Neoliberalismo, educação superior e sua mercantilização no contexto brasileiro:
foco na educação a distância
José Ricardo Costa de Mendonça, Kely César Martins de Paiva, Diogo Henrique
Helal
[email protected], [email protected], [email protected]
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Palavras-chave
Educação superior; educação a distância; neoliberalismo; mercantilização.
Resumo
O artigo discute o neoliberalismo, a educação superior a distância (EAD) e sua
mercantilização no contexto brasileiro. Entende-se neoliberalismo como “um conjunto
de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na
economia” (LOPES; CAPRIO, 2008, p. 2). Nessa lógica, a educação abandona o campo
social e político para ingressar no campo do mercado, funcionando sob sua égide, o que
implica em sua crescente mercantilização (SPIELMANN; ANDRADE, 2008),
principalmente considerando-se a expressiva expansão da modalidade a distância na
iniciativa privada na educação superior, ao longo dos últimos anos. Em 2011, a
modalidade presencial totalizou 4.196.423 matrículas de bacharelado, 926.780 de
licenciatura e 606.564 de grau tecnológico; na modalidade a distância, foram 299.408
matrículas de bacharelado, 429.549 de licenciatura, e 263.970 no grau tecnológico
(INEP, 2013). No setor privado, as matrículas passaram de 40.714 em 2002 para
992.927 em 2011, as quais representam 82,1% do total apurado nesse ano; na
modalidade EAD, elas passaram de 6.392 em 2002 para 815.003 matrículas em 2011
(UAB, 2013), o que representa um crescimento de 12.750% no período. Os resultados
indicam que a modalidade EAD tem sido fortemente escolhida para consolidar o
processo de universalização do ensino superior no país porém, por outro lado, tem como
consequência uma significativa mercantilização do ensino superior a distância.
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A educação superior a distância e o neoliberalismo: a