Famílias e futuro (s)
• Estruturas e dinâmicas
• Por: Rolando Lalanda Gonçalves
1. As origens da família
1.1. O «começo»
• No «começo» não havia relações entre os seres humanos : o elemento líquido
dominava. A existência era substância material. O Homem era “projecto”.
• No «começo» da existência humana a relação entre os géneros foi
questionada nos mitos que a Cultura nos legou:
Génesis
- A igualdade: Génesis 1:27-8: #E Deus criou o homem à
sua imagem e semelhança , à imagem de Deus ele o criou. Deus benzeu-os
e disse-lles sejam fecundos e multipliquem-se, encham a terra e
submetam-na”“
- A diferença: Génesis 2:18 Deus declara “ Não é bom que o
homem esteja só. Tenho que lhe arranjar uma ajuda que se lhe adeqúe “
de Adão
-A dominação: a história da mulher criada a partir da costela
1. As origens da família
• 1.2. O «homem» e a “mulher”
Em todas as sociedades na interacção social constroemse “representações sociais do masculino e do feminino
associadas a dominâncias das práticas e acções
caracterizadoras do ser “Homem”. A ontologia social do
“ser homem” e do “ser mulher” é diferencial no contexto
no sistema de relações sociais
1. As origens da família
• 1.3. A «construção familiar» ocidental
As estruturas familiares nas diferentes sociedades resultam de processos
civilizacionais com milhares e milhares de anos de consolidação e de
aprendizagem social “instituindo” processos dominantes que exercem uma
coacção sobre os indivíduos. O grau de variabilidade é reduzido. mesmo no
contexto mundial, l e ainda é mais reduzido nas dimensões mais
localizadas. Assim podemos falar hoje de uma estrutura familiar “ocidental”
Segundo Sampaio e Gameiro (1985,11-12) a família define-se como “um
sistema, um conjunto de elementos ligados por um conjunto de relações,
em contínua relação com o exterior, que mantém o seu equilíbrio ao longo
de um processo de desenvolvimento percorrido através de estádios de
evolução diversificados” (Citado por Alarcão, Madalena 2002:39)
2. Factos da “família ocidental”
2.1. Casamento e união de facto
2.1.1. O «casamento»
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Nos EUA a taxa de nupcialidade registada tem sofrido uma quebra
constante e de 1970 a 1997 baixou de 76,5 para 50 por mil (nº de
casamentos por mil mulheres não casadas).
Nos EUA as famílias encabeçadas por casais casados ao longo
da segunda metade da década de 90 representava apenas
metade, ou menos de metade dos lares americanos
A idade média aquando do primeiro casamento nos EUA cifravase em 20,8 e 23,2 de idade respectivamente para a população
masculina e feminina.
Em Portugal o número de casamentos continua a diminuir
realizando-se em idades cada vez mais elevadas. A opção pela
modalidade exclusivamente civil tende a aumentar (de 37% em
2002 para 40% em 2003), em detrimento dos casamentos
católicos.
2. Factos da “família ocidental”
• 2.1.2. A união de facto
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Nos EUA a coabitação ao longo das quatro décadas subiu
em termos significativos. O número de lares em regime de
coabitação subiu de 439000 em 1960 para 4,24 milhões em
1998.
A coabitação pode também ser vista como um regime
alternativo ao casamento mas também como um arranjo
prévio àquele
2. Factos da “família ocidental”
2.2. Dinâmicas e tensões
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O amor
A disputa
A tensão (atenção!)
2. Factos da “família ocidental”
2.3. A procriação: a natalidade e a fecundidade
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De acordo com os dados mais recentes, cerca de um terço
de todos os nascimentos registados nos EUA ocorrem fora
do casamento. Em 1960 o número de nascimentos fora do
casamento era 22300.Em 1999 esse número foi mais de
1,3 milhões . Assim a percentagem subiu de 5,3% para
33%.
Cumulativamente, sabe-se que, desde 1960, se registaram,
nos EUA, mais de 28 milhões de nascimentos fora do
casamento. Estes números traduzem um crescimento de
523% da respectiva taxa entre 1960 e 1999.
Em Portugal a idade da mulher ao nascimento dos filhos
continua a aumentar, situando-se em 2003 nos 27,4 anos
no que se refere ao primeiro filho e nos 29,2 ao nascimento
de um filho
2. Factos da “família ocidental”
2.4. Dissolução do casamento e novas estruturas
2.4.1. O divórcio
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Nos EUA tal como a idade o primeiro casamento o divórcio
registou uma subida acentuada durante as décadas de 70 e 80,
tendo estabilizado na última década.
Entre 1960 e 1997 a taxa de divórcios, nos EUA, passou para
mais do dobro- crescendo de 9,2 para 19,8 divórcios por cada mil
mulheres casadas enquanto que a taxa de nupcialidade decresceu
quase um terço., Actualmente quase 1 em cada 10 adultos (9,8%)
é divorciado o que representa um aumento de mais de três vezes
face aos níveis de 1970(3,2%)
O número de crianças envolvidas em divórcios em 1960 era de
463000 este número cresceu para 1,05 milhões em 1995
2. Factos da “família ocidental”
2.4.2. Divorcialidade e factores sociais
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Exigência psicosociológica
Individualização
Violência e denegação
2. Factos da “família ocidental”
2.4.3. A dimensão psicossociológica do divórcio
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Re (agir)
Re (compor)
Re (nascer)
2. Factos da “família ocidental”
2.4.4. O casamento e estruturas familiares
2.4.1. As estruturas familiares
Segundo o INE mais de metade das famílias portuguesas são constituídas
por duas ou três pessoas representando em 2003 53,8% do total das
famílias
Ainda segundo o INE as famílias com filhos representavam 58,9% do total
evidenciando um decréscimo face ao ano anterior, situação que se
enquadra na tendência verificada desde 1998. Apenas as famílias só com
um filho aumentaram a proporção passando a representar 31,6%
Assim em 2003 a distribuição das famílias segundo a dimensão em
Portugal era a seguinte:
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Famílias com 1 pessoa= 16,2%
Famílias com 2 pessoas= 27,2%
Famílias com 3 pessoas = 26,6%
Famílias com 4 pessoas =6,1%
Famílias com 6 e mais pessoas= 3%
2. Factos da “família ocidental”
2.4.5. Fases e ciclos
• 1ª fase (casal sem filhos)
• 2ª fase (casal com filhos até 18 anos)
• 3ª fase (casal sem filhos em casa)
2. Factos da família “ocidental”
2.5. Convivialidade (s)
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Abertura
Contracção
Restrição
Rarefacção
Factos da família «ocidental»
2.6. Intimidade (s) post moderna
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O casal
O (s) filho (s)
O casal e o (s) filho (s)
A nova domesticidade
Factos da família «ocidental»
• 2.7 Família e rendimento
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O facto de muitos daqueles que caem em situação de
pobreza terem vivido alterações do estatuto familiar (
nascimento de filhos fora do casamento,
monoparentalidade) parece apontar para uma relação
próxima entre estrutura familiar e situação de pobreza.
Em 1986 nos EUA cerca de 3,47 milhões de famílias pobres
eram famílias monoparentais matriacais
Destes 3,47 milhões mais de metade (55%) resultam de
divórcios ou separações; mais de um quarto (26%) resultam
de situações de viuvez e 18% nunca casaram.
Nos EUA 93,3% das famílias biparentais estavam acima do
limiar oficial de pobreza
Factos da família «ocidental»
• 2.8 Família e rendimento em Portugal
Segundo Rui Branco e Cristina Gonçalves relativamente à
incidência da pobreza é exactamente nos agregados com
maior número de elementos, nomeadamente entre 7 e 10
que os pobres atingem valores mais acentuados .
Nos agregados constituídos por um ou dois elementos os
índices atingem igualmente valores relativos mais elevados
sobretudo no tipo de pobreza monetário. Uma boa parte
destes agregados respeitam provavelmente a famílias
unipessoais e monoparentais, já consideradas noutros
estudos como um dos grupos mais vulneráveis à pobreza.
3. Prospectiva e futuro (s)
familiares
3.1. Políticas Públicas presentes
• Rendimento
• Exclusão
• Natalidade
3. Prospectiva e futuro (s)
familiares
3.2. Políticas públicas de «nova geração»
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Parceria
Espaços/tempos
Fiscalidade
4. Família e futuro(s)
4.1.- Cenário «...deixa
estar...»
4.2.-Cenário «posso agir...”
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