10
Outubro
2010
GERAL
GREVE GERAL
24 DE NOVEMBRO
SINTTAV ESTARÁ NA GREVE COM TODA A FORÇA
A situação de grave crise económica que Portugal
enfrenta, criada pelos donos do dinheiro e
especuladores financeiros, levou a que o governo
tenha vindo, particularmente nos últimos tempos, a
anunciar e decidir medidas, através dos chamados
“PEC”, cujas consequências recaem sempre
naqueles que em nada contribuíram para a crise,
ou seja, nos trabalhadores e classes mais
desfavorecidas, incluindo os pensionistas que em
muitos casos a mísera reforma já não dá para
comer.
As últimas medidas de austeridade anunciadas que
envolvem o “misterioso” OE, a serem aplicadas,
serão uma catástrofe para os mais pobres, mas
àqueles que geraram a crise nada lhes toca,
porque na prática estamos perante governos a
“mando e ao serviço dos donos do grande capital”
e a reboque dos países mais poderosos da União
Europeia.
Assim, era mais que esperada a resposta do
Movimento Sindical que surgiu no tempo certo com
o anúncio da Greve Geral pela CGTP para o dia
24 de Novembro.
Está mais que provado que o modelo político e
económico neoliberal já nem para a defesa dos
sistemas financeiros que o têm suportado serve, é
por isso um modelo ultrapassado, para o qual se
torna urgente encontrar resposta alternativa.
Porém, neste momento, o objectivo da Greve
Geral,
no
plano
mais
geral
assenta
fundamentalmente na luta contra:
• O abaixamento de salários;
• O Congelamento dos salários;
• O Congelamento das Pensões/Reformas;
• O “brutal” aumento do IVA;
• Aplicação do IRS a mais de um milhão de
pensionistas que antes estavam isentos;
• O aumento dos descontos para a aposentação;
• O corte em muitas das medidas de apoio social;
• Agravamento
na
comparticipação
dos
medicamentos;
• Os anunciados aumentos dos transportes
públicos em 5%.
E no plano mais específico de cada Sector ou
Empresa, os motivos para a Luta não são menos
importantes.
Para cada Sector ou Empresa, os Gestores e
“capatazes” têm transportado para as mesmas,
particularmente no plano das relações laborais,
todos os efeitos das medidas anti-trabalhadores
sustentadas na repressão como não há memória.
A situação laboral que se vive hoje na
generalidade das Empresas é em muitos casos pior
que no tempo da escravatura.
Contradições inaceitáveis. Enquanto as
medidas para os trabalhadores e as populações
mais desfavorecidas são cada vez mais gravosas,
os “senhores do governo” e toda a outra “casta”
instalada por estes nos últimos 20 anos em diversas
Instituições suportadas com o dinheiro do Estado, ou
seja dos contribuintes, vivem na opulência, num
outro mundo onde não chegam os efeitos nefastos
da crise.
Outro tanto se passa com os “gestores e
capatazes” das Empresas, cujo mundo onde vivem,
sem que nada lhes falte, nada tem que ver com o
mundo em que vivem aqueles que produzem as
riquezas geradas pelas Empresas, distribuída
sempre pelos mesmos, aqueles que nenhum
contributo positivo deram.
De facto, parecem mesmo “aves de
rapina”. O governo, com o pretexto do déficit
que eles próprios criaram e que tem vindo a
aumentar de forma muito comprometedora para o
futuro do País, “mete a colher” em todo o lado
onde possa ir buscar dinheiro.
• Foram os muitos milhões que vieram buscar dos
Fundos de Pensões dos trabalhadores da PT, sem
que estes saibam qual é o “negócio” que está por
detrás, nem qual a garantia que têm no futuro;
• Foi a “pipa” de dinheiro resultante da venda do
edifício da CGD e alugado no dia seguinte;
• Agora é a venda em “Leilão” de mais duas
tranches da dívida pública portuguesa, pela qual o
Estado (melhor dizendo os contribuintes) vão ter
que pagar elevados juros;

Poderíamos evocar um manancial de
situações semelhantes.
Entretanto o País vai continuando cada vez mais
endividado, porque o Governo não tem estratégia
para tirar o país do “pantanal” para onde o têm
empurrado.
As alternativas que o Governo procura para tirar o
País do buraco para onde os sucessivos Governos o
foram empurrando nos últimos 20 anos, são em
regra:
• Mais e mais desemprego;
• O que existe é cada vez com menos direitos e
garantias;
• Cortes no Investimento, não gerando emprego;
• Cortes nos serviços públicos e privados, piorando
a sua qualidade;
• Impostos e mais impostos, que sobrecarregam
muito mais quem ganha menos;
 Meios de produção cada vez menos produtivos.
Por este caminho, onde é que isto vai
parar?
É Tempo de Dizer BASTA. É tempo de dizer
basta a este “regabofe” para os que têm tudo e
de sacrifícios e mais sacrifícios para os que
produzem as riquezas geradas nas Empresas, que
cada vez trabalham mais e recebem menos.
É tempo de dizer SIM À GREVE GERAL.
Foi com a poderosa luta desenvolvida, que
travámos muitos dos aspectos mais gravosos do
projecto do Código de Trabalho do “Bagão Félix”.
Há-de ser com a Greve Geral, que havemos de
travar esta ofensiva sem precedentes contra
aqueles que trabalham e contra os que menos
ganham.
O que os trabalhadores têm, foi e será sempre
conseguido através da luta, não existe alternativa
a esta realidade.
O SINTTAV estará na Greve Geral de dia 24 de
Novembro com toda a força.
O SINTTAV, ombreando com os outros Sindicatos,
fará tudo o que estiver ao seu alcance para que o
dia 24 de Novembro seja um dia histórico para os
trabalhadores portugueses.
Até agora, não se conhece algum Sindicato que
não esteja com a Greve Geral.
Nos últimos 35 anos nunca os trabalhadores portugueses tiveram tantos e tão fortes motivos para a LUTA.
Todos à luta no dia 24 de Novembro.
Irá saindo mais informação, a que em cada momento se julgar oportuna.
SEMEAR IDEIAS, PARA GERAR CONSCIÊNCIAS, É DEVER SINDICAL
SINTTAV, O SINDICATO QUE TE DEFENDE. SINDICALIZA-TE NO SINTTAV.
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Greve Geral Dia 24/11/2010