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01-272. Mackenzie-SP
Assinale a afirmação correta a respeito do autor decDom Casmurro.
a) Reconhecido renovador da narrativa literária, não teve igual desempenho no conto, que exige o espírito de concisão que ele
preferiu não cultivar.
b) Avesso às manifestações excessivas da fantasia e da imaginação, voltou-se à construção de narrativas que comprovam as
teorias deterministas e evolucionistas do século XIX.
c) Um dos aspectos fundamentais da inovação estética que realizou foi fazer, no interior das narrativas, reflexões sobre a própria
linguagem que estava sendo utilizada nos relatos.
d) Em sua prosa, que atingiu destacado nível entre as mais valorosas produções literárias, elegeu tipos humanos que sofreram a
decadência dos engenhos de cana-de-açúcar.
e) A tendência ficcional para o regionalismo originou, no conjunto de sua obra, vasto painel de personagens- símbolo das aflições do
migrante nordestino, em variadas manifestações.
02-273. Mackenzie-SP
Assinale a alternativa incorreta sobre o estilo de Machado de Assis.
a) Sua linguagem irônica e sarcástica está relacionada à quebra de valores absolutos.
b) A linguagem metafórica, usada com freqüência, concretiza conceitos e juízos de valor.
c) Realizou rupturas na organização linear do texto narrativo, impondo outra lógica à seqüência de capítulos.
d) Utilizou-se com freqüência da metalinguagem, fazendo referências ao próprio ato de narrar.
e) A ruptura com a tradição literária deu origem a um estilo irreverente, afastado da norma culta.
03-272. Mackenzie-SP
Assinale a afirmação correta a respeito do autor de Dom Casmurro.
a) Reconhecido renovador da narrativa literária, não teve igual desempenho no conto, que exige o espírito de concisão que ele
preferiu não cultivar.
b) Avesso às manifestações excessivas da fantasia e da imaginação, voltou-se à construção de narrativas que comprovam as
teorias deterministas e evolucionistas do século XIX.
c) Um dos aspectos fundamentais da inovação estética que realizou foi fazer, no interior das narrativas, reflexões sobre a própria
linguagem que estava sendo utilizada nos relatos.
d) Em sua prosa, que atingiu destacado nível entre as mais valorosas produções literárias, elegeu tipos humanos que sofreram a
decadência dos engenhos de cana-de-açúcar.
e) A tendência ficcional para o regionalismo originou, no conjunto de sua obra, vasto painel de personagens- símbolo das aflições do
migrante nordestino, em variadas manifestações.
04-332. Unama-PA
A leitura atenta de O Alienista, de Machado de Assis, possibilita que o leitor identifique o significado da expressão “Casa de Orates”,
no texto, e a quem deseja servir Simão Bacamarte quando constrói a “Casa Verde” em ltaguaí.
A resposta correta às duas questões está em:
a) “Casa de Detenção”. Supostamente, deseja servir à polícia. Mas, por trás das atitudes aparentemente éticas, a real intenção de
Bacamarte era se beneficiar com um tipo de comércio, uma certa troca de favores. É Machado de Assis revelando o lado
podre da humanidade.
b) “Casa de Loucos”. Aparentemente, ele deseja servir à ciência. Porém, por trás dos atos aparentemente bons, surpreende-se a
intenção verdadeira de Bacamarte: atingir a glória e ser a pessoa mais importante de Itaguaí. É Machado desmascarando
a hipocrisia humana.
c) “Casa de Excluídos”. Sutilmente, ele deseja abordar questões do preconceito racial. Entretanto, por trás da máscara da
solidariedade, o verdadeiro objetivo de Bacamarte era fortalecer as diferenças sociais. É Machado de Assis promovendo a
“reflexão imoral”.
d) “Casa de Adúlteros”. Friamente ele focaliza questões delicadas como o casamento. Todavia, por trás da máscara da preocupação
moral com as instituições sociais, percebe-se que a real intenção de Bacamarte é ironizar a fragilidade da mulher romântica. É
Machado de Assis revelando o jogo de interesses nas relações familiares.
05-344. UFV-MG
As afirmativas a seguir confirmam algumas tendências do romance realista-naturalista brasileiro.
I. Os romances naturalistas, numa atitude reformadora, denunciam os deslizes da sociedade burguesa e são ricos em personagens
complexas, ambíguas, de acentuada profundidade psicológica.
II. Tanto nos romances realistas quanto nos naturalistas, encontramos apenas personagens-tipos e caricaturas, reflexos das
mazelas e desregramentos da sociedade aristocrática do Brasil colonial.
III. Os romances realistas criticam as instituições através da análise psicológica das personagens inseridas em seu meio social, e os
romances naturalistas denunciam violentamente a marginalidade das camadas mais baixas da população.
Considerando as informações contidas nos textos acima, pode-se afirmar que:
a) são corretas as afirmativas I, II e III.
b) são corretas as afirmativas II e III.
c) é correta apenas a afirmativa III.
d) é correta apenas a afirmativa II.
e) é correta apenas a afirmativa I.
06-345. Unifesp
Releia o fragmento de O cortiço, com especial atenção aos dois trechos a seguir. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos
sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. (...)
E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as
chamas.
No fragmento, rico em efeitos descritivos e soluções literárias que configuram imagens plásticas no espírito do leitor, Aluísio
Azevedo apresenta características psicológicas de comportamento comunitário. Aponte a alternativa que explicita o que os dois
trechos têm em comum.
a) Preocupação de um em relação à tragédia do outro, no primeiro trecho, e preocupação de poucos em relação à tragédia comum,
no segundo trecho.
b) Desprezo de uns pelos outros, no primeiro trecho, e desprezo de todos por si próprios, no segundo trecho.
c) Angústia de um não poder ajudar o outro, no primeiro trecho, e angústia de não se conhecer o outro, por quem se é ajudado, no
segundo trecho.
d) Desespero que se expressa por murmúrios, no primeiro trecho, e desespero que se expressa por apatia, no segundo trecho.
e) Anonimato da confusão e do “salve-se quem puder”, no primeiro trecho, e anonimato da cooperação e do “todos por todos”, no
segundo trecho.
07-346. UEL-PR
Na obra-prima que é o romance O cortiço:
a) podemos surpreender as características básicas da prosa romântica: narrativa passional, tipos humanos idealizados, disputa
entre o interesse material e os sentimentos mais nobres.
b) as personagens são apresentadas sob o ponto de vista psicológico, desnudando-se ante os olhos do leitor graças à delicada
sutileza com que o autor as analisa e expressa.
c) o leitor é transportado ao doloroso universo dos miseráveis e oprimidos migrantes que, tangidos pela seca, abrigam-se em
acomodações coletivas, à espera de uma oportunidade.
d) vemos renascer, na década de 30 do nosso século, uma prosa viril, de cunho regionalista, atenta às nossas mazelas sociais e
capaz de objetivar em estilo seco parte de nossa dura realidade.
e) consagra-se entre nós a prosa naturalista, marcada pela associação direta entre meio e personagens e pelo estilo agressivo que
está a serviço das teses deterministas da época.
08-357. UFPA
Os personagens realistas-naturalistas têm seus destinos marcados pelo determinismo. Identifica-se esse determinismo:
a) pela preocupação dos autores em criar personagens perfeitos, sem defeitos físicos ou morais.
b) pelas forças atávicas e/ou sociais que condicionam a conduta dessas criaturas.
c) por ser fruto, especificamente, da imaginação e da fantasia dos autores.
d) por se notar a preocupação dos autores de voltarem para o passado ou para o futuro ao criarem seus personagens.
e) por representarem a tentativa dos autores nacionais de reabilitar uma faculdade perdida do homem: o senso do mistério.
09-361.
Considere as afirmações.
I. Em O cortiço, Aluísio Azevedo destaca a influência do meio ambiente como fator condicionante do comportamento humano.
II. Em O Ateneu, a preocupação de Raul Pompéia é fazer uma crítica objetiva das práticas educacionais do final do século XIX.
III. Segundo a estética realista, a arte deveria obedecer a certos padrões morais e religiosos.
IV. Aluísio Azevedo e Adolfo Caminha são dois importantes escritores naturalistas do final do século XIX.
Assinale o item correto.
a) Apenas a afirmação I é correta.
b) Apenas as afirmações I e IV são corretas.
c) Apenas as afirmações I e II são corretas.
d) Apenas as afirmações III e IV são corretas.
10-362. UFMS
A propósito do Naturalismo, é correto afirmar que:
( ) o ser é retratado como produto do meio.
( ) o escritor evita julgar ações e personagens de um ponto de vista ético e moral, pois seu intuito é expor e analisar cientificamente
a realidade.
( ) é um tipo de Realismo que tenta explicar romanticamente a conduta e o modo de ser dos personagens.
( ) no Brasil, o romance naturalista exalta o homem metafísico, em oposição ao homem animal, cujas ações e intenções o escritor
condena.
( ) tem como características, entre outras, o determinismo biológico, a tematização do patológico e a aplicação do método
experimental.
Texto para as questões 367 e 368.
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.” Bastante experimentei depois a verdade
deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do
amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício
sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da
vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramonos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a
mesma incerteza de hoje, sobre outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada de decepções
que nos ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como
melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das
aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças,
a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manhã, um
pouco mais de púrpura ao crepúsculo – a paisagem é a mesma de cada lado beirando a estrada da vida. Eu tinha onze anos”.
Raul Pompéia, O Ateneu.
11-367. Ufla-MG
De acordo com o entendimento do texto, extraído da obra indicada para leitura, estão corretas todas as afirmativas, exceto:
a) No início, a alegria apresenta-se como o principal sentimento da personagem.
b) A falsa educação doméstica, que não prepara o jovem para enfrentar o mundo, torna mais rudes os primeiros ensinamentos.
c) A “atualidade” não se modifica nunca, permanecendo a mesma em todas as épocas.
d) A narrativa é feita em primeira pessoa e tem um caráter memorialista, ou seja, o tempo da ação é anterior ao da narração. O
distanciamento temporal pode ser percebido na frase “Eu tinha onze anos.”
e) O espaço na narrativa é de grande importância, já que a decorrência dos fatos deve-se à ida da personagem para o colégio
“Ateneu”.
12-368.
O primeiro período do texto (“Vais encontrar o mundo”, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. “Coragem para a luta.”) traz uma
atmosfera carregada de:
a) saudade da infância.
b) prenúncio de fatos.
c) alegria diante do novo.
d) decepção com a vida nova.
e) saudade hipócrita.
13-374.
Leia o seguinte trecho da obra O Bom Crioulo, de Adolfo Caminha.
Diziam uns que a cachaça estava deitando a perder “o negro”; outros, porém, insinuavam que Bom Crioulo tornara-se assim,
esquecido e indiferente, dês que “se metera” com o Aleixo, o tal grumete, o belo marinheiro de olhos azuis, que embarcara no sul. –
O ladrão do negro estava mesmo ficando sem-vergonha! E não lhe fossem fazer recriminações, dar conselhos... Era muito homem
para esmagar um!
O próprio comandante já sabia daquela amizade escandalosa com o pequeno. Fingia-se indiferente, como se nada soubesse, mas
conhecia-se-lhe no olhar certa prevenção de quem deseja surpreender em flagrante...
Os oficiais comentavam baixinho o fato e muita vez riam maliciosamente na praça d’armas entre copos de limonada. Tudo isso,
porém, não passava de suspeitas, e Bom Crioulo, com o seu todo abrutalhado, uma grande pinta de sangue no olho esquerdo, o
rosto largo de um prognatismo evidente, não se incomodava com o juízo dos outros. – Não lho dissessem na cara, porque então
o negócio era feio... A chibata fizera-se para o marinheiro: apanhava até morrer, como um animal teimoso, mas havia de mostrar o
que é ser homem! Sua amizade ao grumete nascera, de resto, como nascem todas as grandes afeições, inesperadamente, sem
precedentes de espécie alguma, no momento fatal em que seus olhos se fitaram pela primeira vez.
Esse movimento indefinível que acomete ao mesmo tempo duas naturezas de sexos contrários, determinando o desejo fisiológico
da posse mútua, essa atração animal que faz o homem escravo da mulher e que em todas as espécies impulsiona o macho para a
femêa, sentiu-a Bom Crioulo irresistivelmente ao cruzar a vista pela primeira vez com o grumetezinho. Nunca experimentara
semelhante cousa, nunca homem algum ou mulher produzira-lhe tão esquisita impressão, desde que se conhecia! Entretanto, o
certo é que o pequeno, uma criança de quinze anos, abalara toda a sua alma, dominando-a, escravizando-a logo, naquele
mesmo instante, como a força magnética de um ímã.
Chamou-o a si, com a voz cheia de brandura, e quis saber como ele se chamava.
— Eu me chamo Aleixo, disse o grumete abaixando o olhar, muito calouro.
— Coitadinho, chama-se Aleixo, tornou Bom Crioulo.
E imediatamente, sem tirar a vista de cima do pequeno, com a mesma voz branda e carinhosa:
— Pois olhe: eu me chamo Bom Crioulo, não se esqueça. Quando alguém o provocar, lhe fizer qualquer cousa, estou aqui, eu, para
o defender, ouviu?
— Sim senhor, fez o marinheiro levantando o olhar com uma expressão de agradecimento.
— Não tenha vergonha, não: Bom Crioulo, gajeiro da proa. É só me chamar.
— Sim senhor...
— Olhe mais, tornou o negro segurando a mão do pequeno: — Muito sossegadinho no seu lugar para
não sofrer castigo, sim? Aleixo só fazia responder timidamente: — Sim senhor.
a) Como a relação homossexual é definida pelo narrador?
b) Retire trechos do texto que confirmem a visão zoomórfica do Naturalismo.
c) O fato de o enredo se passar, boa parte da obra, num navio, relaciona-se a qual característica naturalista?
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