COMO AS CONCESSIONÁRIAS E MONTADORAS PODEM ECONOMIZAR MILHÕES DE REAIS EM ESTOQUE DE PEÇAS Como acabar com os excessos de estoques e a obsolescência. Será que com a reposição automática os departamentos de peças comprarão somente o que irá vender? E os clientes terão as peças que necessitam? Na mesma hora? Segundo Estatísticas da Mike Nicholes Inc. obtidas depois de 25 anos de pesquisa em mais de 19.500 concessionárias em quatro continentes: • 7% a 10% dos itens se tornarão naturalmente obsoletos • 20% a 40% dos estoques são obsoletos ou tecnicamente obsoletos • De cada 10 clientes que ligam ou vão até a concessionária na média apenas 40% são atendidos com peças que já estão na prateleira • O mix dos itens também está errado e existe também estoque em excesso Todo mundo perde. A montadora, a concessionária e principalmente o consumidor que leva muito mais tempo esperando pelo conserto de seu veículo. Quem conhece um pouco de planejamento e controle da produção sabe a importância de puxar a produção, prevendo a demanda sempre que se tem uma grande rede de distribuidores, além dos efeitos devastadores nos estoques em toda cadeia produtiva com o empurra das peças na rede. As montadoras sempre forçaram o cumprimento dos objetivos de compra de peças pelas concessionárias com o argumento que o consumidor final tem que encontrar as peças disponíveis na prateleira sempre que chegar ao balcão ou na oficina não se mostrou consistente. Para uma produção on demand cria-se uma nova corrente: a de informações com qualidade. Qualquer quebra de um elo nesse fluxo pode ser trágica. Desde as fichas do Kardex as tentativas foram muitas. Primeiro utilizando somente o DMS – Sistema de Gestão das Concessionárias. Agora com a reposição automática das peças pelas controlado pelas montadoras. Antigamente os pedidos de compras eram quinzenais ou mensais, o lead-time era de 10 a 14 dias e a revisão/produção do pedido levava de 2 a 3 dias. Hoje os pedidos são diários ou semanais e as entregas mais rápidas e o pedido produzido em poucas horas. Com o novo método de se repor de forma automática é primordial que se enxergue os estoques e a demanda total de maneira consistente e precisa. É possível substituir os objetivos de compras pelo os de vendas desde que o registro da demanda seja completo. O Nível de Serviço ou Fill Rate é capaz de atingir de 85% a 92% em peças, itens e valor. Para reduzir quantidade de obsoletos é preciso estabelecer uma recompra, pois 65% dos itens que não vendem em seis meses não irão vender nos próximos seis, sendo que 85% que não venderam nos últimos nove meses não terão consumo nos três meses subsequentes. Após muitos anos as montadoras empurraram a compra de peças. Agora precisam criar uma relação de confiança mútua com a rede. Com uma política transparente de estabelecimento de objetivos e o porquê desses valores. Sem que os fabricantes e seus revendedores alinhem suas estratégias e suas metas qualquer tentativa de mudança pode ter um resultado frustrante. Só com um grande trabalho de conscientização, horas de treinamento da rede e a utilização correta das ferramentas de tecnologia da informação teremos vendas crescentes sem aumentar os estoques. O alinhamento on-line da cadeia produtiva com a cadeia de consumo é fundamental para qualquer mercado de consumo, porém para as montadoras de veículos automotores, este alinhamento é um diferencial competitivo muito grande. Algumas montadoras já estão colhendo os benefícios, e consequentemente sua Rede de Distribuição. Talvez um dos maiores desafios seja este processo de negociação entre a montadora e sua respectiva Rede, já que estamos falando de mudanças culturais expressivas e é um caminho sem volta. José Rinaldo Caporal CEO MegaDealer Contato: Multifoco Comunicação e Marketing Jornalista: Marot Gandolfi (11) 3758-8138 (11) 9931-1430 [email protected] www.megadealer.com.br