ulg aç ão Sa ye r Div é utilizada pelos marceneiros para acabamento, pois diminui os custos em comparação com o acabamento em PU”, explica Andrade. lac k Especial – Insumos e Tratamentos de Superfície Disputa Os fabricantes de chapas (MDF e MDP) e os fabricantes de tintas têm travado, recentemente, uma disputa acirrada quanto ao acabamento de superfícies, segundo o supervisor de Educação e Tecnologia do Centro Tecnológico do Mobiliário do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cetemo), de Bento Gonçalves (RS), Renato Bernardi. “Enquanto os fabricantes de chapas estão inovando a cada lançamento com texturas amadeiradas, lisas e com variações intermináveis de cores, os fabricantes de tintas, procurando superar a velocidade das inovações dos fabricantes de chapas, apresentam soluções de cores, texturas, dureza, Com alto teor de sólidos e baixa viscosidade, os produtos à base de poliuretanos estão entre os mais usados nas marcenarias, observa o diretor-geral da Sayerlack, Marcelo Cenacchi utilizando diversas formas de aplicação, como pistola, rolo e pó”, assevera. Para a gerente de vendas da Rudegon, de Curitiba (PR), Leonice Santos, as chapas de MDF ainda são as mais procuradas pelos marceneiros. “É o principal produto para a fabricação de móveis”, afirma Leonice. De olho no desenvolvimento do mercado moveleiro, a Promaflex investiu em proteções específicas para chapas de MDF e MDP. “O mercado moveleiro é novo para nós, mas seu constante crescimento impulsionou a necessidade de proteções de superfícies, além das proteções para mobiliários acabados, Cuidados na aplicação dos produtos evitam prejuízo Segundo o supervisor de Educação e Tecnologia do Centro Tecnológico do Mobiliário do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cetemo), de Bento Gonçalves (RS), Renato Bernardi, é importante saber que existem no mercado vários tipos de produtos para pintura de móveis. As tintas, por exemplo, têm como função proteger e decorar os substratos. A indústria produz uma diversidade de tintas, porque os objetos revestidos, por exemplo, metais, plástico, madeira, MDF e MDP têm múltiplas finalidades. “O mercado consumidor está exigindo produtos pintados, nos quais a película demonstre maior resistência e durabilidade possível no manuseio diário e na exposição a condições climáticas severas”, explica. Para ele, as tintas mais utilizadas pelos marceneiros são sintéticas, nitrocelulósicas, poliuretânicas e poliéster. “Cada tinta tem um catalisador específico. Em algumas tintas, há diferenças em percentuais na catálise. Por isso deve-se ter o máximo cuidado ao verificar os códigos dos produtos para não ter prejuízos por adicionar proporções e códigos diferentes”, assevera Bernardi. Além disso, de acordo com o supervisor, para que se possa fazer um bom acabamento, deve-se considerar que, além de preparar bem a superfície para receber o acabamento, aplica-se um fundo, que deve ser compatível com a tinta que vai ser aplicada. Em relação à preparação da superfície, o supervisor ressalta que a mesma deve estar limpa e sem rugosidades para receber a pintura, assim não irá ter desprendimento da película aplicada, nem apresentar defeitos depois de aplicada a tinta. “O pintor deve levar em conta que, para cada material, há procedimentos diferentes de preparação. Por exemplo, se o material a ser pintado for o MDF, deve haver um lixamento para a remoção de pó e também para melhorar a ancoragem da tinta. Já para a pintura em materiais ferrosos, é necessário que se remova a ferrugem, a gordura ou a carepa que reveste a peça de aço, antes de se iniciar o processo de fosfatização e pintura”, enfatiza. 20 O lixamento do fundo, para posterior aplicação do acabamento, de acordo com Bernardi, tem como objetivo obter uma superfície completamente lisa. Ele é feito em etapas e, primeiro, deve-se fazer um desbaste com lixa e depois uma nova lixação, com lixa de granulação menor. “A granulação das lixas está diretamente relacionada ao tipo de acabamento que se deseja alcançar”, afirma. Renato destaca que deve haver atenção com relação à aplicação do verniz. “O verniz aplicado (transparente ou pigmentado) refletirá toda a qualidade do lixamento realizado na tinta de base. Somando-se a eficiência técnica do equipamento e a habilidade do pintor, não haverá dúvidas de que resultará na qualidade final desejada”. Na opinião dele, o objetivo da pintura final é a de realçar a qualidade operacional realizada no substrato e no fundo aplicado. “Se houver excesso de aplicação, provavelmente esses pontos apresentarão nervuras. O pintor deve dominar o processo de pintura e saber que para cada finalidade do móvel há um produto específico. Se o móvel for para ambientes úmidos, como o banheiro, o tipo de acabamento deve receber um tratamento diferenciado de um móvel da sala”, assegura Bernardi. Além desses cuidados, as condições climáticas também influenciam no resultado final. “A temperatura e a umidade relativa do ar consideradas ideais para aplicação de tintas são de 25 graus Celsius e até 85%, respectivamente”, esclarece o supervisor. Essas informações estão registradas nos boletins técnicos das tintas. Bernardi afirma que a não existência dessas condições climáticas pode reduzir a qualidade visual e comprometer a aderência da tinta no substrato. Os cuidados com o local de armazenamento da tinta também são importantes para todo o processo. “O armazenamento incorreto dos produtos é um dos agravantes que possibilitam o surgimento de defeitos”, observa Bernardi.