UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA
Gisele dos Santos Toledo Alves
FRUTO OU FRUTA? UMA PROPOSTA DO ENSINO DE
BOTÂNICA PARA DOCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL –
CICLO II
São José dos Campos, SP.
2014
Universidade do Vale do Paraíba
Faculdade de Educação e Artes
Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas
Gisele dos Santos Toledo Alves
Fruto ou Fruta? Uma proposta do ensino de botânica para docentes
do Ensino Fundamental – Ciclo II
Relatório final apresentado como
parte das exigências da disciplina
Trabalho de Conclusão de Curso à
Banca Avaliadora do Curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas
da Faculdade de Educação e Artes
da Universidade do Vale do Paraíba.
Orientadora: Prof.ª. Drª. Walderez
Moreira Joaquim
São José dos Campos, SP.
2014
Universidade do Vale do Paraíba
Faculdade de Educação e Artes
Curso Licenciatura Plena em Ciências Biológicas
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Fruto ou Fruta? Uma proposta do ensino de botânica para docentes
do Ensino Fundamental – Ciclo II
Gisele dos Santos Toledo Alves
Orientadora: Prof.ª. Drª. Walderez Moreira Joaquim
Banca Examinadora:
Prof. Msc. Antonio Carlos Prianti
Prof.ª Dra. Desiré Spada dos Santos Frangioni
Prof.ª Dra. Nádia Maria Rodrigues de Campos Velho
Nota do Trabalho...............................(................................)
São José dos Campos, SP.
2014
DEDICATÓRIA
“Dedico este trabalho ao meu esposo Paulo
Aves, meus filhos Emilli, Eros e Hermione e
aos meus pais Adélio e Marillac, por sempre
estarem ao meu lado e entenderam minha
ausência”
São José dos Campos, SP.
2014
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ser essencial em minha vida e me dar forças
e perseverança para a conclusão desta monografia.
Agradeço também ao meu esposo Paulo Alves, pela confiança, por estar sempre
presente me dando segurança e certeza de que não estou sozinha nesta
caminhada, pelo cuidado e dedicação que de forma carinhosa me ajudou nos
momentos de dificuldades.
Aos meus filhos, Emilli, Eros e Hermione, que de maneira especial iluminaram
meus pensamentos me levando a buscar mais conhecimento e por entenderem
minha ausência em momentos importantes de suas vidas.
Aos meus pais, Adélio e Marillac, que com muito carinho não mediram esforços
para que eu chegasse até esta etapa da minha vida.
Agradeço а minha orientadora Prof.ª Drª. Walderez Moreira Joaquim, pela
paciência, dedicação, carinho e por me ajudar muito na conclusão deste
trabalho.
A minha melhor amiga Michele Nunes Maciel, agradeço por me ouvir, me
aconselhar, rir e chorar comigo e a seu esposo Danilo Maciel, pelo apoio e
carinho e a essa nova amizade que renderá bons “frutos”.
Aos meus amigos da faculdade Francisco, Idebil, Neila, Leandro, Eleonora e
Tatiane pela companhia nestes quatro anos.
A todos os professores do curso, qυе foram tão importantes na minha vida
acadêmica.
Aos funcionários da Unidade Aquarius/UNIVAP, em especial a Marilene, Irineu,
Valdirene, Lilia e Simone sempre nos tratando com muito carinho, dedicação e
sempre prestativos em resolver os nossos problemas.
Por fim gostaria de agradecer novamente a Deus, por ter colocado pessoas tão
especiais nessa jornada e por sempre abençoar e iluminar o meu caminho.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Botão flora do maracujá. ..............................................................22
Figura 2 – Botão floral do maracujá se abrindo... .........................................22
Figura 3 – Flor do maracujá parcialmente aberta. ........................................22
Figura 4 – Flor do maracujá aberta ...............................................................22
Figura 5 – Flor do maracujá murcha .............................................................23
Figura 6 – Ovário da flor do maracujá em desenvolvimento .........................23
Figura 7 – Ovário da flor do maracujá desenvolvido .....................................24
Figura 8 – Fruto maracujá..............................................................................24
Figura 9 – For do quiabo fechada. ................................................................24
Figura 10 – Ovário da flor do quiabo em desenvolvimento ...........................24
Figura 11 – Ovário da flor do quiabo já desenvolvido ...................................24
Figura 12 – Fruto quiabo................................................................................24
Figura 13 – Fruto simples tipo baga goiaba...................................................25
Figura 14 – Fruto simples tipo baga mamão..................................................25
Figura 15 – Fruto simples tipo drupa pêssego...............................................25
Figura 16 – Fruto simples tipo drupa abacate................................................25
Figura 17 – Fruto seco deiscente vagem ......................................................26
Figura 18 – Fruto seco deiscente quiabo ......................................................26
Figura 19 – Fruto seco indeiscente milho. .....................................................26
Figura 20- Fruto seco indeiscente girassol.....................................................26
Figura 21- Fruto composto amora...................................................................27
Figura 22- Fruto composto amora...................................................................27
Figura 23- Fruto composto amora...................................................................27
Figura 24- Fruto composto abacaxi.................................................................28
Figura 25- Fruto composto abacaxi.................................................................28
Figura 26- Fruto múltiplo morango..................................................................28
Figura 27- Fruto múltiplo ................................................................................28
Figura 28- Pseudofruto maçã..........................................................................29
Figura 29- Pseudofruto pera............................................................................29
Figura 30- Fruto partenocárpico banana..........................................................29
Figura 31- Fruto partenocárpico banana............ .............................................29
Figura 32- Picão .............................................................................................30
Figura 33- Alecrim de vassoura .......................................................................30
Figura 34- Capa do manual do professor.........................................................31
Figura 35- Dicas para o professor....................................................................31
Figura 36- Conceitos sobre frutos...................................................................31
Figura 37- Atividade prática..............................................................................31
Figura 38- Atividades sobre a origem do fruto..................................................32
Figura 39- Observação da origem do fruto.......................................................32
Figura 40- Observação da origem do fruto.......................................................32
Figura 41- Atividades proposta saída de campo..............................................33
Figura 42- atividade de classificação do fruto..................................................33
Figura 43- proposta de Situações problemas...................................................33
RESUMO
O ensino de ciências da natureza mesmo oportunizando a utilização de diversas
estratégias, de modo geral é ministrado de forma tradicional e desvinculado do
cotidiano do aluno, no qual diversas nomenclaturas, conceitos são meramente
memorizados, não promovendo a construção de conhecimentos pelo aluno. O
mesmo ocorre no ensino de botânica, onde se constata além do desinteresse do
aluno pelos conteúdos abordados, a falta e metodologia do docente para que o
ensino-aprendizagem da botânica seja estimulante, dinâmico e significativo para
os alunos do Ensino Fundamental. A utilização de atividades práticas propicia a
construção do conhecimento, pois a partir da observação, levantamento de
hipóteses, discussões, o aluno constrói e resignifica seu conhecimento,
entretanto no tocante às atividades práticas de botânica parece haver um
desconhecimento por parte do docente e as mesmas estão pouco presente nos
livros didáticos.
Desta forma, é apresentada no presente estudo uma proposta a fim de contribuir
com a prática do docente do ensino fundamental para o ensino-aprendizagem
do conteúdo fruto utilizando estratégias associadas ao cotidiano do aluno, e a
partir das atividades fazer com que o aluno perceba que não há diferenças entre
fruto e fruta.
Palavras-chave: Fruto, Ensino de Ciências\ Botânica, Ensino Fundamental
ABSTRAT
The teaching of natural Science even enabling the use of different strategies is
generally taught in traditional and unlinked from the everyday of the pupil, in
which several nomenclatures, concepts are merely stored, not promoting the
construction of knowledge by the student. The same occurs in teaching Botany,
where it turns out beyond the disinterest of the student by content, lack and
teaching methodology for the teaching and learning of Botany is stimulating,
dynamic and meaningful for the elementary students. The use of practical
activities promotes knowledge construction, because from observation, survey
analysis, discussions, the pupil constructs and resinifica his knowledge, however
with regard to the practical activities of Botany there seems to be a
misunderstanding on the part of the teaching staff and the same are little present
in textbooks, thus, is presented in this study a proposal in order to contribute to
the teaching practice of elementary school to the teaching and learning of
contents fruit using strategies associated with the student's everyday life, and
from the activities cause the student realize that there are no differences between
fruit and fruit.
Keywords: Fruit, Science Teaching \ Botany, Elementary Education
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................12
1.2.
O ensino de Ciências Naturais...........................................................13
1.3.
Como ensinar Ciências.......................................................................13
1.4.
A importância da atividade prática no ensino de Ciências..................15
1.5.
O ensino de Botânica..........................................................................16
1.6.
Fruto....................................................................................................17
2. OBJETIVO.................................................................................................. 19
2.1.
Objetivos específicos..........................................................................19
3. METODOLOGIA..........................................................................................19
3.1. A escolha do fruto.................................................................................20
3.2. Testando o experimento......................................................................21
3.3. Procedimento didático..........................................................................21
3.4. Introdução do manual...........................................................................22
4. RESULTADOS ...........................................................................................22
5. DISCUSSÃO...... ........................................................................................35
6. CONCLUSÃO.............................................................................................38
7. REFERÊNCIAS ..........................................................................................39
8. ANEXO........................................................................................................42
11
1. INTRODUÇÃO
O ensino de ciências da natureza mesmo oportunizando a utilização de
diversas estratégias, de modo geral é ministrado de forma tradicional e
desvinculado do cotidiano do aluno, no qual diversas nomenclaturas, conceitos
são meramente memorizados, não promovendo a construção de conhecimentos
pelo aluno. O mesmo ocorre no ensino de botânica, onde se constata além do
desinteresse do aluno pelos conteúdos abordados, a falta e metodologia do
docente para que o ensino-aprendizagem da botânica seja estimulante, dinâmico
e significativo para os alunos do Ensino Fundamental. A utilização de atividades
práticas propicia a construção do conhecimento, pois a partir da observação,
levantamento de hipóteses, discussões, o aluno constrói e resinifica seu
conhecimento, entretanto no tocante às atividades práticas de botânica parece
haver um desconhecimento por parte do docente e as mesmas estão pouco
presente nos livros didáticos, desta forma, é apresentada no presente estudo
uma proposta a fim de contribuir com a prática do docente do ensino fundamental
para o ensino-aprendizagem do conteúdo fruto utilizando estratégias associadas
ao cotidiano do aluno, e a partir das atividades fazer com que o aluno perceba
que não há diferenças entre fruto e fruta.
12
1.1.
O ensino de Ciências da Natureza
O ensino tradicional de ciências da natureza privilegia o conteúdo de forma
que aos professores cabe a mera transmissão do conhecimento cientifico,
enquanto aos alunos cabia a repetição destas informações e a qualidade de
ensino é determinada pela quantidade de conteúdos oferecidos com um caráter
enciclopédico, o que se estuda quase não tem relação com as demais disciplinas
e com o cotidiano do aluno (TEIXEIRA, 2003)
Quando o ensino de ciências se resume a preparar o aluno para avaliações,
o ensino não ganha significado e isto torna o conteúdo muito distante do aluno,
este método é bastante conteudista exigindo apenas memorização de grande
quantidade de informação pelo aluno (LONGHINI, 2008).
Dessa maneira, verifica-se que a metodologia empregada no ensino de ciências
por alguns docentes, não é eficiente na construção de conceitos. (CAMPOS,
2009).
Para Pedaccini (2007), a escola deve abordar o ensino de ciências de modo
interdisciplinar, partindo do pressuposto de que a finalidade da escola é formar
o aluno na sua globalidade. Essa formação envolve diferentes âmbitos do
indivíduo, considerando-o agente e sujeito de seu processo de aprendizagem
1.2.
Como ensinar ciências
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 2001), a
construção do conhecimento de conteúdos de ciências pelo aluno é feita a partir
da observação, levantamento de hipóteses, questionamentos e discussões.
O papel do professor é mostrar ao aluno que a ciência está presente no seu
cotidiano, e a partir da curiosidade dos alunos, propor situações em o aluno
tenha
procedimentos
de
observação,
levantamento
de
hipóteses,
13
questionamentos, que irão promover a construção do conhecimento científico
(BIZZO, 1998).
“O ensino de ciências deve proporcionar a todos
estudantes a oportunidade de desenvolver capacidades
que neles despertem a inquietação diante do conhecido,
buscando explicações logicas e razoáveis, amparada em
elementos tangíveis. Assim os estudantes poderão
desenvolver posturas críticas, realizar julgamentos e tomar
decisões fundadas em critérios tanto quanto possíveis
objetivos, defensáveis, baseados em conhecimentos.”
(BIZZO, 1998).
Para a observação, o professor pode utilizar o próprio ambiente escolar,
verificar as relações existentes entre os seres vivos, sempre propondo desafios
para que o aluno resolva, como por exemplo, se a diversidade de forma das
folhas tem relação com o ambiente em que a planta vive, ou com as interações
inseto-planta, dentre outras (CAMPOS, 2009).
À aquisição de determinada habilidades bastantes relacionadas ao ensino de
Ciências da Natureza, pode submeter o aluno a uma situação de aula pratica e
solicitar a ele que faça observações mais criteriosas de um fenômeno, afim de
que ele reconheça essa pratica cientifica como método de investigação que pode
auxilia-lo em seu cotidiano, ao professor cabe orientar, estimular o aluno a adotar
seus próprios conceitos. (TELLES; et al; 2012).
A proposta então seria iniciar um processo de mudança na metodologia do
ensino de ciências, que se preocupe em oferecer ao aluno a possibilidade de
estabelecer um contato com o mundo natural, é preciso renovar o atual ensino
de ciências, não só em termos de conteúdo, mas também em termos de
estratégia de ensino, ou seja, uma nova opção de ensino que vise o aprendizado
significativo. (ZANCAN, 2000).
O professor precisa ter em mente que deve deixar de ser o ator principal do
processo de ensino aprendizagem e passar apenas a coadjuvante, mas seu
papel continua sendo essencial, pois é ele que planeja a problematização inicial,
14
seleciona pesquisas com base em critérios relevantes pedagogicamente e
orienta as observações a serem feitas pelos alunos. (ANDRADE; MARTINS,
2006).
1.3.
A importância das atividades práticas no ensino de ciências
naturais
O ensino de ciências da natureza é aplicado de maneira tradicional, as aulas
de ciências são calcadas na mera transmissão de informações por meio de aulas
expositivas, utilizando como recurso apenas o livro didático e sua transcrição na
lousa, não oportunizando a participação do aluno de forma ativa, mas colocandoo na condição de passividade (SILVA 2005).
Não há consenso entre os pesquisadores no ensino de ciências de que o
trabalho de laboratório proporcione vantagens de aprendizados aos alunos além
daquelas conhecidas tradicionalmente em sala de aula, mas parece que uma
abordagem experimental nas aulas de ciências é um recurso bastante
interessante quando se quer que o aluno busque respostas a problemas
propostos, assim como quando se deseja colocar o aluno em contato com os
procedimentos adotados pelas ciências. Uma vez que as atividades práticas nas
aulas de ciências são ferramentas que possibilitam ao aluno a resolução de
desafios propostos e associação com o conhecimento científico (GUIMARÃES, et
al 2006).
A realização de observações e experimentos e feita no intuito de que o
aluno busque informações e estabeleça relações entre os diferentes
componentes do ambiente, o papel do professor é fornecer subsídios
complementares sempre que necessário e faça uma aproximação diretamente
na natureza. Segundo ARAUJO, (2011)
É um equívoco confundir atividades práticas com a necessidade de um
ambiente com equipamentos especiais para a realização de trabalhos
experimentais, neste nível de ensino, a falta de uma infraestrutura formal de
15
laboratório não pode ser empecilho para o trabalho experimental no ensino de
ciências, pois há inúmeros procedimentos simples que podem ser desenvolvidos
em uma sala de aula tradicional, bastando que o professor faça pequenas
adaptações.
1.4.
O ensino de botânica
Para BOCK et al (2002) o método como o ensino de botânica é tratado nas
escolas não é bem visto pelos alunos, uma vez que se trata de um ensino
verbalista e repetitivo, onde o mais importante é a assimilação dos conceitos,
deixando de lado a vivencia do aluno, ou seja, a experiência adquirida no dia-adia
Os projetos educacionais de ensino e aprendizagem são instrumento
didático interdisciplinares, e apresentam resultados positivos no ensino de
ciências, privilegiando aspectos sociais e ambientais ligadas ao cotidiano do
aluno. BIZZO (1998)
O trabalho com aulas práticas convida o aluno a desempenhar um papel mais
ativo em seu próprio aprendizado. Além de desenvolver competências como
iniciativa, autonomia, ser capaz de trabalhar em grupo e organizar-se. Este tipo
de trabalho faz com que aumente a curiosidades dos alunos, assim como seu
interesse pela disciplina, pois ao se propor ao aluno a resolução de situações
problemas, torna-se o aprendizado mais dinâmico e prazeroso.
(ARAUJO,
2011).
A metodologia de atividades práticas, trabalha a capacidade de o aluno a
argumentar a favor de uma ideia e a respeitar as diferenças, além disso
possibilita que o aluno entre em contato com o objeto de estudo, principalmente
no ensino de botânica que é uma área de estudo menos apreciadas pelos
alunos.
(SILVA et al, 2010)
16
1.5.
Fruto
De acordo com Raven et al (2011) as angiospermas são plantas melhor
adaptada e com maio variedade de altura e espécies, são plantas consideradas
completas, por possuírem semente, flor e fruto. Nas angiospermas o fruto é
oriundo do desenvolvimento do ovário que ocorre após a fecundação do óvulo,
que posteriormente dará origem a semente.
Segundo Vidal, (2006) a interação entre animais e planta é muito importante
para a preservação das espécies, pois os animais contribuem a disseminação
das sementes e polinização garantindo assim a variabilidade genética das
espécies. Muitos frutos apresentam adaptações de disseminação tais como
asas, sementes leves, pequenas, outros possuem capsulas em que as valvas
que se abrem e lançam as sementes longe da planta mãe, ou estruturas como
ganchos, farpas e espinhos que aderem na pelagem dos animais. Há frutos
adaptados também para flutuação sua estrutura interna possui espaços
aeríferos. Os frutos carnosos são geralmente doces, aromáticos com coloração
viva, utiliza-se destes métodos para serem dispersos, atraindo animais que se
alimentam destes frutos, que depois de ingeridos seu revestimento é
enfraquecido, facilitando a quebra de dormência consequentemente a
germinação da semente. (Vidal, 2006).
De acordo com Lorenzi et al (2003) O fruto simples é constituído de três
partes: Epicarpo (mais externa), o Mesocarpo (camada mediana e o Endocarpo
(camada suculenta encontrada nas maiorias dos frutos carnosos).
(ANTUNES et al, 2006). Os frutos múltiplos são formados pelo
desenvolvimento de diversas partes de várias flores, resultado de uma
inflorescência, agregados formado a partir de flores multiovariadas, pelo
desenvolvimento de seus ovários, consiste nos vários carpelos separados do
gineceu as partes individuais são conhecidas como frutículos.
As estruturas apresentadas nos frutos carnosos são as Bagas, que possui várias
sementes e não formam caroços, podendo haver mais de um carpelo e a camada
interna é carnosa. As Drupas que possuem uma só semente em cada carpelo,
17
que pode ser mais de um, ficam unida ao Endocarpo formando um caroço, e a
camada interna do fruto é dura. Os pomos também são carnosos, especializados
derivado de um ovário ínfero dando origem a parte carnosa e o endocarpo
apresenta uma porção mais enrijecida (LAURENCE, 2005).
Os frutos simples secos podem ser de dois tipos: A) de deiscente, onde a
parede do ovário maduro se abre possibilitando a saída das sementes, por
exemplo, os Legumes que se abre dos dois lados, a Sílica onde o fruto se abre
deixando a semente na porção central e a mais comum e a cápsula que libera
suas sementes de várias, B) indeiscentes não possuem mecanismo natural para
liberação das sementes, a semente permanece no fruto após liberação do
mesmo. O exemplo mais comum é o Aquênio que compreende frutos pequenos
com uma única semente. Sâmara semelhante ao Aquênio a Cariopse também
chamado de Cipsela que apresenta a parede do fruto mais dura e deriva de um
ovário composto, por fim o Esquizocarpo onde o fruto se divide em mais de uma
parte cada uma com uma semente. (RAVEN et al, 2011).
18
2. OBJETIVOS
Objetiva-se nesse estudo, contribuir com a prática do docente do ensino
fundamental – ciclo II, com proposta de atividades práticas para o aprendizado
do aluno sobre o conteúdo frutos.
2.1.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar ao docente conteúdo teórico-prático sobre fruto.

Propor atividades práticas que possam ser facilmente conduzidas e
trabalhadas em sala de aula com frutas do cotidiano do aluno.

Propor ao docente situações problemas para serem apresentadas aos
alunos antes das atividades práticas, e apresentação das soluções
encontradas no final das mesmas.

Destituir a ideia de senso comum do aluno que há diferença entre fruto e
fruta a partir de atividades práticas e observação do desenvolvimento do
mesmo.
3. METODOLOGIA
O manual foi elaborado apresentando proposta de atividades práticas que
possa ser ministrado em todas as etapas do ensino fundamental ciclo ll.
As atividades práticas sobre fruto serão realizadas a partir da proposta do
PCN (2001) de como se devem ensinar ciências, isto é, atividades que
promovam a observação, levantamento de hipóteses, questionamento e
discussão.
19
3.1.
Escolha do fruto
Será proposto ao professor frutos de fácil manuseio que ofereça estruturas
possíveis de se observar a olho nu e que estejam presente no cotidiano do aluno,
pra tal utilizou-se frutos de categorias, simples, compostos ou infrutescências,
múltiplos, partenocárpico e pseudofruto.
Para a construção do conhecimento do aluno que não há diferenças entre fruto
e fruta, foi proposto ao professor atividades que demonstre toda a etapa de
desenvolvimento dos mesmos, por meio de imagens e germinação de sementes,
utilizando como exemplo o maracujá, (Passiflora edulis) e o quiabo
(Albemoschus esculentus).
Para o fruto simples carnoso foram utilizados:


Tipo Baga: Mamão (Carica papaya L.) e a Goiaba (Psidium guajava)
Tipo Drupa: o Pêssego (Prunus persica) e o Abacate (Persea americana)
Para o fruto simples seco foram escolhidos:

Deiscente utilizou-se o Quiabo (Albemoschus esculentus) e Vagem
(Phaseolus vulgares)

Indeiscente Milho (Zea mays) e o Girassol (Helianthus annuus)
Frutos compostos ou infrutescências:

Utilizou-se o Abacaxi (Ananas comosus) classificado de acordo com
Lorenzi et al (2003) e a Amora (Morus nigra)
Para frutos múltiplos:

Utilizou-se o Morango (Fragaria x ananassa) classificado de acordo com
Lorenzi et al (2003)


Para os pseudofrutos também conhecidos como Pomo:
Utilizou-se à Maça (Malus domestica) Pera (Pyrus communis)
Como exemplo de frutos partenocárpico:
20

Utilizou-se a Banana (Musa spp.)

Para dispersão do fruto utilizou-se Coquinho (Syagrus shizophylla), Picão
(bidens
pilosa),
Carrapicho
(Acanthospermum
australe),
sâmara
(Stigmapgyllon spp.), Alecrim de vassoura (Baccharis dracunculifolia) e
helicóptero (dipterocarpus alatus)
Alguns dos frutos citados acima foram adquiridos no comercio, outros foram
observados em campo.
3.2.
Testando o experimento
Observou-se os estágios do desenvolvimento dos frutos registrando-os por meio
de fotografias, e realizou-se testes com os frutos sugeridos para verificação de
cada atividade prática se a atividade apresentará algum problema para obtenção
dos resultados esperados, o experimento e o material utilizado foi escolhido de
maneira que possam ser utilizados em qualquer etapa do Ensino Fundamental,
devido a sua simplicidade.
Experimento testado que compõe o manual:

Observação das etapas de desenvolvimento do fruto;

Observação e classificação dos tipos e composições dos frutos, utilizando
exemplares de cada espécie de fruto simples, composto, múltiplo,
pseudofruto e partenocárpico;

Identificação das estruturas internas dos diferentes tipos de frutos;
Observou-se o desenvolvimento do maracujá e do quiabo, onde foi registrado
as etapas do desenvolvimento por meio de fotografias. E Para a atividade prático
utilizou-se frutos do cotidiano do aluno, para tal foram escolhidos um exemplar
para cada tipo de fruto, onde foram realizados cortes longitudinais e transversais
para demonstração e identificação de suas estruturas internas.
21
3.3.
Procedimento didático
O manual foi elaborado para que de modo dinâmico e prático auxilie o professor
no ensino de frutos, onde serão apresentadas atividades práticas a fim de que
aluno construa o conhecimento sobre o conteúdo fruto, observando que não há
diferenças entre fruto e fruta, utilizando para isso frutos do seu cotidiano, e ao
final das mesmas a proposta de resolução de situação problema. Será
apresentada a seguir toda etapa detalhada do experimento, contendo situações
problemas e embasamento teórico relacionado a cada etapa do experimento
contido no manual
3.4.
Introdução ao manual
O manual do professor foi digitalizado, através do programa Microsoft Power
Point 2013, e convertida em CD, sendo todas as figuras coloridas para facilitar a
observação da mesma. Utilizou-se fonte Comics Sans 20 para escrita e 28 para
tópicos.
O manual do professor contém introdução sobre fruto e sua importância no meio
ambiente, assim como, propostas de atividades práticas e situações problemas.
Para elaboração da parte específica do manual, foram utilizados livros didáticos
específicos de biologia e avaliou-se as propostas dos Parâmetros Curriculares
Nacionais quanto ao conteúdo abordado. Este manual possui finalidade de apoio
e deve ser utilizada em conjunto com o material didático escolhido pelo professor
para complementação do aprendizado.
4. RESULTADOS
As figuras a baixo apresentam o registro de material obtido para a elaboração
do manual.
22
A- Fases do desenvolvimento do maracujá (Passiflora edulis)
GISELE, 2014
FIGURA-1 Apresenta um botão floral
GISELE, 2014
FIGURA-2
O botão floral se abrindo
GISELE, 2014
GISELE, 2014
FIGURA-3 Apresenta o botão floral parcialmente aberto
FIGURA-4 Apresenta a flor aberta ,
evidenciando
as
reprodutivas da flor.
estruturas
23
GISELE, 2014
GISELE, 2014
FIGURA-5 A flor comecando a muchar.
FIGURA-6 Apresenta
evidenciando
o
desenvolvimento.
a flor mucha
ovario
em
GISELE, 2014
FIGURA-7
Apresenta o fruto em
desenvolvimento e o estigma preso a ele
GISELE, 2014
FIGURA-8 é apresentado o
fruto já
desenvido, e o estigma preso a ele já
seco evidencidos pela flexa.
B- Fase do desenvolvimento do quiabo (Albemoschus esculentus)
24
GISELE, 2014
FIGURA-9 Mostra a flor do quiabo fechada.
GISELE, 2014
FIGURA-10
Apresenta
o
ovario
se
desenvolvendo.
GISELE, 2014
GISELE, 2014
FIGURAS-11 e 12 apresentam o ovario já desenvolvido, ou seja, o fruto proriamente dito.
C- Observando e classificando os tipos de frutos
Fez-se de cortes transversais e longitudinais para observação e classificação
dos tipos de frutos: simples, composto múltiplo, pseudofrutos e partenocárpicos.
Os frutos simples carnosos apresentam dois tipos:
25

Baga:
GISELE, 2014
FIGURA-13 Futo simples carnosoGoiaba(Psidium guajava)

GISELE, 2014
FIGURA-14 Fruto simples carnosoMamão (Carioca papaya)
Drupa:
GISELE, 2014
FIGURA-15 Fruto simple carnosoPêssego (Prunus persica)
GISELE, 2014
FIGURA-16 Fruto simples carnosoAbacate (Persea americana)
26
D- Frutos secos
 Deiscente
GISELE, 2014
FIGURA-17 Fruto simples seco deiscente
Vagem (Phaseolus vulgaris)

GISELE, 2014
FIGURA-18 Fruto simples seco deiscente
Quiabo (Albemoschus esculentus)
Indeiscentes:
GISELE, 2014
FIGURA-19 Fruto simples seco
indeiscente-Milho (Zea mays)
GISELE, 2014
FIGURA-20 Fruto simples seco
indeiscente-Girassol (Helianthus annuus)
27
E- Frutos Composto:
GISELE, 2014
FIGURA-21 Fruto compostoAmora (Morus nigra)
GISELE, 2014
FIGURA-22 Fruto composto
Amora (Morus nigra)
GISELE, 2014
FIGURA-23 Etapas do desenvolvimento da Amora (Morus nigra)
28
GISELE, 2014
FIGURA-24 Fruto composto Abacaxi (Ananas
comosus)
GISELE, 2014
FIGURA-25 Fruto
composto Abacaxi
(Ananas comosus)
F- Fruto múltiplo
GISELE, 2014
FIGURA-26 Fruto multiplo
Morango (Fragaria x ananassa)
GISELE, 2014
FIGURA-27 Fruto multiplo Morango
(Fragaria x ananassa)
29
G- Pseudofrutos:
GISELE, 2014
FIGURA-28 pseudofrutos Maçã (Malus domestica)
GISELE, 2014
FIGURA-29 pseudofrutos Pera (Pyrus communis)
H- Frutos Patenocárpicos:
GISELE, 2014
FIGURA-30 corte horizontal da Banana (Musa spp.)
GISELE, 2014
FIGURA-31 cacho de Banana(Musa spp.)
30
I- Dispersão dos frutos
GISELE, 2014
GISELE, 2014
FIGURA-32 Fruto disperso por aderecia
Picão (bidens pilosa)
4.1.
FIGURA- 33 Fruto disperso pelo vento Alecrim
de vassoura (Baccharis dracunculifolia)
Manual
O manual apresenta 57 páginas, apresentando as etapas da formação e
desenvolvimento do fruto por meio de atividades práticas, além dos tipos de
frutos, suas composições, conceitos e situações problemas. Desmitificando
assim que não há diferença entre fruto e fruta.
No final de cada atividade foi proposto ao professor conteúdos que podem ser
trabalhados.
As figuras (34 - 43) são exemplos de algumas páginas do manual elaborado.
31
Figuras 34 - Capa do manual proposto para
docentes do Ensino fundamental.
Figuras-36- Página do manual apresentando
o conceito de fruto ou fruta.
Figura 35Página do manual
apresentando "dicas" para o docente do
Ensino fundamental
Figura- 37- atividade prática de dissecação
da flor de hibiscus apresentando orgãos
reprodutivos
32
A
Figura 39 - Atividade prática de observação
da origem do fruto (A) maracujá, (B) quiabo
Figura 38- Atividade prática apresentando
a origem do fruto
B
Figuras 40 - Atividade apresentando
propostas de saída de campo objetivando
verificar a importância do fruto no meio
ambiente.
33
A
Figura 41 - Atividade prática abordando as
classificações dos frutos
Figura 42 - Atividade referente ás partes
constituintes do fruto (A) abacate = fruto
carnoso (B) vagem = fruto seco.
B
Figura- 43 - Situações problemas
propostas para os alunos
34
5. DISCUSSÃO
A proposta da elaboração do manual, deve-se a ausência de modo geral das
aulas práticas no ensino de botânica, especificamente sobre o conteúdo fruto
que é pouco evidenciado nos livros didáticos do ensino fundamental. O manual
vem contribuir também para dinamizar as aulas de botânica, que têm sido
abordas através da transmissão de informações utilizando como recurso
exclusivo o livro didático. Os Parâmetros curriculares nacionais (PCN, 2001)
fundamentam a mudança na metodologia no ensino de ciências afim de tornar
as aulas de ciências mais dinâmicas, valorizando a participação ativa dos alunos
no processo de aprendizagem, por meio de observações dos fenômenos
naturais, experimentos e discussão acerca de temas científicos do cotidiano.
As atividades práticas propostas no manual são: órgãos reprodutivos da
flor, etapas do desenvolvimento do fruto, a importância do fruto para o meio
ambiente, morfologia do fruto, mecanismos de dispersão e classificação dos
tipos de frutos e de estruturas internas. Deste modo o conteúdo abordado neste
manual auxilia tanto o professor na elaboração de suas aulas práticas, quanto
na construção do conhecimento pelo aluno permitindo uma aprendizagem
objetiva que o capacita a resoluções de situações problemas encontrados em
cada atividade deste manual. Luneta (1991) menciona que as aulas práticas são
uma excelente oportunidade de colocar o aluno em contato com o objeto ou
fenômeno científicos, permitindo que os alunos ampliem seus conhecimentos e
que atuem de maneira consciente e mais responsável no mundo que o cerca,
reconhecendo o método científico como aquisição de novos conhecimentos.
Pires; Silva (2013) citam que um dos maiores problemas da Educação em
nosso país é sua distância em relação a vida cotidiana do aluno, há um excessivo
academismo ao se tratar em sala de aula especificamente no ensino de ciências
que tem sido abordado de modo descontextualizados da sociedade e de forma
dogmática, onde os professores não conseguem estabelecer relações entre o
que é ensinado em ciências e o cotidiano do aluno. Desta forma trazer os
conteúdos de ciências para a vida cotidiana dos alunos e contextualiza-los no
dia-a-dia dos mesmos, é um grande desafio, por isso promover uma discussão
sobre fruto é justamente o proposito deste manual, além disso, estimular o
35
aprendizado de ciências da natureza valendo-se de um trabalho de uma equipe
composta por professores e alunos.
Para Silva et al (2012) uma das premissas em trabalhar com projetos é o
diagnóstico de uma situação-problema ou uma pergunta instigante que
atormente o aluno. Deve portanto, partir da curiosidade ou preocupação natural
que o aluno apresenta em função do seu cotidiano. Fazer isso é inserir o aluno
no processo de aprendizagem, pois este tipo de envolvimento faz com que sua
curiosidade aumente, assim como seu interesse pela disciplina.
Sendo assim,
este manual fornece ao professor situações problemas e matérias para o
trabalho em sala de aula, permitindo que docente dispense aquela sequência
tradicional e passe a trabalhar o tema contemplando o cotidiano do aluno, pois
o conteúdo permite ao professor estimular debates e discussões sobre aspectos
relacionados a interação entre os seres vivos e ao meio em que vivem.
Segundo Silva; Joaquim (2010) a prática em ciências deve partir da curiosidade
do aluno e, por isso, trata-se de uma maneira de inseri-lo no processo de ensino.
Além disso, é extremamente importante para desenvolver no mesmo
competências como autonomia, capacidade de trabalhar em grupo, tornando-os
protagonistas no processo de ensino aprendizagem. Neste sentido a proposta
deste tipo de metodologia abordada neste manual é colocar o professor ao lado
do aluno, como seu parceiro no processo de aprendizagem, mesmo que o
docente se apresente intelectualmente mais desenvolvidos que seus alunos,
haverá momentos em que ambos, de maneira isolada ou conjuntamente, terão
de cumprir etapas que os ajudaram a adquirir algum conhecimento.
De acordo com Kist et al (2008) a aplicação de práticas no ensino de ciências
desenvolve no aluno a capacidade de identificar problemas, sistematizar ideias
de maneira a desenvolver um pensamento reflexivo, lógico, articulado e crítico,
construindo novas formas de conhecimento.
Assim a proposta é além de
privilegiar o ensino aprendizagem sobre o conteúdo fruto, colocar o aluno em
situação que lhe permitam construir conhecimentos e valores indispensáveis ao
seu desenvolvimento, pois é justamente o posicionamento ativo do aluno diante
do conhecimento que possibilita a aprendizagem e, por conseguinte uma postura
crítica e indagativa.
36
Conceição et al (2010) reforça a importância da atividade prática no processo de
ensino aprendizagem, pois é um processo dinâmico que permite ao professor
assumir atitude crítica sobre as práticas educativas, esta metodologia possibilita
ao trabalhar conteúdos escolares para a formação de cidadãos ativos e
participante na sociedade, assim como dos métodos e estratégias necessárias
para uma aprendizagem sólida dos alunos. A partir dessas definições os
conteúdos pedagógicos contidos no presente manual oferece ao professor a
possibilidade de estabelecer os procedimentos e estratégias de ensino de forma
significativa, onde o docente pode observar, analisar e conhecer o
desenvolvimento de seu aluno.
O ensino de ciências aborda conteúdos complexos, por isso é necessário
mobilizar todos os recursos relacionados ao currículo escolar. Portanto, é
fundamental levar em conta não somente os aspectos evidencias e explícitos
dos valores no momento das exposições, mas também se faz necessário a
ligação entre os conhecimentos sistematizados e a experiência vivida pelo aluno
no meio social (PINTO, 2009). Diante destas situações apresentadas, percebese que para cada tipo de conteúdo é necessário diferente tipo de estratégias de
ensino aprendizagem, visto que e o manual proposto neste trabalho organiza os
conteúdos em função de uma aprendizagem significativa, com abordagens de
atividades práticas que auxiliam o professor a ter clareza de quando e como
intervir para que seus educandos caminhem na direção desejada.
37
6. CONCLUSÃO
A partir dos objetivos propostos e resultados obtidos conclui-se que:
-
o manual elaborado pode proporcionar ao professor aulas mais
dinâmicas promovendo a construção do conhecimento pelo aluno sobre os
conteúdos de botânica especificamente sobre frutos.
- a proposta de manual apresentada oferecerá ao professore sugestões
para elaboração de suas aulas práticas e de estratégias que irão despertar a
curiosidade dos alunos, pois as atividades práticas serão relacionadas ao
cotidiano dos mesmos.
- o manual poderá contribuir com a prática docente e estimular o ensino de
botânica, tornando-o dinâmico para os alunos, além de associá-lo ao seu
cotidiano e através das atividades práticas e observações.
- as atividades práticas apresentadas no manual envolvendo a flor até a
formação do fruto irá propiciar ao aluno a reconstrução do conhecimento
referente ao significado de fruto e fruta.
- as situações problema apresentadas no manual, são desafios que o docente
poderá utilizar a fim de promover a construção do conhecimento dos alunos
utilizando o raciocínio e associações, podendo algumas vezes a formular
conceitos.
38
7. REFERÊNCIAS
ANDRADE, I.B.; MARTINS, I.; Discursos de professores de ciências sobre
leitura. Investigações no Ensino de Ciências, v.11, n.2, p. 121-151, 2006.
ANTUNES OT; CALVETE EO; ROCHA HC; NIENOW AA; MARIANI F; WESP
CL.; Floração, frutificação e maturação de frutos de morangueiro cultivados
em ambiente protegido Horticultura Brasileira 2006.
ARAUJO, G. C.; Consórcio setorial de educação a distância universidade
de Brasília e universidade Estadual de Goiás curso de licenciatura em
biologia à distância, Botânica no ensino médio, Brasília: 2011.
ARRUDA. A. M. S.; BRANQUINHO. F. T.B.; BUENO, S. N.; Ciências da
Natureza e Matemática: Ciências no Ensino Fundamental, Janeiro de 2006.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil. São Paulo, SP: Ática, 1998. 143p.
(Palavra de professor) ISBN 8508071922 (BROCH).
BORGES, A.T.; Novos rumos para o laboratório escolar de ciências.
Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 19, n. 3, p. 291-313, 2002.
BOCK, A., C.; LEONES, A., S.; PEREIRA, S., G., M.; RAZUCK, M. R. S. R.; As
concepções dos alunos do Ensino Médio sobre Botânica. The conceptions
of high school students about botany. Universidade de Brasilia.
BRASIL. Secretaria da educação fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais (5ª a 8ª series): Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 2001.
CAMPOS, M., C., C.; NIGRO, R., G.; Teoria e prática em ciências na escola: o
ensino de ciências: o ensino-aprendizagem como investigação: livro do
professor. 1 ed. São Paulo: FDT, 2009.
CONCEIÇÃO, R., A.; MONERO, T., S.; RODRIGUES, C., E.; Subsídios
metodológicos para o Ensino de Ciências - Uma experiência prática,
Revista Visão Acadêmica; Universidade Estadual de Goiás; 2011.
39
GONÇALVES, E. G.; LORENZI, H. Morfologia vegetal- Organografia e
dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. 2a ed. Instituto
Plantarium. p. 19-50. 2011.
GUIMARÃES, G. M. A.; ENCHEVERRÍA, A. R.; MORAES, I. J.; Modelos
didáticos no discurso de ciências. Investigações no ensino de ciências, v.
11, n. 3, p. 303-302, 2006.
KIST, C., P.; BAUMGARTNER, L.; FERRAZ, D., F.; Revisando e elaborando
roteiros de aulas práticas de Ciências numa abordagem investigativa. 1º
Simpósio Nacional de Educação XX Semana da Pedagogia, Unioeste-Cascavel\
PR, 2008.
LAURENCE, J.; Biologia Ensino Médio, volume único- 1. ed.- São Paulo: Nova
Geração, 2005.
LONGHINI, M.; O conhecimento do conteúdo e a formação do professor das
series iniciais do Ensino Fundamental. Investigação em Ensino de Ciências,
Porto Alegre, v.13, n. 2, p. 241-253, 2008
PEDRANCINI, V. D.; NUNES, M. J. C.; GALUCH, M. T. B.; MOREIRA, A. L. O.
R.; RIBEIRO, A. C.; Ensino e aprendizagem de Biologia no ensino médio e a
apropriação do saber científico e biotecnológico. Revista Electrónica de
Enseñanza de las Ciências Vol. 6, Nº 2, 299-309 (2007).
PIRES, C., A., F.; SILVA, N., S.; COTIDIANO INSERIDO AO CURRÍCULO
ESCOLAR: UMA PROPOSTA PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA,
Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, 2013.
PINTO, A., V.; Importância das aulas práticas na disciplina de
Botânica, faculdade Assis Gurgacz –FAG, Cascavel- 2009.
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Rio de
Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2001. 906 p.
REIS, P. R.; O trabalho e laboratório na aprendizagem e avaliação em
ciências.
Noesis,
p.
48-50,
mar./
jun.
1996.
Disponível
em:
<http://www.scribd.com/doc/1265432/O-trabalho-de-laboratório-naArendizagem-e-avaliação-em-ciências>.acesso em: out.2013.
ROSA, S., M.; SOUSA, A., L.; Morfoanatomia do Fruto (Hipanto, Pericarpo e
semente) em desenvolvimento de Pereskia Aculeata Miller (cactácea).
40
Departamento de Biologia, Universidade Estadual de Maringá. Avenida
Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, Paraná, Brasil. 2003.
SANTOS, W. L. P.; MORTIMER, E. F. Tomada de decisão para ação social
responsável no ensino de ciências. Ciência e Educação, vol. 7, n. 1, p. 95111, 2001.
SILVA, J.; R., S.; SANO, P., T.; O ensino de botânica na visão dos estudantes
de Ciências Biológicas The teaching of botany in the view of Biological
Science students, Universidade de São Paulo, 2005.
SILVA, A. C.; JOAQUIM, W.M. Proposta de atividades práticas de germinação
de sementes para os professores do ensino fundamental. In: Encontro Latino
Americano de Iniciação Científica, 2010, São José dos Campos, SP.
SOUZA, V., C.; LORENZI, H.; Botânica Sistemática: Guia Ilustrado para
identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em
APGII/ Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2005.
TELLES, L., L., S.; CHAUD, D., M., A.; ABREU, E., S.; MORIMOTO, J., M.; Como
eu gosto de aprender? Contribuição dos alunos de nutrição na construção do
projeto político-pedagógico de graduação são Paulo 2012.
TEIXEIRA, P. M. M.; A educação científica sob a perspectiva da pedagogia
histórico-crítico e do movimento C.T.S. no ensino de ciências. Ciências e
Educação, Bauru, v. 9, n. 2, p. 177-190, 2003.
VIDAL, W., N.; VIDAL, Maria Rosária Rodrigues. Botânica: organografia,
quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 4. ed. Viçosa, MG: UFV, 2000.
124 p.
ZANCAN, G. T. Educação científica: uma prioridade nacional. São Paulo em
Perspectiva, v. 14, n. 3, p. 3-7, 2000.
41
8. ANEXO
MANUAL.
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
Download

universidade do vale do paraíba faculdade de