11 barlavento 19NOV2015 saúde Unidade móvel de saúde estaciona em Olhão até maio Ana Sofia Varela | [email protected] Informar sobre o VIH/SIDA e outras infeções sexualmente transmissíveis é o objetivo desta ação promovida pela delegação do Algarve da Associação para o Planeamento da Família (APF) O projeto «Aquém e Além Margens: Risco 0» vai manter uma unidade móvel de saúde sexual e reprodutiva, até maio do próximo ano, na avenida 5 de outubro, entre os mercados e o jardim Patrão Joaquim Lopes, em Olhão. A unidade estará estacionada todas as segundas-feiras, entre as 18 e as 22 horas, naquela avenida, disponibilizando a todos os olhanenses informação sobre o VIH/SIDA e outras infeções sexualmente transmissíveis, no âmbito deste projeto da delegação do Algarve da Associação para o Planeamento da Família (APF). Serão ainda promovidos rastreios do VIH, distribuídos preservativos e material informativo. «Todos podem recorrer a esta unidade móvel, embora seja dada particular atenção às faixas da população mais vulneráveis, como trabalhadoras sexuais e respetivos clientes, imigrantes entre outros grupos que apresen- tem comportamentos de risco», explica a Câmara Municipal de Olhão em nota de imprensa. A Associação para o Planeamento da Família é uma instituição particular de soli- dariedade social, com finalidades de saúde, fundada em 1967. A missão desta organização é «ajudar as pessoas a fazerem escolhas livres e conscientes na sua vida sexual e reprodutiva, promo- vendo a parentalidade positiva», acrescenta a autarquia. Com sede em Faro, a delegação algarvia da APF foi criada a 7 de abril de 1987. Ao longo dos anos, a APF Algarve tem vindo a centrar a sua atuação na intervenção junto da comunidade, na área da saúde sexual e reprodutiva e planeamento familiar, com particular incidência na temática da prevenção do VIH/ SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis. Tem também promovido ações de formação nas áreas da sexualidade, educação sexual e da saúde sexual e reprodutiva, direcionadas para jovens, profissionais e famílias. espaço saúde | Hospital Particular do Algarve Porque faz sentido continuar a falar em Diabetes? Diariamente, ouvimos falar de Diabetes. Quer através dos meios de comunicação, quer pelos inúmeros eventos que acontecem, quer pelo grande número de publicações científicas que surgem em todo o mundo. Será então lícito questionar-nos porque continuamos fervorosamente a falar deste assunto? Tanta informação disponível e continuamos a debater-nos com esta «senhora», como se só agora a conhecêssemos! Que doçura tem esta «senhora» que não conseguimos erradicá-la das nossas vidas? Que mistérios esconde, pois parece ser bipolar, ter dupla personalidade? Ouvimos falar da Diabetes Tipo 1(1) e da Diabetes Tipo 2(2). Conheçamos primeiro os números com que se «veste» e se «calça». Atualmente um em cada 11 adultos vive com esta «senhora». Há 415 milhões de diabéticos no mundo. Mas daqui a 20 anos, em 2040, estas relações ascenderão a 642 milhões! Esta «senhora» convive disfarçadamente com muitos de nós, ou seja, 46,5 por cento dos diabéticos não sabem que o são. Não estão diagnosticados. Quando a diabetes lhes é reconhecida, já têm pelo menos uma complicação. Por outro lado, também entra sorrateiramente no enxoval das futuras mamãs, uma em cada sete grávidas é afetada por diabetes, a chamada diabetes gestacional(3) (afinal, parece que é tripolar). E brinca às casinhas e aos e atinge preferencialmente crianças ou jovens. A causa deste tipo de Diabetes á a falta de insulina associada a uma destruição quase total das células protetoras de insulina. Não está relacionada com os hábitos de vida ou de alimentação. bombeiros com 542.000 meninos (tipo 1). A cada 6 segundos fica viúva, já que a cada 6 segundos morre alguém devido a diabetes. São quase 5 milhões por ano. Cerca de metade da população portuguesa. Conheçamos agora alguns factos acerca desta «senhora». É crónica, sem cura conhecida e «manhosa». Instalase de armas e bagagens e evolui, principalmente numa fase inicial, de um modo silencioso. É a principal causa de cegueira, insuficiência renal e amputação dos membros inferiores, além de representar um fator de risco major para a doença coronária e para a doença cerebrovascular. Um estilo de vida saudável (sinónimo de alimentação equilibrada, atividade física e monitorização regular da saúde) pode prevenir 70 por cento da diabetes tipo 2. Que esperamos, então, para a proibir de entrar na nossa vida? A diabetes tipo 1 não pode prevenir-se, mas um estilo de vida saudável é determinante no seu controlo. Não deixemos que esta «senhora» continue a atormentar as nossas vidas, nos ofereça fantasmas desnecessários e arrependimentos tardios. Nas comemorações do Dia Mundial da Diabetes 2015, no passado dia 14 de novembro, a Organização Mundial de Saúde aconselhou o seguinte mote: «Atue hoje para mudar o amanhã». (1) Diabetes tipo 1 - Também conhecida por Diabetes Insulinodependente é mais rara (2) Diabetes tipo 2 - Surge em indivíduos que herdaram uma predisposição para a diabetes e que devido a fatores ambientais, entre os quais os hábitos de vida (alimentação hipercalórica, sedentarismo e até stress) vêm a sofrer desta doença. (3) Diabetes gestacional - A diabetes gestacional corresponde a qualquer grau de anomalia do metabolismo da glicose detetado pela primeira vez durante a gravidez. O controlo dos níveis de glicose no sangue materno reduz de forma significativa o risco para o recémnascido. Pelo contrário, o aumento do nível de glicose materna pode levar a complicações para o bebé, traumatismo de parto, hipoglicémia e icterícia. As mulheres que tiveram diabetes gestacional apresentam um risco acrescido de virem a desenvolver diabetes tipo 2 nos anos seguintes, tal como os seus descendentes.