ambos os modelos. A grande questão é como o Brasil vai fazer frente aos desafios e lidar com os impactos que isso vai gerar em temas como sustentabilidade, desenvolvimento da cadeia de petróleo e gás e desenvolvimento da produção. As discussões e consultas entre o governo e a indústria de petróleo e gás do Reino Unido nos últimos anos têm sido “O Brasil faz o seu planejamento como a Noruega, mas na execução age como a Inglaterra.” Brasil - Produção 1.800 Gás 1.600 Petróleo Produção milhões de boe 1.000 800 600 400 200 0 2004 2008 2012 2016 2020 Curva de Produção do Brasil, dados BMI Início Crescimento Maturação ►• ►Criação do regime de partilha para os campos do pré-sal ►• ►1ª rodada de licitação do pré-sal ►• ►Foco no gás para suprir a demanda doméstica • EY • J an 2 0 1 4 Noruega Inglaterra Brasil Desenvolvimento da indústria Sustentável, de crescimento lento, mas que permitiu o desenvolvimento do setor Crescimento acelerado para gerar receita Contradições entre um modelo sustentável de longo prazo e pressões para crescimento acelerado para gerar receita (primeiro óleo) Pesquisa e desenvolvimento Amplo apoio do governo, que permitiu o avanço tecnológico e o desenvolvimento de fornecedores Sem estratégia do governo, deixando na mão da indústria Apoio do governo, porém muito dependente de programas coordenados pela própria Petrobras Tributações Regime tributário simples – modelo tripartite Regime tributário complexo Regime tributário complexo e com muitas mudanças Capital humano: a escassez de talentos é especialmente problemática para companhias de mercados de rápido crescimento, em que a maioria das empresas vem apontando a falta de profissionais aptos como um dos maiores desafios da próxima meia década – especialmente em áreas onde a demanda está em um nível alto, como infraestrutura de petróleo e gás. 1.200 8 Pilares Desafios para o desenvolvimento do pré-sal • ► Mudanças na regulamentação (Lei nº 12.734/12, de distribuição dos royalties) No que se refere à parte “Tributações”, o Brasil se encaixa mais no modelo da Inglaterra, com um regime tributário complexo e uma tentativa de aceleração do desenvolvimento das suas reservas. Parte II • Perspectivas para novas rodadas 1.400 2000 No aspecto de “Pesquisa e desenvolvimento”, poderíamos colocar o Brasil com uma visão mais similar à da Noruega. A Petrobras está investindo fortemente em tecnologia, sendo um player de relativa importância em exploração em águas ultraprofundas. A empresa vem trabalhando por meio do seu Centro de Pesquisa (Cenpes) junto a universidades para desenvolver tecnologia e capital humano focado nas necessidades da indústria. • ► Criação da Pré-Sal Petróleo SA (empresa que regulamentará os contratos de partilha) • ► Desenvolvimento da indústria nacional • ► Planejamento para evitar declínio das curvas de produção • ► Ajuste de políticas de conteúdo local As grandes descobertas de óleo e gás demandarão uma melhor gestão de recursos humanos por parte das empresas e de um número maior de técnicos e engenheiros com capacidade para atuar num segmento que requer grande quantidade de recursos com alto grau de tecnicismo. O Brasil está entre os piores do ranking em termos de qualidade da educação do ensino secundário, o que gera um grande impacto (negativo) na oferta de competências no mercado. O mercado brasileiro apresenta falta de cursos de formação específica para o segmento de óleo e gás, e a demanda por esses profissionais vem se incrementando acentuadamente após as descobertas do pré-sal. O aumento do ingresso de estrangeiros (42.914 e 73.022 estrangeiros em 2009 e 2012, respectivamente) para suprir a falta de profissionais é um ponto a ser avaliado pelas empresas enquanto muitos profissionais vão se formando e ganhando experiência. A administração de recursos estrangeiros por parte das empresas é um ponto a se olhar com atenção, pois pode-se incorrer em custos adicionais sem a correta legalização dos mesmos perante os organismos governamentais. Inovação tecnológica: o pré-sal e os recursos não convencionais demandarão tecnologia e insumos específicos. Embora a Petrobras esteja investindo em pesquisa e desenvolvimento no seu Centro de Pesquisa (Cenpes), existem componentes e serviços necessários que deverão ser supridos por companhias internacionais. A expertise de grandes players internacionais e o desenvolvimento de tecnologia ou insumos que não são supridos no mercado nacional terão um papel fundamental no desenvolvimento de reservas não convencionais. Investimentos: os investimentos envolvidos na indústria de petróleo e gás são de uma magnitude gigantesca, começando com os números correspondentes aos recursos necessários para financiar suas atividades. Sendo um dos países com grande potencial, o Brasil deve atrair volumes adicionais de investimentos, perto do PIB de vários países. As inúmeras empresas que já fazem parte da cadeia de abastecimento e outras que pretendem se juntar estão à procura de financiamento para atender às demandas futuras. Só EY • Ja n 2014 • 9 considerando as três rodadas de 2013, será necessário investir no mercado brasileiro uma soma entre US$ 160 e US$ 210 bilhões. As oportunidades do pré-sal devem atrair investimentos significativos para toda a indústria e, neste contexto, a complexidade do gerenciamento de projetos de capital é um desafio crucial. A entrega bem-sucedida de projetos terá mais do que nunca impacto sobre o valor de mercado de algumas empresas, e alcançar os resultados esperados será fundamental para garantir e manter a confiança do mercado. Infraestrutura: o Brasil apresenta grandes desafios em termos de infraestrutura para poder dar suporte aos compromissos assumidos. O pré-sal demandará uma grande infraestrutura logística, considerando a distância dos blocos ao continente (350 km) e, no caso da produção de gás, o País deverá desenvolver sua malha de gasodutos em algumas regiões ainda deficitárias. Legislação impositiva: embora muito tenha sido feito desde o fim do monopólio da Petrobras sobre a exploração e produção de petróleo, em 1997, o País ainda tem um longo caminho a percorrer antes de alcançar um ambiente regulatório moderno, principalmente no que se refere à carga tributária. Sem essas condições, as empresas devem buscar constantemente esclarecimentos com as autoridades fiscais, em um esforço árduo para interpretar a lei. Alternativas de investimentos para o capital estrangeiro O ano de 2013 marcou a retomada das rodadas de licitações, mas muitas atividades têm que ser realizadas para que o Brasil continue sendo um foco de investimento de capital estrangeiro. O País precisa ser competitivo para continuar atraindo investimentos e tecnologias para dar suporte ao desenvolvimento da indústria nacional de petróleo e gás. Pré-sal africano Do lado oposto ao Brasil, no mesmo oceano, a África Ocidental oferece uma alternativa para investidores, o“pré-sal africano”. Geólogos dizem há muito tempo que o solo oceânico no oeste da África se assemelha ao da América do Sul. Os dois continentes formavam uma massa única aproximadamente 200 milhões de anos atrás. Agora, os preços do petróleo constantemente acima de US$ 100 por barril e tecnologias mais baratas tornam mais viável para as empresas explorarem milhares de milhas sob a superfície. As prospecções têm o potencial de ser gigantes, de pelo menos 250 milhões de barris, com perspectiva de alcançar ou superar os 500 milhões de barris. Até o momento, México Golfo do México Moderada/elevada Moderada • Concessão Baixa Recentemente aberto, com possíveis atitudes mistas no que diz respeito ao apoio Amplamente favorável • Contrato de produção de partilha América do Norte – Shale Gas • Propriedade privada dos direitos de subsolo • Concessão de terras federais Baixa Amplamente favorável África do Norte – offshore • Principalmente contrato de produção de partilha, com algumas concessões mais antigas Alta Alguns desafios, mas altamente favorável Rússia • Contrato de produção de partilha Moderada/elevada Alguns desafios, mas altamente favorável Moderada/elevada Alguns desafios, mas altamente favorável Moderada/elevada Alguns desafios, mas altamente favorável 200.000 180.000 3.000 160.000 2.500 140.000 2.000 120.000 100.000 1.500 80.000 1.000 60.000 500 40.000 0 20.000 2006 Argentina • Concessão Moderada/elevada Atitudes mistas no que diz respeito ao apoio Equador • Concessão Moderada/elevada Amplamente favorável Oriente Médio • Misto (algumas concessões, alguns CPPs, alguns fechados para participação) Relativamente alta Geralmente favorável Venezuela • Concessão/serviço Moderada/elevada Atitudes mistas no que diz respeito ao apoio • EY • Jan 2 0 14 220.000 3.500 Alguns desafios, mas altamente favorável Mar Cáspio 10 4.500 Ambiente regulatório 4.000 • Misto, com mudanças nos modelos de contratação: serviço, partilha da utilidade ou da produção e licença África Oriental – gás offshore África - Reservas Provadas e produção Produção milhões de boe África Ocidental – águas profundas • Principalmente CPP (Contrato de Produção de Partilha), com algumas concessões mais antigas Atuação do governo Houve preocupação quanto à legislação para o desenvolvimento de petróleo e minerais. Inicialmente, o projeto foi muito ambíguo, particularmente no que diz respeito aos direitos ativos de propriedade. No entanto, isso já foi esclarecido, tendo sido definido que o governo tomará 20% do realizado em todos os novos empreendimentos de petróleo e gás. Somado a isso, o governo terá a opção de comprar mais uma participação de 30% em cada projeto, com preços a valores de mercado. Reservas milhões de boe Regime O primeiro ano foi de coleta de dados sísmicos, depois foi a vez da avaliação dos resultados – 2014 será, para a maioria dos operadores, o ano das perfurações. Alguns especialistas avaliam que a zona do pré-sal poderia se estender mais ao norte, até a República do Congo e a Guiné Equatorial, ou para o sul, na Namíbia, alongando-se por uma faixa de mais de 2 mil quilômetros do litoral. O entusiasmo surgiu depois de descobertas na camada do pré-sal feitas pela Total e Cobalt no Gabão e em Angola, mudando o foco para uma região que estava em segundo plano em relação ao boom na exploração de gás no leste da África. Além do Brasil, existem outras regiões com grandes reservas exploradas e outras inexploradas, ou que estão se abrindo a investimentos estrangeiros. Região a maior parte do entusiasmo se concentra em Angola, onde a prospecção está mais avançada depois de uma rodada de licenças em 2011. 2008 Gás Reservas 2010 Petróleo Reservas 2012 2014 Gás Produção 2016 2018 2020 Petróleo Produção Fonte: BMI A curva de produção de petróleo e gás apresenta um crescimento de 24% e 40%, respectivamente, no período de 2014-2020. As reservas de petróleo e gás, porém, têm uma projeção mais estável, de 0% e 13%, respectivamente. As curvas têm que mudar uma vez confirmados os volumes de petróleo e gás que se encontram na área do pré-sal africano. EY • Ja n 2014 • 1 1 Abertura do mercado mexicano O mercado mexicano apresentava, até fins de 2013, uma política fechada para investimentos estrangeiros na área de petróleo e gás no país. O declínio do campo de Cantarell estava colocando as reservas do México numa situação de muito aperto, e a Pemex não conseguia fazer frente aos investimentos necessários para reverter a situação. A nova reforma energética (aprovada em 21 de dezembro de 2013) acendeu uma luz de esperança no final do túnel. As modificações da legislação energética permitirão modernizar a indústria de petróleo e gás, incrementando a receita petrolífera do país, impulsionando o crescimento econômico e fortalecendo a Pemex e a CFE (Comissão Federal de Eletricidade). bens e serviços locais, à geração de empregos e à distribuição de renda. Para alcançar esses objetivos, a ANP manteve a aplicação de regras de conteúdo local, que possibilitam o fortalecimento de fornecedores nacionais de bens e serviços. A oferta de áreas em diversos Estados brasileiros contribuirá para a redução das desigualdades a partir da descentralização da produção de petróleo e gás no País, incentivando o crescimento da indústria petrolífera em regiões em que esse segmento é inexistente ou incipiente. Mexico - Reservas provadas e Produção 3.500 14.000 3.000 12.000 Produção milhões de boe 2.500 10.000 2.000 Reservas milhões de boe 16.000 4.000 Esta primeira rodada do ano teve ênfase na margem equatorial brasileira e em áreas terrestres maduras situadas nas Regiões Sudeste, Norte e Nordeste do Brasil. No total, foram licitados 289 blocos (123 em terra e 166 no mar), cobrindo uma área de 155,8 mil km², distribuídos em 11 bacias sedimentares (novas fronteiras e maduras): Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul. Os blocos oferecidos em áreas terrestres nas bacias de Sergipe-Alagoas, Recôncavo, Potiguar e Espírito Santo – onde já houve ou estão em curso atividades de exploração e produção de óleo e gás e, portanto, têm infraestrutura já instalada – foram oportunidades de investimento para empresas de menor porte. Detalhes da rodada A 11ª rodada de licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural aconteceu nos dias 14 e 15 de maio de 2013 na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Mapa das áreas de atuação 01 Bacia de Foz do Amazonas Foz do Amazonas Basin -51°11' -50°00' -49°30' -49°00' -48°30' -48°00' -47°30' -47°06' 5°39' 5°30' 5°30' 5°00' 5°00' 01 4°30' 6.000 1.000 4°00' 04 2°30' 2°30' 2°15' 2°15' -51°11' -50°30' -50°00' -49°30' Gás Reservas 2012 Petróleo Reservas 2014 2016 Gás Produção 2018 -49°00' 50 -43°06' 1°57' 1°30' 1°00' 1°00' 0°30' 0°30' 0°00' 0°00' -48°30' -48°00' -47°30' -0°30' -0°54' 100 -45°30' -47°06' -45°00' 0 -44°30' 50 -44°00' 100 -43°30' -43°06' 150 03 Bacia de Barreirinhas Barreirinhas Basin 04 Bacia do Ceará Ceará Basin 06 Teresina Maranhão Rio Grande do Norte Petróleo Produção -46°00' 150 Fortaleza 2020 -43°50' -43°30' -39°21' -39°00' Natal 07 -38°30' -43°00' -42°30' -42°00' -41°24' -0°24' -0°24' -1°00' -1°00' -1°30' -1°30' -2°00' -2°00' -37°51' -1°37' -1°37' -2°00' -2°00' -2°30' -2°30' -3°00' -3°00' João Pessoa Piauí Recife Porto Velho 08 Alagoas Fonte: BMI Maceió Rio Branco -3°22' Palmas -3°22' -39°21' -39°00' 09 0 Aracaju -38°30' 50 -2°30' -37°51' 100 150 -2°30' -2°51' km -2°51' -43°50' -43°30' -43°00' 0 -42°30' 50 -42°00' 100 -41°24' 150 Manaus km Mato Grosso • Modernizar e fortalecer (sem privatizar) a Pemex e a CFE como empresas produtoras 100% mexicanas. • Ter uma maior oferta energética e com melhores preços. • Garantir padrões internacionais de eficiência e transparência. • Impulsionar o desenvolvimento do país com responsabilidade social e ambiental. Unidades de Processamento de Gás Natural Natural Gas Processing Units Setores / Sectors Blocos Oferecidos - 11ª Rodada/ Offered Blocks - Round 11 Janelas / Zooms Unidades de Produção /Production Units Refinarias / Refineries Áreas de Acumulações Marginais sob Concessão Marginal Fields under Concession Rodada 2 / Round 2 Capitais / Capitals Campos em Produção / Production Fields Blocos Exploratórios sob Concessão Exploratory Blocks under Concession Limites Internacionais / International Boundaries Tipos de contratos que o governo poderá utilizar: Rodada 2 / Round 2 • Partilha da utilidade: os contratos de utilidades compartilhadas deixam o petróleo e o gás sob o controle do Estado e compartilha-se uma porcentagem da utilidade em dinheiro com os investidores, mas não o petróleo. Rios / Rivers -37°03' Bacias Sedimentares-Terra / Onshore Basins Rodada 5 / Round 5 Bacias Sedimentares-Mar / Offshore Basins Rodada 6 / Round 6 -35°57' -4°51' -5°00' -5°00' Arquipélago de Abrolhos Faixas Batimétricas (m) / Bathymetry Bands (m) Rodada 9 / Round 9 -36°30' -4°51' Goiânia Lagoas e Represas / Lakes and Dams Rodada 4 / Round 4 Rodada 7 / Round 7 • Serviços: os contratos de serviço estipulam o pagamento por parte do governo às empresas sem que elas corram riscos, ou seja, sem importar se acham ou não petróleo. -38°21' -38°00' DF Embasamento /Igneous and Metamorphic Terrains Rodada 3 / Round 3 05 Bacia Marítima de Potiguar Potiguar Offshore Basin 06 Bacia Terrestre do Potiguar Potiguar Onshore Basin Cuiabá Limites Estaduais / States Boundaries Cessão Onerosa / Onerous Rights Transfer Oleodutos / Oil Pipelines Gasodutos projetados/em construção Projected/under construction Gas Pipelines Belo Horizonte 2000 a 2500 / 2000 to 2500 -3°00' -3°30' -3°30' -4°00' Espírito Santo Campo Grande -5°32' 1000 a 2000 / 1000 to 2000 2500 a 3000 / 2500 to 3000 -2°39' Vitória 400 a 1000 / 400 to 1000 Gasodutos / Gas Pipelines -5°32' -37°03' 11 -36°30' -35°57' -4°34' -4°34' -38°21' -38°00' 0 15 30 -37°30' -37°00' 0 50 100 Principais mudanças: São Paulo 11 Bacia Marítima do Espírito Santo Espírito Santo Offshore Basin -39°37' -39°00' -38°30' -20°11' -20°30' -20°30' -21°00' -21°00' -21°22' -21°22' -39°37' 0 -39°00' -38°30' 50 100 AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP -38°04' -20°11' -38°04' www.anp.gov.br www.brasil-rounds.gov.br Curitiba 07 Bacia de Pernambuco-Paraíba Pernambuco-Paraíba Basin 09 Bacias de Tucano Sul e Recôncavo Tucano Sul and Recôncavo Basins -34°53' -39°05' -38°30' -34°30' ÁREAS SOB CONCESSÃO, BLOCOS E SETORES OFERECIDOS NA DÉCIMA PRIMEIRA RODADA DE LICITAÇÕES -34°00' OFFERED BLOCKS - BRASIL ROUND 11 AND CONCESSION AREAS Porto Velho -33°31' -6°02' -6°02' -6°30' -6°30' -7°00' -7°00' -7°30' -7°30' Superintendência de Definição de Blocos - SDB Superintendência de Promoção de Licitações - SPL Superintendência de Dados Técnicos - SDT Florianópolis -37°55' -11°03' -11°03' 08 Bacia de Sergipe-Alagoas Sergipe-Alagoas Basin 150 km 10 Bacia Terrestre do Espírito Santo Espírito Santo Onshore Basin -35°54' -35°30' -35°02' -8°41' -39°33' -18°53' -18°53' -19°00' -19°00' -11°30' -11°30' Avenida Rio Branco, 65 - 18º andar Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20090-004 Tel.: (55 21) 2112-8563 / 2112-8533 / 2112-8503 Fax: (55 21) 2112-8529 / 2112-8509 Rio Branco • A nação poderá outorgar alocações ou contratos à Pemex. • A nação poderá outorgar contratos a empresas privadas. • Alcançar taxas de restituição de 100% (para cada barril de petróleo e gás produzido, outro deverá estar pronto para ser produzido). • Criação do Fundo Mexicano do Petróleo para a Estabilização e o Desenvolvimento. • Dentre as áreas onde existem investimentos de exploração ou tenham sido feitas descobertas com potencial de sucesso, a Pemex poderá escolher as que sejam mais atraentes 12 • EY • Jan 2 0 14 -9°00' Parte III • A retomada da indústria com as rodadas de 2013 11ª rodada da ANP – maio de 2013 Objetivo da rodada O objetivo da 11ª rodada foi promover o conhecimento das bacias sedimentares, desenvolver a indústria petrolífera de pequeno e médio porte e fixar empresas nacionais e estrangeiras no País, dando continuidade à demanda por MAP WITHOUT PROJECTION GEOGRAPHIC COORDINATES DATUM: SAD 69 MAPA SEM PROJEÇÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS DATUM: SAD 69 -8°41' Porto Alegre -40°07' Venezuela Guiana -8°30' -9°00' -19°42' -40°07' -39°33' 15 30 km 45 -12°19' -38°30' 0 15 -37°55' 30 km 45 0 250 500 750 1000 km 10 -9°00' -9°39' -35°54' -35°30' 0 15 -9°30' -35°02' 30 -9°30' -34°53' 45 -34°30' 0 -34°00' 50 km -33°31' 100 150 km Legenda / Legend Blocos Oferecidos - 11ª Rodada/ Offered Blocks - Round 11 Janelas / Zooms Argentina Uruguai Compilação e edição: Superintendência de Dados Técnicos - Atualização 28/02/2013 Unidades de Produção /Production Units Refinarias / Refineries Áreas de Acumulações Marginais sob Concessão Marginal Fields under Concession Rodada 2 / Round 2 Capitais / Capitals Campos em Produção / Production Fields Blocos Exploratórios sob Concessão Exploratory Blocks under Concession Limites Internacionais / International Boundaries Rodada 2 / Round 2 Limites Estaduais / States Boundaries Rios / Rivers Lagoas e Represas / Lakes and Dams Embasamento /Igneous and Metamorphic Terrains Rodada 3 / Round 3 Bacias Sedimentares-Terra / Onshore Basins Rodada 4 / Round 4 As descobertas na costa oeste africana, nas bacias de Gana e Costa do Marfim, evidenciam o grande potencial da área. Confirmam essa perspectiva as descobertas comerciais e subcomerciais nas bacias do Ceará, Pará-Maranhão e Potiguar, além dos numerosos indícios de petróleo registrados nos poços perfurados. Os tipos de óleo identificados nessas bacias são leves e de excelente qualidade. Chile Unidades de Processamento de Gás Natural Natural Gas Processing Units Setores / Sectors A margem equatorial do Brasil é tida como uma das fronteiras mais promissoras em petróleo e gás, fazendo parte do chamado “Golden Triangle” (Triângulo de Ouro), composto pelo litoral brasileiro, Golfo do México, o oeste da África e regiões de características geológicas similares. 11 Paraguai -9°30' -9°39' -12°19' -39°05' 06 08 NT IC O -9°30' -19°42' 05 09 Bolívia -19°30' ATLÂ NTIC O 04 07 BRASIL -8°30' -12°00' PACIF ICO -19°30' NO 03 Equador -8°00' Peru -12°00' OC EA Guiana Francesa Suriname 01 02 -9°00' -8°00' 0 • Licença: os contratos de licença preveem a transmissão onerosa dos hidrocarbonetos uma vez que eles tenham sido extraídos do solo. 150 km Rio de Janeiro OCEA NO • Reduzir os riscos financeiros, geológicos e ambientais nas atividades de exploração e extração de petróleo e gás. • Partilha da produção: os contratos de produção compartilhada compartilham uma porcentagem da produção com os investidores. -35°54' -36°30' 45 km Acima de 3000 / Greater than 3000 Colômbia • Atrair investimentos para o setor energético. -35°54' -36°30' -4°00' 50 a 100 / 50 to 100 100 a 400 / 100 to 400 Terminais / Terminals -37°00' -3°00' 10 0 a 50 / 0 to 50 Rodada 10 / Round 10 -37°30' -2°39' AT LÂ • Manter a propriedade do país sobre os hidrocarbonetos. utilizando o conceito “rodada zero” (dá à Pemex a prioridade de escolha sobre qualquer outra empresa privada). Salvador Legenda / Legend OC EA NO Objetivos da reforma energética: Boa Vista -0°54' -46°27' km 05 São Luis 2.000 2010 -43°30' km 0 2008 -44°00' -0°30' Manaus 2006 -44°30' 3°00' 03 Belém 0 -45°00' 3°30' 3°00' 4.000 -45°30' 1°30' 4°00' 3°30' Macapá -46°00' 1°57' 4°30' Boa Vista 02 500 02 Bacia do Pará-Maranhão Pará-Maranhão Basin -46°27' 8.000 1.500 -50°30' 5°39' Bacias Sedimentares-Mar / Offshore Basins Rodada 5 / Round 5 Rodada 6 / Round 6 Faixas Batimétricas (m) / Bathymetry Bands (m) Rodada 7 / Round 7 Rodada 9 / Round 9 0 a 50 / 0 to 50 Rodada 10 / Round 10 Cessão Onerosa / Onerous Rights Transfer Oleodutos / Oil Pipelines Gasodutos projetados/em construção Projected/under construction Gas Pipelines 50 a 100 / 50 to 100 100 a 400 / 100 to 400 400 a 1000 / 400 to 1000 1000 a 2000 / 1000 to 2000 Gasodutos / Gas Pipelines 2000 a 2500 / 2000 to 2500 Terminais / Terminals 2500 a 3000 / 2500 to 3000 Acima de 3000 / Greater than 3000 EY 11 Bacia Marítima do Espírito Santo Espírito Santo Offshore Basin -39°37' -20°11' -39°00' -38°30' -38°04' -20°11' • Ja n 2014 • 1 3 Detalhes dos participantes A 11ª rodada teve uma participação bem diversificada, com interesse de grandes grupos, assim como de empresas de menor porte, tanto nacionais como internacionais. A quantidade de empresas interessadas foi uma das maiores na história das rodadas brasileiras, demonstrando um grande interesse por parte das empresas para garantir reservas no Brasil. 64 empresas habilitadas Estados Unidos - 2 Guernesei - 1 3% 7% Noruega - 1 39 30 3% empresas ofertantes 3% 14% Austrália - 1 4% França - 1 Portugal - 1 Canadá - 4; 3% Colômbia - 2 Espanha - 1 7% 3% empresas vencedoras Bermudas -1 3% Reino Unido - 3 Brasil - 12 40% 10% Detalhes dos grupos Razão Social Blocos arrematados* TotaldeBônus Ofertado** Total de PEM Ofertado (UT)** Total de PEM Ofertado (R$)** Petróleo Brasileiro S.A. 34 R$ 537.913.428,00 46.229 R$ 1.328.442.800,00 Petra Energía S.A. 28 R$ 111.519.473,30 185.475 R$ 745.547.600,00 OGX Petróleo e Gas S.A. 13 R$ 376.010.743,00 25.753 R$ 699.231.400,00 BG Energy Holding Limited 10 R$ 415.500.000,00 6.672 R$ 686.898.500,00 TotalE&PdoBrasil Ltda. 10 R$ 371.932.453,00 7.466 R$ 798.819.200,00 Petróleos de Portugal - Petrogal S.A. 9 R$ 37.851.000,00 16.936 R$ 126.283.000,00 BP Exploration Operating Company Limited 8 R$ 261.263.096,00 5.858 R$ 626.806.000,00 Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. 8 R$ 94.906.652,40 1.945 R$ 208.125.700,00 Geopark Holding Limited 7 R$ 10.200.000,00 5.377 R$ 20.432.600,00 Imetame Energia Ltda. 7 R$ 2.740.999,97 12.379 R$ 47.040.200,00 Cowan Petróleo e Gás Ltda 6 R$ 3.760.000,00 5.550 R$ 21.088.100,00 G3 Óleo e GásLtda. 6 R$ 2.300.000,00 4.268 R$ 16.218.400,00 Statoil Brasil Óleo e Gás Ltda. 6 R$ 195.020.507,00 4.753 R$ 508.571.000,00 Nova Petróleo S.A.- Exploração e Produção 5 R$ 11.647.000,00 9.061 R$ 34.431.800,00 Brasoil Manati ExploraçãoPetrolífera Ltda 4 R$ 19.322.409,00 1.000 R$ 40.176.800,00 Chariot Oil & Gas Limited 4 R$ 4.256.572,00 484 R$ 28.556.000,00 Alvopetro S.A. Extração de Petróleo e Gás 3 R$ 1.088.296,32 4.192 R$ 15.929.600,00 Ecopetrol S.A. 3 R$ 44.558.050,00 949 R$ 95.735.000,00 GranTierra Energy Brasil Ltda 3 R$ 33.330.000,00 7.378 R$ 28.036.400,00 Ouro Preto Óleo e Gás S.A. 3 R$ 14.807.597,00 12.134 R$ 52.843.600,00 Pacific Brasil Exploração e Produção de Óleo e Gás Ltda. 3 R$ 58.491.370,90 1.230 R$ 131.631.400,00 Premier Oil PLC 3 R$ 49.044.726,50 1.638 R$ 175.223.200,00 Sabre Internacional de Energia S.A. 3 R$ 6.800.000,00 18.521 R$ 70.379.800,00 UTC Óleo e Gás S.A. 3 R$ 2.750.000,00 9.445 R$ 35.891.000,00 BHP Billiton Petroleum Pty Ltd. 2 R$ 30.150.000,00 932 R$ 78.460.000,00 Compañia Española de Petróleo,S.A.U. 2 R$ 30.100.000,00 1.181 R$ 126.313.500,00 Exxonmobil Química Ltda. 2 R$ 63.871.113,00 756 R$ 80.892.000,00 IratiPetróleoe Energia Ltda. 2 R$ 500.000,00 1.900 R$ 7.220.000,00 Niko Resources Ltd. 2 R$ 212.112,90 68 R$ 7.254.600,00 Chevron Brazil Venture Aps. 1 R$ 31.358.050,00 560 R$ 59.920.000,00 R$ 2.823.205.650,29 400.090 R$ 6.902.399.200,00 30 * Por empresa ou consórcio ** Valores jaconsiderando a participação em consórcio 14 • EY • Jan 2 0 14 EY • Ja n 2014 • 1 5 Detalhes dos grupos habilitados A 11ª rodada da ANP teve um elevado índice em arrecadação de bônus de assinatura (valor pago pelas empresas na assinatura do contrato): R$ 2,8 bilhões. A previsão de investimentos do programa exploratório mínimo a ser cumprido pelas empresas vencedoras, de R$ 6,9 bilhões, também foi recorde. A área arrematada foi de 100,3 mil km2 dos 155,8 mil km2 ofertados. -40°54'01" Em agosto de 2013 foram assinados os contratos de concessão -22°48'35" entre a ANP e as empresas ganhadoras da licitação. O contrato prevê uma vigência de oito anos para a fase de exploração e 27 anos para a fase de produção, prazos prorrogáveis mediante as cláusulas e condições dispostas no contrato de concessão. de Santos Basin 1ª rodada do pré-sal da ANP – outubro de 2013 Objetivo da rodada A 1ª rodada do pré-sal deu início a uma nova fase do segmento de petróleo e gás no Brasil. A abertura do pré-sal no processo de licitação teve como objetivo atrair investimentos e knowhow de empresas internacionais. O pré-sal deu início a um novo modelo de regime de partilha, instituído em 2010 segundo a Lei nº 12.351 Em outubro de 2013, teve lugar na cidade do Rio de Janeiro a 1ª licitação de partilha de exploração e produção de petróleo e gás com a oferta do prospecto de Libra. Legenda / Legend Polígono Libra / Libra Polygon Campos de Produção / Production Fields As descobertas no pré-sal, desde 2006, vêm mudando as perspectivas para a indústria nacional de óleo e gás. Consideradas apenas as descobertas feitas até agora, as estimativas são de 30 bilhões de barris (sendo de 8 a 12 bilhões atribuíveis a Libra), o que daria ao Brasil a possibilidade de se tornar, em um futuro próximo, um dos principais produtores mundiais. Blocos sob Concessão / Blocks under Concession Rodada 2 / Round 2 Rodada 3 / Round 3 Rodada 6 / Round 6 Rodada 7 / Round 7 Rodada 9 / Round 9 Cessão Onerosa/ Onerous Rights Transfer Mapa da localização do campo de Libra Capitais / Capitals Polígono Libra - Pré-Sal - Bacia de Santos Libra Polygon - Pré-Sal - Santos Basin Terminais / Terminals -40°54'01" -22°48'35" -22°48'35" BRA Unidades de Produção: Plataformas Fixas e Sistemas Flutuantes / Production Units: Fixed Platforms and Floating Systems Oleodutos / Oil Pipelines Limites Estaduais / State Boundaries Embasamento / Igneous and Metamorphic Terrains Legenda / Legend Campos de Produção / Production Fields Blocos sob Concessão / Blocks under Concession Rodada 2 / Round 2 Rodada 3 / Round 3 Rodada 6 / Round 6 Rodada 7 / Round 7 Rodada 9 / Round 9 Cessão Onerosa/ Onerous Rights Transfer Bacias Sedimentares - Terra / Onshore Basins Capitais / Capitals Refinarias / Refineries Terminais / Terminals LIBRA Bacias Sedimentares - Mar / Offshore Basins Limites Internacionais / International Boundaries Unidades de Produção: Plataformas Fixas e Sistemas Flutuantes / Production Units: Fixed Platforms and Floating Systems Oleodutos / Oil Pipelines Batimetria / Bathymetry (m) 50 150 400 Limites Estaduais / State Boundaries Embasamento / Igneous and Metamorphic Terrains 10 20 30 40 Bacias Sedimentares - Terra / Onshore Basins 50 Bacias Sedimentares - Mar / Offshore Basins Limites Internacionais / International Boundaries Quilômetros 0 10 20 30 40 50 Quilômetros -25°35'01" -44°00'53" 16 • EY • Jan 2 0 14 -40°54'01" Petrobras Brasil Total França Repsol/Sinopec JV Espanha/China Ecopetrol Colômbia Mitsui Japão CNPC China 12ª rodada – novembro de 2013 Petrogal Portugal Objetivos da rodada Petronas Malásia CNOCC China Shell Holanda ONGC Índia A 12ª rodada de licitações de blocos de petróleo e gás natural teve o objetivo de promover a prospecção de petróleo e gás natural em bacias terrestres, com ênfase em áreas com potencial para gás e ainda pouco conhecidas geologicamente ou com barreiras tecnológicas a serem vencidas. -25°35'01" -25°35'01" Batimetria / Bathymetry (m) 50 150 400 A participação da Petrobras estava confirmada, embora existisse incerteza sobre o percentual de participação superior que ela conseguiria (participação mínima de 30% no consórcio, conforme disposto na Lei nº 12.351/2010). A surpresa foram as supermajors europeias, que tiveram uma participação maior (20% cada uma) do que as NOCs chinesas (20% entre as duas). Esperava-se que as grandes estrelas fossem as empresas chinesas, que desde alguns anos vem se expandindo, adquirindo ativos de exploração e produção em diferentes regiões. A primeira rodada do pré-sal marcou o começo de uma nova etapa para o Brasil em termos de volume de reservas e produção de petróleo e gás e trouxe com ela grandes desafios, que o País terá de enfrentar nos próximos anos. A EY realizou um estudo aprofundado sobre o leilão de Libra: Estudo Libra Além de ampliar as reservas e a produção brasileira de gás natural, a ANP teve como objetivos: •Aumentar o conhecimento das bacias sedimentares do Brasil. •Descentralizar o investimento exploratório no País. •Desenvolver a indústria petrolífera de pequeno porte e fixar empresas nacionais e estrangeiras em território nacional. •Continuar com demanda por bens e serviços locais. •Gerar empregos e promover distribuição de renda. Características do primeiro regime de partilha • Recuperação de custos de até 50% das receitas nos dois primeiros anos e 30% nos anos seguintes (relativamente baixa para os padrões internacionais). • Royalties de 15%, percentual superior à taxa de concessões existentes, porém compensado pela eliminação da taxa de participação especial, normalmente aplicável a campos maiores sob contrato de concessão. • Requisitos de conteúdo local definidos para cada fase de desenvolvimento do projeto; os requisitos são ligeiramente mais baixos do que aqueles usados na última rodada de licenciamento, o que demonstra que existem desafios técnicos de desenvolvimento em águas profundas (37% na fase de exploração, 55% na fase de desenvolvimento e 59% após o primeiro óleo). Polígono Libra / Libra Polygon 0 País • Bônus de assinatura de R$ 15 bilhões. Refinarias / Refineries -44°00'53" Razão social O leilão, o primeiro específico de uma área do pré-sal, foi vencido por um único consórcio, formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), com proposta de pagamento para a União de 41,65% do lucro em óleo. O leilão previa antecipadamente o pagamento de R$ 15 bilhões em bônus de assinatura e o programa exploratório mínimo (PEM) de cerca de R$ 610.903.087,00. Detalhes da rodada • Participação do Estado de 30% no mínimo, sendo a Petrobras o operador. • Fase de exploração de quatro anos no mínimo, mas que pode ser estendida sem investimento fixo de exploração, porém com uma aquisição mínima de dados sísmicos em 3D de 1.547 km² e a perfuração de dois poços de exploração. 1000 2000 3000 1000 2000 www.brasil-rounds.gov.br 3000 Atualizado - Updated 11/06/2013 www.brasil-rounds.gov.br Atualizado - Updated 11/06/2013 -40°54'01" Fonte: ANP EY • Ja n 2014 • 1 7 -11° 02 Detalhes da rodada Em 28 de novembro de 2013, na cidade do Rio de Janeiro, teve lugar a 12a rodada de licitações, na qual a ANP ofertou 240 blocos exploratórios terrestres com potencial para gás natural e não convencional em sete bacias sedimentares localizadas nos Estados do Amazonas, Acre, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Paraná e São Paulo, totalizando 168.348,42 km². O maior lance da Petrobras foi para um bloco na bacia do Recôncavo, pelo qual pagou R$ 15,2 milhões. na bacia Acre-Madre de Dios, 24 na bacia Sergipe-Alagoas e 30 na bacia do Recôncavo. A arrecadação foi de R$ 165,193 milhões em bônus de assinatura, e as empresas se comprometeram a investir R$ 503 milhões nas áreas vendidas. A produção de gás proveniente desses blocos poderá ser utilizada para diferentes fins, sendo uma alternativa à construção de usinas termoelétricas na área de exploração, assim como ao escoamento por novas linhas de transmissão a serem construídas, como no caso do Estado de Acre, ou à exploração mais próxima de centros industriais, como no Paraná. O leilão, realizado em 13 etapas distintas com setores de sete bacias sedimentares, terminou com a oferta de 16 blocos na bacia do Paraná, um na bacia do Parnaíba, um 01 Bacia de Sergipe-Alagoas Sergipe-Alagoas Basin Foram 110 blocos em áreas de novas fronteiras nas bacias do Acre, Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba, como forma de atrair investimentos para regiões ainda pouco conhecidas ou com barreiras tecnológicas a serem vencidas, permitindo o surgimento de novas bacias produtoras de gás natural e de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais. A área desses 110 blocos é de 164.477,76 km². -37°31' -37°00' -37°31' -37°00' -36°30' -36°00' -9°30' Unidades de Produção /Production Units Refinarias / Refineries Áreas de Acumulações Marginais sob Concessão Marginal Fields under Concession Rodada 2 / Round 2 Capitais / Capitals Campos em Produção / Production Fields Blocos Exploratórios sob Concessão Exploratory Blocks under Concession Limites Internacionais / International Boundaries Rios / Rivers Lagoas e Represas / Lakes and Dams Bacias Sedimentares-Terra / Onshore Basins Rodada 4 / Round 4 Rodada 6 / Round 6 Faixas Batimétricas (m) / Bathymetry Bands (m) Rodada 7 / Round 7 Rodada 9 / Round 9 50 a 100 / 50 to 100 Cessão Onerosa / Onerous Rights Transfer 400 a 1000 / 400 to 1000 Gasodutos projetados/em construção Projected/under construction Gas Pipelines 1000 a 2000 / 1000 to 2000 Gasodutos / Gas Pipelines 2000 a 2500 / 2000 to 2500 Terminais / Terminals -38°30' -11°30' -12°00' 100 a 400 / 100 to 400 Oleodutos / Oil Pipelines -11°00' -10°30' 0 a 50 / 0 to 50 Rodada 10 / Round 10 Desde a descoberta do pré-sal, o Brasil vem sendo alvo de grandes especulações referentes à sua capacidade legal e operacional de dar conta de todo o potencial de reservas. 02 Embora as projeções das reservas de petróleo e gás sejam Bacia do Recôncavo Recôncavo Basin promissoras, existem ainda dúvidas por parte de analistas do setor sobre a capacidade do País para fazer frente a tais desafios. As expectativas de desenvolvimento do segmento de petróleo e gás no médio e longo prazo são positivas, mas, como em todo processo de crescimento, o setor vai ter de passar por momentos de aperto, reavaliação e ajustes no curto prazo. Bacias Sedimentares-Mar / Offshore Basins Rodada 5 / Round 5 Com 7,5 milhões de km2 distribuídos em 29 bacias sedimentares com potencial para óleo e gás, e pouco mais de 4% dessa área sob concessão para atividades de E&P, o Brasil se posiciona como uma das melhores oportunidades de negócios do cenário mundial. As imensas reservas do pré-sal são apenas a parte mais visível do potencial que no médio prazo poderia colocar o País entre os grandes produtores mundiais. Finalmente... Embasamento /Igneous and Metamorphic Terrains Rodada 3 / Round 3 -10°30' -10°00' Limites Estaduais / States Boundaries Rodada 2 / Round 2 -9°30' -10°00' Unidades de Processamento de Gás Natural Natural Gas Processing Units Blocos Oferecidos - 12ª Rodada/ Offered Blocks - Round 12 Janelas / Zooms -9°22' -9°30' A ANP está desenvolvendo uma nova resolução com precauções e exigências para a exploração e produção de gás natural não convencional resguardando o meio ambiente, sobretudo as formações hídricas. O fraturamento hidráulico é uma técnica de estimulação de poços utilizada para maximizar a produção de óleo e gás natural em reservatórios não convencionais. No caso brasileiro, as formações propensas a conter recursos não convencionais são os folhelhos. Legenda / Legend Setores / Sectors -35°37' -9°22' -35°37' -9°30' 01 Bacia de Sergipe-Alagoas Sergipe-Alagoas Basin A protagonista da 12ª rodada da ANP foi a Petrobras, que arrematou 49 dos 72 blocos licitados no leilão. Desses 49 blocos, 27 foram ganhos pela Petrobras de forma individual e outros 22 blocos em parceria com empresas como Nova Petróleo, Cowan, GDF Suez e Ouro Preto. -36°00' -9°22' -10°00' Também foram incluídos 130 blocos nas bacias maduras do Recôncavo e de Sergipe-Alagoas, com o objetivo de dar continuidade à exploração e produção de gás natural a partir de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais contidos nessas regiões. -36°30' -9°22' Considerações finais 2500 a 3000 / 2500 to 3000 -11°00' Acima de 3000 / Greater than 3000 gás convencional -10°00' 01 gás de folhelho (shale gas) Um grande reflexo disso é o que hoje está acontecendo com a Petrobras, que atravessa pressões financeiras para fazer frente aos compromissos assumidos e aos grandes desafios. O compromisso com o governo para suprir a demanda local faz com que a Petrobras apresente um lucro desfavorável por ter de importar produtos refinados (gasolina e diesel) a preços internacionais e vender no mercado local com preço subsidiado. -12°30' -10°30' 01 Bacia de Sergipe-Alagoas Sergipe-Alagoas Basin -10°30' -37°00' -37°31' -11°32' -37°30' -36°30' -36°00' -9°22' -37°00' -36°30' 02 -36°00' -35°37' -11°32' -9°22' -35°37' -9°30' 0 -9°30' 20 40 60 rocha selante km -11°00' folhelho com gás não migrado -11°00' -10°00' -10°00' 01 perfuraçõa direcional, fraturamento hidráulico e drenagem de gás 0 -11°32' -37°30' 200 400 02 -36°30' 0 20 -36°00' 40 600 -10°30' -11°32' -37°00' 800 1000 -10°30' km -35°37' 60 migração de gás ao longo do tempo geológico km -11°00' -11°00' 01 02 Bacia do Recôncavo Recôncavo Basin -11°32' -37°30' -38°30' -38°00' -11°32' -37°00' -36°30' 02 -37°40' -11°30' 0 20 -36°00' 40 -35°37' 60 km -11°30' AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP www.anp.gov.br www.brasil-rounds.gov.br 02 Bacia do Recôncavo Recôncavo Basin ÁREAS SOB CONCESSÃO, BLOCOS E SETORES OFERECIDOS NA DÉCIMA SEGUNDA RODADA DE LICITAÇÕES -37°40' -11°30' OFFERED BLOCKS - BRASIL ROUND 12 AND CONCESSION AREAS AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP www.anp.gov.br www.brasil-rounds.gov.br -12°00' Legenda / Legend Blocos Oferecidos - 12ª Rodada/ Offered Blocks - Round 12 Janelas / Zooms Unidades de Produção /Production Units Capitais / Capitals Campos em Produção / Production Fields Blocos Exploratórios sob Concessão Exploratory Blocks under Concession Limites Internacionais / International Boundaries -12°00' Limites Estaduais / States Boundaries Lagoas e Represas / Lakes and Dams Embasamento /Igneous and Metamorphic Terrains Rodada 3 / Round 3 Rodada 4 / Round 4 Bacias Sedimentares-Mar / Offshore Basins Rodada 6 / Round 6 Faixas Batimétricas (m) / Bathymetry Bands (m) Rodada 7 / Round 7 Rodada 9 / Round 9 Venezuela 0 a 50 / 0 to 50 Rodada 10 / Round 10 Guiana Guiana Francesa Suriname Colômbia 50 a 100 / 50 to 100 Cessão Onerosa / Onerous Rights Transfer OC EA NO -12°30' 100 a 400 / 100 to 400 Oleodutos / Oil Pipelines -12°30' Gasodutos projetados/em construção Projected/under construction Gas Pipelines 400 a 1000 / 400 to 1000 -12°30' ATL ÂN Equador TIC -37°40' -11°30' Venezuela -12°30' BLOCOS E SETORES OFERECIDOS NA OC Guiana ÁREAS FrancesaSOB CONCESSÃO, EASEGUNDA RODADA DE LICITAÇÕES Suriname DÉCIMA N O AT ROUND 12 AND CONCESSION AREAS OFFERED BLOCKS - BRASIL Equador -12°00' www.anp.gov.br www.brasil-rounds.gov.br Guiana Colômbia O MAP WITHOUT PROJECTION AGÊNCIACOORDINATES NACIONAL DO PETRÓLEO, GEOGRAPHIC GÁS NATURAL DATUM: SAD 69 E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP MAPA SEM PROJEÇÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS DATUM: SAD 69 MAP WITHOUT PROJECTION GEOGRAPHIC COORDINATES DATUM: SAD 69 MAPA SEM PROJEÇÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS DATUM: SAD 69 Bacias Sedimentares-Terra / Onshore Basins Rodada 5 / Round 5 -38°00' -38°30' -11°30' Avenida Rio Branco, 65 - 18º andar Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20090-004 Tel.: (55 21) 2112-8563 / 2112-8533 / 2112-8503 Fax: (55 21) 2112-8529 / 2112-8509 Rios / Rivers Rodada 2 / Round 2 02 Bacia do Recôncavo Recôncavo Basin Superintendência de Definição de Blocos - SDB Superintendência de Promoção de Licitações - SPL Superintendência de Dados Técnicos - SDT Refinarias / Refineries -12°00' Áreas de Acumulações Marginais sob Concessão Marginal Fields under Concession Rodada 2 / Round 2 Avenida Rio Branco, 65 - 18º andar Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20090-004 Tel.: (55 21) 2112-8563 / 2112-8533 / 2112-8503 Fax: (55 21) 2112-8529 / 2112-8509 OFFERED BLOCKS - BRASIL ROUND 12 AND CONCESSION AREAS Unidades de Processamento de Gás Natural Natural Gas Processing Units Setores / Sectors Superintendência de Definição de Blocos - SDB Superintendência de Promoção de Licitações - SPL Superintendência de Dados Técnicos - SDT -12°00' ÁREAS SOB CONCESSÃO, BLOCOS E SETORES OFERECIDOS NA DÉCIMA SEGUNDA RODADA DE LICITAÇÕES 2000 a 2500 / 2000 to 2500 Terminais / Terminals 2500 a 3000 / 2500 to 3000 Peru Peru 01 BRASIL Acima de 3000 / Greater than 3000 02 Venezuela -12°30' ÂN TIC O -37°40' Compilação e edição: Superintendência de Dados Técnicos - Atualização 07/08/2013 0 20 40 km 0 200 400 600 800 1000 km 18 • EY • Jan 2 0 14 60 Chile -12°55' -38°30' 20 40 -37°40' 60 Peru EA NO ATLÂ NTIC O 01 BRASIL 02 Bolívia Argentina -12°55' -38°00' 0 OC AT L -38°00' Uruguai OC EA NO -12°55' -38°30' NO PA CIFICO -12°55' ÂN TIC O AT L Paraguai OC EA NO Uruguai Guiana Francesa Suriname Equador -12°30' OCEA 60 Argentina NO PA CIFIC O 40 km Chile OCEA 20 OCEA 0 -37°40' NO PA CIFIC O Paraguai -12°55' -38°00' Guiana Colômbia Bolívia -38°30' MAP WITHOUT PROJECTION GEOGRAPHIC COORDINATES DATUM: SAD 69 MAPA SEM PROJEÇÃO 01 COORDENADAS GEOGRÁFICAS BRASIL DATUM: SAD 69 02 Bolívia -12°55' TIC Avenida Rio Branco, 65 - 18º andar Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20090-004 Tel.: (55 21) 2112-8563 / 2112-8533 / 2112-8503 Fax: (55 21) 2112-8529 / 2112-8509 1000 a 2000 / 1000 to 2000 Gasodutos / Gas Pipelines LÂN O Superintendência de Definição de Blocos - SDB Superintendência de Promoção de Licitações - SPL Superintendência de Dados Técnicos - SDT -12°00' Chile Paraguai ÂN TIC O -11°30' AT L -38°00' Argentina Uruguai OC EA NO -38°30' km Compilação e edição: Superintendência de Dados Técnicos - Atualização 07/08/2013 Compilação e edição: Superintendência de Dados Técnicos - Atualização 07/08/2013 O que é o gás de folhelho: o gás de folhelho, encontrado em áreas de permeabilidade relativa e também chamado de “gás de xisto”, é um dos três tipos de gases não convencionais cuja ocorrência não está associada a bolsões de gás armazenados a partir das camadas de petróleo. Estas produzem o gás fóssil convencional, encontrado na plataforma continental e em outras regiões do País. Os demais gases não convencionais são o confinado (tight gas), com ocorrência em rochas impermeáveis ou de baixa permeabilidade, e o metano associado a camadas de carvão. Esse panorama local, somado a algumas incertezas na regulamentação e ao fato de existirem alternativas de investimentos como o México ou a costa leste da África, poderia gerar algum desinteresse por parte de grandes players da indústria para investir no Brasil no curto prazo. -12°55' -38°30' O setor está crescendo e ficando mais complexo, com novos atores entrando na indústria, novas tecnologias de ponta sendo solicitadas, investidores exigindo resultados e a atuação do governo, que tem um papel muito importante. O ano de 2013 foi o da retomada das rodadas de leilão de petróleo e gás, gerando grandes expectativas no setor. O próximo será o ano de sentar e avaliar os resultados pensando nos desafios que o país tem pela frente. Será importante a atuação do governo por meio da ANP, incentivando o investimento, criando medidas claras e um ambiente regulatório que estimule a concorrência leal, o que impactaria positivamente no desenvolvimento do setor. Fontes: ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis) EY Libra journey begins for the Petrobras/Shell/Total/ CNOCC/CNPC consortium. Business Pulse: Exploring dual perspectives on the top 10 risks and opportunities in 2013 and beyond Business Monitor International BP Statistical EY • Ja n 2014 • 1 9 0 20 EY Auditoria | Impostos | Transações Corporativas | Consultoria Sobre a EY A EY é líder global em serviços de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria. Nossos insights e os serviços de qualidade que prestamos ajudam a criar confiança nos mercados de capitais e nas economias ao redor do mundo. Desenvolvemos líderes excepcionais que trabalham em equipe para cumprir nossos compromissos perante todas as partes interessadas. Com isso, desempenhamos papel fundamental na construção de um mundo de negócios melhor para nossas pessoas, nossos clientes e nossas comunidades. No Brasil, a EY é a mais completa empresa de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria, com 5.000 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de pequeno, médio e grande portes. A EY Brasil é Apoiadora Oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e fornecedora exclusiva de serviços de Consultoria para o Comitê Organizador. O alinhamento dos valores do Movimento Olímpico e da EY foi decisivo nessa iniciativa. EY refere-se à organização global e pode referir-se também a uma ou mais firmas-membro da Ernst & Young Global Limited (EYG), cada uma das quais é uma entidade legal independente. A Ernst & Young Global Limited, companhia privada constituída no Reino Unido e limitada por garantia, não presta serviços a clientes. © 2014 EYGM Limited. Todos os direitos reservados. Esta é uma publicação do Departamento de Marca, Marketing e Comunicação. A reprodução deste conteúdo, na totalidade ou em parte, é permitida desde que citada a fonte. ey.com.br ey.com/betterworkingworld #BetterWorkingWorld facebook | EYBrasil twitter | EY_Brasil linkedin | ernstandyoung