European Medicines Agency Doc. Ref.: EMEA/528629/2009 EMEA/H/C/1030 Mozobil plerixafor Resumo do EPAR destinado ao público Este documento é um resumo do Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR). O seu objectivo é explicar o modo como o Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) avaliou os estudos realizados, a fim de emitir recomendações sobre as condições de utilização do medicamento. Se necessitar de informação adicional sobre a sua doença ou o tratamento, leia o Folheto Informativo (também parte do EPAR) ou contacte o seu médico ou farmacêutico. Se quiser obter mais informação sobre os fundamentos das recomendações do CHMP, leia a Discussão Científica (também parte do EPAR). O que é o Mozobil? O Mozobil é uma solução injectável que contém a substância activa plerixafor. Para que é utilizado o Mozobil? O Mozobil é utilizado para potenciar a colheita de células estaminais hematopoiéticas (células presentes na medula óssea que se podem transformar em diversos tipos de células sanguíneas) para transplante. É utilizado no transplante autólogo (em que são usadas as próprias células do doente) em doentes com linfoma ou mieloma múltiplo (tipos de cancro das células sanguíneas). É utilizado apenas em doentes nos quais a recolha de células estaminais se revele difícil. Uma vez que o número de doentes que requerem mobilização e recolha de células estaminais hematopoiéticas para transplante é reduzido, esta doença é considerada “rara”, pelo que o Mozobil foi designado “medicamento órfão” (medicamento utilizado em doenças raras) em 20 de Outubro de 2004. Como se utiliza o Mozobil? O tratamento com o Mozobil deve ser iniciado e controlado por um médico com experiência no tratamento do cancro ou de doenças do sangue. Após a administração do Mozobil, as células estaminais do doente têm de ser extraídas do sangue e armazenadas, antes de se proceder ao transplante. Por este motivo, o tratamento deve ser levado a cabo em colaboração com um centro especializado, com experiência neste tipo de procedimento e que seja capaz de efectuar uma correcta monitorização das células estaminais. O Mozobil é usado em combinação com uma hormona denominada factor estimulante de colónias de granulócitos (G-CSF). A G-CSF é administrada isoladamente durante quatro dias, antes de se administrar o Mozobil. O Mozobil é administrado por injecção subcutânea, seis a 11 horas antes de cada sessão de colheita de sangue e extracção de células estaminais. Pode ser usado até sete dias consecutivos. Como funciona o Mozobil? O Mozobil é utilizado para ajudar a desalojar (“mobilizar”) as células estaminais da medula óssea, de modo a serem libertadas na corrente sanguínea. A substância activa do Mozobil, o plerixafor, actua ao bloquear a actividade de uma proteína chamada “receptor de quimocinas CXCR4”. Normalmente, esta 7 Westferry Circus, Canary Wharf, London E14 4HB, UK Tel. (44-20) 74 18 84 00 Fax (44-20) 74 18 84 16 E-mail: [email protected] http://www.emea.europa.eu © European Medicines Agency, 2009. Reproduction is authorised provided the source is acknowledged. proteína contribui para manter as células estaminais na medula óssea. Ao inibir a sua actividade, o Mozobil viabiliza a libertação das células estaminais no sangue, onde podem ser recolhidas. Como foi estudado o Mozobil? Os efeitos do Mozobil foram testados em modelos experimentais antes de serem estudados em seres humanos. O Mozobil foi comparado com um placebo (um tratamento simulado) em dois estudos principais, que incluíram 298 adultos com um tipo de linfoma chamado linfoma não-Hodgkin e em 302 adultos com mieloma múltiplo. Todos os doentes receberam também a G-CSF. O principal parâmetro de eficácia foi o número de doentes nos quais foi possível recolher um número-alvo de células estaminais do sangue em dois ou quatro dias de colheitas. Os estudos avaliaram, igualmente, o número de doentes nos quais foi extraído um número-alvo de células estaminais que foram depois enxertadas com sucesso (começaram a crescer e a produzir células sanguíneas normais). Qual o benefício demonstrado pelo Mozobil durante os estudos? O Mozobil foi mais eficaz que o placebo na mobilização e libertação de células da medula óssea no sangue. Nos doentes com linfoma que receberam o Mozobil, foi possível recolher o número-alvo de células estaminais em quatro dias de colheitas em 60% dos casos (89 doentes em 150), por comparação com 20% dos doentes que receberam o placebo (29 em 148). No mieloma múltiplo, foi possível recolher o número-alvo de células estaminais em 72% dos doentes (89 em 150), por comparação com 34% dos doentes que receberam o placebo (53 em 154) Em ambos os estudos, o número de doentes que atingiram o número-alvo de células estaminais e nos quais estas células foram seguidamente enxertadas com sucesso foi maior entre aqueles que receberam o Mozobil. Qual é o risco associado ao Mozobil? Os efeitos secundários mais habituais do Mozobil (observados em mais de 1 doente em cada 10) são diarreia, náuseas (enjoos) e reacções no local da injecção. Para a lista completa dos efeitos secundários comunicados relativamente ao Mozobil, consulte o Folheto Informativo. O Mozobil não deve ser utilizado em pessoas que possam ser hipersensíveis (alérgicas) ao plerixafor ou a qualquer outro componente do medicamento. Por que foi aprovado o Mozobil? O Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) concluiu que os benefícios do Mozobil são superiores aos seus riscos em combinação com a G-CSF na potenciação da mobilização de células estaminais hematopoiéticas para o sangue periférico, para recolha e subsequente transplante autólogo, em doentes com linfoma e mieloma múltiplo em que a mobilização de células seja difícil. O Comité recomendou a concessão de uma autorização de introdução no mercado para o Mozobil. Outras informações sobre o Mozobil Em 31 de Julho de 2009, a Comissão Europeia concedeu à Genzyme Europe B.V. uma Autorização de Introdução no Mercado, válida para toda a União Europeia, para o medicamento Mozobil. O resumo do parecer emitido pelo Comité dos Medicamentos Órfãos para o Mozobil está disponível aqui. O EPAR completo sobre o Mozobil pode ser consultado aqui. Este resumo foi actualizado pela última vez em 06-2009. 2/2