UTILIZAÇÃO DO FALLOUT DE BERÍLIO-7 PARA DETERMINAÇÃO DA EROSÃO DE SOLOS EM TRÊS ÁREAS COM DIFERENTES FORMAS DE CULTIVO DE SOJA L.D. Marestoni*, C. R. Appoloni, A.C. Andrello. Departamento de Física, CCE, Universidade Estadual de Londrina. Campus Universitário, P.O. Box 6001, CEP 86051-990 Londrina-PR, Brasil. O monitoramento de fenômenos geológicos e hidrológicos apresenta grande interesse ambiental e econômico. Muitos radioisótopos, naturais e artificiais, têm sido usados para este propósito. No presente trabalho o Berílio-7 foi usado para indicar a erosão em três áreas com diferentes configurações: uma com soja plantada no sentido do declive, uma com soja plantada perpendicular ao declive e uma sem plantio (pousio). Berílio-7 é um radionuclídeo de origem cosmogênica, com meia vida de 53 dias, produzido por espalação de raios cósmicos com átomos de oxigênio e hidrogênio na troposfera e estratosfera. A deposição do berílio-7 ocorre por deposição seca e úmida, sendo que a deposição úmida contribui com, aproximadamente, 95 % do total. O ajuste experimental constitui de dois detectores: um com 66% e outro com 10% de eficiência relativa, ambos acoplados a eletrônica nuclear de espectrometria de raios gama padrão. As amostras de solo foram destorroadas e acondicionadas em béqueres marinelli de 1 litro. A amostragem dos pontos foi realizada até o ponto em que o berílio-7 estava presente, foi possível verificar que esta penetração no solo pode ser ajustada muito bem por uma função do tipo exponencial. A máxima penetração no solo nu sem erosão ficou em torno de 3 cm, ou seja, berílio-7 se torna usual como traçador de erosão superficial de solo.