Revisão e Atualização da Política e Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade Socioambiental e Política sobre Divulgação de Informações da IFC Local da consulta: São Paulo, Brasil Data: 22 de julho de 2010 Participantes: Ver anexo. Processo de Consulta: A consulta incluiu: i. uma breve apresentação de todos os participantes e as expectativas do processo; ii. visão geral dos Padrões de Desempenho (PS) e do processo de revisão; iii. sessão plenária sobre as mudanças-chave propostas e temas de cunho transversal; iv. discussão em pequenos grupos e apresentação de seus relatórios à sessão plenária sobre as questões-chave; v. respostas da Administração e próximas etapas; e vi. comentários de encerramento. Nota: Este relatório provisório, resultante do workshop de consulta, resume os pontos-chave e as sugestões feitas pelos participantes. Não contém respostas detalhadas da IFC. As questões estão sendo examinadas e discutidas e a IFC está preparando um resumo das respostas às questões-chave relacionadas com este e outros tópicos durante a segunda metade de setembro de 2010, o qual será colocado no website www.ifc.org/policyreview. A IFC agradece todos os participantes desta consulta e todas as pessoas que contribuíram para o processo de consulta sobre o Esquema de Sustentabilidade revisto da IFC. Embora tenhamos procurado ser o mais abrangentes e exatos possíveis na captação das opiniões e observações dos participantes, pode ter ocorrido erros ou omissões no resumo. As correções serão bem acolhidas. Temas-chave, recomendações e questões levantadas: Revisão da Estrutura de Sustentabilidade e Padrões de Desempenho Meio ambiente • • • • Como os PSs enfocam o impacto prejudicial a animais que poderia ser causado pelos projetos financiados? Não apenas a biodiversidade, mas também a poluição, emissões de gases de efeito estufa produzidos pela pecuária e outros itens com implicações para os animais. No PS3 o título refere-se a “Uso eficiente de recursos” e o texto do padrão refere-se a “eficiência de recursos”; na realidade trata-se de duas coisas diferentes. Linguagem padrão (em português) e conceito da tradução. A expressão “uso eficiente de recursos” precisa ser definida na orientação do PS com referências muito específicas. A IFC deveria preparar tabelas com valores e referenciais regionais, a fim de haver um padrão de uso eficiente. Há casos em que esses referenciais já existem. Antes de a avaliação do impacto, do plano de ação ou do monitoramento ser acordada ou implementada, a linha base deve ser estabelecida. No entanto, é difícil determinar a linha base e deve haver uma orientação mais específica sobre este PS1. 1 Brasil – Relatório Aberto • • • • • • • • No caso da prevenção da poluição, a linguagem atual diz que o cliente deve evitar, minimizar, controlar e reduzir. Deve haver uma sentença ou palavra que também se refira a requisitos jurídicos. Cumpre atribuir maior ênfase às águas residuais. Os padrões falam sobre a água, solo e ar – mas a qualidade da água de superfície merece atenção especial. O uso da água é também ressaltado, mas as águas residuais também precisam ser destacadas. As diretrizes e tecnologias evoluem constantemente. A IFC deve ser mais específica na determinação do uso de tecnologias que podem ser modificadas durante o ciclo de vida de um projeto. O que acontece quando os clientes não dispõem de informação sobre tecnologias? O PS3 e as Diretrizes EHS são demasiadamente vagas no tocante aos padrões de efluentes e à qualidade da água em cursos de água. Referem-se apenas ao padrão da Organização Mundial da Saúde, mas não há referência na tabela. Seria útil dispor de critérios técnicos mais específicos nos PSs e de documentos de orientação. Outro exemplo: Até que ponto se pode admitir o uso de uma privada externa em um projeto? Para quantos trabalhadores? Nos casos em que as instalações estiverem fechadas e o governo for responsabilizado por problemas causados pelo cliente, por exemplo, casos de câncer, poluição, questões de saúde, quais são os mecanismos, se houver uma paralisação ou se o cliente deixar o país, para assegurar que a obrigação financeira ambiental seja paga pelo cliente? As questões relacionadas com o manejo de pragas devem ser tratadas de forma mais explícita e as políticas regionais específicas relacionadas com o uso de pesticidas devem ser examinadas ou consideradas. Diferentes países/regiões/bioma ou conjunto de comunidades enfrentam as preocupações relacionadas com as pragas de forma diferente. Nos casos em que diferem, o que se deve aplicar: a lei nacional ou os PSs? E se as leis nacionais não forem suficientemente rígidas ou forem mais flexíveis do que o padrão da IFC? Biodiversidade • • • • • O PS3 deveria incluir referência a impactos ambientais potenciais sobre comunidades ou empresas vizinhas. Os estudos sobre impactos deveriam ser feitos também nas áreas adjacentes. No PS6 a orientação sobre demonstração do impacto em hábitats críticos não é suficiente. O que é uma espécie “endêmica” e o que é uma espécie “nova”? Trata-se de uma questão sumamente importante, especialmente no Amazonas. Como o cliente deveria tratar estas duas situações? A definição de “pantanal” no padrão de desempenho está incorreta – os pantanais não deveriam ser classificados como hábitat modificado. Deveria haver referência mais explícita à fauna no PS. A fauna e a flora deveriam receber atenção igual no tratamento da biodiversidade. A definição de compensação ambiental no PS6 é muito vaga. A compensação implica dinheiro, o que é altamente discutível entre clientes. Requer discussão de caso a caso. O cumprimento é também mais difícil se o padrão for demasiadamente vago. Cadeia de suprimento/mão de obra 2 Brasil – Relatório Aberto • • No tocante ao PS1, qual é o alcance da responsabilidade do cliente? Em que nível da cadeia de suprimento se aplicam os PSs? A IFC deve tornar o texto mais específico no tocante às cadeias de suprimento e aos procedimentos a serem adaptados pelos clientes. O PS2 carece de orientação clara no tocante a questões de contratos trabalhistas. Povos indígenas • • • • • A IFC precisa incluir também os “povos tradicionais” nos padrões. Trata-se de um conceito mais amplo do que “povos indígenas”. Os povos tradicionais têm uma vulnerabilidade semelhante e frequentemente estão em condições/situações semelhantes. Os PSs deveriam enfocar os direitos de propriedade intelectual, especialmente no caso dos povos indígenas. Os ativos dos povos indígenas são com frequência utilizados no desenvolvimento de produtos ou tecnologias, mas eles nunca são compensados por isso. A propriedade intelectual deveria também incluir subprodutos e produtos da segunda e terceira gerações. Consulta livre, prévia e informada (FPIC) versus consentimento: a IFC deveria adotar o consentimento em vez da consulta. A adoção do termo “consentimento” é também necessária para proteger o patrimônio cultural (conforme tratado no PS8). A IFC deveria utilizar as Nações Unidas como modelo quando se trata da FPIC. Se a IFC adaptar o uso de “consentimento”, a aplicação deste elemento precisa ser claramente definida em termos operacionais. Intermediários financeiros/Definição de risco/Categorização de projetos • • • • Na Política de Sustentabilidade qual é a diferença entre “atividade empresarial” e um “projeto”? O que significa “atividade empresarial”? Cumpre esclarecer a linguagem do PS1 sobre identificação de riscos e impacto quando envolver terceiros. No caso de empreiteiros isto é claro, mas quando envolve terceiros, tais como o governo (por exemplo, o governo é o proprietário da terra), o que acontecerá se a legislação ou os regulamentos não forem claros? Os terceiros podem estar fora do controle do cliente. A categorização proposta de alta/média/baixa para as instituições financeiras (FIs) pode ser considerada como uma “classificação” de empresas em vez de projetos e isso seria problemático. Não deveria haver um equivalente à classificação Moody das FIs – isso é demasiadamente simplista e prejudicial. A categorização de alta/média/baixa para as FIs não se deveria basear no risco médio na carteira, mas no projeto de maior risco. Aquisição de terra e reassentamento involuntário • • • • Em que situações os impactos socioeconômicos acionarão um PS5 e quais podem ser administrados sob o PS1? Há muitos impactos indiretos que não implicam aquisição ou compra da terra, mas têm impactos negativos para os grupos sociais, inclusive perda do acesso a ativos. As respectivas funções do governo e dos clientes não são especificadas no PS5. Deve haver maior clareza. O PS5 deveria requerer um estudo demográfico para prever o impacto da imigração interna induzida pelo projeto e o impacto sobre o reassentamento. A IFC deveria ressaltar a importância da etapa de planejamento no processo de aquisição. 3 Brasil – Relatório Aberto Participação/Divulgação/Consulta • • • • • Em que circunstâncias a falta de Apoio Comunitário Amplo (BCS) não significa que o projeto não continuará? Isto deve ser especificado na política. Às vezes o governo não está presente e os madeireiros ilegais ou traficantes de drogas dominam as áreas, sendo impossível conseguir “apoio” – mas isto não significa que o projeto não deva continuar. A IFC precisa considerar o momento oportuno para utilizar o BCS. Em que etapa do ciclo do projeto – etapa de viabilidade ou exploração ou posteriormente? Cumpre esclarecer a linguagem do PS1 sobre identificação de riscos e impacto quando envolver terceiros. No caso de empreiteiros isto é claro, mas quando envolve terceiros, tais como o governo (por exemplo, o governo é o proprietário da terra), o que acontecerá se a legislação ou os regulamentos não forem claros? Os terceiros podem estar fora do controle do cliente. Devem ser divulgados a fonte de financiamento do subprojeto, a fonte concorrente e o tipo de projeto/local. A IFC deveria considerar o requisito de 120 dias de divulgação no caso de projetos de FIs de alto risco. Revisão e atualização da Estrutura da Sustentabilidade/Processo • • • • Os Padrões de Desempenho oferecem a melhor orientação disponível para os consultores e setor privado. As Notas de Orientação do PS são excelentes e muito bem redigidas. A estrutura deve apresentar uma clara definição/divisão de funções e responsabilidades entre o governo e o setor privado no que diz respeito a questões diferentes (por exemplo, direitos humanos, reassentamento). Como os interessados avaliam o desempenho da IFC no tocante aos Padrões de Desempenho? Em alguns projetos, a equipe da IFC está empenhada em ensinar e liderar e há uma verdadeira parceria. Mas há também exemplos em que a equipe atuou como auditor: impondo padrões, exigindo e não funcionando como parceiro ou colaborador para alcançar as metas. A avaliação do desempenho da equipe da IFC é fundamental. 4 Brasil – Relatório Aberto Annex – List of Participants Organization Amigos Da Terra - Amazonia Bras. Andrade Gutierrez Andrade Gutierrez Andrade Gutierrez Arkhê Relações Sustentáveis Banco do Brasil BNDES BNDES BNDES Bradesco Bradesco Bureau Veritas Bureau Veritas Consultora Det Norske Veritas Endesa ERM Brazil ERM Brazil fgvCES FSP/USP Fundação Solidaridad Imaflora Itau Itau Itau BBA Itau BBA Itau BBA Itau BBA Itau BBA Itau BBA Itau BBA JGP Consultoria e Partic. JGP Consultoria e Partic. MMA MMA MPX Energia Rabobank Rabobank Relva Consultoria Ambiental Santander 5 Brasil – Relatório Aberto Name Roland Widmer Erico Da Gama Torres Gilberto Chiaranda Duarte Karen Pizotti Claudia Grecco Aline Bueno Angela Macedo Guilherme Martins Raphael Stein Andressa Akemi Rodrigues da Silva Ivo Kanashiro Leonardo Fernandes Ricardo Fontenele Sonia Margarida Csordas Jasmin Eymery Christiane Cazle Elizabeth Penhalber Sulema Pioli Paula Peirão Cecilia Balby Fatima Cristina Cardoso Daniella Macedo Beatriz Freitas Renata Deak Fatima Yuriko Kubota Juliana Raus Maioral Laissa Barreto Marcelo Campos Battisti Natalia Oliviera dos Dantos Botelho Rafael Mol Siquiera Gonçalvez Valeria Gomes de Andrade Ana Maria Iversson Juan Piazza Gustavo Dos Anjos Ivo Bucaresky Luiz Fernando Galves Daniela Mariuzzo Nathalia Monea Vanessa Tavares Santos Nassur Alexander Lobo Santander Santander Santander Wilson, Sons WSPA Instituto Socioambiental Universidade de Sao Paulo Banco do Brasil Banco do Brasil Marfrig Ethos Bradesco ISA SOS Mata Atlantica ZGD ZGD SESI 6 Brasil – Relatório Aberto Christopher Wells Maria Silvia Chicarino Vinicius Morita Guilherme Silva Ingrid Eder Erika Magami Yamada Joao Paulo Kandia Verga Edson Araujo Santos Marco Luiz da Silva Gama Ocimar de Camargo Villeca Solange Rubio Emerson Santana Marcelo Hercowite Maria Mantovani Fabio Fukuda Beuna F. de Aguiar Sergio Monforte