UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
EDUCAÇÃO CONTINUADA: O DESAFIO DO TUTOR
Por: Rafael Vigier Ibañez
Orientador
Prof. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2007
II2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
EDUCAÇÃO CONTINUADA: O DESAFIO DO TUTOR
Este trabalho foi realizado no intuito de relatar o
empenho com que o tutor tende aperfeiçoar a sua
metodologia referente as mudanças de paradigmas
instituídas pelas novas tecnologia.
III
3
Epígrafe
“A medida que eu domino a ferramenta, eu preencho
o mundo com sentido; à medida que a ferramenta
me domina, ela me molda sua estrutura, e me impõe
uma idéia de mim mesmo...” (Paulo Freire,1982)
IV
4
AGRADECIMENTOS
A todos os professores do Instituto a Vez do Mestre
pela dedicação em que demonstrarão em toda a
nossa trajetória. Aos escritores e administradores de
empresas que apostam no desenvolvimento de sua
equipe para melhorar o padrão de desenvolvimento
e qualidade de seus produtos.
V5
DEDICATÓRIA
Dedico este livro a minha família em especial a
minha esposa que faz o nosso lar cada dia mais
feliz.
VI 6
RESUMO
Este trabalho teve como principal objetivo relatar os desafios obtidos
pelos tutores no ensino a distância devido o a evolução da tecnologia,
apontando as bases da EAD e as principais ferramentas tecnológicas utilizadas
como meio de fazer com que a distância fosse encarada como momento semipresencial. Assim o papel do tutor foi revitalizado fazendo com que o
aprendizado em relação ao grupo fosse aperfeiçoado com base nas trocas de
conhecimento e técnicas obtidas pelos discentes, o que não existia
anteriormente. Com a novidade da tecnologia muitos paradigmas foram
acrescidos de valores os quais mudaram principalmente a avaliação adotada
pelo tutor. Com isso a EAD se aperfeiçoou para atender as necessidades
empresariais e principalmente a necessidade de nossos novos discentes
criando cursos cuidadosamente adequados ao ambiente da EAD com uma
perfeita combinação entre conteúdo, estilo de apresentação do material
utilizado pela metodologia adotada pelo tutor e a capacidade de interação de
seu grupo de aprender e interagir com as ferramentas.
VII7
METODOLOGIA
Primeiramente foi focada a importância da EAD atualmente, para saber
qual é a real necessidade do discente e para as empresas as quais buscam
aperfeiçoar os seus funcionários para as tarefas técnicas complexas do dia a
dia. Com isso podemos dimensionar o desafio que os tutores enfrentam com as
novas propostas da EAD apresentada pelo mercado.
Com técnicas utilizadas pelas empresas que atualmente efetuam um
trabalho de tutoria revolucionário com ferramentas que possibilitam aumentar o
tempo presencial em que tarefas são solucionadas pelos discentes
simultaneamente ou em determinados momentos avaliadas pelos tutores,
como objeto de estudo temos a técnica de Web Quest utilizada pela EDUTEC e
metodologias adotadas pelos tutores do SENAC Rio com um ótimo processo
de utilização do ambiente da internet revolucionando a EAD .
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------ 9
Capítulo I – Detalhando a EAD --------------------------------------------------------- 10
1.1 Rápida Abordagem ----------------------------------------------------- 10
1.2 Conceitos ----------------------------------------------------------------- 11
1.3 Interação a distância --------------------------------------------------- 13
1.4 Atualidade----------------------------------------------------------------- 14
Capítulo II – Ferramentas Tecnológicas---------------------------------------------- 16
2.1 Internet--------------------------------------------------------------------- 16
2.2 Ferramentas-------------------------------------------------------------- 17
2.2.1 Web Quest------------------------------------------------------------ 17
2.2.2 Monitoramento da usabilidade do computador-------------- 19
2.2.3 Bate Papo------------------------------------------------------------- 20
2.2.4 Audio / Vídeo Conferencia---------------------------------------- 20
2.2.5 Correio Eletrônico--------------------------------------------------- 21
2.2.6 Domínio de Usuário ------------------------------------------------ 21
2.2.7 Fóruns de Discussão ---------------------------------------------- 23
2.2.8 Portfólio---------------------------------------------------------------- 23
2.3 Atualidade----------------------------------------------------------------- 23
Capítulo III - A importância do tutor e seus novos paradigmas ---------------- 25
3.1 Qual é o dever do Tutor e sua importância? --------------------- 26
3.2 E é possível na EAD?-------------------------------------------------- 28
3.3 Formação do tutor ----------------------------------------------------- 29
3.4 O que há de novo? ----------------------------------------------------- 30
3.5 Perfil do Tutor ------------------------------------------------------------ 32
3.6 Ensinando e Avaliando ------------------------------------------------ 33
3.6.1 Metodologia de Avaliação ---------------------------------------- 35
Conclusão ---------------------------------------------------------------------------------- 38
Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------- 39
Webgrafia ---------------------------------------------------------------------------------- 40
Folha de Avaliação------------------------------------------------------------------------- 42
9
INTRODUÇÃO
Com a mudança que os recursos encontrados na internet trouxeram
para a EDA, muitas empresas de ensino adotaram diversas técnicas para
apoiar o aprendizado de seu aluno, mas muitas perguntas vieram a tona por
esse motivo, uma delas é: O Aluno estará preparado a “aprender a aprender”
utilizando
estas
ferramentas
fornecidas
pela
internet
utilizadas
pela
metodologia do tutor? Encontramos a resposta no momento semi-presencial
em que alunos debatem assuntos e trocam experiências e técnicas para
solucionar determinado problema. Outra pergunta que sufoca todo tutor é:
Temos realmente metodologias para apoiar todos esses avanços tecnológicos
ou será que temos docentes preparados para esta quebra de paradigmas?
Esta resposta esta destinada ao treinamento de professores ao utilizar sistema
de monitoramento dos discentes utilizados nas atividades propostas pelos
tutores. Uma pergunta que ocorre é: Como podemos avaliar nosso aluno na
EAD utilizando essas metodologias? Podemos focar a postura em que o tutor
participar para a elaboração de uma determinada atividade com os discentes,
logo temos vários momentos para a sondagem do aprendizado ou na própria
evolução do assunto sendo debatido, com isso a avaliação pode ser feita em
vários momentos.
Este texto tem como objetivo apresentar o que será detalhado neste
livro, a postura do professor em construindo metodologias, as exigências do
novo mercado e do novo aluno, as novas tecnologias e a avaliação na EAD,
veja os capítulos elaborados:
Capítulo 1 detalhamento da EAD historicamente até os dias de hoje,
uma abordagem rápida, mas significativa para embasar o leitor no contexto do
tutor. Capítulo 2 apresentando novas tecnologias de trabalho utilizadas pela
EAD. Capítulo 3 é o capítulo que demonstra a necessidade do tutor em
modificar a sua metodologia para apoiar as novas tecnologias, avaliações e o
novo discente.
10
1.1 - Rápida abordagem
A educação à distância também denominada pela sigla "EAD" é uma
estratégia de ensinar e aprender que vem demonstrando ser uma alternativa
educacional adequada ao anseio do homem moderno de atualizar seus
conhecimentos de forma suficientemente lépido, para que possa acompanhar
as mudanças provocadas pelo avanço da ciência e da tecnologia, nos
intervalos de tempo que lhe sobram entre o trabalho e outras atividades
sociais, no local que lhe for mais conveniente.
A educação a distância não surgiu no vácuo. Possui uma longa história
de teste, sucessos e fracassos. Sua origem recente, já longe das cartas de
Platão e das epístolas de São Paulo.
Com larga ampliação temos chegando aos dias de hoje a utilizar
multimeios que vão desde os impressos a simuladores on-line, em redes de
computadores, progredirem em direção da comunicação instantânea de dados
voz-imagem via satélite ou por cabos de fibra ótica, com aplicação de formas
de grande interação entre o aluno e o tutor, quer utilizando-se de inteligência
artificial, ou mesmo de comunicação rápido com professores e monitores.
A base da EAD é apoiada pelo trinômio material didático, tutoria e
avaliação. O ensino a distância vem surgindo nos últimos anos como uma das
mais importantes ferramentas de propagação do conhecimento e de
democratização da informação.
Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado
por tecnologias, nas quais professores e alunos estão separados espacial e/ou
temporalmente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias,
principalmente as telemáticas, como a Internet, ou ainda podem ser utilizados o
correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias
semelhantes.
Dentre as principais características destas novas salas de aula, pode-se
citar a possibilidade de contato com um largo espectro de colegas com os
11
quais os estudantes podem colaborar numa quantidade bastante superior ao
que podem encontrar em sua própria região, além de permitir o acesso a um
quadro bastante extenso de professores e mentores, numa dimensão
impossível para uma única instituição educacional local.
As tecnologias interativas, na educação a distância, o que deveria ser o
centro de qualquer processo de educação: a influência mútua e a interlocução
entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
O mundo todo avança em várias áreas das ciências e das tecnologias e
cada vez mais se exige do homem o executar tarefas cada vez mais
complexas. Não temos dúvida que esse homem só poderá estar capacitado à
execução de tais tarefas, se adquirir o conhecimento para isso, o que será feito
através de um aprendizado, de uma modalidade de ensino, seja em uma sala
de aula, palestra, no seu cotidiano ou através de um ensino a distancia.
Dado o divulgado, podemos afirmar que a Educação a Distancia não
substituirá a ação presencial, pelo contrário é um aliado a esta para atender ou
minimizar essa problemática.
1.2 - Conceitos
Para entendermos algumas questões teóricas sobre a Educação a
Distancia é importante revermos alguns conceitos e definições de alguns
teóricos e estudiosos do assunto sobre a Educação a Distancia e podemos
citar alguns deles:
A expressão “educação à distancia” cobre as distintas formas de estudo
em todos os níveis que não se encontram sob a contínua e imediata supervisão
dos tutores, presentes com seus alunos na sala de aula. Mas, não obstante, se
beneficiam do planejamento, orientação e acompanhamento de uma
organização tutorial.
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que
se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender
em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência,
ampliando-a com novas informações e relações.
Educação à distância é uma forma sistematicamente organizada de auto
estudo onde o aluno se instrui a partir do material de estudo que Ihe é
12
apresentado. O acompanhamento e a supervisão do sucesso do estudante são
levados a frente por um grupo de professores.
Outro conceito: Educação/ensino a distância é um método lógico de
partilhar informação, habilidades e estilos, através da aplicação da divisão do
trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo de
meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir materiais
técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um grande número
de estudantes ao mesmo tempo, enquanto esses materiais durarem. (Peters,
1973)
A EAD, no sentido fundamental da expressão, é o ensino que ocorre
quando o tutor e o alubo estão separados (no tempo ou no espaço). No sentido
que a expressão assume hoje, enfatiza-se mais à distância no espaço e se
propõe que ela seja contornada através do uso de tecnologias de
telecomunicação e de transmissão de dados, voz e imagens (incluindo
dinâmicas, isto é, televisão ou vídeo). (Chaves,1999):
Os resultados do passado não foram suficientes para gerar um processo
de aceitação governamental e social da modalidade de educação a distancia
no Brasil, entretanto, a realidade brasileira já mudou e nosso governo criou leis
e estabeleceu normas para a modalidade de educação à distancia em nosso
país.
Hoje
temos
a
educação
presencial,
semi-presencial
(parte
presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A
presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, na qual professores e
alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o
ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e
outra parte a distância, por meio de tecnologias. A educação a distância pode
ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com
professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas
podendo estar juntos com uso de tecnologias de comunicação.
13
1.3 - Interação a distância
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que
conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet,
telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de
presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos
compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua
imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio
maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus
conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento,
muitas vezes a distância.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos
por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse
espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e
enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias
interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos,
criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas
com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula.
Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes
em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto
alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio.
Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez
mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na
instigante aventura do conhecimento.
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de
algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e
habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa
perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer
dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada
vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos
presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita
de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos,
intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e
14
comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a
orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar
vivências, experiências, idéias.
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o
alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se
mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser
realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de
atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente
proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line e
aulas presenciais com interação a distância. Os cursos oferecerão tecnologias
avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro,
multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão
cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas
inovadoras, com foco na aprendizagem e com umq mistura no uso de
tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas
conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo
pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também
ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
1.4 - Atualidade
EAD é a mais nova moda nos cursos de pós-graduação em TI
oferecidos pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Confira o que o
TI descobre sobre este assunto, PUC-CAMP está inovando a metodologia de
ensino de seus cursos de pós-graduação em TI (três mestrados e uma
especialização) adotando o ensino a distância, batizado na Universidade como
Educação a Distância Mediada por Computador (EDMC).
O projeto piloto de EDMC foi implantado como opção do mestrado em
Informática da PUC-CAMP em março de 1998; e desde então tem comprovado
sua viabilidade operacional e econômica.
“- Além de facilitar a participação de alunos de qualquer parte do Brasil,
neste modelo o professor muda de característica. Deixa de despejar
informação e passa a ser tutor. O aluno também fica mais pró-ativo, e a troca
15
de informações é sem dúvida mais enriquecedora” – observa o diretor do
Instituto de Informática da PUC-CAMP, Orandi Falsarella.
O mestrando em Gerenciamento de Sistemas de Informação, José
Carlos Júnior, também é só elogios ao modelo. “É maravilhoso poder fazer um
curso de pós-graduação com o nível da PUC. Sem a necessidade de mudar de
cidade ou viajar toda semana, além de poder conciliar horários e usar
constantemente a própria tecnologia que nos é apresentada e discutida” –
Júnior.
Para o mestrando, há apenas um aspecto negativo na educação a
distância mediada por computador: a infra-estrutura de telecomunicações do
Brasil.
16
É de julgamento que à medida que o número de ferramentas disponíveis
aumenta, pode-se esperar uma maior variedade de metodologias educacionais
e de treinamento. Quanto maior for o número de opções existentes para que as
pessoas possam se comunicar, comunicar e receber informações e materiais
em diferentes formatos, melhor se tornará o processo de ensino e treinamento;
conseqüentemente
atendendo
melhor
às
diferentes
necessidades
e
preferências das pessoas.
Ao utilizarem a Internet em cursos a distância, os alunos podem dar sua
contribuição enviando mensagens por correio eletrônico ao professor ou aos
colegas. Salas de bate-papo virtual e listas de correio eletrônico podem
conectar grupos de alunos para a discussão de um tópico e compartilhamento
de idéias. Tarefas podem ser enviadas eletronicamente em vez da utilização do
correio regular e o retorno pode ser obtido em curto prazo.
Os materiais dos alunos podem ser acrescentados ao site do curso na
Web para serem compartilhados com outros alunos fazendo o mesmo curso.
Informações novas também podem ser acrescentadas ao site mais
rapidamente.
2.1 – Internet
O que é a Internet?
A Internet pode ser definiada como um enorme ambiente destinado à
troca de informações.
Os benefícios da Internet podem ser:
Formar equipes para trabalhar em conjunto independentemente de
distâncias geográficas;
o
Ter acesso a especialistas em milhares de especialidades;
o
Obter atualizações constantes sobre tópicos de interesse;
o
A Internet é, respectivamente, uma entidade local e internacional
que permite a interação entre usuários separados por uma parede de
escritório ou por um oceano;
17
o
A Internet é um mercado global sem limites. Não há duvidas de
que estamos entrando em uma era em que negócios serão realizados entre
companhias e seus clientes através de redes de computadores..
o
Os usuários da rede mandam e recebem mensagens eletrônicas
(email) para todas as partes do mundo.
o
Os usuários da rede discutem tópicos, compartilham informações
e buscam apoio para a solução de seus problemas na Internet.
o
Membros da comunidade Internet participam de discussões sobre
dezenas de milhares de tópicos através de áreas da Internet e através do que
se convencionou chamar de listas de endereços eletrônicos. Através dos
grupos de notícias os usuários colocam questões para outros usuários ao
redor do mundo que compartilham dos mesmos interesses. O espírito peculiar
e a natureza cooperativa da Internet fazem com que um completo estranho
gaste alguns minutos redigindo uma resposta para um novo correspondente.
o
Os usuários da rede tem acesso a arquivos de dados, incluindo
som, imagem e texto e a mecanismos de busca de informação na rede.
2.2 - Ferramentas
2.2.1 – Web Quest
O que é uma Webquest?
Webquest é uma atividade de aprendizagem que aproveita a imensa
riqueza de dados que, dia a dia, cresce na Web.
WebQuest é um modelo extremamente simples e rico para dimensionar
usos educacionais da Web, com fundamento em aprendizagem cooperativa e
processos investigativos na construção do saber. É uma atividade, em que
alguma ou toda a informação com que os alunos interagem provém da Internet.
Quais os Tipos de Webquest?
Webquest curta - leva de uma a três aulas para ser explorada pelos
alunos e tem como objetivo a aquisição e integração de conhecimentos.
Webquest longa - leva de uma semana a um mês para ser explorada
pelos alunos, em sala de aula, e tem como objetivo a extensão e o refinamento
de conhecimentos.
Para que serve uma Webquest?
18
• Proporcionar aprendizagem cooperativa. As Webquest´s estão
baseadas na convicção de que aprendemos mais e melhor com os
outros do que sozinhos.
• Orientar o aluno no processo Aprender a Aprender.
• Efetivar o uso da internet, sintonizando a educação e os alunos
com o tempo e o mundo.
• Desenvolver no aluno a perspectiva de transformação de
informações pesquisadas, diante de um problema ou meta.
• Favorecer o trabalho de autoria do professor, pois a webquest
deve ser produzida por ele e não por especialistas ou técnicos.
• Compartilhar os saberes pedagógicos. As webquests são
publicações gratuitas e de acesso livre e por isso servem como recursos
interessantes e atuais para intercâmbio dos docentes.
Como Fazer uma Webquest?
O processo de construção de uma webquest, desde a "tela em branco"
até a sua utilização, se desdobra em três etapas:
Planejar
O planejamento é o aspecto pedagógico da elaboração. É o momento de
definir o conteúdo da webquest.
É uma etapa de criação, que demanda tempo e reflexão.
Webquests são atividades curriculares, por isso, escolha um tema que
faça parte do currículo. Pense num assunto para o qual você possa dar uma
abordagem interessante e cujo desenvolvimento possa melhorar suas aulas.
A escolha do tema está ligada à disponibilidade de fontes de informação,
que são geralmente sites ou páginas na Web (mas não somente). Ao pensar
sobre o tema, vá navegando na Web para avaliar se há bons sites e páginas
sobre o assunto.
Numa webquest, as fontes de informação são geralmente sites, mas não
exclusivamente. Podem ser também livros, revistas, jornais, até uma entrevista
com um especialista, ou qualquer outra fonte que você julgar conveniente.
Como Avaliamos o aluno?
Na seção Avaliação, o aluno deve ser informado sobre como o seu
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desempenho será avaliado e em que casos a verificação será individual ou
coletiva. :
2.2.2- Monitoramento da usabilidade do computador
Este recurso permite que os alunos vejam o que se passa no computador
do professor, o moderador da sessão, de modo que este pode demonstrar
procedimentos ou mesmo o funcionamento de um determinado aplicativo a
partir do seu próprio computador.
Os alunos vêem em suas telas exatamente o que acontece na tela do
computador do líder. Algumas sessões de compartilhamento de telas permitem
que os alunos compartilhem a tela de seus próprios computadores, ou mesmo
que eles controlem a tela do líder.
A maioria das ferramentas de compartilhamento de telas permite que o
líder compartilhe a tela de seu computador completamente, apenas um
aplicativo específico ou simplesmente uma única janela.
Veja o exemplo que demonstra a aplicação do aplicativo.
VNC significa Virtual Network Computing e é um programa que permite
visualizar e interagir com o desktop de um computador em qualquer parte do
mundo. Muito semelhante a programas já conhecidos como o Carbon Copy ou
o PC Anywhere, entretanto com algunas vantagens importantes:
O VNC é completamente gratuito!
Múltiplos usuários podem se conectar ao mesmo desktop, ideal para
treinamento (você pode dar aos alunos acesso "read only" ao seu
desktop).
Se a sua conexão cair, você não perde a sessão do VNC. Basta
reconectar e as aplicações remotas estarão exatamente do mesmo jeito
que estavam antes da conexão cair.
O visualizador do VNC é um programa de menos de 160Kb roda em
Windows, OS/2, Linux, Unix, Amiga, Mac e até no Palm Pilot. Não há
necessidade de se instalar o visualizador, que pode ser executado
diretamente de um diskete. Na verdade você não necessita de
visualizador nenhum, qualquer browser com suporte a Java pode ser
utilizado como visualizador.
20
O VNC utiliza TCP/IP, portanto você pode controlar outro computador via
Internet.
2.2.3 - Bate Papo
O bate-papo virtual (chat) refere-se ao ambiente que permite bate-papo
em tempo real de um grupo de pessoas na Internet. A maioria dos bate-papos
virtuais é ainda feita com texto e, assim, os participantes da sala digitam suas
mensagens. Existem alguns aplicativos atualmente que suportam áudio e
vídeo. As sessões de bate-papo virtual são como um grupo de discussão
instantâneo.
2.2.4 – Áudio / Vídeo Conferencia
O computador utiliza o computador como um telefone. Os participantes
podem falar uns com os outros.
Os serviços de áudio conferência, freqüentemente são fornecidos por um
programa externo ao navegador.
Para disponibilizar aos docentes o uso e desenvolvimento de programas
multimídia, foram desenvolvidas Salas Multimídia.
Já a videoconferência trabalha com mutuamente sincronizando dois
canais um de áudio e quadros de vídeo.
Quando um vídeo é digitalizado, o computador pode manipular os
dados. A digitalização transforma cada quadro do vídeo em uma matriz
bidimensional de pixels. Quando o professor é amostrado pela câmera, a
imagem composta de pixels transmitida é lida pelo site do equipamento
receptor e projetada no monitor.
A comunicação por vídeo requer uma grande velocidade na conexão; a
comunicação por áudio requer pouco consumo da conexão. As linhas de
comunicação podem transmitir tanto áudio como vídeo.
2.2.5 - Correio eletrônico
O correio eletrônico é um serviço no qual um servidor de dados organiza
mensagens enviadas por usuários online, disponível na
Internet permite a
leitura de mensagens mesmo que os usuários destinatários não estejam
21
obrigatoriamente online. Pelo browser, o cliente acessa o servidor de dados lê
as suas mensagens, enviar mensagens e anexa arquivos à mesma para outros
clientes. De uma forma simplificada pode-se dizer que os dados enviados são
armazenados em um servidor, o qual fica on-line durante todos os dias
disponibilizando seus serviços.
Uma característica comum dos programas de correio eletrônico é que
eles permitem que você
componha envie, receba
mensagens e depois
organize-as.
2.2.6 - Domínio de Usuário
Duas outras ferramentas que podem ser consideradas de comunicação,
mas que são bastante específicas da metodologia de formação são o Diário de
Bordo e o Perfil. A primeira, objetiva que o aluno use esse espaço para refletir
sobre seu processo de aprendizagem. Daí o nome sugerir um diário, como os
de bordo que indicam o percurso seguido ao longo do curso. A ferramenta
Perfil, por sua vez, é usada para o aluno se apresentar ao grupo de forma
bastante pessoal, colocando sua foto, dizendo quem é, do que gosta, o que
faz, sua cidade, etc.
Os domínios facilitam a conversação em tempo real entre vários
participantes. Os ambientes dinâmicos estão sendo cada vez mais utilizados
em ambientes educacionais.
Eles permitem que o aluno assuma um personagem, se eles assim
desejarem, para encenar situações de trabalho, dentre outras por exemplo.
- Podem fazer fóruns específicos e impor limites de usuários
- Dispor de material acadêmico direcionado pelo “Tutor” (docente)
- Verificar notas de avaliações juntamente com faltas
- Gráficos comparativos em relação a um determinado grupo de acordo
com sua evolução
As instituições de ensino estão cada vez mais utilizando este método, veja
a baixo uma relação de usabilidade e benefício:
Segurança
22
Podemos ter a certeza que o discente será direcionado adequadamente a
adquirir somente o material que dará o suporte necessário para cumprir as
tarefas solicitadas.
Assiduidade
Poderemos controlar o tempo que o discente assiste à aula virtual ou
participe de um grupo de estudo o que poderá ser apontado em um gráfico de
aproveitamento posteriormente.
Feedback
Podemos estimular o mesmo a participar de fóruns e bate papo on-line
para podermos avaliar o seu rendimento e nível de aproveitamento.
O Correio Eletrônico, o Bate-papo e o Fórum de Discussão usam como
referência interfaces comumente encontradas na Internet. As sessões de Batepapo são agendadas antecipadamente e gravadas: qualquer participante pode
ter acesso aos registros para posterior análise da discussão.
2.2.7 – Fóruns de discussão
Esse recurso permite a criação de linhas de discussão. Os assuntos dos
Fóruns de Discussão podem ser criados e eliminados pelos formadores de
acordo com os interesses e objetivos do curso.
As mensagens/respostas enviadas são organizadas hierarquicamente,
facilitando o acompanhamento dos comentários sobre um tema. O formador
pode criar, renomear, configurar ou excluir um determinada resposta/fórum.
Como funciona um fórum?
Um fórum de discussão nasce a partir de uma necessidade declarada de
um usuário que insere em uma página de internet, as quais têm recurso de
atualização automática pelo usuário visitante e o seu comentário fica disponível
para consultas posteriores.
Após solucionar o problema o fórum vira uma espécie de passo a passo,
mostrando as opiniões de todas as pessoas que auxiliaram inserindo
comentários a respeito, e o fórum fica disponível por um tempo praticamente
limitado pela sua utilização.
2.2.8- Portfólio
Sua finalidade é fornecer uma estrutura para que o aluno possa partilhar
e comunicar os resultados de suas tarefas (aos colegas e/ou tutor). O aluno
23
pode disponibilizar arquivos definindo os resultados obtidos em uma
determinada tarefa.
2.3 - Atualidade
TopClass, foi desenvolvido pela WBT Systems, sendo um poderoso
mecanismo para gerenciamento virtual de classes (cursos), levando em
consideração todos os aspectos relativos ao conteúdo, gerenciamento e
entrega do material, sendo um sistema que trabalha sob a Internet ou Intranet..
O Sistema é composto de um servidor que possui um Banco de Dados,
onde estão armazenadas todas as informações dos usuários.
A migração de uma plataforma para outra é feita simplesmente pela
transferência de um servidor para outro, sem qualquer conversão. A solicitação
do usuário é processada, os alunos e instrutores são agrupados em classes,
podendo participar em mais de uma classe.
O TopClass inclui componentes como:
Ferramentas de colaboração: o aluno pode enviar mensagens para o
professor enquanto acessa o curso, o professor receberá a mensagem, bem
como a indicação do ponto exato do curso onde o aluno estava quando enviou
a mensagem.
Barra de navegação: toda página contém uma barra de navegação, da
qual o aluno poderá enviar e-mail;
Conhecimento da situação do aluno: para cada usuário, o sistema
registra as páginas lidas, não lidas e as novas páginas colocadas no sistema,
bem como as mensagens enviadas/recebidas. O professor saberá como está o
progresso do aluno no curso, no que se refere ao acesso e ao conteúdo do
mesmo;
Ambiente para a construção de cursos: o professor poderá montar seu
curso, tendo apenas um Web browser, ou importar de algum software existente
para o TopClass. Os cursos podem ser remodelados sempre que necessário,
pois o sistema garante a sua consistência.
Testes e exercícios: TopClass permite que o professor crie testes e
exercícios que serão corrigidos pelo professor ou automaticamente pelo
sistema. Com base no resultado do aluno, o sistema tomará algumas ações,
24
como por exemplo, passar material extra para o aluno que não se saiu bem,
assim como comunicar ao professor;
Segurança: o aluno só terá acesso ao material, grupos de discussão e
anúncios que forem direcionados a classe que ele pertence. A verificação dos
direitos de acesso é feita para cada objeto, proporcionando um poderoso
controle de acesso.
25
Há um debate em pauta no modelo de Educação a distancia - EAD em
suas
propostas
mais
atuais.
A
discussão
posta
nessa
reflexão
e
contemporânea e se centra na necessidade do desvencilhamento de
paradigmas cristalizados, no que se refere ao papel do Tutor no modelo de
EAD com a inserção das novas tecnologias que vem exigindo mudanças
paradigmáticas em sua estrutura didática - pedagógica. Nessa questão emerge
um debate atual: o papel da tutoria na EAD e sua relevância no processo.
Em análise em programas de educação a distancia permitiu-nos
identificar algumas questões em torno das quais permanentemente colocam-se
dúvidas e interrogações. O tutor - seu papel, suas funções, as tarefas que tem
de realizar, as responsabilidades que assume é um desses pontos-chave nos
quais costumam aparecer mais perguntas que respostas. O que significa ser
tutor? Quais são os alcances da tarefa? Qual é a especificidade do seu papel?
Há uma especificidade do seu papel? Quem é reconhecido como bom tutor?
Como se forma um tutor? Como se avalia seu trabalho? O tutor é
imprescindível na modalidade a distancia?
Essas questões expressam as indagações presentes nos programas de
educação a distancia, numa tentativa de redefinir as funções dos protagonistas
da ação educativa, ressignificando os papeis dos atores principais, e em
especial, o papel do tutor.
Quem seria então o Tutor? Um mestre? Um educador? Aquele que
ultrapassaria a visão restrita do especialista, do conteudista? Um educador que
transcende o papel de motivador, de facilitador. Um educador que sustenta
uma reflexão sobre a complexidade da ação educativa, mesmo a distancia,
ultrapassando os modelos lineares? Um Tutor que para organizar situações
que promovam a aprendizagem dos alunos transgredi algumas normas já
padronizadas e tão confiáveis?
Eis um desafio.
26
Na nossa concepção, ainda preliminar porquanto não se ter uma
experiência consolidada em EAD, compreendemos o papel do tutor enquanto
categoria acadêmica, baseada no compromisso com a formação de alunos que
pensem e sejam capazes de discutir e elaborar conhecimento. Um Tutor
educador, que tenha percorrido um caminho que o leve ao pensar livre,
descarnado de preceitos tecnológicos que obtusam as mentes criativas. Um
Tutor que compreenda o papel da universidade, num contexto a distancia,
como lócus do debate, da criação, que se permita desconstruir e reconstruir
significados na sua ação formativa e na construção do saber cientifico. Um
tutor/educador capaz de se indignar com a vulgaridade de propostas
alienantes; capaz de elaborar um contra - discurso ideológico; que, sobretudo,
seja aberto a mudanças, aos novos paradigmas tecnológicos. Enfim, um
profissional com condições de aprender a aprender com competência para
fazer da educação a distancia, um espaço de virtualidade criativa, poética,
formativa e comprometidos com a formação de alunos críticos e sujeitos
pensantes. Parece lugar comum, mas não nos parece ser exaustivo repetir
essa questão, por ser por demais presente.
Nessa perspectiva de construção de saberes que se articulam no
espaço virtual, o Tutor poderia ser aquele que instiga a participação do aluno
evitando a desistência, o desalento, o desencanto pelo saber. Talvez aquele
que possibilita a construção coletiva e percorre uma trajetória metodológica
desobediente, transgressora de receitas prontas e acabadas e construa, de
forma participativa com seus alunos nova saberes, novos olhares sobre o real.
3.1 - Qual é o dever do Tutor e sua importância?
Cremos numa relação fundamentada numa concepção de participação,
em que seu elemento fundante seja uma prática transformadora. Uma prática
articulada com o diálogo e com orientações acadêmicas que gerem reflexões
sobre a unidade do saber, a totalidade do conhecimento e a capacidade do
sujeito aprendente criar e gerar conhecimento. Cremos no reencantamento da
educação, na reconstrução de saberes, na articulação com o outro, daí
entender que o espaço virtual, bem como as novas tecnologias da
comunicação e informação podem ser interessantes no fazer educativo. Eu
27
pergunto então? Como desenvolver a educação hoje desconhecendo essa
realidade? Como negar o inegável? Como se inserir na sociedade globalizada,
na sociedade do conhecimento sem confundir o conhecimento com informação.
Como ter a sensibilidade aguçada para sermos mais inteligentes na utilização
da tecnologia sem perder de vista a nossa essencialidade humana. Como
sermos sujeitos que constroem que reconhecem a beleza do natural, do sol, da
ternura de uma noite de luar e navegar no espaço virtual, usar as tecnologias
sem nos aprisionar aos meios? Será então o nosso maior desafio não permitir
que a tecnologia retire do aluno, em sua aprendizagem o contato com a
estética do natural, com a beleza infinita das estrelas, com o efeito mágico do
luar, com o encontro com o outro na relação EU e TU. Como desenvolver uma
dimensão ética na EAD? “A medida que eu domino a ferramenta, eu preencho
o mundo com sentido; à medida que a ferramenta me domina, ela me molda
sua estrutura, e me impõe uma idéia de mim mesmo”(Paulo Freire, 1997)
A reflexão sobre essa questão é fundamental para nossa liberdade de
criar e pensar sobre o mundo. Trabalhar a complexidade do saber fazer
educativo na visão do aprender a aprender, na ótica reflexiva da construção do
saber é um dos grandes desafios do Tutor. Ainda, propiciar momentos em que
o aluno aprenda a ler e a reler o mundo, a apropriar-se do conhecimento, a
redimensionar valores, a rever atitudes.
A experiência humana é um todo bio-psico-social, que não pode ser
dividido em partes nem reduzido a nenhuma delas. Primeiro, percebemos o
mundo. Em seguida, as percepções geram sentimentos e emoções. Na
seqüência, estes são elaborados em forma de pensamentos, que vão
determinar o nosso comportamento no cotidiano.
Os múltiplos fatores nos acercam e se não formos curiosos e ousados
para descobrir suas vantagens e possibilidades, certamente que ficaremos
obsoletos e ultrapassados. Não seremos homens do tempo de hoje. E como
nos adaptar a realidade que muda a cada instante e aprendermos a lidar com
as nossas resistências, face ao nosso tempo cultural. social? Arriscando,
arrojando-se, com a mente aberta para o novo, porque é por ai que
aprendemos a ressignificar conceitos, a transversalizar o conhecimento, sem
perder de vista a hominização.
28
3.2 - E é possível na EAD?
O papel do tutor então, na nossa perspectiva, ultrapassa a visão
puramente técnica, transcende a exacerbação da especialidade, adquirindo
competência para instrumentalizar a tecnologia. O papel do Tutor, sobremodo,
supera assim o conceito reducionista de propostas estritamente técnicas. O
Tutor é um educador a distancia. Aquele que coordena a seleção de
conteúdos, que discute as estratégias de aprendizagem, que suscita a criação
de percursos acadêmicos, que problematiza o conhecimento, que estabelece o
diálogo com o aluno, que media problemas de aprendizagem , sugere, instiga,
acolhe. Enfim, um professor no espaço virtual, exercendo a sua função de
formar o aluno.
Como desenvolver na EAD um papel reflexivo? Não há respostas
prontas, acabadas, mas a convicção de que educar, mesmo a distancia, é um
movimento para formação do aluno, onde a dimensão de possibilidades
permeia a ação educativa. Se não entendermos esse paradigma do contra
discurso técnico, se não transgredirmos os modelos cristalizados em fórmulas
tecnológicas, que colocam os sujeitos como respondentes passivos do
processo, estarão reproduzindo uma educação tecnicista, alienada.
Assim ratifico a importância vital de um Tutor com formação acadêmica
que organize situações didáticas, juntamente com os alunos, escapando das
armadilhas técnicas. Uma ação tutorial que procure desvelar as subjetividades
presentes na construção de saberes dos sujeitos envolvidos.
Pergunta-se : Será possível ultrapassar as limitações e alcançar tais
possibilidades na EAD? Lembramos que a seriação tolda a diversidade. Como
evitar sobre tudo, a padronização perseverando na busca de respostas
criativas? Defendemos uma concepção de que o Tutor seria aquele que,
problematizando o conhecimento crie estratégias em que o do aluno veja o
mundo e a si mesmo e vislumbre os riscos, as incertezas, a temporalidade
humana, as vantagens da tecnologia, do conhecimento e o encantamento do
aprender. Além disso, aprenda a usar a tecnologia, a adquirir competência e
habilidades no trato de questões de natureza técnica e operacional. Um Tutor
29
que procure garantir a relação teoria e prática; a investigação do real no
desenvolvimento de situações de aprendizagem.
3.3 - Formação do tutor?
A nosso juízo, o Tutor teria uma formação acadêmica definida por sua
experiência em educação, sua titulação acadêmica, seu conhecimento didático
- pedagógico. Talvez seja imprescindível que tenha experiência no ensino
presencial. Quem sabe; assim poderia compreender a diversidade dos sujeitos
e a complexidade e singularidade do processo de aprendizagem e as
diferentes teorias. Além desse perfil, um tutor teria que entender o
encantamento do processo de aprendizagem para se apaixonar por sua
atividade docente, principalmente pela distancia real de contatos presenciais.
EAD não se limita a um processo informativo.
Toda e qualquer experiência pedagógica não abstrair de um processo
metodológico que a coloca em movimento, ao qual nasce uma concepção que
se objetiva em um plano, um método, porém, não se reduz a ele (ao processo
metodológico). O que garante a qualidade de um processo de trabalho de
caráter pedagógico é a congruência entre seus elementos: concepção,
conhecimento específico e organização didático-metodológicas.
Qual é, em essência, na visão acadêmica, o papel do Tutor ? Seria um
Tutor/professor/andragogo
críativas,
situações
com
competência
provocativas
do
ato
para
criador
organizar
nesse
pesquisas
universo
de
possibilidades que é a EAD. Muitas são as denominações. Mas, a todo custo
devemos evitar a formação de um Tutor que reproduza a fragmentação do
saber, a cultura de lotes de conhecimento. É fundamentar garantirmos uma
formação que sustente a compreensão da prática educativa em que seus
elementos fundastes se inspirem numa concepção do belo, da unicidade, da
estética das possibilidades circunscritas na relação educador- educando
baseada no diálogo, no encontro com o outro. Por ser diferente ensino a
distancia exige habilidades diferenciadas, prìncipalmente com a introdução de
novas tecnologias. É um sistema peculiar de educação, daí a necessidade de
uma sólida formação acadêmica.
30
E sobre a relação tutor-aluno? Ambos são protagonistas. Uma proposta
de ensino que estabeleçam, em seu cerne, uma separação entre educador
educando já indica um caminho autoritário, linear. Daí, o desafio permanente
da EAD.
Chamamos atenção para uma reflexão que nos parece interessante.
Não seria cabível discutirmos outro paradigma? Pensarmos em um modelo de
EAD que contemplasse o papel do Tutor como um professor, que mesmo a
distancia não estivesse distante dos seus alunos. Um Tutor presente no
processo:
relatando
experiências,
conferenciando,
orientando
leituras,
pesquisas, compartilhando com os alunos estratégias de ensino, escolhendo
com alunos material de pesquisa, temas para debates no forun, construindo
conhecimento. Entretanto os tutores teriam monitores. Alunos que podem
assumir algumas atividades a distanciam que colaborassem com o tutor e,
nesse contexto, as escolhas, a os diálogos entre alunos e monitores e tutor
fortaleceria, quem sabe, a atividade acadêmica. Juntos, tutores, monitores e
alunos,
poderiam
apresentar
sugestões
temáticas,
metodológicas
e
operacionais no sentido de fortalecer o processo participativo.
Nesse modelo poderíamos criar uma forte motivação para os alunos que
expressassem interesse na EAD e estaríamos preparando, ao longo do
processo, futuros tutores. Seria um modelo similar ao sistema de monitoria da
universidade no ensino presencial.
3.4 - O que há de novo?
Vivemos num mundo onde o conhecimento passa a ser compreendido
de uma outra forma. Assim como não se concebe mais a idéia de linearidade
do pensamento, como tem sido usado há muito tempo, o profissional da
contemporaneidade não pode mais seguir rumos lineares. Precisa incorporar
distintas áreas de conhecimento para contextualizar a sua atuação, tornando-a
mais abrangente.
Por exemplo, você já prestou atenção que enquanto você lê este texto
diversas idéias vão lhe ocorrendo? Isso pode nos mostrar que o conhecimento
não é formado de maneira linear, mas sim numa constante relação e conexão
com outros conhecimentos, formando uma rede de informações.
31
Fazendo um paralelo destes conceitos ao contexto profissional,
podemos afirmar que o profissional não pode mais ficar preso numa área
específica de conhecimento, tendo em vista a necessidade preemente de
compreender e trabalhar a partir de um entendimento global. Uma área
específica de conhecimento não existe por si só, mas encontra-se inserida num
contexto maior interconectado com outras áreas de conhecimento.
Este processo vem ao encontro de um outro ponto relevante no que se
refere a função desenvolvida pelo tutor, que é a de poder promover, junto ao
aluno e professor, espaços de construção coletivas desses conhecimentos.
Esta ação é calcada basicamente pela troca que espaços, como, por exemplo,
as salas de bate-papo, o fórum e as videoconferências, possibilitam.
A interatividade constitui um outro alicerce na concepção do tutor EAD,
pois ele atua juntamente com outros membros da equipe na promoção de
processos interativos qualificados. Um ponto fundamental é estar atento as
necessidades do aluno, fazendo pontes entre as demandas dos alunos e
propostas do professor, podendo agir de maneira a solucionar as questões
tanto teóricas quanto de situações do dia-a-dia. Isso quer dizer que o tutor
deverá estar atento no nível de interatividade dos alunos, para então identificar
quais alunos não estão interagindo e tentar resgatar a relação interativa.
Além do tipo de interatividade citado, outros tipos também são
considerados importantes no ensino a distância, como a interação aluno-aluno,
aluno-tecnologia, aluno-conteúdo, aluno-tutor e aluno-monitor.
O tutor deverá prestar atendimento aos alunos distantes e presenciais,
via e-mail, telefone, fórum, chat e pessoalmente no que se refere tanto a
questões de conteúdos quanto questões técnicas.
Em relação a preparação das aulas, o tutor poderá contribuir no
acompanhamento
das
aulas-piloto
e
na
revisão
do
material
a
ser
disponibilizado para os alunos. Durante as aulas ele deverá estar presente para
resolução ou encaminhamento de possíveis dúvidas dos alunos.
Além disso, o trabalho desenvolvido pela tutoria pode implicar no
levantamento e pesquisa das tecnologias apropriadas como apoio do professor
e a Educação a Distância para a melhoria das ações. Esta atividade pode ser
32
complementada pela participação com projetos de pesquisa científicas junto a
apresentações das mesmas em congressos.
Um ponto a ser refletido diz respeito a formação de um grupo de
pesquisa voltado exclusivamente para a Educação a Distância, dentro da
própria unidade da PUCRS Virtual. Este grupo, que poderá ser constituído por
tutores, das mais distintas áreas, trabalhará no aprimoramento e no
desenvolvimento de estratégias que qualifiquem os processos educativos na
Educação a Distância.
3.5 - Perfil do tutor
Tendo em vista todas as questões que foram mencionadas ao longo
deste livro, é necessário que haja uma preparação do tutor para assumir este
papel emergente. Para isto, acreditamos ser imprescindível que ocorram
encontros destinados à discussão teórica e prática sobre ensino a distância,
contemporaneidade, novas tecnologias de informações e outros temas
relevantes para o trabalho em Educação a Distância.
Para se apropriar desta função, é necessário que a pessoa apresente
algumas características importantes, tais como: dinamismo, visão crítica e
global, responsabilidade, capacidade para lidar com situações novas e
inesperadas e saber trabalhar em equipe.
Para ingressar na atividade de tutoria, é necessário ter uma formação a
nível superior e também um interesse em desenvolver trabalhos ligados a
academia, tendo em vista que, as atividades estão inseridas num contexto
acadêmico. Além disso, o interesse por Educação a distância é uma condição
fundamental do tutor.
3.6 – Ensinando e Avaliando
Com o acesso à Internet popularizado, novas formas de comunicação e
de interação passaram a propiciar a troca de conhecimentos desconsiderando
as distâncias físicas e temporais.
33
Professores e alunos passam a usufruir da educação a distância via
internet, onde os meios eletrônicos de comunicação adequa o processo de
ensino e de aprendizagem de forma mais colaborativa.
Mas e a avaliação neste processo? Por inúmeras razões, um professor
na modalidade a distância não pode avaliar o aluno apenas através de testes e
trabalhos. Assim, a avaliação na educação a distância deve empregar diversos
meios, estar à disposição do aluno, orientar o aluno e, certamente, não deve
medir apenas quantidades ou refletir apenas um momento pontual.
A assimilação do conhecimento tecnológico, onde a informática e as
redes de comunicação assumem novos papéis no processo de transformação
social é essencial, acredita-se que este conhecimento deva ser um instrumento
de apropriação e construção de novos conhecimentos. A rede mundial de
computadores pode apoiar formas inovadoras de aprender, ensinar e avaliar,
sendo vista como uma aliada no processo de reestruturação do ambiente de
ensino e aprendizagem.
Estudar e desenvolver metodologias a serem empregadas na avaliação
a distância e que possibilitem avaliações mais dinâmicas e interativas é um
desafio, pois embora o avanço da modalidade a distância no sistema
educacional, formas de avaliação inovadoras que se adaptem a este modelo
são quase inexistentes.
Como conseqüência, os participantes ganham não só conhecimento,
mas também novas habilidades sociais, incluindo a habilidade de comunicar e
colaborar com colegas fisicamente dispersos. Outra variável importante na
eficácia do aprendizado é a preferência do aluno por um modo particular de
aprendizado: cooperativo, mas individualizado. Muitos projetos de educação a
distância incorporam o aprendizado cooperativo, projetos colaborativos e
interatividade entre grupos de alunos e entre locais diferentes.
O processo de ensinar e de aprender tem suas próprias dimensões,
pressupondo reciprocidade. A aprendizagem envolve contentamento de
necessidades, podendo gerar frustrações. O ensinar faz parte de um contexto
de aprendizagem, havendo a intencionalidade no ato do professor.
Que métodos os professores utiliza para dar forma aos objetivos e
conteúdos? Como eles ensinam? Que metodologias os professores conhecem
34
e que melhor se adaptam aos seus propósitos? Como a avaliação está
normalmente desvinculada do processo de ensino e aprendizagem, acaba
servindo apenas para classificar o aluno, não tendo repercussão na dinâmica
de trabalho em sala de aula.
É importante referenciar as diferenças estruturais entre testes
formativos, somativos e diagnósticos. Um teste somativo, por exemplo,
frequentemente tem mais abrangência de conteúdo que um teste formativo –
engloba, na maioria das vezes, os aspectos mais relevantes e mais gerais de
várias unidades de ensino, enquanto que este último se atém ao conteúdo de
uma unidade específica de ensino. Embora possa haver diferenças estruturais
entre os testes formativos, somativos e diagnósticos, um mesmo teste pode
servir às três funções da avaliação dependendo do uso que se pretenda fazer
dos seus resultados (determinação do ponto de partida do curso ou disciplina,
identificação de falhas de aprendizagem que precisam ser sanadas, relação
entre conteúdos e objetivos, entre outros).
Considerando vantagens como: feedback imediato ao aluno, flexibilidade
na data de realização da prova, respeito ao ritmo individual do aluno,
abordagem modular, oportunidade de fazer cursos não oferecidos no local,
apresentação consistente e portabilidade, em relação ao emprego do
computador na avaliação à distância, o professor ao avaliar deverá:
•
Induzir a postura diante dos resultados da avaliação.
•
Repensar o uso autoritário da avaliação;
•
Redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma quanto
do conteúdo);
Como desenvolver um conteúdo mais significativo de forma mais
participativa, diminuindo a necessidade de recorrer à nota como instrumento de
coerção? Não se pode conceber uma avaliação reflexiva, crítica, num processo
de ensino passivo, repetitivo deve-se buscar a lógica na teoria e na obra.
Os professores censuram fortemente as medidas (testes de avaliação)
usadas para monitorar o desempenho de estudantes e avaliar programas, pois
elas fracassam ao avaliar os resultados expressivos da aprendizagem, a
instrução e as decisões sobre linhas de ação: enfatizam a memorização de
35
fatos com pouco ensejo para a prática de habilidades de ordem mais alta do
pensamento. Assim, surgem questões sobre:
•
Como realizar experiências para avaliar as condutas de alunos e professores
e os produtos (aulas-conteúdos) propostos pelas aulas a distância? E como
executar essa avaliação?
•
Como identificar a interação dos alunos com os ambientes de ensino a
distância, para implementar metodologias de avaliação a distância?
É evidente que a avaliação deve ser contínua, realizada no processo
enquanto o professor acompanha a construção do conhecimento. O centro do
processo de ensino é o aluno, deste modo procura-se ampliar as possibilidades
de escolha do aluno, proporcionando visões alternativas sobre o mesmo
problema e materiais integrante que ajudem na sua formação.
A avaliação deveria ser um ato dinâmico, implicando na tomada de
decisão, servindo para identificar habilidades dos envolvidos no processo de
aprendizagem, visando proporcionar um feedback útil aos mesmos e
informações proveitosas para a comunidade escolar.
Para muitos autores, entre as características de um bom instrumento de
avaliação, destacam-se:
Validade, Consistência, Coerência, Abrangência, Clareza e Equidade
3.6.1 - Metodologia de Avaliação
Os cursos em questão seguiram a abordagem construcionista, que
envolve o uso maciço e significativo do computador no local onde o aprendiz
atua, oferecendo condições para que ele construa o conhecimento,
contextualizado na sua realidade e de maneira contínua.
A realização destes cursos à distância permitiu o desenvolvimento de
atividades de construção do conhecimento contextualizadas no local de
trabalho do professor-aprendiz, o que favoreceu a reflexão deste sobre a
própria experiência pedagógica.
A seguir são apresentados os principais tipos de atividades usadas nos
cursos:
36
Projetos: envolveram o desenvolvimento de atividades práticas usando
ferramentas computacionais, bem como o planejamento, realização e análise
de atividades práticas dos professores-aprendizes com seus aprendizes.
Os projetos foram desenvolvidos individualmente ou em grupo e
publicados no curso por meio da ferramenta Portfólio. Todas as atividades
compartilhadas no Portfólio eram comentadas pelos formadores e aprendizes
de forma colaborativa e construtiva. O aprendiz era motivado a entrar num ciclo
de revisões seguidas de comentários, no qual tinha a oportunidade de construir
e apurar os novos conhecimentos;
Debate online: realizados para promover a discussão de temas
específicos do curso.
Essas discussões foram realizadas de 3 formas:
Fórum: discussão assíncrona realizada por meio da ferramenta Fórum
de Discussões. Eram conduzidos pelos formadores, que incentivavam as
trocas de idéias e experiências. A natureza assíncrona do fórum favoreceu a
reflexão e a elaboração das participações, possibilitando maior qualidade e
aprofundamento;
Seminário Virtual: era semelhante à atividade Fórum, no entanto nesta
modalidade um ou dois grupos ficavam responsáveis por propor as questões a
serem discutidas, conduzir as discussões do fórum, fazer uma análise e avaliar
a participação dos colegas;
Bate-Papo: discussão síncrona realizada por meio da ferramenta BatePapo para discutir tópicos relacionados ao curso. A natureza síncrona do BatePapo gera participações curtas e pouco elaboradas,
no entanto demonstrou aumentar a proximidade entre os participantes
do curso, contribuindo para aumentar a colaboração;
Relatos:
reflexões
do
aprendiz
sobre
o
próprio
processo
de
aprendizagem, por meio de relatos de suas experiências. Foi usada a
ferramenta Diário de Bordo, que permite leitura e comentário apenas de
formadores.
Cada curso possui um número de características específicas para
representar e processar a avaliação. Por exemplo, o sistema pode gerar um
exame personalizado baseado em um número de diferentes critérios e
37
parâmetros, incluindo os trabalhos já realizados pelo aluno, bem como seus
resultados. A correção é feita automaticamente ou posteriormente pelo
professor, caso seja necessário, e o seu resultado (detalhado e personalizado)
é enviado para o aluno.
38
Conclusão
Vimos como é importante a figura do tutor na EAD e a responsabilidade
que o mesmo detem juntamente com suas metodologias para o sucesso de um
projeto instituído por uma instituição seja ele de ensino ou empresarial.5
A utilidade da ensino continuado vigora a todo vapor nas empresas que
buscam aperfeiçoamento de seus funcionários e podemos identificar uma
melhoria de qualidade não só do era produzido mas também da qualidade de
vida dos seus funcionários a utilizar tecnologias na EAD que fazem aulas a
distância
se
tornarem
semi-presenciais
onde
profissionais
trocam
conhecimento em tempo real mediados por um tutor. Empresas simulam
procedimentos para verificar qual funcionário esta mais qualificado e nivelar o
poder de atuação dos demais com essa tecnologia semi-presencial.
O futuro da educação e da qualificação empresarial estará relacionado
com técnicas referente a EAD, e o tutor será a peça fundamental para fazer
com que esse mundo virtual se transforme em vida real.
39
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EAD,
disponível
em:
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mander – Instituto a Vez do
Mestre
Título da Monografia: Educação Continuada: O Desafio do Tutor
Autor:Rafael Vigier Ibañez
Data da entrega: ____ / 03/2007.
Avaliado por:
Conceito:
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universidade candido mendes pós-graduação “lato sensu” instituto