Capítulo 9 Estratégias Cooperativas Michael A. Hitt R. Duane Ireland Robert E. Hoskisson ©2003 Southwestern Publishing Company 1 Inputs Estratégicos O Processo de Gestão Estratégica Capítulo 2 Contexto Externo Desígnio e Missão estratégica Capítulo 3 Contexto Interno Strategy Implementation Strategic Outcomes Acções Estratégicas Formulação Estratégica Capítulo 4 Estratégia de Negócio Capítulo 7 Estratégias de Aquisição e Restruturação Capítulo 5 Capítulo 6 Rivalidade e Dinâ- Estratégia Global mica Competitiva (“Corporate”) Capítulo 8 Estratégia internacional Chapter 10 Corporate Governance Chapter 11 Organizational Structure and Controls Chapter 12 Strategic Leadership Chapter 13 Strategic Entrepreneurship Capítulo 9 Estratégias Cooperativas Strategic Competitiveness Above-Average Returns Feedback 2 Estratégias Cooperativas (EC) EC são estratégias em que as empresas – Trabalham em conjunto – Procuram atingir um objectivo comum Cooperar com estratégia que outras firmas é uma – Cria valor para o cliente – Permite obter vantagens de custo – Estabelece uma posição relativa favorável face à concorrência 3 Aliança Estratégica A aliança estratégica é uma EC na qual – As empresas combinam alguns dos seus recursos e competências – O objectivo é criar uma vantagem competitiva A aliança estratégica envolve – A troca e partilha de recursos e competências – O desenvolvimento ou a distribuição, em conjunto, de bens e/ou serviços 4 Alianças Estratégicas Recursos, Aptidões, Competências específicas Empresa Empresa A B Recursos, Aptidões, Competências específicas Combinação de Recursos Aptidões, Competências específicas Interesses comuns no desenvolvimento, fabrico e distribuição de bens ou serviços 5 Tipos de Estratégias Cooperativas Joint venture: duas ou mais empresas criam uma empresa independente, combinando recursos, cada um com a sua parte. Aliança Estratégica em sociedade: sócios com percentagens (iguais e/ou) diferentes numa nova parceria Aliança Estratégica não societária: acordos contratuais, sem haver sociedade, entre empresas para fornecer, produzir e distribuir bens ou serviços. 6 Razões para Alianças Estratégicas por Tipo de Mercado Mercado Ciclo Lento Razão • Ganhar o acesso a um mercado restrito • Estabelecer um franchise num novo mercado • Manter estabilidade de mercado (ex., estabelecendo padrões ) 7 Razões para Alianças Estratégicas por Tipo de Mercado Mercado Ciclo Rápido Razões • Acelerar o desenvolvimento de novos bens ou serviços • Acelerar entrada em novos mercados • Manter liderança de mercado • Formar um padrão de referência tecnológico da indústria • Partilhar despesas de I&D, de resultado incerto • Reduzir (e superar) a incerteza 8 Razões para Alianças Estratégicas por Tipo de Mercado Mercado Ciclo Normal Razões • Ganhar poder de mercado (reduzir excesso de produção na indústria) • Ter acesso a recursos não detidos internamente • Estabelecer economias de escala • Ultrapassar barreiras alfandegárias • Ir ao encontro doutros desafios competitivos. • Alavancar recursos para projectos de maior envergadura. • Aprender novas técnicas de negócio 9 Estratégias Cooperativas ao Nível do Negócio: Alianças Estratégicas Complementares Alianças Complementares • As alianças estratégicas complementares entre empresas tiram partido de oportunidades de mercado, combinando recursos de forma complementar para criar novas fórmulas de valor • Incluem alianças a montante ou a juzante relativas a distribuição, fornecimento ou outsourcing, das quais as firmas dependem para conseguir vantagem competitiva 10 Estratégias Cooperativas ao Nível do Negócio: Alianças Estratégicas Complementares Marketing & Sales Procurement Technological Development Human Resource Mgmt. Firm Infrastructure Actividades de Suporte Service Outbound Logistics Operations Inbound Logistics Actividades primárias Service Marketing & Sales Procurement Technological Development Human Resource Mgmt. Firm Infrastructure Fornecedor Actividades de Suporte Aliança Vertical Comprador • Alianças estratégicas complementares verticais são formadas entre empresas que acordam usar as suas capacidades em diferentes estados da cadeia de valor para criar valor para ambas • O Outsourcing é um exemplo deste tipo de alianças Outbound Logistics Operations Inbound Logistics Actividades primárias 11 Estratégia de Cooperação ao Nível do Negócio: Alianças Estratégicas Complementares Comprador Aliança Horizontal Comprador Actividades primárias Service Marketing & Sales Procurement Inbound Logistics Technological Development Operations Human Resource Mgmt. Outbound Logistics Firm Infrastructure Marketing & Sales Actividades de Suporte Service Procurement Technological Development Human Resource Mgmt. Firm Infrastructure Actividades de Suporte Potencial concorrente Outbound Logistics Operations Inbound Logistics Actividades primárias • AEC horizontais são formadas entre empresas que combinam os seus recursos e competências para criar valor num mesmo estádio da cadeia de valor • Maior convergência para oportunidades de distribuição e desenvolvimento de produtos no longo prazo • Os parceiros podem tornar-se concorrentes 12 • Requer grande confiança entre parceiros Estratégias de Cooperação ao Nível do Negócio: Alianças para Resposta Competitiva Alianças Complementares Alianças para Resposta Competitiva • As Alianças estratégicas para resposta competitiva (AERC) surgem quando as empresas juntam forças para responder a uma acção estratégica doutro concorrente • Visto serem estratégias de difícil recuo e de implementação dispendiosa, as AERC são formadas mais para dar resposta a acções estratégicas do que a acções tácticas. 13 Estratégias de Cooperação ao Nível do Negócio: Alianças para Redução do Risco de Incerteza Alianças complementares Alianças para Resposta Competitiva Alianças para Redução do Risco de Incerteza • As Alianças para Redução do Risco de Incerteza são usadas para minimizar os efeitos do risco e da incerteza • São mais comuns em mercados de ciclo rápido • Podem ser formadas para reduzir a incerteza face ao desenvolvimento de novos produtos ou de outros standards tecnológicos 14 Estratégias de Cooperação ao Nível do Negócio: Alianças para Reduzir a Concorrência (ARC) Alianças complementares Alianças para Resposta Competitiva Alianças para Redução do Risco e Incerteza Alianças para Reduzir a Concorrência • As ARC podem ser criadas para evitar competição excessiva ou destrutiva • “Conluio explícito” acontece quando empresas acordam directamente outputs de produção e políticas de preços de forma a reduzir a concorrência (ilegal) • “Conluio tácito” ocorre quando várias empresas da indústria coordenam indirectamente a sua produção e preços pela observação das acções competitivas (e respostas) das restantes 15 Estratégias de Cooperação ao Nível do Negócio: Alianças para Reduzir a Concorrência (ARC) Alianças complementares Alianças para Resposta Competitiva Alianças para Redução do Risco e Incerteza Alianças para Reduzir a Concorrência • “Conluio, anti-guerra” é uma forma de tacit collusion em que as empresas rivais evitam ataques competitivos mútuos nos múltiplos mercados em que operam. • As ARC podem necessitar que os governos encontrem formas de permitir a colaboração entre rivais sem infringir as leis anti-trust 16 Estratégias de Cooperação a nível de Grupo (ECG) • As ECG são indicadas para facilitar a diversificação de produtos e/ou mercados: - Aliança estratégica de diversificação - Aliança estratégica especializada (geradora de sinergias) - Franchising • As alianças estratégicas permitem às empresas crescer e diversificar operações sem recurso a fusões ou aquisições 17 Estratégias de Cooperação a nível de Grupo: Alianças Estratégicas de Diversificação (AED) Alianças de Diversificação • As AED permitem a uma empresa expandir-se para novos produtos ou mercados sem ser através de fusões ou aquisições. • Permitem alguns dos benefícios potenciais das fusões ou aquisições, mas com menor risco e maior flexibilidade • Permitem “testar” se uma futura fusão entre os parceiros será benéfica para ambos 18 Estratégias de Cooperação ao Nível do Grupo: Alianças Estratégicas Especializadas (AEE) Alianças Estratégicas de Diversificação Alianças Estratégicas de Sinergia • As AEE proporcionam a criação de economias de âmbito entre duas ou mais empresas. • Criam sinergias entre as múltiplas funções, actividades ou negócios exercidos pelas empresas parceiras. 19 Estratégias de Cooperação a nível de Grupo: Franchising Alianças Estratégicas de Diversificação Alianças Estratégicas de Sinergia Franchising • O Franchising distribui os riscos e usa recursos, aptidões e competências sem fusão e/ou aquisição de/por outra empresa. • É uma relação contratual entre duas partes, o franchisor e o franchisee. • É uma alternativa de crescimento relativamente às fusões e aquisições. 20 Estratégias de Cooperação Internacional (ECI) Aliança Estratégica entre empresas de diferentes países (AEDP): – É uma ECI em que as empresas com sedes em países diferentes combinam alguns dos seus recursos e capacidades para criar uma vantagem competitiva – Uma empresa pode criar uma AEDP como alavanca, para o mercado internacional, das suas competências nucleares no mercado doméstico. 21 Estratégias de Cooperação Internacional (ECI) Permitem a partilha do risco pela redução do investimento financeiro O parceiro local conhece o mercado e os costumes locais As Alianças Internacionais podem ser difíceis de gerir devido a diferenças no estilo de gestão, na cultura, nas exigências legais. Deve controlar a intenção estratégica dos parceiros para que estes não ganhem acesso a tecnologia importante e se transformem em concorrentes 22 Estratégias de Cooperação em Rede Uma estratégia em rede é uma estratégia de cooperação onde diversas empresas fazem parcerias múltiplas para atingir objectivos comuns – aliança em rede estável – aliança em rede dinâmica O relacionamento social e a interacção entre os parceiros são a chave para uma estratégia de cooperação em rede bem sucedida 23 Estratégias de Cooperação em Rede: Aliança em rede estável Aliança em rede estável • Relações de longa duração que normalmente aparecem nas indústrias em maturidade onde a procura é relativamente constante e previsível • As redes estáveis são formadas para desenvolver as economias proporcionadas pelas parcerias estabelecidas entre empresas. 24 Estratégia de Cooperação em Rede: Aliança em Rede Dinâmica Aliança em rede estável Aliança em rede dinâmica • Acordos de cooperação em indústrias com rápidas mudanças tecnológicas que levam a ciclos de vida de produto curtos • Usada principalmente para estimular rápidas inovações de produto, geradoras de valor, e subsequentemente entrar no mercado com sucesso • O objectivo é, muitas vezes, o de explorar novas ideias. 25 Riscos das Estratégias Cooperativas Risco Concorrencial • O parceiro pode agir de forma oportunista. • Engano na avaliação das competências que poderiam ser trazidas para a relação. • O parceiro falha em tornar os seus recursos e aptidões empenhados e disponíveis para a relação. • Uma empresa pode realizar investimentos específicos à natureza da aliança enquanto outro parceiro não os faz. 26 Estratégias de Cooperação e Riscos Concorrenciais. Risco Concorrencial Abordagem à Gestão de Riscos e Activos • Gerir a relação: aprender com o parceiro versus proteger conhecimentos e fontes de vantagem competitiva da excessiva aprendizagem pelo(s) parceiros(s). • Responsabilizar ao mais alto nível da empresa a gestão das estratégias cooperativas. • Especificar recursos e aptidões que vão ser partilhados e aqueles que não vão ser partilhados (contratos detalhados e com a sua própria monitorização prevista) • Desenvolver relações com base na confiança. 27 Abordagens à forma de gerir Estratégias Cooperativas. Minimização do custo – os contratos devem especificar a forma como a estratégia cooperativa é monitorizada e como o comportamento do parceiro deve ser controlado Maximização da oportunidade – maximizar a oportunidade de criar valor com a parceria – os parceiros usufruem de oportunidades inesperadas de aprender uns com os outros e de explorar possibilidades adicionais do mercado – contratos menos formais e flexíveis 28 Estratégias de Cooperação e Riscos Competitivos. Riscos Concorrenciais Abordagem à Gestão de Riscos e Activos Resultado Desejado • Criação de valor • Ganhos acima da média 29