Controle de Processos Industriais: Desafios Prof. Eduardo Stockler Tognetti Laboratório de Automação e Robótica (LARA) Dept. Engenharia Elétrica - UnB Objetivos da Apresentação • Controle de Processos Industriais – Contextualização – Desafios do engenheiro de controle e automação – Motivação – Visão geral Tópicos • • • • Processo Áreas de atuação Controle de Processo Exemplos Processo Processo Químico • Transformar matéria prima em produtos, através de operações fisicas e químicas • Exemplos – – – – refinaria de petróleo usina de açúcar e álcool amônia ... Processo Químico Processo Químico Trocadores de calor Operações Unitárias (operação física) e Processos Unitários (conversão química) TINTA APLICADOR MÁQUINA DE PAPEL SECAGEM SECAGEM PRENSAS MESA PLANA (FORMAÇÃO) Massa ALIMENTAÇÃO DA MÁQUINA CALANDRAGEM ENROLADEIRA Rolo Jumbo Processo Contínuo Processo Batelada (descontínuo) Processo Semi-contínuo Sistemas a Eventos Discretos Processos Industriais • • • • • • • • Petroquímica Papel e Celulose Farmacêutica Química Fertilizantes Mineração Cimento Açúcar e álcool Petroquímico Refinaria Extração Produção de Papel Processo Químico Áreas de Atuação • Elétrica • Acionamento • Instrumentação • Automação Elétrica Elétrica Região de Atração para Sistemas de Potência (situação de falha) Acionamento de Máquinas Elétricas Acionamento Acionamento digital Acionamento analógico Modo de Controle Vetorial Controle (3ª Malha) Controle em Cascata Rebobinadeiras Sistemas de Controle: Rebobinadeira Controles Desenroladeira: • Tensão da folha (célula de carga) • Torque motor (cálculo inércia bobina, perdas fricção, diâmetro, curva fluxo campo) Controles Enroladeira: • Controle dureza da bobina (pressão alívio I/P rolo suporte, função do diam.) • Divisão de carga (mestre/escravo): v mestre (RST) x overspeed com tq_lim_sup_RSD=tq_ref_RSD (50-60% tq_total varia com diâmetro: dureza) Geral: cálculo diâmetro e espessura => controle do comprimento (critério de parada) Instrumentação Instrumentos Problemas em Válvulas Problemas em Válvulas Pressão aplicada para destrancar Pressão aplicada para pequenos trancamentos Pontos de agarramento Automação Atribuições do Engenheiro de Processo • Projeto – Formular fluxo de processo – Especificar unidades de processo individuais (reatores, trocadores de calor, etc) – Especificar variáveis de operação e meios de controlá-las • Operação – Operar, manter e otimizar o processo Fluxogramas de blocos (BFD, block flow diagrams) Tanque de liquido TL01 Misturador M08 Reator R102 Separador S56 Tanque de liquido TL02 • Visão clara e geral do processo • Os blocos ou retângulos representam uma operação unitária ou processo unitário. Os blocos são conectados por linhas retas que representam as correntes de fluxo do processo entre as unidades. Essas correntes de fluxo podem ser misturas de líquidos, gases e sólidos fluindo em dutos ou sólidos sendo transportados em correias transportadoras. SISTEMA DE MASSA - P2 – Col Ácida Celulose Soda utiliza)(não Pulp er Beloi t 50 m³ Separador Massa Grossa Alvejante Caixa de Caulim Nível Amido Busan 1290 6 CoranteSulfato Violeta(30%) Corante Azul Corante Vermelho Refinadores 1 Cleaner Cola + Sulfato (70%) Silo Busperse 2420 ABA Tanque PCC Tq 01 Tq 06 200 m³ 200 m³ SISTEMA FIBRA LONGA - P2 TQ Massa Refinad a TQ Máquin a1 TQ Máquin a2 50 m³ 50 m³ 70 m³ 7 Caulim (Ponto normal) B 33 Polímero Nalco 7530 Depurad 100 m³ or 2 Pulp er Voith 32 m³ Caixa de Desagregaç ão Tq Fibra Longa 8 Cx. Entrada 90 m³ SISTEMA Busan 1078 Tq 02 (revestid o) 100 m³ Tq 05 (ñ revest.) DE REFUGO - P2 3 5 Tq 03 4 Pulper Tq 04 200 m³ Água Clara Água Turva 100 m³ Douform er Depurador Cônico Despastilhad or Sveen 200 m³ SISTEMA DE MASSA RECUPERADA P2 Transbordo Silo ABA TQ ABA 1 Tq 118 TQ Massa Recupera da TQ ABA 2 Filtro a Disco Transbord o para o Tanque 3 Tubo Flauta Couch Pit Fluxograma do processo (PFD , process flow diagram) • Um fluxograma de processo mostra as relações entre os principais componentes no sistema. Ele também tabula os valores projetados para o processo para os componentes nos diferentes modos de operação, tipicamente mínimo, normal e máximo. Exemplo PFD Fluxogramas de tubulação e instrumentação (P&ID , pipping and instrumentation diagram) • Contém toda informação do processo necessária para a construção da planta. Estes dados incluem tamanho dos tubos (dimensionamento da tubulação e localização de toda instrumentação para ambas as correntes de processo e de utilidades). Exemplo P&ID Projeto de Sistemas de Controle de Plantas Industriais Etapas de Projeto 1. Especificação dos objetivos de controle a. b. Objetivos de controle, produção e econômicos Restrições de processo: qualidade e segurança 2. Definição da estratégia de controle a. Selecionar variáveis controladas (CV); Como medir CV’s (variáveis medidas); Como atuar nas CV’s (variáveis manipuladas); Graus de liberdade e estrutura do controle (feedback, inferência, antecipatório, siso/ mimo/ multimalha) 3. Especificação detalhada da instrumentação, hardware, software, custos 4. Construção, comissionamento, startup, operação, validação das especificações Objetivo do Controle de Processos Objetivos do Controle de Processos Gerais • Segurança – Pessoas e equipamentos • Motivações econômicas – Atender especificações de qualidade – Minimizar gastos energéticos – Minimizar desperdícios/ consumo de insumos – Maximizar produtividade e eficiência – Maximizar tempo de vida dos equipamentos • Minimizar impactos no meioambiente Específicos • • • • Atenuar distúrbios Garantir estabilidade Otimizar desempenho ($) Combinação das acima Variabilidade no Processo • Reação desbalanceada Produto fora de especificação Maior consumo de matéria prima, insumos e energia • Maior desgaste dos instrumentos de campo Aumento do custo com manutenção e pessoal • Paradas não prevista Diminuição da disponibilidade da planta e produtividade Especificação do Produto Set Point Redução de Variabilidade Novo Set Point Especificação do Produto Set Point Impacto da Redução de Variabilidade Aumento de Custos de Matéria Prima e Energia Set Point Mais perto da especificação Aumento de Qualidade Redução do Custo de Refugos Refugo e Matéria Prima Produtividade $$$ Qualidade do Produto Redução de Custos com Matéria Prima e Energia EFEITO DA MARGEM DE SEGURANÇA DO OPERADOR (EX.: CONTROLE DE ALVURA) SP = 89 ºISO Novo SP = 88,1 ºISO Especificação = 88 ºISO Propagação das Variabilidades Nível LIC Vazão Variabilidade A Função do Controle Perturbação com Freqüência e Amplitude Variáveis Sintonia Quantidade de Variabilidade Deslocada SP E Controlador MV D Processo Variabilidade Deslocada PV Redução de Variabilidade Exemplo: Redução da Variabilidade TICXXXX - AUTO Temperatura Coluna Deg C ticxxxxo.dat 07/18/2001 Time Series TICXXXX - AUTO Temperatura Coluna % of Total 119.4 4.537 119.1 3.403 118.8 2.269 118.5 1.134 118.2 0.0 66.7 133.3 200.0 Mean=118.805 2Sig=0.6755 (0.569%) TICXXXX - AUTO Temperatura Coluna Deg C 266.7 0.000 118.1 min ticxxxxn.dat 04/02/2002 03:00:00 Time Series 119.1 4.303 118.8 2.869 118.5 1.434 133.3 118.5 200.0 Mean=118.823 2Sig=0.1895 (0.159%) 266.7 min 118.8 TICXXXX - AUTO Temperatura Coluna 5.737 66.7 Antes 119.1 Mean-2S=118.1 Mean+2S=119.5 119.4 0.0 Histogram % of Total 118.2 ticxxxxo.dat 07/18/2001 0.000 118.1 119.4 Deg C ticxxxxn.dat 04/02/2002 03:00:00 Histogram Depois 118.5 118.8 Mean-2S=118.6 Mean+2S=119 119.1 119.4 Deg C Exemplo: Redução da Variabilidade PIC2258.PV - AUTO Pressao FA2226 (Ind DA2212) Kgf/cm2 pic2258c.t01 07/18/2001 Time Se ries PIC2258.PV - AUTO Pressao FA2226 (Ind DA2212) Var (E-3) 3.585 3.470 3.532 2.603 3.480 1.735 3.427 0.868 3.375 pic2258c.t01 07/18/2001 Power S pectrum Antes 0.000 0.0 66.7 133.3 200.0 Kgf/cm2 136.5 min Mean=3.50006 2Sig=0.1271 (3.63%) PIC2258.PV - AUTO Pressao FA2226 (Ind DA2212) 266.7 pic2258. t01 04/02/2002 Time Se ries 102.4 34.2 PIC2258.PV - AUTO Pressao FA2226 (Ind DA2212) 3.585 2.918 3.532 2.188 3.480 1.459 3.427 0.729 0.0 min/Cycle Win=Sqr., Detr=N, Ovr= 0 Var (E-6) 3.375 68.3 pic2258. t01 04/02/2002 Power S pectrum Depois 0.000 0.0 66.7 133.3 200.0 Mean=3.50018 2Sig=0.005567 (0.159%) 266.7 min 136.5 102.4 68.3 Win=Sqr., Detr=N, Ovr= 0 34.2 0.0 min/Cycle Benefícios Esperados • Redução nos consumos específicos dos insumos no processo de produção • Redução nos consumos de energia • Redução na geração de rejeitos • Ampliação da disponibilidade da planta, com consequente aumento da capacidade produtiva • Redução no custo de manutenção • Redução nas perdas produtivas Problemas Encontrados Malhas de Controle • Estatísticas – – – – – – 30% das malhas em manual 30% problemas em sensores, atuadores 20% projeto errado e/ou inadequado 85% mal sintonizadas (30% sem sentido) 85% com desempenho insatisfatório 90% das plantas tem um de seus turnos de operadores melhor que os outros • Somente 20% das malhas operam melhor em automático que em manual ! Fonte: Revista Controle & Instrumentação Problemas Típicos Encontrados • Variabilidade Medição • Ruído • Não-lineraridade Controle • Projeto/conceito ruim • Em manual • Sintonia • Saturada Válvula • Com Agarramento • Com Folga • Distúrbios Processo • Mudanças do operador • Interações entre variáveis Objetivos do Curso • Familiarizar-se com a nomenclatura de processos industriais • Saber desenvolver modelos matemáticos dos processos mais comuns • Conhecer e projetar as principais estratégias de controle utilizadas nas indústrias • Desenvolver habilidades em ferramentas computacionais de simulação e projeto Modelagem Matemática de Processos • Princípios de Conservação – Balanço de Massa – Balanço de Energia Simulação Temporal Estratégia de Controle Controle Regulatório x Avançado • Controle Regulatório: PID • Controle Não-convencional: cascata, antecipatório , override, split range, relação • Controle Inferencial • Introdução ao Controle Avançado; • Controle Robusto; • Controle Adaptativo; • Controle Preditivo Multivariável; • Controle Globalmente Linearizante Controle em Cascata: Trocador de Calor Controles de uma coluna de destilação