MESTRADO
ENFERMAGEM
CAPACIDADE FUNCIONAL DE MULHERES IDOSAS EM CUIABÁ-MT
IDILAINE DE FÁTIMA LIMA
O envelhecimento traz consigo uma série de alterações de ordem física, psicológica e social que são
sentidas e vividas de maneira diferentes por ambos os sexos. Demograficamente tem-se um aumento
na proporção de mulheres idosas quando comparadas aos homens. Com isso observa-se a ocorrência de
um processo denominado feminização da velhice. A maior longevidade no sexo feminino associado ao
declino funcional em consequência do processo de envelhecimento, pode comprometer a capacidade
funcional (CF) dessas idosas. A CF pode ser definida como a capacidade do indivíduo em manter suas
habilidades físicas e mentais para viver de forma independente e autônoma, capaz de realizar suas
atividades de vida diária (AVD) e atividades instrumentais da vida diária (AIVD). Estudo epidemiológico,
quantitativo realizado na zona urbana do município de Cuiabá/MT que analisou os fatores associados à
independência funcional de mulheres idosas. A amostra foi obtida a partir do estudo de Cardoso (2013),
sobre condições de saúde autorreferidas da população idosa do município de Cuiabá-MT, com 573
idosos residentes no município. Todas as 319 mulheres com 60 anos e mais dessa pesquisa foram
selecionadas para o presente estudo. Dessas 319 idosas, 15 mudaram de endereço, 18 não foram
localizadas, 28 foram a óbito, 10 se recusaram a participar e 1 foi excluída pelo Mini Exame do Estado
Mental. A amostra final da pesquisa foi 247 idosas. Os dados foram coletados no período de 30 de
março a 30 de maio de 2014, por meio de entrevista, utilizando questionário com dados
sóciodemográfico e de saúde, Índex de Katz e Escala de Lawton e Brody. Os dados foram codificados e
digitados no programa EPI-INFO 7.0 e apresentados em tabelas. Na análise descritiva as variáveis foram
representadas por frequência absoluta (n) e relativa (%). Para o cálculo da significância estatística da
associação, utilizou-se o teste de Qui-quadrado (p = 0,05), e intervalo de confiança de 95%. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo nº 528.443/2014. Das idosas pesquisadas 40,08%
estão na faixa etária entre 70 a 79 anos, 57,9% possui ensino fundamental completo, 44,53% são viúvas,
55,6% recebem até um salário mínimo. Os principais problemas de saúde relatados foram hipertensão
82,64% e alteração da visão 71,07%, sobre a percepção de saúde atual 41,30% autoreferiram como boa.
Quanto ao grau de independência 64,78% das mulheres foram consideradas independentes para as
AVD. Os principais fatores associados à CF foram morar sozinha p=0,001 e ter renda maior ou igual a um
salário mínimo p=0,000. Para as AIVD, 89,07% das idosas foram consideradas independentes, a
predominância dos fatores associados foi ter entre 60 a 79 anos, p=0,001 e frequentar grupos, p=0,004.
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014
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