Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Naturalismo, Interpretação e Gramática N° 6 Professor: Sérgio Rosa 1. Assinale a alternativa correta. a) Os seres humanos, no Naturalismo, não estão sujeitos à hereditariedade, mas à purificação pelo contato com a natureza. b) Os autores do movimento naturalista procuram ligar personagens ao meio ambiente com laços puros, naturais e sentimentais. c) O Naturalismo, entre 1860 e 1870, procurou explicar cientificamente a conduta e o modo de ser das personagens por fatores externos, que condicionam a vida do homem. d) Havia um elo entre o Naturalismo e as ciências biológicas, mas se negava valor às influências da hereditariedade. e) As forças naturais, com interferências apenas de Deus, moviam o homem visto pelo Naturalismo. 2. No centro da ficção naturalista de Aluísio Azevedo está: a) a habitação coletiva, cujos personagens constituem um painel de tipos humanos, condicionados por esse meio. b) o amplo espaço urbano, no qual o romancista analisa os conflitos morais dos humildes burocratas. c) o cenário da natureza, agindo como estímulo selvagem para a libertação dos instintos das criaturas. d) o interior fluminense, no qual são analisados os hábitos de uma burguesia hipócrita e entediada. e) a aglomeração dos proletários divididos entre a luta pela simples subsistência e a marcha para a tomada do poder. 3. Atente para as seguintes afirmações sobre a literatura brasileira produzida no século XIX: I. A diferença essencial entre um romance romântico e um romance realista está no fato de que apenas no segundo as ações das personagens se desenvolvem no espaço urbano; II. Os poetas românticos Álvares de Azevedo e Castro Alves distinguem-se quanto ao tom e aos temas, sobretudo se comparamos a Lira dos vinte anos com Os escravos; III. Embora tenham sido contemporâneos, Machado de Assis e Aluísio Azevedo guardam profundas diferenças entre si: uma delas está no fato de que o autor de Dom Casmurro não defendia as teses deterministas que se encontram no autor de Casa de pensão. 4. Considere as seguintes afirmações sobre a literatura brasileira no século XIX. I. Romances como Senhora, O guarani e Iracema mostram que José de Alencar preocupou-se em representar, de vários modos, tempos e espaços distintos da realidade brasileira; II. Tanto nossa prosa como nossa poesia românticas, ainda quando marcadas pela atitude nacionalista, sofreram forte influência das literaturas europeias; III. O realismo de Machado de Assis, ao contrário do naturalismo de Aluísio Azevedo, evita o humor e a ironia, instalando-se na linguagem seca e objetiva dos romances de tese. 5. Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que: a) se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação. b) pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rústicos nas comunidades primitivas. c) defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social. d) analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa. e) estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta das personagens. Texto 1 2 3 Está correto o que se afirma em: a) I, II e III. b) II, somente. c) I e II, somente. d) I e III, somente. e) II e III, somente. OSG.: 41383/11 Está correto somente o que se afirma em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. 4 Durante anos, como tanta gente, mantive um diário e, como tanta gente, acabei por abandoná-lo. Ao lado de anotações pessoais, registrava nele, com frequência irregular, fatos políticos e literários que me interessassem. Por que se escrevem diários? Por que notadamente os escritores gostam de escrevê-los, dissipando o tempo que deveria ser consagrado a viver ou a produzir escritos públicos. Admite-se que o político e, de modo geral, o homem de ação se empenhem em manter um registro continuado de fatos e conversações que possam justificá-los no futuro, se tiverem em conta o julgamento histórico. Neste caso, o diário valerá como documento de arquivo. Mas o escritor não precisa justificar-se, a não ser pela obra. Ninguém o obriga a anotação íntima, a esse mirar-se no espelho presente. Então, se escreve o diário, há de ser por força de motivação psicológica obscura, inerente à condição de escritor, alheia à noção de utilidade profissional. Naturalismo, Interpretação e Gramática 5 6 Não pensei nisto, anos a fio, ao encher cadernos com anotações sobre o meu dia a dia, que jamais pretendi viessem a ter importância documental. O impulso de escrever para mim mesmo, em caráter autoconfessional, ditou o feixe de palavras que se foram acumuladas e que um dia... destruí. Mas a própria destruição tem caprichos. Do conjunto sacrificado salvaram-se algumas páginas que reuni em livro, depois de tê-las, na maior parte, colocado em minha coluna no Caderno B do Jornal do Brasil. Animou-me a ingênua presunção de que possam dar ao leitor um reflexo do tempo vivido de 1943 a 1977, menos por mim do que pelas pessoas em volta, fazendo lembrar coisas literárias e políticas daquele Brasil sacudido por ventos contrários. Fui, talvez, observador no escritório. 11. (Med. Marília) Nas orações a seguir: I. As chuvas abundantes, pródigas, violentas, fortes, anunciaram o verão. II. Eu e você vamos juntos. III. Vendeu-se a pá. o sujeito é, respectivamente: a) composto, simples, indeterminado. b) composto, composto, indeterminado. c) simples, simples, oculto. d) simples, composto, “a pá”. e) composto, simples, “a pá”. 12. (FMU) “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante...” Carlos Drummond de Andrade. O observador no escritório. São Paulo: Círculo do Livro, s/d. p. 7-8. 6. (Unifor/2003.1) Está correta a seguinte afirmação a respeito do texto: a) Os diários sempre valem por sua importância de caráter documental. b) Escrever diários é um passatempo que agrada a todos. c) Os diários tanto podem ser mantidos quanto postos de lado. d) O escritor, ao escrever diários, se sente profissionalmente útil. e) Anotações pessoais representam a matéria única do diário. O sujeito dessa afirmação, com que se inicia o Hino Nacional, é: a) indeterminado. b) “um povo heroico”. c) “as margens plácidas”. d) “do Ipiranga”. e) “o brado retumbante”. 13. (Med. Santos) Em uma das frases abaixo, o predicado está incorretamente destacado. Assinale a letra correspondente. a) A muitos encontrei felizes. b) Decorreram alguns instantes de silêncio. c) A paisagem estendia-se imensa e tranquila. d) O ar campestre é saudável. e) Foram Pedro e Paulo. 7. Observa-se ainda no texto: a) a afirmação da necessidade de que os diários sejam destruídos. b) uma expressão de louvor ao escritor que faz lembrar coisas literárias. c) uma referência à atitude passiva do observador no escritório. d) uma alusão à superioridade dos escritos públicos comparados ao diário. e) uma análise de momentos difíceis da História brasileira. 14. (Cescem) Quantos ___________ que silenciam o coração, quando neste ___________ razões mais verdadeiras que as da cabeça! a) há-de-haverem – pode existirem b) hão de haver – podem existir c) hão de haverem – pode existir d) há de haver – podem existir e) há-de-haver – pode existir 8. O terceiro parágrafo do texto: a) censura a ação do político ao conservar diários. b) explora o empenho do homem de ação em se aliar ao político. c) compara o diário a um registro permanente de fatos e conversações. d) refere-se a fatos ligados ao exercício de anotação íntima. e) aponta uma condição necessária à transformação do diário em documento. 15. (Oswaldo Cruz) Indique o período em que há sujeito simples. a) Há cinco séculos que se vive no Brasil. b) Naquele anúncio liam-se os dizeres: cobrem-se botões. c) Nada-se no mar: na terra caminha-se. d) Chove muito aqui. 9. O segmento “Mas a própria destruição tem caprichos.” (6º parágrafo): a) está explicado no segmento subsequente. b) sintetiza o que se expõe no segmento anterior. c) reafirma o ponto de vista do autor sobre diários. d) nega os efeitos da destruição do diário. e) revela uma atitude presunçosa do autor. 16. (Osec) Das seguintes orações: “Pede-se silêncio.”, “A caverna anoitecia aos poucos.”, “Fazia um calor tremendo naquela tarde.”, o sujeito se classifica, respectivamente, como: a) indeterminado, inexistente, simples. b) oculto, simples, inexistente. c) inexistente, inexistente, inexistente. d) oculto, inexistente, simples. e) simples, simples, inexistente. 10. É correto afirmar, a respeito do texto, que se trata de uma: a) dissertação que se limita a definir diário. b) crônica explorando impressões do autor a respeito de diários. c) narração relacionada com fatos da vida do autor. d) crônica versando sobre o processo de elaboração de diários. e) dissertação argumentando a respeito da importância do diário. 17. (Cescea) Assinale a alternativa em que ocorra sujeito composto. a) Deus, Deus, que farei? b) Os livros contemplei, os quadros e as outras obras. c) Nós, os homens do futuro, venceremos. d) Foram João e Maria. e) Ontem foi João e José, hoje. 2 Naturalismo, Interpretação e Gramática 18. (Mack) Em “Foi-lhe grato por sua simpatia.”, assinale a alternativa incorreta. a) O pronome pessoal funciona como complemento nominal. b) Grato é predicativo do sujeito. c) O verbo ser está usado impessoalmente. d) Por sua simpatia é adjunto adverbial de causa. e) O sujeito da oração está elíptico. 19. (Cescem) _______ fazer cinco meses que não a vemos; _____ existir motivos imperiosos para sua ausência, pois se não os _____ ela já nos teria procurado. a) Vai – deve – houvessem b) Vai – devem – houvessem c) Vão – deve – houvessem d) Vai – devem – houvesse e) Vão – devem – houvessem 20. (Cescem) _____ anos que não se colhem bons frutos; _____ pragas a assolarem os pomares. a) Faz – deve haver b) Fazem – deve haver c) Fazem – devem haver d) Faz – devem de haver e) Faz – devem haverem GABARITO – Nº 5 1 2 3 4 5 c c a b d 6 7 8 9 10 a b b d c 11 12 13 14 15 a c d a c 16 17 18 19 20 a c b b d 3 Naturalismo, Interpretação e Gramática Anotações OSG.: 41383/11 Dig.: Vic. 02/02/11 / Rev.: MG/AR 4