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Retiro de Jovens e Adolescentes _________________________________________________________________________
TOMANDO POSIÇÃO
RELAÇÃO AO SEXO E AO NAMORO
EM
A VISÃO DE DEUS SOBRE O SEXO
Sexo é algo ruim? Não, o sexo em si não é sujo e nem errado. Deus criou-nos seres sexuais – masculinos
e femininos. Nosso gênero é determinado no momento da concepção, e quando nascemos nossa anatomia sexual já
está completa. Deus não condena o sexo, afinal foi criação dEle.
“Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por
modo assombrosamente maravilhoso me formaste” (Sl 139.13,14)
“Pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graça, nada é recusável, porque pela
palavra de Deus, e pela oração, tudo é santificado” (1 Tm 4.4,5).
Desde o início Deus tinha um plano perfeito para o casamento:
"Por isso deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2:24).
Unir significa estar colado um no outro. Quando duas pessoas se tornam uma só carne, ocorre uma
ligação incrível.
QUAL O PROBLEMA ENTÃO?
Deus não condena o sexo; o que Ele condena é o sexo fora do contexto apropriado. Deus criou o sexo
para o nosso prazer. Contudo a Bíblia condena a imoralidade sexual.
Temos as seguintes relações:
·
Esposo e Esposa Þ
Jesus e a Igreja
Uma só carne
Þ
Um só corpo
A infidelidade e o pecado sexual vão contra o plano de Deus no tocante à pureza no casamento.
Quando alguém se envolve sexualmente com outra pessoa que não seja o cônjuge, quer física ou
mentalmente, está rompendo o compromisso estabelecido pelo plano de Deus. A imagem de sermos um
com nosso cônjuge fica manchada.
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio; bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará
os impuros e adúlteros”(Hb 13.4).
·
Quando cometemos um pecado sexual alteramos a imagem da aliança de Deus com seu povo, da qual o
casamento é uma figura. Cada pecado sexual que um filho de Deus comete mancha um pouco esta
imagem.
SEXO ANTES DO CASAMENTO
Para o mundo de hoje é algo muito natural. O mundo valoriza a atração sexual e a idéia de ter
compatibilidade com o parceiro. Mas o sexo pré-conjugal não é a forma estabelecida por Deus para escolha do
futuro cônjuge.
A aparência e a atração sexual talvez façam parte do que nos atrai para determinada pessoa. Contudo
nenhum desses dois elementos pode manter o casal unido.
Guaratuba ________________________________________________________________________abrilmaio/2000
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FANTASIAS
Muitos consideram as fantasias sexuais um prazer pessoal que não prejudica ninguém. Mas Deus quer que
nos abstenhamos delas porque:
·
Quando Jesus ensina sobre adultério, deixa claro que a imoralidade sexual, na mente, tem o mesmo
peso da imoralidade sexual física.
“Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma
mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela.” (Mt 5.27,28);
·
A imoralidade sexual na mente pode levar-nos ao ato.
“... cada um é tentado pela própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de Ter
concedido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1.14,15).
Talvez achemos que nosso segredo está bem guardado, mas “a boca fala do que está cheio o coração”
(Mt 12.34). Aquilo que semeamos e alimentamos no coração, eventualmente nos levará à ação.
·
A fantasia sexual nos leva a ver o sexo como algo impessoal e a desvalorizar as pessoas.
PORTANTO...
Devemos nos posicionar de acordo com o que Deus diz a respeito do sexo e aguardar nEle.
“Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade. Agrada-te do
Senhor, e ele satisfará aos desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia
nEle, e o mais Ele fará” (Sl 37.3-5).
Lembremos que é na mente que todo o processo começa. Sendo assim devemos levar “todo entendimento à
obediência de Cristo” (2 Co 10:5), porque “embora andando na carne não militamos segundo a carne” (2 Co 10.3).
Deus fica muito alegre quando encontra homens e mulheres no Corpo de Cristo que tomam a decisão de
andar ao seu lado.
Quando detestamos o pecado, não queremos ter parte com ele. A santidade e a obediência andam de mãos
dadas. A obediência é a maior manifestação da santidade e do nosso amor por Jesus.
“De tudo o que se tem ouvido, o resumo é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto
é o dever de todo homem.” (Ec. 12.13)
NAMORO?
Guaratuba ________________________________________________________________________abrilmaio/2000
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Não encontramos na Bíblia nenhuma base para o chamado “namoro”, que, em nossa sociedade, se tornou o
padrão de conduta para iniciar o relacionamento de um rapaz com uma moça. Os caminhos de Deus, como
encontramos nas Escrituras, são muito diferentes. Não são os caminhos do mundo com padrões mais elevados. Os
caminhos de Deus têm uma natureza diferente, outra essência.
PROBLEMAS DO NAMORO
·
É originado pela atração sexual, pela aparência física, pelo corpo. Exemplo de Sansão:
“Desceu Sansão a Timnate; e vendo em Timnate uma mulher das filhas dos filisteus, subiu, e
declarou-o a seu pai e a sua mãe, dizendo: Vi uma mulher em Timnate, das filhas dos filisteus; agora
pois, tomai-ma por mulher” (Jz 14.1-2);
·
Para muitos é como uma licença para certa permissividade física, o que resultará em defraudação de
um para com o outro:
“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da comcupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus; ninguém iluda ou defraude nisso a seu
irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação” (1Te 4.3-7);
“A posse antecipada de uma herança, no fim não será abençoada” (Pv 20.21);
·
Está enraizado no egoísmo, na auto-satisfação.
“Responderam-lhe, porém, seu pai e sua mãe: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus
irmãos, nem entre todo o nosso povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles
incircuncisos? Disse, porém, Sansão a seu pai: Toma esta para mim, porque ela muito me agrada”
(Jz 14. 3);
·
Não há objetivo a longo prazo. O amor romântico não olha para o futuro. Sansão é um exemplo de
pessoa que teve vários relacionamentos fugazes, que vieram a destruí-lo. Esse tipo de “amor” não é
apenas cego. É surdo, mudo e burro.
·
Todo envolvimento sentimental e/ou físico provoca uma ligação de corações, que, quando rompido, traz
dano às nossas emoções. É como tentar descolar duas folhas de papel: sempre ficarão marcas desses
relacionamentos. A alma então, para se proteger, procura outro relacionamento, e assim, o problema
vai se tornado cada vez maior. Resultado: após vários relacionamentos afetivos não teremos mais o
coração inteiro para oferecer ao cônjuge que Deus um dia nos dará. Amar é algo muito sério e nosso
coração não é brinquedo. Muitos terão bloqueios na vida de casados provocados por pecados
decorrentes de namoros anteriores.
Podemos então dizer que o namoro não é preparação para o
casamento, mas para o divórcio.
·
Nossos corpos não são nossos. São para o Senhor e o Senhor para eles.
“Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém aniquilará, tanto
um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, mas para o Senhor, e o Senhor
para o corpo... Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como
foi dito, os dois serão uma só carne. Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele. Fugi da
prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui
peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo,
que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque
fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo” (1Co 6.13,16-20).
·
Além disso, estamos reservados para aqueles que serão nossos cônjuges:
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“A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte
o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher” (1 Co 7.4);
“Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas. O coração
do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias
da sua vida” ( Pv 31.10-12).
Os solteiros não estão disponíveis para qualquer um, mas reservados para aqueles que Deus trará.
Temos que procurar estar puros não apenas sexualmente, mas também emocionalmente, para nossos
futuros cônjuges. Se nos preservarmos, certamente estaremos nos preparando para um casamento
sadio e abençoado. Se não formos fiéis nesse princípio de Deus poderemos colher sérias
conseqüências.
O PADRÃO DE DEUS
·
O relacionamento de jovens cristãos, especialmente dos adolescentes, deve ser livre de interesses de
namoro. Rapazes e moças devem procurar desenvolver uma grande amizade, com toda liberdade e
pureza, como irmãos que, de fato, são:
“Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos; às
mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza” (1Tm 5.2).
Essa é a hora de se conhecerem bem e de se exercitarem na comunhão, no estudo da Palavra e no
serviço da Casa de Deus.
“Pois quero que estejais livres de cuidado. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, em como
há de agradar ao Senhor” (1Co 7.32);
Os sentimentos que possam surgir entre eles devem ser guardados no coração para o momento certo.
Em Co 13 vemos que o amor não busca seus próprios interesses, tudo crê, tudo espera.
“Conjuro-vos, ó filhos de Jerusalém, pelas gazelas e
desperteis o amor, até que ele o queira “ (Ct 3.5);
·
cervas do
campo,
que não acordeis, nem
O aprofundamento do relacionamento sentimental entre um rapaz e uma moça deverá sempre ter em
vista um compromisso de casamento. Sendo assim, somente deverá ser iniciado quando já se
conhecerem bem e houver condições mínimas para que o casamento possa ser concretizado. É
conveniente que esse período de comprometimento mútuo seja o mais breve possível, para evitar longo
tempo de aproximação, e o conseqüente “abrasamento”:
“Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (1Co 7.9).
O termo bíblico para esse relacionamento é “desposamento”, ou seja, compromisso de casamento:
“Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a
uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era
Maria” (Lc 1.27);
·
Primeiro a comunhão espiritual; depois a comunhão intelectual, a emocional; a comunhão física apenas
para depois do casamento;
·
Todo o processo deve estar em absoluto acordo com a orientação dos pais/mães, especialmente dos
pais. O padrão bíblico sempre aponta a figura paterna como elemento chave no casamento de seus
filhos. Eles devem participar de todo o processo. Os jovens cristãos devem compartilhar com seus
pais até mesmo dos sentimentos preliminares que venham a surgir em seus corações.
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1 - Seguindo a Cristo