17/08/2015 AULA 1 – EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA Profᵃ. Drᵃ. Carolina Riviera Duarte Maluche Barettta EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR TOPOGRAFIA O relevo do solo exerce grande influência sobre as perdas por erosão, em função: • grau de declive; • regularidade do declive; • comprimento de rampa. 1 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR TOPOGRAFIA Grau de declive Quanto > o declive de um terreno, < os obstáculos e resistências oferecidas ao livre escoamento das águas sob impulso da gravidade, < o tempo disponível para a infiltração das águas no solo. EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR TOPOGRAFIA Regularidade do declive: A < ou > regularidade dos declives implica em continuidade das rampas, estabilidade ou variação na velocidade de escoamento das enxurradas influenciando a velocidade de escoamento e a energia cinética deste escoamento, afetando diretamente as perdas. por erosão. 2 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR TOPOGRAFIA Comprimento de rampa Característica do relevo de maior influência sobre as perdas por erosão, podendo mais facilmente ser modificada pela ação do homem – cultivos em nível e terraceamento. A medida que aumenta o comprimento das rampas, aumenta a velocidade da enxurrada. erosão. EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA - FATOR TOPOGRAFIA Comprimento de rampa 3 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR TOPOGRAFIA Comprimento de rampa Fonte: Betoni, 1972. 4 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR TOPOGRAFIA – Regularidade do declive Curvatura do declive: Microrelevo: rugosidade EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR VEGETAÇÃO É um dos fatores mais importantes para reduzir a erosão.Quanto maior a densidade de cobertura vegetal, menor a erosão. A planta protege o solo em três níveis: •Nível de copada (folhas comuns). •Nível da superfície do solo (troncos, raízes afloradas e restos vegetais). •Nível interior do solo (raízes). •Incorporação de matéria orgânica (agregação e proteção das partículas de solo). •Influência biológica (macro e micro-organismos). •Efeito da transpiração.. 5 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA Proteção do solo Lavoura de milho sob Plantio direto EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA Solo e Plantas Protegidos Lavoura de soja sob Plantio direto 6 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR VEGETAÇÃO EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Com exceção do manejo, a natureza do solo é um dos fatores que maior influência exerce sobre a quantidade e qualidade do material erosionado, dependendo especialmente das características químicas, físicas e biológicas do solo e suas interações. 7 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Tipo e teor de argila: Quanto maior o teor de argila no solo, maior será a resistência a erosão, pelo efeito cimentante das argilas. EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Estrutura Arranjamento das partículas no solo. Disposição das partículas em agregados. Algumas características do solo como: movimentação de água, transferência de calor, aeração, densidade aparente e porosidade, são grandemente influenciadas pela estrutura. 8 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Agregação Estabilidade de agregados. Alguns grânulos cedem imediatamente as pancadas das gotas de chuva, outros resistem à desagregação. Isso ocorre devido a ausência ou presença de certos agentes cimentantes. EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Porosidade do solo Porção do solo ocupada pelo ar e pela água. O tamanho dos espaços porosos é principalmente determinado pela distribuição das partículas sólidas. 9 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Matéria Orgânica A matéria orgânica age propiciando maior estabilidade às unidades estruturais (agregados) do solo, tornando o mesmo mais resistente à ação dos agentes erosivos. EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Capacidade de Infiltração É a velocidade com que o solo se deixa atravessar pela água sob condições de campo. É um dos fatores que controla o escoamento superficial da água no solo. 10 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR SOLO Capacidade de Infiltração Fatores que podem afetar a infiltração: • fatores biológicos; • porosidade (macroporosidade do solo); • cobertura vegetal; • umidade do solo; • intensidade da chuva; • temperatura; • declividade do terreno. EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR USO E MANEJO DO SOLO O uso do solo compreende os vários tipos de manejo, práticas culturais, tipos de culturas, etc. Há uma interação entre todos os fatores. Tipos de Culturas: A erosão varia com o tipo de planta (arquitetura, sistema radicular), o que determina > ou < cobertura do solo e diferentes condições físicas do solo criadas por diferentes culturas. 11 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR USO E MANEJO DO SOLO Tipo de preparo Preparos do solo que incorporam toda a resteva (convencional), deixam o solo desprotegido. Preparos que semiincorporam (mínimo) ou deixam a resteva na superfície (plantio direto) protegem melhor o solo, consequentemente diminuem a erosão. Quanto maior a intensidade de preparo > a EROSÃO. . EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA E as pastagens? Perdas variam entre < 1 e > 50 Mg ha-1 ano-1 12 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR USO E MANEJO DO SOLO . EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR USO E MANEJO DO SOLO . 13 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR USO E MANEJO DO SOLO . EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA EROSÃO HÍDRICA FATOR USO E MANEJO DO SOLO Manejo dos restos culturais O manejo dado a resteva influenciará diretamente a erosão. A resteva pode ser: • retirada da lavoura; • queimada; • enterrada; • semi-enterrada; • deixada em superfície. . 14 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA PLANTIO DIRETO - PREVENÇÃO Manutenção dos restos culturais sobre o solo . EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA SEMEADURA DIRETA – SOLO SEM PREPARO 15 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA PLANTIO DIRETO EM PEQUENA PROPRIEDADE EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA MANEJO INADEQUADO DO SOLO 16 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E EÓLICA Voçorocas Estágio mais avançado da erosão hídrica em sulcos EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA MECANISMOS DA EROSÃO EÓLICA O vento como agente erosivo A erosão eólica ocorre, geralmente, em regiões planas ou suavemente onduladas, no período de estiagem, com solo seco e descoberto com presença da fração areia na composição do solo desagregadas e com partículas de solo desagregadas. Ocorre no norte da África, Ásia, Austrália, EEUU e Brasil. No Brasil, ocorre no RS, BA, e NE. 17 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA EÓLICA EROSÃO EÓLICA MECANISMOS DA EROSÃO EÓLICA O vento como agente erosivo Causa o empobrecimento do solo e morte das plantas, prejudica estradas de ferro e rodovias, provoca problemas respiratórios em homens e animais. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA CONDIÇÕES NECESSÁRIAS • existência de vento (agente ativo); • áreas planas ou suavemente onduladas; • períodos de estiagem; • solo seco e descoberto; • presença de fração areia na composição do solo; • partículas de solo desagregadas 18 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA CONDIÇÕES NECESSÁRIAS Fases da Erosão eólica DESAGREGAÇÃO TRANSPORTE Salteamento Suspensão Rolamento DEPOSIÇÃO 19 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Fases da Erosão eólica DESAGREGAÇÃO • impacto das gotas de chuva; • impacto das partículas já desagregadas; • geadas; • alternância de umedecimento e secagem; • mobilização do solo. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Fases da Erosão eólica TRANSPORTE O transporte ocorre de três maneiras diferentes: • salteamento; • suspensão; • rolamento. 20 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Fases da Erosão eólica TRANSPORTE - salteamento; Movimentos rápidos na forma de curtos saltos, por pressão direta do vento e colisão de partículas. O tamanho das partículas varia de 0,1 a 0,5 mm de diâmetro. Ao caírem estas partículas impactam o solo, colocando em movimento outras partículas. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Fases da Erosão eólica TRANSPORTE - suspensão; Partículas de grande área específica, transportadas a grandes distâncias. O tamanho das partículas varia de 0 a 0,1 mm de diâmetro ( areia fina, silte e argila). 21 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Fases da Erosão eólica TRANSPORTE -rolamento; Partículas mais pesadas, entre 0,5 e 3,0 mm, são erguidas, mas roladas ou arrastadas sobre a superfície. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Fases da Erosão eólica DEPOSIÇÃO A deposição se dá com a diminuição parcial ou total da velocidade do vento. É seletiva, primeiro se depositam as partículas mais pesadas (rolamento), depois as partículas um pouco mais leves (saltamento) e por último as partículas mais leves (suspensão). 22 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Fases da Erosão eólica EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FORMAS DE EROSÃO EÓLICA Detrusão: Desagregação de grânulos grosseiros por ação direta do vento. Efluxão: Remoção dos grânulos com diâmetro entre 0,05 e 0,5 principalmente saltamento tb rolamento ou suspensão por saltamento, por suspensão. Extrusão: Rolamento das partículas mais grossas sobre a superfície. 23 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FORMAS DE EROSÃO EÓLICA Eflação: Remoção das partículas por suspensão. Abrasão: Desagregação das partículas pelo impacto das partículas carregadas em suspensão. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA • Velocidade e turbulência do ar; • solo; • topografia; • vegetação; • uso e manejo do solo. 24 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Velocidade e turbulência do ar: Acima de 13 km/h é suficiente para provocar o salteamento e o rolamento de partículas. A turbulência do ar atua como componente vertical, gerando, pelo deslocamento do ar, uma pressão negativa, que ajuda a suspender as partículas. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Solo: • textura; • estrutura; • crosta superficial; • umidade; • rugosidade superficial. 25 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Solo EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Solo •Textura: Quanto + arenoso > o número de partículas entre 0,1 e 0,5mm (salteamento) e < a coesão entre partículas e > a oxidação da MO. •Estrutura: Solos com > estabilidade de agregados resistem mais a erosão eólica. •Crosta superficial: Maior resistência à ação do vento por propiciar maior coesão entre partículas. 26 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Solo •Umidade: Com o aumento da umidade, aumenta a adesão e a tensão superficial ao redor das partículas partículas. •Rugosidade superficial: Diminui a velocidade do vento e facilita a coleta das partículas que saltam e se precipitam. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Topografia Solos com topografia regular, são + suscetíveis a erosão por apresentarem < número de obstáculos ao vento, o qual, atinge maior velocidade.velocidade. 27 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Vegetação • diminui a velocidade do vento próximo a superfície; • ajuda a manter maior teor de umidade no solo; • resíduos de culturas obstruem o movimento das partículas movidas por salteamento e rolamento. EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA FATORES QUE AFETAM A EROSÃO EÓLICA Uso e Manejo do Solo Práticas de mobilização e cultivo facilitam a desagregação das partículas e o secamento da superfície do solo. O pastoreio excessivo da área expõe a superfície do solo à ação dos ventos. 28 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA Áreas de ocorrência no RS - Principalmente Região Sudoeste do RS EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA 29 17/08/2015 EROSÃO HÍDRICA E ÓLICA EROSÃO EÓLICA Arenização no Sudoeste do RS - Ventos CAUSAS - Solo ( arenoso, de baixa fertilidade natural...) - Topografia (plana a suavemente ondulada) - Uso e manejo do solo inadequado (preparo incorreto, pastoreio excessivo...) CONSEQUÊNCIAS - Áreas abandonadas (arenizadas) - Solo degradados - Condições socioeconômicas locais - Desvalorização da terra 30 17/08/2015 DESERTIFICAÇÃO ARENIZAÇÃO USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 31 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 32 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 33 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 34 17/08/2015 35 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 36 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 37 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 38 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 39 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 40 17/08/2015 41 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 42 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 43 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS Práticas favoráveis ao uso sustentável do solo - Aumento na produção de biomassa; - Manutenção da cobertura do solo; - Rotação de culturas; - Controle da erosão: práticas mecânicas; - Descompactação do solo; - Ajuste da lotação animal, evitar pisoteio animal e trânsito de máquinas em solo excessivamente úmido; - Incluir custos da recuperação ambiental. 44 17/08/2015 USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS USO DE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS 45 17/08/2015 Infiltração: at-b+ ic 46 17/08/2015 47 17/08/2015 Mensagem do dia Obrigado por sua presença!!!! “ Como alguém se torna uma borboleta? Basta querer voar tanto, até chegar ao ponto de estar disposto a desistir de ser uma lagarta. " Trina Paulus 48