OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS
LUIZ FERNANDO CHIAVEGATTO
OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS
OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS DE USO GERAL
1. PESAGEM
Balanças de Precisão -
0,1 mg
Balanças ordinárias
0,1 a 0,2 g
.
-
CUIDADOS COM AS BALANÇAS
Ajuste e limpeza
Estabilidade da corrente
corrente de ar- ar condicionado
Trepidação
contaminação cruzada
balança mecânica – travar sempre
verificar posição dos pesos
limpeza final e arejamento
diferença entre as balanças – utilização das balanças corretas
VOLUME
Instrumentos utilizados:
Copo graduado
Proveta
Becker
medidor ou colher
Balão volumétrico
Pipetas
Conta-gotas
Volume: Unidade = LITRO
2.1 - Correspondência entre peso e volume
V = P/d
OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS PROPRIAMENTE
DITAS
OPERAÇÕES DE SEPARAÇÃO
Operações de separação:
De sólidos
De sólidos, de líquidos,
ou de líquidos imiscíveis
Triagem ou monda
Tamisação
Levigação
Decantação
Expressão
Centrifugação
Filtração
Clarificação
1 – Monda :
Por
Crivo / Por
Ventilação / Por
Lavagem
2 – Tamisação
A tamisação é uma operação destinada a separar, mecanicamente
,
através das malhas de um tecido apropriado, partículas sólidas com
diferentes dimensões
Como podemos determinar o tamanho da malha, a tamisação
também é uma operação de CLASSIFICAÇÃO.
 O instrumento utilizado é o Tamis
 A malha pode ser de :
 ferro galvanizado, aço inox, seda , crina
ou fibras sintéticas
 Os tamises podem ser simples ou cobertos
 CLASSIFICAÇÃO DOS TAMISES - Recebe
uma numeração que corresponde ao número
de malhas por polegada linear (2,4 cm )

Numeração : 10 / 20 / 40 / 60 / 80 /
100
O instrumento utilizado é o Tamis
A malha pode ser de :
ferro galvanizado,
sintéticas
aço inox, seda ,
crina ou fibras
Os tamises podem ser simples ou cobertos
CLASSIFICAÇÃO DOS TAMISES - Recebe uma
numeração que corresponde ao número de malhas por
polegada linear (2,4 cm )
Numeração : 10 / 20 / 40 / 60 / 80 / 100
TÉCNICA DE TAMISAÇÃO
:
1. Verificar se o tamis é o correto para a tenuidade que se deseja
2. A rede do tamis e o produto a tamisar devem ser compatíveis entre
si.
3. Ao realizar uma tamisação poderemos usar um tamis simples ou
coberto, sendo aconselhável o último quando se tratar de
substâncias tóxicas ou irritantes.
4. Colocado o produto a tamisar sobre a malha, fazer movimentos
alternados para um e outro lado, procurando evitar sacudidas e
solavancos
5. O material deve deslizar naturalmente e sem pressão.
6. A tamisação é terminada quando não passar mais nada pelo tamis
e em nenhum caso deve-se comprimir o pó contra a malha.
SEPARAÇÃO DE SÓLIDOS DE LÍQUIDOS OU DE
LÍQUIDOS IMISCÍVEIS
DECANTAÇÃO
Definição: Operação mecânica que tem por fim separar um líquido sobrenadante
de um sólido ou de outro líquido.
O sólido tem que se depositar e em casos de líquidos as fases devem estar
perfeitamente isoladas.
Por escoamento
Por pipeta
Por sifões
Por ampolas de decantação
POR EXPRESSÃO
Separar de um sólido ou de consistência mole os líquidos nele existentes.
A parte sólida chama-se MARCO ou RESÍDUO
Pressão manual
Pressão mecânica
DIVISÃO DE SÓLIDOS:
TRITURAÇÃO
Pulverização em almofariz
Ferro e bronze / mármore / porcelana
Pulverização : Contusão / trituração / por intermédio.
Intermédio sólido : açúcar ; cloreto de sódio ; sulfato de sódio
Intermédio líquido : álcool ; éter ; óleo
Pulverização por moinhos : moinho de bolas
Vantagens :
mistura e tritura
não tem contaminação cruzada
Desvantagens : Ruído / quantidade limitada
IMPORTÂNCIA DA GRANULOMETRIA
O grau de divisão de um sólido tem uma importância muito
grande:
1. Velocidade de dissolução
2. Homogeneidade e estabilidade das misturas de pós ou granulados
3.
Qualidade dos comprimidos (uniformidade da dose, dureza, friabilidade,
dissolução)
4. Estabilidade das suspensões líquidas ou pastosas
(xaropes,poções,pomadas,supositórios)
5. Poder adsorvente dos pós
6. Dosagens ou repartição volumétrica dos pós (comprimidos, capsulas)
7.
Biodisponibilidade
Só será absorvida a substância que estiver solubilizada
nos líquidos que banham a membrana.
Quanto menor o tamanho da partícula maior será a
velocidade de dissolução- primeiro passo para uma melhor
biodisponibilidade.
dC/dT = S.D (Cs – C ) / h
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FILTRAÇÃO
Definição : É uma operação que tem por objetivo separar
duas fases pela passagem através de uma parede porosa
que se deixa atravessar, sob a diferença de pressão, por
uma das fases, retendo com eficácia variável a outra fase.
O filtro é composto de :
Uma parede porosa ou de porosidade média, elemento
essencial para a filtração
Um suporte
Princípio da retenção:
Triagem - é um fenômeno mecânico : o filtro retém as
partículas de tamanho superior ao dos poros. COLMATAGEM
Adsorção - fenômeno físico que consiste em
reter no interior dos canais de uma rede,
partículas de tamanho inferior ao diâmetro dos
poros.
Forças eletrostáticas - partículas ionizadas
Influência do débito - Risco de dessorção
Tipos de filtros
1 - Filtros de Profundidade –
Tem espessuras superiores a milímetros.
Compactagem de materiais fibrosos ou pulverulentos. As impurezas e
os
microorganismos ficam retidos porque os canais são tortuosos.
Fenômenos de retenção envolvidos
2-Filtros tela- Não são espessos e só retém por triagem
Classificação de filtração>
Filtração Clarificante - Partículas inertes : líquidos límpidos
Filtração Esterilizante - Retenção de microorganismos
Capacidade de retenção :
FILTRAÇÃO -
Partículas até 10 u
MICROFILTRAÇÃO
"
de 10 u a 0,2 u
ULTRAFILTRAÇÃO
"
de 0,2 u a 0,002u
OSMOSE REVERSA
"
de 0,002 u a 0,0003u
DÉBITO : Representa o volume de líquido filtrado em relação
ao tempo de operação.
Existe uma fórmula matemática que explica como podemos
proceder para fazer uma filtração eficiente.
dP x R4
V = N x ------------------8 x  x L
V
N
DP
R

L
= Débito em mililitro por minuto
= Número de poros
= Diferença de pressão entre as duas faces do filtro
= raio médio dos canais
= viscosidade
= Espessura do filtro
Verificamos então com esta fórmula que :
O Débito CRESCE :
com o AUMENTO DO RAIO dos poros
com o NÚMERO de poros
com a DIFERENÇA DE PRESSÃO entre as duas faces
O Débito DECRESCE :
com a ESPESSURA DO FILTRO
com a VISCOSIDADE do líquido
com a COMALTAGEM progressiva dos poros
TÉCNICAS DE FILTRAÇÃO
Filtração por gravidade
1. Ao dobrar o filtro nunca devemos vincar junto ao ápice- fragilidade do papel e
ponto de ruptura
2. Ao colocar o filtro no funil tomar cuidado para que a ponta penetre no colo do
funil maior velocidade e não permite a formação de bolsa.
3. Umedecer o filtro com a solução a ser filtrada
4. Quando for grande o volume a ser filtrado utilizar filtro duplo ou colocar algodão
junto a haste ou um cone de metal perfurado.
5. Verter o líquido contra as paredes do filtro para evitar o impacto sobre a ponta.
6. O papel deve ser cortado com as dimensões precisas para nunca ultrapassar as
paredes do funil e nem ficar curto demais.
7. Ao filtrar para um frasco de gargalo estreito, é necessário deixar espaço entre o
gargalo e o funil para permitir a saída de ar.
2 - Filtração a Quente
O aumento da temperatura do líquido torna a filtração mais rápida
devido a diminuição de viscosidade.
Ex: os Óleos , xaropes , gorduras e ceras e também evitar a
precipitação de substâncias dissolvidas.
Aquecer o funil
Aquecer o líquido
3 - Filtração por sucção ou por pressão negativa
Uso de kitasato e funis especiais como o funil de Buchner
4 – Filtração sob Pressão
Filtração do ar através filtros especiais – filtração esterilizante
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Operações farmacêuticas – aula nova