C.H. Robinson
Como as soluções de TMS gerenciam a complexidade da
América do Sul
Chris Brady - General Manager,
Americas
Em minha publicação recente Soluções de TMS globais encontram espaço na América do Sul,
expliquei por que a tecnologia de sistema de gerenciamento de transporte (TMS) está se tornando
uma ferramenta vital para ajudar os expedidores a gerenciar a complexidade das cadeias de
abastecimento nessa parte do mundo.
Nesta semana, vamos analisar melhor as soluções de TMS que estão sendo colocadas em prática
na América do Sul.
Uma das características marcantes da região é que novos mercados continuam se desenvolvendo,
mesmo em uma época na qual o crescimento da economia é limitado em muitos países em todo o
mundo. No entanto, graças à vastidão e à diversidade geográfica da América do Sul, esses novos
mercados podem estar situados em lugares que representam grandes desafios logísticos.
Talvez o exemplo típico desse tipo de complexidade seja Manaus, no norte do Brasil. Localizado na
Floresta Amazônica, este é um local improvável para se ter um centro de produção, mas é isso o que
está sendo criado lá. O governo do Brasil está empenhado em promover as regiões
subdesenvolvidas do país, e Manaus está prosperando como um centro de produção e uma zona de
livre comércio.
Os desafios logísticos não são para os fracos! Veja, por exemplo, o caso de uma empresa que
deseja adquirir componentes na Ásia e produzir o produto final em Manaus para distribuir aos
clientes no Brasil. Os componentes podem ser enviados por fornecedores da China pelo Canal do
Panamá para o Brasil e depois transferidos e transportados pelo Rio Amazonas até Manaus. O
produto final é transportado de barco para o porto de Recife, onde a carga é embarcada em navios
costeiros e transportada para o grande porto brasileiro de Santos. De lá, ela é enviada a centros de
distribuição para a entrega final aos clientes.
Essa rota complexa é vulnerável a todos os tipos de atrasos. Assim, um TMS configurado para
prever, detectar e rastrear problemas, bem como sugerir itinerários ou modais alternativos, vale ouro.
De uma perspectiva mundial, um TMS orientado para gerenciar as cadeias de abastecimento que
abrangem diferentes países, como as Control Towers™ operadas pelo TMS, são inestimáveis nesse
tipo de operação. Por exemplo, os sistemas regionais na América do Sul e na Ásia podem ser
vinculados para dar ao expedidor uma visibilidade de 360 graus dessa complexa cadeia de
abastecimento. Tarefas difíceis, como a integração das atividades de intermediários (operadores
logísticos, por exemplo), são muito mais fáceis com esse nível de visibilidade. Integrar as
informações em um feed consistente para os respectivos sistemas de ERP é outro grande benefício
que os usuários das soluções de TMS globais obtêm.
Outras fontes de incerteza na América do Sul são a infraestrutura deficiente e as diferentes práticas
de transporte. Em algumas partes da região, como nas áreas situadas em meio a florestas tropicais,
o único meio de transporte disponível é o transporte aéreo nacional. Um TMS é necessário para
ajudar a otimizar a combinação de modais, em especial nas longas que passam por terrenos
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extremamente variados. Nesse ambiente, com a funcionalidade automatizada de um TMS, fica muito
mais fácil alternar entre os modais e gerenciar as relações com os operadores, bem como realizar
tarefas relativamente rotineiras, como faturamento.
Os guias de rotas já conhecidos pelos gerentes de logística nos EUA são usados na América do Sul,
mas a ferramenta também talvez precise ser adaptada às práticas locais, ou não serão opções
viáveis. Na Argentina, por exemplo, os expedidores negociam com transportadoras e motoristas
afiliados a um sindicato. As tarifas são negociadas coletivamente, com base no custo de
movimentação de cargas por tonelada, o que elimina o preço como poder de barganha. É possível
programar um TMS para levar em conta diferentes sistemas de transporte em toda a região.
Variações nos códigos tributários e exigências de relatórios financeiros também podem ser
incorporadas ao TMS. As diferenças não são apenas nacionais. É possível encontrar variações
importantes quando produtos são deslocados de um estado ou distrito para outro. Curiosamente,
como as transportadoras de países como o Brasil estão bem acostumadas a enviar relatórios
financeiros de forma eletrônica para o governo, descobrimos que, em geral, elas estão bastante
avançadas em matéria de comunicação de dados.
Como ocorre nas economias desenvolvidas, há pioneiros na utilização de soluções de TMS
sofisticadas na América do Sul. Mas o número de aplicações ainda é relativamente pequeno, em
especial quando se trata do uso de sistemas com alcance internacional. Contudo, a tecnologia está
evoluindo na região e as taxas de adoção certamente vão aumentar à medida que mais expedidores
usarem as soluções de TMS para ajudar a gerenciar a complexidade inerente às cadeias de
abastecimento da região.
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