D ESTAQUES DAS NOVAS DIRETRIZES DA SBD 2013 Roberta A. Cobas UERJ I GEMD 2013 DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSES Declaro não possuir conflitos de interesses financeiros ou pessoais para esta apresentação. (Resolução 1 .595/2000 do Conselho Federal de Medicina, ANVISA no 102/2000) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 EPIDEMIOLOGIA ‘Diabetes é um problema de saúde pública prevalente, oneroso do ponto de vista social e econômico’ Ministério da Sáude_Vigitel DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2012-2013 Presidente da SBD g estão 201 2 - 2013: Dr Ba lduíno Tschiedel Organizadores da s Diretrizes 201 2 - 2013: Dr J osé Eg idio Pa ulo de Oliveira Dr Sergio Vencio Grau de recomendação: A Estudos ex perimentais e obser vacionais de m elhor consistência B Estudos ex perimentais e obser vacionais de m enor consistência C Relatos de ca sos, estudos nã o controlados D Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consenso, estudos fisiológicos ou m odelos a nimais D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DESTAQUES Novidades Importância na prática clínica Controvérsias DIAGNÓSTICO D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIAGNÓSTICO DO DIABETES Categoria Jejum (A) 2h pós 75 g ou Casual (A) 1,75g/kg glicose glicemia(A)de jejum ou pós- O diagnóstico é baseado na Glicemia normal (mg/dl) < 100 < 140 sobrecarga Tolerância à glicose ≥100 e <126 ≥ 140 e <200 Deve ser sempre confirmado pela repetição do teste em diminuída Diabetesdia, Mellitus ≥200 ≥200 (com a menos que≥126 haja hiperglicemia inequívoca outro sintomas com descompensação metabólica aguda ou sintomas clássicos) Jejum= ausência de ingestão calórica poróbvios no mínimo 8h de DM Glicemia casual= realizada a qualquer hora do dia sem se observar o intervalo desde a última refeição Sintomas clássicos= poliúria, polidipsia e perda de peso não explicada TOTG= jejum de 10-16 h, pelo menos 150 g de CHO nos 3 dias anteriores, atividade física normal, sem intercorrências D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIAGNÓSTICO DO DIABETES Fitas reagentes não são tão precisas e não devem ser usadas para o diagnóstico Em 2009, a ADA propôs novo critério diagnóstico pela hemoglobina glicada: glicada : HbA1c ≥ 6,5% ------Diabetes ------ Diabetes HbA1c 5,75,7 - 6,4%---6,4% ---- Alto risco para diabetes Para o uso da hemoglobina glicada são necessários mais estudos TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO: ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL A contagem de carboidratos é considerada a chave do tratamento nutricional do DM1 (A) Não há evidências suficientes para recomendar o uso de alimentos de baixo índice glicêmico como estratégia primária no plano alimentar (B) A carga glicêmica oferece um modesto benefício adicional em relação à contagem de CHO (B) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO: EXERCÍCIO FÍSICO Exercício de resistência /fortalecimento muscular Exercício de flexibilidade Exercícios aeróbicos que envolvem grandes grupos musculares (caminhada, ciclismo, natação, dança..) 150 min por semana com intensidade moderada ou 75 min por semana com intensidade alta. alta. D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO: EXERCÍCIO FÍSICO Cuidados especiais: Avaliação prépré - exercício Recomendações para Teste de esforço: Idade > 40 anos Idade > 35 anos e diabetes há mais de 10 anos Idade > 35 anos e presença de HAS, tabagismo, dislipidemia, retinopatia e/ou nefropatia • Suspeita de DAC, cerebrovascular e/ou arterial periférica • Neuropatia autonômica • Nefropatia grave com insuficiência renal • • • D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO: EXERCÍCIO FÍSICO Cuidados especiais: Prevenção de hipoglicemia • Monitoramento glicêmico é a base para adaptação do tratamento ao exercício principalmente nos usuários de insulina. • Glicemia entre 100100-200 mg/dl antes do exercício. exercício. Fora destes níveis=cautela níveis=cautela Hidratação adequada TRATAMENTO FARMACOLÓGICO D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2 Escolha do antidiabético oral: Estado geral, comorbidades, glicemia, peso e idade, reações adversas, contra-indicações ou interações Manifestações leves Glicemia < 200 Drogas que não promovam aumento da secreção de insulina (D): • Metformina* Metformina* • iDPP4 ou GLPGLP-1 • Pioglitazona Manifestações moderadas Manifestações graves Glicemia 200 -300 Glicemia >300 Metformina + outro agente (D) • Resistência insulínica: iDPP4, acarbose, acarbose, análogos de GLPGLP-1, pioglitazona • Perda ponderal: sulfoniluréias ou glinidas Insulina INSULINA D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2: Pacientes com disfunção renal: • TFG < 30 ml/min é contracontra-indicação absoluta para uso da metformina • TFG entre 3030-59 ml/min: buscar outros fatores de risco para acidose lática antes da prescrição OBS: “Escassa “Escassa evidência de que o uso da metformina realmente esteja associada a risco de acidose lática” • As sulfoniluréias e seus metabólitos, exceto a glimepirida, glimepirida, têm excreção renal e não devem ser utilizadas ou ser utilizadas com cautela em pacientes com perda significativa de função renal • Pioglitazona não necessita de ajuste de dose, mas atenção para eventos adversos: anemia, retenção hídrica, fraturas, ICC. • iDPP iDPP--IV: ajustes de dose ou não • Exenatide (TFG>30), Liraglutide (não necessita ajuste de dose) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2: ESCOLHA DA INSULINA Insulina humana NPH vs análogos de ação longa: “ O uso de análogos de insulina em regime basalbasal - bolus, bolus , em princípio, reproduz melhor a insulinemia fisiológica, fisiológica , exibe maior previsibilidade no controle glicêmico e reduz o risco de hipoglicemias em comparação com o esquema combinado de insulinas NPHNPH - Regular”. (B) “Apesar de ambos os análogos de ação longa (sobretudo a insulina Detemir) Detemir ) ocasionarem menor variabilidade glicêmica e diminuição do risco de hipoglicemia (principalmente noturna), há poucas diferenças de controle glicêmico a longo prazo (níveis de A1c)” (B) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 1 Análogos de ação ultrarrápida: ultrarrápida: -Menor frequência de hipoglicemias graves (A) -Maior flexibilidade na administração (A) (A) -Extremamente conveniente em crianças e adolescentes (B) Lispro , aspart, aspart, glulisina Análogos de ação prolongada: -Menor variabilidade glicêmica (B) Detemir, Detemir, Glargina - Aprovadas para uso em > 6 anos Glargina: Glargina: “No site do EMEA consta um parecer de abril de 2012 liberando seu uso a partir de 2 anos de idade” D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 PAPEL DAS NOVAS TECNOLOGIAS SISTEMA DE INFUSÃO CONTÍNUA DE INSULINA Sistema de infusão contínua de insulina (“bomba”) É uma opção terapêutica eficaz para obtenção do controle glicêmico adequado (A) Candidatos ideais: - Conhecimento e educação adequados - Pacientes que já estejam em tratamento intensivo, intensivo , em esquema basalbasal - bolus com múltiplas doses e saibam ajustar a insulina de acordo com os resultados do automonitoramento, automonitoramento , da contagem de carboidratos e da prática de atividade física CONTROLE GLICÊMICO D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 CONTROLE GLICÊMICO EM ADULTOS Metas de controle glicêmico recomendadas pela SBD Hb A1c < 7% (B) Glicemia de jejum < 110 mg/dl (B) Glicemia prépré-prandial <110 mg/dl (B) Glicemia póspós-prandial <140 mg/dl (B) OBS: • A1c mantida nos valores mais baixos possíveis, possíveis, sem aumentar desnecessariamente o risco de hipoglicemia, hipoglicemia, sobretudo em pacientes com doença cardiovascular e em uso de insulina D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 CONTROLE GLICÊMICO EM JOVENS Metas de controle glicêmico ISPAD (D) ISPAD ADA (D) <6 anos 6-12 anos 1313-19 anos Todas as J 9090-145 faixas* Jejum ou prépré-prandial 100100-180 9090-180 9090-130 PósPós-prandial 110110-200 100100-180 9090-150 90145 90-PP 9090-180 9090-180 Dormir 120120-180 120120-180 Ao dormir A1c <8% <8,5% (maior que 7,5%) <7<7-7,5% <7,5% A1c <7,5% *<7% em em *<7% adolescentes adolescentes ISPAD (International (International Society for Pediatric and Adolescent Diabetes) Glicemias entre 6060-70 indicam risco de hipoglicemia grave (A) Glicemias < 60 em crianças, risco de deterioração aguda da função cerebral (A) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 CONTROLE GLICÊMICO: MÉTODOS DE AVALIAÇÃO HEMOGLOBINA GLICADA “A medida da hemoglobina glicada é recomendada 2-4 vezes ao ano, ano, de acordo com a condição clínica e mudanças efetuadas no tratamento” (A) Método certificado pelo NGSP (National (National GlycoGlyco-hemoglobin Standardization Program) Program) Faixa de normalidade de 4-6% Conceito de Glicemia Média Estimada D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 CONTROLE GLICÊMICO: MÉTODOS DE AVALIAÇÃO MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR “O automonitoramento da glicemia capilar é atualmente preconizado para pacientes com DM1 e DM2 em uso de insulina (3 ou mais testes por dia) ” Esquema basalbasal-bolus ou Bomba: Bomba: pelo menos 4 x/dia Esquemas menos intensivos: 22-3 x/dia Uso de antidiabéticos orais: sem consenso (2(2-4 testes por semana) “Medidas mais frequentes são recomendadas em situações especiais ( gestação, doenças intercorrentes, intercorrentes , períodos de intenso estresse emocional ou clínico/cirúrgico, terapia com drogas diabetogênicas, diabetogênicas , início do tratamento). Também antes de dirigir e praticar exercício.” A SBD preconiza que o poder público forneça 100 tiras reagentes por mês a todo paciente com DM1 para que ele possa realmente implementar o tratamento D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 CONTROLE GLICÊMICO: MÉTODOS DE AVALIAÇÃO VARIABILIDADE GLICÊMICA E GLICEMIA MÉDIA SEMANAL • Perfis glicêmicos de 66-7 pontos de glicemia capilar (3 prépré-prandiais, prandiais, 3 póspós-prandiais e 1 madrugada) 3 x/semana (D) Meta: Glicemia média semanal < 150 mg/dl Variabilidade glicêmica (DP) <50 mg/dl www.diebetesebook.org.br D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 PAPEL DAS NOVAS TECNOLOGIAS Sistema de monitoramento contínuo da glicemia “Identificar tendências do perfil glicêmico” Retrospectivo ou em tempo real “Pode ser recomendado a pacientes DM1 com boa adesão e incapacidade de atingir A1c<7%, com hipoglicemias frequentes ou assintomáticas, glicemia lábil, gestantes, atletas, gastroparesia, gastroparesia , medo limitante de hipoglicemia” Pelo SUS: “Deve ser indicado apenas nos casos em que o controle glicêmico adequado (sem hiper ou hipoglicemias significativas) não foi obtido com todos os outros recursos disponíveis (análogos, bomba, orientação dietética, revisão do estilo de vida e educação adequada)” D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 PAPEL DAS NOVAS TECNOLOGIAS MONITORIZAÇÃO CONTÍNUA DA GLICOSE Principais indicações reconhecidas pela SBD: Facilitar os ajustes na conduta terapêutica com o objetivo de melhorar o controle glicêmico. Ajustes: • Substituição de insulina regular por análogo ultrarrápido ou adição de aplicações de insulina de ação rápida • Substituição da NPH por análogo de ação longa ou adição de doses adicionais de NPH • Ajustes de dose de insulina basal ou prandial • Alterações na composição de carboidratos da dieta • Alterações nas metas glicêmicas pré e pós prandiais Quantificação da resposta a um agente antidiabético Avaliação do impacto de MEV sobre o controle glicêmico Monitoramento das condições nas quais um controle glicêmico intensivo é desejado (gestação, crianças, pacientes em UTI) Diagnóstico e prevenção da hipoglicemia assintomática e noturna Diagnóstico e prevenção da hipoglicemia póspós-prandial DIABETES TIPO 2 NO JOVEM D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIABETES TIPO 2 NO JOVEM Suspeita clínica: “Jovem obeso durante a puberdade que apresente sinais de resistência à insulina como acantose nigricans, nigricans , dislipidemia (elevação de triglicerídeos e redução de HDL), HAS e SOP” (B) (B ) “ Cerca de 33% apresentam cetonúria ao diagnóstico e 55 - 25% podem evoluir para cetacidose”. cetacidose ”. (D) PeptídioPeptídio - C > 0,6 ng/ml ng /ml em jejum ou > 1 ,5 ng/ml ng /ml após Sustacal. Sustacal . (C) Autoanticorpos podem ser positivos em até 22% (A) Tratamento: “A metformina se mostrou segura na faixa pediátrica, sendo a primeira opção medicamentosa para o DM2 no jovem”. (A) (A) Retira gradual da insulina . D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIABETES TIPO 2 NO JOVEM ADA: Toda criança obesa com 2 ou mais dos seguintes fatores devem fazer triagem para diabetes com glicemia de jejum a cada 2 anos a partir dos 10 anos de idade (D) • História familiar de DM2 em parentes de primeiro ou segundo graus • Grupo étnico de risco • Sinais de resistência à insulina DISLIPIDEMIA E DIABETES D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DISLIPIDEMIA Pefil lipídico ao diagnóstico Normal – Repetir anualmente Anormal – Tratamento não farmacológico (A) , Farmacológico (A) Paciente com DCV: Reavaliar mensalmente Paciente sem DCV: Reavaliar a cada 33-6 meses Metas: • LDL < 100 ou 70 mg/dl (A, B) • HDL > 40 (homens) e > 50 (mulheres) (C) (C) • Triglicerídeos <1 50mg/dl D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DISLIPIDEMIA Pacientes diabéticos <40 anos sem DCV, DCV, com LDL>130 : MEV+ Estatina (alvo LDL<100) (A) * Se LDL>100 em tratamento não farmacológico: Estatina (E) *Evidências sugerem que a MEV (alimentação + atividade física regular) adequada máxima reduz LDL em 1515-25 mg/dl Pacientes diabéticos >40 anos sem DCV e que possuam 1 ou mais fatores de risco CV ou longa duração do diabetes: MEV + Estatina (alvo LDL<100 ) (A) Pacientes diabéticos com DCV: DCV: Estatina , independente dos níveis lipídicos (alvo LDL<70 ) (A) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR DISLIPIDEMIA Redução de triglicerídeos e elevação do HDL com fibratos estão associados com diminuição de eventos CV em pacientes com DCV prévia, baixo HDL e LDL quase normal (A) Caso não se atinjam os alvos lipídicos com estatina em doses máximas, máximas, combinação terapêutica pode ser considerada (E), embora não existam estudos clínicos que comprovem sua eficácia na redução da DCV (E) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 CONTROLE LIPÍDICO EM JOVENS • LDL: 100100-129 mg/dl >130 mg/dl LIMÍTROFES ANORMAIS • Tratamento medicamentoso se LDL > 160 ou > 130 após intervenção nutricional (Academia Americana de Pediatria e ADA) • meta LDL<100 (AHA), (AHA), HDL>35, triglicerídeos <150 (D) • Drogas seguras para crianças e adolescentes: sinvastatina, pravastatina, pravastatina, lovastatina (A) HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR HIPERTENSÃO ARTERIAL O tratamento da pressão arterial é importante para prevenção da DCV, DCV, e para prevenir e minimizar a progressão da nefropatia e retinopatia (A) RecomendaRecomenda-se o tratamento medicamentoso para que a PA seja reduzida a valores de 130130-135/ 80 mmHg. mmHg. Há apenas desvantagens em reduções adicionais. (A) Todos os agentes antianti-hipertensivos podem ser utilizados. Na maioria das vezes, 2 ou 3 deles são necessários Há vantagens com o uso de Bloqueadores do SRAA (A) e na associação deles com BCC (A) Embora a associação de bloqueadores do SRAA tenha se mostrado benéfica para reduzir a proteinúria, proteinúria, os resultados dos estudos prospectivos têm mostrado que o duplo bloqueio tem efeitos adversos sobre a progressão da doença renal e a proteção cardiovascular, sendo contraindicado em pacientes diabéticos (A) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 CONTROLE PRESSÓRICO EM JOVENS • HAS em crianças e adolescentes : média de PAS ou PAD >p95 em três medidas diferentes • Meta PA: <p90 (D) • Intervenção dietética-----dietética------3 ------3-6 meses----meses-----tratamento -----tratamento farmacológico • Droga de escolha= iECA DOENÇA CARDIOVASCULAR E DIABETES D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 MANEJO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS Em cerca de 25% dos manifestação de DAC pacientes diabéticos, a primeira é o IAM ou morte súbita (A) O uso de AAS em doses 7575-162 mg deve ser considerado para pacientes com risco de DCV >10% na ausência de fatores de risco para sangramento: Diabéticos homens >50 anos e mulheres >60 anos que tenham outro fator de risco CV significativo ( tabagismo, HAS, dislipidemia, história familiar ou albuminúria) albuminúria) O AAS é eficaz na prevenção secundária de eventos CV em diabéticos (B) O uso na prevenção primária é restrito a alguns subgrupos (B) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CORONARIANA SILENCIOSA NO DIABETES Grande desafio: Identificar indivíduos assintomáticos mas que apresentam risco CV elevado e que se beneficiariam de tratamento mais agressivo em relação aos fatores de risco e possivelmente revascularização do miocárdio. Fatores de risco clínicos para doença cardiovascular em diabéticos Presença de manifestação clínica prévia de doença aterosclerótica: coronariana, cerebrovascular ou periférica. Sexo feminino: risco relativo aumenta 5x Escore de Framingham Idade > 40 anos nos homens e > 50 anos nas mulheres UKPDS risk engine Duração do diabetes: para cada 10 anos o risco aumenta 86% segundo o estudo de Framingham Doença renal (proteinúria (proteinúria ou disfunção renal) Neuropatia diabética autonômica Fatores de risco: HAS, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, hist fam, fam, síndrome metabólica Fibrilação atrial: risco elevado de AVC cardioembólico 125 30 D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CORONARIANA SILENCIOSA NO DIABETES General Cardiovascular Disease – 10 year risk (based on D'Agostino, Vasan, Pencina, Wolf, Cobain, Massaro, Kannel. 'A General Cardiovascular Risk Profile for Use in Primary Care: Care: The Framingham Heart Study') Study') Circulation 2008: 117:743-753 http://www.framinghamheartstudy.org/risk/index.html. D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CORONARIANA SILENCIOSA NO DIABETES UKPDS Risk Engine http://www.dtu.ox.ac.uk/riskengine/ D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CORONARIANA SILENCIOSA NO DIABETES Exames Complementares: ECG : “sobrecarga ventricular esquerda, ondas Q, isquemia indicam risco elevado. Entretanto, ECG é pouco sensível.” sensível .” Ergometria : “sensibilidade ru im m esmo na população de risco elevado”. Ca lcificação da a r téria coronária ( CAC): “É ú t il na avaliação de eventos coronários em dia béticos a ssintomáticos, t a nto pa ra detecção de isquemia qu anto pa ra risco de eventos coronarianos e m or te. Cintilografia ou eco de estresse seriam realizados em dia béticos a ssintomáticos qu e a presentassem escores de cá lcio > 400 ou >100 na presença de síndrome m etabólica, du ração do dia betes >10 a nos ou m icroangiopatia . D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CORONARIANA SILENCIOSA NO DIABETES Em 2010: AHA e American College of Cardiology • Para indivíduos diabéticos assintomáticos > 40 anos, anos, a CAC é um método razoável para avaliação do risco (B) • A cintilografia miocárdica pode ser considerada em diabéticos assintomáticos considerados de alto risco ou por associação de fatores de risco, por história familiar de DAC precoce ou por escores de cálcio>400 (C) Importante: Caso haja sintomas de isquemia, dor torácica e/ou dispnéia, dispnéia, o paciente deve ser encaminhado para prova de isquemia ou cateterismo e não para TC. COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 NEFROPATIA DIABÉTICA ALBUMINÚRIA NORMO MICRO MACRO Concentração de albumina <17 mg/L 1717-173 mg/L ≥ 174 mg/L Índice albuminaalbuminacreatinina <30 mg/g 3030-299 mg/g ≥ 300mg/g Excreção urinária (amostra com tempo marcado) <20 µg/min 2020-199 20 µg/min ≥200 µg/min Urina de 24h <30 mg/dia 3030-299 mg/dia ≥300 mg/dia Amostra isolada de urina 2 de 3 amostras em intervalo de 33-6 meses Na impossibilidade de medida da albuminúria, albuminúria, pode ser utilizada a medida de proteínas (≥ 430mg/L em amostra isolada ou >500mg em 24h) 24h) para diagnóstico de nefropatia clínica D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 NEFROPATIA DIABÉTICA Taxa de filtração glomerular • CKDCKD-EPI (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration) Collaboration) • MDRD TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (ml/min/1,73m2) Estágio 1 ≥ 90 Estágio 2 6060-89 Estágio 3 A 4545-59 Estágio 3 B 3030-44 Estágio 4 1515-29 Estágio 5 <15 D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 NEFROPATIA DIABÉTICA Tratamento Objetivos: Pacientes com microalbuminúria: microalbuminúria: • Normalizar a albuminúria • Estabilizar TFG Pacientes com macroalbuminúria: macroalbuminúria: • Proteinúria o mais baixa possível (<500mg/24h), • Declínio da TFG< 2ml/min/ano Tratar fatores de risco cardiovascular • Duplo bloqueio do SRAA não mostrou benefício, mais efeitos colaterais. Uso de aliskireno + iECA ou BRA : eventos adversos graves PREPARO CIRÚRGICO NO DIABETES D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 PREPARO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO DO PACIENTE DIABÉTICO CIRURGIAS ELETIVAS: Pacientes com DM 2: Suspender hipoglicemiantes horas 4848-72h antes (B) Monitorar glicemia capilar (A) Se necessário usar insulina de depósito (A) Pacientes DM 1 ou DM 2 em uso de insulina: Procedimentos de curta duração sem anestesia geral 1/3 a ½ dose habitual da insulina de depósito GC 2/2h ou 4/4h com esquema de correção CIRURGIAS DE URGÊNCIA: Glicemias>300Glicemias>300-avaliar infusão IV Cetoacidose ou hiperglicemia: retardar temporariamente a cirurgia Infusão venosa, glicemia capilar horária D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 PREPARO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO DO PACIENTE DIABÉTICO Durante a cirurgia: • • • • Prevenir hipoglicemia, hipoglicemia, cetoacidose e distúrbios eletrolíticos (A) Controlar hiperglicemia – Ideal 100100-140 mg/dl (B) Agendar cirurgias eletivas para a manhã (B) Reintroduzir alimentação oral tão logo possível (B) Insulina venosa durante a cirurgia em: • • • • Todos os diabéticos DM1 (A) Todos os procedimentos maiores (A) Todos os procedimentos que necessitem de anestesia geral (B) Cirurgias pequenas na presença de hiperglicemia ou cetose (B) DIABETES E GESTAÇÃO D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIABETES E GESTAÇÃO Primeira consulta prépré-natal TODAS as gestantes (A) Glicemia de jejum* ≥ 126 mg/dl DM PRÉPRÉ-GESTACIONAL* GESTACIONAL* ≥ 92 mg/dl DM GESTACIONAL Risco de abortamento precoce, defeitos congênitos, piora de complicações crônicas maternas do diabetes IMPORTÂNCIA DO CONTROLE GLICÊMICO PRÉPRÉ-GESTACIONAL (A1C ideal< 6% ou 1% acima LSN) < 92mg/dl NORMAL TOTG entre 2424-28 semanas 0’ ≥ 92 mg/dl 60’ ≥ 180 mg/dl 120’ ≥ 153 mg/dl Somente um alterado D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIABETES E GESTAÇÃO TRATAMENTO: Orientação alimentar Avaliação do controle glicêmico Glicemia capilar domiciliar 44- 7 vezes por dia Circunferência abdominal fetal > p75 entre 2929-33 semanas (B) OU Uma glicemia de jejum e duas 1 ou 2 h póspós-prandial por semana Esperar 2 semanas Se: Jejum ≥ 95 mg/dl e 1 h PP ≥ 140 ou 2h PP ≥ 120 mg/dl Iniciar tratamento farmacológico (B) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIABETES E GESTAÇÃO INSULINA: dose inicial em torno de 0,5 UI/Kg (B) Humana NPH : Primeira escolha entre as insulina basais (A) Insulina Detemir recentemente aprovada pelo FDA para uso na gestação (C) Insulina glargina tem - se mostrado segura para utilização no diabetes gestacional, mas os relatos são de um número pequeno de casos e não permitem sua indicação generalizada (C) Análogos de insulina aspar te e lispro são seguros e proporcionam melhor controle dos níveis de glicemia pós - prandiais com menor ocorrência de hipoglicemias (B) A recomendação é descontinuar o uso de medicamentos antidiabéticos orais e substituísubstituí-los por insulina, antes da gravidez ou imediatamente após seu diagnóstico (B) (B) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIABETES E GESTAÇÃO PARTO A indicação de cesariana é uma decisão obstétrica Durante o trabalho de parto, manter glicemia entre 7070-120 mg/dl (D) D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 DIABETES E GESTAÇÃO PÓSPÓS - PARTO Primeiro dia póspós - parto: monitorar glicemia e suspender insulina basal. Tratar hiperglicemia ‘SOS’ (EXCETO NO DIABETES TIPO 1 !) Após seis semanas: semanas : TOTG ou glicemia de jejum dependendo da gravidade do quadro metabólico apresentado na gravidez (B). Se normal, repetir pelo menos, glicemia de jejum anualmente(B) Aleitamento: O retorno de glibenclamida e metformina após o parto em pacientes DM2 pode ser considerado. D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 INDICADORES DE DESEMPENHO INDICADOR EXIGÊNCIA PONTOS A1c>9% Inferior a 20% 10 A1c<7% Pelo menos 40% 5 PA<140/90 Pelo menos 65% 10 PA<130/80 Pelo menos 35% 5 Exame de fundo de olho Pelo menos 60% 10 Educação contra o fumo Pelo menos 80% 5 Lipídios completos Pelo menos 85% 5 LDL<130 Pelo menos 63% 7,5 LDL<100 Pelo menos 36% 2,5 Avaliação renal Pelo menos 80% 10 Avaliação do pé Pelo menos 80% 10 Pontos necessários para o selo SBD 60 D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 INDICADORES DE DESEMPENHO INDICADOR EXIGÊNCIA DM2 PONTOS Pontos DM2 A1c>9% Inferior a 20% ? 10 ? A1c<7% Pelo menos 40% 46% 5 5 PA<140/90 Pelo menos 65% ? 10 ? PA<130/80 Pelo menos 35% 28,5% PAS 19,3% PAD 5 0 Exame de fundo de olho Pelo menos 60% 46,9% 10 0 Educação contra o fumo Pelo menos 80% 54,5% 5 0 Lipídios completos Pelo menos 85% 71% 5 0 LDL<130 Pelo menos 63% ? 7,5 ? LDL<100 Pelo menos 36% 20,6 % 2,5 0 Avaliação renal Pelo menos 80% 38,9% 10 0 Avaliação do pé Pelo menos 80% 58,2% 10 0 60 5 (32,5) Pontos necessários para o selo SBD Gomes MB et al. Rev Diab Stud 2006; 3:733:73-78 D E S TA Q U E S D A S N O V A S D I R E T R I Z E S D A S B D 2 0 1 3 INDICADORES DE DESEMPENHO INDICADOR EXIGÊNCIA DM1 PONTOS Pontos DM1 A1c>9% Inferior a 20% 42,9% 10 0 A1c<7% Pelo menos 40% 13,2% 5 0 PA<140/90 Pelo menos 65% ? 10 ? PA<130/80 Pelo menos 35% 40,3% PAS 26,6% PAD 5 0 Exame de fundo de olho Pelo menos 60% 70,1% 10 10 Educação contra o fumo Pelo menos 80% 7,3% 5 0 Lipídios completos Pelo menos 85% 87% 5 5 LDL<130 Pelo menos 63% ? 7,5 ? LDL<100 Pelo menos 36% 45,2% 2,5 2,5 Avaliação renal Pelo menos 80% 63,1% 10 0 Avaliação do pé Pelo menos 80% 65,1% 10 0 60 17,5 (35) Pontos necessários para o selo SBD Gomes MB et al. Diabetes Res Clin Pract 2012; 97:6397:63-70 CONCLUSÕES O atendimento ao paciente com diabetes deve, basicamente, buscar atingir os alvos terapêuticos específicos e rastrear as complicações crônicas da doença, o que permite intervenções terapêuticas mais precoces. As complicações crônicas do diabetes diminuem a qualidade de vida do paciente além de aumentar o custo do tratamento. O cumprimento destas metas resulta em redução do risco de complicações. Esforços maiores devem ser feitos visando melhorar a qualidade de atendimento ao paciente com diabetes no Brasil MUITO OBRIGADA PELA ATENÇÃO