55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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O que pensam estudantes do ensino médio de uma
região com alta produção agropecuária a respeito dos
organismos geneticamente modificados?
Miranda, L; Araújo, WDB; Silva, TA; Silva JR, R; Kavalco, KF; Pazza, R
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, Campus Rio Paranaíba – Universidade Federal de Viçosa
Palavras-chave: transgênicos, organismos geneticamente modificados, compreensão pública da ciência, biotecnologia, opinião pública
As técnicas de engenharia genética modernas permitem que se retirem de um organismo genes responsáveis por
determinadas características e que se transfiram artificialmente esses genes para outros organismos, com o fim
de reproduzir neles essas características. Apesar das inúmeras possibilidades que esta tecnologia oferece, a sua
segurança alimentar e ambiental é alvo de intenso debate, especialmente entre organizações ambientalistas e
empresas do ramo. Por sua vez, a opinião pública nacional sobre o assunto é pouco avaliada e na maioria dos
casos trata-se de pesquisas encomendadas por uma ou outra parte envolvida no debate. Rio Paranaíba é a menor
cidade do Brasil a receber uma universidade federal. Com seus cerca de 11 mil habitantes é destaque na produção
agrícola, especialmente de soja, milho, café e cenoura. Tendo em vista este panorama, foi realizada uma pesquisa
sobre Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) com estudantes do ensino médio (1o, 2o, 3o anos e EJA –
Educação de Jovens e Adultos) de uma escola pública estadual, com o intuito de levantar dados sobre o grau de
conhecimento e aceitação de OGMs por parte destes estudantes. Foram distribuídos 389 questionários, cada um
com 26 questões de múltipla escolha. Dentre as 26 questões, foram selecionadas para a presente análise dez questões
mais significantes. Dentre os alunos que responderam as questões, 38,7% afirmou desconhecer completamente
o assunto, enquanto 39,7% afirmou ter pouco conhecimento; 69,1% afirmou não saber se o município de Rio
Paranaíba produz OGMs;55,3% afirmaram não saber se consomem produtos geneticamente modificados; 53% não
sabem se existem diferenças entre OGMs e transgênicos; 66% não sabem se os supermercados da cidade vendem
produtos contendo OGMs; 14,9% acham que os OGMs são prejudiciais à saúde; 34,5% acham que os OGMs podem
ser benéficos à saúde; em relação ao meio ambiente, 17,4% acredita que os OGMs são prejudiciais, enquanto
31,4% acredita que podem ser benéficos; dentre os entrevistados, 8,2% é contra, 44,8% é a favor e 47% não tem
opinião sobre a produção de OGMs. As respostas obtidas refletem o grau de desconhecimento de alunos de ensino
médio em relação aos Organismos Geneticamente Modificados. Estes dados poderão ser úteis na elaboração de
estratégias que visem aproximar a comunidade científica do Campus Rio Paranaíba da comunidade em geral. Por
se tratar de um assunto complexo, a região ter agropecuária bem desenvolvida e, tendo em vista que há plantio de
OGMs na região, este tema é interessante para estudos e estratégias de divulgação científica.
Apoio fincanceiro: FAPEMIG.
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O que pensam estudantes do ensino médio de uma região com alta