Metodologias na fonoaudiologia forense foram temas de congresso na ESMP Durante dois dias, na semana passada, especialistas, membros do Ministério Público e do Judiciário, delegados de polícia, defensores públicos e advogados discutiram as metodologias utilizadas na identificação de falantes com base na análise de conteúdo linguístico, voz e fala, apresentando a importância e a evolução do trabalho dos fonoaudiólogos na área forense, durante o “III Congresso Nacional de Fonoaudiologia Forense: A Lei, a Ciência e a Inteligência na Atividade Pericial”, realizado na sede da Escola Superior do Ministério Público (ESMP). Membros do Ministério Público e do Judiciário, especialistas, delegados de polícia, defensores públicos e advogados discutem as metodologias utilizadas na identificação de falantes O evento foi promovido pela ESMP, pelo Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEx) e pela Academia Brasileira de Fonoaudiologia Forense tendo na abertura, realizada na noite de quinta-feira (24), os promotores de Justiça Everton Luiz Zanella (representando o diretor da ESMP, Mário Luís Sarrubbo) e Tiago Cintra Essado (representando o coordenador do CAEX, Nilo Spinola Salgado Filho), a presidente da Academia Brasileira de Fonoaudiologia Forense, Maria do Carmo Gargaglione, e a assistente-técnica do CAEx, fonoaudióloga Ana Paula Sanches. A mesa de abertura contou ainda com a presença de Irene Queiroz Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, que proferiu palestra abordando o tema “Fonoaudiologia a Serviço da Lei”. A mesa redonda com o tema “Abordagens Metodológicas em Perícias de áudio/vídeo” encerrou os trabalhos da noite, com os peritos Ana Paula Sanches (fonoaudióloga, assistente-técnica do MPSP), Maurício Raymundo de Cunto, engenheiro eletrônico, e Marcos Ávila (perito federal), sob a coordenação de Maria do Carmo Gargaglione. Na sexta, Maria do Carmo Gargaglione proferiu a palestra “A Ciência da Comunicação nos Órgãos de Inteligência”. Em sequência, o tema abordado foi a “Interceptação Telefônica: Aspectos Legais e Prova Pericial” com a coordenação de Mônica Azzariti, vice-presidente da Academia Brasileira de Fonoaudiologia Forense (ACADEFFOR) e técnica pericial da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP do Rio de Janeiro, e a participação de Caio César Melluso, juiz de Direito em São José do Rio Preto; do promotor de Justiça Flávio Okamoto, de Ribeirão Preto, e da assistente-técnica do MPSP, Ana Paula Sanches. “CSI – RIO” e “Interceptação Telefônica e Perícia de Identificação de Falantes: Necessidades e Dificuldades sob Aspecto Prático” foram as palestras nas quais, respectivamente, falaram Paulo Wunder de Alencar, promotor de Justiça do Rio de Janeiro, e Ricardo Hiroshi Ishida, delegado de Polícia Federal. A mesa redonda “O Armazenamento da Voz como Procedimento Padrão – Aspectos Técnicos e Legais” também teve participação de Paulo Wunder de Alencar e reuniu ainda Maurício Raymundo de Cunto e Marcos de Ávila, sob coordenação de Márcia Monassi Mougenot Bonfim, promotora de Justiça assessora do CAEx. O tema “Fonoaudiologia Forense: Novos Rumos” foi abordado por Maria do Carmo Gargaglione para o público formado por membros do Ministério Público do Estado de São Paulo, dos MPs Estaduais, do MP da União, magistrados, servidores do MP e da ACADEFFOR, advogados, defensores públicos, delegados de Polícia, fonoaudiólogos e estudantes de fonoaudiologia. No encerramento oficial, Mário Luiz Sarrubbo, procurador de Justiça, diretor da ESMP, levantou a possibilidade de a parceria continuar no próximo ano, justificando a proposta com dois focos principais da ESMP: a integração entre as áreas e a atualização de conhecimentos em favor da sociedade.