UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUAL CRITÉRIO DE CUSTO UTILIZAR NA
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA?
Por: Maikon Bruno Cordeiro da Silva Rodrigues
Orientador
Prof. Ms. Marco A. Larosa
Niterói
2007
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUAL CRITÉRIO DE CUSTO UTILIZAR NA
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA?
Apresentação
Candido
de
Mendes
monografia
como
à
requisito
Universidade
parcial
para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Corporativo e Finanças.
Por: Maikon Bruno Cordeiro da Silva Rodrigues
3
AGRADECIMENTOS
Ao
Deus da minha Salvação; Em
especial a minha esposa e aos meus
pais pela total dedicação e apoio; Ao
meu irmão, Márcio pelo incentivo; Aos
meus familiares e amigos de uma forma
geral.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a Deus, minha família, esposa,
ao pessoal do escritório (Cristina,
5
RESUMO
Existem vários fatores que influenciam na formação do preço de
venda, porém o foco desse trabalho está voltado para a formação do preço
através do custo.
A formação dos preços de venda dos produtos ou serviços obedece a
várias técnicas e estratégias; porém, a mais antiga e, portanto, a mais usada é
a formação de preços por meio da apuração dos custos dos produtos e/ou
serviços.
Assim sendo, os métodos de custeio são considerados fontes
gerenciais de extrema importância para a tomada de decisões, para a
obtenção de lucros e para o alcance dos objetivos previamente traçados.
Atualmente, são utilizados pelas empresas quatro métodos para a apuração
dos custos dos produto/serviços: o custeio por absorção, o custeio
direto/variável, o custeio baseado em atividades (ABC) e o custeio meta. O
custeio por absorção define que todos os gastos na produção são
considerados custos, tanto os diretos como os indiretos, fixos ou variáveis. Os
custos indiretos, devido a sua difícil identificação, são alocados aos produtos
por meio de rateio. O custeio por absorção caracteriza-se, principalmente, por
ser o único aceito pelo fisco e por atender aos princípios da contabilidade. O
custeio direto/variável diz que os custos fixos são considerados despesas, não
sendo apropriados para a apuração do custo unitário dos produtos. Somente
os custos que variam com a produção é que compõem a apuração dos custos
dos produtos.
O ABC
identifica os custos por atividades, medindo a
quantidade de recursos dispensados para a realização de tais atividades. No
ABC, ao serem apropriados os custos às atividades, todos os custos ou
despesas são considerados variáveis diante dos direcionadores de custos. O
custeio meta tem por objetivo principal reduzir ao máximo os custos de
fabricação, pois o preço de venda dos produtos é determinado pelo mercado,
portanto, quanto menores os custos, mais competitivo se tornará o produto.
Será abordado a contribuição de cada uma dessas ferramentas na formação
6
do preço e também os pontos fortes e os pontos fracos de cada um desses
métodos.
7
METODOLOGIA
Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros,
após coleta de dados, pesquisa bibliográfica. Foi observado que os custos
influenciam na tomada de decisão de preços, então busquei descrever as
formas de avaliação de custos para o melhor entendimento das empresas para
com isso estabelecer um padrão de melhor aproveitamento.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
09
CAPÍTULO I
METODOS DE CUSTEIO
10
CAPÍTULO II
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
20
CONCLUSÃO
24
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
26
ÍNDICE
27
FOLHA DE AVALIAÇÃO
28
9
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo mostrar algumas ferramentas
importantes para a tomada de decisão das empresas no que diz respeito a
formação do preço de venda, tendo em vista que as empresas que conseguem
elaborar
bem o preço de suas mercadorias ou serviços, terão um maior
volume de venda e conseqüentemente uma melhor posição no mercado.
Serão apresentados quatro métodos de Custeio, são eles: Custeio por
Absorção, Custeio Direto ou Variável, Custeio ABC e o Custo Meta. Para cada
um dos métodos acima citados será apresentada a forma de apuração dos
custos através de cada um deles, também será apresentado os pontos fortes e
os pontos fracos; as características, conceitos, comportamento diante da
legislação, etc.
10
CAPÍTULO I
MÉTODOS DE CUSTEIO
1.1 - Custeio por absorção
O custeio por absorção consiste em que, para se obter os custos dos
produtos, todos os gastos da indústria, fixos ou variáveis, diretos ou indiretos,
são alocados aos produtos.
Conforme podemos observar o que nos descreve o autor abaixo, este
método é o mais aceito pelos contadores e o único aceito pelo fisco, por
atender os princípios e as normas de contabilidade. Também é utilizado pelo
governo como o principal método para apuração do valor dos estoques e dos
custos das mercadorias a fim de apurar o IRPJ da empresa.
“Este tipo de custeio é o único aceito pela Auditoria
Externa, porque atende aos Princípios Contábeis da
Realização
da
Receita,
da
Competência
e
da
Confrontação. Além disso, é único aceito pelo Imposto de
Renda.” (Viceconti e Neves, 1995, p.17)
O custeio por absorção consiste na apropriação de todos os custos de
produção aos produtos elaborados, de forma direta ou indireta por meio de
rateios. No Custeio por absorção os custos indiretos são acoplados aos
produtos por meio de rateio, escolhendo-se um parâmetro, que pode ser, mãode-obra direta, custos totais diretos, materiais direto que é computado ao
produto pelo percentual que representa.
11
O resultado por esse método é influenciado pelo volume de produção e
não acompanha o volume de vendas.
1.1.1 - Apropriação dos custos aos produtos
Vimos nos conceitos que todos os custos são apropriados aos
produtos elaborados, sendo que os custos considerados diretos são
relacionados aos produtos de forma objetiva, enquanto os custos indiretos são
feitos de forma de rateios necessitando da escolha de algum critério para o
mesmo.
Podemos dizer que os custos diretos são alocados diretamente aos
produtos, por isso são facilmente identificados no processo de fabricação. São
representados, praticamente, pela matéria prima, mão-de-obra e energia da
indústria, tornando-se de fácil controle, pois a matéria-prima tem suas
requisições, a mão-de-obra calcula-se pelas horas trabalhadas e a energia
pelo número de horas-máquina trabalhadas no período.
O custeio por absorção utiliza o método de rateio para alocar os custos
indiretos aos produtos. Custos indiretos como aluguéis, seguros, depreciações,
etc., são de difícil alocação aos produtos, portanto, apura-se o total desses
custos, escolhendo-se um parâmetro substancial dos custos diretos, como a
mão-de-obra direta, e com base nesse parâmetro, distribui-se os custos
indiretos.
Muitos autores consideram que os critérios de rateio usados para
distribuir os gastos entre os departamentos nem sempre são objetivos e
podem distorcer os resultados, penalizando alguns produtos em benefício de
outros.
12
1.2 - Custeio variável ou direto
No Custeio Variável, diferente do que foi apresentado no tópico
anterior, somente os custos claramente identificados com os produtos ou
serviços vendidos, chamados de diretos ou variáveis, devem ser apropriados.
Os demais custos relacionados e necessários para a produção, os custos
fixos, são desconsiderados.
O CRC/SP, 6 (1993), define o custeio variável como: “Este método
considera apenas os custos variáveis de produção e comercialização dos
produtos a serviço, sejam eles diretos ou indiretos. Todos os demais gastos
são transferidos para a apuração do resultado como despesas, sem serem
apropriados aos produtos fabricados”.
Então, melhor definindo, o custeio direto ou variável, apropria aos
produtos fabricados todos os custos variáveis, sejam diretos ou indiretos,
deixando os custos fixos, como despesas, indo diretamente ao resultado, e
isso provoca uma diminuição do imposto a pagar, e por isso não é aceito pela
fiscalização.
No Custeio Variável não se utilizam arbitrariedades para apropriar os
custos indiretos aos produtos, considera como custos somente aqueles itens
que variam conforme a produção da empresa.
Como ferramenta gerencial de custos, é mais vantajoso que o custeio
por absorção, por relacionar o custo com a sua produção, evitando
arbitrariedades na alocação dos custos.
Porém não é aceito pela legislação fiscal, pois resulta num imposto de
renda a pagar menor, como já havia sido citado anteriormente, e pelos
13
contadores, por ferir os princípios de competência e o da confrontação, não
sendo aceito para controle de estoque e C.M.V.
O custeio variável pode ser usado internamente na empresa e também
formalizado na contabilidade, desde que no final do período seja feito um
lançamento de ajuste para que fique de acordo com os critérios exigidos pela
legislação.
1.3 - Margem de contribuição
Abaixo, segue conceitos básicos de margem de contribuição segundo
a visão de alguns autores.
Martins (1993, p. 195): É a diferença entre a receita e o custo variável
de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa,
entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem
erros.
Nakagawa (1995): No planejamento do lucro, a gerência precisa
conhecer o preço de venda unitário do produto, o custo unitário variável para
fabricá-lo e vendê-lo e a diferença entre o preço e o custo unitário variável. Isto
é, a gerência precisa conhecer a Margem de Contribuição de cada unidade do
produto.
De acordo com o que foi citado a Margem de Contribuição é a
diferença para maior, entre o preço de venda e as despesas e custos variáveis
referente as unidades vendidas.
Sendo assim podemos afirmar que a fórmula para calcular a Margem
de Contribuição é a seguinte:
MCu = PVu – CVu – DVu
14
Onde:
MCu = Margem de contribuição unitária em R$
PVu = Preço de venda unitário em R$
CVu = Custos variáveis unitários em R$
DVu = Despesas variáveis unitárias em R$
Existe algumas vantagens da Margem de Contribuição, destacamos as
seguintes:
1 Os dados necessários à relação C/V/L, para o planejamento do lucro,
são rapidamente obtidos dos demonstrativos contábeis;
2 Lucro de um período não é afetado pelas variações nas absorções de
despesas fixas e os lucros apresentam as mesmas tendências das
vendas;
3 A gerência encontra maior facilidade e compreensão ao utilizar os
relatórios do custeio direto;
4 Impacto dos custos fixos sobre os lucros é enfatizado, porque a soma
destes territórios do período aparece em destaque no demonstrativo dos
lucros;
5 Os dados sobre o lucro marginal facilitam as avaliações relativas aos
produtos, territórios de vendas, classes de clientes e outros segmentos
de negócios, sem estarem os resultados obscurecidos pela alocação de
custos fixos em conjunto;
6 Apresenta vantagens imediatas quando usado com planos de efetivo
controle de custos, tais como o custo-padrão e orçamentos flexíveis.
As desvantagens também são citadas por alguns autores:
Padoveze (1996, p. 236): O custeamento direto (Margem de
Contribuição) é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas subestima os
15
custos fixos, que são ligados à capacidade de produção e de planejamento de
longo prazo.
Martins (1993): Restrições quanto à aplicação do custeamento
marginal devem ser observadas nas empresas cujos ativos permanecentes
sejam elevados, como é o caso das empresas transportadoras, das que
utilizam tecnologia operacional avançada, etc. Nestas, os custos fixos, por
serem relevantes, devem receber atenção redobrada, principalmente no
aspecto das depreciações.
1.4 - Custeio ABC (custo baseado em atividades)
O ABC é o método de custeio mais moderno existente hoje na área de
custos.
O CRC-SP/8 (1995), descreve Cooper e Kaplan, da Harvard Bussiness
School, como seus primeiros estudiosos, que assim o conceituaram: “... é uma
abordagem que analisa o comportamento dos custos por atividades,
estabelecendo relações entre as atividades e o consumo de recursos...”
Diríamos então que o ABC é o método de custeio que procura
identificar os custos para cada atividade, identificando qual delas consome
maior parte dos recursos disponíveis para a produção.
No ABC, são as atividades que agregam valor aos produtos, que
consomem atividades e estas consomem recursos.
Para Cooper e Kaplan (1991), as empresas usam três métodos para
identificar os custos por meio do ABC:
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1º - Agregar gastos dos recursos destinados a determinadas
atividades. Estes custos são alocados aos produtos de acordo com o número
de vezes que a atividade foi realizada;
2º - Utilizar o tempo dispensado para a realização de cada atividade
na alocação das despesas indiretas aos produtos;
3º - Medir diretamente, usando direcionadores de carga, o consumo
dos recursos destinados a cada ocorrência da atividade.
Leone nos lembra que o sistema ou técnica de custos ideal é aquele
que permite aos usuários das informações auferidas tomarem decisões
acertadas, possibilitando avaliar os desempenhos setoriais da empresa,
controlando seus custos e traçando planos para aperfeiçoar suas técnicas, e
que possa ser implantado com o mínimo de recurso possível.
O ABC, quando operado juntamente com outro sistema de custos,
oferece maiores e melhores qualidades nas informações, podendo trazer
maiores benefícios à empresa, como nos coloca Koehler, 1994.
Assim sendo, o ABC permite tomada de decisões contínuas para o
aperfeiçoamento das atividades de redução dos custos e despesas indiretas,
pois determina os custos das atividades que incidem indiretamente nos
produtos, facilitando, também, a determinação dos custos relevantes.
Cogan (1999, p. 49), salienta: “As estimativas realizadas tornam o ABC
factível e o consagra como poderosa ferramenta de decisões gerenciais”.
Uma das principais desvantagens na aplicação do ABC está na
transformação dos custos fixos em custos variáveis, o que traz graves
conseqüências à determinação do custo do produto.
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O ABC não faz a divisão dos custos e despesas em fixas ou variáveis
ao apropriar estas às atividades, isto é, todos os custos e despesas são
considerados variáveis diante da unidade que direciona os custos.
1.4.1 - Melhores situações para a aplicação do custeio ABC
Segundo nos coloca Leone (1997, p. 265), as melhores situações para
a aplicação do ABC, a fim de obtermos melhores informações gerenciais, são:
a) Quando o montante das despesas e dos custos indireto passa a
ter valor substancial ao montante dos custos de MOD, diante do
custo total de produção;
b) Quando os investimentos em imobilizados são altos, fazendo
com que os custos e despesas indiretas tornen-se quase fixos;
c) Quando se produz grande quantidade de diversos produtos;
d) Quando há facilidade de análise das operações, facilitando a
implantação de novas técnicas que atendam a uma relação
favorável entre custo e benefício;
e) Quando
as
empresas
possuem
sistemas
automatizados,
fornecendo informações tanto no processo produtivo como
também auxilia no controle de consumo dos diversos insumos.
1.5 - Custeio meta
O custeio meta tem início no preço determinado pelo mercado, ou seja,
no preço que o consumidor deseja pagar. É um custo máximo permitido para
o produto, isto é, o custo com o qual se poderá produzir determinado produto
18
até o fim do processo de produção. Com o advento do custeio meta, quebrouse a barreira do pensamento que considerava o custo do produto como fator
principal para a formação do preço de venda.
O custeio meta tem por objetivo planejar o custo dos produtos para um
determinado período. É uma importante ferramenta gerencial para reduzir os
custos de fabricação desde o nascimento do produto até a venda final,
identificando tais custos a fim de decidir se o produto é viável ou não em
relação ao mercado.
O custeio meta tem como principal característica à de indicar fatos
antes que eles aconteçam. Previne insucessos ao determinar se o produto
lançado no mercado, a determinado preço final, alcançará ou não os objetivos
desejados pela empresa.
Se, neste caso, o resultado for negativo, a empresa terá tempo
necessário para projetar o produto para que este se torne rentável, tendo
aceitação necessária para mantê-lo no mercado.
Mesmo com a diversidade das empresas e as diferentes maneiras de
as mesmas desenvolverem e individualizarem sem procedimentos e técnicas
de produção, Samuel Cogam nos apresenta três partes iniciais para o custeio
meta:
1) Novos produtos serão planejados de acordo com a satisfação do
cliente;
2) Determinar o custo meta de acordo com a política da empresa,
tornando-o viável com os custos factícios;
19
3) Atingir o custo meta planejado, usando técnicas de produção de
custos, adotando um sistema de custo padrão.
Assim sendo, primeiro temos que determinar o custo permitido por
meio da diferença do preço de venda planejado e do lucro programado. O
passo seguinte será apurar se o produto pode ser fabricado com o custo
estimado, levando consideração que o preço está diretamente ligado ao
mercado e o quanto os clientes desejam pagar.
20
CAPÍTULO II
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
De acordo com a história, no que se refere à formação de preços de
venda, o mesmo era obtido por meio do acréscimo de uma margem de lucro
aos custos de produção dos produtos. Porém, na atual competitividade
apresentada e devido à concorrência e à diversidade de produtos similiares, o
preço, muitas vezes, é determinado pelo mercado.
A contabilidade de custos observa, contudo, diversas estratégias para
a formação do preço de venda para os produtos e/ou serviços. Dentre elas
destaca-se a formação do preço de venda baseada nos métodos de custos.
2.1 - Formação do preço de venda a partir do custo
Mesmo sabendo-se que o indicador básico para o emprego de tal
técnica baseia-se no preço que o mercado está disposto a aceitar pelos
produtos oferecidos, e que estes preços são calculados por meio dos custos
reais orçados para a fabricação destes produtos, tal cálculo torna-se
necessário para apurar-se um padrão inicial, que servirá como ponto de partida
para futuras análises comparativas entre cotação de preços.
Conforme nos informa Padoveze (1996, p. 280), diversas situações
sugerem a formação de preços por meio dos custos de produção, como por
exemplo:
a) Introdução de novos produtos no mercado;
b) Análise e acompanhamento constantes do custo e dos preços
dos atuais produtos;
21
c) Surgimento de novos negócios;
d) Pedidos especiais;
e) Produtos por encomendas;
f) Análise de preços de produtos concorrentes, etc.
2.2 - Formação do preço de venda a partir do custeio por
absorção
Consiste numa das técnicas mais utilizadas pelas empresas, devido à
simplicidade com que é aplicado e a facilidade de ser usado. Basicamente,
aplicam-se os custos industriais por produto, acrescentando as despesas
administrativas, financeiras e comerciais, adicionando-se a margem de lucro
desejada.
2.3 - Formação do preço de venda a partir do custeio direto ou
variável
Neste critério, toma-se por base para a formação do preço de venda os
custos diretos ou variáveis, ao contrário do que foi visto anteriormente (que
usava tanto os custos diretos quanto os indiretos), juntamente com as
despesas variáveis identificadas aos produtos.
A margem de lucro a ser aplicada após a identificação dos custos
diretos/variáveis e das despesas deverá cobrir também, os custos e despesas
fixos que não foram alocados aos produtos na sua fabricação.
22
Este critério torna-se importante na formação dos preços de venda
porque por meio dele pode-se identificar a margem de contribuição que cada
produto oferece à empresa.
2.4 - Formação do preço de venda a partir do custeio ABC
Assim como no custeio por absorção, também no ABC os custos fixos
criam problemas na alocação aos produtos, tanto quanto a variação nos
volumes de produção. Todavia, a sistemática de apuração do preço de venda
dos produtos e/ou serviços é quase a mesma para ambos, ou seja, conhecido
o custo unitário de um produto, acrescido das despesas globais do mesmo,
determina-se o preço de venda adicionando-se a margem de lucro desejada,
por unidade.
Porém, este raciocínio só teria validade se a empresa fabricasse um
produto sem concorrência, ou se o preço do mesmo fosse controlado pelo
governo. Outro fator de grande relevância para a não utilização do método do
Custeio Baseado em Atividades, neste caso em estudo, é que o referido
método é de grande recomendação e aplicabilidade apenas nas grandes
empresas, as quais possuem sistemas de informações completos, em
departamentos bem organizados, facilitando a obtenção das informações
necessárias e a perfeita alocação dos custos às atividades.
2.5 - Formação do preço de venda a partir do custeio meta
Partindo-se do pressuposto de que quem determina o preço de venda
dos produtos é o mercado, este critério torna-se, na verdade, o inverso da
formação do preço de venda até aqui exposto. Assim sendo, é fato afirmar a
não necessidade da apuração dos custos, pois se o preço que o mercado está
disposto a pagar é o máximo que a empresa pode atribuir ao seu produto, a
mesma terá que deduzir uma margem mínima de lucro sobre o produto,
tentando reduzir ao máximo seus custos para, então, a partir da obtenção de
23
tais dados, verificar se é possível produzir, com qualidade suficiente para
encarar a concorrência do mercado, obtendo o lucro desejado.
Nakagawa (1991, p. 48) citado por Padoveze (1997, p.296),
exemplifica:
Preço de Venda no Mercado
100,00
(-) Margem de Lucro Desejada
(10,00)
Custo Meta
90,00
24
CONCLUSÃO
Diante do atual mercado e das fortes concorrências, as empresas
devem estar atentas na hora de formar seu preço, para que consigam manter a
rentabilidade de seus produtos e também para que consigam torna-los mais
competitivo.
Em cada um dos métodos estudados podemos mostrar uma qualidade.
O Custeio por Absorção é muito vantajoso porque a sua implantação é
fácil, e é aceito pela legislação. O Custeio Direto ou Variável é muito utilizado
nas funções gerenciais como instrumento de tomada de decisão. O Custeio
ABC auxilia a formação do preço em um mercado monopolista, porém no
mercado competitivo ele é falho, principalmente nas empresas de pequeno
porte. Ao contrario do Custeio ABC, o Custeio Meta seria indicado para um
mercado mais competitivo onde o fator concorrência é mais evidente.
Porém ao estudarmos cada um dos métodos apresentados, chegamos
a conclusão de que não podemos afirmar que exista um único método de
custeio que seja melhor na formação do preço, pelo contrário, todos os
métodos são de grande importância na para a formação do preço.
Chegamos a essa conclusão porque ao longo do trabalho verificamos
que o custo não é o único fator que influencia o preço, existem outros fatores
que são de grande relevância na formação do preço de uma empresa. Como
exemplo poderíamos citar a região onde a empresa está instalada, a
concorrência, o tipo de mercado o próprio cliente, etc. Esses exemplos
demonstram que o preço também sofre muita influencia externa.
Com isso concluímos que existem muitas ferramentas importantes
para a formação do preço, só temos que ter o cuidado de usa-las no tempo
25
certo, e no momento certo, para que consigamos explora-las em um todo o seu
potencial.
26
BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS
___________. Curso sobre Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 1993.
___________. Curso sobre Contabilidade de Custos. São Paulo : Atlas, 1992.
COGAN, Samuel. Custos e Preços: Formação e Análise. São Paulo: Pioneira,
1999
LEONE, Georg Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de custos. São
Paulo : Atlas,1997.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo : Atlas. 1998.
NAKAGAWA, Masayuki. Gestão Estratégica de Custos. São Paulo : Atlas,
2003.
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade Gerencial. São Paulo : Atlas, 1997.
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez; NEVES, Silvério das. Contabilidade de
Custos. 4 ed. São Paulo : Frase. 1995.
27
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
02
AGRADECIMENTO
03
DEDICATÓRIA
04
RESUMO
05
METODOLOGIA
07
SUMÁRIO
08
INTRODUÇÃO
09
CAPÍTULO I
METODOS DE CUSTEIO
10
1.1 - Custeio por absorção
10
1.1.1 - Apropriação dos custos aos produtos
11
1.2 - Custeio variável ou direto
12
1.3 - Margem de contribuição
13
1.4 - Custeio ABC (custo baseado em atividades)
15
1.4.1 - Melhores situações para a aplicação do custeio ABC
1.5 - Custeio meta
17
17
CAPÍTULO II
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
20
2.1 - Formação do preço de venda a partir do custo
20
2.2 - Formação do preço de venda a partir do custeio por absorção
21
2.3 - Formação do preço de venda a partir do custeio direto ou variável
21
2.4 - Formação do preço de venda a partir do custeio ABC
22
2.5 - Formação do preço de venda a partir do custeio meta
22
CONCLUSÃO
24
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
26
ÍNDICE
27
FOLHA DE AVALIAÇÃO
28
28
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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