BOLSA DE CHICAGO
3,8 milhões de hectares
de lavouras ruins nos EUA
3
Chuvas diminuíram nesta semana, mas ainda acumularam grandes
volumes em pontos já muitos úmidos do Meio-Oeste
EUA
Lavouras De Soja Ruins + Muito Ruins
ND
3%
0.070
3%
SD
0.062
NE 7%
0.147
9%
KS
0.135
MN
2%
0.062
WI
4%
0.031
3%
IA 0.121
MO
20%
0.465
MI
14%
0.119
IL
20%
0.817
IN
26%
0.600
OH
22%
0.445
EUA
ruim + muito ruim: 11%
milhões de hectares: 3.790
2014: 6%
milhões de hectares: 2.032
No relatório de safra de segunda (13), o
USDA mostrou queda de apenas um ponto no
somatório de lavouras de soja boas e excelentes, que passou de 63% para 62%, contra
72% um ano atrás. Mais do que o pequeno
recuo semanal e a diferença anual significativa, chamam a atenção os números na outra
ponta da tabela, no somatório de condições
ruins e muito ruins. Ele representa 11% das
lavouras americanas, ou 3,8 milhões de hectares, contra 6% (2 milhões de hectares) há
um ano. Em estados de alto potencial produtivo, como Illinois, Indiana e Ohio, o índice
está na casa dos 20%. Apenas nesses três
estados, 1,9 mi-lhão de hectares estão em
más condições.
Em contrapartida, estados importantes
como Iowa e Minnesota, além das Dakotas,
têm lavouras muito boas e alimentam talvez
a maior dúvida desta safra 2015/16: em que
medida os estados não atingidos pelas chuvas torrenciais de junho serão capazes de
compensar as perdas ocorridas no leste e no
sul do cinturão produtor? Essas lavouras
terão fôlego pa-ra fazer com que a produção
americana não penda nem para o extremo da
supersafra (o que já parece fora de questão).
CLIMA EUA
Temperaturas sobem e merecem
atenção no oeste
Além de ter chovido um pouco menos,
esta semana também teve au-mento das
temperaturas, que estavam abaixo da média
em todo o cinturão produtor havia mais de um
mês. Embora te-nham subido também, os termômetros ainda ficaram abaixo do normal na
porção leste, onde um pouco de calor seria
bem-vindo para reduzir o excesso de umidade. E esse calor poderá chegar já nos próximos dias a essa região, mas mais forte que
o desejável. No domingo (19), a máxima em
Chicago, no norte de Illinois, pode bater em
35ºC. Se persistirem, e caso se combinem a
um período de estiagem, as altas temperatu24/07 A 30/07
Desvio De Chuva
24/07 A 30/07
ras poderão prejudicar as la-vouras, a maior
parte com raízes rasas devido ao plantio
muito úmido. Mas a boa notícia para os produtores é que há chuvas moderadas na previsão. No no-roeste, e especialmente nas
áreas me-nos úmidas, a elevação das temperaturas nos últimos dias já preocupa os produtores de milho, que está polinizando. Mas
as chuvas previstas para os próximos dias na
região são benéficas para o milho e também
para a soja.
Desvio De Temp
JUL/15
Desvio De Chuva
ND
MN
SD
WI
NE
5
25
50 75 100 125 150 200 400
HPRCC/AGRURAL Em % (100= normal).
-8
-6
-4
MI
IA
KS
OH
IL
IN
2
4
MO
-2
4
0
6
HPRCC/AGRURAL Em ºC (0= normal).
8
5
25
50 75 100 125 150 200 400
HPRCC/AGRURAL Em % (100= normal).
USDA
5
Com demanda recorde,
farelo dá suporte ao grão
O farelo dá suporte às cotações da soja
em grão já há alguns meses. Não foi diferente
nesta semana. O grão recuou sob o peso da
realização de lu-cros, mas as perdas foram limitadas pelo bom momento do derivado. Na
quinta (16), o ago/15 renovou a máxima de
12 meses ao bater em US$ 372,10 por to-nelada-curta, com ganho de 28% desde 1º/jun.
A demanda por farelo está acelerada há mais
de um ano. Em julho passado, as exportações antecipadas para 2014/15 somavam
2,6 milhões de toneladas, contra 920 mil um
ano antes. Ago-ra, a dois meses e meio do
EUA
Esmagamento Out-Jun
USDA/AGRURAL Em milhões de toneladas.
fim da temporada, as vendas acumulam recorde de 11,2 milhões. As vendas antecipadas pa-ra 2015/16, embora atrás do recorde
do ano passado, são firmes e somam 1,6 milhão de toneladas. Além disso, a de-manda
doméstica nos EUA é forte, puxada pelo momento favorável das carnes, interrompido
apenas por um surto de gri-pe aviária em
maio. O esmagamento de soja, recorde em
junho, acumula 38,1 milhões de toneladas em
2014/15 e ajuda a explicar a redução dos estoques finais de soja feita pelo USDA em
10/jul.
EUA
Registros De Exp. De Farelo
USDA/AGRURAL Em milhões de toneladas.
BOLSA DE CHICAGO
Soja cai em semana marcada por
melhora do clima nos EUA
6
Contrato nov/15, o mais líquido do mercado, US$ 10,35 é a marca a
superar até o final de julho
Depois da alta forte e rápida, que levou
o contrato nov/15 a saltar da mínima do contrato em 15/jun (US$ 8,9575) para a máxima
de oito meses em 14/jul (US$ 10,45), a soja
negociada na Bolsa de Chicago caiu com
vontade nesta semana, pressionada por realização de lucros e pelo clima favorável à
safra dos EUA. Momentos de alta do dollar
index, que na terça (21) atingiu sua cotação
mais alta desde o final de abril, também ajudaram a pressionar a soja. Os contratos da
safra velha caíram menos, favorecidos pela
demanda forte no mercado físico dos EUA.
Embora a expectativa seja de produção
menor nos EUA devido ao excesso de chuva
em junho, o fato é que a safra vai bem nesta
segunda quinzena de julho. As temperaturas
subiram na medida certa, as chuvas diminuíram nas áreas muito úmidas e sua falta ainda
não chega a ser muito sentida nos estados
SOJA
Cotações Na Bolsa De Chicago
CBOT/AGRURAL Em cents de US$ por bushel. *Para variação anual,
foram usados ago/14, set/14 e assim sucessivamente.
mais secos. Embora previsões climáticas
mudem o tempo to-do, a expectativa é de que
agosto comece com uma combinação de
temperaturas e chuvas favorável às lavouras.
O rompimento, na semana passada, da
linha de tendência de alta no gráfico do
nov/15 deixou o mercado fragilizado.
BOLSA DE CHICAGO
SOJA
Posição Dos Fundos De Investimento* Na CBOT
CFTC/CBOT/AGRURAL *Apenas gestão ativa. Futuros e opções.
SOJA
Posição Dos Fundos De Investimento* Na CBOT
CFTC/CBOT/AGRURAL *Apenas gestão ativa. Futuros e opções.
BRASIL
8
Mais alto em 12 anos, dólar
mantém mercado interno vivo
Dólar: 3.347
Dia: +1.55%
Semana: +4.79%
Mês: +7.66%
Ano: +25.89%
No mercado brasileiro, a forte alta do dólar diante do real, motivada pelo corte nas metas
fiscais, serviu de contrapeso às quedas em Chicago, segurou os preços domésticos e permitiu
que a soja trocasse de mãos em várias praças.
No disponível ou com entrega nos próximos meses, o grão rodou por até R$ 78,00 em
Rio Grande (RS); R$ 73,00 no interior gaúcho; R$ 71,00 no norte do Paraná para pagamento
outubro; R$ 70,00 em Cascavel (PR) para pagamento setembro; R$ 67,00 também no oeste
do Paraná, mas para pagamento 10/ago; R$ 64,50 em Brasília (DF); R$ 63,00 em Dourados
(MS); R$ 62,00 em Maracaju (MS); R$ 61,50 em Campo Verde (MT) com pagamento 15/ago;
DÓLAR COMERCIAL
Gráfico Trimestral em Reais
Maior fechamento desde 31/mar/03.
PROPHETX/AGRURAL
BRASIL
e R$ 61,00 em Lucas (MT) e Primavera do Leste (MT), esta para GMO free. Os negócios
com soja da próxima safra também saíram, mas foram menos frequentes. Destaque para reportes por até R$ 65,00 em Rio Verde (GO) para fev/16 e pagamento abr/16; e R$ 62,00 para
fev/16 em Rondonópolis (MT) e Campo Verde (MT), mas nesta com pagamento em 28/abr;
R$ 60,00 em Lucas (MT), também para fev/16.
PARANAGUÁ (PR)
Prêmio Para Embarque Em Mar/16
SORRISO (MT)
Preços Diários Para 2015/16
AGRURAL Em R$ nominais por saca de 60 kg. Entrega em fev/16.
AGRURAL Em cents de US$ por bushel, sobre Chicago.
SOJA
SOJA
Preços Da Saca No Disponível, Em R$
Preços Da Safra 2015/16
AGRURAL/PROPHETX Soja mai/16 em US$ por bushel.
AGRURAL Variação com base em preços nominais.
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