Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas Superintendência de Vigilância a Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Ano V No. 44 Edição: Semanal 10 de novembro de 2011 Informe Epidemiológico Semanal para Gestão do SINAN SEMANA EPIDEMIOLÓGICA 44 Início: 30/10/2011 Término: 05/11/2011 Agravos de Notificação Imediata Nesta Edição Editorial 01 Agravos de Notificação Imediata 01 Dengue 02 Doenças Exantemáticas 02 Meningites 03 Coqueluche 03 Chagas Aguda 03 Lista de Notificação Compulsória 04 EDITORIAL Este informe tem como finalidade fornecer informações semanais sobre a ocorrência de doenças de notificação imediata e dengue no estado de Alagoas. É de circulação geral e tem como população-alvo os Gestores, profissionais ou qualquer cidadão que necessita ter acesso as estas informações sendo disponibilizado por correio eletrônico e pela página da Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas acessando o site www.saude.al.gov.br. As informações aqui disponibilizadas têm como fonte de dados o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. Sistema que tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo sistema de vigilância epidemiológica das três esferas de governo, fornecendo informações para análise do perfil da morbidade e tomada de decisão. Os dados para produção deste número foram tabulados no dia 10/11/2011 e estão sujeitos a revisão. A alimentação desse Sistema é semanal com dados provenientes das Secretarias Municipais de Saúde. Além das informações, o informe contem na última página a lista de agravos de notificação compulsória. São agravos ou doenças que fazem parte da lista de notificação compulsória nacional (anexo II) de acordo com a Portaria GM/MS Nº 104 de 25 de janeiro de 2011 ou definidos pelo nível estadual. Diante de um caso, além de desencadear as medidas cabíveis, devem ser notificados imediatamente por telefone à Secretaria Estadual de Saúde. Tabela 1. Número de casos suspeitos e/ou confirmados de agravos de notificação compulsória imediata. Alagoas, semanas epidemiológicas de notificação de 01 a 44 de 2010 e igual período de 2011. Agravos Not.Imedia Botulismo Carbúnculo ou Antraz Cólera Coqueluche Difteria Doenças Exantemáticas Doença de Chagas Aguda Febre do Nilo Ocidental Febre Amarela Febre Maculosa Hantaviroses Meningite Peste Poliomielite / Paralisia Flácida Aguda Raiva Humana Síndrome da Rubéola Congênita 2010 3 94 1 359 80 1 144 2011 143 126 95 134 4 1 7 1 - Síndrome Respiratória Aguda Grave Tétano Neonatal Tularemia Varíola Total 687 1 507 Em 2011 até a semana epidemiológica - SE 44, houve 126 casos notificados de doença exantemática, 143 casos de coqueluche, 134 casos por meningite que serão descritos nas páginas 3 e 4. Um caso suspeito de raiva humana residente em Maceió e um caso confirmado de tétano neonatal. Os 95 casos notificados como doença de chagas aguda estão sendo investigados quanto aos critérios de definição de casos suspeitos, e também serão discutidos na página 4. Os casos suspeitos ou confirmados de Notificação Compulsória Imediata deverão ser registrados no Sinan no prazo máximo de 7 (sete) dias, a partir da data de notificação. (Portaria GM/MS 2472 de 26/01/2011). 1 Edição: Semanal 10 de novembro de 2011 Doenças Exantemáticas (sarampo e rubéola) No. 44 Dengue O sarampo e a rubéola são doenças exantemáticas agudas, de etiologia viral, que apresentam alta contagiosidade, acometendo principalmente crianças, particularmente desnutridas e menores de 1 ano de idade. Apenas através de uma vigilância epidemiológica sensível, ativa e oportuna, com identificação e notificação imediata de todo e qualquer caso suspeito na população, adoção das medidas de controle pertinentes e com o monitoramento das demais condições de risco é que será possível consolidar a erradicação do sarampo e eliminação da rubéola. Tabela 2. Número de casos de doenças exantemáticas segundo suspeita e classificação final. Alagoas, semanas epidemiológicas de notificação de 01 a 44 de 2011. Suspeito Ano V Invest. Confirm. Descart. Inconcl Total Sarampo 0 1 10 0 11 Rubeola 21 0 83 11 115 Total 21 1 93 11 126 Os 21 casos de rubéola em investigação são residentes nos seguintes municípios: Arapiraca, Campo Alegre, Coruripe, Delmiro Gouveia, Girau do Ponciano, Pindoba, Porto Real do Colégio, Quebrangulo, São Miguel dos Campos e União dos Palmares (1 caso cada). Penedo e Teotônio Vilela (2 casos). Maceió (3 casos), e Viçosa (4 casos). Um caso de Sarampo confirmado em Igací, justificado pelo município como erro de digitação. Todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser comunicado ao setor de Vigilância Epidemiológica, o mais rápido possível. Os casos graves devem ser notificados e investigados imediatamente, de preferência durante o período de internação. Dentre os 9.237 casos notificados, 1.311 (13,36%) ainda estão sob investigação, 5.609 (57,19%) foram confirmados como dengue clássico, 69 (0,70%) como uma das formas graves, 1.731 (17,65%) foram descartados e 1.087 (11,08%) foram encerrados como inconclusivos por terem extrapolado o prazo de encerramento oportuno (60 dias) (Tabela 3). Tabela 3. Número de casos de dengue segundo classificação final. Alagoas, semanas epidemiológicas de notificação 01 a 44 de 2010 e igual período de 2011. Class. Final Ign/Branco Dengue Clássico Dengue com complicações Febre Hemorrágica do Dengue Sínd. do Choque do Dengue Descartado Inconclusivo Total 2010 2.092 2011 1.311 36.972 260 5.609 36 189 33 4 6.706 7.041 53.264 1.731 1.087 9.807 Os casos de dengue notificados nesse período de 2011 ocorreram em 102 municípios das 10 regiões de saúde - RS, sendo a 1ª RS com maior número de casos (3.776 casos), seguido da 7ª RS (1.462 casos). O menor número de casos ocorreram na 10ª RS (140 casos). Os 5 municípios com maior número de casos são: Maceió – 2.389 casos, Arapiraca – 1.050 casos, Palmeira dos Índios 1.002 casos, Marechal Deodoro 658 casos e Maragogi 534 casos (Figura 2). Confirmado Figura 1 – Número de casos em investigação de Rubéola segundo município de residência. Alagoas, semanas epidemiológicas de notificação de 01 a 44 de 2011. Figura 2 - Número de casos de dengue segundo região de saúde e município de residência. Alagoas, semanas epidemiológicas 01 a 44 de 2011. Todos os casos graves e as mortes suspeitas por dengue devem ser notificados de forma imediata em até 24 horas. CIEVS: 0800-284-5415/ 82-3315-2059. 2 Edição: Semanal 10 de novembro de 2011 A doença de chagas é uma das consequências da infecção humana produzida pelo protozoário flagelado Tripanosoma cruzi. Na ocorrência da doença observam-se duas fases clínicas: uma aguda que é de notificação compulsória e uma fase crônica que atualmente é a forma predominante no Brasil. Nos últimos anos, a ocorrência de Doença de Chagas Aguda (DCA) tem sido observada em diferentes estados, o que levou ao MS a torná-la como doença de notificação compulsória imediata. Expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos (bactérias, vírus e fungos) e não infecciosos (ex.: traumatismo). A doença meningocócica é a meningite de maior importância para a saúde pública, por se apresentar sob a forma de ondas epidêmicas que podem durar de 2 a 5 anos. Tem distribuição universal e os casos ocorrem durante todo o ano (forma endêmica). Todos os profissionais de saúde das unidades públicas, privadas e de ensino e todos os laboratórios são responsáveis pela notificação. Até a SE 44 ocorreu a notificação de 95 casos de DCA, destes 91 foram descartados, 1 confirmado, 3 em investigação. Tabela 4. Número de casos de meningites segundo classificação etiológica. Alagoas, semanas epidemiológicas de notificação de 01 a 44 de 2010 e igual período de 2011. Coqueluche 2010 2011 EM INV./S/Informação 21 19 DOENÇA MENINGOCOCICA 30 16 1 3 M.HAEMOPHILUS MEN. TUBERCULOSA 3 10 MEN. BACTERIANA 43 30 MEN NAO ESPECIFICADA 13 15 MEN. VIRAL 20 22 MEN. DE OUTRA ETIOLOGIA 4 8 MEN. PNEUMOCOCICA 9 11 144 134 Total No. 44 Chagas Aguda Meningites Etiologia Ano V Até a semana epidemiológica 44 de 2011 houve a notificação de 134 casos de meningite. Destes, 16 casos foram confirmados para doença meningocócica, sendo quatro casos que residiam no município de Maceió, um caso em Colonia Leopoldina, Coruripe, Dois Riachos, Delmiro Gouveia, Penedo, Rio Largo e Satuba, dois casos em Viçosa e três casos em União dos Palmares. Os três casos confirmados para meningite por haemophilus, são residentes nos municípios de Barra de Santo Antonio, Maceió e São Luís do Quitunde. Doença infecciosa aguda, transmissível e de distribuição universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório e se caracteriza por paroxismos e tosse seca. Em lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em morte. No período avaliado de 2011 houve 29 casos confirmados de coqueluche, destes 18 foram de Jaramataia, um caso em Batalha, Poço das Trincheiras, Quebrangulo e Rio Largo, dois casos em Maceió e União dos Palmares, e três casos residentes em outros Estados. Tabela 5 - Número de casos de coqueluche segundo classificação final. Alagoas, semanas epidemiológicas de notificação de 01 a 44 de 2010 e igual período de 2011. Classificação Final 2010 2011 Ign/Branco 2 33 Confirmado 27 29 Descartado 63 75 Inconclusivo 2 6 94 143 Total Expediente Teotônio Vilela Filho Governador do Estado Alexandre de Melo Toledo Secretário de Estado da Saúde Sandra Tenório Accioly Canuto Superintendente de Vigilância à Saúde Cleide Maria da Silva Moreira Diretor de Vigilância Epidemiológica Diagramação: Laiza Granja e Denise Leão Tabulação e análise: Edna Cezarino Endereço para correspondência: [email protected] Disponibilizado na página: www.saude.al.gov.br Figura 3 – Número de casos confirmados de coqueluche segundo município de residência. Alagoas, semanas epidemiológicas de notificação de 01 a 44 de 2011. 3 Edição: Semanal 10 de novembro de 2011 No. 44 Ano V Lista de Notificação Compulsória Nacional e Estadual De acordo com a Portaria GM/MS Nº 104 de 25 de Janeiro de 2011 NOTIFICAÇÃO AGRAVOS TIPO NOTIFICAÇÃO AGRAVOS PROCEDIMENTO ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL 3 BIOLÓGICO TIPO PROCEDIMENTO FEBRE AMARELA1 FEBRE MACULOSA1 ACIDENTE DE TRABALHO 3 GRAVE FEBRE TIFOIDE HANTAVIROSE1 ACIDENTE POR ANIMAIS PEÇONHENTOS AIDS ANTENDIMENTO ANTIRRÁBICO HEPATITES VIRAIS CANCER RELACIONADO AO 3 TRABALHO INFLUENZA HUMANA POR NOVO SUBTIPO (PANDÊMICO) 1 CRIANÇA EXPOSTA HIV DERMATOSES OCUPACIONAIS ESQUISTOSSOMOSE4 GESTANTE HIV HANSENÍASE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA LER / DORT 3 PNEUMOCONIOSE 3 UTILIZAR APENAS FICHA DE INVESTIGAÇÃO CONFIRMADO COM NUMERAÇÃO DA FICHA DE NOTIFICAÇÃO INTOXICAÇÃO EXÓGENA LEISHMANIOSE VISCERAL LEPTOSPIROSE MALÁRIA MENINGITE2 PARALISIA FLÁCIDA AGUDA / POLIOMIELITE1 PESTE1 RAIVA HUMANA1 3 PAIR SINDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA1 SÍFILIS CONGÊNITA TÉTANO ACIDENTAL SÍFILIS EM GESTANTE TÉTANO NEONATAL1 3 TRANSTORNO MENTAL 3 CARBUNCULO OU ANTRAZ1 TUBERCULOSE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E/OU OUTRAS VIOLÊNCIAS DOENÇA DE CREUTRZEFELDTJACOB BOTULISMO1 FEBRE DO NILO OCIDENTAL1 COLERA UTILIZAR FICHA DE SUSPEITO / NOTIFICAÇÃO E CONFIRMADO DE INVESTIGAÇÃO 1 COQUELUCHE1 SÍFILIS ADQUIRIDA DENGUE2 SÍNDROME DO CORRIMENTO URETRAL MASCULINO DIFTERIA1 TULAREMIA1 DOENÇA DE CHAGAS AGUDA1 DOENÇAS EXANTEMÁTICAS1 (sarampo e rubéola) EVENTOS ADVERSOS APÓS VACINAÇÃO SUSPEITO / CONFIRMADO UTILIZAR APENAS A FICHA DE NOTIFICAÇÃO UTILIZAR FICHA DE TOXOPLASMOSE ADQURIDA 3 SUSPEITO / NOTIFICAÇÃO E DE NA GESTAÇÃO E CONGENITA CONFIRMADO INVESTIGAÇÃO VARÍOLA1 DOENÇA TRANSMITIDA POR ALIMENTOS (DTA) EM EMBARCAÇÃOES OU AERONAVES INFLUENZA HUMANA UTILIZAR FICHA DE SURTO NOTIFICAÇÃO E SUSPEITO / PLANILHA DE CONFIRMADO ACOMPANHAMENTO 1 Devem ser notificados de forma imediata 2Devem ser notificados de forma imediata todos os casos de :DENGUE COM COMPLICAÇÕES, SÍNDROME DO CHOQUE DO DENGUE, FEBRE HEMORRÁGICA DO DENGUE E DENGUE PELO SOROTIPO 4. 3Devem ser notificados pelas Unidades Sentinelas . 4Devem ser notificados todos os casos de esquistossomose dos municípios indenes (áreas não endêmicas). 4