SATISFAÇÃO COM O CORPO E AS MUDANÇAS DO ENVELHECIMENTO: RELATO DE MULHERES IDOSAS Autoria: Maria Cidney da Silva Soares (orientadora) – Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM) Rafaela Maísa Nascimento Pereira – Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM) E-mail: [email protected] RESUMO ESTENDIDO Introdução: O comportamento evidenciado pelos idosos com relação à vivência de sua corporeidade é modelado representacional e socialmente. É óbvio percebermos, com o olhar do senso comum, que eles ostentam posições e condutas que advêm da dimensão natural vistas em seus corpos, por meio do social, especialmente as mulheres. Os limites corporais e a consciência da temporalidade são problemáticas fundamentais durante o envelhecimento, sendo necessária a aceitação das diversas mudanças decorrentes do processo de envelhecimento. Ainda que possam adquirir diferentes nuanças e intensidades dependendo da sua situação social e da sua própria estrutura psíquica. Corpo e tempo se interligam no devir do envelhecimento, e das formas desse encontro nascerão às múltiplas velhices. Mas não podemos deixar de considerar que esta articulação ocorre em um determinado contexto social e político que influencia e determina nosso particular modo de abordagem, e das formas desse entrecruzamento nascerão às diferentes formas de envelhecer. A sexualidade é um elemento fundamental para uma boa qualidade de vida, porém se faz necessário conhecimento de como as pessoas a percebem e a vivenciam. Na terceira idade, assim como nas demais faixas etárias, não se refere somente ao ato sexual em si, mas um conjunto de atitudes e sentimentos. Objetivo: Dessa forma, objetivou-se compreender como a mulher idosa entende seu corpo após a senilidade. Metodologia: Realizando-se um estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa, desenvolvido junto a um grupo de idosas composto por 10 participantes de um projeto de extensão intitulado “Envelhecendo com Saúde” da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - PB, utilizando como instrumento a entrevista semi-estruturada. Foram seguidas as observâncias éticas, onde o projeto foi encaminhado ao comitê de ética e pesquisa do Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento só sendo operacionalizado após anuência desse órgão. O material empírico foi analisado através da análise categorial temática proposta por Bardin, as falas foram apresentadas de forma narrativa. Resultados e Discussão: De acordo com os discursos, é evidenciado que o contexto social e cultural no qual a idosa esta inserida reflete diretamente na forma de enfrentamento das modificações provocadas pelo envelhecer, pois a aceitação é excitada na maioria dos casos com base na religiosidade, uma espécie de conformação ao “querer divino”. Contudo, percebemos que apesar do processo degenerativo intrínseco ao processo de envelhecimento há em algumas idosas a cumplicidade com o espelho, o que corrobora em uma vida senil sem frustrações. As idosas percebem seu corpo como algo diferente, talvez pela cobrança social do culto ao corpo perfeito, é necessário aqui refletir sobre o processo de envelhecer e fazer essas acreditarem que as rugas são somente linhas que expressam uma vida de lutas e conquistas até aqui e não algo anormal é característico do envelhecimento. Na terceira idade o corpo é afetado de um modo geral, o metabolismo se torna mais lento, fazendo com que os processos fisiológicos ocorram com menos eficácia, afetando dessa forma os sistemas corporais, acarretando mudanças indesejadas e involuntárias ao corpo. Isso faz com que as idosas tornem-se insatisfeitas com suas novas formas. Considerações Finais: Dessa forma, consideramos que não foi fácil trabalhar com um tema carreado de tabus e preconceitos socialmente e historicamente, no entanto, compreendemos ao final deste que é necessário desfazer os nós que rodeiam a questão para que ações sejam efetivadas no intuito de trazer a tona o problema e melhorar a qualidade de vida procurando desenvolver ações que possam promover um envelhecimento ativo em todos os sentidos e especialmente na melhora da auto estima de mulheres idosas em relação ao próprio corpo. Palavras chaves: Idosa. Mulher. Auto-estima