BR ASIL R$ 2,00 FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXVIII - N 0 143 www.jornaldocommercio.com.br TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015 PARA RAMALHO, EXPORTAR MAIS EXIGE DIVERSIFICAÇÃO O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, disse que o Brasil precisa diversificar a sua pauta de exportações e "ser menos dependente do Mercosul", durante debate promovido pelo LideGrupo de Líderes Empresariais, em São Paulo. A-3 DIVULGAÇÃO/CI APÓS AVALIAREM DADOS de 95 mil crianças, cientistas concluíram que a vacina tríplice não aumenta os riscos dedesenvolvimento de autismo. A tese já havia sido refutada em outros estudos, mas muitos pais ainda temem imunizar os filhos. B-7 Arrecadação desacelera mesmo com alta de impostos Diante da atividade econômica em baixa, a arrecadação das receitas federais continua em desaceleração. Mesmo depois do aumento de impostos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o PIS/Cofins sobre os combustíveis, não foi possível sequer alcançar o desempenho do ano passado. Com isso, no primeiro trimestre entraram R$ 313,7 bilhões nos cofres públicos, o pior resultado para o período desde 2011. O governo conta, agora, com a aprovação das medidas de ajuste fiscal em tramitação no Congresso para obter novo fôlego e garantir o projeto do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de reordenamento das contas públicas. "As medidas de ajuste são extremamente necessárias. Não vamos conseguir resultado fiscal satisfatório se elas não forem aprovadas", ponderou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Rodrigues Malaquias. De janeiro a março, o governo abriu mão de R$ 29,116 bilhões por causa das desonerações, aumento de 22,27% em relação a igual período do ano passado. A equipe econômica está lutando para reduzir o peso das desonerações sobre as contas do governo. A-2 PAULO DE ARAUJO/CB/D.A PRESS Mangabeira: bens de capital avançados poderão ter ajuda Marcia PELTIER O governo planeja remover tarifas sobre bens de capital avançados, na tentativa de impulsionar a produtividade e injetar vida na economia, diz o ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Ele ressalva, porém, que não haverá nenhuma mudança nas tarifas até o fim do atual período de ajuste fiscal – o que analistas dizem que pode não ocorrer até 2016 ou mais tarde. Encarregado pela presidente Dilma Rousseff de conceber um novo caminho de desenvolvimento para o País, ele avalia ser necessário ter novas ferramentas para transformar uma economia baseada na exportação de commodities em uma nação industrializada com uma força de trabalho qualificada e bem paga. A-3 Presidente do Jockey Club de São Paulo quer resgatar glamour do Grande Prêmio de turfe da cidade.A-14 CIGARROS LUCRO DA SOUZA CRUZ VAI A R$ 469,4 MILHÕES. B-3 AVIAÇÃO GOL TEM QUEDA NA RECEITA POR PASSAGEIRO. B-2 Caixa Econômica reduz teto de financiamento de imóvel usado GERÊNCIA A Caixa Econômica Federal vai reduzir a cota de financiamento para imóveis usados (LTV na sigla em inglês), a partir de maio, e focar somente em moradias novas. A medida é mais uma adotada para amenizar a escassez de recursos que o banco enfrenta por conta da redução dos depósitos na poupança, principal fonte de funding para o crédito imobiliário – apenas no primeiro trimestre, as retiradas líquidas da caderneta foram a R$ 23,230 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. Para operações com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), o limite Márcia e Solange Farias, do Visage Coiffeur OS GRANDES DESAFIOS DA GESTÃO EM FAMÍLIA. B-8 vai passar de 80% para 50% no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 70% para 40% para imóveis no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). As alterações começam a valer a partir do dia 4 de maio. As operações de habitação popular, porém, não tiveram alteração, segundo a Caixa. "A redução do LTV será um grande choque na demanda por usados, já que poucas famílias têm condições de dar entrada de 50% do valor do imóvel", avaliam Guilherme Vilazante e Daniel Gasparete, do Bank of America Merril Lynch (BofA). A-4 Dívida ativa sem juros e multa no RJ Para aumentar a arrecadação, o estado do Rio de Janeiro planeja eliminar juros e multas para tentar receber ao menos parte dos R$ 66 bilhões inscritos na dívida ativa estadual. A proposta foi fechada ontem, após reunião entre o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e a corregedora Nacional de Justiça, Nancy Andrighi. O modelo sugerido pela corregedora regularizou o pagamento de tributos de 50 mil contribuintes no Distrito Federal. A proposta ainda precisa passar pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), sob a forma de projeto de lei. “O estado vai dar todas as condições para o cidadão e para o empresário ficarem legais”, disse Pezão. A-8 TRAGÉDIA DESESPERO, FOME E MEDO TOMAM CONTA DO NEPAL. A-10 BRASÍLIA/DF PMDB em cena A-6 EDITORIAL Lapa Presente A-12 SUA FRANQUIA Anacapri estuda lançar vending machines B-8 ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR 0800-0224080 FA X : ( 2 1 ) 2 5 1 6 - 5 4 9 5 [email protected] Mercado espera que Copom aumente juro em 0,5 ponto Economistas de instituições financeiras ouvidos na pesquisa Focus do Banco Central mantiveram a expectativa de que a Selic será elevada em 0,5 ponto percentual na reunião de hoje e amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom), subindo para 13,25%. O cenário para a política monetária neste ano não mudou, com a perspectiva de que a taxa básica de juros será corrigida mais uma vez, em junho, em 0,25 ponto, sofrendo corte somente em novembro, para encerrar o ano em 13,25%. Sobre a inflação, a aposta é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano baterá em 8,25%, acima do teto da meta estabelecida pelo governo, cujo centro é de 4,5%, com tolerância de dois pontos. Os especialistas entrevistados no Focus anteveem contração de 1,10% na economia em 2015 – na semana passada, apontavam recuo de 1,03%. A-2 Dólar tem o quinto recuo consecutivo O dólar cravou, ontem, a quinta sessão seguida de retração ante o real, ainda influenciado pelo comportamento da moeda americana no exterior e mantendo a tendência das últimas quatro semanas, com o mercado testando um novo piso para a divisa dos Estados Unidos, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (BC dos EUA) demore mais para iniciar a elevação dos juros. No encerramento do dia, a divisa perdeu 1,12% do valor, baixando a R$ 2,922 na ponta de venda. No mercado acionário, o Ibovespa também começou a semana no vermelho, num movimento de correção de preços, caindo 1,87%, aos 55.534,50 pontos. B-1