Ambiência na produção
animal
Prof. Dra. Ana Maria Bridi
Departamento de Zootecnia
Universidade Estadual de Londrina
Modificações ambientais
„
Vários parâmetros do ambiente podem
favorecer ou prejudicar o desempenho animal,
facilitando ou inibindo os processos
PRODUTIVOS E REPRODUTIVOS
1
Modificações ambientais
„
O ambiente interno de uma instalação é resultante:
„
„
„
„
„
„
„
das condiç
condições locais externas
das caracterí
características construtivas e dos materiais da
instalaç
instalação
da espé
espécie
do nú
número de animais
do manejo
das modificaç
modificações causadas pelos equipamentos do sistema
produtivo
dos equipamentos de acondicionamento ambientais
Modificações ambientais
„
As instalações devem ser projetadas para
amenizar os seus extremos, bem como
possibilitar o controle da luminosidade e da
qualidade do ar
2
Modificações ambientais
„
Acondicionamento té
térmico: é o processo pelo qual são
controlados, de forma individual ou conjunta, por meios
naturais ou artificiais, os ní
níveis das variá
variáveis do ambiente:
„
„
„
„
Temperatura
Umidade
Movimento e pureza do ar
Radiaç
Radiação solar no interior de uma construç
construção
Objetivo: obter melhores condiç
condições de conforto
Classes de modificações ambientais
„
Primárias
„
Secundárias
3
Classes de modificações ambientais
„
Primárias
„
São aquelas de simples execução e que permitem
proteger o animal durante o períodos de clima
extremamente quente ou extremamente frio
„
„
„
„
QuebraQuebra-ventos
Posicionamento correto das instalaç
instalações
Coberturas para sombra
Ventilaç
Ventilação natural
Classes de modificações ambientais
„
Secundárias
„
Correspondem ao manejo de microambiente
interno das instalações
„
„
„
„
Processos artificiais de ventilaç
ventilação
Aquecimento
Refrigeraç
Refrigeração
Nebulizaç
Nebulização
4
Modificações ambientais primárias
„
Localização
„
Evitar terrenos de baixadas
„
„
„
Alta umidade
Baixa movimentaç
movimentação de ar
Insuficiente insolaç
insolação higiênica
„
Terreno com boa drenagem
„
Não ter obstrução de ar, que dificultam a
ventilação natural
Orientação da cobertura
„
No hemisfé
hemisfério Sul as coberturas são orientadas no sentido
lesteleste-oeste: verão menor incidência de radiaç
radiação solar no
interior das instalaç
instalações;
„
O posicionamento norte-sul obriga plantio de árvores
nas fachadas leste e oeste
5
Orientação da cobertura
„
Bezerreiros individuais: devem receber o sol
da manhã, devido aos efeitos benéficos dos
raios solares na saúde dos animais e pelo seu
poder germicida e secagem da superfície
interna
6
Modificações ambientais primárias
„
Sombreamento
„
Animais ao ar livre têm na radiação solar o
principal responsável pelo acréscimo do calor
corporal
„
Estruturas para sombreamento visam atenuar o
estresse da radiação sobre os animais
7
Árvore: é a melhor sombra por transformar a energia solar em energia química
(fotossíntese), reduzindo a incidência de insolação
Arborização
„
„
Radiação solar: absorve 90% da radiação
visível e 60% infravermelha. Atenua a
radiação e o aquecimento das superfícies e o
calor emitidos por estas;
Evapotranspiração dos vegetais: rebaixa a
temperatura ambiente (uma árvore isolada
pode transpirar aproximadamente 400 litros de
água);
8
Redução 30% na
carga térmica da
radiação solar
Na impossibilidade de utilizar sombreamento natural, a proteção contra insolação direta
pode ser conseguida por meio de cobertura artificial
9
10
Sombreamento artificial
„
Natureza da cobertura
„
A reduç
redução da carga té
térmica de radiaç
radiação depende do
material utilizado para a confecç
confecção da cobertura
„
O material utilizado para a cobertura deve possuir:
„
„
„
„
„
Alto poder reflectivo
Grande iné
inércia té
térmica
Propriedades isolantes
Alta emissividade té
térmica na parte superior da superfí
superfície
Baixa absortividade e baixa emissividade té
térmica na parte
inferior
11
Propriedades térmicas dos material utilizado
na cobertura
1. Baixo coeficiente de absorç
absorção: fraç
fração da energia
incidente que é absorvida pela SUPERFÍ
SUPERFÍCIE
Material
Coeficiente de
Absorção
Pintura preta
0,98
Pintura cinza
0,75
Pintura vermelha
0,74
Pintura verde
Chapa de alumínio
Um corpo negro
possui Coef. de
absorção igual a 1, o
que significa que
absorve 100% da
energia incidente
0,5
0,4 - 0,65
galvanizado novo
Chapa de alumínio
0,78 – 0,90
suja
Material branco
0,2 – 0,3
Fonte: Kreith & Kreider, 1978
Propriedades térmicas dos material utilizado
na cobertura
2. Condutividade té
térmica: é a quantidade de calor transmitido
atravé
através de um corpo homogêneo, por unidade de tempo,
espessura, área e gradiente de temperatura
Material
K (W/m 0C)
Alumínio
230
Aço
47
Concreto
1,74
Tijolo maciço
0,81
Palha
0,12
Lã de vidro
0,036
Espuma de poliuretano
0,023
É a transmissão
de calor por
condução
Fonte: Kreith & Kreider, 1978
12
Propriedades térmicas dos material utilizado
na cobertura
3. Inércia térmica de um material: representa a
sua capacidade de amortecimento da onda de
calor que o atravessa, sendo responsável pelo
atraso com que ocorre o pico de calor dentro
das instalações
„
Quanto maior a inércia térmica do material, melhor
proteção
Caracterí
Características té
térmicas das coberturas
TIPO DE
TELHA
Coeficiente de
condutividade
térmica
0
Inércia
térmica
(min)
3,6
18
Isopor
1,7
25
Madeira
Lã de
vidro
3,0
1,7
25
25
3,6
7
Isopor
1,1
15
Madeira
Lã de
vidro
2,9
1,7
13
15
3,8
0
Isopor
1,0
7
Madeira
Lã de
vidro
3,1
4,8
7
7
K (W/m C)
Barro
Cimento
amianto
Alumínio
Sem
forro
Com
Forro
Sem
forro
Com
Forro
Sem
forro
Com
Forro
Fonte: Alucci, 1977
13
Tipos de coberturas
„
Isopor entre duas lâminas de alumínio: eficiente
porém caro
„
Sapé: muito bom porém susceptível ao ataque de
pragas e fogo;
„
Madeiriti: madeira compensada, 6 mm de espessura,
ondulada, revestida na parte superior por lâmina de
alumínio. É durável (20 anos), bom comportamento
térmico, porém dispendioso;
Tipos de coberturas
„
Alumínio simples: sujeito a danos pelo granizo
e ventos, quando novos são melhores que o
barro, porém oxidam com o tempo, sujeito a
ruídos fortes;
„
Barro: Melhor termicamente que o amianto
comum e que os alumínios oxidados, exigem
engradamento mais caro, apresentam frestas
que permite ventilação, difícil limpeza;
14
Materiais utilizados
„
Amianto: mais comum, apesar do
comportamento térmico insatisfatório,
melhoram quando pintados de branco (custo);
„
Chapa zincada ou ferro galvanizado:
comportamento térmico ruim, durabilidade
boa, custo reduzido. Sofre processo corrosivo e
perde a efetividade muito mais rapidamente.
Fibra
Barro
A cobertura com telha de fibra de vidro, por ser translúcida, apresentou a
menor eficiência térmica
TCA = telha cimento amianto
15
Eficiência de alguns materiais de diminuir a carga
térmica de radiação
Material
Capim (15 cm)
Cerâmica
Alumínio (braco face superior, preto inferior
Alumínio novo padrão
Alumínio com 10anos de uso
Madeira sem pintar
Eficiência relativa
1,20
1,0
1,10
1,0
0,97
1,06
Forros sob a cobertura
„
Atuam como uma barreira física, a qual
permite a formação de uma camada de ar
móvel junto á cobertura (ático), que diminui a
transferência de calor para o interior da
construção (de 60 a 90%);
16
17
Cobertura
„
Uso de aspersão sobre o telhado: possibilita a reduç
redução da
temperatura sobre o telhado, e consequentemente da carga
térmica radiante.
„
Equipar o telhada com calhas no beiral para recolhimento da
água:
„
Reaproveitamento
„
Evita umedecer os arredores
18
Cobertura
„
Pintura com cores claras e escuras:
„ Cor branca na parte superior (alta refletividade solar)
„
Preta na fase interior (baixa refletividade da carga radiante do
solo aquecido e sombreado)
Temperatura superficial oC
Cor
Sem pintura
60,0
Preta
70,0
Vermelha
63,0
Alumínio
50,0
Creme
48,0
Branca
44,0
Fonte: Alucci, 1977
Altura da cobertura
„
Influencia a ventilação natural, a radiação solar que
poderá atingir o interior do galpão
„
Pé direito muito alto: favorece o condicionamento
térmico em condições de calor
„
„
Desvantagem: rá
rápida movimentaç
movimentação da sombra
Pé direito muito baixo : favorece o condicionamento
térmico em condições de frio
19
Altura da cobertura
„
Recomendação para aves
„
„
„
„
„
„
Largura de até
até 8 m = 2,8 m de altura
De 8,0 a 9,0 m = 3,15 m
De 9 a 10 m = 3,5 m
De 10 a 12 m = 4,2 m
De 12 a 16 m = 4,9 m
Recomendação para suínos
„
„
„
Edifí
Edifícios estreitos (5,0 a 7,0 m) = 2,5 m de altura
Edifí
Edifícios medianamente largos (7,0 a 10,0 m) = 2,8 m
Edifí
Edifícios largos (mais de 10 m) = 3,0 M
20
Altura da cobertura
„
Em galpões climatizados: deve-se manter a
altura do pé direito e usar forro para reduzir o
volume de ar a ser renovado e condicionado
(embora tem se pregado a redução da altura do
pé direto para 2,2 a 2,5 m)
Inclinação do telhado
„
A quantidade de radiação solar absorvida pela
cobertura é determinada pela cor externa do material
utilizado, mas a bolsa de ar é responsável pela maior
ou menor isolação térmica da cobertura
„
Uma adequada inclinação do telhado também
contribui para minimizar os efeitos da transferência
de calor da cobertura para o interior
21
Inclinação do telhado
„
Quanto maior a inclinação do telhado, maior
será a ventilação natural devido ao termossifão
(efeito chaminé).
„
Inclinações entre 20 e 30º têm sido
consideradas adequadas, para atender as
condições estruturais e térmicas.
Inclinação do telhado de acordo com a telha
Tipo
Inclinação %
Barro (francesa)
40 a 60
Cimento amianto (ondulada)
17 a 20
Alumínio e zinco (ondulada)
17 a 20
Fonte: Alucci, 1977
22
Lanternins
„
Abertura na parte superior do telhado que permite a
renovaç
renovação contí
contínua do ar pelo processo de termossifão
(chaminé
é
);
(chamin
„
Uso é fundamental em galpões de larguras iguais ou
superiores a 8,0 m)
„
Permite a saí
saída de ar quente
„
Deve ser equipado, com sistema que permita fá
fácil
fechamento e com tela de arame nas aberturas para evitar
a entrada de pá
pássaros.
Lanternins
„
„
„
Pode ser em duas águas, disposto longitudinalmente
na cobertura.
Este deve permitir abertura mínima de 10% da largura
do aviário
Sobreposição de telhados com afastamento de 5% da
largura do aviário ou 40 cm no mínimo
23
Tipos de cumeeiras
Cobertura do solo circunvizinho
„
Afeta diretamente a carga térmica radiante,
devido a diferença de refletividade dos
distintos tipos de materiais e cores
„
Gramado: reduz a quantidade de luz refletida e
o calor que penetra nos mesmos.
24
Sombreiro
„
„
„
O emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas
instalaç
instalações, devido à projeç
projeção de sombra sobre o telhado.
Para as regiões onde o inverno é mais intenso as árvores
devem ser caducifó
caducifólias.
Devem ser plantadas nas faces norte e oeste e mantidas
desgalhadas na região do tronco, preservando a copa
superior.
superior.
25
Quebra-ventos
„
„
São objetos que servem de obstáculos aos
ventos de superfície ou para redirecioná-los
Diminuem a ação dos ventos sobre as
construções
Desvio do fluxo de ar por meio de quebra-ventos naturais
Ventilação
„
É o movimento do ar através de construções
„
Funções:
Renovaç
Renovação de ar (N2, CO2, vapor d´água,
gua, poeira,
bacté
bactérias e de odores)
„ Remoç
Remoção do vapor d´água proveniente da evaporaç
evaporação
(cutânea e respirató
ó
ria)
evitando
a
condensaç
respirat
condensação
„ Exerce funç
função higiênica
„ Diminuiç
Diminuição da temperatura no interior das instalaç
instalações
„
26
Ventilação natural
„
„
Movimento normal de ar que ocorre em razão das
diferenças de pressão causadas pela ação dinâmica do
vento, diferença de pressão (VENTILAÇÃO
DINÂMICA) ou das diferenças de temperatura
(VENTILAÇÃO TÉRMICA)
A ventilação natural depende:
„
„
„
„
Velocidade do vento
Sua direç
direção
Proximidade e dimensões de obstá
obstáculos
Desenho e localizaç
localização das aberturas de entrada e saí
saída de ar.
VENTILAÇÃO DINÂMICA
• O ar flui sempre de um ponto de alta pressão
para um ponto de baixa pressão.
• Quanto maior a diferença de pressão maior
será a velocidade do ar.
27
Escalonamento de pressão no sentido
horizontal
Deslocamento da massa de ar atravé
através dos planos de pressão
positiva e negativa
28
Deslocamento da massa de ar através de aberturas
(ventilação cruzada)
• A ventilação dinâmica é intensificada por meio de aberturas,
dispostas convenientemente em paredes opostas e na direção dos
ventos dominantes.
• Como o ar se desloca desde pontos de maior aos de menor pressão, se
existirem aberturas nas instalações, a pressão positiva forçará a massa
de ar a entrar pelas aberturas e a negativa a sair.
29
Ventilação não eficaz
• Nada adianta ter aberturas em um mesmo plano já que as
pressões, sendo iguais, não provocam a circulação do ar.
• Isto significa que para ter ventilação verdadeiramente
efetiva as aberturas devem estar em paredes opostas.
Fluxo de ar mediante cumeeira e laterais abertas
Com a ventilação natural na instalação, mediante abertura da
cumeeira e aberturas laterais, o ar flui do ponto de alta
pressão para o ponto de baixa pressão.
30
Ventilação Térmica
„
As diferenças de temperatura provocam variações de
densidade do ar no interior das instalações, que
causam por efeito de tiragem ou termossifão.
„
Esse efeito é também denominado de “efeito
chaminé”
„
Existe independentemente da velocidade do ar
externo
„ Se a instalaç
instalação dispuser de aberturas pró
próximo ao piso e no
telhado e se o ar do interior estiver a uma temperatura mais
elevada que o ar do exterior, o ar mais quente, menos denso,
tenderá
tenderá a escapar pelas aberturas superiores. Ao mesmo tempo, o
ar do exterior, mais frio, e por isso mais denso, penetra pelas
aberturas inferiores, causando fluxo constante no interior das
instalaç
instalações.
Detalhes dos elementos de ventilaç
ventilação natural
31
Ventilação do ático
• Outro modo eficiente de reduzir a carga térmica em épocas quentes é a
ventilação do ático, colchão de ar que se forma entre a cobertura e o forro.
• Essa técnica consiste em direcionar o fluxo de ar para o lanternim, por
meio de aberturas feitas ao longo do beiral da construção
„
„
„
„
É fundamental que haja diferenç
diferença de ní
nível entre as aberturas
de entrada e de saí
saída do ar e devem estar localizadas em
paredes opostas
Obstá
Obstáculos no interior da construç
construção ou qualquer saliência na
fachada alteram a direç
direção do filete de ar.
AbrindoAbrindo-se as cortinas das instalaç
instalações (suí
(suínos e aves) pode
passar rapidamente um grande volume de ar exterior que se
mistura com as condiç
condições do ar interno tendendo a igualar
com as condiç
condições exteriores.
Portanto, a ventilaç
ventilação por cortinas é ideal quando a
temperatura externa é perto das exigências té
térmicas.
32
Ventilação de verão e de inverno
Ventilação de verão: Fluxo de ar devido a diferentes localizações da entrada
e saída de ar
Ventilação de inverno: Deslocamento do fluxo de ar para a parte
superior do aviário
Trajetórias do fluxo de ar com
aberturas em planos opostos
33
Tabela: Necessidades de ar em função da
temperatura e da idade das aves
(litros/ave/minuto).
Idade (semanas)
Temperatura
(oC)
1
3
5
7
4,4
6,8
19,8
34,0
53,8
10,0
8,5
22,7
45,3
65,1
15,6
10,2
28,3
53,8
79,3
21,1
11,9
34,0
62,3
93,4
26,7
13,6
36,8
70,8
104,8
32,2
15,3
42,5
79,3
118,9
37,8
17,0
48,1
87,8
133,1
43,3
18,7
51,0
96,3
144,4
Tabela: Necessidades de ventilação
m3/hora/quilo de carne.
Idade
(dias)
Peso
(g)
Mínima
inverno
Máxima
verão
Máxima verão
Umidade > 50%
7
160
0,5
2
2
14
380
0,6
2
2
21
700
0,7
3
3
28
1070
0,9
4
4
35
1500
1,0
5
6
42
1920
1,5
6
8
49
2350
1,5
6
8
34
Modificações Secundárias
„
A climatização por meio artificial é mais
eficiente
„
Depende do nível tecnológico, do potencial
genético dos animais e do nível de mão de
obra.
„
Ventilaç
Ventilação forç
forçada: aumentar a dissipaç
dissipação do calor por
convecç
convecção e evaporaç
evaporação
„
Nebulizaç
Nebulização ou aspersão junto com ventilaç
ventilação
35
Sistema de pressão negativa ou exaustão
„
Neste processo o ar é forç
forçado por meio de ventiladores
(exaustores) de dentro para fora,, criando um vá
vácuo parcial
dentro da instalaç
instalação, forç
forçando o ar de fora entrar;
Sistema de ventilação mecânica por exaustão
36
Sistema de pressão negativa ou exaustão
„
Usado para ventilaç
ventilação de inverno
Remoç
Remoção de ar
„ Retirada do excesso de gases, umidade e poeira
„
Nos aviá
aviários, os exaustores são dimensionados para possibilitar a
renovaç
renovação de ar do aviá
aviário a cada minuto e à velocidade de 2 a 2,5 m/s.
Sistema de pressão positiva ou
pressurização
„
O ar é forçado por meio de ventiladores de
fora para dentro. O gradiente de pressão do ar
é de fora para dentro da instalação. O ar entra
por meio de aberturas
Sistema de ventilação por pressão positiva. O ventilador
insufla ar para dentro do aviário.
37
Sistema de pressão positiva ou
pressurização
„
No sistema de ventilação mecânica positiva, os
ventiladores são dispostos no sentido:
„
Longitudinal: com cortinas das instalações
podendo estarem abertas ou fechadas (fechadas =
ventilação do tipo túnel)
„
Transversal: com as cortinas das instalações
abertas
Sistema de fluxo de ar transversal
„
Os ventiladores são posicionados em uma das laterais do aviá
aviário, no sentido
dos ventos dominantes, ligeiramente inclinados para baixo.
„
Dessa forma o ar é forç
forçado lateralmente de fora para dentro do aviá
aviário
saindo pela outra lateral.
„
O fluxo de ar fica de difí
difícil controle devido a interferência da ventilaç
ventilação
natural que varia de intensidade e direç
direção prejudicando o sistema.
Sistema de ventilação positiva, transversal.
38
Ventiladores na altura correspondente à metade do pé direito
Sistema de fluxo de ar longitudinal
„
No tipo tú
túnel as cortinas laterais das instalaç
instalações permanecem
fechadas e bem vedadas para tornar a ventilaç
ventilação eficiente.
„
O ar entra por uma das extremidades do aviá
aviário e é carreado
pelos ventiladores, que são posicionados ao longo do
comprimento, e pressionado a sair pela extremidade oposta
que permanece aberta.
„
Nesse sistema o controle da ventilaç
ventilação é mais fá
fácil porque não
sofre tanta influência da ventilaç
ventilação natural, como no sistema
anterior.
39
Sistema de fluxo de ar longitudinal
Sistema de ventilação positiva, longitudinal (ventilação tipo túnel).
40
41
42
Resfriamento adiabático evaporativo
(não perde ou ganha calor)
„
Consiste em mudar o estado psicrométrico do ar para
maior umidade e menor temperatura, mediante o
contato do ar com uma superfície umedecida ou
líquida ou com água pulverizada ou aspergida.
„
Ao passar do estado líquido ao gasoso a água retira
do ambiente cerca de 584 Kcal para cada quilo de
água evaporada
„
Reduç
Redução mé
média de 6 0C a 12 0C em regiões secas
Resfriamento adiabático evaporativo
„
O ar a ser resfriado é posto em contato com a
água em temperatura igual à temperatura do
bulbo úmido do ar.
„
O calor sensível do ar evapora a água,
abaixando a temperatura do bulbo seco do ar e
sendo convertido em calor latente no vapor
adicionado
43
Gráfico Psicrométrico
60% UR
Ponto A = ar não saturado
50% UR
Ponto B = ar saturado
40% UR
30% UR
Temperatura bulbo úmido
Temperatura bulbo seco
Gráfico Psicrométrico
44
Carta psicrométrica
Temperatura de
Umidade relativa
Temperatura bulbo úmido 19
bulbo úmido oC
Grama de
vapor por
quilograma de
ar seco
0C
UR 70% = temperatura bulbo
seco a 29 0C
UR de 90% = temperatura bulbo
(umidade
absoluta)
seco a 25 0C
25
-10
29
50
Temperatura bulbo seco (graus Celsius)
Tipos de sistemas adiabáticos evaporativos
„
Nebulização associado a ventilação
„
Aspersão de água sobre a cobertura ou sobre o
animal
„
Sistema de material poroso acoplado ao
ventilador e tubos de distribuição de ar
45
Resfriamento Adiabático
Evaporativo: Nebulização
„
Formação de gotículas extremamente pequenas
assegurando a evaporação rápida
„
A ventilação acelera a evaporação e evita que
a pulverização ocorra em um só local
Resfriamento Adiabático
Evaporativo
„
Pode ser apliacado
„
„
„
„
Nebulização
Microaspersão (alta pressão)
Aspersão nos animais
Aspersão nos telhados
A diferença entre nebulização e a aspersão consiste no tamanho da gota e na
pressão na qual o sistema opera.
A NEBULIZAÇÃO permite a formação de gotículas extremamente pequenas
(0,05 mm) que provoca uma evaporação mais rápida.
46
„
Quanto menor o tamanho da partícula:
„
Maior o tempo para atingir o chão, o que favorece
a evaporação
„
Maior área coberta com menor volume de água
Sistema de Ventilação e Nebulização
47
Recursos de climatização x
Produção de leite
Recursos de climatização x
Produção de leite
48
Galpão com ventilação natural com manejo de cortinas - Gc
Sistema de ventilação tipo túnel
Galpão com vedação, com exaustores na face leste - GT
49
Fonte: Naas et al., 2007
50
Resfriamento Adiabático
Evaporativo
„
Aspersão: usa gotas maiores para molhar o pêlo e a
pele dos animais (não resfria o ambiente)
„
O animal se resfria com a evaporação da água
„
Deve ser usado com a ventilação para evitar molhar
as instalações (precisa ter boa drenagem no solo)
„
Maior gasto de água
„
215,0 x 70,0 litros/vaca/dia para a aspersão versus nebulizaç
nebulização
Aspersão em bovinos
„
Aspersores com raios de 1800
„
Situados a 2,5 m cada
„
Ventiladores devem estar de 3 a 4 m do solo e
inclinados 200 a 300
„
Deve ser ligado quando a temperatura atingir
270C
51
Tabela 4. Alterações na produção de leite em função do ambiente.
Fonte
MacFARLANE & STEVENS, 1972
McDOWELL, 1975
McDOWELL et al., 1976
ROMAN-PONCE et al., 1977
COLLIER et al., 1981
HERNANDEZ & CASTELLANOS, 1983
SCHNEIDER et al., 1984
CHANDLER, 1987
ZOA-MBOE, 1989
BUCKLIN et al., 1991
IGONO et al., 1992
HALL et al., 1997
DAMASCENO et al., 1998
Condição
Produção*
Sombra / Sol
+18,2 %
18 °C / 30 °C
-14,6 %
Verão / Inverno
-17 %
Sombra / Sol
+10,7 %
Sombra / Sol
+16 %
Aspersão por 1 hora
+7 %
Sombra / Sol
+19 %
Verão / Inverno
-2,3 a -4,6 kg
Sol(37°C) / Sombra(29°C)
-9,2 %
Aspersão + Ventilação
+7,1 a +15,8 %
Verão / Inverno
-11,5 a –16 kg
Aspersão >26°C
+4,8 kg
Sombra parcial/completa
-8,1 %
Reduções (-) ou acréscimos (+) na produção leiteira, em kg por vaca/dia ou em %.
52
Recursos de climatização x Produção
de leite
Autor
Tratamento
PINHEIRO et Sem resfriamento evaporativo
al. (2001)
Com resfriamento evaporativo
NÄÄS
ÄÄS &
ARCARO
(2001)
BRAY et al.
(1994)
MARTELLO
(2001)
Produç
Produção de
leite (kg/dia)
10,7
12,5
Sombra com tela
18,2
Sombra + ventilador
19,1
Sombra + ventilador + aspersor
20,5
Sem climatizaç
climatização
24,0
Com aspersor +ventilador
26,7
Controle
20,0
Climatizado
20,3
Tela
21,7
VEF = ventilação forçada
NEV = resfriamento
evaporativo com nebulizador
acoplado ao ventilador
MPV = resfriamento
evaporativo com material
poroso umedecido acoplado ao
ventilador
TES = testemunha
53
Resfriamento Adiabático
Evaporativo
PAD COOLING (placa evaporativa)
„
Utiliza o sistema de ventilaç
ventilação negativa em tú
túnel (també
(também
usado com ventilaç
ventilação positiva em galpões abertos)
„
Nas extremidades laterais de uma das cabeceiras do galpão,
são dispostas aberturas, onde são instaladas placas
evaporativas para o resfriamento do ar que entra no galpão
„
Na extremidade oposta são colocados exaustores (renovaç
(renovação
do ar a cada minuto, velocidade de 2m/s)
Força a passagem do ar por material poroso umedecido
O ar externo é resfriado antes de ser conduzido para dentro dos
galpões
54
PAD COOLING (placa evaporativa)
„
Molhamento: gotejamento ou escorrimento
„
Materiais utilizados: fibras, argila expandida,
celulose
„
Vantagem sobre a nebulização: menor
umidade relativa no galpão resultando em
galpões mais limpos e com menos problema de
ferrugem
55
56
57
58
Aquecedores
„
Aquecedores a lenha
„
„
„
Aquecedores elétrico
„
„
„
„
Campânulas elétricas
Lâmpadas infravermelhas
Resistência embutida no piso
Aquecedores a gás
„
„
Campânulas
Fornalhas
Campânulas a gás
Alternativos
„
„
Aquecimento solar
Canalização de ar quente
Aquecedores a lenha
„
O calor é transmitido às aves principalmente por meio da conduç
condução, atravé
através
do ar.
„
O uso de lenha, como fonte de calor em uma campânula ou fornalha,
fornalha, requer
maior mãomão-dede-obra e é de difí
difícil controle da temperatura.
„
Como a combustão geralmente não é completa, devem ser providos de
filtros nas entradas de ar com o objetivo de minimizar a passagem
passagem de gases
tóxicos, principalmente o CO2, para o interior das instalaç
instalações.
„
Os queimadores podem estar localizados externamente ou internamente ao
aviá
aviário.
„
O consumo de lenha é de aproximadamente 1 m3/dia para um aviá
aviário de
100 m de comprimento, dependendo das condiç
condições climá
climáticas.
59
Aquecedores a lenha
Aquecimento elétrico
„
Aquecedores elé
elétricos - tiveram grande difusão no passado, quando se criavam aves
em grupos reduzidos, decaindo, posteriormente, nas granjas industriais,
industriais,
„
São constituí
constituídos de resistências elé
elétricas, blindadas ou não e lâmpadas
infravermelhas que são colocadas embaixo de uma campânula (refletor)
(refletor) a fim de
projetar o calor de cima para baixo ou resistências embutidas no piso a fim de
projetar o calor da baixo para cima.
„
O sistema, em si, é o mais limpo e fá
fácil de manutenç
manutenção existente, devendodevendo-se
adequar a potência do elemento aquecedor ao nú
número de aves a ser criado.
„
São caracterizados por transmitirem o calor por meio da conduç
condução e da radiaç
radiação,
serem de fá
fácil manuseio, possuí
possuírem produç
produção de calor constante e não geraç
geração de
gases tó
tóxicos (CO e CO2).
„
A grande desvantagem desse tipo de aquecedor é o custo da energia elé
elétrica. O uso
de lâmpadas infravermelhas apresenta consumo excessivo de energia,
energia, a menos que
as lâmpadas sejam controladas termostaticamente.
termostaticamente.
60
Aquecimento elétrico
Aquecimento a gás
„
„
São os mais utilizados e que apresentam o menor custo com a
geraç
geração da energia té
térmica, pois utilizam tanto o gá
gás natural
Existem no mercado vá
vários tipos desses aquecedores:
„
„
„
„
Campânulas a gá
gás possuem um queimador de gá
gás convencional,
onde o calor é transmitido às aves por conduç
condução e convecç
convecção.
São instalados a pouca altura do chão e, conseqü
conseqüentemente,
das aves, o que ocasiona uma distribuiç
distribuição não uniforme da
temperatura em seu raio de aç
ação.
Com a baixa altura de instalaç
instalação, os gases provenientes da
combustão se alojam abaixo da campânula, podendo atingir os
pintos, prejudicando o aparelho respirató
respiratório.
Possuem duas regulagens de temperatura, alta e baixa,
feitas manualmente e uma capacidade reduzida de
aquecimento, sendo recomendados para, no má
máximo, 500
pintos.
61
Aquecimento a gás
„
„
„
Placa cerâmica:
cerâmica:
A chama do queimador incidente na placa de cerâmica faz
com que a mesma se torne incandescente e, dessa forma,
transfira calor por meio da radiaç
radiação.
Devido à utilizaç
utilização relativa do efeito de radiaç
radiação esses
aquecedores podem ser instalados a uma altura um pouco
superior aos anteriores, sendo que a distribuiç
distribuição da
temperatura é relativamente melhorada.
„
Apresentam como desvantagem a fragilidade da placa
cerâmica, que pode quebrarquebrar-se no manuseio do aquecedor.
„
Possuem uma capacidade mediana de aquecimento, sendo
recomendados para aquecer entre 700 a 800 pintos.
„
Aquecimento a gás
„
Infravermelhos:
„
A combustão do gás se dá
diretamente em queimadores
metálicos de alta capacidade de
suportar o calor, tornando sua
superfície totalmente incandescente
e desta forma transferindo o calor
principalmente pela radiação.
62
Aquecimento a gás
63
64
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Ambiencia