Artigo Os dados foram tabulados e apresentados na forma de gráficos, demonstrando: i) a evolução temporal do número de NC para requisitos da direção e técnicos; e ii) o número de NC por requisito e sub-requisito da norma de referência, no período, para requisitos da direção e técnicos. Os resultados das auditorias foram discutidos em termos de anos com maior número de NC, requisitos que apresentaram maior número de NC e requisitos mais frequentes ao longo dos anos. Tabela 1. Fórmulas para estimativa da linha central (LC), do limite superior de controle (LSC) e do limite inferior de controle (LIC) em gráficos de controle p (Adaptado de MONTGOMERY D. C., 2009). Gráfico p LC ሺͳ െ ሻ ݊ ሺͳ െ ሻ െ ͵ξ ݊ ͵ξ LSC LIC Utilizar n , pois n varia Notas Gráficos de controle Considerando que o processo de auditorias gera informações sobre o número de NC, ou seja, variáveis discretas (atributos) e que estes dados podem ser expressos como fração, num universo em que o tamanho da mudança é grande e o tamanho da amostragem não é fixo, foi selecionado o gráfico p como a melhor opção dentre os gráficos de controle estudados. Na Figura 1, (ver abaixo) encontra-se marcado de cinza o fluxo de etapas que demonstra a seleção do gráfico p. Os limites de controle LSC e LIC foram fixados em +3 σ e -3 σ, respectivamente, como demonstrado na Tabela 1. Esse valor foi estabelecido por fornecer bons resultados na prática, segundo MONTGOMERY D. C., 2009. Os limites de controle definidos com base na Tabela 1 foram encarados como limites de controle tentativos. Os valores amostrais de p dos subgrupos preliminares foram plotados versus os limites tentativos para testar se o processo estava sob controle quando foram coletados os dados preliminares. Quaisquer pontos que excedam os limites de controle tentativos foram investigados. Quando descobertas causas atribuíveis para esses pontos, eles foram descartados dos cálculos dos limites de controle e da LC e novos limites tentativos e LC foram determinados (MONTGOMERY D. C., 2009). Variáveis contínuas Sendo: p = fração de não conformidades, ou seja, a razão entre o número de evidências não conformes em uma amostra (ri) e o número total de evidências na amostra (ni); = fração de não conformidades média, ou seja, a razão entre a soma do número de evidências não conformes (Σri) e a soma do número total de evidências nas amostras (Σni); = razão entre a soma do número total de evidências nas amostras (Σni) e o número de amostras. O número 3 nas equações se refere ao critério de no máximo de três desvios padrões como limites de controle. Os dados levantados para auditorias internas foram, então, empregados na construção dos gráficos p. Alternativamente, os dados foram também submetidos a uma representação gráfica com emprego da variável reduzida Z. A variável reduzida Z, plotada no gráfico, foi obtida conforme demonstrado na Equação 1: (Equação 1) Sendo: p = fração de NC, ou seja, a razão entre o número de evidências não conformes em uma amostra (ri) e o número total de evidências na amostra (ni); = fração NC média, ou seja, a razão entre a soma do número de evidências não conformes (Σri) e a soma do número total de evidências nas amostras (Σni). Variáveis ou atributos? Variáveis discretas (Atributos) Tamanho da amostra n>1 Tipos de dados Fração n=1 Contagens Tamanho da mudança Tamanho da mudança Tamanho da mudança Tamanho da mudança Grande Pequena Grande Pequena Grande Pequena Grande Pequena x,R, no caso do uso de variação x,S no caso do uso de desvio padrão Cusum;MMEP x (obs. individuais); MR O tamanho da amostragem é fixo? Cusum;MMEP Não p O tamanho da amostragem é fixo? Cusum;MMEP usando p Sim Sim np c Cusum;MMEP usando c,u; tempo entre eventos Não u Figura 1. Fluxograma de decisão usado para escolha de gráficos de controle. (Adaptado de MONTGOMERY, 2009). Sendo: n – tamanho da amostra; x – observações individuais; x – média das observações; p – fração de não conformidades; np – número de não conformidades; c – contagem de não conformidades e u – contagem de não conformidades por unidade. Está marcado de cinza o fluxo de etapas para escolha do gráfico p visando o controle de processos de auditorias 58 R evista A nalytica • Junho/Julho 2014 • nº 71