BR ASIL
R$ 2,00
FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXVIII - N 0 191
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SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015
EXPANSÃO EM PETRÓLEO NA
PROGRAMAÇÃO DA VIDEOCON
Fusões no Brasil devem
ter repique neste semestre
A indiana Videocon Industries planeja aplicar
US$ 2,5 bilhões em projetos de petróleo e gás
no Brasil nos próximos dois ou
três anos, disse o presidente do
grupo, o bilionário Venugopal
Dhoot, durante evento em
Londres. O conglomerado quer expandir suas
operações na área
petrolífera. B-3
MINT
UM GRUPO INTERNACIONAL de
cientistas usa uma molécula
gerada pelo corpo para
combater o tipo 2 da dengue e consegue evitar a
infecção em ratos. Segundo os pesquisadores,
a combinação pode
funcionar contra as
outras três morfologias do vírus. B-7
Executivos de bancos estão decepcionados com o fraco volume
movimentado em fusões e aquisições no Brasil neste ano até junho, mas preveem que os ativos mais baratos, devido ao real depreciado, e o grande volume de recursos de gestores de private
equity devem mudar o jogo nos próximos meses. Dezenas de tentativas de acordos foram suspensas na primeira metade de 2015,
com o País enfrentando turbulência econômica e política. Ainda
assim, o trabalho de assessoria financeira foi intenso no período,
forçando bancos a envolver mais gente do que o habitual para li-
PAULO WHITAKER/REUTERS
Diminuição
no risco
regulatório
Marcia
PELTIER
Cantora Teresa Cristina
abre semana de
atividades especiais no
Real Gabinete Português
de Leitura.A-14
AÇÕES
DE NOVO, IBOVESPA FECHA
SEMANA NO VERMELHO. B-2
FRACASSO
LEILÃO DE ENERGIA DE
RESERVA SEM PROPOSTAS. A-3
dar com transações que foram feitas. Embora as perspectivas para
a economia doméstica sigam desanimadoras, os esforços do governo federal para controlar a inflação e as contas fiscais estão
melhorando gradualmente a confiança de investidores, segundo
executivos. Além disso, preços mais atraentes para alvos de aquisição devem ajudar a transformar planos em negócios efetivos.
No ano, até 30 de junho, as companhias anunciaram US$ 14,47 bilhões em fusões no Brasil, menor volume em uma década, conforme levantamento da Thomson Reuters. A-2
Petrobras reavaliará
plano de negócios
a cada três meses
O atual plano de negócios da Petrobras
passará por revisão a cada três meses,
com o objetivo de avaliar premissas e riscos e para evitar que investidores se frustrem com eventuais não cumprimento de
metas, como vem acontecendo nos últimos anos, disseram duas fontes com conhecimento do assunto. A medida atende
a um pedido dos membros do Conselho
de Administração feito na reunião que
aprovou o plano de negócios 2015-2019,
em 26 de junho. Uma das fontes destacou
que, mesmo que a empresa faça tudo como o planejado, as condições gerais da
economia e do setor podem mudar, exigindo adaptações. “Há coisas que estão
sob nosso controle e outras que não estão", salientou a fonte. Para a próxima
reunião do colegiado, em 24 de julho, há a
expectativa de que ocorram novas discussões sobre mudanças na estrutura organizacional da companhia. A-4
A Kroton Educacional espera
atravessar o período macroeconômico adverso do Brasil relativamente ilesa, devido à demanda
por ensino e diante de uma percepção de que o risco regulatório
do setor no País é, hoje, bem menor do que meses atrás. O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo,
afirma que as regras anunciadas
para o Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies) para o segundo
semestre "dão muito mais sustentabilidade para o programa".
O sistema foi reduzido pela metade, mas, ressalta Galindo, a Kroton está estruturada para operar
com as novas dimensões do Fies,
após ter cortado custos e definido
investimentos prioritários. B-3
SEU NEGÓCIO
Gregos rejeitam exigências de credores
Em referendo realizado ontem, os
eleitores da Grécia rejeitaram as medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais. A opção “não” venceu
com 61,32% dos votos, contra 38,7% do
“sim”. O resultado fortalece a posição do
governo liderado pelo primeiro-minis-
COMISSÃO DÁ OK PARA
AMPLIAR SUPERSIMPLES. B-8
tro Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza, que convocou o plebiscito e
fez campanha pelo “não” depois do fracasso das negociações com os demais
países da União Europeia, o FMI e o
Banco Central Europeu (BCE). Entre as
medidas exigidas pelos parceiros eu-
DE OLHO
NO MERCADO
CRISE
P A U L O
ESTALEIRO EISA-PETRO UM
SUSPENDE ATIVIDADES. A-4
Os caminhos da esquerda
ENTRELINHAS
A falsa guerra dos petistas
A-4
BRASÍLIA/DF
Collor e Dilma
A-6
EDITORIAL
Caminhos da recuperação
A-12
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G U I M A R Ã E S
Em 1980 foi criado oficialmente na Polônia o Solidariedade (Solidarnosc), movimento sindical liderado por Lech Walesa que se opunha ao domínio da então
União Soviética (URSS) e ao governo comunista polonês, alinhado a Moscou. Levou algum tempo até que se entendesse
melhor no Ocidente a dimensão do que
estava acontecendo e que, menos de uma
década mais tarde, desembocaria no fim
do regime soviético. Na mesma época, a
ditadura militar brasileira entrava no seu
ocaso. Os maiores expoentes da esquerda
nacional retornavam ao País após anos
de exílio, na esteira da promulgação da
Lei da Anistia, e novos tempos se anunciavam. Na Europa e no mundo, a melan-
cólica derrocada da URSS marcava o que
se convencionou chamar de ‘fim da História’ – o triunfo da democracia capitalista ocidental sobre os demais sistemas político-econômicos. No Brasil, o trauma
deixado por anos de autoritarismo gerou
uma grande simpatia pelo seu mais acirrado antagonista: a dita esquerda, que
havia sido derrotada pela força, mas que,
ideologicamente, saía engrandecida. Hoje, se no Brasil esta ala política parece desnorteada, na Europa, por meio da Grécia,
ela joga uma cartada decisiva. Quando o
Solidariedade apareceu na cena mundial,
alguns conceitos arraigados durante os
anos de ditadura no Brasil foram chacoalhados. B-1
ropeus estavam aumento de impostos e
cortes nas aposentadorias. Chefes de governo dos países da zona do euro devem
se reunir amanhã, em Bruxelas, na Bélgica, para discutir as consequências do
plebiscito O Eurogrupo também deve se
reunir. A-5
Na contramão do
setor, poupança no
BB supera saque
O Banco do Brasil registrou captação
líquida positiva de R$ 920 milhões na
poupança em junho, a despeito do aumento dos saques de recursos das cadernetas no período, em decorrência de
ações de promoção. Esse é o segundo
mês consecutivo de desempenho no
azul após os saques superarem os depósitos de janeiro a abril. No sistema, porém, a fuga de recursos da poupança
cresceu em junho. Conforme o Banco
Central, no mês passado, até o dia 29, as
retiradas ultrapassaram os R$ 10 bilhões,
ante total de saques de R$ 3,2 bilhões em
maio, e o resgate acumulado pode ter ficado acima de R$ 43 bilhões na primeira
metade de 2015. A-2
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