PRODUÇÃO MAIS LIMPA: UMA PROPOSTA PARA O PREPARO
FÍSICO DAS OBRAS DA BIBLIOTECA CENTRAL DO CEFET/RJ
Cláudia Sodré1, Lívia Lima2, Luciana Oliveira3, Samantha Andrade4,
Suzana Oliveira5
1
Mestranda, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, RJ
2
Mestranda, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, RJ
3
Mestranda, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, RJ
4
Mestranda, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, RJ
5
Mestranda, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, RJ
Resumo
Apresenta uma proposta de implementação da ferramenta Produção mais
Limpa (P+L) no processo de preparo físico das obras da Biblioteca Central do Centro
Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, visando torná-lo um
processo ecoeficiente. Tal ferramenta permite, através da revisão das rotinas, a
identificação de possibilidades de redução, reuso ou reciclagem de materiais.
Vislumbra-se como resultados a redução de custos com material, a diminuição de
resíduos sólidos, a otimização de parâmetros operacionais, bem como mudanças
relativas ao comportamento e às atitudes ambientais dos funcionários. No que tange
aos benefícios ambientais, apresenta a perspectiva de construção de uma nova
cultura na instituição estudada, visando à conscientização dos seus servidores em
relação ao meio ambiente e buscando minimizar os impactos ambientais assim
como os econômicos.
Palavras-Chave: Produção mais Limpa; Bibliotecas; Processamento Técnico;
Gestão Ambiental.
Abstract
Presents a proposed implementation tool for Cleaner Production (CP) in the
process of physical works of the Central Library of the Federal Center of
Technological Education Celso Suckow da Fonseca, aiming to make it an ecoefficient process. This tool allows, through the revision of routines, identifying
opportunities to reduce, reuse or recycling of materials. Sees itself as a result
reducing material costs, reduction of solid waste, optimization of operating
parameters, as well as changes related to environmental behavior and attitudes of
employees. With regard to environmental benefits, has the perspective of building a
new culture in the institution studied, in order to raise awareness of its servers in
relation to the environment and seeking to minimize environmental impacts as well as
economic.
Keywords: Cleaner Production; Libraries; Technical Processing; Environmental
Management.
1
1 Introdução
É notório que as atividades humanas vêm sendo responsáveis pelos impactos
causados ao meio ambiente, colocando em risco a sobrevivência das gerações
futuras. Somado a isso, as mudanças ambientais estão presentes e se apresentam
de diversas formas, como as alterações climáticas, a perda de solos férteis, o
desaparecimento das florestas e dos animais, o surgimento de novas doenças e a
perda da qualidade de vida do homem, autor e maior vítima das suas próprias
ações. Nesse contexto, a sociedade passou a se conscientizar da necessidade de
mudança relativa ao comportamento e atitudes ambientais. Isso provocou no cenário
comercial a necessidade das atividades empresariais estarem cada vez mais
focadas nas preocupações com o meio ambiente, saúde, segurança dos
trabalhadores, responsabilidade social e ética com a comunidade.
No panorama atual do mercado esses fatores se tornam aspectos principais
de diferenciação para competitividade. Assim sendo, uma ferramenta muito
favorável para reduzir o impacto ambiental e o consumo de recursos naturais é o
desenvolvimento da Produção mais Limpa (P+L), prática disseminada, a partir de
1994, pela United Nations Industrial Development Organization (UNIDO) e pelo
United Nations Envirnment Programme (UNEP). Tal prática propõe a revisão da
rotina de produção, em busca de evitar desperdícios, minimizar poluição, associado
à redução de custos e à otimização de ações.
Essa ferramenta, aplicada a serviços, processos e produtos, constitui
estratégia preventiva e continuada buscando a redução de riscos ao homem e à
natureza por meio do aumento da produtividade e uso mais eficiente de matériaprima, energia e água, da redução de fontes de desperdícios e emissão e da
redução do impacto ambiental, promovendo melhor performance ambiental.
Ambientalmente, a P+L prevê três princípios. A saber: redução na fonte, reuso
ou reaproveitamento e reciclagem externa. Essa ferramenta consiste em analisar o
processo em cada uma das suas etapas, identificando as entradas (matéria-prima,
água, energia) e saídas (resíduos, emissões, efluentes). Feito isso, identifica-se as
maiores fontes de impacto ambiental e faz-se a classificação destas de acordo com
a prioridade de resolução de cada etapa para a organização.
As atividades específicas em P+L são divididas em quatro temas principais,
procurando-se identificar sua distribuição no universo de instituições pesquisadas:
a) Uso eficiente de água: refere-se a ações ou atividades ligadas à redução
de consumo de água, ao reuso e à reciclagem de efluentes líquidos, entre
outras.
b) Uso eficiente de energia: refere-se a ações ou atividades ligadas à redução
de consumo de energia, à recuperação energética, ao uso de fontes
energéticas alternativas, entre outras.
c) Minimização de resíduos sólidos: refere-se a ações ou atividades ligadas à
redução da geração de resíduos por meio de reuso, reciclagem,
valorização de resíduos em subprodutos, minimização de embalagens,
entre outras.
d) Minimização de poluentes atmosféricos: refere-se a ações ou atividades
ligadas à redução de emissões nas fontes (fixas e/ou móveis), ao uso de
combustíveis mais limpos, entre outras.
2
Neste trabalho nos deteremos apenas ao tema minimização de resíduos
sólidos. A questão que se apresentou como norteadora da pesquisa foi a seguinte:
como podemos minimizar o desperdício gerado no processo de preparação física
das obras, realizado pela Biblioteca Central do CEFET/RJ? Dessa forma,
procurando responder tal questão, sua proposta é aplicar a ferramenta P+L no
referido processo, a fim de reduzir o volume de resíduos gerados durante o mesmo,
causando um menor impacto ambiental. Segundo o trabalho do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambienta (CETESB), publicado em 2005, “a geração de resíduos
sólidos é um dos principais problemas ambientais enfrentados pela sociedade”. Isto,
porque ao considerar que a humanidade utiliza cerca de 40% dos recursos primários
existentes no planeta, acredita-se que uma parcela significativa dos resíduos
sólidos, originários de domicílios, indústrias e de serviços como saúde e comercial é
gerada diariamente, resultantes da conversão desses recursos. Além disso, “o
processo de urbanização, aliado ao consumo crescente de produtos menos duráveis
e/ou descartáveis, também vem provocando um aumento do volume e diversificação
dos resíduos sólidos gerados” (PNUMA; CETESB, 2005, p. 47).
O PNUMA e a CETESB (2005) mencionam que o problema do resíduo sólido
não é somente a quantidade produzida, mas a sua composição que, de densa e
orgânica, tem se tornado volumosa, não biodegradável, como o caso dos plásticos,
e com nível crescente de tóxicos e patogênicos, tais como resíduos hospitalares,
medicamentos vencidos, baterias, entre outros. Mencionam ainda que, em 1995, a
população urbana da América Latina e do Caribe produziu cerca de 330.000
toneladas de resíduos sólidos diariamente. As três maiores cidades - Cidade do
México, São Paulo e Buenos Aires – produzem juntas 50% desse total. Portanto,
trabalhos dessa natureza são tentativas válidas visando mudar esse quadro.
A abordagem da ferramenta Produção mais Limpa (P+L) aplicada à
biblioteca é de suma importância, uma vez que, a partir de levantamento
bibliográfico, foi verificado um número inexpressivo de trabalhos na área de
Biblioteconomia voltados para a questão da Gestão Ambiental. Dessa forma, o
presente estudo complementa a literatura existente na área, a qual, hoje, se
concentra somente na contribuição do bibliotecário para a Educação Ambiental,
pois, segundo Martins e Cipolat (2006, p. 179): “a preocupação com o meio
ambiente está inserida em várias áreas do conhecimento e presente no cotidiano de
diferentes tipos de profissionais”. Por essa razão, também cabe ao profissional
Bibliotecário, fornecer informações, que objetivem o alcance de um comportamento
ecologicamente correto, gerando pensamentos críticos e atitudes conscientes com
relação ao ecossistema.
Além de levar às pessoas conhecimento teórico, com intuito de que tenham
hábitos ecologicamente corretos, conforme o apresentado na afirmação acima de
Martins e Cipolat (2006), o bibliotecário deve, em seu cotidiano, adotar ações que
visem proteger o meio ambiente ou, pelo menos, causar neste último o menor
impacto possível, tendo um comportamento também ecologicamente correto.
Estimular tal comportamento sem o tê-lo seria incorrer em contradição.
Trabalhos sobre P+L, em sua maioria, são voltados para indústrias ou para
empresas da iniciativa privada que tem o lucro por objetivo, posto que são entidades
que estão envolvidas com o desenvolvimento de ações de P+L, o que implica em
redução de gastos para as mesmas. Em outras palavras, pode-se dizer que a
3
adoção da ferramenta P+L torna-se rentável para as empresas, conforme menciona
Staniskis e Stasiskiene (2003). No entanto, a abordagem dessa ferramenta em um
setor que oferece serviços, e não produtos, setor este que pertence a uma empresa
da esfera pública, na qual as pessoas não se preocupam tanto com a redução de
gastos, é totalmente nova. Portanto, o presente estudo, além de complementar a
literatura existente na área de Biblioteconomia, complementa também a literatura da
área de Gestão Ambiental, no que tange ao uso da P+L.
Após análise de toda cadeia de processos realizados na Biblioteca Central do
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ),
verificou-se que o processo de preparo físico de obras para circulação, seja para
consulta local ou empréstimo, corresponde ao processo potencialmente gerador de
resíduos, ou seja, com pontos de perdas de materiais, envolvendo desperdício.
Sabendo-se que a cada 16 livros preparados há geração de resíduo, a proposta de
P+L nesse processo se torna de grande valia, tendo em vista que, segundo relatório
emitido pelo Sophia - sistema de gerenciamento adotado pela Biblioteca em questão
- durante o ano de 2011 foram preparados pela mesma 2.615 exemplares para
circulação e que, somente em janeiro de 2012, foram preparados 457 exemplares.
Por essa razão, tal processo foi identificado como oportunidade para a
adoção da ferramenta P+L, uma vez que, de acordo com Centro Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), “a PmaisL age durante o
processo, de forma a reduzir a quantidade e a periculosidade dos resíduos e
emissões” (CEBDS, 2003, p. 6).
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma proposta para
implementação da P+L em um processo específico realizado pela Biblioteca Central
do CEFET/RJ. O processo escolhido foi o preparo físico das obras para circulação,
isto é, o preparo dos livros, seja para consulta local ou para empréstimo, visando
sua localização nas estantes e seu controle. Nesse sentido, como, segundo Almeida
(2005), eficiência está ligada ao processo e não ao resultado, e por sua tentativa de
minimizar o impacto ao meio ambiente, este trabalho pretende tornar o preparo de
obras um processo ecoeficiente. Segundo Kjaerheim (2005), resultados
quantificáveis em termos de resíduos e emissões reduzidas e material de maior
eficácia energética têm sido documentados por vários autores. Muitos países
adotaram a ferramenta P+L como uma estratégia para melhorar o desempenho
ambiental.
2 Revisão de Literatura
Durante as décadas de 1970 e 1980, a forma de gerenciar a poluição
baseava-se no método end of pipe (fim-de-tubo), cuja preocupação era apenas tratar
os resíduos após terem sido gerados, sem observar o processo de produção
desses.
A Produção mais Limpa é um programa da UNIDO/UNEP, que surgiu em
1991, como uma abordagem intermediária entre a Produção Limpa do Greenpeace e
a minimização de resíduos do Environmental Protection Agency (EPA), ambos
focados na preocupação com o meio ambiente e na minimização de danos ao
ecossistema (PIMENTA; GOUVINHAS, 2007).
Atualmente, a preocupação em relação aos resíduos tem sido focada na fonte
do problema, ou seja, em sua produção. O método fim-de-tudo passou a ser
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utilizado somente após esgotadas todas as alternativas, tais como: mudança de
tecnologia, alteração nos processos, modificação do produto, sistemas de
organização do trabalho, reciclagem interna (SILVA FILHO et al., 2007).
Nos últimos anos, os conceitos de “produção mais limpa” e “prevenção da
poluição” se tornaram objetos de importantes conferências internacionais (HILSON,
2003).
O conceito de P+L foi definido pelo PNUMA, no início da década de 1990,
como sendo a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada
aos processos, produtos e serviços para aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos
ao homem e ao meio ambiente. De acordo com PNUMA e CETESB (2005), aplicase a:
a) Processos produtivos: conservação de recursos naturais e energia,
eliminação de matérias-primas tóxicas e redução da quantidade e
toxicidade dos resíduos e emissões;
b) Produtos: redução dos impactos negativos ao longo do ciclo de vida de
um produto, ou seja, desde a extração de matérias-primas até a sua
disposição final;
c) Serviços: estratégia para incorporação de considerações ambientais no
planejamento e entrega dos serviços.
O Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) e o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI) apresentaram para a P+L uma definição muito
semelhante à atribuída pelo PNUMA, ou seja, entendem que a P+L consiste na
“aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada
aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas,
água e energia, através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos
gerados em um processo produtivo” (CNTL/SENAI, 2012, p. [1]).
A P+L traz benefícios diretos e indiretos, tais como: ganhos econômicos e
sociais, a prática da sustentabilidade e vantagens competitivas no mercado. Zeng et
al. (2010) constataram que há relação entre a P+L e o desempenho empresarial, ou
seja, verificaram em sua pesquisa um impacto global positivo da P+L sobre o
desempenho de negócios da empresa.
Em países em que há uma estrutura de controle de poluição mais forte, os
ganhos são maiores, pois os custos com o controle corretivo atingem valores
significativos em vários segmentos e, dessa forma, potencializa o retorno econômico
dos investimentos em melhoria de processos. Já naqueles países onde a legislação
ambiental ainda não está bem estruturada, a P+L é oferecida apenas como uma
oportunidade de redução do impacto ambiental, contribuindo para a preservação do
meio ambiente (PNUMA; CETESB, 2005).
Jardim (2005) apresenta como vantagens da P+L:
a) Minimizar resíduos e emissões, o que equivale a aumentar o grau de
emprego de insumos e energia usados na produção, isto é, produzir
produtos e não resíduos, garantindo processos mais eficientes.
b) Favorece a competitividade e a performance financeira, tendo em vista
que, para o meio ambiente, resíduos geram poluição e, para o negócio,
desequilíbrio ecológico são despesas sem retorno financeiro.
c) Processo de inovação dentro da empresa, induzido pela minimização de
resíduos e emissões.
5
Pimenta e Gouvinhas (2007) constataram em sua pesquisa que a indústria de
panificação de Natal (RN) reduziu em 30% a geração de resíduos sólidos, obtendo
ganhos em termos de sustentabilidade e competitividade.
Para Silva Filho et al. (2007), diferente das abordagens convencionais, que
não focalizam os processos, suas ações e suas conseqüências no sistema
produtivo, a P+L visualiza as atividades, efetua análises, diagnostica-as e indaga as
causas e os efeitos das ações. Isso resulta na economia de custos e na
racionalização dos resultados nos processos, o que gera um aumento de
produtividade na organização.
Para confirmar todas as vantagens apresentadas nesta seção como advindas
da implementação da P+L em uma organização, segue a tabela com os resultados
obtidos pela Rede Brasileira de P+L, entre 1999 e 2002.
Figura 1 – Resultados obtidos pela Rede Brasileira de P+L – 1999-2002.
Fonte: CEBDS. Rede de produção mais limpa: relatório de atividades (1999-2002). Rio
de Janeiro: CEBDS, jul. 2003.
2.1 Metodologia de implementação de Produção Mais Limpa
De acordo com o CEBDS e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (SEBRAE), a metodologia de implementação do programa de Produção
mais Limpa está dividida em cinco etapas, cada qual com seus respectivos passos
(CEBDS; SEBRAE, 2009). São elas:
a)
b)
c)
d)
e)
Etapa 1: Planejamento e Organização;
Etapa 2: Pré-avaliação e diagnóstico;
Etapa 3: Avaliação das Oportunidades P+L;
Etapa 4: Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental;
Etapa 5: Planos de Continuidade para P+L.
O CNTL (2012) também apresenta essa sequência de etapas para
implementação de um programa de P+L em um processo produtivo.
O relatório referente ao período de 1999 a 2002 da Rede Brasileira de
Produção Mais Limpa apresenta passos diferentes a serem seguidos como
metodologia de implantação da P+L (CEBDS, 2003):
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a) Sensibilização e capacitação;
b) Elaboração dos balanços de materiais, de água e de energia;
c) Análise dos balanços de materiais, água e energia;
d) Priorização das opções de produção mais limpa;
e) Implementação das opções e monitoramento dos indicadores;
f) Elaboração de relatório técnico, ambiental e econômico;
g) Elaboração de Plano de Melhoria Contínua.
A metodologia de P+L, em termos ambientais, prioriza ações do nível 1,
seguida dos níveis 2 e 3, nesta ordem. O nível 1 engloba a minimização na fonte e
combate o desperdício, através de modificações no processo ou no produto. No
nível 2 encontra-se a reciclagem interna, que visa a reciclagem de materiais em
processos dentro da própria empresa. O nível 3 visa a reutilização de resíduos e
emissões por meio da reciclagem externa e de reintegração aos ciclos biogênicos.
Já em termos econômicos, a P+L prioriza ações de nível 1 (baixo custo ou custo
zero), nível 2 (médio custo) e nível 3 (alto custo), necessariamente nesta ordem.
2.2 A Produção Mais Limpa no Brasil
Segundo Lemos (2002), as iniciativas de Produção mais Limpa no Brasil
seguem duas principais metodologias: a P+L (Produção mais Limpa), que é a
aplicação desta estratégia integrada em processos, produtos e serviços, conforme a
definição da UNEP, que incorpora o uso mais eficiente de recursos naturais,
minimizando resíduos e poluição e os riscos para segurança e saúde humanas, e a
Prevenção à Poluição (P2), que é o uso de processos, práticas, materiais, produtos,
substâncias ou energia que evitam ou minimizam a geração de poluentes e
resíduos, além de reduz ol risco global aos seres humanos e ao meio ambiente.
A Produção mais Limpa está ganhando força no Brasil pela crescente
formação do CNTL, o qual tem núcleos nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia,
Minas Gerais, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (CHAVES; SILVA,
2008).
Entre os principais financiadores dos centros de P+L, PNUMA e CETESB
(2005) destaca-se o governo do Brasil, dentre outros como Áustria, Suíça, Canadá,
República Tcheca, União Européia, Finlândia, Hungria, Itália, Japão, Holanda,
Noruega, Coréia do Sul, Eslovênia, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.
Existem no Brasil algumas iniciativas de P+L. São elas: Rede Brasileira de
P+L, Rede de Tecnologias Limpas e Minimização de Resíduos, Centro SENAI de
P+L de São Paulo e Mesa Redonda Paulista para a Produção Limpa.
2.3 A Produção Mais Limpa na Administração Pública
No Brasil, de acordo com Rohrich e Cunha (2004), como consequência dos
atrasos em relação aos aspectos tecnológicos, educacionais e sociais, priorizou-se
por muito tempo o crescimento sem preocupação com o meio ambiente. Dessa
forma, prevalecem as ações corretivas na política ambiental brasileira, com a
finalidade de cumprir a legislação, quanto aos problemas ocasionados por acidentes
ambientais. Porém, há evidências de que a gestão ambiental brasileira está
passando por um processo evolutivo e alcançando níveis que podem superar a
7
tecnologia de controle. Um exemplo disso é o crescimento do número de
organizações em busca de um Sistema de Gestão Ambiental.
No final da década de 1990, como resultado de inúmeros questionamentos
anteriores acerca do número limitado de empresas públicas certificadas pelo
International Organization for Standardization (ISO), com a ISO 14001, o Ministério
do Meio Ambiente (MMA) criou a Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P),
com o objetivo de instaurar um processo de construção de uma nova cultura na
administração pública, que visa à conscientização dos servidores em relação ao
meio ambiente, através da otimização dos recursos para o combate ao desperdício e
para a busca de melhores condições no ambiente de trabalho. A Agenda pretende
também sintonizar as empresas com os conceitos de ecoeficiência, incluindo os
critérios socioambientais nos investimentos, nas compras e contratação de serviços
dos órgãos governamentais (BARATA; KLINGERMAN; MINAYO-GOMEZ, 2006).
Alguns procedimentos da A3P são semelhantes aos da norma ISO 14001.
Destaca-se ainda, que sua maior ênfase está no combate ao desperdício, através
dos 3R’s, que significa: reduzir, reciclar e reutilizar a quantidade de resíduos
gerados.
Devido ao cenário apresentado, surge a iniciativa de encontrar meios que
viabilizem a construção de uma nova cultura no CEFET/RJ, voltadas a atingir os
objetivos focados pela A3P, iniciada pela Biblioteca Central da Instituição, promotora
deste estudo. Diante disso, enxerga-se a Produção mais Limpa como uma
ferramenta favorável a cumprir estes propósitos na Biblioteca do CEFET/RJ,
trazendo benefícios tanto para ambiente de trabalho, quanto para o meio-ambiente.
3 Materiais e Métodos
O presente artigo apresenta uma pesquisa essencialmente exploratória em
razão de não terem sido identificados na literatura estudos sobre o uso da
ferramenta P+L em bibliotecas. Nesse tipo de pesquisa não há a intenção de
resolver de imediato o problema, mas proporcionar maior familiaridade com o
assunto tratado, permitindo a formulação de novas abordagens. Para tanto, foi
realizada uma pesquisa bibliográfica com o intuito de obter informações acerca do
estado da arte do assunto e fundamentar teoricamente o artigo. Utilizou-se como
fontes artigos, livros, trabalhos acadêmicos, anais de eventos e sites.
Para validar a proposta realizou-se um estudo de caso. Segundo Yin (2010),
esse tipo de pesquisa investiga um fenômeno contemporâneo em seu contexto real,
utilizando-se múltiplas fontes de evidência.
O estudo de caso resultou numa análise sobre um dos inúmeros processos
realizados na Biblioteca Central do CEFET/RJ, o preparo técnico das obras para
circulação, com foco na redução dos impactos ambientais causados, a partir da
sugestão de implementação da ferramenta P+L nesse processo.
Quanto à natureza do estudo, o presente trabalho representa uma pesquisa
de natureza qualitativa, uma vez que pretende analisar a situação e, a partir dos
conhecimentos teóricos, propôr o uso de uma ferramenta que contribua para a
redução de impactos ambientais.
8
4 Resultados Parciais/Finais
A presente pesquisa teve como ponto de partida a descrição detalhada das
etapas correspondentes ao processo de preparo físico das obras para circulação. O
referido processo compreende cinco etapas: impressão das etiquetas, etiquetagem,
colagem de bolsos e fichas, colocação de plástico autoadesivo transparente e
carimbagem.
A partir daí, foram descritas as entradas e saídas de materiais de cada etapa
e, em seguida, foram determinadas as oportunidades e priorização correspondentes
a elas. Para sintetizar essas informações foi elaborada a planilha a seguir:
Priorização
Reciclagem externa do
papel
-
Produto:
etiquetas
impressas
Etiquetagem
(trabalho
manual)
Produto:
etiquetas
coladas
Bolso
Ficha 1 (de
data)
Ficha 2
(Inf. ao
leitor)
Cola
Fitilho
Rolo de
papel
Plástico
autoadesivo
Colagem
bolsos e
fichas
Cartucho
Colocação de
plástico
autoadesivo
Produto:
plástico
Reuso
-
-
-
Automação do processo
(informatização
do
sistema)
Ficha descartada
3
1
3
1
1
1
-
-
-
2
2
4
X
X
-
1
1
1
Modificação no processo
(comunicação)
1
2
2
Substituição
de
embalagem (utilização de
refil de cola)
1
2
2
Folha de base do fitilho
Reciclagem externa
3
1
3
Rolo descartado
Reciclagem externa
3
1
3
Folha de base do plástico
autoadesivo
Reciclagem externa
3
1
3
Papel de sobra de fichas
Produto:
bolsos e
fichas
coladas
Otimização de parâmetros
operacionais
(racionalização
da
impressão)
-
Total
Cartucho
4ª
Folha de base da
etiqueta
Sobra de etiquetas
Tinta
3ª
Oportunidades
Impressão
das etiquetas
1ª
2ª
Saídas
Econômico
Folha de
etiqueta
Processos
Ambiental
Entradas
Tubo de cola
Ação
para
curto
prazo
9
autoadesivo
colado
Tinta
Pote de tinta
Substituição
de
embalagem (refil de tinta
– redução do impacto)
1
2
2
Substituição de matéria
prima
no
processo
(utilização de um carimbo
automático)
1
2
2
Carimbagem
Almofada
Almofada descartada
5ª
Carimbo
Produto:
livros
carimbados
Carimbo descartado
Etapa 1: Impressão das etiquetas
Conforme o apresentado acima, a primeira etapa corresponde à impressão
das etiquetas, tendo as seguintes entradas:
a) Folha com 30 etiquetas;
b) Tinta e o cartucho.
A folha de etiqueta gera como saída a sua folha de base. A esta saída se
propõe como oportunidade a realização da reciclagem externa do material. Além da
folha de base, a folha de etiqueta gera também como saída a sobra das etiquetas,
correspondente aos espaços em que não houve impressão e são descartados. Para
evitar desperdícios do papel de sobra se propõe como oportunidade a otimização
de parâmetros operacionais, racionalizando a impressão de forma que sejam
impressas o número máximo de etiquetas por folha (30), não sobrando nenhuma
etiqueta em branco.
O cartucho gera como saída sua embalagem vazia (cartucho vazio). Como
oportunidade se propõe o reuso deste, recarregando-o.
Etapa 2: Etiquetagem
A segunda etapa corresponde à colagem das etiquetas. Refere-se a um
trabalho manual, não havendo nem entradas nem saídas de materiais e não sendo
necessária a proposição de ações de P+L.
Etapa 3: Colagem dos bolsos e fichas
Na terceira etapa é feita a colagem dos bolsos e fichas, tendo as seguintes
entradas:
a) Bolsos;
b) Fichas;
c) Cola;
d) Fitilhos de segurança, que são etiquetas protetoras eletromagnéticas
filamentares, reativável/desativável, apresentado em cartela com 16
unidades, e que acionam um alarme caso o livro saia indevidamente da
biblioteca.
Há dois tipos de fichas. A ficha 1, uma vez que o livro é emprestado, destinase à escrita da data de devolução da obra. Ela precisa existir para garantir que, caso
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a conexão do sistema venha a cair (fato que é corrente), o empréstimo continue
sendo realizado. A saída desse processo é a ficha descartada, pois a mesma é
descartada após o seu preenchimento total. Portanto, como oportunidade propõese uma informatização eficiente do sistema, evitando a impressão e colagem dessa
ficha no livro.
A ficha 2 corresponde a um folheto informativo destinado ao leitor, o qual traz
detalhes sobre o empréstimo. Isso pode gerar como saídas as falhas de impressão
e bordas recortadas e descartadas, o que chamou-se de papel de sobra. Tal ficha
não precisaria existir, caso a biblioteca modificasse o seu processo de comunicação
com seus usuários (oportunidade), informando-os oralmente sobre as condições
para empréstimo ou, até mesmo, por meio de seu site disponível no Portal
CEFET/RJ.
Com relação aos fitilhos de segurança, eles têm como saída o papel de base,
pois, a cada 16 livros preparados, sobra esse papel que pode passar por uma
reciclagem externa (oportunidade). Já a cola gera o tubo como sobra (saída), sobra
esta que pode ser minimizada se houver a substituição da embalagem pela
utilização de refil (oportunidade).
Etapa 4: Colocação de plástico autoadesivo
A quarta etapa corresponde à colocação do plástico autoadesivo sobre as
etiquetas, a fim de aumentar sua durabilidade. Tem como entradas o rolo de papel e
o próprio plástico. O rolo de papel gera como saída o rolo descartado. Como
oportunidade propõe-se a reciclagem externa. O plástico autoadesivo gera como
saída a folha de base. Como oportunidade sugere-se também a reciclagem
externa.
Etapa 5: Carimbagem
Todos os documentos têm de ser carimbados, utilizando-se, para tal, duas
espécies de carimbos: o de registro e o de posse. Dessa forma, a quinta etapa
refere-se ao processo de carimbar os livros e possui as seguintes entradas:
a) Tinta
b) Almofada
c) Carimbo
A tinta gera como saída o pote de tinta. Como oportunidade propõe-se a
substituição do pote por embalagens de refil, que tem uma duração maior e reduzem
o impacto.
Devido ao desgaste causado pelo uso, da mesma forma que a almofada gera
como saída a almofada descartada, o carimbo gera como saída o carimbo
descartado. Como oportunidade para as duas saídas propõe-se a substituição por
um carimbo automático que já traz acoplado a ele a almofada, reduzindo o volume
de material a ser descartado.
Após a descrição das entradas e saídas de materiais utilizados durante o
processo analisado, foram estabelecidos os níveis de priorização ambiental de cada
subetapa definida. Considerou-se o número 1 para as ações de prevenção que tem
um peso maior em níveis de prioridade ambiental; número 2 para as ações de reuso,
que tem um peso médio e número 3 para as reciclagens externas proposta que tem
11
um peso menor. Também foram determinados os níveis de priorização em uma
escala econômica, considerando o número 1 a proposta mais econômica, número 2
uma proposta média e número 3 uma proposta mais cara.
A partir daí, foi feito um cálculo multiplicando-se os níveis de priorização
ambiental pelos econômicos, resultando em um total para cada oportunidade. Por
fim, por meio dos totais alcançados, foi possível concluir que as ações mais
indicadas para serem realizadas em menor tempo são as que geraram o menor valor
total, pois conciliam, ponderadamente, os fatores ambientais e econômicos de forma
a serem de menor custo (ou custo zero) e gerarem melhores resultados para o meio
ambiente, em um curto prazo.
Diante disso, na presente proposta de P+L as oportunidade mais indicadas
corresponderam à: otimização de parâmetros operacionais para o processo de
impressão das etiquetas, de forma que este seja realizado com uma estrutura que
gere menos resíduos; e automação do processo relativo à eliminação da ficha 1,
exigindo uma informatização do sistema mais eficiente, evitando quedas na conexão
e eliminando a fonte de desperdício.
Para Almeida (2005), os indicadores transformam objetivos e resultados em
parâmetros concretos, passíveis de verificação. Portanto, para auxiliar no controle
do desempenho dessa proposta de ação, foram elaborados dois indicadores de
resultados para essas duas oportunidades priorizadas, são eles:
a) Índices de consumo de etiquetas: Ice = QRE- Quantidade de resíduo de etiquetas
QEC
Quantidade
de
etiquetas
consumidas.
b) Índices de consumo de fichas: Icf = QFD - Quantidade de fichas descartadas
QFI - Quantidade de fichas impressas
Almeja-se que esses indicadores sirvam para orientar o diagnóstico da
eficiência da aplicação dessa proposta de P+L no processo de preparo físico das
obras da Biblioteca pesquisada.
5 Considerações Parciais/Finais
O presente estudo apresentou uma proposta de Produção mais Limpa para o
processo de preparação física de obras para circulação, realizado na Biblioteca
Central do CEFET/RJ. Foram utilizadas diversas fontes bibliográficas para constituir
as bases teóricas deste estudo, vislumbrando a implementação de oportunidades
como reciclagem, reuso, racionalização das impressões, otimização dos parâmetros
operacionais. Após a priorização ambiental e econômica dessas oportunidades,
constatou-se que aquelas a serem implementadas a curto prazo são a
racionalização das impressões e a eliminação das fichas de empréstimo.
Ante o exposto, pode-se apontar como vantagens do uso eficiente dos
materiais envolvidos a redução da perda desses e a simplificação de todo o
processo. Além disso, as oportunidades da presente proposta apresentam ainda
benefícios como redução dos impactos ambientais mediante a redução de resíduos
sólidos, aliada a uma cultura ambiental com condutas mais racionais.
12
O setor escolhido para estudo possui diversas demandas, sendo, em sua
maioria, voltada para a área de serviços, como organização do acervo, tratamento
técnico de obras e atendimento ao público. Apesar disso, a Biblioteca também
apresenta, no decorrer de suas atividades, entradas e saídas de produtos que
impactam o meio ambiente, como foi apresentado neste estudo.
Salientamos que a proposta feita se trata apenas de um esboço, dando as
primeiras contribuições para que haja a implantação de P+L em bibliotecas. No
entanto, é o primeiro passo para abordagens futuras com vistas a aproximar cada
vez mais o tema Gestão Ambiental à área de Biblioteconomia. Tornou-se
particularmente difícil aplicar estes conceitos de P+L à biblioteca, devido à natureza
de suas operações, pois, em sua maioria os trabalhos sobre P+L são voltados para
as indústrias (do tipo panificadoras, têxtis, mineradora, petroquímica, etc.), as quais
têm grande potencial poluidor e de desperdícios. Quando não são voltados para
indústria, são voltados para empresas de baixo potencial poluidor, mas com forte
demanda de normatização ambiental, como os segmentos de eletro-eletrônica,
alimentos e metal-mecânica. Todavia, a biblioteca não se encaixa em nenhum
desses dois casos.
Diante disso, o presente trabalho se apresenta como um desafio inovador,
que complementa a literatura existente sobre P+L, ao mesmo tempo que retrata uma
proposta viável e capaz de gerar resultados favoráveis para a biblioteca e para o
meio ambiente, assim como pode servir de uma ponte para investigações futuras.
A iniciativa de uma proposta de Produção mais Limpa em pequenos
processos setoriais, como o analisado, pode representar o início da adoção de
condutas mais racionais, redução de custos e a configuração de um processo de
melhoria contínua que deve se estender por toda instituição, significando um avanço
econômico e ambiental para toda a sociedade.
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