GENTE NOVA EM MISSÃO Cada coisa a seu tempo Olá, Amigos! procurou crescer. Para descansar e... descansar. ventos. Leiam a história Ufa! Até que enfim! As trás ficaram longos Mas, atenção! Descansar das duas irmãzinhas e férias! Já faziam falta meses de fadiga. Mas não significa cortar as vão perceber melhor. a quem trabalhou e valeu a pena! Agora é raízes e ficar à mercê dos Ciao! Boas férias! texto Ana Lucas desenhos Ricardo Neto Saber crescer Eram duas irmãzinhas, pequeni nas, redondinhas, com asinhas. Um dia caíram do casulo da mãe, uma linda sequóia gigante. Por serem tão pequenitas, passou o vento e levou-as para longe. Foram cair novamente na ter ra, distantes da sua mãe. Lado a lado, foram crescendo. Apesar de serem irmãs, as duas semen tinhas, eram muito diferentes. Ao chegarem, adormeceram. Acordaram na manhã seguin te, rodeadas de água e cobertas de terra. Começaram a inchar, a inchar, até que rebentou um lindo caule verdinho, que rapidamente saiu da terra e cresceu. As duas irmãs voltaram a ver-se de novo. Conversavam muito. A mais crescida era espevitada e revoltava-se por não poder mexer-se. Queixava-se que não conse guia sair do sítio. Que ria conhecer o mundo, espantar as borboletas que tantas cócegas lhe faziam. A outra irmã era mais pequena, e mais calma. Esperava pela chuva para cres cer mais um pouco. Ria-se com as con versas das libelinhas e as lutas dos louva-a-deus. Oferecia peda ços das suas folhas às lagartas para que pudessem crescer e tornar-se belas bor boletas. Não podia mexer-se, mas não se importava. Como era muito prudente, cuidava bem das suas raízes. Queria estar sempre verdejante e bem alimentada. O tempo passava e as duas sequóias iam crescendo. Um dia, a jovem sequóia revol tou-se de vez e deci diu deixar de cuidar das raízes. Sem raí zes, poderia liber tar-se da terra e sair daquele lugar para descobrir o mundo. FÁTIMA MISSIONÁRIA 28 ANO LIV | Julho de 2008 A sua irmã prudente pediu-lhe mui to que não o fizesse, porque deixaria de crescer e de alimentar-se. Mas em vão. Deixou de beber água da terra, de alargar as raízes. Depressa come çou a abanar e os ramos a fraquejar. Achava que estava a libertar-se. O pior acabou por acontecer. Um dia, veio uma grande tempestade e a jovem sequóia, fraca e sem resistên cia, libertou-se da terra e caiu no chão. No princípio pensou: “Finalmente estou livre!”. Mas depressa deu conta que esta va a sentir-se mais fraca, sem conseguir mexer-se. Só então percebeu que estava a morrer. Afinal nunca poderia sair dali. A sua irmã assistiu à sua morte com grande tristeza. Viveu durante mui tos anos, continuando a cuidar das suas raízes e a crescer cada vez mais. Os animais gostavam muito dela por ser grande e forte, por fornecer abri go e alimento aos filhotes. Como era Moralinha Todos nós fomos, um dia pequenos. Cada dia que passa estamos a crescer. Mesmo quando já somos adultos, continuamos a crescer, porque continuamos a aprender coisas importantes, a descobrir o mundo. Mas não podemos ser impacientes, nem descuidar o nosso corpo e as nossas ne cessidades. Também não podemos fazer só o que nos apetece. Há valores e apren dizagens que exigem esforço e trabalho, mas que depois nos levam a crescer mais e a alcançar o topo, como aconteceu com a sequóia prudente. Durante todo o tempo que crescemos, devemos estar atentos às coisas maravi lhosas que existem à nossa volta, como acontecia com a sequóia, que vivia ro deada de amigos, animais e plantas. Sabias que… Há árvores que podem viver muitos paciente, muitos passavam por lá para lhe pedir conselhos. As outras árvores encostavam-se à sua sombra e acari ciavam os seus ramos com ternura. Muitos anos passaram e a sequóia tor nou-se a maior árvore do lugar. Quando os seus ramos ultrapassaram os das restantes árvores, pôde finalmente ver onde se encontrava. Viu que mo rava num belo monte, cheio de outras árvores. Ao longe, avistava um lago azul cristalino. O céu expandia-se para o horizonte, mostrando um mundo enorme, cheio de possibilidades. Não podia mexer-se, mas podia crescer, al cançar o topo, chegar mais alto. Nunca se esqueceu que a força dela estava nas raízes. Eram elas que a sustentavam. Todas as manhãs, quando o vento soprava, pensava na sua irmã impacien te. Com amor, continuava a crescer, para que o seu mundo imóvel conti nuasse a revelar-se cada vez maior. anos, por exemplo: uma oliveira pode alcançar 3.000 anos; uma sequóia 4.000 anos, e alguns tipos de pi nheiros, mais de 7.000 anos. A maior árvore do mun do é a sequóia gigante General Sherman, da Ca lifórnia, que pesa mais de 6.167 toneladas, o equivalente a 41 baleias azuis ou 740 elefantes. A sua folhagem é verde-azulada e a casca castanha-avermelhada e pode atingir 61 centíme tros de espessura. A semente de uma sequóia pesa apenas 4,7 miligramas. No seu crescimento até à ma turidade pode aumentar o seu peso até cerca de 1.300.000 milhões de vezes. É considerada como uma das ma ravilhas e única no Mundo, encontra-se em extinção, sendo ameaçada pelas chuvas ácidas, pelo aqueci mento global e pelo Homem. Já no ano 1300, cerca de 75 por cento das reservas florestais do planeta esta vam destruídas. De 1945 até hoje, mais de metade dos bosques tropicais do mun do foi dizimada. De acordo com alguns biólogos, nos próximos 50 anos, a huma nidade pode acabar com um terço das espécies vivas que existem hoje e que demora ram cerca de 500 milhões de anos a surgir. Estima-se que esta espécie se extin ga daqui a algumas décadas e que seja impossível recuperá-la. Nestes meus desenhos há várias estrelas: a primeira, a principal, representa o meu Deus; depois, a segunda representa os meus pais; as outras representam a vóvó, a Tita e os meus amigos. À noite gosto muito de olhar para o céu e ver as estrelas. Gosto muito da página das crianças. Guilherme Henrique Soares | Braga | 8 anos Envia para [email protected] ou FÁTIMA MISSIONÁRIA | Apartado 5 | 2496-908 FÁTIMA FÁTIMA MISSIONÁRIA 29 ANO LIV | Julho de 2008