PCA3 No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento (INCA,2014). Nas fases iniciais da doença, a maioria dos homens com câncer de próstata é assintomática. Triagem de câncer de próstata Os métodos atuais para a triagem do câncer de próstata utilizam o marcador tumoral PSA (antígeno prostático específico), o tato retal e os exames de imagem, como indicadores para a realização de uma biopsia prostática, a qual possibilita a confirmação do diagnóstico. O exame de PSA é realizado com amostra de sangue do paciente e detecta a proteína de mesmo nome, produzida pelas células prostáticas. Se houver uma alteração, como um câncer, próstata expandida ou prostatite, o valor de PSA no sangue aumenta. Se o resultado da análise de PSA for elevado e o tato retal (TR) resultar suspeito, o procedimento mais provável é a biopsia da próstata para confirmar ou descartar a presença de câncer. A pouca especificidade dos exames atuais gerou um aumento considerável do número de biopsias prostáticas, 75%, das quais são negativas. Teste PCA3 O teste PCA3 parte de uma amostra de urina coletada após um exame de tato retal para determinar os níveis de RNA mensageiro (RNAm) do gene PCA3 (Prostate Cancer Antigen 3 Gene). O teste é específico para o câncer de próstata e, diferentemente do PSA, não é afetado por sua expansão ou por outras doenças não cancerosas relacionadas à próstata, resultando útil para a detecção desta patologia. O teste também proporciona informações sobre a agressividade do tumor, o que também pode ajudar a tomada de decisões terapêuticas. Base científica O gene PCA3 é o primeiro gene específico de próstata capaz de mostrar uma sobre-expressão em células prostáticas tumorais. O teste baseia-se no fato de que nas células cancerígenas da próstata se detecta de 60 a 100 vezes mais RNAm do gene PCA3 do que em células prostáticas normais. INDICAÇÕES Pacientes com um resultado de PSA elevado ou outros resultados clínicos suspeitos (por exemplo, um TR suspeito), com o objetivo de avaliar a necessidade de uma biopsia. Pacientes com biopsia negativa, mas nos quais continua-se suspeitando que possa haver um câncer de próstata, pacientes com biopsia positiva, com o objetivo de conhecer a agressividade do câncer. Pacientes com câncer de próstata e conduta expectante (sem tratamento), para acompanhamento de vigilância ativa e determinar se o câncer progride e homens com histórico familiar de câncer de próstata. LIMITAÇÕES Não deve ser utilizado em pacientes que estejam tomando medicamentos que afetem os níveis de PSA, como finasterida (Poscar, Propecia), dutasterida (Avodart) e terapia de antiandrógenos (Lupron). Os procedimentos terapêuticos e de diagnóstico (como prostatectomia, radiação, biopsia de próstata e outros) podem afetar a viabilidade do tecido prostático e repercutir no valor de PCA3. RESULTADOS No diagnóstico: Quanto mais elevado seja o valor de PCA3, mais provável que a biópsia seja positiva. Assim como, quanto mais baixo seja, mais provável que a biópsia seja negativa. No tratamento: Quanto mais elevado seja o valor de PCA3, mais alta será a probabilidade de que o câncer seja agressivo e que seja preciso recorrer a um tratamento ativo, como a cirurgia ou a radioterapia. Os resultados do ensaio PCA3 devem ser interpretados juntamente com os dados de laboratório e clínicos que se encontram à disposição do especialista. REQUISITOS Amostra: Urina coletada após exame de tato retal por micção espontânea (ver instruções do kit específico do teste PCA3). Instruções: Solicitar instruções de coleta e conservação da amostra. www.labcoNOUS.com