Lothar Wieser
„Das hiesige Land gleicht einem Paradies“
Die Auswanderung von Baden nach Brasilien im 19. Jahrhundert
“Esta terra é um paraíso”
A emigração badense ao Brasil no século XIX
Darstellungen und Quellen zur badischen Auswanderung
Relatos e fontes da emigração badense
Schriftenreihe der Badisch-Südbrasilianischen Gesellschaft, Karlsdorf-Neuthard, Band 1
Publicações da Badisch-Südbrasilianische Gesellschaft, Karlsdorf-Neuthard, volume 1
verlag regionalkultur
Inhaltsverzeichnis
Inhaltsverzeichnis – Sumário
Grußworte – Saudações .................................................................................................................................... 10
1. „Flucht vor Hunger und Not“ – Einleitung ................................................................................ 18
“Fuga da fome e da miséria” – Prefácio .......................................................................................... 19
2. Die Suche nach der „Stecknadel im Heuhaufen” – Fragestellung, Methoden, Quellenlage .22
A procura pela “agulha no palheiro” – Tema, métodos, origem da fonte de informaçao .. 23
Das Auswanderungsgebiet ................................................................................................................... 22
A região de emigração ........................................................................................................................... 23
Auswanderung nach Brasilien als Forschungsobjekt .................................................................. 22
A emigração ao Brasil como objeto de pesquisa .......................................................................... 23
Auswanderung als Prozess .................................................................................................................... 24
A emigração como processo ................................................................................................................ 27
Zur Quellenlage ...................................................................................................................................... 28
Sobre a origem da fonte de informação .......................................................................................... 29
Danksagung .............................................................................................................................................. 36
Agradecimentos ....................................................................................................................................... 37
3.
Von der portugiesischen Kolonie zum Kaiserreich Brasilien –
Politische Hintergründe und die Anfänge der Einwanderung ............................................. 38
De colônia portuguesa a Brasil império – Cenário político e o início da imigração ... 39
4. “Independência ou morte” – Der Weg in die Unabhängigkeit Brasiliens ....................... 48
“Independência ou morte” – O caminho para a independência do Brasil ...................... 49
Major von Schaeffers „geheime Mission“ – Anwerbung von Soldaten ............................... 50
“A missão secreta” do Major von Schaeffer – Recrutamento de soldados .......................... 51
5.
„Das hiesige Land gleicht einem Paradies“ –
Georg Heinrich von Langsdorff und die Einwanderung von Badenern ........................... 56
“Esta terra é um paraíso” – Georg Heinrich von Langsdorff e a imigração de Baden ........ 57
6.
„Verzweifeln an der Zukunft“ – Auswanderungsgründe ........................................................ 70
“Desespero com o futuro” – Motivos da emigração ................................................................. 71
7.
„Die überschüssigen Menschen müssen fort“ – Staatliche Auswanderungspolitik .. 110
“As massas em excesso precisam ir embora” – Política de emigração estatal ............... 111
Gesetze – Verordnungen – Verfahren ............................................................................................ 110
Leis – Decretos – Processos ............................................................................................................... 111
„Wünsche eine Reise nach Brasilien zu machen” – Vom Antrag bis zur Ausreise ......... 118
“Desejo fazer uma viagem para o Brasil” – Do requerimento até a partida .................... 119
Konsularische Vertretung Badens in Brasilien ............................................................................ 124
Representação consular de Baden no Brasil ................................................................................ 125
6
Sumário
8. „Seelenverkäuferey“ – Agentenwesen und Auswanderungskontrolle ............................. 136
“Negócio de Almas” – Agenciamento e controle da emigração ........................................ 137
„Bruttoverdienst von einer Million Gulden“ – Mannheim als
Agentenzentrale und Hauptumschlagplatz für Auswanderer ............................................... 144
“Ganho bruto de um milhão de Gulden” – Mannheim como
central de agentes e principal lugar de transferência para emigrantes ............................... 145
Agenturen und Vermittler ................................................................................................................. 150
Agências e mediadores ........................................................................................................................ 151
9. Wege ins „gelobte Land“ – Reiseweg und Reisebedingungen im 19. Jahrhundert .. 156
Caminhos para a “terra prometida” – Itinerário e condições de viagem no século 19 ...... 156
Anreise zur den Seehäfen der Nordsee ............................................................................................156
Chegada nos portos do Mar do Norte ............................................................................................157
Verkehrsader Rhein ................................................................................................................... 156
Via arterial Reno ........................................................................................................................ 157
Einschiffungshafen Hamburg ............................................................................................... 158
Porto de embarque de Hamburgo ....................................................................................... 161
Bremen wird Auswanderungshafen .................................................................................... 164
Bremen se torna porto de emigração .................................................................................. 167
Havre de Grâce ........................................................................................................................... 170
Havre de Grâce ........................................................................................................................... 171
„Ja! Ja! Ihr lieben Leute unsre Reise war beschwerlich“ – Segelschifffahrt
im 19. Jahrhundert ............................................................................................................................... 174
Sim! Sim! Estimadas pessoas, nossa viagem foi difícil” – Navegação
com veleiros no século 19 .................................................................................................................. 175
„Wenn ihr nach Antwerpen kommt, aufgepasst!“ – Betrug
und „Seelenverkäuferey“ ..................................................................................................................... 196
“Se vocês vierem para a Antuérpia, tomem cuidado!” – Fraude
e “venda de almas” ................................................................................................................................ 199
„Unter Dampf“ – Über Land und Meer mit Eisenbahn und Dampfschiff .................... 208
“A todo vapor” – Por terra e mar na era da locomotiva e do navio a vapor .................... 209
10. Fast „Kaffeesatzleserei“ – Versuch einer Statistik .................................................................... 220
Quase “cafeomancia” – Tentativa de uma análise estatística .............................................. 221
11. Gelandet, aber nicht angekommen – Weiterreise in Brasilien ........................................... 234
Em terra, mas longe do destino – A viagem prossegue Brasil adentro ........................... 235
„Die kleinen Leiden der Ankunft“ – Landung, Visitation, Unterbringung .................... 234
“Os pequenos sofrimentos na chegada” – Desembarque, inspeção, alojamento ........... 235
Weitertransport ...................................................................................................................................... 242
O transporte ao destino final ............................................................................................................ 243
7
Inhaltsverzeichnis
12. Siedlungsgebiete mit Einwanderern aus Baden ....................................................................... 248
A área do assentamento com imigrantes de Baden ................................................................ 249
Überblick der regionalen Verteilung .............................................................................................. 248
Uma visão da distribuição regional ................................................................................................ 249
Provinz Rio Grande do Sul/Província do Rio Grande do Sul .............................................. 248
São Leopoldo .............................................................................................................................. 248
São João do Montenegro ........................................................................................................ 253
Conventos .................................................................................................................................... 258
Nova Petrópolis .......................................................................................................................... 260
Santa Cruz do Sul ...................................................................................................................... 261
Santo Ângelo ............................................................................................................................... 264
São Lourenço do Sul ................................................................................................................ 264
Provinz Santa Catarina/Província Santa Catarina ..................................................................... 266
Colônia Dona Francisca, Joinville ....................................................................................... 266
Blumenau, Badenfurt, Pommerode .................................................................................... 270
Brusque, Guabiruba ................................................................................................................. 274
Provinz Paraná/Província Paraná .......................................................................................................276
Assunguy (Cerro Azul) ............................................................................................................ 276
Provinz São Paulo/Província São Paulo ........................................................................................ 278
Santo Amaro und Rio Negro ................................................................................................ 278
Rio Claro, São Carlos .............................................................................................................. 282
Provinz Minas Gerais/Província Minas Gerais ........................................................................... 288
Mucurí und/e Philadelphia .................................................................................................... 288
Companhia União e Indústria (Gesellschaft Einigkeit und Industrie) .................. 294
Kolonie Dom Pedro II/A Colônia Dom Pedro II ......................................................... 296
Provinz Espírito Santo/Província Espírito Santo ....................................................................... 300
13. „Wir sind in keiner Sklaverei“ – Ansiedlungsbedingungen ................................................ 306
“Nós não estamos na escravidão” – Condições da imigração ............................................ 307
„Gegeben im Palaste zu Rio de Janeiro“ – Die Verordnung über Kolonisation ............ 306
“Concedido no Palácio do Rio de Janeiro” – Regulamentos da colonização .................. 307
Im Einwandererhaus ............................................................................................................................ 314
Na casa de imigração ........................................................................................................................... 315
Niederhauen, ausdörren lassen, verbrennen – Anlegen einer „Roça“ ................................ 318
Derrubar, deixar secar, queimar – Fazer uma “roça” ................................................................ 319
Vier Pfähle, Stricke und Fachwerk – Die Wohnung wächst im Wald ............................... 320
Quatro estacas, cordas e exaimal – A moradia cresce na floresta ......................................... 319
„Ein langgestrecktes Dorf“ – Kolonien, Picaden, Stadtplätze .............................................. 322
“Uma extensa aldeia” – Colônias, picadas, praças ..................................................................... 325
„Denn wir sind freie Leute und keine Sclaven“ – Die Anfangsjahre
auf der Kolonie ...................................................................................................................................... 326
“Porque nós somos pessoas livres e não escravos” – Os primeiros anos
na colônia ................................................................................................................................................ 327
8
Sumário
„Ein großes Übel, nämlich die wilden Menschen“ – Die Vernichtung
der Urbevölkerung ............................................................................................................................... 336
“Um grande mal, ou seja, os homens selvagens” – A destruição
dos povos nativos .................................................................................................................................. 335
14. „Hier hat mich noch keine Sorge gequält“ – Wirtschaftliche, soziale,
kulturelle und politische Entwicklung bis 1900 ..................................................................... 338
“Aqui nenhuma preocupação me inquietou até agora” – Desenvolvimento
econômico, social, cultural e político até 1900 ........................................................................ 339
Landwirtschaft, Handwerk, Industrie ........................................................................................... 338
Agricultura, artesanato, indústria .................................................................................................... 339
„Zeichen des Wohlergehens” – Schule, Kirche, Verein ........................................................... 354
“Sinal do bem-estar” – Escola, igreja, clube ................................................................................ 355
Die Anpassung im „fröhlichen Leben” – Sprache, Sitte, Brauchtum ................................ 364
A adaptação na „vida feliz” – linguagem, costumes, tradições ............................................. 365
„Von hier müssen wir fortwandern” – Der Zug „nach Westen” .......................................... 372
“Daqui temos que continuar a caminhada” – A marcha “para o oeste” ........................... 371
15. Resumée und Ausblick ....................................................................................................................... 378
Resumo e perspectiva ......................................................................................................................... 379
Zeittafel zur Geschichte der badischen Auswanderung nach Brasilien ...................................... 384
Cronologia da emigração badense para o Brasil .................................................................................. 385
Glossar zur deutsch-brasilianischen Sprachmischung ....................................................................... 388
Glossário sobre a mistura linguística teuto-brasileira ........................................................................ 389
Abkürzungen – Abreviações ......................................................................................................................... 392
Quellen und Literatur – Fontes e literatura .......................................................................................... 394
Sponsoren – Patrocínio .................................................................................................................................. 414
9
Einleitung
1.
„Flucht vor Hunger und Not“ – Einleitung
„Flucht vor Hunger und Not“ war der Titel der der Wanderausstellung der Badisch-Südbrasiliani­
schen Gesellschaft, Karlsdorf e. V. (BSG), die im April 2010 in Karlsdorf eröffnet wurde. Sie
sollte an die Badener aus dem Amt Bruchsal erinnern, die sich vor 150 Jahren auf den Weg
machten, um im fernen Santa Catarina, dem zweitsüdlichsten Staat Brasiliens, einen Neuanfang
zu wagen. Allein in Karlsdorf haben zwischen 1858 und 1865 etwa ein Viertel aller Einwohner
ihrer Heimat den Rücken gekehrt. Naturkatastrophen, Nahrungsmangel und Unterbeschäftigung
bestimmten den Lebensalltag vieler Menschen im 19. Jahrhundert. Ganze Familien fassten den
Entschluss, auszuwandern. Hauptziel waren die Vereinigten Staaten von Nordamerika, die mehr
als 90 Prozent aller Europamüden anzog. Zweitwichtigstes Auswanderungsziel war, wenn auch
mit weitaus geringeren Zahlen, das Kaiserreich Brasilien in Südamerika.
Im Verlauf der Recherche für die Wanderausstellung ergaben sich Hinweise, dass es neben dem
Bereich Bruchsal – Karlsruhe weitere Auswanderungsgebiete gab und die Brasilienauswanderung
von Badenern viel früher anzusetzen war als 1858/60. Zudem fanden sich Badener nicht nur in
der Südregion sondern auch in Staaten Mittelbrasiliens. Kaum bekannt ist, dass Auswanderer
aus dem ehemaligen Großherzogtum Baden bereits auf den ersten Schiffen mitsegelten, die im
frühen 19. Jahrhundert anlanden durften.
Schon bei den ersten Auswanderertransporten, noch vor der Unabhängigkeit Brasiliens, befanden sich Badener. Einige sind aus Lahr und Umgebung dem Ruf des berühmten Forschungs­
reisenden Georg Heinrich von Langsdorff gefolgt. Auch den Versprechungen der Agenten des
brasilianischen Werbers Georg Anton von Schaeffer erlagen, trotz eindringli­cher Warnungen
durch die badischen Behörden, 1824 viele Familien, besonders aus dem Umkreis von Bretten.
Sie sind vermutlich entweder in der Provinz Rio de Janeiro geblieben, oder nach Rio Grande
do Sul geschickt worden.
Der 150 Jahre badischer Auswanderung nach Santa Catarina wäre sicher nicht gedacht
worden, hätte sich nicht in den Familien diesseits und jenseits des Ozeans das Wissen um
verwandtschaftliche Beziehungen erhalten. Erzählungen über die Auswanderer von 1860 wurden Jahrzehnte überliefert, wie auch manchem Auswanderer die alte Heimat schmerzlich in
Erinnerung blieb. Briefliche Kontakte gab es vereinzelt. Sie rissen zwar im Verlauf des Zweiten
Weltkrieges ab, wurden danach jedoch wieder von Nachkommen aufgenommen. Intensiviert
haben sich die Beziehungen von Karlsdorf nach Brusque/Guabiruba erst wieder über die Kontakte
der beiden Amateurfunker Herbert Schlindwein (Brusque) und Manfred Völker (Karlsdorf ).
Der 1980 gegründete Heimatverein Karlsdorf befasste sich mehrfach in Beiträgen mit dem
Schicksal der Auswanderer und deren Nachfahren. Zahlreiche Besuche von Familien knüpften
und vertieften die Freundschaftbande.
Mit der Zunahme persönlicher Beziehungen wuchs das Bedürfnis nach mehr Informationen
über familiäre Verbindungen.
18
Prefácio
1.
“Fuga da fome e da miséria” – Prefácio
“Fuga da fome e da miséria” foi o título da exposição alusiva à emigração realizada pela Sociedade
Badisch-Südbrasilianische Gesellschaft, Karlsdorf e. V. (BSG), cuja abertura foi em abril de 2010;
em Karlsdorf. A exposição foi em homenagem aos alemães de Baden do Distrito de Bruchsal,
que emigraram há 150 anos para tentar uma nova vida na distante Santa Catarina, no segundo
Estado mais ao sul do Brasil. Somente em Karlsdorf, aproximadamente um quarto de todos os
habitantes deixaram a sua terra natal entre os anos de 1858 e 1865. Catástrofes naturais, alimento
em escassez e desemprego ditavam o dia a dia de muitas pessoas no século 19. Famílias inteiras
decidiram emigrar. O destino principal, foram os Estados Unidos da América, que atraiu mais
de 90 por cento de todos aqueles desacreditados da Europa. O segundo destino de emigração
mais importante foi, embora em número bem menor, o Império do Brasil na América do Sul.
Ao longo da pesquisa para a realização da exposição, descobriu-se que havia outras regiões
de emigração, além de Bruchsal-Karlsruhe, e que a emigração dos alemães de Baden ao Brasil
tinha, na verdade, se iniciado muito antes de 1858/60. Constatou-se ainda que os emigrantes
de Baden não estavam somente na região sul, mas também em Estados da região central do
Brasil. Mais inédito ainda é o fato de que os emigrantes do então Grão-Ducado de Baden já
tinham velejado nos primeiros navios que tinham permissão de acostar no início do século 19.
Os primeiros navios de imigrantes, ainda antes da independência do Brasil, já haviam transportado alemães de Baden. Alguns deles vindos de Lahr e imediações atenderam ao chamado
do famoso viajante e pesquisador Georg Heinrich von Langsdorff. Em 1824, muitas famílias,
especialmente, da região de Bretten caíram nas promessas dos agentes do recrutador brasileiro
Georg Anton von Schaeffer, apesar das advertências insistentes por parte das autoridades de
Baden. Presume-se que estas tenham ficado na província do Rio de Janeiro ou que tenham sido
enviadas para o Rio Grande do Sul.
Os 150 anos da emigração de Baden a Santa Catarina certamente não seriam lembrados se as
relações de parentesco não tivessem se preservado nas famílias deste e do outro lado do oceano.
Por décadas, foram transmitidas histórias sobre os emigrantes de 1860, de como alguns lembravam com tristeza de sua antiga terra natal. Algumas famílias mantiveram contato por carta.
Embora interrompidas durante a Segunda Guerra Mundial, as cartas voltaram a ser escritas por
aqueles que vieram depois. As relações de Karlsdorf para Brusque/Guabiruba voltaram apenas a
se intensificar por intermédio dos contatos dos operadores de rádio amador Herbert Schlindwein
(Brusque) e Manfred Völker (Karlsdorf ). A associação Heimatverein Karlsdorf fundada em 1980
tratou por diversas vezes em artigos o destino dos emigrantes e de seus descendentes. Diversas
visitas de famílias ataram e intensificaram os laços de amizade.
Com o aumento das relações pessoais, aumentou a necessidade de mais informações sobre
os vínculos familiares.
A partir de 1987, os contatos alcançaram o plano “oficial”, devido a visitas recíprocas de
delegações em Brusque e Guabiruba, assim como Karlsdorf-Neuthard. Por ocasião dos festejos
19
Politische Hintergründe und die Anfänge der Einwanderung
3.
Von der portugiesischen Kolonie zum Kaiserreich Brasilien –
Politische Hintergründe und die Anfänge der Einwanderung
Die südamerikanische Kolonie der Portugiesen war vor der Übersiedlung des Königshauses in
allen Fragen des öffentlichen Lebens den Entscheidungen aus Lissabon unterworfen.
Produktionsge- und verbote regelten die Wirtschaft bis ins Einzelne nach den Bedürfnissen
und Interessen der Metropole. Seit 1733 war Fremden der Eintritt in die Kolonie verboten.28
Eine eigene Industrie gab es nicht, die Errichtung von Hochschulen war verboten, Zeitungen
und Bücher durften in Brasilien nicht herausgegeben werden. Nahezu alle Artikel des täglichen
Gebrauches, abgesehen von einigen Grundnahrungsmitteln, wurden importiert und füllten via
Lissabon auch die Kassen der Engländer.29
Diese einseitigen Strukturen galt es aufzubrechen als das portugiesische Königshaus vor den
napoleonischen Truppen nach Rio de Janeiro floh.
Gleich nach seiner Ankunft, noch auf Zwischenstation in Bahia, erließ Prinzregent Johann
VI. am 28. Januar 1808 ein Gesetz zur Besiedelung und Kolonisation, alle Gesetze und Verordnungen, die den Handel behinderten, wurden außer Kraft gesetzt.30
In Rio de Janeiro am 1. April 1808 angekommen, erließ er weitere Gesetze, die das „doppelte
Monopol“, nämlich das des eigenständigen Handels und der industriellen Produktion, brechen
sollten. Das Provisorium sollte jedoch nur kurzen Bestand haben, unterlag doch Napoleon noch
im Jahr 1808 den vereinigten Truppen von Portugal und England. Der Hofstaat blieb jedoch
in Rio de Janeiro, der König ließ sich von einem Statthalter in Lissabon vetreten, das Weltreich
wurde von der Kolonie aus regiert.
Sämtliche Prohibitivgesetze blieben außer Kraft, Brasiliens Küsten öffneten sich dem Welthandel, Gewerbe wurden zugelassen. Nutznießer der Reformen waren vor allem die im Welthandel
dominierenden Engländer, die durch einen Handelsvertrag 1810 vorteil­haftere Zollbedingungen
erhielten als sie selbst Portugiesen zugestanden wurden.31
28 Handelmann 1860 (Nachdr. 1987), 806 ff. Das Gesetz S. 814. Johann VI. führte für seine Mutter, die
geisteskranke Königin Maria, die Staatsgeschäfte; vgl. Kohlhepp 1968, 53 f; Jacob 1974, 194 f.
29 Zur portugiesischen Kolonialpolitik, vgl. JACOB 1974, 180 ff, zu Produktionsverboten, ebd., 192.
30 Handelmann 1860, 840 f. JACOB 1974, 195.
31 Brunn 1971, 1. Danach sollten die Engländer 15 % auf den Handelswert der Importe zahlen, Portugiesen
16%, alle übrigen Handelspartner 24%. England profitierte bereits vorher von der Dominanz im Welthandel: In Ermangelung eigener Industrieproduktion bezog Portugal einen großen Teil seiner Produkte von
dort, die zudem mit ausländischen Schiffen transportiert wurden. Vgl. Wätjen 1923, 596. Nach Wätjen
ist der portugiesische Hofstaat bereits am 7. März 1808 in Rio de Janeiro eingetroffen (ebd., 597). Nach
Hinden (1921, 24 f ) sicherten sich die Engländer bis 1825 ein „wahres Handelsmonopol“, durch einen
weitere Vorteile garantierenden Vertrag, den brasilianische Schriftsteller als „schändlichster Vertrag“ bezeichneten, den der Staat in seiner Geschichte jemals eingegangen sei, zumal die Engländer zum Schutz
der Produkte aus ihren eigenen Kolonien keineswegs auf die hohen Einfuhrzölle für Zucker und Kaffee
verzichteten.
38
Cenário político e o início da imigração
3.
De colônia portuguesa a Brasil império – Cenário político e o
início da imigração
A colônia sulamericana
dos portugueses era, antes
da mudança da Casa Real,
em todos os aspectos da
vida pública sujeita às
decisões de Lisboa.
Leis e proibições de
produção regulavam a
economia nos seus pormenores de acordo com
as necessidades e interesses
da metrópole. Desde 1733
era proibida a entrada de
estrangeiros na colônia.28
Uma indústria própria
não existia, a instalação de
universidades era proibida,
jornais e livros não podiam
ser publicados no Brasil.
Quase todos os artigos de
uso cotidiano, com exceção de alguns alimentos
básicos, eram importados
e também enchiam, pasSiedlungsgebiete in Brasilien. In: Grothe 1936.
sando por Lisboa, os cofres Áreas da colonização no Brasil. Em: Grothe 1936.
dos ingleses.29
Essas estruturas unilaterais precisavam ser quebradas quando a Casa Real portuguesa fugiu
das tropas napoleônicas para o Rio de Janeiro.
Logo após sua chegada, ainda na escala na Bahia, o príncipe regente Dom João VI decretou
em 28 de janeiro de 1808 uma lei para ocupação e colonização, e todas as leis e decretos que
dificultavam o comércio perderam a validade.30
28 Handelmann 1860 (Reimpressão 1987), p. 806 ss. A lei, na página 814. Dom João VI conduzia para sua
mãe, a rainha Maria, doente mental, os negócios do estado; compare Kohlhepp 1968, p. 53 s. Brunn 1971,
p. 1 s; Jacob 1974, p. 194 s.
29 Para a política colonial portuguesa, compare Jacob 1974, p. 180 ss., para as proibições de produção, ibidem, p. 192.
30 Handelmann 1860, p. 840 s. Jacob 1974, p. 195.
39
Glückwunsch-Urkunde der "badischen Colonie" in São Paulo zum 50. Regierungsjubiläum
von Großherzog Friedrich I. São Paulo 1902. GLA 69 Baden, Sammlung 1995 D Nr. 874.
Documento de congratulações da "colônia de Baden" de São Paulo para o quinquagésimo
jubileu do reinado do Grão Duque Friedrich I. São Paulo, 1902. GLA 69 Baden, Sammlung
1995 D n.° 874.
184
Siedlungsgebiete mit Einwanderern aus Baden
12. Siedlungsgebiete mit Einwanderern aus Baden
Überblick der regionalen Verteilung
Wer sich mit der Geschichte der Einwanderung von Badenern in Brasilien befassen möchte,
muss sich mit der deutschen Einwanderung generell auseinander setzen.
Inzwischen liegen zu nahezu allen Distrikten und Gemeinden Geschichten unterschiedlicher
Erzähldichte vor. Da auch Badener in Gruppen, Familien und als Einzelpersonen eingewandert
sind, finden sie sich in nahezu allen Gebieten deutscher Einwanderung. Hinweise dazu sind
weit in der Literatur verstreut, manchmal sind sie nur am Rande erwähnt, wie die Handwerks­
burschen, die man gleich in die Fremdenlegion einreihte.
Zum Verständnis der Geschichte der Besiedlung und ihrer verschiedenen Organisations­
formen wird hier zunächst ein Überblick der regionalen Verteilung der Einwanderer vorangestellt,
der sich auf grundsätzliche Daten zu den Anfangsbedingungen in den jeweiligen Siedlungsge­
bieten beschränkt. Auf Details soll an geeigneter Stelle eingegangen werden.
Ein exemplarisches Vorgehen ist insofern angebracht als die Zahl der Kolonien mehrere
Hundert beträgt. Die Trägerschaft hat sich im Verlauf der Einwanderung verlagert, von der
kaiserlichen Regierung (später Bundesregierung) über die Provinzen (später Staaten) und Mu­
nizipien bis zu einer Vielzahl von Gesellschaften, Unternehmen und Einzelpersonen.353
Auch die Bedingungen der Ansiedlung, die Inhalte der Verträge, Preise für Ländereien und
die nationale Zusammensetzung der Bevölkerung haben mit der Zeit eine Veränderung erfahren.
Jede Ansiedlung hat ihre eigene Geschichte.
Provinz Rio Grande do Sul
São Leopoldo
Die deutsche Einwanderung in Brasilien wird üblicherweise mit dem Datum der Ankunft der
ersten Siedler am „passo de São Leopoldo“ am 25. Juli 1824 angesetzt. Der 25. Juli ist deshalb bis
heute „Nationalfeiertag“ der Deutschstämmigen in den drei Südstaaten Brasiliens: Rio Grande
do Sul, Santa Catarina und Paraná.
São Leopoldo liegt im südlichsten Staat Rio Grande do Sul, damals Província de São Pedro
do Rio Grande do Sul, 1.500 km weit entfernt von der ehemaligen Hauptstadt Rio de Janeiro.
Es war kein Zufall, dass nach den ersten Ansiedlungen im Hinterland des Regierungssitzes,
Bauern und Handwerker in die Südregion verfrachtet wurden. Das immer wieder umkämpfte
Gebiet in der Grenzregion zu Argentinien und Paraguay musste „besetzt“ werden.
Die künftige Koloniezone, etwa 40 km nördlich der Hauptstadt Porto Alegre, bestand aus
zwei seit 1788 betriebenen kaiserlichen Estancias, die zur Hanfbepflanzung und Flachsher­
stellung bertriebene Feitoria Velha und die als Viehweide genutzte Estancia Velha, beider­seits des
353 Vgl. Hundert Jahre Deutschtum 1924, Beil. 5, S. 543 ff, wo allein für Rio Grande do Sul 50 Regierungs­
kolonien, 27 Gesellschaftskolonien und 186 Privatkolonien aufgezählt werden. Vgl. Pellanda 1925, 44 ff.
248
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