Federação Nacional dos Professores
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Para quando a demissão do Director-Geral do Ensino Superior?
A comunicação social deu conta no passado dia 24 de Janeiro que a Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES)
teria solicitado às instituições a listagem dos funcionários docentes e não-docentes que fizeram greve no dia 23.
Esta atitude é a todos os títulos intolerável, pois pode indiciar uma atitude persecutória para com os aderentes à
greve.
Se é compreensível e até desejável que o Governo queira conhecer a real adesão à greve, em vez de enveredar pela
atitude propagandística da minimização dos impactos de uma qualquer greve, é absolutamente inadmissível que queira
proceder a algo mais do que à recolha de percentagens de adesão à greve em cada uma das instituições. Apenas a
estas, dada a autonomia de que gozam, cabe a verificação da assiduidade e a execução dos correspondentes cortes
legais nos vencimentos dos aderentes à greve.
Entretanto, a Ministra do Ensino Superior enviou à FENPROF um comunicado onde ?desmente categoricamente notícias
vindas a público no sentido de a responsabilizarem ou ao Governo por um alegado pedido dos nomes de funcionários
que tenham aderido à greve? e onde informa que ?na sequência de eventuais anomalias por parte da DGES, irá
proceder a um rigoroso inquérito para apuramento de todas as responsabilidades?.
Este Director-Geral estranhamente ficou incólume no processo de favorecimento da filha de um ministro no acesso a
medicina que levou à demissão de dois ministros e no qual também esteve envolvido.
Não tendo razões para duvidar do teor do comunicado da Ministra e considerando que vai haver um inquérito, a
FENPROF pergunta:
Será desta vez que este Director-Geral será demitido?
João Cunha Serra
FENPROF/Ensino Superior
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