Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II AT-102 Dr. Alan Sulato de Andrade [email protected] ENGRENAGENS ENGRENAGENS INTRODUÇÃO: Estes elementos estão presentes em quase todos os sistemas que transmitam potência de uma unidade motora para uma unidade consumidora. Uma característica extremamente importante é o fato que em função da configuração ou arranjo destes elementos, podemos variar (aumentar ou reduzir) variáveis da transmissão, como por exemplo a rotação, velocidade angular e principalmente o torque. ENGRENAGENS INTRODUÇÃO: A transmissão de movimento rotativo de um eixo para outro ocorre em quase todas as máquina que se possa imaginar. As engrenagens constituem um dos melhores meios dentre os vários disponíveis para essa transmissão. (Serão os mais eficientes?) ENGRENAGENS INTRODUÇÃO: Quando se constata que as engrenagens de um diferencial de automóvel, por exemplo, possa funcionar por 150.000 quilômetros ou mais antes de necessitarem substituição, e quando se conta o número real de engrenamentos ou de revoluções de um sistema de transmissão, começa-se a avaliar o fato de que o projeto e a fabricação destas engrenagens é realmente uma realização notável. ENGRENAGENS HISTÓRICO: As engrenagens possuem uma história longa. Um aparato denominado “Carroça chinesa apontando para o Sul” supostamente usada para navegar pelo deserto de Gobi nos tempos pré-Bíblicos, continha engrenagens rudimentares. Leonardo Da Vinci mostra muitos arranjos de engrenagens em seus desenhos. Após um grande desenvolvimento e o advento da revolução industrial, as engrenagens passaram a ser construídos com materiais metálicos muito mais resistentes. ENGRENAGENS HISTÓRICO: As primeiras engrenagens foram provavelmente feitas cruamente de madeira e outros materiais fáceis de serem trabalhados. Sendo meramente constituídos por pedaços de madeira inseridos em um disco ou roda. http://pfdrastromar.wordpress.com/2008/07/29/fazendas-parte-1/ ENGRENAGENS HISTÓRICO: Engrenagens construídas com madeira ENGRENAGENS DEFINIÇÃO: Denomina-se engrenagem o elemento dotado de dentadura externa ou interna, cuja finalidade é transmitir movimento sem deslizamento e potência, multiplicando os esforços com a finalidade de gerar trabalho. Possuem formato cilíndrico (engrenagem cilíndrica), cônico (engrenagem cônica), helicoidal (engrenagens helicoidais) ou reta (cremalheira). ENGRENAGENS DEFINIÇÃO: Engrenagens ENGRENAGENS DEFINIÇÃO: Engrenagens de pequeno e médio porte ENGRENAGENS DEFINIÇÃO: Engrenagens de grande porte ENGRENAGENS DEFINIÇÃO: Engrenagens de grande porte para industria do cimento e de açúcar ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Como relatado na definição, existem diversos tipos de engrenagens entre as principais, destacam-se: Engrenagens de formato cilíndrico, Engrenagens de formato cônico, Engrenagens de formato helicoidal, Engrenagens de formato reto, Engrenagem planetária, Parafusos sem fim, ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Engrenagens de formato cilíndrico, ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Engrenagens de formato cônico, ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Engrenagens de formato helicoidal, ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Engrenagens de formato reto, conhecidas como cremalheiras. ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Engrenagem planetária, ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Parafusos sem fim, ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Outras, Paralelas, Perpendiculares Internas, Externas Hipóide Simples, Dupla ENGRENAGENS CLASSIFICAÇÃO: Obviamente, cada tipo de elemento estará associado a uma aplicação específica. De maneira geral, deve-se conhecer as cargas e solicitações que o sistema de transmissão estará submetido a fim de se optar pelo melhor elemento. ENGRENAGENS PADRONIZAÇÃO: As engrenagens, hoje em dia, são altamente padronizadas com relação à forma do dente e ao tamanho. Diversas entidades de padronização estabelecem normas e diretrizes, dentre estas se destaca a AGMA – American Gear Manufacturers Association, ABNT e a DIN. ENGRENAGENS FABRICAÇÃO: Os processos utilizados normalmente para produção de engrenagens são: Usinagem, Fundição, Conformação, ENGRENAGENS FABRICAÇÃO: Usinagem, Pode ser divido em dois grupos: Usinagem com ferramenta: A usinagem com ferramenta de forma consiste na utilização da fresa módulo, fresa de fonta, brochamento entre outros. Usinagem por geração: É efetuada com a utilização de fresa caracol (hob), cremalheira de corte entre outros. Consiste no processo mais utilizado na industria. ENGRENAGENS FABRICAÇÃO: Usinagem, Processos de usinagem utilizados na construção de engrenagens ENGRENAGENS FABRICAÇÃO: Fundição, Consiste na deposição de material metálico liquefeito em formas. Entre os processos mais utilizados estão o por gravidade, sob pressão e em camadas. ENGRENAGENS FABRICAÇÃO: Fundição, ENGRENAGENS FABRICAÇÃO: Conformação, Os processos mais utilizados são o forjamento, extrusão, trefilação, laminação e a estampagem. ENGRENAGENS FABRICAÇÃO: Conformação, ENGRENAGENS MATERIAIS PARA AS ENGRENAGENS: Normalmente se utiliza materiais metálicos resistentes na produção de engrenagens tais como o aço de baixo ou médio carbono laminados a frio ou a quente, Ferro fundido nodular, Bronze e aço inoxidável. Dentro os principais aços padrão SAE/AISI utilizados, estão o 1020, 1040, 1050, 3145, 3150, 4320, 4340, 8620 e 8640. ENGRENAGENS QUALIDADE DAS ENGRENAGENS: A norma DIN especifica doze qualidades em função da tolerância. 01 a 04- engrenagens de precisão (laboratórios e radares). 05- engrenagens para máquinas operatrizes, turbinas e instrumentos de medidas. 06-07- engrenagens comuns utilizadas em veículos. 08 e 09-Máquinas em geral, pois não são retificadas. 10 e 12-engrenagens rústicas, utilizadas em máquinas agrícolas. ENGRENAGENS QUALIDADE DAS ENGRENAGENS: Para definir a qualidade de engrenagem, pode-se basear na sua velocidade periférica e utilizando a tabela: Vel. Per. (m/s) <2 2a3 3a4 4a5 5 a 10 10 a 15 > 15 Qualidade 11 a 12 10 a 11 9 a 10 8 a 10 7a9 6a7 6 ENGRENAGENS TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM: O meio mais fácil de transferir movimento rotatório de um eixo a outro é com um par de cilindros. x x x x Conjuntos externos e internos ENGRENAGENS TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM: Este sistema porém, apresenta algumas deficiências, dentre as mais críticas estão a baixa transmissão de torque e a grande possibilidade de escorregamento. ENGRENAGENS TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM: Se o sistema necessitar de sincronia, o escorregamento não pode ocorre, assim existe a necessidade da adição de alguns dentes aos cilindros rodando, tornando-se então as engrenagens. ENGRENAGENS LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO: Conceitualmente, os dentes previnem o escorregamento do sistema de transmissão. Considerando este fato, podemos enunciar a lei: “A velocidade angular das engrenagens de um par de engrenagens deve manter-se constante durante o engrenamento”. ENGRENAGENS LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO: A razão da velocidade angular mv é igual à razão do raio de referência (primitivo) da engrenagem de entrada para aquela da engrenagem de saída. ENGRENAGENS LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO: Pinhão Engrenagem ENGRENAGENS LEI FUNDAMENTAL DO ENGRENAMENTO: ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: São as engrenagens mais utilizadas, devido a sua facilidade de construção. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas Circunferência Primitiva: É uma circunferência teórica sobre a qual todos os cálculos são realizados. As circunferências primitivas de duas engrenagens acopladas são tangentes. O diâmetro da circunferência primitiva é o diâmetro primitivo. Passo frontal: É a distância entre dois pontos homólogos medida ao longo da circunferência primitiva. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas Módulo: É a relação entre o diâmetro primitivo e o número de dentes de uma engrenagem. O módulo é a base do dimensionamento de engrenagens no sistema internacional. O módulo deve ser expresso em milímetros. Duas engrenagens acopladas possuem o mesmo módulo. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas Módulo: v Passo Diametral: É a grandeza correspondente ao módulo no sistema inglês. É o número de dentes por polegada. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas Altura da Cabeça do Dente ou Saliência: É a distância radial entre a circunferência primitiva e a circunferência da cabeça. Altura do pé ou Profundidade: É a distância radial entre a circunferência primitiva e a circunferência do pé. Altura total do dente: É a soma da altura do pé com a altura da cabeça. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas Ângulo de ação ou de pressão: É o ângulo que define a direção da força que a engrenagem motora exerce sobre a engrenagem movida. Circunferência de base: É a circunferência em torno da qual são gerados os dentes. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas (Formulário) ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas (Formulário) ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Características geométricas (Formulário) Diâmetros principais Diâmetro primitivo Diâmetro de base Diâmetro interno ou do pé do dente Diâmetro externo ou da cabeça do dente (d0)=m.Z (dg)=d0.cos (df)=d0-2hf (dk)=d0+2hk ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Dimensionamento A expressão seguinte deve ser utilizada no dimensionamento de pinhões e engrenagens com ângulo de pressão =20 e número de dentes de até 40. Para Aço: b.d 0 2 T ι 1 (5,72.10 ).( ).( ). fs 2 Padm ι 0,14 11 Sinal + é utilizado em engrenamentos externos Sinal – é utilizado em engrenamentos internos (planetários) ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Dimensionamento Onde: 5,72.1011 Pa=N/m² , Ajustar quando utilizar comprimento em mm =5,72.105 N/mm² b-Largura do dente [m],[mm] d0-diâmetro primitivo [m],[mm] T-Torque ou momento torçor [N.m],[N.mm] Padm-pressão admissível [Pa=N/m²],[N/mm²] -relação de transmissão Z2/Z1, d 2/d 1, N1/N2 [adimensional] fs ou -fator de serviço (Tabelado) [adimensional] 0 0 ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Pressão Admissível (Padm) 0,487.HB Padm ( ) → [Pa N/m²],[ N / mm²] 1/ 6 W Onde: HB-dureza Brinell [Pa=N/m²],[N/mm²] W-fator de durabilidade [adimensional] ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Fator de Durabilidade (W) W ( 60.n p .h 10 6 ) Onde: np-rotação do pinhão [rpm] h-duração do par [horas] – (Normalmente entre 104 a 105 horas) ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Tabela de dureza Brinell Material HBrinell N/mm² Aço fundido Aço SAE 1020 Aço SAE 1040 Aço SAE 4320 Aço SAE 4340 Aço SAE 8620 Aço SAE 8640 Aço fundido cinzento Aço fundido nodular 1500-2500 1400-1750 2200-2600 2000-4200 2600-6000 1700-2700 2000-6000 1200-2400 1100-1400 GPa 1,5-2,5 1,4-1,75 2,2-2,6 2,0-4,2 2,6-6,0 1,7-2,7 2,0-6,0 1,2-2,4 1,1-1,4 1N/mm²=1000000N/m² ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Relação entre a largura da engrenagem e o diâmetro primitivo (b/d0) Biapoiada: b/d01,2 Em Balanço: b/d00,75 ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Módulos Normalizados (m) Supondo que, ao estimar o módulo, ele se encontre na faixa de 1,0 a 6,0mm. Neste intervalo, os módulos normalizados são: 1,0; 1,25; 1,5; 1,75;...;3,5; 3,75; 4,0; 5,0; 6,0. Como se nota, há um incremento de 0,25 para os módulos normalizados da faixa. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Resistência à Flexão no Pé do Dente Somente o dimensionamento ao critério de desgaste é insuficiente para se projetar uma engrenagem. É necessário que seja verificada à flexão no pé do dente. A engrenagem estará apta para suportar os esforços da transmissão, quando a tensão atuante no pé do dente for menor ou igual à tensão admissível do material indicado. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Resistência à Flexão no Pé do Dente Forças atuantes: ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Carga Tangencial (Ft) A carga tangencial é responsável pelo movimento das engrenagens, sendo também a carga que origina momento fletor, tendendo a romper por flexão o pé do dente. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Carga Tangencial (Ft) A força tangencial é determinada pela formula: T 2.T Ft r0 d 0 Onde: Ft-Força tangencial [N] T-Torque [N.mm] r0-raio primitivo [mm] d0-diâmetro primitivo [mm] ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Carga Tangencial (Ft) ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Carga Radial (Fr) Atua na direção radial da engrenagem. É determinada por meio da tangente do ângulo de pressão : Fr tg Fr Ft .tg Ft Onde: Fr-Força radial [N] Ft-Força tangencial [N] -ângulo de pressão [graus] ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Carga Resultante (Fn) Consiste na resultante das cargas radial e tangencial, sendo determinada por meio de Pitágoras, como segue: Fn Ft 2 Fr 2 Ou : Ft cos Fn Fn Fr sen Fn Fn Ft cos Fr sen ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Tensão de Flexão no Pé do Dente (máx) A tensão atuante no pé do dente deve ser menor ou igual à tensão admissível do material indicado. Pois se isto não ocorrer haverá falha do material devido ao sub-dimensionamento. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Tensão de Flexão no Pé do Dente (máx) A formula que determina a intensidade da tensão é a que segue: Onde: Ft .q. máx material b.m máx-Tensão máxima atuante na base do dente [Pa=N/m²],[N/mm²] Ft-Força tangencial [N] m-Módulo normalizado [m],[mm] b-Largura do dente [m],[mm] -Fator de serviço (Tabelado) [adimensional] q-Fator de forma (Tabelado) [adimensional] ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Fator de Forma (q) Este fator é obtido em função do tipo de engrenamento e do número de dentes. Muitas vezes é necessário utilizar a interpolação para se determinar o valor de q para um valor intermediário de dentes. ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Fator de Forma (q) Engrenamento Externo N. de dentes 10 18 q 5,2 3,5 24 3,2 40 2,9 80 2,6 100 2,5 Engrenamento Interno N. de dentes 20 30 q 1,7 1,9 50 2,1 70 2,2 100 2,3 200 2,4 ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Fator de Serviço () Aplicação Agitadores Alimentadores Bombas Transmissões Eq. Ind. Polpa e Papel Eq. Conversão de Madeira Serviço 10h/24h 1,0-1,25/1,25-1,5 1,25-1,75/1,5-2,0 1,0-1,15/1,25-1,5 1,0-1,25/1,25-1,5 1,0-1,75/1,25-3,0 1,25-1,75/1,5-2,0 ENGRENAGENS ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS: Tensão admissível (mat) - Flexão Material MPa (N/mm²) FoFo cinzento 40 FoFo nodular 80 Aço fundido 90 SAE 1010/1020 90 SAE 1040/1050 120 SAE 4320/4340 170 SAE 8620/8640 200 ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionar o par de engrenagens cilíndricas de dentes retos, para que possa atuar com segurança em um transmissão específica. A transmissão será acionada por um motor de potencia de 11KW que atua com uma rotação de 1140 rpm. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: O material a ser utilizado é o SAE 4340. (Biapoiado) Considerar b/d0=0,25 =20 Z1=12 dentes (pinhão) Z2=38 dentes (coroa) As engrenagens atuarão em eixos de transmissão com carga uniforme, com tempo de serviço máximo de 10h diárias. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Engrenagens Dimensionamento: Z2 Mancais Motor Z1 Acoplamento Eixo-Árvore ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Na resolução deste exercício, não será consideradas perdas de potência. Assim, procedendo desta forma, trabalha-se a favor da segurança. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Como a árvore do pinhão está acoplada ao eixo do motor e desprezando as possíveis perdas encontradas no acoplamento, conclui-se que o torque no pinhão é o torque do motor. Torque no pinhão: T=P/ T=11000/((2.π.N)/60) T=92,14 N.m ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Relação de transmissão: i=Z2/Z1 i=38/12 i=3,16 ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Fator de durabilidade: W=(60.N.h)/106 W=(60.1140. 104 )/106 W=684 Pressão admissível: Padm=(0,487.HB)/W1/6 Padm=984.106 Pa = N/m² ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Fator de serviço: (Tabelado) O fator de serviço para eixo de transmissão, carga uniforme, para funcionamento de 10h diárias é igual a 1-1,25. Adotaremos 1,2. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Volume mínimo b.d0²=5,72.1011.((T/(Padm²)).((i+1)/(i+0,14)). b.d0²=5,72.1011.((92,14/((984.106)²))).((3,16+1)/(3,16+0,14)).1,2 b.d0²=5,72.1011.(9,51.10-17).1,26.1,2 b.d0²=8,2248.10-5m³ b.d0²=82248 mm³ ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Módulo do engrenamento: (Pinhão) b.d0²=8,2248.10-5m³ = 82248mm³ b/d0=0,25 b=0,25. d0 Substituindo: 0,25. d0. d0².=8,2248.10-5 d0³= 8,2248.10-5/0,25 d0= 0,069m = 69mm 1 2 ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Módulo do engrenamento: (Pinhão) m= d0/Z m= 69/12 m= 5,75mm = 0,00575m Valor de módulo que deve ser normalizado (Tabelado) mn= 2,00-2,25-2,50-... Utilizaremos m= 5 mm = 0,005m ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Em função da normalização do módulo, existe a necessidade do redimensionamento do diâmetro primitivo. d0n= mn.Z1 d0n= 5.12 d0n= 60 mm = 0,06m ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Em função do diâmetro primitivo determinamos o valor da largura. b.d0n²= 82248 mm³ b= 82248/60² b= 22,8 mm = 0,0228m recalculado, ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Resistência à flexão no pé do dente Ft=2.T/d0n Ft=2.92140/60 Ft=3071,3N ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Fator de forma: Como o pinhão possui 12 dentes, determinamos que o fator q será igual 5,0. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Tensão máxima atuante no pé do dente: máx=((Ft.q.)/(b.mn)mat máx=((3071,3.5.1)/(22,8.5) máx=134,7N/mm² = 134,7MPa ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Análise do dimensionamento: material: Aço mat=130N/mm² - 130MPa Como foi calculado: máx=134,7N/mm² - 134,7MPa Como a tensão máxima atuante é superior à tensão admissível do material, conclui-se que o pinhão deverá ser redimensionado. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Re-dimensionamento: Em função do que foi calculado, poderíamos adotar as seguintes hipóteses: Modificação do material por um outro mais resistente. Por exemplo utilizar aço SAE 8620, pois mat=200N/mm² - 200MPa Alterar as dimensões geométricas da engrenagem. Largura, diâmetro primitivo, modulo entre outros, Melhor opção muitas vezes. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Re-dimensionamento: Manter módulo e fazer o redimensionamento da largura, utilizando a tensão admissível do material (SAE4340). Como mat=130N/mm² - 130MPa b=(Ft.q.)/(mn. 4340) b=(3071,3.5.1)/(5.130) b=23,6mm = 0,0236m ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Re-dimensionamento: Nova relação b/d0: b/d0=23,6/60 b/d0=0,393 Segundo as orientações: Para engrenagens biapoiadas b/d01,2 Como 0,393<1,2 a engrenagem está dentro das especificações. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Características geométricas Característica Módulo normalizado-mn Passo-t0=mn. Vão entre os dentes-lo=t0/2 Altura da cabeça-hk=mn Altura comum do dente-h=2mn Altura total do dente-2,2.mn Espessura do dente-S0=t0/2 milímetros Pinhão 5mm 15,7mm 7,8mm 5mm 10mm 11mm 3,9mm ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Características geométricas Característica Folga da cabeça-Sk=0,2.mn D. Primitivo-d0=mn.Z D. Base-dg=do.cos Pinhão 1mm 60mm 56,3mm Características da Coroa b=23,6mm Se i=3,16=d02/d01 d02=3,16*60=189,6mm ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionar um pinhão de dentes retos, para que possa atuar com segurança na transmissão onde esta será acionada por um motor de potencia de 15KW que atua com uma rotação de 1800 rpm. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: O material a ser utilizado é o SAE 1040. Considerar b/d0=0,50 =20 Z1=18 dentes (pinhão) Z2=38 dentes (coroa) As engrenagens atuarão em equipamentos de conversão de madeira com carga uniforme, com tempo de serviço máximo de 24h diárias. ENGRENAGENS EXERCÍCIO: Dimensionamento: Engrenagens Mancais Motor Acoplamento Eixo-Árvore