Jornal do Colégio dos Órfãos do Porto - nº 147 - Novembro/Dezembro de 2005 - Ano 33 Festa da Santidade Juvenil e V isita P Visita Prrovincial A Festa faz parte da Pedagogia Salesiana. Promover momentos festivos faz parte da vida das nossas escolas, as tarefas e actividades do dia a dia dão lugar a momentos de encontro, de convívio, de celebração. No passado dia 11 de Novembro viveu-se um desses momentos festivos - A Festa da Santidade Juvenil. A novidade foi a presença do Pe. João Brito, novo provincial dos Salesianos, que a partir do dia 16 de Novembro voltou ao nosso convívio. A visita Provincial foi o motivo. Palavra do Director - A quinta estação São tantas as formas como a natureza se manifesta. Umas vezes ouvimo-la, tremenda, no rebentar duma tormenta, ou doce, no cair da chuva miúda; mas quem consegue ouvi-la no crescer duma planta ou no delicioso cair da neve? Conseguimos detectar como o tempo vai limando a nossa vida, mas podemos não nos aperceber e dar conta de como a bondade de Deus está caindo suave como a neve, constantemente, no íntimo do nosso coração. E assim como a neve transforma uma paisagem agreste num lençol de imaculada brancura, assim o nosso coração tão dado ao desamor se pode transformar num depósito de ternura e de amizade. Mesmo não nos apercebendo, somos os muito queridos de Deus. Sobretudo nesta quadra de ternura que é o Natal, tão diferente das outras quatro estações do ano que poderíamos chamar-lhe a quinta estação. Não sei se nela nos sentimos mais crianças porque Deus é mais Pai, ou se talvez Deus é mais pai porque nos fazemos mais pequenos. Pelo Natal Deus torna-se como que neve aquecida caindo sobre nós em forma de ternura. Belém é paz, amor, fraternidade, partilha e vida. Belém é a mais terna das utopias. E a cada homem pertenceria senão construí-la pelo menos acelerar a sua chegada. Talvez os homens não se sintam amados por lhes parecer que Belém não é verdade nem possível, por ser uma miragem. E não sentem porque perderam a esperança. Temos outras esperanças ridículas: compramos a lotaria e vemo-nos a banhar nos rios de dinheiro que ela nos proporcionaria, mas ninguém espera na sorte de lhe sair Deus em lotaria, para viver inundados dessa Belém do Natal. Não podemos fazer com que o dia de ontem deixe de ter existido, não podemos antecipar a primavera, mas podemos, nós, os homens de boa vontade puxar pela primavera de Deus. Se o homem tivesse construído um mundo habitável, de paz e de boa harmonia, de carinho e de fraternidade, a neve de Deus não se derreteria ao cair. Todos os dias seriam Belém do Natal. E andaríamos por cima da neve de Deus, imprimindo nela os nossos passos de Homem. Mais um Natal, mais neve de Deus caindo em nós. Não a vemos, não a sentimos porque nos distraímos nas falsidades dos coloridos e dos sons postiços que nos enredam. Que pena não tebtarmos agarrar a utopia desta quinta estação. Exposição de presépios dos alunos do Colégio "A casa do Menino Jesus" 7 de Dezembro 2005 a 6 de Janeiro de 2006 Fundação Dr. Luís de Araújo Palecete dos Viscondes de Balsemão Praça Carlos Alberto - Porto A Comunidade Educativa do Colégio dos Órfãos do Porto celebra em alegria o nascimento do Salvador e vem desejar-lhe as melhores bênçãos do Céu e augurar-lhe um Santo Natal e um Ano Novo cheio de felicidade. 2 - Ribadouro Novembro/Dezembro de 2005 Halloween Como todos sabem, a 31 de Outubro comemora-se o Halloween, isto é, o Dia das Bruxas. Esta festividade de origem Celta não foi esquecida no nosso Colégio. Os alunos dos 3º e 4º anos participaram num entusiasmante concurso de abóboras, realizado nas aulas de Inglês. Não se tratava de abóboras verdadeiras, mas sim, desenhadas e devidamente pintadas e decoradas. Todos participaram com muito gosto e empenho. Contudo, apenas três foram os vencedores. Tal como se pode ver pela foto, no 3º ano, o primeiro lugar coube ao Rafael, o segundo à Maria João e o terceiro ao Rui Paulo. Estes alunos receberam um prémio pelo seu trabalho. Não se pode esquecer, no entanto, a restante turma que também está de parabéns pois, com os seus trabalhos, a sala ficou muito assustadora! Também as turmas do 6º ano participaram num concurso de desenhos alusivos a este tema. Bastava ter criatividade e imaginação, desenhar uma paisagem ou figura relacionada com a festividade, escrever uma pequena legenda em Inglês e esperar pelos prémios. Dos alunos que participaram coube ao José Monteiro, número dezassete, do 6º A e à Márcia Carvalho, número dezanove, do 6º B o lugar de vencedores e um prémio. Agradece-se a todos os que participaram. Figuras Ilustres P ortuenses Portuenses Desporto escolar é o que está a dar! Há pessoas que dedicam a sua vida a causas sublimes. Pessoas de excelência, amando a sua actividade, regendo-se por valores elevados. Usam a sua inteligência, o seu saber, sensibilidade e abnegação, distinguindo-se, por mérito próprio, em campos diversos. Homens e mulheres, que estão para lá de tudo o que é efémero, aparente. São todos muito exigentes consigo próprios. Não são necessariamente mediáticos; revelam enorme simplicidade e discrição, porque tocam de perto a verdadeira grandeza, sem terem tempo para pensar nela. Não são “celebridades”, seres meteóricos que “aparecem”; são ilustres; são investigadores, cientistas, eclesiásticos, atletas, artistas, empresários abertos ao mundo e à sociedade, pensadores, ideólogos ... No âmbito da disciplina de Português, as turmas de 11º Ano vão ter a honra de receber uma mensagem enviada por alguns ilustres, aos quais foram dirigidas (e bem recebidas) duas questões: “Como sente a Cidade do Porto?”; “Qual o seu conceito pessoal de Felicidade?”. As diversas mensagens serão publicadas no nosso Ribadouro e cremos serão humanamente enriquecedoras. Fica a nossa inefável gratidão a todos os Portuenses Ilustres, que tiveram a amabilidade de nos responder. Profª. Leonor Machado Este ano o voleibol e o futebol vai integrar-se no desporto escolar. Dentro da ideia de que praticar desporto é estar vivo para o Mundo, surge este convite, direccionado a ti, a todos. É bom olhar o passado e pensar que este passo é uma vitória para aqueles/as que até hoje se dispuseram a treinar pelo invulgar sabor que é pertencer a uma equipa, a um grupo, onde para além vitórias da equipa se atingem vitórias pessoais. Por isso, se procuras ocupar o teu tempo com algo que realmente valha a pena: não percas esta oportunidade, junta-te à equipa e agarra-te à vida! O convite esta feito! A opção agora é tua! Esperamos por ti! Isabel Teixeira 12º4 Como eu vi a visita ao Museu de Chapelaria 5 de Novembro de 2005 O largo do colégio foi o local de encontro para iniciarmos uma visita ao Museu de Chapelaria em S. João da Madeira. A manhã estava com sol, mas algo fria. No rosto dos alunos a ânsia de chegar depressa, os pais e professores iam conversando, “matando” saudades dos nossos tempos de alunos neste Real Colégio. A visita propriamente dita foi muito interessante e deveras educativa, já que era visível a vontade de tudo saber e perguntar por parte dos alunos, assim como a forma como a “nossa” guia explicava todos os detalhes de se fazer um chapéu. Nesta visita foi ainda ajudada por dois ex-funcionários da antiga empresa onde agora está instalado o museu. A vida de quem, há anos atrás (meados do século XX), trabalhava na feitura dos chapéus não era fácil, no entanto o orgulho dos trabalhadores era o Chapéu, que era deveras bonito e atraente, que o digam os “stores” Carlos, Cremilde, Isabel Castelhano e José Ramos, bem como os alunos que no final da visita tiveram a oportunidade de colocar alguns dos ditos chapéus nas suas ilustres cabeças. Apesar de “chapéus há muitos …” ali ninguém ficou palerma, mas sim muito mais instruído e sábio. Para mim foi muito gratificante esta visita de estudo com os alunos, pais e professores, mas também escrever estas palavras para o Ribadouro, o que não fazia há cerca de 30 anos, desde o meu tempo de aluno neste colégio que continua a ser “meu”. José Fernando Ferreira (Antigo Aluno e pai de actuais alunos) Nota da redacção: Para além dos professores mencionados, acompanharam os alunos do 5º ano A (Área de Projecto), os professores Nelson Araújo e Jacinta Póvoa. Ribadouro Novembro/Dezembro de 2005 - 3 Pe. João de Brito em visita P Prrovincial Dizem as “Constituições Salesianas” que o Padre Provincial deve contactar com as diversas dimensões da obra salesiana. Foi o que aconteceu! O Pe. João de Brito, recentemente empossado como Provincial dos Salesianos Portugueses, visitou entre os dias 16 e 21 de Novembro, o nosso Colégio. Foi mais do que uma visita do Provincial. Foi, um reencontro de velhos amigos, um reencontro com uma casa que conhece bem e que já foi … a sua casa. Muitos dos que aqui trabalham lembramse bem do Pe. João de Brito como colega, como alguém sempre aberto e disponível aos outros. Nestes dias que por cá permaneceu na sua “missão” muitos foram os encontros e contactos que estabeleceu com as diversas vertentes desta casa: com os professores (logo no dia 16), com a Comunidade Salesiana, os funcionários, os Cooperadores Salesianos, com o Centro Juvenil, com a Ass. de Pais e Encarregados de Educação e com os Antigos Alunos. Os alunos, através dos respectivos delegados de turma, mantiveram um encontro com o Pe. Brito no dia 22. Apesar de terem ficado para último os alunos e os jovens são a razão de ser de qualquer obra salesiana, disse-o nos diversos encontros que realizou. Não faltarão oportunidades para o termos mais vezes entre nós. Os votos do Ribadouro não podiam deixar de ser de maiores felicidades no exercício desta missão. O passado bem presente… Não será certamente surpresa para muitos dos leitores se eu, mais uma vez, afirmar orgulhosamente que sou antigo aluno deste Colégio. Enquanto aluno, convivi com várias pessoas (salesianos, professores, empregados e outros) que foram basilares na construção da minha personalidade individual e social. A todos eles – e “eles” sabem quem são! – eu presto aqui a minha homenagem. No entanto, desta vez, gostaria de destacar uma destas personalidades, não pela relevância ou destaque que tem actualmente, mas pela importância que teve para mim no passado! Decorria o ano lectivo de 1982/83 e eu estava no 7.º Ano de Escolaridade. O meu professor de Moral, salesiano, ainda a percorrer o seu caminho para o sacerdócio, convidou quatro rapazes do 6.º e 7.º ano para formar uma nova banda de música: “Os Novatos”. Na altura já havia uma banda, constituída por alunos mais velhos, que ao longo do ano iam animando as Eucaristias e as Festas. Só que este salesiano responsável pela animação pastoral do Colégio queria começar a preparar outros elementos antecipando a saída dos mais velhos. Esta nova banda tinha algo de inédito: nenhum dos elementos sabia tocar um instrumento musical! Durante todo o ano lectivo, ele disponibilizou o seu tempo, dois dias por semana à hora do almoço e ao sábado de manhã para nos ensinar a tocar (guitarra, baixo, bateria e teclado) e a ensaiar o conjunto. Todo este trabalho teve a sua visibilidade em meados de Abril no Festival da Canção! Recordo fascinado, que foi este salesiano que retomou nesse ano lectivo a tradição perdida dos festivais da canção que havia desaparecido com a saída deste Colégio do bem conhecido Padre Rocha. Foi ele o autor da letra e da música que “Os Novatos” levaram a concurso e conquistaram um respeitoso segundo lugar apenas a um ponto do vencedor! Foi ele que me proporcionou o convívio com alguns “admiráveis” músicos como o Rochinha, Rui Vilhena, Francisco Silva, Gama, “Bilas”, “China”, Jorge Arménio, Brito e muitos outros! Foi ele o responsável por um sã convívio entre os alunos do Colégio e os elementos do Centro Juvenil! Foi ele… Bem…! Poderia deixar-me levar pela euforia das memórias e enumerar aqui um sem número de coisas pelas quais aquele salesiano foi responsável durante aquele ano lectivo. Mas uma coisa é certa: para ele, a frase “Uma casa sem música é como um corpo sem alma” era muito mais que um cliché: Ele era a praxis viva desta frase de D. Bosco! E foi assim, numa prática imbuída de verdadeiro espírito salesiano, que o meu professor de Moral me abriu horizontes e permitiu-me descobrir uma verdadeira vocação: ser músico! Embora a minha vida profissional não assente na vida musical, o “ser músico” continua presente na minha vida e é fundamental para o meu equilíbrio pessoal! Ao meu amigo, João de Brito, sacerdote salesiano e Inspector da Província Portuguesa da Sociedade Salesiana (vulgo Provincial), desejo os maiores sucessos e alegrias no ministério que lhe foi confiado! Prof. Jorge Nelson Silva O T eatr o e o ano Internacional da Física Teatr eatro No passado dia 10 de Novembro, os alunos do 10º e 11º Ano C.T. no âmbito da disciplina Física e Química, foram ao Rivoli Teatro Municipal assistir à peça “O INIMIGO”, acompanhados pelas Directoras de turma Lourdes Leitão e Deolinda Alves. O inimigo é uma adaptação da célebre obra “Um inimigo do Povo” do dramaturgo norueguês Heurik Ibsen. Os alunos tiveram a oportunidade de ver ao longo da peça, a descrição e exemplificação de experiências físicas com água, com o objectivo de integrar o tema da Ciência enquanto reflexo da busca e da verdade absoluta, da curiosidade do ser humano e desta forma tão humana de descrever o Universo, sendo também um modo do ser humano expressar a sua curiosidade pelo mundo que o rodeia. Juliana – 11º CT 4 - Ribadouro Novembro/Dezembro de 2005 Festa da Santidad Momento de Celebração Eucarística O dia 11 de Novembro foi a data escolhida para homenagear S. Domingos Sávio e Laura Vicunha, insígnes exemplos de santidade juvenil. Nos dias 8, 9 e 10 houve a preparação espiritual mais intensa com celebrações penitenciais na capela do Colégio. Todos os alunos, por turmas e acompanhados pelo seu respectivo professor, se dirigiram à casa de Deus. A equipa pastoral, através das novas tecnologias, audiovisuais, reflexão e oração, procurou sensibilizar e chamar à atenção para a necessidade e importância da oportunidade daquele momento: encontrar-se com Deus no Sacramento da Reconciliação. Dia 11 a Festa começou com a Eucaristia às 9,00 h., no pátio interior do 1o.Ciclo. É um local onde não bate muito o sol mas, onde há sempre vida e alegria porque há o sorriso e a “gritaria” das crianças nos tempos de recreio. E, às vezes é tanta que salta cá para fora. Hoje, como nos dias festivos do Colégio, o pátio transformou-se em lugar de oração, poderíamos dizer em linguagem bíblica, “Tenda da Reunião” para a celebração da Eucaristia. No palco, ornamentado com vasos de flores, plantas e decorações várias, sobressai o Altar, centro da celebração. As cadeiras brancas, voltadas para o palco, estão cheias de jovens. O coro ocupa o seu lugar privilegiado ao lado do altar e o mestre Prof. José Paulo faz a última afinação e recomendação ao coro. Presidiu à Eucaristia o Sr. Pe. Provincial João de Brito, orientada pelo Salesiano Sr. Raimundo Alves, tendo concelebrado todos os sacerdotes da Comunidade... “BOM DIA, SENHOR”! Novo dia já nasceu!..., foi o Canto de Entrada com que foi recebido o Presidente da Eucaristia, concelebrantes e pequeno clero. A Assembleia participou e seguiu atentamente os cantos, através da projecção dos mesmos em “power point”. Num ambiente calmo e receptivo, o Sr. Pe Provincial proferiu a homilia baseada na alegria, no cumprimento do dever e no amor a Jesus e a Nossa Senhora, exortando os alunos a não terem medo de imitarem a coragem de S. Domingos Sávio e concorrerem para um ambiente sereno, saudável e familiar no Colégio. Ao Ofertório juntamente com os dons para o sacrifício foi apresentado e exposto o quadro de Mãe Margarida, recordando o seu papel de mãe e educadora no Oratório, ela que acompanhou e acarinhou também Domingos Sávio no seu caminho para a santidade... Terminada a celebração, o Presidente agradeceu a presença de todos, desejando muita alegria nas diversas actividades desportivas e culturais programadas para esta Festa. Pe. António Rosa, sdb Super A ula de F itness Os alunos aderiram com entusiasmo Aula Fitness Bé Reis e Bruno Moreira encheram o pátio de cima dos sons e ritmos do Funk, Hip-Hop e Raggajam. Ribadouro Novembro/Dezembro de 2005 - 5 de Juvenil 2005 Viva a música – o kkaraok araok e na festa araoke No dia 11 de Novembro, dia da Festa da Santidade Juvenil, pelas 11 horas, houve no nosso colégio um espectáculo de karaoke. O espectáculo foi organizado pelo 9º ano A, no âmbito da disciplina de Área de Projecto. As pessoas aderiram bastante bem e mais do que o esperado e muitas foram as inscrições de última hora o que provou que o espectáculo foi bem sucedido. Durante os cerca de 90 minutos em que durou o espectáculo, o público assistiu a um espectáculo recheado de alegria e muita música. Muitas foram as participações, desde alunos dos 2º e 3º ciclos a outros membros da comunidade educativa. É verdade! Contámos também com a participação de um grupo de professoras, entre elas, as professoras Helena Silva, Teresa Correia, Marta e Carla Teixeira, Mónica Pinho, Cristina Coelho, Leonor Machado e do professor José Luís Oliveira. O público em geral também participou um pouco em todas as músicas, cantando em conjunto e ajudando os vocalistas. A solo, actuou o professor Paulo Cardoso, interpretando Robbie Williams. A par do espectáculo, estava em exposição um conjunto de painéis subordinados ao tema “Viva a música”, alusivos a artistas musicais portugueses e estrangeiros. Para nós, que organizámos o espectáculo, também nos deu muito gozo fazê-lo, pois toda a turma entreajudou-se e divertimo-nos bastante, e achamos que tudo correu pelo melhor... Ana Teixeira e Inês Neves 9ºA A F inal, finalmente … Final, Qualquer final, seja de um filme ou até de uma ano lectivo, acarreta sempre emotividade. Neste caso, falamos de desporto, desporto que une as pessoas, que nos faz vibrar, no fundo, “nos faz sentir vivos”. Ao longo do 1º período, o Colégio, como casa salesiana que é, não descorou o papel importantíssimo da actividade desportiva na criação de laços de amizade entre os alunos. Surgem então, em todos os “escalões”, os torneiros de futebol, “o desporto-rei”. Realizaram-se jogos emotivos em que cada turma deu, ao longo do campeonato, o seu melhor. Mas, infelizmente, não é dos vencidos, ou melhor, dos que não chegaram à final, que reza a história. Sendo assim, encontraram-se, na Festa da Santidade Juvenil, para disputar a final do torneio do Secundário, o 12º 1 e 3 e o 11º CT. Com a tensão digna de um jogo da Liga dos Campeões, pôde-se assistir a um belo jogo de futebol, com jogadas e golos de belo efeito, defesas espectaculares e tudo o que um bom jogo de futebol pode proporcionar. No entanto, nestes jogos tem que haver vencedores e vencidos. Parabéns aos campeões do 12º 1 e 3, Hugo Castelo, Jorge Coelho, Flávio Silva, David Oliveira, Francisco Alves, Ricardo, Sílvio Monteiro e Henrique Costa. Hugo Castelo (12º Ag.1) e Flávio Silva (12º Ag. 3) Escola de pais No dia 2 de Dezembro, deu-se início à Escola de Pais da Comunidade Educativa Pastoral do Colégio (Colégio, CJS e CAAS). Esta iniciativa, surgiu no âmbito de este ano comemorarmos os 150 anos da morte da mãe Margarida, mãe de D. Bosco. Nesta primeira sessão, que foi orientada pelo Pe. Aníbal Afonso, tivemos como tema: “O Papel da família como sistema formativo”, só foi pena a adesão ser pouca, mas não vamos desanimar. Ao iniciarmos esta actividade, queremos criar uma maior ligação entre os pais e a escola, para assim juntos podermos encontrar algumas soluções para melhorarmos a educação dos nossos filhos e educandos, mas isto só será possível se os pais aderirem a estas iniciativas, por isso fica já aqui o convite para as próximas sessões que decorrerão nas seguintes datas e terão os seguintes temas: 27/01/06 – Conflitos de gerações indisciplina/violência 17/03/06 – Educar para a saúde 12/05/06 – Educar para a cidadania responsabilidade e optimismo 6 - Ribadouro Novembro/Dezembro de 2005 Segurança R odoviária – P arte II Rodoviária Parte No âmbito da disciplina de Físico-Química e com a colaboração de cinco elementos da Divisão de Trânsito da PSP do Porto, os alunos do 9º ano A organizaram uma actividade prática no Campo 24 de Agosto sobre “Prevenção e Segurança Rodoviária”. Esta acção de sensibilização teve como objectivo sensibilizar os condutores e a nós, que um dia mais tarde seremos condutores, a ter mais cuidado e estarem mais atentos às regras de trânsito. Serviu igualmente para nos ajudar a entender melhor a matéria por um método de ensino mais cativante. A turma dividiu-se em dois grupos, um grupo distribuiu panfletos, feitos pelos alunos da turma, aos condutores que paravam à ordem dos polícias e outro pequeno grupo que pedia para responderem a uns pequenos questionários. A iniciativa correu bastante bem e os resultados foram positivos agradando a todos os alunos que participaram nesta actividade. "Jornal de Notícias" de 10 de Novembro de2005 Tudo isto foi concretizado com a ajuda indispensável da professora Maria de Lurdes Leitão, que foi a principal organizadora do projecto. Inês Neves 9ºA “Na emoção da final as lágrimas rolaram” Magusto da CEP Quando menos se espera, a surpresa (só para alguns!) acontece! O 9º Ano C venceu o Torneio de Futebol (8º e 9º anos), batendo na final o 9º Ano B. Após um empate a três golos ao fim do tempo regulamentar, a roleta dos penalties acabou por ditar o vencedor e … as lágrimas rolaram. Parabéns aos vencedores e ao Cristiano, que se destacou na vitória da sua equipa e, naturalmente, à equipa do 9º B que, desta vez, não conseguiu atingir os seus objectivos. “Porque é que estão todos vestidos dessa maneira?” Esta era a pergunta que mais se ouvia no dia do Magusto da CEP (12 de Novembro). Isto porque este ano a equipa da cultura do Centro Juvenil resolveu criar uma Feira Medieval. As pessoas, divididas por equipas, participaram em jogos que lhes permitiram conhecer a lenda de S. Martinho, conhecer algumas áreas da CEP e ganhar denários, moeda oficial da feira. A verdadeira feira começou quando, com os denários arrecadados, as pessoas “compraram” doces, sumos, bolachas, caldo verde e claro,... castanhas! Foi uma tarde bem passada e divertida onde todas as áreas da CEP puderam conviver e partilhar sã alegria. Aliás há já quem ande a perguntar pelos corredores quando é que é a próxima feira medieval... Sergio Fraga, CJS CA AS com nova direcção Apraz-nos informar que, pela Assembleia-Geral eleitoral, realizada no passado dia 18 de Novembro pelas 21,00 horas, no Colégio dos Órfãos do Porto, foram eleitos os seguintes elementos para os Corpos Sociais do Centro dos Antigos Alunos Salesianos do Porto, para o biénio de 2005-2007: Assembleia-Geral Presidente ........................... Padre Delfim Rocha Santos Vice-Presidente ................. José da Silva Mota Secretário ........................... Tomás Martins Direcção Presidente ........................... Vice-Presidente ................. Vice-Presidente ................. Secretário ........................... Tesoureiro ........................... Vogal ................................... Vogal ................................... Francisco António Ribeiro Miranda Dionísio António Santos Paninho Maria Idália Sequeira de Almeida Joaquina Maria Monteiro Malta da Cunha Maria Fernanda Figueiredo Maia Maria Leonor Pinho Sousa João Pedro Malta da Cunha Conselho Fiscal Presidente ........................... José Henrique de Morais Nogueira Secretário ........................... José Manuel Barbosa da Cunha Vogal ................................... Alexandra Maria Correia Simões Saudamos todos aqueles que acreditando neste projecto, de apoio às nossas crianças e jovens, pretendam prestar o seu contributo. Aproveitamos ainda para desejar a toda a Comunidade os nossos desejos de um Feliz Natal e um Bom Ano de 2006. A Direcção Ribadouro Novembro/Dezembro de 2005 - 7 HipHop Don´t Stop Hip-Hop Não. O hip-hop não é um estilo de dança. Muito menos um género musical. Esta palavra que anda na boca de quase todo o Mundo jovem (e não só) vê, frequentemente, o seu significado distorcido. Esta distorção é fruto da tendência que o ser humano tem para generalizar, ou então da ignorância. O que é certo é que conseguiu retirar-lhe a mística dos primeiros tempos que era algo de único. Bem, mas antes que comecem a achar que eu não digo coisa com coisa, que tenho a “mania”, apenas vos peço um pouco de tempo e verão que alguma luz surgirá… mas não sei se será ao fundo do túnel. Ora bem… Se o Hip-hop não é o que aquelas meninas (algumas giras) dos Morangos com Açúcar TENTAM dançar, se não é o que o “Zé Milho”, aclamado D’ZRT, tão afincadamente lhes TENTA ensinar, se não é o que o “gangsta” 50 Cent e o nosso Boss AC cantam então… afinal o que é isso de Hip-Hop? Comecemos pelo princípio, como aliás começa toda e qualquer boa história. Imaginem-se num guetto (bairro degradado) novaiorquino, chamado Bronx. Entre a década de 70 e de 80. Observam à vossa volta assaltos, violações, marginalizações (os habitantes eram quase todos negros e os EUA atravessavam um período especialmente racista) e outros crimes. Tudo à vossa frente, sem censuras. Qual é a primeira reacção? Excluindo a violência, a panelinha do destino teve o condão de juntar influências musicais jamaicanas (os riddims, aquilo a que hoje chamamos “beats”, ou instrumentais) e uma luta pela liberdade da expressão e igualdade de raças (Martin Luther King, Malcom X e Marvin Gaye são ícones do movimento) e teremos o R.A.P. R.A.P é uma sigla que significa “Rythm And Poetry”, ou seja Ritmo e Poesia. Mas atenção! A música que o DJ (disco-jokey) punha, para o MC rimar sobre a vida dele até dava vontade de dançar. Tinha ritmo. Dava até vontade de experimentar uns passos novos...E não é que surgiu mais uma inovação! O famoso breakdance! Sim, são aqueles malucos (b-boys) que dão piruetas e fazem movimentos dignos do melhor circo. Isso sim é dança. Mas... acho que falta qualquer coisa... Algo que já entrou nas nossas vidas, que já é comum... aquilo que o Manel dos morangos faz enquanto da aquela música não sei quê Brilhantes Brilhantes diamantes Diamantes... Já sei... O Graffiti. Pega-se numas latas, e à boa maneira revolucionária desata-se a pintar paredes. Não. Graffiti legal é arte. O resto são contas de outro rosário. Peço Desculpa. Com tanta história acabei por me perder e não dizer o que é o Hip-Hop. Meus amigos o Hip-Hop é uma cultura, baptizada por Afrika Bambaata (um senhor muito respeitado na América mas que tem um nome no mínimo estranho) devido a um passo de dança que envolve saltar (Hop) e uma movimentação das ancas (chamadas de Hip). E o nome colou. Uma cultura urbana, que só tem significado na cidade, dividida portanto em 4 vertentes: mc’ing (rimas), dj’ing ou scratch (parte musical), graffiti e breakdance e ainda uma pequena menção ao beatbox, que é fazer a caixa de ritmos apenas com a voz. O movimento só ganhou popularidade quando o som se tornou mais dançável e apareceram nomes como 50 cent, Busta Rhymes, Eminem, Jay Z, The Game enfim... Gente americana conhecida, que cresceram embalados por este Ritmo e que começaram a fazer poesia. A contestação social foi um bocado posta de lado e começaram a surgir temas mais, digamos “comerciais”. Lutas de Gangs, dinheiro, poder... mas apesar de tudo continua a ser um espelho da sociedade em que vivemos. Sempre a inovar quer liricamente, quer musicalmente, fundindo-se com Jazz, Funk, enfim tudo, mesmo tudo. Por aqui na Tuga, temos a mania dos estereótipos. Dos dreads, das calças largas, dos bonés ao contrário. Mas isso não significa nada! É um questão de se gostar ou não. Facilmente se associa indumentária a uma cultura, mas não tem nada, mesmo nada a ver. Lá vão surgindo alguns nomes, o Boss AC, Da Weasel (numa fase determinada), Mind da Gap, Dealema, Valete, Sam the Kid, NBC... mas sem nunca alcançar a dimensão dos E.U.A, o berço desta cultura. Espero que tenham ficado elucidados. Agora já sabem. Contem à Mãe, ao Pai, aos irmãos, aos tios, aos primos, à família toda e aos amigos, que o Hip-Hop é uma cultura e não aquilo que a sociedade a seu belo prazer modificou em prol de ideais capitalistas. PS: Pesquisem, vão ver que é interessante. Qualquer dúvida sobre o texto procurem-me. Sílvio Monteiro, 12º 1 Serial ft. Ace/Maze É mais um dia, o sol ja brilha, a urbe acorda Começa rotina citadina, que a mente afoga Por isso foca na tua sina, Traça a tua rota procura a tua saída Eu abro-te o trinco da porta do labirinto canto o que sinto, isto sai-me por instinto Nesta vida não vou desperdiçar mais um segundo, vou dar o máximo, rápido, prego a fundo rumo ao futuro, podes crer que não me afundo na sociedade de consumo, que dá frutos sem sumo Fortaleço o meu carácter a um nível profundo Com verticalidade como um fio de prumo longe do luxo, ócio e comodidade prefiro valores altruístas de fraternidade dos quais não abdico, nem por breves instantes pois todos os momentos são BRILHANTES DIAMANTES... Refrão Não mudo a minha atitude nem por um instante todos os momentos são brilhantes diamantes Eu abro-te o trinco da porta do labirinto canto o que sinto, isto sai-me por instinto Já se faz tarde, o percurso é longo, mano dá-me pratos tarola e bombo e um sample divino para mostrar o caminho descobrir um mundo novo como Cristovão Colombo Nada temo não tombo, nem me rendo, Vou aprendendo, surpreendendo Não perco tempo a dizer mal de outrém e se digo bem de alguém não é porque convem Não sou interesseiro, sou verdadeiro esse pessoal oportunista deve-me dinheiro Tou, farto desta máquina capitalista no fundo quero mais humanidade e justiça Para acabar com a ganância e a cobiça que enfeitiça Alicia, e alimenta a desigualdade Tanta dificuldade aumenta a minha vontade De criar, de alcançar um pouco mais de liberdade Refrão Mais, uma noite a lua sobe a urbe dorme sinto o calor da rima, que me consome Tenho tanta fome de microfone ganho um poder enorme de um ciclone Debito palavras sincronizadas com um metrónomo quero me tornar autónomo e não autómato Pois sou um ser ôrganico e não mecânico Não posso viver fechado numa sala de pânico Amordaçado, sem poder soltar o meu cântico Que me mantem único e autêntico pois quero ser fértil e não quero ser fútil nem ser um inútil, de creatividade estéril sou hábil, não débil, com psicose de posse as minhas ansiedades são de arte e gnose Limpem-se as lágrimas que um sorriso se explode erga-se a Fénix em nós, comece a metamorfose... Refrão (até ao fim) 8 - Ribadouro Novembro/Dezembro de 2005 24 de Novembro – DIA DA CIÊNCIA Os laboratórios de Biologia e Físico-Química estiveram abertos durante os intervalos para que todos pudessem interagir com o ambiente do laboratório. No laboratório de Biologia, os interessados eram recebidos pelos alunos do Secundário (11.º C.T.) que tinham como missão realizar algumas experiências explicando cada um dos passos e razão de ser. Neste laboratório, a experiência que suscitou mais interesse foi, sem dúvida, a simulação de um vulcão. No laboratório de Físico-Química o cenário era semelhante, no entanto a realização das experiências não foi só da responsabilidade de alunos do Secundário (12.º -1), mas também dos alunos do 9.º Ano turma A e de alguns alunos da primária (3.ºano). Foram mesmo os alunos mais novos que executaram algumas experiências que já tinham aprendido nas suas aulas de laboratório. O dia provou ser bastante proveitoso, na medida em que todos puderam aprender um pouco sobre o mundo da Ciência, mostrando assim que aprendizagem se pode tornar divertida. Luís Guilherme, Rute Alves e Maria João11.º C.T. Visitas de Estudo à Quimigal... De acordo com as orientações curriculares do programa de C.F.Q., os alunos do 11ª ano CT efectuaram uma visita de estudo a uma indústria química – Químigal, no pólo petroquímico de Estarreja. Esta visita visava, em termos educativos que os alunos tivessem a oportunidade de contactar com sistemas industriais em laboração, conhecer actividades profissionais e consciencializar os mesmos da transposição que é necessário fazer quando se passa de uma ensaio químico à escala laboratorial para escala industrial. A visita foi iniciada com uma explicação teórica, não só dos processos envolvidos na produção do ácido nítrico, como também de toda a indústria da Químigal. Durante a visita foi-nos explicado concretamente a produção do ácido nítrico. Identificaram-se as matérias-primas envolvidas no processo, as condições de segurança utilizadas pela fábrica (tanto no transporte de matérias primas como no processo em si) e os perigos ambientais que podem advir dessa mesma produção. Visitamos também os laboratórios da Químigal onde nos foi mostrado como são controladas, através de análises, as condições necessárias para uma produção eficaz do ácido nítrico. Nesta empresa verificou-se, o reduzido numero de trabalhadores, estando desta forma a fabrica a ser “controlada” por sistemas informáticos. Os objectivos da visita foram todos cumpridos e, desta forma regressamos ao C.O.P. com a noção de que aprendemos algo de novo. João Luís e Rui Lopes 11º CT ... e Air Liquide Chegados às instalações do Complexo Industrial Air Liquide, iniciou-se a actividade com uma explicação teórica acerca das propriedades e produção de alguns gases de aplicação industrial tais como Oxigénio, Árgon, Azoto, Hidrogénio e Dióxido de Carbono, procedendo-se a algumas noções de como eram extraídos estes mesmos gases a partir do ar. Como já foi referido, a principal matériaprima para a obtenção dos gases produzidos por esta empresa é o ar. O ar é constituído por cerca de 78% de Azoto,21% de Oxigénio e 1% de Árgon para além de matéria particulada existente no ar como poeiras, polén entre outras. A obtenção dos gases torna-se então possível através da extracção de todo o tipo de impurezas inclusive a água, de modo a ter uma mistura de gases que por destilação fraccionada, recorrendo a temperaturas diferentes todas as instalações e algumas características que permitem um maior rendimento de produção como por exemplo o isolamento térmico evitando perdas excessivas de energia por parte de toda a maquinaria sendo de realçar a automatização dos processos podendo tudo ser administrado a nível informático numa sala de controlo por um número reduzido de funcionários com quadros profissionais. Segundo a opinião geral do grupo e professores acompanhantes, foi uma experiência enriquecedora e motivadora para a compreensão da importância da indústria e seus produtos no quotidiano das pessoas sendo muitíssimo importante a existência de estudos laboratoriais de modo a conhecer os processos a utilizar e rentabilizá-los. Cristiano Antunes 11.º CT Correio da amizade Escrever uma carta a um amigo é fazer crescer a esperança de felicidade para um mundo mais justo e fraterno. Prof. Carlos Dias consoante o ponto de liquefacção dos diferentes gases. Realizaram-se algumas experiências recorrendo a Oxigénio e a Azoto líquidos para verificar algumas das suas aplicações como por exemplo à congelação rápida de alimentos e órgãos para transplante. Finalmente procedeu-se a uma visita ao Complexo Industrial, tendo-se visualizado Jornal do Colégio dos Órfãos do Porto Lrg. Pe. Baltasar Guedes - 4300 - 059 Porto Direcção: Pe. Delfim Santos Edição, Paginação e Impressão: Alunos do Curso Tecnológico de Produção Gráfica Fotografias: participantes das actividades referidas Tiragem: 1200 exemplares