negócios Jornal de são josé do rio preto e região Ano XXI | # 257 | agosto de 2015 | www.sebraesp.com.br | 0800-570-0800 | radio.sebraesp.com.br facebook.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo Receita com sabor de sucesso twitter.com/sebraesp | Tiragem regional: 16.627 Aproveite o momento para conquistar o mercado externo e ganhar mais Em tempos de real desvalorizado, exportar é um caminho para expandir receitas. Contudo, é preciso se preparar para atender à demanda, como faz Rodrigo Freitas, diretor da Sistema Athos, de São José dos Campos páginas 10 e 11 Com tino empreendedor herdado dos pais, dono da rede Molecaggio, de São José do Rio Preto, aprimorou conhecimentos com capacitações do Sebrae-SP e se prepara para abrir novo negócio | página 23 Casal procura apoio para vencer desafio de criar uma marca própria Com auxílio do Sebrae-SP, os empresários Vlamir Diana e Célia Juvêncio, proprietários da confecção Shammah, com fábricas em São José do Rio Preto e Neves Paulista, preparam lançamento de e-commerce para vender peças com a etiqueta Validade página 24 Fãs de música podem faturar com “bolachões” Organização acessível com recurso online volta do interesse pelos lps o painel planeja fácil agora revela nicho para lojistas é oferecido na versão digital página 8 página 14 Café gourmet traz sustentabilidade e mais lucros para produtor Valdir Duarte, dono do Sítio Santa Rosa, acredita ainda que os produtores não devem querer aprimorar o grão apenas para participar de concursos. “Para conseguir vender o café como especial, não basta a qualidade da bebida. É preciso buscar certificações que reforcem o respeito às condições socioambientais.” Edimilson da Silva comanda um time de 70 funcionários e 15 prestadores de serviços em cinco filiais da pizzaria páginas 12 e 13 2 | jornal de negócios | são josé do rio preto e região Exportação Oportunidades cloud tags Mercado externo Lucratividade Crescimento Competitividade Planejamento Empreendimento Produção Vendas Capacitação Agronegócio Responsabilidade Notas de são josé do rio preto e região X Como tornar a loja mais organizada e convidativa Estão abertas as inscrições para lojistas interessados em contratar a consultoria Diagnóstico Individual – visual merchandising. Um especialista irá até o estabelecimento para analisar toda a estrutura física e fazer um diagnóstico com os principais pontos estratégicos da loja. São avaliados: fachada, layout e agrupamento e disposição dos produtos. Feito isso, o consultor elabora um plano de ações, indicando quais as mudanças que podem reforçar o impacto positivo no cliente. O custo da consultoria é de R$ 2,2 mil, que podem ser divididos em até seis vezes no cartão. Para mais informações, ligue: (17) 3222-2777. Análise estratégica para aprimorar o atendimento Qualquer empresário sabe da importância do bom atendimento para ganhar e reter clientes. Mas encontrar dicas e ideias que ajudem a melhorar de fato o serviço não costuma ser tarefa fácil. Com o objetivo de oferecer subsídios para avaliar a atuação da empresa, o Escritório Regional (ER) do Sebrae-SP em São José do Rio Preto oferece uma consultoria que avalia a qualidade do atendimento e faz um levantamento de informações específicas sobre processos, produtos e serviços de empresa. Os avaliadores se passam por clientes comuns para realizar tarefas específicas como comprar um produto ou consumir um serviço. Depois, fornecem um relatório detalhado de como foi a experiência. Esse produto está disponível para empresas do segmento de alimentação fora do lar, meios de hospedagem e comércio geral. O custo é de R$ 1,4 mil, que podem ser divididos em cinco vezes no cartão. Para inscrições e mais informações, ligue: (17) 3222-2777. acerte na organização do salão de beleza Neste mês, os proprietários de salões de beleza de São José do Rio Preto e da região têm a oportunidade de aprimorar a gestão de seus estabelecimentos por meio de dois cursos oferecidos pelo Sebrae-SP: • Normas e procedimentos operacionais Com 8 horas de duração, mostra aos empresários a importância de planejamentos operacional, tributário e pessoal para a abertura de um salão de beleza, bem como as ferramentas que devem ser utilizadas. Investimento: R$ 90 • Layout de salão de beleza Também com duração de oito horas, aborda os principais pontos de atenção quando se faz a montagem de um salão, como disposição de móveis, equipamentos, materiais e insumos, a fim de manter o ambiente harmônico, funcional e agradável. Investimento: R$ 90 Para inscrições e mais informações, como data e horário de realização, ligue: (17) 3222-2777. Capacitação para fazer manuais de montagem de móveis De 3 de agosto a 4 de setembro, o ER do Sebrae-SP oferecerá um curso voltado para os empresários do polo moveleiro da região, sobre Desenho de manuais de montagem de móveis. Com duração de 60 horas, a capacitação abordará os seguintes assuntos: sistemas de fixação; principais ferragens e acessórios; montabilidade e desmontabilidade; desenho tridimensional; e plotagem. As aulas, das 19h às 22h, serão ministradas no Centro de Treinamento do Senai em Mirassol (Rua Campos Sales, 1998 – Centro). O custo é de R$ 400, que podem ser pagos em duas vezes. Para inscrições e mais informações, ligue: (17) 3222-2777. SERVIÇO Escritório Regional do Sebrae-SP em São José do Rio Preto Rua Dr. Presciliano Pinto, 3.184 – Alto Rio Preto (17) 3222-2777 / 0800-570-0800 edição 257 | agosto de 2015 | 3 intenção de financiar cai 2,2% em maio O quinto mês do ano aponta recuo de 2,2% na intenção dos consumidores paulistanos em contratar financiamento. O dado é da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A contração se deu em relação ao mês de abril deste ano. Em relação a maio de 2014, houve leve alta de 0,6%. A tendência é de estabilidade do quadro atual, com boa parte do público evitando contrair novas dívidas. Inspiração de cabeceira ATITUDE EMPREENDEDORA: Descubra com Alice seu País das Maravilhas (Ed. Senac) Pelas aventuras de Alice – personagem criada por Lewis Carroll –, a autora Mara Sampaio propõe, em um texto lúdico, formas de desenvolver a atitude empreendedora, essencial para a evolução profissional. 101 DICAS PRÁTICAS DE LIDERANÇA (Ed. Sextante) Com informações acessíveis e baseadas em pesquisas atuais sobre o papel dos líderes e as expectativas de suas equipes, John Baldoni organizou sua obra em três seções: você, colegas e a empresa. errata Diferente do que foi publicado na matéria “Mercado de academias em boa forma”, na página 8 do Jornal de Negócios de julho, em 2014, o setor registou um faturamento de R$ 7,8 bilhões no País, ou US$ 2,5 bilhões, conforme informado pela Associação Brasileira de Academias (Acad). expediente Publicação mensal do Sebrae‑SP Tiragem total 500 mil exemplares CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Paulo Skaf ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal. DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-superintendente: Bruno Caetano Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de adm. e finanças: Pedro Jehá ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 [email protected] www.sebraesp.com.br > clique em OUVIDORIA. Destino: o mundo Paulo skaf, Presidente do Sebrae‑SP Em sua quase totalidade, os pequenos negócios são dependentes do mercado interno. Por isso, o estágio atual de nossa economia impacta direta e fortemente nesses empreendimentos, prejudicando de forma sistemática o faturamento e a geração de empregos. Outra reação imediata diz respeito às expectativas desses empresários. Há seis meses cresce o número de empreendedores que não acreditam na melhora da economia, tampouco no aumento de receita. Estamos diante de um período de dificuldades, portanto, é preciso triplicar a atenção, buscar soluções que minimizem perdas, racionalizar ainda mais os processos e planejar os investimentos. Atualmente, das 11 mil micro e pequenas empresas (MPEs) exportadoras, 50% são paulistas, respondendo por US$ 750 milhões de valor exportado. Levando em conta que esse montante representa apenas 1,3% dos R$ 56,2 bilhões exportados em 2013, há uma boa oportunidade de melhora dos resultados. Acredito que temos empresas competitivas capazes de se sobressaírem em qualquer parte do mundo. O principal problema está nos excessos burocráticos, tributários e de ju- JORNAL DE NEGÓCIOS Unidade Inteligência de Mercado Gerente: Eduardo Pugnali Editora responsável: Marcelle Carvalho – MTB 00885 Editores-assistentes: Roberto Capisano Filho e Daniel Lopes Apoio comercial: Unidade Comercial Giulliano Antonelli (gerente) Projeto gráfico e produção Impressão: Plural Indústria Gráfica Sebrae‑SP Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso, CEP: 01504-001 Escritórios Regionais Sebrae‑SP Alto Tietê 11 4722-8244 Araçatuba 18 3622-4426 Araraquara 16 3332-3590 Baixada Santista 13 3289-5818 Barretos 17 3323-2899 Bauru 14 3234-1499 Botucatu 14 3815-9020 ros, bem como nos entraves de financiamento e de logística. Não é tarefa fácil, ainda mais com resultados a curtíssimo prazo, mas vale a pena planejar o acesso a esse novo mercado. Nesta edição do Jornal de Negócios, você vai encontrar orientações detalhadas de nossos especialistas. Sei que essa situação também requer ações mais incisivas em termos de políticas públicas. Por exemplo, a regulamentação do Simples Internacional, que vai garantir procedimentos simplificados de habilitação, licenciamento, despacho aduaneiro e câmbio, além de criar o operador logístico simplificado, que poderá realizar consolidação e desconsolidação de carga, licenciamento, seguro, câmbio, transporte e armazenagem. Será uma forma de resolver várias dificuldades que hoje emperram o acesso ao mercado global. Menos amarras é fundamental. Por isso, não medirei esforços para sensibilizar quem for preciso da importância de destravar o dia a dia do setor produtivo, em especial do segmento das pequenas empresas, regulamentando esses mecanismos, simplificando outros e garantindo tratamento diferenciado aos pequenos negócios. Campinas 19 3243-0277 Capital Centro 11 3253-2121 Capital Leste I 11 2225-2177 Capital Leste II 11 2074-6601 Capital Norte 11 2976-2988 Capital Oeste 11 3832-5210 Capital Sul 11 5522-0500 Franca 16 3723-4188 Grande ABC 11 4990-1911 Guaratinguetá 12 3132-6777 Guarulhos 11 2440-1009 Jundiaí 11 4587-3540 Marília 14 3422-5111 Osasco 11 3682-7100 Ourinhos 14 3326-4413 Piracicaba 19 3434-0600 Pres. Prudente 18 3222-6891 Ribeirão Preto 16 3621-4050 São Carlos 16 3372-9503 S. J. da Boa Vista 19 3622-3166 S. J. do Rio Preto 17 3222-2777 S. J. dos Campos 12 3922-2977 Sorocaba 15 3224-4342 Sudoeste Paulista 15 3522-4444 Vale do Ribeira 13 3821-7111 Votuporanga 17 3421-8366 4 | jornal de negócios Setor automotivo lidera recuo nas vendas O setor automotivo acumula queda de 16% nas vendas de janeiro a abril deste ano, em relação a igual período de 2014. Trata-se da maior retração entre todas as atividades inclusas na Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a entidade, contribuíram para a baixa retirada de incentivos fiscais, a contração da oferta do crédito e a restrição orçamentária das famílias. Mesmo com o resultado sofrível, o grupamento de atividades – que abrange veículos, motos e peças – teve alta de 4,4%, em comparação a março. Com DNA do empreendedorismo Quando o franchising engatinhava no Brasil, Antonio Carlos Nasraui apostou nesse modelo para transformar o Rei do Mate na grande rede que, hoje, soma 340 unidades Foto: Rubens Chiri franqueadas. nesta entrevista ao jornal de negócios, ele conta como transformou a criação paterna em uma das maiores redes de produtos à base de mate do país. Quais são as dimensões do negócio? As 340 lojas da rede atendem mais de 2 milhões de pessoas por mês. Vendemos em torno de 8 milhões de pães de queijo, 80 toneladas de açaí e 500 mil xícaras de café, além de 100 tipos de mate. Como foi a construção da marca? Começamos a operar como franquia em 1992. Uma loja acabou puxando a outra e abrimos espaço no Rio de Janeiro dois ou três anos depois, mercado onde ganhamos muita visibilidade. Hoje, são quase 130 lojas lá, nosso segundo maior Estado consumidor, só atrás de São Paulo. Também formatamos produtos inovadores e, com isso, consolidamos a marca. Tínhamos um grande diamante bruto para lapidar e precisei aprender muita coisa para transformar o Rei do Mate no que ele é atualmente. o empresário antonio carlos nas‑ raui cresceu vendo o pai, kalil, empreender. entre as lojas que o patriarca criou, uma fez fama e mudou hábitos de consumo: o rei do mate, uma pequena lanchone‑ te que nasceu na avenida são joão, centro de são paulo, em 1978, e, aos poucos, conquistou fãs para no‑ vas formas de consumir a bebida. de maneira diferente da infusão quente, ele a servia gelada, incor‑ porando ingredientes como leite, limão e maracujá. em dez anos, con‑ seguiu abrir sete filiais da marca na cidade, mas foi com a entrada de antonio carlos no negócio, no co‑ meço dos anos 90, que o rei do mate deslanchou. com o dna de comer‑ ciante herdado do pai, o filho for‑ matou o empreendimento para se multiplicar como franquia. atual‑ mente, já são 340 unidades instala‑ das em 17 estados brasileiros, todas Quais foram os principais desafios? Não existia a categoria de casas de mate. Quando falávamos sobre trabalhar com chá, vinha logo à cabeça aquela bebida quente que a vovó levava na cama quando se estava doente. Tivemos de mudar esse conceito. De que forma? Não falamos mais em chá, mas em mate, para criar uma cultura e associar o produto a algo refrescante. Lidávamos com um público mais jovem, pós-geração refrigerante, que estava à procura de uma bebida não carbonatada, mais saudável, mais funcional. Naquela época, os supermercados tinham talvez meia gôndola com um ou dois tipos de sucos. Hoje, eles reservam um corredor inteiro para esse produto, que exibe enorme variedade, desde sucos puros a misturados à agua de coco, e diversos tipos de chás. Quando começamos, esse mercado crescia fora do Brasil, mas aqui ainda era inexistente e pegamos esse boom mundial. Então, o perfil do consumidor do Rei do Mate é jovem? Sim, 74% do nosso público tem de 14 a 39 anos. Por isso, precisamos inovar sempre. Isso tem tudo a ver com as campanhas que fazemos e as promoções da cultura, da arte, da gastronomia e da moda. Como falam com esse público? Fazemos merchandising em filmes nacionais, como o longa Mato sem cachorro. Também colocamos nossa marca em duas temporadas do Porta dos Fundos [esquetes de humor veiculadas pela internet e o canal pago Fox]. O que visam com essa estratégia? Notamos que o consumidor ainda tem esse anseio de experimentar todas essas marcas internacionais que estão vindo para o Brasil. Por isso, precisamos nos firmar ou reafirmar nossa identidade nacional, porque nascemos na Avenida São João, somos 100% brasileiros. Sabemos o que é açaí, o que é mate, o que é pão de queijo. Um café que vem dos Estados Unidos é especialista em rosbife salgado, não em coxinha. edição 257 | agosto de 2015 | 5 Percentual de famílias endividadas recua pela primeira vez em quatro meses A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) registrou, pela primeira vez em quatro meses, queda no percentual de famílias endividadas. Na pesquisa de junho, o percentual foi de 62%, queda em relação aos 62,4% de maio e face aos 62,5% no mesmo período do ano passado. Segundo a pesquisa, apesar da retração do percentual de famílias com dívidas que pagam em dia suas contas, aumentou as que têm contas ou dívidas em atraso, com 21,3%. Em maio, eram 21,1%. E junho de 2014, 19,8%. O valor da informação Bruno Caetano diretor-superintendente do Sebrae‑SP @bcaetano [email protected] www.facebook.com/bcaetano1 Como a economia nacional ainda está longe da recuperação, só resta ao empreendedor trabalhar melhor todos os recursos da micro e pequena empresa para torná-la competitiva. Um bom começo, quase sempre, é a informação – afinal, no emaranhado da globalização, indicar as tendências do mercado ajuda (e muito) o empresário a traçar as melhores estratégias. Reportagem do Jornal de Negócios mostra que, graças a informação e orientações do Sebrae‑SP, cafeicultores da região da Média Mogiana estão conseguindo avanços com o café gourmet, segmento que detém 12% do mercado internacional da bebida. Para se destacarem, fazendeiros investem na produção e participam de concursos que funcionam como certificações. Com a safra premiada, a diferença do valor é dramática. Enquanto a saca do comum gira em torno de R$ 450, a do premium atinge R$ 2 mil. Informação também impulsionou a criação da Brused. Tema de outra página desta edição, o empreendimento digital do ABC paulista opera comprando e revendendo celulares usados. Com processos ágeis e confiáveis, os jovens empresários perceberam a crescente demanda pelo descarte dos aparelhos e já planejam a expansão. Outros bons negócios podem surgir com a 5ª Feira do Empreendedor. Mostramos que, para o evento, no fim de fevereiro 2016, a previsão é receber 120 mil visitantes e movimentar mais de R$ 7 milhões. Outra novidade é o lançamento do Planeja Fácil digital. O grande quadro que mapeia o levantamento de informações, objetivos e ações, agora está ao alcance de um clique no celular ou tablet, facilitando a organização do dia a dia da corporação. Porque empreender tem de ser simples, e é para isso que o Sebrae‑SP trabalha. NO VI DA DES radionovela traz dicas para meis de forma divertida O SEBRAE cria radionovela prática e divertida para o Microempreendedor Individual (MEI). Cada capítulo tem cinco minutos e traz um empreendedor que conta suas experiências para fazer o negócio prosperar. O programa, apresentado pelo ator Jackson Antunes, é transmitido na rádio SEBRAE e em mais 270 emissoras do País, em um total de 60 episódios. O ouvinte pode conversar com o apresentador pelo blog O Negócio é o Seguinte. Confira a programação completa em: http://www.onegocioeoseguinte.sebrae.com.br/ curso gratuito de gestão e inovação da usp O Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação (Nagi), centro de capacitação gerencial da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), lança 64 videoaulas, online e gratuitas. A ideia é o fomento da inovação, seja para o estágio inicial, seja para níveis avançados. O conteúdo inclui entrevistas com especialistas e profissionais do mercado, como Gina O’Connor, da Lally School of Management & Technology do Rensselaer Polytechnic Institute, dos Estados Unidos. Gina é apontada como uma das experts em gestão de inovação. Para assistir, vá ao site da Nagi: http://nagi-pro.poli.usp.br/ sebrae e endeavor em parceria para impulsionar o mei Pequenas empresas com um forte potencial de crescimento são candidatas ao programa de mentoria, parceria entre o SEBRAE e a Endeavor. As mentorias oferecem a chance de os empreendedores discutirem soluções corporativas com grandes empresários de sucesso. O SEBRAE escolherá companhias que já possuem contato com a instituição e prestará consultoria de gestão. O agendamento das reuniões caberá à Endeavor. Já existe projeto piloto com 70 organizações no Paraná e Santa Catarina. 6 | jornal de negócios E-commerce de moda brasileiro é o maior do mundo O Brasil lidera o mercado de moda via e-commerce desde 2012, em volume de pedidos. Os dados são do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP. Segundo Pedro Guasti, presidente do órgão, o País ocupava a 25ª posição em 2007. Especialistas do segmento da moda são unânimes em afirmar que o desempenho nacional na internet ainda tem enorme potencial e deve registrar crescimento expressivo nos próximos anos, com a popularização da banda larga, dos smartphones e das empresas que atuam nas vendas online. Ganhos para a empresa e a sociedade Lucrar não é o único objetivo de empreendedores que valorizam o lado humano de sua atividade e se envolvem em ações que beneficiam a comunidade na qual estão inseridos e cada um fizer a sua parte, certamente teremos um futuro melhor. Essa máxima está por trás das ações de responsabilidade social que já são comuns nas grandes corporações e começam a fazer parte também da rotina das micro e pequenas empresas. A humanização nos negócios demonstra que os empresários estão mais conscientes sobre o seu papel social. Foi pensando assim que Nicole Fischer, proprietária da Atenua Som, fabricante de janelas antirruído da capital paulista, teve a ideia de contratar um refugiado para se juntar aos atuais 50 funcionários da empresa. A ideia surgiu depois de ela assistir a um documentário na TV falando sobre as condições de vida desses imigrantes no Brasil – um contingente de mais de 7,2 mil pessoas de 81 nacionalidades distintas (a grande maioria formada por sírios, colombianos, angolanos e congoleses), segundo dados divulgados em outubro do ano passado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Comovida pelos dados e condições dessas pessoas, Nicole resolveu fazer alguma coisa para ajudar. Abriu uma vaga em sua empresa e divulgou no Instituto de Reintegração do Refugiado (Adus), entidade criada no Brasil em 2010 e que já atendeu 800 pessoas nessa situação. Assim, contratou o congolês Radjhab Amisi Ilunga na função de ajudante geral. Há 11 meses no Brasil, ele tem curso em elétrica e fala bem português, inglês, francês e holandês, além de oito dialetos de seu país de origem. Ilunga veio sozinho para cá e, hoje, divide um quarto com mais três pessoas no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo. “Na primeira conversa, ele deixou bem claro que precisava do emprego isso me fez perceber o comprometimento que ele teria. Até agora, está correspondendo às expectativas”, diz Nicole. Para ela, a grande barreira que essas pessoas enfrentam é o preconceito, o medo que a maioria dos empresários têm de colocar em seus quadros um estrangeiro fugitivo. “Riscos temos com qualquer pessoa, daqui ou Foto: Fernando Nunes S O congolês Radjhab Amisi Ilunga foi contratado por Nicole Fischer para atuar como ajudante geral na Atenua Som: empresária contou com ajuda de ONG para realizar a seleção edição 257 | agosto de 2015 | 7 MPEs têm queda de 12,8% na receita no 1º trimestre Enquanto a economia brasileira encolheu 1,6%, de janeiro a março deste ano, na comparação com o ano passado, os pequenos negócios registraram recuo de 12,8% no acumulado do período. A pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae‑SP apontou queda de 4,8% em março, na comparação com o mesmo período de 2014. Setorialmente, a retração foi de 14,8% no comércio, 13,4% em serviços e 4,3% na indústria. Em relação ao pessoal ocupado, o índice diminuiu 0,1%. de fora”, destaca a empresária. Na opinião dela, os problemas a serem enfrentados na contratação desse tipo de funcionário são de natureza cultural, E-commerce de camisetas doa 20% do total do lucro mensal para entidades que apadrinha como a dificuldade de entendimento ou a falta de hábito no uso de equipamentos de segurança exigidos pela lei brasileira. “Mas vamos ajustando com o tempo. Funcionários de chão de fábrica, em geral, têm educação e formação muito limitada e cabe a nós ajudar essas pessoas a procurar meios para se desenvolverem”, comenta Nicole, que ajuda a pagar a mensalidade dos poucos funcionários que se dispõem a cursar uma faculdade. Vestindo a camisa Para o proprietário da Roupa Divertida (www.roupadivertida.com.br), Leonardo Fritoli, a forma que encontrou de ajudar foi instituindo a prática de encaminhar parte do lucro do seu negócio para entidades beneficentes. Desde que criou sua empresa, há três anos, fazia doações esporadicamente. No fim de 2013, após participar de uma feira de varejo em Nova York, Estados Unidos, a ideia se formalizou inspirada na marca americana de camisetas Life Is Good. A partir deste ano, passou a adotar uma instituição por mês para a qual destina 20% do total do lucro obtido no período. Entre as beneficiadas estão Associação Pais Amigos Excepcionias (Apae), o Banco de Alimentos, Entidade Beneficente Antonieta Granero (Ebag) e Jovens Unidos Construindo a Paz (Jucap). A escolha da entidade obedece a um critério que ele próprio estabeleceu, que é a visita presencial ao local para analisar e se certificar de que ela, de fato, faz o que se propõe. Se aprovada, assinam um contrato. Além dessa ação, Leonardo está cadastrando qualquer tipo de empresa que queira ser parceira e apoiar a causa. “Em troca, disponibilizamos vouchers de desconto para uso em nosso site”, explica. Com a parceria, ele alcança maior visibilidade e, consequentemente, mais vendas. Várias formas de ajudar Segundo o gerente de acesso à inovação e tecnologia do Sebrae‑SP, Renato Fonseca, há diversas maneiras de investir em responsabilidade social, como a contribuição por meio de programa de voluntariado interno oferecendo algumas horas do serviço de seus funcionários. “O contador da sua empresa, por exemplo, pode cuidar da contabilidade de uma instituição, essa também é uma forma de colaborar”, comenta Renato. Não existem regras para determinar o que a empresa deve fazer, mas o empresário pode observar alguns aspectos que tornam a ação mais interessante [leia o quadro ao lado]. Fonseca destaca o fato de que iniciativas desse tipo são uma via de mão dupla. O empresário ajuda a sociedade e, com isso, atrai reconhecimento e uma percepção positiva de sua companhia. “Embora esse não seja o objetivo principal ao desenvolver a ação, é sempre muito bem-vindo”, conclui ele. O que levar em conta ao fazer o bem 1. Implantar um projeto de responsabilidade social dentro de sua empresa é algo muito positivo. Mas, em primeiro lugar, é importante que ela cumpra os requisitos legais internos, como atender a todas as exigências trabalhistas, recolher impostos, tomar iniciativas de sustentabilidade e de descartar corretamente seus resíduos. Tudo isso também é uma forma de ação social. Lembre-se de que ser um bom empresário, assim como bom cidadão, começa com o cumprimento de seus deveres. 2. Não existe um modelo no qual você possa se basear para organizar o que deve fazer e para qual público. Contudo, sempre observe os aspectos culturais do local onde sua empresa está inserida, ou ainda algo que esteja no âmbito do seu próprio negócio. Aí pode estar a pista sobre que causa abraçar. Uma empresa que fabrica colchões, por exemplo, pode implantar um programa de destinação adequada do produto usado. Já uma escola pode desenvolver uma ação para jovens carentes. 3. Se a ideia é ajudar alguma entidade, cerque-se de algumas precauções, como a de verificar a idoneidade da instituição e o seu histórico e se realmente cumpre a finalidade a que se propõe. Isso pode ser pesquisado no Conselho Municipal de Assistência Social. 4. É importante que as ações de responsabilidade social sejam legítimas e o marketing, feito de forma discreta e sutil. Fonte: Renato Fonseca, gerente de acesso a inovação e tecnologia do Sebrae‑SP 8 | jornal de negócios Mês a mês, brasileiro aumenta cortes nos gastos com lazer Levantamento realizado pelo site GuiaBolso, aplicativo (app) de finanças pessoais, mostrou a evolução contínua dos cortes feitos por brasileiros nos gastos de lazer. Em janeiro, a parcela da renda revertida para o segmento representava 17,2% do salário dos 12 mil usuários em todo o País que utilizam o app para controle de suas contas bancárias. Já em fevereiro, o porcentual caiu para 15,1%, e 10,9%, em março. O segmento mais impactado foi o de bares e restaurantes, que teve recuo de 7,59% (janeiro) para 4,52% (março). A volta do “bolachão” Foto: Rubens Chiri Popular até o fim da década de 1980, o vinil perdeu espaço para outras mídias, mas volta com tudo e oferece ótima oportunidade de negócios Manoel Jorge Dias, o “Manezinho da demolição”, vendeu nove mil LPs em feirão realizado em um único dia A onda vintage que invadiu o mercado mundial não se limitou a ressuscitar cortes de cabelo, móveis e outras modas populares nos anos 1960 e 1980. Trouxe também a paixão pelo disco de vinil. O famoso “bolachão” passou a ser disputado por consumidores que passam horas garimpando LPs nas lojas especializadas e conta com a preferência de artistas quando querem um produto com mais qualidade, personalidade e intimista. Com qualidade de som inalcançável pelas outras mídias, o LP ganha também como experiência sensorial. No formato, os artistas têm mais espaço nas capas de 31 centímetros × 31 centímetros (contra os 12 centímetros do CD) para fotos e outras artes. Além disso, o ato de manusear o disco de quase 200 gramas e colocá-lo para ro- dar na vitrola, e mudar de lado quando as faixas se esgotam, permite uma relação mais próxima entre o produto e o ouvinte. Para o gerente de Inteligência de Mercado do Sebrae-SP, Eduardo Pugnali, o retorno da mídia traz uma ótima oportunidade de negócios para pequenas empresas. “O empreendedor que quer explorar esse nicho deve se especializar em música, pois o con- sumidor que frequentará seu estabelecimento quer um atendimento personalizado, como uma consultoria musical. Então, não basta oferecer o produto, tem que entender de música para fidelizar o cliente”, afirma. O contínuo descarte do vinil, a partir dos anos 1980, foi essencial para a consolidação do Casarão do Vinil – referência em comercialização de discos usados na região da Mooca, zona leste de São Paulo. Em 2000, o engenheiro Manoel Jorge Dias – o “Manezinho da demolição”, como é conhecido por ser responsável pela maioria das grandes implosões que acontecem em edifícios pelo País – começou a comprar mais e mais LPs, inicialmente com fins culturais. “A intenção era levar o material para pessoas que nunca tiveram acesso ao formato”, afirma Dias. Mas, em março de 2014, seu estoque era imenso: acima de um milhão de LPs. “Anunciei o feirão por uma rede social e, em um dia, vendi 9 mil vinis. O retorno foi espantoso. A ideia era fazer apenas um feirão e tivemos que fazer mais 20 durante as 20 semanas seguintes”, conta Dias, que se surpreendeu com o fato de 70% dos clientes terem entre 16 e 26 anos. Para ele, esse mercado permanecerá aquecido. “O crescimento nas vendas de discos elevou as compras de vitrolas, e os grandes varejistas estão criando setores para o segmento. Cada vez mais artistas lançam novos trabalhos no formato”, afirma. edição 257 | agosto de 2015 | 9 Busca por crédito pelos consumidores recua 12% A demanda por crédito teve retração de 12,2% em abril na comparação com março, segundo dados da Serasa Experian. Na comparação anual, a queda foi de 0,5%, enquanto o acumulado no primeiro quadrimestre teve alta de 4,3%. De janeiro a abril de 2014, o acumulado foi exatamente o mesmo. A queda na busca foi praticamente homogênea em todas as faixas de renda. Para os economistas da Serasa, o resultado foi impactado pela alta dos juros, da inflação e da renda, além da diminuição da confiança do consumidor. Saiba mais Na hora de inovar você A alta procura por LPs usados também agitou a indústria de discos novos, adormecida desde a década de 1990. Em razão do baixo consumo, todas as fabricantes de vinil do País fecharam as portas e as gravadoras passaram a operar apenas CDs e DVDs. A brasileira Polysom foi reativada em 2009 e é a única fabricante da mídia na América Latina. Mesmo enfrentando períodos de extrema dificuldade, sobreviveu pela paixão de seus proprietários, que começaram a obter lucro apenas em 2013. “Participo desse mercado de música desde 1979 e não via com bons olhos sermos um país entre os dez maiores em vendas do mundo e simplesmente não termos uma fábrica de vinil. Encomendar discos no exterior é mais caro e tem muito mais riscos com relação ao controle de qualidade. Além disso, havia tanta gente pedindo, tantos sinais mostrando que havia uma demanda para isso, bem como amigos e artistas torcendo a favor, que fomos obrigados a pelo menos tentar viabilizar isso”, afirma o sócioproprietário da Polysom, João Augusto Rosa. não precisa se preocupar. O programa Sebrae Inova tem soluções práticas e rápidas de inovação e tecnologia, a custos compatíveis, para você sair na frente! Não importa o ramo da sua empresa: comércio, indústria, serviços ou agronegócios. Aumente suas vendas, atualize processos de trabalho, integre e lidere sua equipe e melhore a gestão da sua empresa, de maneira descomplicada, para torná-la mais competitiva. Tudo com o apoio do Sebrae-SP parceiros especializados no assunto. Está esperando o quê? Faça um upgrade no seu negócio! Conheça já o programa Sebrae Inova. Procure um dos locais de atendimento do Sebrae-SP, ligue 0800 570 0800 ou acesse http://sebr.ae/sp/ sebraeinova. 10 | jornal de negócios Dicas online e gratuitas para reduzir desperdício O SEBRAE lança séries de vídeos sobre sustentabilidade, com dicas que mostram ao empreendedor como poupar recursos. As sugestões incluem adaptadores que reduzem o fluxo, torneiras de acionamento eletrônico, temporizadores e válvulas de fechamento automático. A primeira série traz dez histórias de empresários que mudaram processos em nome de práticas mais sustentáveis. São episódios de cinco minutos, com foco especialmente na água e na energia elétrica. Confira: https://www.youtube.com/user/tvsebrae Lucro além das fronteiras C om o real desvalorizado, exportar pode ser uma alternativa para enfrentar a época de “vacas magras” da econômica brasileira. Ao contrário do que muitos empreendedores pensam, esse é um caminho que pode ser trilhado com sucesso também por micro e pequenas empresas (MPEs). Recentemente, as companhias desse porte passaram a contar inclusive com um incentivo: a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aumentou o limite anual de exportação de US$ 1 milhão para US$ 3 milhões. E mais: em junho, o governo federal lançou o Plano Nacional de Exportações com uma série de medidas visando incentivar as vendas brasileiras para outros países. A ideia é remover barreiras e ampliar acordos comerciais, simplificar a legislação e reduzir processos burocráticos, entre outras iniciativas. Investir na via internacional, além de ampliar lucros, pode ser benéfico para o crescimento da empresa. Isso porque, para obter sucesso na empreitada, ela precisa preparar bem o terreno, melhorar processo e produtos, investir em inovação e criar um diferencial competitivo para poder brigar por um espaço no mercado externo. Nesse sentido, o vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Faria, orienta: “Existem linhas de crédito com custos mais acessíveis para os empresários investirem em melhorias com o objetivo de se tornarem exportadores”. Preparação do terreno Faria alerta também para a necessidade de estudar bem o nicho externo. “A recomendação é pesquisar sobre hábitos e culturas do país onde você planeja vender para ter certeza de que seus produtos e serviços serão bem-aceitos ou se é preciso adaptá-los”, observa. Essa lição de casa foi feita pela desenvolvedora de softwares Sistema Athos, de São José dos Campos. “Colocar um pé fora do Brasil é estratégico para não sofrer com os altos e baixos da economia local”, assinala o diretor geral da empresa, Rodrigo Freitas. “Com negócios em vários lugares do mundo, se um país estiver em crise, o outro pode não estar, de modo que as transações comerciais ali continuarão contribuindo para o crescimento da companhia”, explica. Para concretizar o projeto, a empresa se preparou durante dois anos e meio, estudando as condições, burocracias e mercado externo. A escolha da primeira unidade fora do Brasil está entre Equador e Chile, mas a expectativa é já iniciar as atividades em fevereiro do ano que vem. “No primeiro semestre, a projeção é vender três contratos por mês no exterior e evoluir para 50 ao fim de um ano”, destaca Freitas, informando que esse foi o desempenho do início da Athos no Brasil. “Hoje, aqui, as vendas são de 85 contratos por mês. Sabemos que o primeiro ano é difícil, mas é um período de investimento e não de retorno”, destaca. Para quem deseja seguir seus passos, Freitas aconselha: “Antes, é preciso estar bem consolidado no Brasil. Só então passe a olhar para além das fronteiras do País, para checar onde seu produto poderá ser bem-aceito”. Foto: Leandro Monteiro A exportação pode ser estratégia rentável para micro e pequenas empresas ampliarem mercado e se fortalecerem para atravessar a crise econômica interna Rodrigo Freitas, diretor da Sistema Athos, desenvolvedora de software de São José dos Campos, prepara abertura de filial fora do Brasil edição 257 | agosto de 2015 | 11 Vendas de supermercados sobem 0,34% A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou que as vendas dos supermercados tiveram alta de 0,34% em maio, frente ao mesmo mês de 2014. Já quando o comparativo é feito em relação a abril deste ano, o resultado é queda de 2,53%. Segundo o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda, o aumento do desemprego impacta diretamente o setor que deve negociar melhor com os fornecedores para “atrair os clientes, oferecendo melhores serviços e preços competitivos”. Segundo ele, com um modelo de trabalho consolidado, a empresa terá maiores chances de levar o negócio para outros lugares com sucesso. Colhendo os frutos Os donos da Sapeka Lingerie, confecção criada há 15 anos em São Paulo e Rio de Janeiro, simultaneamente, começaram a investir em exportação em 2004 e não se arrependem. O sucesso da investida rumo ao exterior se reflete no faturamento, que foi de R$ 10 milhões no ano passado. A brecha para seus produtos lá fora foi identificada antes em Portugal e Espanha. A empresa se preparou para exportar e, atualmente, atende a países da América do Sul, da Europa e da África. Neste último continente, inclusive, montou um centro de distribuição, localizado na cidade de Benguela, em Angola, para atender à clientela com maior agilidade. “Como a demanda africana estava crescendo, identificamos que aceleraríamos bastante o processo de venda se tivéssemos essa estrutura lá”, conta o diretor comercial da empresa, Wesley Loureiro. Hoje, 13% do faturamento da Sapeka provém das vendas internacionais, sendo 9% somente do mercado africano. A ideia é ampliar ainda mais essa fatia. Para isso, a confecção pretende abrir outros entrepostos distribuidores ao redor do mundo, como em Moçambique, Alemanha, Portugal, Equador e Estados Unidos. “Nosso maior desafio é conseguir desenvolver, a curto prazo, produtos específicos com as características de cada região. Até agora, vendemos basicamente peças com o mesmo formato para todos os países”, explica Loureiro. Estratégia para MPEs Para o consultor do Sebrae-SP Gilberto Campião, exportar deveria ser uma estratégia mais utilizada pelas MPEs. “Falta no Brasil uma cultura exportadora. Especialmente nos momentos em que o mercado interno está mais retraído, elas podem ter o exterior como estratégia para manter o crescimento. A empresa que exporta é mais forte e possui maiores chances de sobreviver em época de desaceleração econômica”, destaca. Passo a passo para o comércio exterior 1A valie se essa é uma estratégia de negócio adequada para a empresa, definindo quais os motivos e aonde quer chegar com a internacionalização da companhia; 2A dapte o produto ou serviço para atender não só ao mercado doméstico, mas também ao externo; 3P esquise as oportunidades para decidir o que mandar para fora e para onde. Um bom caminho é participar de feiras de negócios e missões internacionais; 4P rocure a Receita Federal para credenciar a empresa para utilizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex); 5E ntre em contato com o potencial importador informando o perfil de sua companhia, a descrição do produto ou serviço e a lista de preços; 6C onheça o tratamento tributário e opções de financiamento para exportadores; 7D etermine o preço de venda fora do País. Lembre-se de que nem sempre comercializar o produto ou serviço com valor baixo será a melhor saída para conquistar o mercado internacional. Qualidade é indispensável; 8D efina as condições de comercialização e as contratações de frete e de seguro; 9D efina a forma de pagamento e faça o registro de exportação no Siscomex, separando os documentos solicitados, além de providenciar a emissão da declaração para despacho no sistema; 10 Contrate câmbio, que é um instrumento para trocar moedas entre o exportador e um banco autorizado pelo Banco Central do Brasil para fazer a operação; 11 Prepare e embarque a mercadoria, separe os documentos necessários para enviar ao importador e receba o pagamento em reais, por meio de um banco autorizado. 12 | jornal de negócios Pequena indústria paulista sobrevive e emprega mais Com mais funcionários e vida mais longa, as micro e pequenas indústrias (MPIs) paulistas são mais maduras diante das dificuldades, graças a gestão, produtividade e nível de investimentos. As conclusões fazem parte da pesquisa “A Micro e Pequena Indústria Paulista”, do Sebrae-SP, que ouviu 1.258 empresários do setor, além de 1.349 ligados ao comércio e serviços. Na longevidade, as MPIs resistem, em média, 12 anos, contra nove dos demais setores. As MPIs têm em média 5,3 empregados por empresa, ante 2,4 na média de todos os setores. Café gourmet rende prêmios e abre mercados Produtores do interior paulista investem em grãos especiais e obtêm diferenças significativas nos ganhos em comparação às modalidades comuns Foto: Thais Araujo Q Valdir Duarte reserva 30% das terras do Sítio Santa Rosa, em São Sebastião da Gama, para o cultivo do tipo premium, mas planeja ampliar essa fatia para 80% até 2017 ue o brasileiro gosta de café não é novidade. No ano passado, o consumo interno da bebida atingiu 20,3 milhões de sacas – total 1,24% superior ao registrado um ano antes, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Os números mostram que cada habitante consumiu, em média, 4,89 quilos de café torrado e moído no ano, o equivalente a 81 litros de café por brasileiro em 12 meses. A associação levantou que a bebida está presente em 98,2% dos lares nacionais, representando um mercado de grandes oportunidades. Um nicho de potencial elevado, de acordo com o consultor de agronegócios do Sebrae-SP, Cláudio D’Angieri, é a produção de cafés de categoria premium. Esse tipo tem característica mais elaborada, com cultivo diferenciado em relação ao modo convencional. Os atributos físicos e sensoriais são otimizados, ampliando a qualidade. De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, da sigla em inglês), esse segmento representa 12% do mercado internacional da bebida. “Trabalhamos para mostrar ao produtor a importância dessa opção. A intenção é que ele conquiste esse nicho porque pode levar sustentabilidade e rentabilidade para o negócio. Se o produtor seguir apenas investindo no café padrão, há o risco de ficar empatado ou perder dinheiro. Atuar na produção de cafés especiais é uma boa estratégia para se manter rentável e não quebrar”, aconselha D’Angieri. De olho nesse mercado, a Fazenda Santa Jucy, próxima à cidade Cássia dos Coqueiros, no interior paulista, nasceu com o propósito de investir no universo gourmet, como conta o administrador geral da propriedade, Alexandre Provencio. “Iniciamos as atividades em 2010 com o intuito de produzir cafés especiais. Nossa plantação se espalha pela propriedade inteira e não apenas em microlotes. A Santa Jucy foi pensada para gerar qualidade em alta quantidade”, diz. Tal opção não é regra na cafeicultura. Geralmente, as propriedades reservam apenas um espaço da terra para os cafés especiais. É o caso do Sítio Santa Rosa, em São Sebastião da Grama. “Separo 30% do sítio para esse cultivo, mas o objetivo é aumentar essa parcela para 80% até 2017”, assinala o proprietário Valdir Duarte. Concursos valorizam marcas Tanto a Santa Jucy como a Santa Rosa têm suas bebidas premium reconhecidas pelos tradicionais concursos de qualidade promovidos nas cidades tipicamente produtoras do grão. Segundo o consultor do Sebrae-SP, estar entre os vencedores dos concursos traz recompensas para o produtor. “É uma valorização significativa. O café premiado é validado por especialistas como uma bebida superior. Nesse sentido, agrega valor e aumenta o preço para venda”, explica. Para receber o reconhecimento, é preciso investir capital e dedicação. “Nosso objetivo é manter o padrão de toda a produção, em uma constante busca por qualidade. É uma oportunidade de negócio e de trazer mais um produto diferenciado para o mercado brasileiro, a exemplo da cerveja. Itens que o brasilei- edição 257 | agosto de 2015 | 13 Varejo reverte queda registrada em 12 meses consecutivos O resultado do comércio varejista paulista em março rompeu a sequência de 12 meses de quedas consecutivas. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O maior número de dias úteis em março foi crucial para o avanço. Por segmento, os supermercados fortalecerem a reação com crescimento de 1 ponto porcentual, seguidos pelas farmácias e perfumarias, com 0,7 p.p. ro consumia e tinham baixa qualidade estão sendo substituídas por melhores”, diz Provencio, da Santa Jucy. A dedicação rendeu à propriedade o primeiro lugar na disputa na cidade de Caconde e o segundo lugar na competição paulista. “Um dos nossos diferenciais é não ter lotes preparados para concursos. Nosso objetivo é a qualidade em larga escala. É um desafio constante. Não é fácil dos pontos de vista de investimento e de gestão. Tem de estar disposto a enfrentar desafios. Vai dar trabalho, é preciso estar sempre atualizado e ver o que funciona para cada região”, avalia Provencio. A propriedade de Duarte também contabiliza vitórias. Desde 2006, seu premium tem subido no pódio dos concursos locais. “Procuramos aprimorar cada vez mais a qualidade e o processo de produção, para chegar ao primeiro lugar. A classificação não é o único interesse. Queremos que outros produtores da região do Vale da Grama passem a tratar o café de maneira especial para buscarmos mercados e mostrar o potencial local”, indica. Preços que valem a pena Investir no especial é lucrativo, aponta o consultor do Sebrae-SP. “Enquanto a saca do comum comercializado em bolsa custa em torno de R$ 450, o premium pode chegar a mais de R$ 2 mil. O mercado reconhece a qualidade e paga por isso.” Valdir Duarte, do sítio Santa Rosa, sente a diferença. “O café comum que produzo para o mercado local está na faixa de R$ 430 a R$ 480. Já o especial, entre R$ 600 e R$ 800.” O relevo é um ponto positivo da região na qual as propriedades estão – na Média Mogiana, mais conhecida como “a Mantiqueira de São Paulo”. “A altitude da região, de 1 mil a 1,4 mil metros, proporciona melhores cafés. Quanto mais alto, mais devagar o grão matura e acentua os açúcares, imprimindo um aroma melhor no fim da bebida”, diz o consultor. Mas nem só com boa localização se faz um café de qualidade, explica D’Angieri. “Também é fundamental prestar atenção ao manejo da lavoura, que precisa ser muito bem cuidada, em todos os sentidos, com controle de pragas e plantação bem nutrida para externar essa qualidade no fruto.” Duarte segue à risca a recomendação. “É preciso cuidar do café em todas as etapas, desde aplicar os fertilizantes e fazer a adubação correta até procurar um grau de maturação o mais uniforme possível na colheita, além de garantir que o grão tenha um processo de secagem que respeite as temperaturas para chegar devagar no grau de umidade.” O proprietário do Santa Rosa acredita ainda que os produtores não devem buscar qualidade apenas para participar de concursos. “Para conseguir vender o café como especial, não basta a qualidade da bebida. É preciso conquistar certificações que reforcem o respeito às condições socioambientais. A propriedade que elas possuem conta com diferencial, que vale inclusive para o mercado externo.” Saiba mais • P ara um café campeão, é preciso escolher uma região propícia para plantar os grãos e obter maior qualidade na bebida. Locais altos são favoráveis para desenvolver e reforçar as propriedades da planta • I nvista em técnicas de plantação e colheita especiais • R espeite normas ambientais e trabalhistas na produção • P articipe de concursos locais de reconhecimento dos tipos especiais. As competições podem balizar a qualidade da bebida • P rocure adaptar a produção aos requisitos de certificações que qualificam o café. Conheça mais sobre as categorias de certificação no link: http:sebr.ae/sp/nacional 14 | jornal de negócios Volume de vendas do varejo tem pior abril desde 2001 O volume de vendas do comércio varejista registrou queda de 0,4% em abril, na comparação com março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o pior desde abril de 2001 e a terceira retração consecutiva do indicador, derrubando a média do trimestre para 0,6%. Em relação ao mesmo período de 2014, a queda foi de 3,5%. Entre os segmentos, o pior desempenho foi dos equipamentos e materiais de escritório, com recuo de 12,2%, seguido pelo setor de tecidos, vestuário e calçado com retração de 3,8%. Sebrae-SP lança Planeja Fácil Digital O recurso permite organizar de forma simples e prática os principais tópicos relacionados à administração do empreendimento P ara facilitar ainda mais a rotina de gestão de micro e pequenas empresas (MPEs), o Sebrae-SP está lançando o Planeja Fácil Digital. A ferramenta é igual à versão impressa lançada em 2013: um painel que o empresário preenche com os principais itens que devem orientar a administração do empreendimento. Com a opção online, agora o recurso pode ser acessado por qualquer dispositivo móvel, como notebook, tablet e smartphone. Simples e prático de usar, o Planeja Fácil auxilia empresários que precisam vencer a dificuldade de visualizar o negócio como um todo e focar os investimentos nas áreas carentes ou nas que darão mais lucro. É um aliado valioso na correria do dia a dia, comum às MPEs, nas quais o proprietário, em geral, fica preso às tarefas operacionais sem tempo para pensar nos próximos passos do negócio. Assim como na versão impressa, o Planeja Fácil Digital ajuda empreendedores de todos os setores (indústria, comércio, serviços e agronegócios) a montar um passo a passo da gestão dividido em três etapas, cada uma identificada por uma cor. Na coluna amarela, entra o levantamento de informações e priorização. Na verde, ficam objetivos e decisões. E na azul, devem ser listadas as ações. Para o gerente da Unidade de Desenvolvimento e Inovação do Sebrae‑SP, Renato Fonseca, a nova plataforma oferece maior comodidade. “A versão digital traz o mesmo conceito do mural impresso que era afixado na parede do estabelecimento. A diferença é que, por ser móvel, permite ao empresário visualizar seu negócio e fazer alterações quando quiser – seja em uma fila de banco, seja durante uma viagem –, pois todas as informações ficam arquivadas no meio digital para serem vistas e revistas”, explica. O único pré-requisito para aproveitar todas as funções da ferramenta é que a empresa esteja funcionando. Se o negócio ainda estiver no papel, o empreendedor não conseguirá utilizá-la para melhorar atividades que ainda não existem. Fonseca destaca que a tecnologia é fundamental para o empresário enxergar as peças que precisam ser modificadas. “Colocando todas as ações do Planeja Fácil no papel ou no aplicativo digital, ele consegue identificar o cenário em que está inserido e promover as alterações necessárias para o sucesso do negócio”, afirma. Tanto a versão digital como a impressa estão disponíveis no site do Sebrae‑SP (www.sebraesp.com.br) de forma gratuita. Sete passos para usar bem a ferramenta 1 2 3 4 5 6 7 O importante é iniciar observando os pontos fortes e fracos da sua empresa e as oportunidades ou ameaças do mercado; Priorize suas ações com base na análise e defina seus objetivos; Decida por um objetivo principal. No quadro do Planeja Fácil, você deve trabalhar com apenas um objetivo de cada vez; Organize as ações e os recursos necessários (financeiros, materiais e de pessoas); Elabore um cronograma para cumprir todas as ações planejadas e os prazos para obter resultados positivos; Coloque a mão na massa. Execute e acompanhe o planejamento das ações na ordem certa e no prazo determinado; Registre as experiências e o aprendizado que você obteve durante o processo. Fonte: Sebrae‑SP edição 257 | agosto de 2015 | 15 Crédito do BNDES para pequenas sofre maior retração Dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontam que a liberação de recursos para as pequenas corporações sofreu queda de 13%, no acumulado de 12 meses até março deste ano, em comparação ao mesmo período anterior. No caso das grandes companhias, o recuo foi de 7% e, nas médias, alcançou 19%. Segundo especialistas, tal panorama decorre do cenário de dificuldades na economia e tem relação direta com a queda tanto da demanda quanto da oferta. empretech Sempre perto do cliente Aplicativos e redes sociais ajudam a aproximar empresas e consumidores, porém, regras precisam ser claras para interação não virar dor de cabeça A comunicação digital, por meio dos aplicativos (apps), está sendo cada vez mais usada pelas empresas para se relacionar com clientes, fornecedores e outros parceiros. É primordial para o sucesso de qualquer organização ter bons canais com esses agentes, respondendo prontamente a dúvidas e reclamações, além de identificar interesses de compras para oferecer promoções, e outras vantagens para fidelizá-los. Com esse objetivo, ganham força apps de mensagem instantânea e de voz, como WhatsApp, Google+, Facebook Messenger, Skipe, Viber, Tango e Instagram. Segundo o consultor do Sebrae‑SP Jairo Lobo Migues, os apps dão instantaneidade, produtividade e fidelização nos relacionamentos. “É necessário somente identificar se o seu público-alvo utiliza esses canais e tomar cuidado como irá gerir esse novo meio de comunicação dentro da empresa”, afirma. Entre os cuidados, há o risco da inconveniência. Existe uma linha tênue entre ser assertivo no relacionamento com os consumidores e ser invasivo, enviando mensagens quando as pessoas não querem receber. Por isso, o consultor do Sebrae‑SP orienta que as respostas sejam rápidas e breves. Outro desafio é a garantia da privacidade. As informações da empresa devem estar sempre em um local seguro e ser acessadas somente para uso no ambiente profissional. Finalmente, Migues orienta o empresário a adotar uma ou mais ferramentas para definir um plano de comunicação para minimizar os riscos de implantação malsucedida. “Deve-se analisar as informações básicas como quantos clientes existem; previsão de aumento de consumidores e se utilizam muito a nova ferramenta; quantos acessos (informações, críticas, reclamações, elogios); e quanto tempo focará no uso dessa ferramenta.” 78% das empresas mais conectadas do Brasil são pequenas 1,4 bilhão de pessoas usam o Facebook no mundo 800 milhões estão no WhatsApp 600 milhões interagem pelo Facebook Messenger 300 milhões milhões utilizam o Instagram Fonte: Embratel/Teleco e Facebook 2014 16 | jornal de negócios Classificados o sebrae‑sp não se responsabiliza pelas informações disponibilizadas neste espaço publicitário. o anunciante assume responsabilidade total alimentícios consultoria CONSULTORIA em tecnologia fiscal e equipamento homologado S@T e NFCF-e, ABRA SUA FRANQUIA soluções de baixo custo. 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Os dados registram queda de 21,2% na comparação com maio do ano passado, com todos os itens nos menores valores da série histórica. No período entre março e maio deste ano, o indicador recuou 6,3%, o quarto mínimo histórico consecutivo. Agenda de feiras Agosto 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio Quando | 3 e 4 Onde | Sheraton São Paulo WTC Hotel /Avenida das Nações Unidas, 12.559 – Brooklin Novo, São Paulo-SP Informações | (11) 3285-3100 70ª Feira Internacional de Bijuterias, Acessórios, Joias de Prata e de Aço, Folheados e Semijoias Quando | 3 a 5 Onde | Centro de Convenções Frei Caneca / Rua Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo-SP Informações | (11) 3472-2020 / www.b8-bijoias.com.br 24ª Feira de Produtos e Serviços para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental Quando | 4 a 6 Onde | Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo / Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações | (11) 3079-2003 / http://higiexpo.com.br Expo Postos & Conveniência 2015 Quando | 5 a 7 Onde | Expo Center Norte – Pavilhão Branco / Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações | (21) 2441-9100 / http://expopostos.com.br TecnoCarne & Leite (tecnologia para a indústria da carne e do leite) Quando | 11 a 13 Onde | Centro de Exposições Imigrantes / Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Água Funda, São Paulo-SP Informações | (11) 3598-7800 / Site: www.tecnocarne.com.br Workshop Desafios do Agronegócio Quando | 13 e 14 Onde | Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia da ESALQ / Av.Pádua Dias, 11, Piracicaba-SP Informações | (19) 3417-6600 / www.fealq.org.br 51º House & Gift Fair 2015 – South America (artigos para casa e decoração) Quando | 15 a 18 Onde | Expo Center Norte – Pavilhões Vermelho, Verde, Branco e Azul / Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações | (11) 2105-7000 / www.grafitefeiras.com.br/pt-br/house/ Paginas/default.aspx V Congresso ANDAV (distribuição de insumos agropecuários) Quando | 17 a 19 Onde | Transamérica Expo Center / Avenida Doutor Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo-SP Informações | (11) 3214-1300 / www.congressoandav.com.br MercoApara 2015 – Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Reciclagem de Papel Quando | 18 a 20 Onde | Imigrantes Exhibition & Convention Center / Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Água Funda, São Paulo-SP Informações | (11) 5535-6695 / www.ecobrasil.com.br Food Ingredients South America (evento sobre ingredientes alimentícios) Quando | 25 e 27 Onde | Transamérica Expo Center / Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo-SP Informações | (11) 4689-1935 / www.fi-events.com.br Photoimage Brasil 2015 (feira internacional de imagem) Quando | 25 a 27 Onde | Expo Center Norte – Pavilhão Verde / Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações | www.photoimagebrasil.com.br 23ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética Quando | 25 a 28 Onde | Centro de Eventos Zanini / Rod. Armando Salles de Oliveira, km 346,3, Sertãozinho-SP Informações | (11) 3060-5000 / www.fenasucro.com.br 19ª Feira Internacional de Joias Folheadas, Brutos, Máquinas e Insumos e Serviços Quando | 25 a 28 Onde | Centro Municipal de Eventos de Limeira / Av. Maria Teresa Silveira de Barros Camargo, 1.213, Limeira-SP Informações | www.aljoias.com.br edição 257 | agosto de 2015 | 19 Inadimplência acumula alta de 12,1% no quadrimestre No acumulado de janeiro e abril, a inadimplência das empresas teve alta de 12,1%, informou a Serasa Experian. O indicador é o mesmo quando se confrontam os dados de abril deste ano contra os do ano passado. Mas, em relação a março deste ano, o índice teve recuo de 5,8%. Essa retração, segundo os especialistas, foi resultado do impacto dos títulos protestados, cuja queda soma 18%; e dos cheques sem fundo, que tiveram retração de 7,1%. As dívidas não bancárias em atraso (como contas de luz e de lojas) diminuíram 0,5%. Feira do Empreendedor cria ambiente favorável aos negócios Evento chega à quinta edição em 2016 com perspectivas de bater novos recordes em todas as frentes P marketing, indústria e agronegócio, e 42 mil pessoas participaram de palestras e capacitações oferecidas em diferentes espaços. Os Microempreendedores Individuais (MEI), que já são mais de 1,1 milhão em São Paulo, contaram com uma área especial de orientação, enquanto os interessados em tomar crédito puderam conhecer as linhas de financiamento específicas para pequenas empresas, além de dicas de consultores especializados e informações das próprias instituições financeiras presentes entre os 400 expositores. Para 2016, são esperados 430. Muitos dos que estiveram presentes na Feria do Empreendedor de 2015 se prepararam para retornar no próximo ano. Foto: Rubens Chiri ara fomentar um ambiente favorável aos negócios e difundir o empreendedorismo como estilo de vida, o Sebrae‑SP promove anualmente a Feira do Empreendedor. O evento, que chega à quinta edição em 2016, tem batido sucessivos recordes de público e espera receber cerca de 120 mil visitantes entre os dias 20 e 23 de fevereiro de 2016, além de movimentar mais de R$ 7 milhões em negócios. Na edição deste ano, 104 mil pessoas estiveram presentes, um incremento de 27% em relação a 2014. Os números são animadores, segundo os organizadores. Foram efetuados 37 mil atendimentos pelos consultores do Sebrae‑SP nas áreas de finanças, Roberto Saretta, sócio da Kiip, divulgou um novo sistema de lavagem de carro com economia de água na edição deste ano É o caso da Kiip, que pretende participar pela terceira vez. A empresa apresentou na ocasião uma técnica brasileira de limpeza automotiva que promete lavar automóveis com apenas um litro de água, por meio de um carrinho elétrico, utilizando cera especial e um produto para pneus e caixa de rodas. O sistema também poupa tempo quando comparado à tradicional limpeza a seco: cada lavagem leva, em média, 28 minutos. O sócio da Kiip, Roberto Saretta, conta que a empresa oferece licenciamento, cursos e produtos necessários para quem busca investir. Assim, os clientes podem até criar uma marca própria de lavagem de veículos com pouco uso de água, ou ainda utilizar a marca Kiip sem pagar nenhum valor mensal. O investimento inicial é baixo: de R$ 4,99 mil, para a aquisição de um carrinho elétrico (incluindo curso de lavagem a seco), a R$ 29,9 mil, para quem quiser ser um representante exclusivo na região (o valor engloba a compra de dez carrinhos). O gasto com cada lavagem é de menos de R$ 2, ou seja, com dez operações diárias, é possível faturar mais de R$ 300 por dia, resultando em uma receita líquida de mais de R$ 3,5 mil por mês. O tempo de retorno do investimento é de dois meses, em média. “Na feira deste ano foram mais de dez negócios fechados”, comemora Saretta. “Em 2014, levamos uma opção de investimento mais alto e, mesmo assim, tivemos resultados positivos. Cerca de O que os visitantes buscam no evento 42+26+14135t 42% Informação e orientação 26% Novas ideias para abrir uma empresa 14% Participação em cursos, palestras e oficinas 13% Pesquisas de equipamentos, fornecedores e serviços 5% Não informado FONTE: Sebrae‑SP 70% do público que nos procura quer investir até R$ 30 mil”, conta. Não foi diferente para o diretor de Franquias da Doutor Lubrifica, Carlos Diego Oliveira, uma rede especializada em soluções automotivas delivery, criada para atender a um público que não dispõe de tempo para preservar a manutenção do seu veículo em dia. Segundo ele, a feira trouxe ótimos resultados e contribuirá muito para o alcance da meta de 200 franquias já estipulada para 2015. Seu estande atendeu mais de 500 pessoas por dia. “Com essa ajuda, fecharemos, em média, 20 novas unidades em São Paulo”, afirma. Os interessados em participar da Feira do Empreendedor 2016 encontram informações no site do Sebrae‑SP (www.sebraesp.com.br). 20 | jornal de negócios Abril marca virada positiva no setor de turismo Abril trouxe perspectivas mais animadoras para o mercado de turismo, com alta de 3,09% nos voos nacionais e número de passageiros. No mês anterior, o resultado havia sido -2,78%, e, em fevereiro, a queda foi de 4,12%. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne Avianca, Azul, Gol e TAM. A ocupação dos assentos cresceu 1,4 ponto porcentual sobre março, com 80,94% dos lugares disponíveis. O número de passageiros aumentou 6,39% na comparação anual, com 8.069 milhões de viajantes. Lixo que não é de se jogar fora Jovens de São Caetano do Sul desenvolvem site de compra e venda de celulares antigos e obtêm sucesso A forte demanda pelo descarte de smartphones obsoletos fez surgir a Brused – plataforma digital com base física (escritório) em São Caetano do Sul, no ABC paulista – que compra e revende os aparelhos. Criada em novembro de 2013, após três meses, a empresa virtual já contabilizava, em média, 100 aparelhos negociados por mês. A operação criada pelos amigos Bruno Fuschi e Eric Fuzitani é simples. O dono informa os dados técnicos do aparelho no site da Brused e recebe, instantaneamente, o orçamento oferecido. Se estiver de acordo, envia o celular via Correios com o número da conta corrente para pagamento. No dia seguinte, em média, se todos os itens citados estiverem corretos, o vendedor recebe. Já a venda dos usados funciona como em qualquer e-commerce: depois de escolher o equipamento no site, paga-se e a encomenda é entregue no endereço escolhido. “O mercado brasileiro tinha essa necessidade. Os clientes sentiam dificuldades na hora de vender os aparelhos antigos. Cada celular tem, em média, 18 meses de vida, depois, o usuário já pensa em comprar um mais novo”, diz Fuschi. A Brused negocia apenas aparelhos da Apple (iPhone, iPad e Macs), pois o sistema operacional oferece bloqueio dos roubados, garantindo a legalidade das compras. O preço pago varia conforme o modelo, indo de R$ 600 a R$ 1,8 mil. A companhia planeja estender o mercado para outras marcas de celular e somar eletro- eletrônicos. “Queremos ser referência no mercado de usados, comprando também videogames, por exemplo”, pondera Fuschi. A Brused compra, taxa de conversão aponta se negócio terá lucro em média, 500 aparelhos ao mês. O investimento inicial foi de R$ 20 mil a R$ 30 mil, incluindo construção do site e capital de giro. “Tentamos tudo antes de usar, para garantir que iria dar certo. Apostamos em uma plataforma simples e intuitiva que facilita a comunicação com os clientes”, conta o sócio-fundador. O empreendedor de e-commerce deve levar em conta a taxa de conversão (diferença entre pessoas que entram no site e aquelas que efetuam a compra) para saber se terá lucro ou não. No Brasil, temos uma taxa de conversão de apenas 1%, ou seja, a cada 100 pessoas que acessam a página do e-commerce, apenas uma compra. Então o empresário deve ter uma boa estratégia de comunicação para atrair os clientes e mantê-los interessados. O empreendedor digital deve conhecer minimamente de tecnologia para identificar o que precisa. Isso evitaria uma ocorrência comum: muitas empresas pagam para terem um site com recursos que nunca vão usar. Saiba mais Antes de focar em um nicho, procure saber se: Como testar? • As pessoas querem o que está vendendo ou terá de convencê-las • Criação de blog, com dicas, análises e tendências sobre a área que se quer trabalhar; a comprar? • Vale a pena se especializar? • Já existe concorrência? Como ela está? • O seu mercado potencial é grande o suficiente para ser considerado lucrativo? • O nicho é fácil de ser acessado online? • Qual é o diferencial que o torna especial diante da concorrência? Fonte: Estudo “Oportunidades em nichos do varejo online no Brasil”. SEBRAE (2014) • Vender unidades do produto ou serviço via Mercado Livre, OLX, Bom negócio, entre outros. • Criação de uma landing page – página que explica a sua ideia ou conceito e que tem objetivo claro para o seu usuário, que pode ser a compra de um produto, a assinatura de newsletter, um like em um post ou pesquisa; • Criação de página ou grupo em rede social para encontrar pessoas dentro do seu nicho, ou de um perfil no Facebook, Instagram etc.; • Confecção de vídeos para YouTube explicando algum conceito e fazendo reviews de produto. edição 257 | agosto de 2015 | 21 Foto: Rubens Chiri O Sebrae Responde é um serviço destinado a atender empreendedores e empresários de micro e pequenas empresas. Tem como objetivo esclarecer dúvidas e orientar sobre a abertura de novos empreendimentos, bem como tratar de questões relacionadas à gestão de empresas já constituídas. Crescer na crise CLAUDIA APARECIDA AZEVEDO, consultora do Sebrae‑SP Estender comércio para equipamentos de outras marcas além da Apple é um dos projetos de Bruno Fuschi Por que alguns empresários prosperam em tempos de crise e outros, não? Crescer em períodos adversos não é para qualquer um. Os momentos de incerteza na economia ou as circunstâncias difíceis exigem do empreendedor a revisão de seus planos levando em conta os resultados obtidos e a persistência diante de obstáculos significativos. Para isso, alguns comportamentos podem fazer toda a diferença. Alguns exemplos: buscar constantemente oportunidades e ter iniciativa; agir para expandir o negócio para novas áreas, produtos e serviços; correr riscos calculados; encontrar maneiras de fazer melhor, mais rápido ou mais barato, como uma das formas de exigir qualidade e eficiência; buscar informações de clientes, fornecedores e concorrentes; consultar especialistas para obter assistências técnica ou comercial; estabelecer metas e objetivos; além de planejar e monitorar constantemente. A necessidade pode ser uma das fontes da inovação, mas é muito im- prudente deixar para agir somente quando não se tem outra alternativa. Estar preparado já garante ao empresário uma vantagem em relação aos demais. É como em uma corrida: o corredor que larga 15 minutos depois não terá as mesmas condições para vencer aquele que largou no tempo certo. O empresário também precisa saber o número de medalhas que ele quer, caso contrário, fica sem parâmetros para saber se deu o seu melhor, um fator fundamental para a realização de seus objetivos. Sempre existe a possibilidade de fracassar, mas é aí que está o desafio. Sem este, a empresa corre o risco de ser conduzida apenas para o cumprimento de tarefas, sem aproveitar as oportunidades. Podemos observar esses comportamentos nos empresários que prosperam na crise. Não se trata somente de uma questão de sorte ou de uma grande sacada, mas de comprometimento com os resultados. 22 | jornal de negócios MPEs geram mais empregos que médias e grandes empresas Dados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (Simpe) apontam que o segmento tem sido o maior gerador de empregos nos últimos dez anos. Segundo a Simpe, o saldo no período foi de 87,4% das micro e pequenas empresas (MPEs) contra 12,6% relativos aos postos de trabalho criados pelas médias e grandes corporações. Em 2005, as pequenas companhias geraram 1,2 milhão de vagas, diante de 259 mil das maiores organizações. Em 2010, a diferença foi de 2 milhões de vagas contra 617 mil, respectivamente. Agenda Tributária AGOSTO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) 20/8 Sistema de recolhimento em valores fixos mensais – Último dia para o pagamento do DAS referente ao mês de julho de 2015 Enxugar custos não é bicho de sete cabeças SILVINEI TOFFANIN, diretor da Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria Crise. Quantas vezes ouvimos essa palavra em 2015 e quantas vezes mais iremos escutá-la? Com ela, sempre vem o desafio: cortar custos. Esse é um dos momentos em que o empresário se vê obrigado a reavaliar a estratégia da empresa e analisar números. Para realizar a operação com sucesso, o gestor precisa reunir três fatores: liderança, método e conhecimento do processo. Além disso, é necessário ter o controle financeiro da empresa em mãos. Isso se dá por meio de relatórios contábeis e outros indicadores imprescindíveis para mensurar o desempenho da empresa, como a ferramenta que mostra a performance operacional da companhia e se o faturamento é suficiente para pagar investimentos, despesas, gerar caixa e lucro aos sócios. Com base nesses dados, responda as seguintes perguntas: a margem de receita bruta é boa? É necessário aumentar o preço do produto? A tributação é adequada à empresa? As compras acontecem com bom preço ou é necessário trocar fornecedor? A equipe é enxuta ou inchada demais? Paga um aluguel muito caro? O plano de investimentos está adequado? Os juros pagos nas dívidas da empresa são justos? Tendo as respostas a todas essas questões, você poderá avaliar onde os cortes podem ser feitos sem prejudicar o andamento do negócio. Vale lembrar que isso não significa demitir. Há situações em que vale trabalhar com o orçamento base-zero (OBZ), que consiste em refazer todo o orçamento da empresa como se ela estivesse sendo aberta naquele momento. Ao comparar o resultado com o que vem sendo realizado, será possível identificar desvios que poderão ser ajustados no dia a dia. SIMPLES NACIONAL (ME/EPP) 14/8 Pagamento da diferença de carga tributária – Diferencial de alíquota de ICMS devido pelas empresas optantes pelo Simples referente às aquisições de produtos de outros Estados realizadas no mês de julho de 2015 20/8 Recolhimento do DAS – Tributos devidos e apurados na forma do Simples Nacional a ser pago no dia 20 do mês subsequente em que houver sido auferida a receita bruta (LC 123, de 2006, art. 21) 31/8 IR – Ganho de capital das empresas optantes pelo Simples Nacional. Imposto de Renda incidente sobre os ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de julho de 2015 20/8 INSS (Simples Nacional – Anexo IV) LUCRO PRESUMIDO 30/10 (último dia do mês seguinte à apuração do trimestre) IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – recolhimento trimestral. Mês de recolhimento: outubro 30/10 (Último dia do mês seguinte à apuração do trimestre) CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – recolhimento trimestral. Mês de recolhimento: outubro 20/8 INSS – Contribuição Previdenciária devida pelas empresas em geral calculada sobre o total da folha de pagamento, bem como dos valores retidos. Recolhimento referente à competência julho de 2015 25/8 Pis/Pasep Faturamento – Contribuição com base no faturamento do mês de julho de 2015 Cofins Faturamento – Contribuição com base no faturamento do mês de julho de 2015 Demais obrigações previdenciárias, trabalhistas e retenções na fonte 6/8 Salários – Último dia para o pagamento do salário do mês de julho/15 7/8 FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Recolhimento relativo à competência de julho de 2015 Caged – Cadastro geral de empregados e desempregados. Encaminhar ao Ministério do Trabalho a relação de admissões, transferências e demissões de empregados ocorridas no mês de julho de 2015 17/8 INSS – Contribuintes individuais, facultativos e empregadores domésticos 14/8 INSS – Produtor rural (pessoas física e jurídica) e retenção de 11% na fonte (cessão de mão de obra) 10/8 GPS – Entrega ao sindicato da Guia de Recolhimento da Previdência Social. Entrega, contrarrecibo, da cópia da GPS, referente ao recolhimento do mês de junho de 2015, ao sindicato representativo da categoria profissional 20/8 IRF – Imposto Retido na Fonte. Descontado dos pagamentos do trabalho assalariado, sem vínculo empregatício e a outras pessoas jurídicas Quinzenalmente PIS/Cofins/CSLL – Fonte Contribuições PIS/Cofins/CSLL retidas na fonte são josé do rio preto e região | edição 257 | agosto de 2015 | 23 Micro e pequenas lideram pedidos de recuperação judicial As corporações de pequeno porte predominam nos requerimentos de recuperação judicial no primeiro semestre deste ano, com 255 pedidos. As de médio porte somaram 147, e as grandes, 90. A soma do período, 492 solicitações, é a mais alta desde 2006, quando a nova Lei das Falências começou a vigorar, segundo dados do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Em relação às falências – que somaram 798 no País –, as pequenas empresas também são maioria, com 410 pedidos (crescimento de 1,74% em comparação ao mesmo período de 2014). Agilidade para crescer Dono da rede de pizzaria Molecaggio une experiência adquirida em empreendimento familiar com capacitações do Sebrae-SP para ampliar os negócios Foto: Ferdinando Ramos um dos nomes mais tradicionais no segmento de pizzarias em são josé do rio preto, a molecaggio nasceu a 220 quilômetros de distância, em franca. ela fazia parte de um grupo de empresas de alimentação criada pelo casal josé manuel e benedita maria da silva, junto com cinco filhos. e foi um deles, edimilson martins da silva, que resolveu levar a molecaggio para outra cidade. em 1997, ele a instalou no riopreto shopping center, onde também funcionava como delivery. dezoito anos depois, a empresa conta com cinco unidades (uma delas no parque aquático thermas dos laranjais, em olímpia), 70 funcionários e 15 prestadores de serviços. e silva está começando um novo negócio, também na área de alimentação: a nonna beni, que funcionará no sistema de rodízio de pizzas. Como surgiu a tradição familiar de investir em alimentação? Acho que tudo veio do meu pai. Ele sabia abrir bar como ninguém. Criava um, era um sucesso, cansava, vendia. Então, minha mãe começou a fazer salgados para vender. Na época, éramos cinco irmãos, entregávamos em bares, restaurantes e cantinas de escolas. O negócio se expandiu e chegamos a ter sete pontos de venda em Franca. A Molecaggio era uma delas? Sim, foi aberta em 1993. Para escolher o nome, fizemos um concurso. E o nome que escolhemos, entre as sugestões que recebemos, era uma brincadeira com meu pai. O apelido dele era Zé Moleque, e a suges- tão para o nome da pizzaria foi “Moleque Ágil”. Aí passamos para Molecaggio e pegou. A sociedade em família foi um bom aprendizado para os negócios? Meu irmão mais velho sempre tomou a frente. Ele trabalhava desde os 13 anos em um escritório de contabilidade, e saiu do emprego para ajudar nos negócios da família. Parecia que todo mundo deixava na mão dele, que só ele era empresário. O que me ajudou muito foi o Empretec, que eu fiz em 2002 e me fortaleceu muito como empresário. Qual o impacto disso na Molecaggio? Queria que minha empresa fosse bem organizada e padronizada, sempre busquei isso e a participação no seminário ajudou. Por exemplo, a nossa empresa tem uma estrutura de prestadora de serviços física mesmo, de cozinha, que dificilmente outras do mesmo ramo possuem. Temos uma agência de propaganda; um departamento de pessoal; no jurídico, tenho um advogado; um escritório de contabilidade; nutricionistas contratadas etc. Às vezes, brinco que aprendi tão direitinho com o Empretec que segui a receita e acabei deixando o Sebrae-SP de lado. Mas o Sebrae-SP continua ajudando? Sim. Participamos do Programa Alimentos Seguros, o PAS. Começamos pela unidade do delivery, que é uma espécie de vitrine, e vamos estender a todas as outras unidades. Estamos analisando a possibilidade de participar do programa Sebrae Inova, que, em parceria com o Senai, nos orientaria sobre alguns pontos que gostaríamos de aprimorar na Molecaggio. palavra da especialista “Edimilson Martins da Silva é um empresário diferenciado porque trata muito bem a questão do planejamento. É possível notar isso não só pelo crescimento da Molecaggio, mas também por atitudes diante de novas ações. Quando começou a avaliar a possibilidade de aderir ao Sebrae Inova, por exemplo, Edimilson se reuniu com sua equipe de trabalho para levantar as necessidades e os principais pontos que precisava trabalhar na empresa.” Valéria Prado Scott, analista do Escritório Regional do Sebrae-SP em São José do Rio Preto Como surgiu a ideia de criar a Nonna Beni? Nessa nova casa, vamos vender pizza no sistema de rodízio. É um serviço muito bem-feito, com a assinatura da Molecaggio. O nome, aliás, é uma homenagem à minha mãe, a dona Benedita. Além disso, o espaço pode ser alugado para festas, atingindo uma gama maior de clientes. 24 | jornal de negócios | são josé do rio preto e região Atividade fraca faz parte de ajuste fiscal, diz diretor do BC Para o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Luiz Awazu Pereira da Silva, os baixos resultados da economia nacional são normais, considerando que 2015 é um ano de ajuste fiscal. Segundo o executivo, a retomada do crescimento econômico vai acontecer a partir do restabelecimento das confianças interna e externa. Silva defende que os cortes em gastos públicos e o aumento da taxa básica de juros, a Selic, são necessários para que se alcance um realinhamento de preços. União bem-sucedida de conhecimentos Com apoio do Projeto ALI, confecção com sede em São José do Rio Preto e filial em Neves Paulista aumenta produtividade em 700% uando se conheceram, em 2004, Vlamir Diana e Célia Juvêncio, recém-separados de casamentos anteriores, nem sequer imaginavam que viriam a se tornar sócios numa empresa. Hoje, eles são proprietários da Shammah Indústria e Comércio de Confecções, de São José do Rio Preto, que, em apenas quatro anos, teve a produtividade aumentada em quase 700%, resultado da união de conhecimentos. Célia sabia muito sobre confecções, mas tinha horror a gestão. Vlamir acumulava mais de 20 anos de experiência comercial e administrativa e nenhuma intimidade com costura. Com o sucesso, o casal se prepara para lançar marca própria. Fundada em 2011, depois do fim de uma sociedade entre Célia e uma amiga, a Shammah começou em um salão de 50 metros quadrados, com produção mensal de mil peças. Menos de cinco anos depois, tem duas unidades de produção, uma em São José do Rio Preto e outra em Neves Paulista, e produz quase seis mil peças mensais, fornecidas para duas empresas especializadas em roupas masculinas. “Muito desse crescimento devemos ao Sebrae-SP, que a gente procurou desde o primeiro momento”, diz Vlamir. Ele fez o Empretec e os dois participaram de palestras, fizeram cursos e foram atendidos pelo Programa Agen- Com ampliações sucessivas, a confecção passou de 50 para 350 metros quadrados te Local de Inovação (ALI). “Sabemos o que queremos, mas nem sempre o que achamos é o mais correto. É aí que entra o suporte do Sebrae-SP mostrando outras realidades, com exemplos para que adotemos as melhores práticas”, explica o empresário. Sempre orientado pela instituição, o casal fez a fábrica de roupas crescer muito nos últimos anos. Com ampliações sucessivas, a sede está instalada hoje em 350 metros quadrados. O número de máquinas quase dobrou, foi de 16 para 28. Só não aumentou o número de funcionários: pelo contrário, diminuiu. “Esta foi outra das vantagens do Projeto ALI. Os técnicos cronometraram todo o processo de produção e conseguimos fazer mais peças com menos pessoal”, diz Vlamir. Foto: Ferdinando Ramos Q Vlamir Diana e Célia Juvêncio, donos da confecção Shammah: sucesso da fabricação para terceiros estimulou ideia de lançar marca própria Com ampla experiência na produção de artigos para outras empresas, o casal decidiu lançar a própria marca, a Validade, com início da comercialização programada para setembro pela internet. “Pesquisas mostram que 14% das vendas do e-commerce são de vestuário masculino. Como fabricamos para grifes fortes desse segmento, resolvemos apostar nesse novo nicho. Para isso, também buscamos o apoio do Sebrae-SP, que nos forneceu todas as orientações sobre como montar o site e os melhores atrativos para o internauta”, explica o empreendedor. Como é a sensação de apostar em um novo negócio em um ano de desaceleração econômica? “O importante é lembrar que a gestão tem de ser a mais ajustada possível. Aí dá certo. Tanto que, com todas as crises desses últimos anos, estamos indo devagar, a passos pequenos, mas sempre firmes”, acredita. “Vlamir e Célia são empresários comprometidos e de muita sabedoria, pois tiveram a humildade de identificar suas competências e direcioná-las para o negócio, não somente para suprir seus desejos”, afirma a consultora do Escritório Regional do Sebrae‑SP em São José do Rio Preto, Cristiane Viude Fernandes Sevilla. “Essa assertividade na condução do negócio é, certamente, o fator preponderante do sucesso da Shammah”, completa.