Planejamento da safra conta com cultivares de qualidade para ampliar a produtividade de diferentes regiões Inovação Multifort: o novo porta-enxerto para melhorar a produção de tomate Pág. 3 Mercado Produtores falam de resultados em vários segmentos Págs. 4 e 5 Lançamento Cebola híbrida Campo Lindo chega ao Brasil Pág. 3 Ano XI - nº 37 - Maio/2014 Sanidade Manejo correto pode evitar danos nas lavouras Págs. 6 e 7 Parceria Novos manejos incrementam produção de pepino em conserva no Sul A região de Santa Cruz do Sul está entre as mais importantes produtoras de pepino partenocárpico (sem sementes) do Rio Grande do Sul. Sua safra vai para consumo in natura e indústrias de picles em todo o Brasil. Cultivada principalmente em sistemas de agricultura familiar, a produção regional que antes era uma alternativa para a entressafra do tabaco, passou a se tornar um negócio rentável e único, explica Sadi Quevedo, Representante Técnico de Vendas da Agrosafra. “O mercado de pepino picles mudou o cenário econômico do Rio Grande do Sul. Em 2012 o vidro de conserva era encontrado por R$2,50 e até promoção de R$ 1,99. Atualmente varia entre R$5,00 e R$7,00. A produção tem se profissionalizado e o produtor, que antes focava no plantio como alternativa, agora vive somente desta produção”, conta. Quevedo diz que o mercado é promissor: “a demanda ainda é maior que a produção, devido à escassez da mão de obra e dificuldades de produção.” No dia 20 de março a Seminis realizou, em Santa Cruz do Sul, um evento de cultivo de pepino picles (Merengue e Marinda) que reuniu mais de 80 pessoas interessadas em novas soluções de manejo para melhorar a baixa produção decorrente das temperaturas superiores a 35 graus do verão, quando a cultura sofre com doenças (Míldio e Leandria) e abortamento de frutos. “Podemos ajudar o produtor a melhorar significativamente sua renda com mais produtividade e qualidade”, diz o Repre- sentante Técnico de Vendas da Seminis, William Mastro. O Merengue se destaca pela rusticidade e boa performance em vários tipos de manejo. Já o Marinda tem grande potencial produtivo, mas exige manejo mais específico com rápida resposta à adubação, esclarece o técnico. Sadi Quevedo, da Agrosafra, destacou alguns manejos para evitar perdas e fazer com que a planta expresse o máximo de seu potencial: • Uso de bioestimulantes para um melhor desenvolvimento da parte aérea e radicular. • Fertilizantes foliares com fórmulas balanceadas tendo como diferencial os aminoácidos. • Uso de telas de sombreamento (a mais indicada é 50% de cor prata). • Sistema semi-hidropônico (casca de arroz carbonizada) em calhas ou slabs. • Orientação técnica de manejo nutricional para fertirrigação. • Orientação de manejo de plantas. Exemplo: poda, espaçamento indicado (30 cm entre plantas e 1,20 entre fileiras). • Poda na variedade Marinda, retirando toda a brotação lateral. • Poda na variedade Merengue, deixando a brotação lateral. Opções de pepinos para diferentes mercados A linha de pepinos da Seminis foi desenvolvida para garantir o cultivo de qualidade em qualquer região e durante todo o ano, mesmo nos período mais críticos de chuvas, quando ocorre maior pressão de doenças fúngicas e bacterianas. Duas cultivares, Eureka e Exocet, tem se destacado pela uniformidade dos frutos e precocidade. O Exocet é o produto referência na região serrana e Norte do RJ, Sul de SP, Central de MG, Agreste de PE, Serra do Ibiapaba no CE, Jaguaquara na BA e Centro-Norte do ES. Gerson Bezerra da Silva, produtor em Camocim (CE), comercializa na Ceasa de Caruaru (PE): “planto há quatro anos e o fruto cresce rápido, é grande e uniforme, com venda muito boa.” Já no Sul do país, as temperaturas mais baixas beneficiam o plantio do pepino Eureka, de formato cilíndrico, que pode ser utilizado para picles ou mercado fresco. A região de Curitiba responde por grande parte do cultivo desta cultivar uniforme, de ciclo rápido, alta produtividade e resistência a multivírus (WMV, PRSV e ZYMV). “Possui ainda boa cobertura foliar, o que evita a perda de frutos por escaldadura do sol”, diz William Mastro, Representante Técnico de Vendas da Seminis na região. “O Eureka tem frutos padronizados e de coloração mais escura, com maior preço e aceitação do consumidor. Cultivo há 8 anos e comercializo até 600 caixas por mês na Ceasa de Curitiba.” Fabiano Cavalli, produtor em Colombo e Morretes (PR) Expediente O jornal Semente é uma publicação trimestral da Seminis - uma marca da Divisão de Hortaliças da Monsanto. Tiragem de 5 mil exemplares e distribuição gratuita ao setor de produção de hortaliças.©2014 Monsoy Ltda. Todos os direitos reservados. 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Em Brasília, a Campo Lindo foi apresentada durante o 26º Seminário Nacional de Cebola (SENACE) ocorrido em maio, e em agosto será no Nordeste. Os testes em campos comerciais realizados no Vale do São Francisco em Irecê (BA) - entre dezembro de 2013 e abril de 2014 - mostraram bons resultados. A comercialização desses campos foi feita no Norte e Nordeste, além do Sul e Sudeste no período de entressafra. “Nos testes tivemos produtividade entre 80 e 100 toneladas, com percentagem de caixa 3 - preferida pelo mercado e com maior preço - entre 72 a 85%. A Campo Lindo tem vantagens como a homogeneidade, adaptabilidade a vários manejos e uma grande janela de plantio. Também pode adicionar novas tecnologias aos produtores que já plantam híbridas, como a resistência à raiz rosada (doença de solo)”, conta Raul Carneiro de Araújo Santos, Representante Técnico de Vendas da Seminis na região de Irecê. Segundo ele, a janela de plantio vai de agosto a fevereiro, com a vantagem de ser maior devido à plasticidade do material: “ela se adapta facilmente a diversas condições, não tendo preferência por um tipo único de solo.” O produtor Sérgio Dourado, de Irecê, aprovou o material depois de testar a Campo Lindo com plantio em dezembro e colheita em abril. “Colhi 92 toneladas dessa cebola e o que destacou foi o formato redondo, que agrada na comercialização, boa casca e padronização do bulbo. Obtive 82% de caixa 3”, diz o produtor, que comercializa a cebola para todo o país, principalmente nos estados do Nordeste e São Paulo. Sérgio já planeja um novo plantio em junho, agora em uma área maior. “A cebola Campo Lindo é boa para trabalhar, exige menos manejo e precisa de mais tempo de cultivo antes da colheita”, ressalta. Ele conta ainda que utilizará menos nitrogênio no manejo, conforme orientação dos técnicos da Seminis. “A cebola concorrente exige mais nitrogênio na adubação, mas não parece ser o caso da Campo Lindo.” “A concorrente perdeu a palha primeiro, enquanto a Campo Lindo ainda estava verde e mais resistente.” Sérgio Dourado, produtor em Irecê (BA) Chega ao Brasil o Multifort, um porta-enxerto para tomates que alavanca a produtividade O Multifort, uma das propostas da De Ruiter em portaenxertos vigorosos para resistência à raça 3 de Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici, está chegando ao Brasil com a missão de promover ganhos em produtividade. A grande vantagem deste material caracterizado como um híbrido de tomate - é a sua resistência a algumas doenças importantes e limitantes à produção em diversas regiões. Por esse motivo, os primeiros testes estão sendo realizados, com bons resultados, no Espírito Santo onde os tomates sofrem com o Fusarium 3, um fungo de solo muito invasivo. “Além disso, este porta-enxerto tem raízes mais agressivas - confere melhor enraizamento da planta - e, consequentemente, maior potencial de produtividade”, diz Cláudio Silveira, Representante Técnico de Vendas da Seminis na região. A Seminis é líder mundial em vendas deste tipo de tecnologia. A técnica do porta-enxerto consiste na união de duas mudas que originam uma. “Planta-se uma muda do Multifort (que será o ‘cavalo’) e uma muda de tomate Compack (que será o ‘cavaleiro’). Quando as duas mudas estão no ponto, corta-se a parte aérea do Multifort e enxerta-se a parte aérea do Compack. Após alguns dias isto cicatriza e vira uma só planta”, explica Silveira. Segundo ele, é possível aumentar em muito a produção e a qualidade dos frutos desde que o produtor esteja aberto para utilizar novas técnicas como aumento do número de pencas por planta e pequeno aumento na adubação básica utilizada, visto que a mesma produzirá mais frutos. A comercialização já está sendo realizada desde abril e em breve estará em todas as regiões produtoras. 3 Produtos & Mercados Cebola Akamaru tem bom desempenho no Cerrado Desde 2008, quando chegou aos campos comerciais brasileiros, a cebola Akamaru tem mostrado excelente desempenho e se firmado como uma grande opção para o cerrado. O diferencial está nas sementes importadas, certificadas e livres de doenças, bom potencial germinativo, adaptação ao clima tropical brasileiro, além de ser aprovada por produtores locais. Este ano a Akamaru, mais uma vez, se destaca como uma das cebolas preferidas, principalmente em duas localidades que concentram grandes áreas de plantio: Cristalina (GO) e o PAD-DF – Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal. “A recomendação de plantio é entre os meses de março e abril. O cultivo mais cedo (final de janeiro, por exemplo) “Começamos com teste de um hectare e hoje, três anos depois, estamos com 100 hectares desta cultivar.” tem a finalidade de colher a cebola antes de outras regiões, na tentativa de conseguir melhores preços pelo produto final, além de aproveitar a mão de obra da cebola para iniciar os plantios de alho”, conta Cinthia Vicentini, Representante Técnica de Vendas da Seminis na região. Ela destaca como características importantes da Akamaru a boa formação de pele, o formato do bulbo, vigor da planta e excelente padronização caixa 3, mais valorizada pelos compradores. O engenheiro agrônomo Luciano Brito, gerente de HF da Wehrmann Agrícola, em Cristalina (GO), confirma : “a Akamaru foi uma das cebolas que mais produziram na safra 2013 e tem potencial para atingir mais de 100 t/ha. A área de plantio cresceu em função dos excelentes resultados, como o bom formato arredondado, a coloração avermelhada para marrom e a firmeza da casca, que não trinca facilmente, além da padronização, que chega a 65% da produção na classificação em caixa 3.” Luciano Brito, da Wehrmann Agrícola Brócolis BC1691 é opção para o verão Produzir brócolis no verão brasileiro é um desafio, pois o melhor desempenho da cultura se dá em temperaturas entre 16º e 18°C. Neste verão as altas temperaturas e baixa pluviosidade impactaram na produtividade, mas o BC1691 confirmou sua adaptabilidade em várias regiões brasileiras. Fernanda Ferraro, da área de Tecnologia e Desenvolvimento de Alface e Brássicas da Seminis, destaca que a superioridade do produto em relação ao principal concorrente foi observada principalmente nas colheitas de fevereiro e março. “Temperatura elevada pode provocar o amarelecimento dos botões florais, diminuição e desuniformidade da cabeça, aparecimento de pontos amarronzados e brácteas e até a não formação da cabeça. Como estes defeitos alteram a qualidade do produto final, eles interferem na aceitação pelos compradores. O BC1691 apresentou alta tolerância ao clima quente, mantendo a compacidade e firmeza das cabeças superior ao concorrente, além de granulo- metria menor e mais homogeneidade”, relata Fernanda Ferraro. O produtor Elton Marquetti, da cidade de Socorro (SP), logo aprovou: “o BC1691 é mais resistente, amarela menos, tem menos perdas e melhor comercialização. Estou bastante satisfeito.” Ele cultiva uma área de 12 alqueires com o plantio de 10 mil pés por semana. A opinião é compartilhada pelo produtor Mauro Masayuki Miyamoto, de Ibiúna (SP): “O BC1691 suportou o pico de calor desse verão, enquanto o concorrente ficou amarelado e com folhas no meio da cabeça. No próximo verão irei semear apenas ele, que teve boa aceitação entre os feirantes da região.” Resultados do produtor Alex Nunes, em Caucaia do Alto (SP) – Jan/2014 Custo de produção Concorrente BC 1691 Semente, muda, fertilizante defensivo e mão de obra R$ 12.840,40 R$ 12.919,00 2.090 12 R$ 25.080,00 2.282 12 R$ 27.384,00 R$ 12.239,60 R$ 14.465,00 Receita bruta Produtividade (caixa/ha) Preço caixa Total Lucro O BC 1691 é 18% mais lucrativo do que o concorrente Dados levantados pelas equipes de campo da Seminis. Pode haver variação de produtividade e preços conforme a região, época de plantio, clima e manejo. Produtos & Mercados Impacto Magistral Supremo Pimentões de alto desempenho para diferentes mercados Atender a diferentes exigências do mercado e em diversos climas. Assim é a linha de pimentões da Seminis, com várias opções de formatos e o mesmo padrão de qualidade: frutos pesados, uniformes, excelente coloração e resistência pós-colheita. Para o inverno nordestino, marcado pela chuva, o pimentão Magistral, do tipo quadrado (block) é o preferido. A Paraíba tem a maior área desse formato, muito aceito também no RN, AL e Agreste de PE. “É um diferencial em épocas chuvosas, onde é mais difícil obter qualidade e produtividade nos plantios em campos abertos”, diz Carlos Filho, Representante Técnico de Vendas da Seminis na região. No CE (Serra de Ibiapaba e Cariri) e no Agreste de PE (Passira), a prioridade são os pimentões grandes e cônicos, pois a maior demanda é em supermercados e restaurantes. Para eles são indicados os pimentões Supremo e Impacto, de grande potencial em períodos chuvosos e alta resistência a “Cultivo o Supremo há sete anos e vejo muitas vantagens como resistência a bactérias, o fruto é pesado e tem paredes grossas, carrega bastante no ponteiro e o consumidor gosta.” doenças. “A utilização é grande em saladas e vinagretes nos restaurantes, sendo assim o tamanho é fundamental”, diz Carlos Filho. O pimentão Impacto, por exemplo, apresenta resistência à Mancha bacteriana e ao Vira-cabeça, o que dá mais segurança ao produtor. “A qualidade e o padrão de fruto hoje é um diferencial dentro de nossa pesquisa. Os uniformes e pesados têm boa aceitação e preferência no comércio”, comenta Carlos. O produtor Tiago Pauly, de São Sebastião do Caí (RS), cultiva o Impacto desde 2008: “ele tem o diferencial de tamanho, peso, coloração escura e é muito resistente a bactérias, principalmente a Xanthomonas, que é um problema na região. Hoje não planto outros porque o Impacto é superior”, afirma. Na Serra de Ibiapaba (CE), atualmente se cultiva em torno de 20 milhões de plantas por ano e 95% delas é de frutos tipo cônico. Nessa linha outro destaque é o Supremo, de alta produtividade, frutos padrão com peso e uniformidade apreciados por produtor e consumidor tanto no NE quanto no Sul, comenta Carlos Filho. “O Magistral é a melhor opção para o inverno, mas mesmo no verão é resistente: murcha menos, tem boa produtividade, coloração verdeescuro e parede mais grossa.” José Junior de Araújo, de Boqueirão (PB), que testa o material Adelar Royer, de Caçador (SC), que comercializa sua produção em SC, PR, SP 5 Manejo Prateamento das folhas causado pela toxina liberada pela Mosca-branca Controle preventivo pode evitar danos causados por Mosca-branca em abobrinha Cinthia Vicentini, Eng. Agrª da Seminis e Nilton Okada, Eng. Agrº e Gerente Técnico da Agrícola Ceres O crescente ataque de Mosca-branca tem causado prejuízos às lavouras de abobrinha no Distrito Federal, principalmente na região de Planaltina, devido à proximidade de lavouras hospedeiras da praga, como soja e feijão. Isso ocorre porque após a colheita das grandes áreas de soja e feijão, o inseto migra para outras culturas hospedeiras, menores, como lavouras de abobrinha, causando o prateamento das folhas e clareamento dos frutos. Ao injetar o estilete para se alimentar da seiva, a Mosca-branca libera uma toxina que causa o prateamento das folhas, dificultando a fotossíntese e provocando o amadurecimento irregular dos frutos, que ficam mais pálidos, diminuindo seu valor comercial devido à redução da produtividade e qualidade dos frutos. É importante salientar que o auge populacional ocorre no período seco e quente, condições que favorecem o desenvolvimento e deslocamento do inseto. Não existe no mercado materiais com resistência à toxina da Mosca-branca, porém, há cultivares - como a abobrinha híbrida PX 7051 - com alta resistência às principais viroses de cucurbitáceas encontradas no Brasil (ZYMV e PRSV), transmitidas por diferentes espécies de pulgão. A combinação de material resistente às viroses e o manejo preventivo para Mosca-branca trazem maior segurança ao agricultor - caso haja a incidência dos demais vetores - minimizando os problemas com ZYMV e PRSV e garantindo o sucesso nas lavouras de abobrinha. 6 Os pontos brancos são Moscas-brancas na folha Manejos preventivos podem e devem ser adotados para reduzir os danos causados pela praga: Retirar as plantas com sintomas. Evitar o plantio próximo a áreas - ou consorciado na mesma área com outras culturas hospedeiras como brássicas, cucurbitáceas, leguminosas, solanáceas, além de plantas invasoras como picão e Joá-de-capote. Utilizar barreira viva, perpendicular à direção predominante do vento, retardando a entrada do inseto na lavoura. Manter a lavoura livre de plantas invasoras e restos culturais de lavouras anteriores. Aplicar inseticidas que controlem diversas fases do inseto, principalmente adultos e ovos, garantindo um período de controle maior. Sanidade O complexo do Vira-cabeça do tomateiro: epidemiologia e manejo Jorge Hasegawa – responsável pelo Desenvolvimento Tecnológico de tomates da Seminis no Brasil O Vira-cabeça é um complexo de vírus pertencentes ao gênero Tospovirus, transmitido por espécies de tripes de ocorrência generalizada como a Frankliniella occidentalis e a Frankliniella schultzei. Ocorre em mais de mil espécies hospedeiras, com grande frequência em solanáceas como o tomate e o pimentão e em asteráceas como a alface, escarola e crisântemo. No Brasil, as espécies relatadas em tomate são o Tomato spotted wilt virus (TSWV), Tomato chorotic spot virus (TCSV), Groundnut ringspot virus (GRSV) e o Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV), com particularidades na relação vírus-vetor e diferentes níveis de prevalência nas diversas regiões de cultivo, que é o caso da espécie TCSV nos estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul ou do GRSV, em Minas Gerais e no Nordeste do Brasil (COLARICCIO et al., 2013). É um dos mais agressivos e drásticos problemas no campo, culminando na morte das plantas afetadas e na produção de frutos inaptos à comercialização. A transmissão do vírus ocorre tanto na fase larval quanto na fase adulta, mas as partículas virais são adquiridas apenas na fase larval do inseto. O tipo de relacionamento do vírus com o vetor é circulativo-propagativo, de forma que o vírus se multiplica no tripes e permanece transmissível ao longo da vida do inseto, daí a sua importância epidemiológica, agravada ainda pelo fato de o tripes ser um inseto polífago. As condições atípicas de baixa pluviosidade no Centro-Sul Frutos de tomate com sintomas de anéis necróticos no início de 2014, associadas a temperaturas elevadas, propiciaram aumentos na população de tripes virulíferos, acarretando perdas significativas no campo, especialmente em cultivares que não apresentam resistência ao TSWV. Os sintomas característicos da doença são o arqueamento do topo das plantas, daí a designação “vira-cabeça”, associado à descoloração das folhas mais novas, ocorrência de anéis cloróticos e necróticos, bronzeamento das folhas, necrose nas folhas e no caule e morte do ponteiro. Nos frutos, é comum a ocorrência de anéis necróticos. Com certa frequência, nota-se a ocorrência de TCSV causando sintomas apenas nos frutos devido à inoculação direta da flor pelo tripes virulífero. Medidas de manejo do Vira-cabeça do tomateiro As principais práticas de manejo do Vira-cabeça em condições de campo estão baseadas na redução do potencial de inóculo pelo vetor e na utilização de cultivares resistentes. São elas: • Utilização de cultivares resistentes dentro de um manejo integrado. Cultivares que expressam o gene Sw-5 apresentam altos níveis de resistência ao TSWV quando associados a um programa de manejo integrado de pragas. • Evasão de áreas com alta população de tripes potencialmente virulíferos, especialmente no caso de locais com restos de cultura de hospedeiras preferenciais, como a berinjela ou o jiló. • Eliminação de restos de cultura, roguing de plantas sintomáticas e manejo de hospedeiras preferenciais, na medida do possível. • Manejo da população de tripes com produtos fitossanitários preventivos e de choque, devidamente registrados para a cultura. • Adoção de inimigos naturais e controle biológico do inseto vetor. Severidade do complexo do Vira-cabeça em plantas de tomates 7 É tempo de planejar a safra com cultivares de qualidade Astrus Plus Produtivo e uniforme, tem ciclo de 90 a 100 dias com boa sanidade. Cabeças de formato semiachatado, folhas de coloração verde-escura com boa cerosidade, coração pequeno e muito compacto. Peso médio da cabeça entre 1,8 a 2,5 kg. Tolerante a rachadura (menor período em ponto de colheita no campo). Red Dysnasty Cabeças de formato redondo, uniformes, bem compactas e firmes, de tamanho médio a grande (com peso médio de 1,2 a 2 kg) e folhas simétricas de coloração vermelha intensa. Boa tolerância ao rachamento e resistência ao transporte. Plantas de porte médio a grande, com ciclo de 95 a 100 dias. Apresenta resistência a Foc (Fusarium oxysporum f. sp. Coglutinans). Abobrinhas para diferentes mercados PX 7051 Cultivar precoce (ciclo de 50/60 dias), boa resistência a viroses do campo (ZYMV e PRSV) e alta produtividade. Plantas compactas e vigorosas, frutos do tipo Caserta híbrida, de excelente formato e coloração clara com listras verde-escuras. Marzouka Vitória Alta produtividade, superprecoce e produção concentrada. Plantas compactas e vigorosas, permite maior número de plantas por hectare (adensamento). Frutos uniformes, com pequena cavidade de sementes e coloração externa atrativa. www.seminis.com.br Remetente: Seminis - R. Vitor Roselli, 17 - Campinas - SP - CEP: 13100-074 Cultivar precoce, com frutos uniformes e bom comportamento às viroses no campo. Plantas compactas e vigorosas, frutos uniformes com coloração externa verde-claro, atrativa e pequena cavidade de sementes.