ENCONTRO INTERNACIONAL PATRIMÓNIO CULTURAL, A CORTIÇA E OS MUSEUS AUDITÓRIO MUNICIPAL – FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL, 2 E 3 DE JULHO DE 2010 PROGRAMA 2 Julho | 6ª feira 09.30 – Recepção aos participantes e entrega de documentação. 10.00 – Sessão de abertura, com a presença do Presidente da Câmara Municipal do Seixal e vice-presidente da Comissão Executiva da RETECORK, Alfredo Monteiro, do Presidente da Comissão Executiva da RETECORK, Lluís Medir Huerta, da Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura, Turismo e Juventude, Vanessa Silva, e de Graça Filipe Subdirectora do Instituto dos Museus e da Conservação Painel I: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS DA FILEIRA DA CORTIÇA 10.30 – Dionísio Mendes (Observatório do Sobreiro e da Cortiça - Coruche, Portugal) – Estratégia de Eficiência Colectiva PROVERE O Montado de Sobro e a Cortiça 10.50 – Debate 11.00 - Sessão aberta: Josep Capellà (Coordenador da RETECORK) – RETECORK: proposta de formação de uma rede europeia de museus e centros de interpretação da cortiça Josep Espadalé (Director do Museu del Suro de Palafrugell) – Constitución de una red internacional de museos y centros de interpretación de património corchero 11.30 – 11.45 – Pausa para café 11.45 – 13.00 – Continuação de sessão aberta (debate) 13.00 – Transporte até ao Núcleo da Mundet (autocarro disponibilizado pela organização) 13.15 – Almoço volante oferecido pela organização 14.15 – Visita à exposição temporária CORTIÇA AO MILÍMETRO, patente no Núcleo da Mundet do Ecomuseu Municipal do Seixal 15.15 – Transporte até ao Auditório Municipal (autocarro disponibilizado pela organização) Painel II: VALORIZAR E DIVULGAR O PATRIMÓNIO CULTURAL E NATURAL SUBERÍCOLA 15.30 – Eusebi Casanelles (MNACTEC – Museu de la Ciència i de la Tècnica de Catalunya Catalunha, Espanha) – Las redes de museos industriales 16.10 – Sofia Carrusca (Rota da Cortiça de S. Brás de Alportel, Portugal) – Rota da Cortiça: mais do que um percurso, uma história 16.30 – Pausa para café 16.50 – Debate 18.00 – Apresentação do livro QUEM DIZ CORTIÇA, DIZ MUNDET, Ecomuseu Municipal do Seixal / Auditório Municipal - Fórum Cultural do Seixal 3 Julho | Sábado Painel III: MUSEOLOGIA E PATRIMÓNIO INDUSTRIAL CORTICEIRO 10.00 – Josep M. Pey (XATIC - Xarxa de Turisme Industrial de Catalunya - Catalunha, Espanha) – XATIC (Rede de Turismo Industrial de Catalunha): El turisme industrial al servicio del património industrial 10.20 – Sofie Ponson, Elodie Pignol (Musée du Liège et du Bouchon - Mézin, França) – Le Musée du Liège et du Bouchon 10.40 – Pausa para café 11.00 – Fátima Afonso (Ecomuseu Municipal do Seixal - Portugal) – Do (re)conhecimento à salvaguarda e valorização do património corticeiro em Portugal: o Núcleo da Mundet do Ecomuseu Municipal do Seixal 11.20 – Josep Espadalé (Museu del Suro de Palafrugell - Catalunha, Espanha) – El Museo del Suro de Palafrugell 11.40 – Debate 12.15 – Transporte até ao Moinho de Maré de Corroios (autocarro disponibilizado pela organização) 12.45 – Almoço volante oferecido pela organização 13.45 – Transporte até ao Auditório Municipal (autocarro disponibilizado pela organização) 14.30 – Laura Brixedo (Museo de Identidad del Corcho de San Vicente de Alcántara, Espanha) – El Museo del Corcho de San Vicente de Alcántara 14.50 – Manuel Ramos (Museu da Fábrica do Inglês - Silves, Portugal) – A Fábrica do Inglês: reabilitação do património industrial corticeiro 15.30 – Debate 16.00 – Pausa para café 16.20 – Lluís Medir (Presidente da RETECORK) e Jorge Raposo (Director do Ecomuseu Municipal do Seixal) – Apresentação conjunta da Resolução do Encontro Internacional “Património Cultural, a Cortiça e os Museus”, realizado no Seixal, nos dias 2 e 3 de Julho de 2010 17.00 – Sessão de encerramento, com a presença da Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura, Turismo e Juventude, Vanessa Silva, do Presidente da Comissão Executiva da RETECORK, Lluís Medir Huerta e Jorge Raposo, Director do Ecomuseu Municipal do Seixal ENCONTRO INTERNACIONAL PATRIMÓNIO CULTURAL, A CORTIÇA E OS MUSEUS AUDITÓRIO MUNICIPAL – FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL, 2 E 3 DE JULHO DE 2010 RESUMOS OBSERVATÓRIO DO SOBREIRO E DA CORTIÇA (CORUCHE, PORTUGAL) Dionísio Simão Mendes Licenciado em História, professor efectivo do Ensino Secundário, exerceu as funções de Vereador da Câmara Municipal de Coruche, em regime de permanência, nos mandatos de 1990-1993 e 1994-1997, e de Presidente da mesma autarquia nos mandatos decorridos entre 2001 e a actualidade. É também Presidente da Assembleia-geral da RETECORK – Rede Europeia de Territórios Corticeiros; Vogal da Secção de Museus na Associação Nacional de Municípios Portugueses; Representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses no Conselho Nacional de Cultura; Vogal do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo; Vogal do Conselho de Administração da Empresa Intermunicipal Águas Ribatejo; Membro do Conselho Geral do CEFA – Centro de Estudos e Formação Autárquica; Presidente da Secção de Municípios com Actividade Taurina; Presidente do Conselho da Comunidade do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria). ROTA DA CORTIÇA DE S. BRÁS DE ALPORTEL (PORTUGAL) Sofia Domingos Carrusca A finalizar Pós- graduação em Arqueologia Subaquática, Instituto Politécnico de Tomar e Universidade Autónoma de Lisboa. Pós- graduada em Téc. Superior de Higiene e Segurança no Trabalho, nível V, Santa Luzia, com trabalho final sobre o tema “Avaliação de Riscos em Fábrica Preparadora de Cortiça”. Licenciatura em Património Cultural, Universidade do Algarve. Investigação realizada enquadrada na temática “Contributo para o Estudo da Industria Corticeira em S. Brás de Alportel (2ª metade do séc. XIX e 1º metade do XX). Rota da Cortiça - Contributo para a Promoção e Valorização do Património Corticeiro “Quem se preocupa com os netos, planta um sobreiro” Este velho provérbio português apresenta a primeira noção de desenvolvimento sustentável e demonstra a relação de harmonia que se estabeleceu entre o homem e o sobreiro, um convívio com proveito mútuo e mútua sustentação. A Rota da Cortiça, produto turístico - cultural com forte componente ambiental, apresenta-se como um projecto âncora que implantou o seu produto no mercado em Agosto de 2008, assentando numa temática bem definida: visitar toda a fileira da cortiça, desde os sobreirais até às fábricas. Através de um itinerário guiado e interpretado dividido em seis diferentes pólos temáticos dá-se a conhecer a Rota da Cortiça: Património, Natureza Vida Rural, Tradição, Inovação e Conhecimento, pretendendo-se sensibilizar os visitantes para a salvaguarda e valorização do sobreiral e toda a fileira da cortiça, destacando a sua importância em termos de ecossistema e espécies dele dependentes. Quando se pensa em turismo industrial, reportamo-nos maioritariamente para recintos industriais desactivados que após sua reabilitação e musealização, são transformados em museus. A Rota da Cortiça, segue a linha de um espaço patrimonial temático, onde a identidade e autenticidade são assumidas como princípios fundamentais diferenciando-se em múltiplas vertentes, através do enquadramento no roteiro turístico-cultural da visita a recintos industriais corticeiros, que se encontram ainda em plena laboração. Visitar a Rota da Cortiça é dar a possibilidade de contactar, in loco, com as técnicas e toda a cadeia operatória que envolve os processos tradicionais de preparação de cortiça e a visita a fábricas de transformação da cortiça com a aplicação de processos tecnológicos. Diferenciando-se pela sua pluridisciplinaridade, a Rota da Cortiça valoriza e dignifica a biodiversidade do sobreiral algarvio e apresenta um papel interventivo e fundamental na promoção dos seus recursos autóctones. O sobreiral algarvio define ainda, um vasto ecossistema bastante rico em fauna e flora dele dependentes, constituindo uma zona abrigada e de dinâmica favorável ao desenvolvimento de um sem número de espécies e espécimes observáveis nas visitas à Rota da Cortiça. Um dos factores diferenciadores deste produto turístico - cultural assenta na valorização de uma matéria-prima nobre que dignifica a história e passado cultural do concelho e imprime no visitante a ideia de sustentabilidade e património a salvaguardar promovendo e valorizando o sobreiro e fileira da cortiça tão associada ao interior algarvio e do qual as populações rurais de S. Brás de Alportel, ainda subsistem. Neste sentido, encontrando-se ainda, bastante dependentes de um sistema agro-silvopastoril, associado ao sobreiral e modos de vida rurais verifica-se, nestas populações serranas, uma forte relação de apego às tradições e produtos autóctones, tal como uma continuidade “geracional” na produção e extracção de cortiça. Há toda uma vida que se constrói à volta da cortiça, um mundo repleto de histórias, de pessoas, lugares e modos de vida. A Rota não é só um percurso, é toda uma herança e história cultural e industrial de um concelho a descobrir e um produto de reconhecido mérito para a região que valoriza uma importante herança e tradição. XATIC - XARXA DE TURISME INDUSTRIAL DE CATALUNYA (ESPANHA) Josep Maria Pey Cazorla Gerente de la XATIC. Licenciado en Geografía e Historia. Postgrado en Turismo Colaborador en distintos postgrados y cursos como especialista en Turismo Industrial. del Grupo de Trabajo del Comité Técnico de Normalización 302, para la elaboración de de calidad de “Turismo Industrial”, que impulsan el ICTE (Instituto para la Calidad Española ) y AENOR (Asociación Española de Normalización y Certificación). Cultural. Miembro la norma Turística XATIC: El turismo industrial al servicio del patrimonio industrial La XARXA DE TURISME INDUSTRIAL DE CATALUNYA (Red de Turismo Industrial de Catalunya) – XATIC, nace constituida por 19 poblaciones de gran diversidad entre si, pero con un nexo común, la existencia de un gran potencial para promover el turismo industrial en sus municipios. En muchos casos, estos cuentan con alguno de los museos pertenecientes al sistema del mNACTEC en sus términos municipales. Los municipios fundadores fueron: Àreu Bellmunt del Priorat Capellades Cardona Castellar de N’Hug Castelló d’Empúries Cercs Esparreguera Granollers Igualada Manlleu Manresa Palafrugell Puig-Reig Ripoll Sant Sadurní d’Anoia Santa Coloma de Cervelló Terrassa Vilanova i la Geltrú Para conseguir el objetivo de promover el turismo industrial y convertirlo en un elemento de dinamización económica y cultural en su territorio, la XATIC redacta el Plan de Dinamización del Producto Turístico Industrial y de la Innovación Tecnológica de Catalunya , cuyo convenio para su desarrollo se firma el 25 de julio de 2006. Los objetivos de este Plan eran: ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Promover el concepto de turismo industrial y crear su demanda. Turistizar el patrimonio industrial Crear nuevos productos de turismo industrial y mejora del existente Posicionar Catalunya como destino turístico industrial de referencia Convertir el turismo industrial en un elemento de dinamización económica del territorio. Aumentar el número de usuarios de turismo industrial Establecer un nuevo modelo de promoción y gestión turística, a través de la XATIC. Integrar la XATIC en un marco de colaboraciones más amplio con otras organizaciones de fuera de Cataluña. Con la contratación de la gerencia, el 16 de octubre de 2006, comienzan a desarrollarse las actuaciones encaminadas a conseguir estos objetivos. Creación de producto turístico Una parte de los fondos del plan se destinaron a la creación de nuevos productos turísticos, especialmente rutas o itinerarios de turismo industrial en los propios municipios, desarrollándose rutas teatralizadas como las de “La Pell d’Igualada” y el “Itinerario por la Igualada Industrial”; “Viatge als orígens del Cava”, en Sant Sadurní d’Anoia; “Cinc segles forjant Ripoll”, en dicha población, y también en Manresa se creó la visita teatralizada “Cintaires del 1900” que transcurre por la exposición permanente de la Cinteria, en el interior del Museo de la Técnica . Del mismo modo, en Manlleu se produjeron las rutas en carro con motivo del Año Rusiñol; “Figures d’aigua”; “L’esperit del Ter”; “L’altre esperit del Ter” y “Torn de nit”. Esta última visita, nocturna y pensada para el público adulto, así como “Cintaires del 1900” (Manresa), se pueden complementar con una propuesta gastronómica de gran éxito: los “Sopars de carmanyola”, se trata de una reinterpretación de gran nivel gastronómico de la cocina de nuestros abuelos, cuyo plato principal es servido en unas fiambreras de aluminio. Aprovechando las nuevas tecnologias se han creado rutas autoguiadas. Así, con la ayuda de un mp3 o un mp4 se puede realizar la ruta turística “Quercus Suber”, en Palafrugell, que empieza con un magnífico desayuno de “pa amb tomàquet” en La Fraternal y nos permite subir a la Torre de Aguas de Can Mario, desde la que tenemos una panorámica única del Baix Empordà. También con esta tecnología se han creado recorridos por el Museo de las Minas de Bellmunt del Priorat y en la antigua fábrica de cemento “Asland” de Castellar de N’Hug y sus alrededores. Otras, como “Els molins de la Costa de Capellades” o la “Ruta de la industrialització de Vilanova i la Geltrú” (que además puede realizarse con el teléfono movil, gracias a los códigos BIDI) nos permiten interpretar el desarrollo urbano de esas poblaciones a partir de la industrialización. Otra ruta que también se realiza con teléfono movil es “La invasió dels taps”, una ruta que comienza en la web y donde nos podemos entrenar cazando corchos, matando “marcianitos”, consiguiendo información sobre el mundo del corcho y sus trabajadores y descargándonos las instrucciones que nos permitiran salir a “cazar corchos” con la cámara de nuestro teléfono, por las calles de Palafrugell. Pero, quizás, el producto turístico industrial más innovador, desarrollado con las nuevas tecnologías, ha sido sin duda “Geo-Xating”. Este proyecto consiste en un conjunto de rutas de turismo industrial donde hay que encontrar tres o más “tesoros” escondidos. Para poder hacerlas, solo es necesario disponer de un GPS y entrar en la web específica www.geoxating.cat. Allí hay una cartilla que debe imprimirse donde constan las diferentes rutas y las geo-coordenadas para encontrar los tesoros ocultos. Los tesoros son unos recipientes que, debidamente identificados con el logo de Geo-Xating, contienen un sello para marcar la casilla correspondiente de la cartilla, acreditando que se ha encontrado el tesoro en cuestión, así como pequeñas sorpresas y obsequios como entradas o descuentos para entrar en museos o hacer rutas de turismo industrial. Cada ruta completada da opción para participar en un sorteo que se efectua durante la celebración del Salón Internacional de Turismo de Catalunya (SITC) y en el que los premios son, entre otros, estancias de fin de semana en hoteles, subscripciones a revistas de turismo, etc. Otra de las actuaciones más interesantes realizadas por la red ha sido la creación del Club XATIC, a cuyos socios se les ofrecen descuentos, promociones especiales y otras ventajas en museos, centros de interpretación, visitas guiadas, restaurantes, alojamientos, comercios… Su pertenencia se acredita mediante un carnet personalizado gratuito. Esta iniciativa, presentada el 3 de marzo de 2009 en estos momentos roza la cifra de los 1.500 asociados, y cada día llegan nuevas peticiones de establecimientos que solicitan adherirse al Club, consiguiéndose la implicación del sector económico privado en la promoción del turismo industrial. Así mismo el Club XATIC busca acuerdos con otros clubs similares, con asociados sensibles a la oferta del turismo industrial. En este sentido, hay que destacar la firma de un convenio con el club Rutas de la Lana, con cerca de 850 asociados, mayoritariamente de Castilla y el Pais Vasco, por el que se reconocen las prestaciones de los respectivos carnets a los socios del otro club. Mejora de producto turístico El Plan permitió realizar una serie de intervenciones en diversos museos y centros de interpretación, mejorando sus contenidos. En este sentido se realizaron intervenciones de mejora en escenografías y materiales; creando audiovisuales y adecuando los espacios con el equipamiento necesario para su proyección al público. Muchas de estas intervenciones permitirán hacer más accesible estos contenidos a los turistas, por ejemplo, traduciendo a diferentes idiomas los textos expositivos o los audiovisuales que se proyectan. Otras acciones, como la implementación de tiendas, van a permitir dar mejor servicio y hacer más atractiva la oferta turística a los visitantes. Centros de interpretación y servicios de información turística. Pero con el Plan no solo se han realizado mejoras en centros de interpretación. En algunos casos ha permitido la creación de nuevos. La suma de los fondos del Plan a recursos aportados por otras administraciones han contribuido a la materialización de atractivos centros de interpretación como el de la Església de la Colònia Pons, en Puig-reig que nos explica el papel de la iglesia en el mundo de las colonias textiles, con los trabajadores de las mismas, y sus dueños. Este centro complementa y enriquece el conjunto de la oferta de turismo industrial de las colonias del Llobregat. También se creó el Centro de Interpretación de la Colonia Güell, en Santa Coloma de Cervelló. Aquí hay que añadir, al interés que por si mismo tiene el turismo industrial, el atractivo que supone acercarnos al mundo del genial Gaudí y descubrir sus experimentaciones arquitectónicas. El centro utiliza innovadoras tecnologías y puestas en escena que sorprenden al visitante. Otras actuaciones, tal vez no tan espectaculares pero con la misma importancia para el turismo han sido la creación de puntos de información turística que permiten dar a conocer todos los servicios turísticos del municipio a la vez que informan de la oferta de turismo industrial de la XATIC. Señalización Para que los turistas lleguen a donde nos interesa y sepan lo que estan viendo, es necesario que los conduzcamos y les informemos. Para ello, otra de las grandes partidas del Plan fue la destinada a la señalización. En algunos casos se trató de señalización direccional y en otros dando información del recurso patrimonial. Otras tenían la missión de anunciar aquello que queremos que visiten. Pero en el apartado de señalización hay que destacar una actuación por su trascendencia: la de instalar a la entrada de todos los municipios de la Red unos paneles que lucen el logotipo que para la marca “turisme industrial de Catalunya” creó la Generalitat a instancias de la XATIC. El objetivo de estas señales es difundir la marca y el concepto de turismo industrial al tiempo que identifica el municipio al que se llega como destinación de esta modalidad turística. Estas señales también han de servir para que los ciudadanos vayan tomando conciencia de este valor turístico en su municipio y, a medida que circulan por las carreteras y ven otras poblaciones con la misma señal, entender que su población forma parte de una red que trabaja de forma conjunta para la promoción de ese turismo. Promoción y comunicación Vemos pues que la señalización tiene una finalidad comunicativa y de promoción. Pero dentro del Plan, una de las mayores partidas se destinó a la promoción y comunicación de la oferta de turismo industrial que promueve la XATIC. En este sentido, se planteó una campaña de comunicación que, en primer término, ayudase a explicar el interés y atractivo que se esconde tras el concepto “turismo industrial”, y también que es un turismo óptimo para realizar en familia. El principal canal de comunicación es a traves de la red de internet, por eso se creó muy pronto una web, dotándola de diferentes atractivos, como interactivos dentro, promociones y concursos y creando una base de datos de subscriptores a los que se envia un boletín electrónico mensual para ponerles al corriente de las novedades en turismo industrial. También se crearon otras páginas web para determinados recursos turísticos : http://www.ecomuseu-farinera.org/ http://www.museuciment.cat/ http://www.serradora-areu.org/index2.php http://mmp-capellades.net/ http://www.igualadaturisme.cat/ Se editó una gran cantidad de materiales de promoción: folletos, guías, DVD y también se produjo una serie de 13 capítulos temáticos dedicados al turismo industrial que se difundieron per la Red de Televisiones Locales: la serie “Voltes” El Plan de Dinamización, la XATIC y su oferta han sido presentados en numerosas jornadas y congresos . También se ha asistido a workshops y ferias para contactar con los tour-operadores que se han interessado por nuestra propuesta turística y que han visto a la XATIC como un mayorista de esa modalidad turística que es el turismo industrial. Tambien se ha promocionado la oferta de la XATIC en salones de turismo como FITUR o el Salon Internacional de Turismo de Catalunya – SITC, para llegar al público final. Para éste, también, se ha creado la Exposición itinerante “Fabriquem emocions” que durante dos años circulará por distintas poblaciones dando a conocer la oferta de turismo industrial vinculada a la XATIC. Industria Viva XATIC no solo se ha centrado en el turismo industrial patrimonial o histórico, también ha puesto en marcha un proyecto pionero e innovador, el programa Industria Viva, que pretende estimular a los empresarios a organizar visitas a su empresa e incluir estas visitas en la oferta de turismo industrial que promueve la XATIC. El programa se dirige a las empresas que pueden mostrar el proceso de elaboración de un producto y también a los centros de investigación y desarrollo tecnológico. El proyecto, impulsado por instituciones públicas y privadas, y articulado en una red de antenas, o puntos de información situados en los municipios de la XATIC, se da a conocer directamente a los empresarios, que ven en la iniciativa una propuesta interesante. Además de promocionar las visitas, también se busca la creación de sinergias entre las empresas, realizando para ellas acciones de formación, como cursos de técnicas de guiaje, etc. Formación La formación ha sido objeto de actuaciones. Así, se han organizado jornadas donde se han mostrado experiencias de referencia, se han impartido cursos de especialización, de aspecto práctico, con visitas sobre el terreno. Tambien con formación para trabajar en una comunidad virtual de trabajo, creada exproceso para los técnicos de la XATIC… Uno de los sectores en que se ha incidido es el de los guías profesionales de turismo, consiguiendo introducir el turismo industrial en el temario de las pruebas que deben superar para conseguir su habilitación por parte de la Generalitat y organizando para ellos un Seminario práctico en el que descubrieron el potencial y atractivo de esta oferta turística. Pero los técnicos de los municipios participantes en el Plan, y los empresarios que participan en el programa Indústria Viva, también querían descubrir como mejorar su trabajo y sus productos turísticos. Por esa razón se efectuó un benchmarking en Francia , organizado conjuntamente con Turisme de Catalunya -ahora Agència Catalana de Turisme- , que fué altamente valorado por las experiencias que se conocieron en la gestión del turismo industrial –en especial el de visitas a empresas en activo- del país galo. Resultados Todo este conjunto de acciones ha generado unas sinergias que han permitido la concreción de convenios, y la suma de recursos y colaboraciones que han multiplicado los efectos del Plan de Dinamización, haciendo que la asociación XATIC haya acabado convirtiéndose en un referente del turismo industrial de Catalunya, motivando que nuevos municipios, y también centros de patrimonio industrial –a título individual- hayan visto en la XATIC, la plataforma idonea para la promoción y comercialización de su oferta turística. El “modelo XATIC” también ha sido objeto de interés en cursos de postgrado turísticos, en jornadas y congresos, inspirando futuros proyectos similares en otras partes. Actualmente la XATIC participa en el grupo de trabajo que está elaborando la norma “Q” de turismo industrial, una norma de excelencia turística, que aspira a ser una norma ISO (iniciativa propuesta por AENOR). También ha sido solicitada su participación en el Comité Científico organizador del III Congreso Europeo de Turismo Industrial que tendrá lugar en Turín el próximo mes de octubre de 2010. En resumen, quizás sea aun temprano para valorar los resultados reales del Plan de Dinamización del Producto Turístico Industrial y de la Innovación Tecnológica de Catalunya finalizado en enero de 2010, pero es evidente que además de las actuaciones expuestas, ha permitido percibir el interés del instrumento que lo estuvo gestionando, la XATIC, más allá del propio Plan. MUSEE DU LIEGE ET DU BOUCHON DE MEZIN (FRANÇA) Elodie Pignol Attachée de conservation du patrimoine, Conseil Général du Lot-et-Garonne Titulaire d’un master professionnel « Histoire et Gestion du Patrimoine Culturel » de l’université de Paris 1 Panthéon-Sorbonne en 2007, Elodie Pignol a intégré le service du récolement des dépôts antiques du Musée du Louvre. Puis en 2008, elle a pris les fonctions de chargée d’inventaire et de récolement au Musée national des Arts et Métiers jusqu’en juin 2009. Depuis un an, elle est responsable de l’accompagnement scientifique et technique des Musées de France, sites patrimoniaux et centres d’interprétation du département de Lot-et-Garonne. Sophie Ponson Médiatrice culturelle, Musée du liège et du bouchon de Mézin Sophie Ponson a suivi des études d’histoire de l’art à l’Université Michel de Montaigne de Bordeaux. Elle a obtenu une maîtrise d’histoire de l’art médiéval en 2005 et un master professionnel « Métiers du patrimoine monumental et mobilier » en 2006. Après 2 ans d’expérience en tant que chargée de mission et guide-conférencière à Angoulême et à Bayonne pour le réseau des Villes et Pays d’art et d’histoire, elle intègre le Musée du liège et du bouchon de Mézin en mars 2009. Présentation du Musée du liège et du bouchon de Mézin Installé dans une école construite à la fin du 19e siècle, le premier Musée du liège et du bouchon de Mézin voit le jour en 1983 grâce à des habitants et d’anciens bouchonniers qui ont collecté les machines et les outils ayant servi à la fabrication des bouchons de 1870 à 1950. En 1999, avec l’aide du Conseil Général du Lot-et-Garonne, le Musée est entièrement restructuré afin de conserver et de mettre en valeur l’ensemble de l’histoire industrielle locale. Des actions de médiation, privilégiant une approche pédagogique et ludique, sont mises en place dans le but d’accueillir le public scolaire et le public familial toute l’année. En 2006, le Musée obtient le label « Musée de France », marque de reconnaissance de l’intérêt scientifique et patrimonial de ses collections. Aujourd’hui, le Musée de Mézin cherche à renforcer ses liens avec les industriels du liège présents sur son territoire. De nouveaux partenariats d’envergure sont créés avec le Conservatoire national des arts et métiers. ECOMUSEU MUNICIPAL DO SEIXAL (PORTUGAL) Fátima Afonso Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1988) e obteve Mestrado em Museologia pela Universidade de Évora (2006), com a tese Museus e Métodos de Investigação e de Documentação de Património Industrial em Portugal (19742004). Faz parte, desde 1997, da equipa técnica que procede ao inventário de património industrial promovido pela Câmara Municipal do Seixal/Ecomuseu Municipal. Integra, desde 2000, o Serviço de Inventário e Estudo de Património Industrial da Divisão de Património Histórico e Natural/Ecomuseu Municipal do Seixal. Desenvolve em contexto museal funções na área da investigação e do estudo de história local e de património industrial reportado ao concelho do Seixal, tendo participado na organização de exposições e de algumas publicações no âmbito do património industrial corticeiro programadas pelo Ecomuseu Municipal. Tem ainda desenvolvido estudos na área da história local e participa no projecto de elaboração da Carta do Património Cultural do Concelho do Seixal. Tem publicado alguns trabalhos no âmbito da história e do património local, em especial em catálogos de exposição e no boletim do Ecomuseu Municipal do Seixal – Ecomuseu Informação. Do (re)conhecimento à salvaguarda e valorização do património corticeiro em Portugal: o caso do Núcleo da Mundet do Ecomuseu Municipal do Seixal A indústria da cortiça desenvolveu-se em Portugal na segunda metade do séc. XIX, com centros de actividade instalados principalmente a Sul do rio Tejo. Actualmente, estima-se que a produção nacional de cortiça seja de 137 mil toneladas anuais, o que corresponde a cerca de 54% da produção mundial do sector. O país concentra a maior capacidade mundial de transformação industrial, localizada sobretudo no distrito de Aveiro e a Sul do Tejo, e do trabalho da cortiça – produção, extracção, preparação, transformação e comércio – depende uma parte significativa da população portuguesa. Considerando a importância que a fileira da cortiça teve e tem para o país, a presente comunicação pretende aferir de que modo a actividade corticeira se encontra representada no panorama museológico nacional, apresentando sucintamente alguns espólios e colecções reportados à cortiça preservados e valorizados em instituições museológicas locais e regionais, seleccionados pelas comunidades locais e/ou pelos próprios museus como testemunhos relacionados com o trabalho de grupos socioprofissionais relacionados com a cortiça e significativos da identidade local. A partir das últimas décadas do século XX, surgiram projectos de reutilização e de musealização de sítios industriais corticeiros, que deram origem à emergência de museus ou de espaços museológicos e expositivos de temática corticeira, encontrandose alguns ainda em fase de projecto ou de programação. O Núcleo da Mundet do Ecomuseu Municipal do Seixal (EMS) foi um destes casos. Em 1905, a firma de origem catalã, então sedeada nos Estados Unidos da América, L. Mundet & Sons – de que a Mundet & C.ª, Lda. (1922-1988) foi sucessora em Portugal – instalou a sua unidade industrial na Quinta dos Franceses, junto à antiga vila do Seixal. A fábrica Mundet (Seixal), funcionou durante cerca de 80 anos, tendo sido o maior estabelecimento industrial no seu ramo não só à escala regional, mas também nacional. Ocupando uma vasta área de implantação, a empresa manteve ao longo do seu período de actividade uma importância económica e sociocultural que resultou, entre outros aspectos, da grande concentração de mão-de-obra, do volume de produção e da sua importante contribuição para o total das exportações nacionais. No final de 1996, deu-se a aquisição da antiga fábrica corticeira Mundet & C.ª, Lda. pela Câmara Municipal do Seixal. O espólio industrial da fábrica Mundet, incluindo um vasto património técnico-industrial imóvel e integrado, móvel e documental, remanescente do processo de falência (1993-1996) e a constituição, em curso, de um acervo museológico, viabilizaram um programa de inventário, documentação e estudo de património industrial daquele estabelecimento fabril promovido pela Câmara Municipal do Seixal, através do EMS. Em 1998 foi instalado o Núcleo da Mundet (integrado na estrutura polinucleada e territorialmente descentralizado do EMS), sendo reutilizados os edifícios das Caldeiras Babcock & Wilcox e das Caldeiras de Cozer para áreas expositivas do EMS (abertas ao público, respectivamente a partir de 1998 e 2000) e o edifício dos escritórios da Mundet para instalação dos serviços centrais do museu (2006). As instalações da antiga Mundet encontram-se em fase de reconversão, sendo desde finais da década de 90 do século XX progressivamente reutilizados com valências de equipamento cultural e serviços, onde se desenvolvem actividades culturais de difusão e de transmissão da sua memória industrial corticeira que concorrem para a valorização e a requalificação do sítio patrimonial e, simultaneamente, contribuem para a regeneração do núcleo urbano antigo do Seixal e da sua frente ribeirinha. MUSEU DEL SURO DE PALAFRUGELL (CATALUNHA, ESPANHA) Josep Espadalé Reballí Organisme: Museu del Suro de Palafrugell (Conservador, grup A). Llicenciatura en Filosofia i Lletres. Secció Historia (Ha. Antiga i arqueologia – Universitat Autònoma de Barcelona). Postgrau en Museologia i Patrimoni (Universitat de Girona). Participació en Projectes de Recerca i Desenvolupament finançats en convocatòries públiques (nacionals i/o internacionals): La evolución del negocio corchero en España. Siglos XVIII-XX. Empresas, redes comerciales e intervención pública (2002-2004). Participació en programes de postgrau: docència de museología y didáctica de la arqueología (Universidad Autónoma nacional de Managua, 1997), de Arqueologia industrial (Universitat de Girona, 2000-2001), de Patrimoni i desenvolupament econòmic (Universitat de Girona, 1998-2001), de Patrimoni i Turisme (Universitat de Girona, 2000), de Treball en Xarxa als Museus locals (Universitat de Barcelona, 2004), de Política local i gestió del patrimoni (Universitat de Barcelona, 2005). El Museu del Suro de Palafrugell: una institución pública de memoria corchera en proceso de cambio Se expone brevemente la historia y los resultados a nivel de difusión, investigación, formación de colecciones patrimoniales corcheras (representativas de un estadio anterior más diversificado que el actual), y trabajo en red del Museu del Suro de Palafrugell desde que se transformó en Museo del Corcho el antiguo museo municipal de temática local, en el año 1991. Se analiza el complejo proceso de cambio que se ha vivido desde que la empresa corchera Armstrong abandonó sus instalaciones en el centro de Palafrugell, hasta que se logró la aprobación administrativa del proceso urbanístico y la reubicación del Museo del Corcho. Se describe el progresivo nivel de obsolescencia del antiguo museo y las líneas generales del nuevo espacio. Se describe el proceso de participación ciudadana abierto en Palafrugell para definir el modelo de museo (nueva museología en territorio turístico) y para programar el nuevo espacio, así como los resultados a nivel de Misión, visión y mandato. Se concluye con el estado actual del proceso de cambio de edificio y con una breve contextualización de la necesidad de invertir en proyectos patrimoniales como estrategia de desarrollo local y, en el caso de Palafrugell, en proyectos patrimoniales corcheros. MUSEU DEL CORCHO DE SAN VICENTE DE ALCÁNTARA (ESPANHA) Laura Brixedo Rabazo Licenciada de Historia del Arte por la Universidad de Extremadura Directora del Museo de Identidad del Corcho de San Vicente de Alcántara El Museo de Identidad del Corcho San Vicente De Alcántara El Museo de Identidad del Corcho de San Vicente de Alcántara, inaugurado el 12 de Febrero de 2008, se encuentra integrado en la Red de Museos de Extremadura y es gestionado por el Ayuntamiento de la localidad. Su ubicación se localiza en la antigua cámara agraria de la población. El motivo de su realización se debió a que el corcho y San Vicente son compañeros inseparables en el ámbito industrial y cultural, desde mediados del siglo XIX, contando en la actualidad con 48 fábricas de corcho en activo y formado así parte esencial de la identidad de sus habitantes. Para acercar al visitante a la cultura del corcho, este espacio cuenta con una gran sala expositiva dividida en distintos ámbitos, cuyos contenidos se muestran de un modo entretenido mediante las piezas de la colección, paneles explicativos y medios audiovisuales. En primer lugar, para ir adentrando al visitante en materia, un diccionario del corcho muestra varias palabras clave de la actividad corchera, además se acompaña de objetos sin cartela explicativa que despiertan la curiosidad por el tema. A continuación se encuentra el espacio dedicado al alcornoque, sus características y su entorno, haciendo saber al público de la importancia que tiene el uso del tapón de corcho para preservar este medio natural. Por otra parte, se explican las características y propiedades del material. El siguiente espacio se adentra en los primeros usos del corcho y da a conocer los inicios de la industria corchera en España y Extremadura, hasta su llegada a San Vicente en el 1858. Para continuar, en el ámbito dedicado al hogar y la economía familiar, se encuentran piezas de uso cotidiano fabricadas en corcho. Y, por último, comienza la zona más extensa, la cual nos muestra principalmente en qué consiste la preparación y transformación del corcho en tapón y sus usos para cada tipo de vino. Con una andadura todavía joven y una media de 6.600 visitantes anuales, el Museo del Corcho de San Vicente de Alcántara, junto con las funciones de conservación, investigación y documentación, realiza de una manera especial la de difusión, basada en visitas guiadas y actividades educativas que adentran a sus participantes en la cultura del corcho. MUSEU DA FÁBRICA DO INGLÊS (SILVES, PORTUGAL) Manuel Francisco Castelo Ramos Manuel Francisco Castelo Ramos (n. 1958) formou-se em História na Faculdade de Letras de Lisboa e em 1986 terminou, na Universidade Nova de Lisboa, um mestrado em História da Arte. É actualmente professor no Agrupamento de Escolas Dr. Garcia Domingues, em Silves. Em 1998, com o Dr. Jorge Custódio, integrou a equipa técnica que preparou e realizou a musealização da Fábrica do Inglês, em Silves. É desde 1999 o director do Museu da Cortiça integrado naquele espaço. Estando actualmente o museu fechado, por dificuldades financeiras da sociedade privada que o detém, tem ajudado a promover diversas acções no sentido de encontrar uma solução para a preservação daquele importante conjunto patrimonial, como foi caso recente o Encontro/debate realizado no passado dia 26 de Junho em Silves com organização conjunta do ICOM.PT e da Câmara Municipal daquela cidade. A Fábrica do Inglês e o seu Museu da Cortiça: um passado em busca de um futuro A comunicação poderá dividir-se em duas partes. Na primeira far-se-á uma breve panorâmica do que foi o projecto do Museu da Cortiça desde a sua fundação em 1999, das suas particularidades e desenvolvimento até ao seu encerramento em 2010 por dificuldades financeiras da sociedade privada que o promoveu. Nesta primeira parte dar-se-á também relevo ao importante e raro património arquitectónico, técnico, arquivístico e fotográfico que o Museu integra. Na segunda parte, avançam-se algumas ideias que poderão contribuir para um debate sobre as possíveis soluções que garantam a preservação deste património e a sua disponibilização pública, numa perspectiva económica e culturalmente sustentável. ENCONTRO INTERNACIONAL PATRIMÓNIO CULTURAL, A CORTIÇA E OS MUSEUS AUDITÓRIO MUNICIPAL – FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL, 2 E 3 DE JULHO DE 2010 RESOLUÇÃO 1. Os conferencistas e demais participantes no Encontro do Seixal coincidem em: a. Constatar que lhes foi proporcionada uma grande quantidade de informação de alta qualidade, que será muito útil no trabalho quotidiano; b. Agradecer o acolhimento recebido por parte do Ecomuseu e da Câmara Municipal do Seixal, bem como a excelente organização do Encontro; c. Destacar a importância de gerir, no sentido mais amplo do termo, o Património industrial em geral, e o corticeiro em particular; d. Constatar que, neste âmbito da gestão, a valorização económica do Património industrial, no contexto do desenvolvimento endógeno dos nossos municípios, é uma estratégia amplamente partilhada; e. Avaliar positivamente a possibilidade de desenvolver uma rede de museus e outras entidades que gerem o Património do sector corticeiro. 2. Para iniciar os trabalhos de constituição dessa rede, os participantes no Encontro do Seixal aceitam: a. Que a RETECORK se ofereça para coordenar o processo de constituição da rede, disponibilizando a sua estrutura legal e garantindo o apoio ao desenvolvimento e acolhimento de uma página da rede na Internet; b. Que as instituições participantes e/ou outras interessadas se dirijam ao Ecomuseu Municipal do Seixal ou à RETECORK, nos próximos cinco meses, manifestando a sua vontade de aderir à rede; c. Que, terminado esse período, o Ecomuseu e a RETECORK se proponham organizar um novo encontro para constituir formalmente a rede. 3. Lidas as conclusões da Jornada de Reflexão e Debate realizada em Silves no passado dia 26 de Junho, a propósito da situação do Museu da Fábrica do Inglês, como primeira acção conjunta, os participantes no Encontro Internacional “Património Cultural, a Cortiça e os Museus”, tendo tomado conhecimento das mesmas, manifestam a sua total adesão às conclusões de Silves, expressando o desejo de que o Museu da Fábrica do Inglês recupere a actividade e possa manter o seu esforço de preservação do património corticeiro de Silves. Seixal, 3 de Julho de 2010 JORNADA DE REFLEXÃO E DEBATE MUSEU DA CORTIÇA DA FÁBRICA DO INGLÊS, EM SILVES: QUE FUTURO? 26 DE JUNHO DE 2010 CONCLUSÕES 1 – É urgente assegurar a classificação da Fábrica do Inglês nos termos do Decreto‐lei nº 309/2009 de 23 de Outubro, tendo em vista garantir a protecção legal do seu património imóvel e integrado. Esta classificação deveria pelo menos atingir o nível de “imóvel de interesse público”. Neste sentido, os participantes nesta Jornada de Reflexão apelam aos responsáveis da Administração Pública, local (Câmara Municipal de Silves) e nacional (Direcção Regional de Cultura), para que exerçam as suas competências neste domínio e mantenham a opinião pública informada sobre o desenvolvimento do processo. Esta classificação, da justificação que tem em si mesma, constituirá também uma mais‐valia imprescindível para qualquer projecto futuro a desenvolver no local. 2 – É urgente assegurar a manutenção dos espaços de ar livre e o acesso ao núcleo museológico. A situação de encerramento actual da Fábrica do Inglês traduzir‐se‐á no futuro em encargo maior do que o da sua abertura, mesmo que mínima. Qualquer que seja a evolução futura do regime de propriedade, importa atalhar a degradação que se começa a fazer‐se sentir. Neste sentido, recomenda‐se à Câmara Municipal de Silves que, na defesa dos interesses patrimoniais em causa, desenvolva esforços para a celebração de um protocolo que lhe permita executar as operações mínimas de manutenção e segurança do espaço. Os custos desta manutenção devem ser considerados como investimento público no local e ser tidos em devida conta aquando da discussão das soluções de futuro que vierem a ser adoptadas. 3 – É recomendável proceder à identificação das entidades e as formas de participação dos potenciais intervenientes ou parceiros locais, nacionais e internacionais tendo em vista um projecto de reabertura e de reprogramação do conjunto patrimonial em que se integra o Museu da Cortiça – designado por Fábrica do Inglês. 4 – É consensual a convicção de que o “modelo de negócio” que esteve subjacente ao projecto inicial da Fábrica do Inglês está ultrapassado. Embora generoso e baseado em motivações essencialmente patrimonialistas, tratava‐se de um modelo demasiado assente em actividades comerciais, de restauração e de animação, que não somente estavam muito para além da estrita valorização dos bens patrimoniais, como dependiam de variáveis de mercado totalmente alheias ao controlo dos promotores do projecto. Importa, pois, que a Fábrica do Inglês se centre de forma mais incisiva naquilo que deve constituir o seu núcleo central, ou seja, na valorização dos seus patrimónios e na projecção do Mundo da Cortiça. Neste sentido, seria recomendável uma maior participação das entidades públicas locais no capital social da futura estrutura gestionária do espaço. 5 – É desejável continuar, e intensificar, as acções de sensibilização da opinião pública, em primeiro lugar da comunidade local silvense, para o reconhecimento da importância patrimonial do que está em causa e para a sua salvaguarda e valorização, como recurso de desenvolvimento cultural e identitário local, regional e até nacional. A Comissão Nacional Portuguesa do ICOM, pelo seu lado, manter‐se‐á atenta ao evoluir da situação e desenvolverá os contactos associativos que forem adequados à manutenção e reforço do movimento social em defesa do Complexo da Fábrica do Inglês. Silves, 26 de Junho de 2010. O Presidente do ICOM Portugal, Luís Raposo