CIÊNCIAS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na natureza,resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força campo, energia e vida. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. A Ciência e uma atividade humana, complexa, histórica e coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas. A disciplina de Ciências, mesmo nos dias atuais, expressa a lógica de sua criação: “A existência de um único método para o trato dos conjuntos das Ciências Naturais”. Aceitar a ideia positiva de método e não apenas para aquelas que têm a natureza como objeto. O objetivo primordial do ensino de Ciências antes era focado na formação do futuro cientista ou qualificação do trabalhador, neste momento histórico voltou a analise das implicações sociais da produção cientifica, fornecendo ao cidadão elementos para viver melhor socialmente e participar do processo de redemocratização. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA Com base em investigações realizadas sobre o ensino de Ciências, nota - se uma tendência de superação de estratégias de ensino que privilegiam atividades de estímulos, respostas, reforço positivo, objetivos operacionais e instrução programada. A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados, isso Poe o processo de construção de significados como elemento central do processo ensino-aprendizagem. O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e não arbitrarias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que aprende de novo. A construção de significados pelo estudante e o resultado de uma complexa rede de interações composta por no mínimo três elementos: O estudante, os conteúdos científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensinoaprendizagem. O estudante é o responsável final pela aprendizagem ao atribuir sentido e significado aos conteúdos científicos escolares. O professor é quem determina as estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade dos significados construídos. Quanto mais relações conceituais, interdisciplinares e contextuais o estudante puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução interna de significados e de ampliar seu desenvolvimento cognitivo. Nas diretrizes, entende - se de conteúdos estruturantes como conhecimento de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, consideradas fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Os conteúdos estruturantes são construtos históricos e estão atrelados a uma concepção política de educação. A seleção dos conteúdos do ensino de Ciências, deve considerar a relevância dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referencia. A metodologia de ensino deve promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. O ensino de Ciências deve acontecer por integração conceitual estabelecendo relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes. CONTEÚDOS 6º ANO 1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS • ASTRONOMIA: universo; Sistema solar; Movimentos terrestres; movimentos celestes ; Astros. • MATÉRIA: Constituição da matéria. • SISTEMAS BIOLÓGICOS: Níveis de organização. • ENERGIA: Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia. • BIODIVERSIDADE: Organização dos seres vivos; Ecossistemas; Evolução dos seres vivos 7º ANO 1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS • ASTRONOMIA: Astros; Movimentos terrestres; Movimentos celestes. • MATÉRIA: Constituição da matéria. • SISTEMAS BIOLÓGICOS: Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos. • ENERGIA: Formas de energia;Transmissão de energia. • BIODIVERSIDADE: Origem da vida; Organização dos seres vivos; Sistemática. 8º ANO 1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS • ASTRONOMIA: Origem e evolução do Universo. • MATÉRIA: Constituição da matéria. • SISTEMAS BIOLÓGICOS: Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos. • ENERGIA: Formas de energia. • BIODIVERSIDADE: Evolução dos seres vivos. 9º ANO 1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS • ASTRONOMIA: Astros, Gravitação universal. • MATÉRIA: Propriedades da matéria. • SISTEMAS BIOLÓGICOS: Morfologia e fisiologia dos seres vivos; Mecanismo de herança genética. • ENERGIA: Formas de energia; Conservação de energia. • BIODIVERSIDADE: Interações ecológicas. EDUCAÇÃO DO CAMPO EIXOS - Trabalho: divisão social e territorial. - Cultura e Identidade. -Interdependência campo – cidade: questão agrária e desenvolvimento sustentável. FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de ciências, o professor deverá organizar o trabalho tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico e o Projeto Político Pedagógico da escola . Os conteúdos estruturantes devem oportunizar a apropriação do conteúdo numa perspectiva de totalidade, tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo professor de Ciências que pode fazer uso de estratégias e estabelecer relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas sociais, culturais, éticas e políticas. No âmbito das relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o professor deve prever a abordagem da cultura e história Afro-Brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei 9795/99), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito da criança e do adolescente (Lei Federal nº 11.525/07). dentro dessa visão desenvolveremos o trabalho de forma prática, onde serão utilizados livros didáticos, leitura informativa, jornais, revistas e atividades. É importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes abordagens, estratégias e recursos de modo que o processo ensino-aprendizagem resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento cientifico. O plano de trabalho docente tem ação privilegiada, relações substantivas e não arbitrarias entre o que os estudantes já sabe e o entendimento de novos conceitos escolares, permitindo que eles internalizem novos conceitos na sua estrutura cognitiva. No ensino de Ciências são essenciais tanto para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares, de modo que os estudantes superem os obstáculos conceituais e oriundos de sua vida cotidiana. Para isso trabalharemos com recursos pedagógicos, tecnológicos que enriqueçam a prática docente tais como: • livro didático, texto de jornal, revista cientifica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapas (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (dorso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; • recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; • alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates. Diante de todas essas considerações, propõe alguns elementos da pratica pedagógica a serem valorizadas no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, pesquisa, a leitura cientifica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros. AVALIAÇÃO A atividade essencial do processo aprendizagem dos conteúdos científicos e de acordo com a LDB, deve ser continua e cumulativa em relação ao desempenho do educando, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a avaliação como prática pedagógica que é mediada pelo professor e entendida como ação, movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. A ação avaliativa é importante no processo ensino aprendizagem, pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados na qual o estudante aprende. Para que essa ação tenha significado, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação classificatória e excludente. E preciso respeitar o estudante como um ser humano no contexto das relações que permeiam a construção do conhecimento cientifico escolar. É fundamental que se valorize também o que se chama de “erro” de modo a retomar a compreensão do estudante por meio de diversos instrumentos de ensino e de avaliação. A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, utilização de jogos educativos, outras possibilidades, como o uso de recursos instrucionais que representam como o estudante tem solucionado os problemas propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações. A prova é um excelente instrumento de investigação do aprendizado e de diagnostico dos conceitos científicos escolares, ainda não compreendidos pelo estudante. Por isso a prova precisa ser diversificada, considerando também outras relações alem daquelas trabalhadas em sala de aula. Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo - aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências visando uma aprendizagem realmente significativa para sua vida. Para isso o professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos como o “erro”, a “prova”, a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre os diversos conteúdos abordados. A avaliação será contínua, diagnóstica, formativa e somatória com predomínio dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS • Trabalhos individuais e em grupo • Atividades práticas (experiências) e relatórios • Construção de mapas conceituais • Pesquisa • Prova escrita • Debates A recuperação de estudos sera ofertada de forma paralela as atividades letivas, logo observadas as dificuldades do aluno sobre algum conteúdo. Serão proporcionadas atividades como: aula do erro, exercícios em classe e extraclasse, exercícios individuais e em grupo, consulta orientada e pesquisa. REFERÊNCIAS • VALLE, Cecília. Ser humano e saúde, 5ª a 8ª série, / Cecília Valle - 1. ed. – Curitiba: Positivo, 2004 – (Coleção Ciências); • ALVARENGA, Jenner Procópio de. Ciências Naturais no dia-a-dia; 5a a 8a Serie /Jenner Procópio de Alvarenga, Jose Luz Pedersoli, Moacir Assis d’Assunção Filho,Wellington Caldena Gomes, Curitiba: Nova Didática, 2004 – Positivo; • MARTINS, Maria Izabel – Ciências Crítica e Ação – 5a a 8a Serie; • BEDAQUE, Sezar, Cesar – Os Seres Vivos no Ambiente – 5a a 8a Serie; • CANTO, Eduardo Leite do – Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano – 6º ao 9º ano – 3. ed. – São Paulo: Moderna, 2009; • GWANDSNAYDER, Fernando – Ciências – Ciências A Vida na Terra, 5a a 8a Serie – Editora Ática; • Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento Fundamental. Diretrizes Curriculares.2008 – Ciências. • Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico. • Campos, Maria Cristina da Cunha – Teoria e prática em ciências na escola; o de Ensino ensino aprendizagem como investigação: Volume único- 1. ed. - São Paulo: FTD, 2009. • Krasilchik, Myriam – Ensino de ciências e cidadania- 2. ed.- São Paulo: Moderna, 2007.