REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ANO LXVI - Nº 118 - QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2011 - BRASÍLIA-DF MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2011/2012) PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS 1ª VICE-PRESIDENTE ROSE DE FREITAS – PMDB-ES 2º VICE-PRESIDENTE EDUARDO DA FONTE – PP-PE 1º SECRETÁRIO EDUARDO GOMES – PSDB-TO 2º SECRETÁRIO JORGE TADEU MUDALEN – DEM-SP 3º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE 4º SECRETÁRIO JÚLIO DELGADO – PSB-MG 1º SUPLENTE GERALDO RESENDE – PMDB-MS 2º SUPLENTE MANATO – PDT-ES 3º SUPLENTE CARLOS EDUARDO CADOCA – PSC-PE 4º SUPLENTE SÉRGIO MORAES – PTB-RS CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO SEÇÃO I 1 – ATA DA 177ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATURA, EM 06 DE JULHO DE 2011. I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente OFÍCIOS N° 306/11 – CN – Do Senhor Senador José Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunica que a Presidente da Republica adotou a MPV nº 536/11........................................................ N° 307/11 – CN – Do Senhor Senador José Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunica que a Presidente da Republica adotou a MPV nº 537/11........................................................ N°309/11 – CN – Do Senhor Senador José Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunica o recebimento da Mensagem nº 54/11.. N°310/11 – CN – Do Senhor Senador José Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunica o recebimento da Mensagem nº 55/11.. N°311/11 – CN – Do Senhor Senador José Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunica o recebimento da Mensagem nº 56/11.. N°312/11 – CN – Do Senhor Senador José Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunica o recebimento da Mensagem nº 57/11.. N°313/11 – CN – Do Senhor Senador José Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunica o recebimento da Mensagem nº 58/11.. Nº 211/11 – Da Senhora Senadora Vanessa Grazziotin, que comunica a instalação do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, e solicita o registro na Câmara dos Deputados.......................................... Nº 1.059/11 – Do Senhor Deputado Marco Maia, Presidente da Câmara dos Deputados, que devolve ao Deputado José Stédile o PL nº 1.506/11, de autoria deste, pelas razões que aduz................ Nº 96/11 – Do Senhor Deputado Paulo Teixeira, Líder do PT, que indica os Deputados do referido Partido para integrarem a Comissão Especial do Código Civil........................................................ 35276 35280 35283 35287 35291 35295 35299 35303 35305 35307 Nº 98/11 – Do Senhor Deputado Paulo Teixeira, Líder do PT, que indica os Deputados do referido Partido para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09.... Nº 730/11 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB, comunica que o Deputado Marcelo Castro, passa a exercer a função de 1º Vice-Líder do referido Partido................. Nº 94/11 – Da Senhora Deputada Ana Arraes, Líder do Bloco PSB/PTB/PCdoB, que indica os Deputados Edson Silva e Laurez Moreira para integrarem a Comissão Representativa do Congresso Nacional.................................................................. Nº 95/11 – Da Senhora Deputada Ana Arraes, Líder do Bloco PSB/PTB/PCdoB, que indica os Deputados do referido Bloco para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 1.749/11........................................................ N° 592/11 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB, que indica o Deputado Ângelo Agnolin para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 7.495/06...... N° 598/11 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB, que indica o Deputado Bonifácio de Andrada para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443/09........ Nº 511/11 – Do Senhor Deputado Nelson Meurer, Líder do PP, que indica os Deputados do referido Partido para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 1.749/11...... Nº 512/11 – Do Senhor Deputado Nelson Meurer, Líder do PP, que indica o Deputado Roberto Teixeira para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 445-A/09.... Nº 99/11 – Do Senhor Deputado Vitor Paulo, da Liderança do PRB, que indica o Deputado Márcio Marinho para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 8.046/10...... Nº 100/11 – Do Senhor Deputado Vitor Paulo, da Liderança do PRB, que indica o Deputado Antônio Bulhões para integrar a Comissão Representativa do Congresso Nacional.......................................... Nº 188/11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoB, que indica os Deputados Chico Lopes e Evandro Milhomem para integrarem o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar............ 35308 35309 35310 35311 35312 35313 35314 35315 35316 35317 35318 35256 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 193/11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoB, que indica o Deputado Delegado Protógenes para integrar o Grupo de Trabalho de Consolidação das Leis....................................... Nº 214 /11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoB, que indica a Deputada Jô Moraes para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 445-A/09................ Nº 216/11 – Do Senhor Deputado Giovanni Queiroz, da Liderança do PDT, indicando os Deputados Reguffe e Manato para integrarem a Comissão Representativa do Congresso Nacional................. Nº 223/11 – Do Senhor Deputado André Figueiredo, da Liderança do PDT, que indica os Deputados Paulo Rubem Santiago e Manato para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 1.749/11...................................... Nº 210/11 – Do Senhor Deputado Sarney Filho, Líder do Bloco PV/PPS, que indica o Deputado Mário de Oliveira para integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Nº 195/11 – Do Senhor Deputado Ratinho Junior, Líder do PSC, que indica os Deputados André Moura e Pastor Marco Feliciano para integrarem a Comissão Representativa do Congresso Nacional.................................................................. Nº 224/11 – Do Senhor Deputado Cláudio Puty, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, que comunica a apreciação do PL nº 4.702-B/09. .. Nº 225/11 – Do Senhor Deputado Cláudio Puty, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, que comunica a apreciação do PL nº 7.090-B/06. .. Nº 226/11 – Do Senhor Deputado Cláudio Puty, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, que comunica a apreciação do PL nº 4.707-B/09. .... Nº 227/11 – Do Senhor Deputado Cláudio Puty, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, que comunica a apreciação do PL nº 4.713-A/09...... Nº 230/11 – Do Senhor Deputado Cláudio Puty, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, que comunica a apreciação do PL nº 2.830-A/08. .... Nº 232/11 – Do Senhor Deputado Cláudio Puty, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, que comunica a apreciação do PL nº 2.230-A/07. .... 35319 35320 35321 35322 o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências”, para dispor sobre o prazo para início da produção e comercialização de agrotóxico após a emissão do registro.............. Nº 1784/2011 – Do Senado Federal – Altera a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, para inserir o incentivo ao empreendedorismo entre as medidas de apoio às pessoas com deficiência e para atualizar a terminologia da lei relativa a essa clientela........... Nº 1785/2011 – Do Senado Federal – Acrescenta inciso IX ao art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino a promoção de ambiente escolar seguro e a adoção de estratégias de prevenção e combate ao bullying...................... 35327 35328 35328 PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO 35323 35324 35325 35325 35325 35325 35325 Nº 322/2011 – Da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Autoriza a União a fazer a cessão de uso gratuito dos imóveis de sua propriedade abrangidos pela Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, do Estado de Rondônia................. Nº 324/2011 – Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – Aprova o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a República da Índia, celebrado em Brasília, em 16 de abril de 2008....................... 35328 35333 REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO Nº 763/2011 – Da Comissão de Defesa do Consumidor – Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações relativas a cobranças indevidas de telefonia fixa..................... Nº 774/2011 – Da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural – Solicita informações à Ministra do Meio Ambiente, Excelentíssima Senhora Izabella Mônica Vieira Teixeira, sobre cada Parque Nacional criado de 1988 até 2011, oferecendo informações detalhadas sobre cada um deles........................................................ 35365 35365 REQUERIMENTOS 35326 PROJETOS DE LEI Nº 3582-B/2008 – Da Sra. Rebecca Garcia – SUBSTITUTIVO DO SENADO FEDERAL AO PROJETO DE LEI Nº 3.582-A, DE 2008, que “institui a Política de Educação para o Consumo Sustentável”.... Nº 1779/2011 – Do Senado Federal – Acrescenta art. 3º- A à Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, Julho de 2011 35326 Nº 2293/2011 – Do – Senhor Julio César, Requer a instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica Brasileira no âmbito desta Câmara dos Deputados para biênio 2011/2012..... Nº 2294/2011 – Do – Senhor Julio César, Requer a instalação da Frente Parlamentar Municipalista no âmbito desta Câmara dos Deputados para biênio 2011/2012............................................ Nº 2370/2011 – Da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Requer a reconstituição do Projeto de Lei nº 4.823/2009...... Nº 2408/2011 – Da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural – Requer, nos termos regimentais, seja dado novo 35366 35378 35391 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS despacho ao PDC nº 3.034/10, a fim de incluir este Órgão Técnico para apreciar o mérito..................... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Leitura de Ato da Presidência sobre a criação de Comissão Especial destinada ao exame do Projeto de Lei nº 7.420, de 2006, a respeito da qualidade da educação básica e da responsabilidade dos gestores públicos na sua promoção...................................... IV – Pequeno Expediente LAEL VARELLA (DEM, MG) – Apreensão do setor agropecuário quanto à reformulação Código Florestal brasileiro. Artigo Produtividade da Agricultura Brasileira e o Código Florestal, de autoria da pesquisadora Laura B. Antoniazzi.......................... JONAS DONIZETTE (Bloco/PSB, SP – Pela ordem) – Aprovação, pela Casa, da Medida Provisória nº 528, de 2011, sobre a alteração dos valores constantes da tabela do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Rejeição de emenda oferecida à matéria pelo orador, destinada ao desconto do Imposto de Renda de gastos efetuados com medicamentos..... LUIZ COUTO (PT, PB) – Solicitação aos Ministros da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão de atendimento à reivindicação do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba – SINTESPB. Entrevistas intituladas Em nome dos emergentes, de André Siqueira e Soraya Aggege, e Não me arrependo, de Sergio Lirio, concedidas à revista CartaCapital, respectivamente, pelo Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, José Graziano da Silva, e pelo Desembargador Fausto De Sanctis... GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB, RJ) – Apelo ao Secretário de Estado de Educação do Rio de Janeiro de atendimento às reivindicações salariais dos profissionais do setor em greve....................... GERALDO RESENDE (PMDB, MS) – Crise no atendimento na área de oncologia na rede hospitalar sul-mato-grossense. Avaliação positiva da Lei nº 12.403, de 2011, sobre a regulação da prisão preventiva. Transcurso do 3º aniversário de instalação de unidade da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ no Estado de Mato Grosso do Sul. Conclamação aos Deputados para aprovação de proposta de implantação de unidades da entidade nos Estados do Ceará, Piauí e Rondônia............... CARLOS SOUZA (PP, AM) – Regozijo com o anúncio de integração dos Municípios de Manaus, no Estado do Amazonas, e Macapá, no Estado do Amapá, ao sistema nacional de energia elétrica. Apelo à Presidência de inclusão na pauta do Projeto de Lei Complementar nº 416, de 2008, sobre criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios.......................................................... MARCON (PT, RS) – Assinatura pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, de decreto sobre concessão de aposentadoria especial aos servidores da Polícia Civil e de 35391 35391 35391 35393 35393 35405 35405 35408 Quinta-feira 7 35257 projeto de lei acerca de abertura de novos cargos de carreira na instituição......................................... MARÇAL FILHO (PMDB, MS) – Importância de aprovação da proposta de redução de gastos da Previdência Social. Apresentação de emenda ao projeto sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO em benefício dos trabalhadores aposentados.......... EMILIANO JOSÉ (PT, BA) – Urgente regulamentação da publicidade destinada ao público infantil. Contrariedade ao parecer oferecido pelo Relator do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – CONAR, Ênio Basílio Rodrigues, à representação do Instituto Alana contra anúncio da rede de lanchonetes McDonald’s....................... AUDIFAX (Bloco/PSB, ES) – Avanço nas negociações sobre a distribuição de royalties de petróleo a Estados e Municípios. Elogio ao Governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, pela atuação a respeito do tema............................ MAURO BENEVIDES (PMDB, CE) – Acerto da decisão da Presidenta Dilma Rousseff de manutenção do Sr. Roberto Gurgel no cargo de Procurador-Geral da República.............................. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT, BA) – Invasão de sites governamentais por hackers. Necessidade de regulamentação da Internet......... VALMIR ASSUNÇÃO (PT, BA) – Realização por centrais sindicais de mobilizações a favor do atendimento à pauta de reivindicações dos trabalhadores. Aumento da concentração de terras no Brasil. Defesa da destinação de áreas improdutivas para a reforma agrária. Apresentação de projeto de lei sobre a revisão dos índices de produtividade rural....................... MANATO (PDT, ES) – Reunião da bancada federal do Estado do Espírito Santo com o Governador Renato Casagrande para debate das negociações sobre a distribuição de royalties de petróleo. Aplausos ao Governo Federal pelo anunciado lançamento de programa de acesso à telefonia fixa destinado às populações de baixa renda. Reexame da sistemática de cobrança dos serviços de Internet banda larga............................................................. CELSO MALDANER (PMDB, SC) – Agradecimento ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, pelo adiamento do início da vigência da Instrução Normativa nº 51, de 2011, sobre parâmetros de qualidade para a produção de leite no País. Inauguração pela Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) de indústria de lácteos no Município de Pinhalzinho, Estado do Santa Catarina........................................................ COSTA FERREIRA (PSC, MA) – Repercussão da nova lei sobre a regulação da prisão preventiva... SIMÃO SESSIM (PP, RJ) – Cessão, pela Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, de área para a realização do primeiro polo do Projeto SUDERJ Rio 2016................................................................. 35410 35410 35410 35412 35412 35413 35413 35414 35415 35415 35416 35258 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ZÉ GERALDO (PT, PA) – Construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará...... RONALDO ZULKE (PT, RS) – Concessão, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, do Prêmio Jovem Cientista aos estudantes Kawoana Trauman Vianna, Vitória Rech Astolfi e Mateus Rockenbach, da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, sediada no Município de Novo Hamburgo. Anúncio da realização de audiência pública destinada ao debate do ensino técnico no Rio Grande do Sul. Notícia de realização, em Porto Alegre, de audiência pública para debate do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC e do novo Plano Nacional de Educação – PNE............................................... ASSIS CARVALHO (PT, PI) – Temas debatidos na audiência pública realizada em Teresina, Estado do Piauí, pela Subcomissão Permanente do Desenvolvimento do Nordeste, vinculada à Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, do Senado Federal. Apresentação pelo orador, durante o evento, de proposta de emenda à Constituição a respeito da cobrança de ICMS em compras efetuadas por meios não presenciais. Aprovação, pela Comissão de Finanças e Tributação, do parecer oferecido pelo orador ao Projeto de Lei nº 7.580A, de 2010, sobre criação de novos cargos de Advogado da União para provimento nos quadros da Advocacia‑Geral da União. Importância da medida para eficiência e transparência das obras públicas com vista aos megaeventos esportivos no País nos anos vindouros....................................................... AROLDE DE OLIVEIRA (DEM, RJ) – Prerrogativa do Congresso Nacional de apreciação de outorga e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. Revisão do sistema brasileiro de radiodifusão. Conveniência de criação de agência reguladora do setor................................................. AFONSO HAMM (PP, RS) – Transcurso do Dia Internacional do Cooperativismo. Realização do Seminário Juventude: O Futuro do Cooperativismo, nas dependências da Casa. Congratulações à Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB e ao Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul – OCERGS............. CHICO ALENCAR (PSOL, RJ) – Importância de observância pelas autoridades públicas das regras de conduta preconizadas nos Dez Mandamentos.................................................................... CESAR COLNAGO (PSDB, ES – Pela ordem) – Realização do Seminário Juventude: O Futuro do Cooperativismo, pela Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo. Instalação da Frente Parlamentar em Defesa das Centrais de Abastecimento Interno............................................ 35417 35417 35418 35419 35420 35421 35422 Julho de 2011 ENIO BACCI (PDT, RS) – Reavaliação da nova lei sobre a regulação da prisão preventiva e da prisão em flagrante............................................ SUELI VIDIGAL (PDT, ES) – Participação da oradora em seminário sobre drogas na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo................. SANDRO ALEX (Bloco/PPS, PR) – Instalação da Subcomissão Especial da Rádio Digital pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Designação do orador para Relator do novo órgão. Anúncio de realização pela Comissão de audiência pública destinada ao debate de crimes praticados pela Internet.............................. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB, MG) – Necessidade de adoção, pelas autoridades competentes, de providências acerca das altas tarifas e da qualidade dos serviços prestados pela Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG...................................... EDINHO BEZ (PMDB, SC – Pela ordem) – Participação do orador no 1º Seminário Estadual de Sistemas de Ensino de Santa Catarina, realizado no Município de Lages. Apoio às reivindicações salariais de professores no País. Necessidade de reformulação do sistema educacional brasileiro..... HUGO NAPOLEÃO (DEM, PI) – Apresentação de requerimento de realização, pela Casa, de sessão solene em homenagem póstuma ao Senador e ex-Presidente da República, Itamar Franco.. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Associação da Presidência ao discurso do Deputado Hugo Napoleão................................................................ SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT, AP) – Agradecimento ao Secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, e ao Ministro Edison Lobão, pelo desenvolvimento de projetos destinados à região amazônica........... DR. ALUIZIO (Bloco/PV, RJ) – Agradecimento aos médicos Antonio Carlos Botelho, Marcos Haddad e Carlos Maurício pelo eficiente atendimento à esposa do orador, com diagnóstico de aneurisma cerebral, em nosocômio de Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro......................................................... CESAR COLNAGO (PSDB, ES) – Necessidade de realização de maiores investimentos nas rodovias federais brasileiras, especialmente no Estado do Espírito Santo. Denúncia da revista Veja sobre o superfaturamento de obras pelo Ministério dos Transportes...................................................... ALBERTO MOURÃO (PSDB, SP) – Posicionamento contrário à criação da Contribuição Social para a Saúde – CSS. Realização de maiores investimentos na saúde pública. Defesa de destinação ao setor de recursos provenientes da exploração de petróleo.............................................................. IVAN VALENTE (PSOL, SP) – Repúdio às agressões praticadas pelo grupo de skinheads 35422 35422 35422 35423 35423 35424 35424 35424 35424 35425 35425 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Impacto Hooligan contra cidadãos negros e nordestinos em São Paulo, Estado de São Paulo........ LEOPOLDO MEYER (Bloco/PSB, PR) – Inauguração, pelo Governador Beto Richa, da Trincheira Ministro Affonso Camargo no acesso ao Aeroporto Afonso Pena, no Município de São José Pinhais, Estado do Paraná................................................... ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR, RJ) – Inconformismo com a desativação, pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de clínicas de recuperação para dependentes químicos. Solicitação à Presidenta Dilma Rousseff de intercessão sobre o assunto, na oportunidade de sua próxima visita ao Estado......................................... RONALDO NOGUEIRA (Bloco/PTB, RS) – Referências elogiosas do ex-Presidente da República Itamar Franco ao Deputado Inocêncio Oliveira. Aprovação pela Comissão ��������������������������������� de Trabalho, de Administração e Serviço Público do Projeto de Lei nº 1.033, de 2003, sobre a criação do salário adicional de periculosidade para vigilantes e empregados em transporte de valores.............................................. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB, CE) – Transcurso do 179º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Crateús, Estado do Ceará........ CARLINHOS ALMEIDA (PT, SP) – Importância do apoio governamental no processo de recuperação da empresa AVIBRÁS Indústria Aeroespacial S/A. Interesse das Forças Armadas brasileiras na aquisição do Sistema Astros 2020, da empresa.... HELENO SILVA (Bloco/PRB, SE) – Apreciação pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público de projeto de lei sobre a concessão de adicional de periculosidade aos empregados em condomínios residenciais ou comerciais, nos serviços de portaria, vigilância e segurança.................. ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV, SP) – Homenagem póstuma ao Senador e ex‑Presidente da República Itamar Franco. Sanção presidencial do Projeto de Lei nº 189, de 2010, sobre a organização do Sistema Único de Assistência Social. – SUAS. Transcurso do Dia do Bombeiro. Homenagem aos bombeiros militares brasileiros. Aprovação, pela Casa, de projeto sobre a concessão de anistia criminal a membros da corporação no Estado do Rio de Janeiro. Apoio à Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, referente à criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Repúdio à decisão do Supremo Tribunal Federal a favor da realização da marcha da maconha no País. Realização do Movimento Nacional Contra a Liberação da Maconha........................................... JÚLIO CESAR (DEM, PI) – Maior agilidade e transparência nos repasses constitucionais da União para os Estados e Municípios. Apelo ao Presidente do Banco do Nordeste de ampliação da participação do Estado do Piauí no Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE e de adoção de 35426 35428 35428 35429 35429 35430 35431 35431 Quinta-feira 7 35259 linha de crédito com juros baixos para custeio da Safra Agrícola 2011/2012....................................... MARCUS PESTANA (PSDB, MG) – Imediata apreciação pela Casa da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a alocação de recursos para a saúde pública........ RICARDO QUIRINO (Bloco/PRB, DF) – Realização de seminário sobre a qualidade do ensino superior, pela Frente Parlamentar em Defesa do Estudante Universitário, no Auditório Freitas Nobre. Visita do Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Sandro Avelar a instituições carcerárias locais.......... TONINHO PINHEIRO (PP, MG) – Apelo à Casa de imediata votação de proposições relativas à área de saúde...................................................... FERNANDO FERRO (PT, PE) – Autorização pelo Ministério das Comunicações do funcionamento da Rádio Frei Caneca FM, em Recife, Estado de Pernambuco....................................... PADRE JOÃO (PT, MG) – Defesa de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos mínimos à saúde pela União, pelos Estados e Municípios. Apoio à greve dos profissionais da educação no Estado de Minas Gerais........................................................... LEOPOLDO MEYER (Bloco/PSB, PR – Pela ordem) – Ajuizamento, pelo Ministério Público do Paraná, de ação civil pública contra a Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, por danos ao patrimônio histórico e cultural................................. PADRE TON (PT, RO) – Assinatura, pela Presidenta Dilma Rousseff, de decreto sobre a transposição de servidores públicos do antigo Território Federal de Rondônia para os quadros da União, por ocasião de sua visita ao Estado. Visita da Presidenta da República às obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio......................................................... JOSIAS GOMES (PT, BA) – Assinatura pelo Prefeito Luiz Caetano, do Município de Camaçari, Estado da Bahia, de ordem de serviço para a execução das obras de requalificação do Bairro Burissatuba..................................................... ANTONIO IMBASSAHY (PSDB, BA) – Artigo Feliz Aniversário, a respeito do transcurso do 80º aniversário natalício do ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, de Renato Simões, publicado pelo jornal A Tarde, sediado em Salvador, Estado da Bahia..................................................... LUCI CHOINACKI (PT, SC) – Aplausos à Presidenta Dilma Rousseff pela ampliação dos recursos destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. Lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011‑2012...... OZIEL OLIVEIRA (PDT, BA) – Realização da 29ª Exposição Agropecuária de Barreiras – EXPOBARREIRAS, no Estado da Bahia. Defesa de criação do Estado do Rio São Francisco...................... 35434 35434 35435 35435 35436 35436 35437 35437 35437 35438 35439 35441 35260 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS JANDIRA FEGHALI (Bloco/PCdoB, RJ) – Relevância da Medida Provisória nº 529, de 2011, sobre a alteração da Lei nº 8.212, de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do microempreendedor individual. Conveniência de urgente aprovação, pelo Congresso Nacional, de projeto de lei sobre a instituição do Sistema Especial de Inclusão Previdenciária................................................................. INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR, PE) – Acerto da decisão governamental de ampliação dos recursos e redução das taxas de juros incidentes nos financiamentos por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. Criação de política de garantia de preços para os produtos oriundos da agricultura familiar. Padronização das regras de controle sanitário de alimentos. Destinação de recursos para a reforma agrária..... TERESA SURITA (PMDB, RR) – Precariedade do atendimento médico prestado à mulher na Região Norte, particularmente do Estado de Roraima. Matéria veiculada pela TV Globo acerca das dificuldades enfrentadas pelas mulheres para acesso ao exame de mamografia. Necessidade de alteração da sistemática de distribuição de mamógrafos no País......................................................... PASTOR MARCO FELICIANO (PSC, SP) – Necessidade de investigação das causas de mortes de recém-nascidos no Hospital Municipal Santa Casa da Criança, no Município de Guarulhos, Estado de São Paulo.................................................. GUILHERME CAMPOS (DEM, SP) – Criação da Frente Parlamentar Mista de Combate à Pirataria e à Sonegação Fiscal. Empenho da Frente para a aprovação do Projeto de Lei nº 8.052, de 2011, do Poder Executivo, sobre agilização dos processos judiciais acerca de crimes contra o direito autoral.. PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM) – Necrológio do Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco.......................................................... CARLOS BEZERRA (PMDB, MT) – Defesa de aprovação do Projeto de Lei nº 8.035, de 2010, do Poder Executivo, que estabelece o novo Plano Nacional de Educação para o decênio 2011/2020. Promoção de audiências públicas em diversos Estados da Federação pela Comissão Especial da Casa incumbida de dar parecer sobre a proposta. Estratégia e metas do novo PNE............................ SANDES JÚNIOR (PP, GO) – Realização da Festa do Divino Pai Eterno, no Município de Trindade, Estado de Goiás............................................... ROBERTO TEIXEIRA (PP, PE) – Indignação do orador com a qualidade da merenda escolar fornecida aos alunos das redes municipais e estaduais de ensino................................................................ IRACEMA PORTELLA (PP, PI) – Relançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack. União entre os Poderes da República e a sociedade civil organizada para o enfrentamento 35441 35442 35442 35443 35443 35444 35445 35445 35446 Julho de 2011 da droga. Anúncio, pela Presidenta Dilma Rousseff, da criação de grupo interministerial destinado à elaboração de plano de recuperação de dependentes químicos. Transcurso do Dia Internacional pelo Desarmamento....................................................... JEFFERSON CAMPOS (Bloco/PSB, SP) – Reajuste de pedágios em rodovias privatizadas no Estado de São Paulo.............................................. MARIO DE OLIVEIRA (PSC, MG) – Adoção de novas estratégias de combate ao consumo e ao tráfico de drogas no País........................................ JOSÉ CHAVES (Bloco/PTB, PE) – Redução do déficit da Previdência Social com a aprovação do projeto de lei encaminhado pelo Poder Executivo acerca de alteração da contabilidade do órgão...... ANTONIO BULHÕES (Bloco/PRB, SP) – Transcurso do Dia do Bombeiro. Reiteração do apoio à missão e às causas defendidas pelos bombeiros militares........................................................ MANUELA D’ÁVILA (Bloco/PCdoB, RS) – Necessidade de implementação de ações para garantia dos direitos humanos, especialmente quanto à desapropriação de moradias e à exploração sexual de crianças e adolescentes, por ocasião da realização no País da Copa do Mundo de Futebol de 2014.... ROSINHA DA ADEFAL (Bloco/PTdoB, AL) – Transcurso do Dia Mundial do Desporto Olímpico. Ajuizamento de ação no Ministério Público com vistas ao cumprimento da Lei nº 11.788, de 2008, a Lei do Estágio, no tocante à reserva de vagas para pessoas com deficiência. Discurso proferido pela oradora durante a audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, destinada ao debate sobre o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC............... CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS, SC) – Homenagem póstuma ao Senador e ex‑Presidente da República Itamar Franco......................................... ROBERTO BRITTO (PP, BA) – Impactos da nova legislação sobre a prisão preventiva.............. ELIANE ROLIM (PT, RJ) – Regozijo com o desempenho de bacharéis oriundos da Universidade Estácio de Sá no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB...................................................... V – Grande Expediente MAURO BENEVIDES (PMDB, CE – Pela ordem) – Transcurso do 28º aniversário de criação do Município de Maracanaú, Estado do Ceará. ......... HUGO NAPOLEÃO (DEM, PI – Pela ordem) – Apoio ao Projeto de Lei nº 1.209-A, de 2011, sobre a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. Regozijo com o desempenho de bacharéis oriundos da Universidade Federal do Piauí – UFPI no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Retrospectiva histórica sobre a implantação do ensino técnico no Brasil. A 35446 35448 35449 35450 35451 35451 35452 35454 35455 35456 35456 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS importância da educação para o desenvolvimento sustentado das nações........................................... Aparteantes: MAURO BENEVIDES (PMDB, CE), ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM, SC), JÚLIO CESAR (DEM, PI), ARNALDO JARDIM (Bloco/ PPS, SP)................................................................. ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS, SP – Pela ordem) – Relatório da visita oficial do orador aos Estados Unidos da América para participação em seminários destinados ao debate da inovação tecnológica e de novas fronteiras do conhecimento. Apoio à Política de Desenvolvimento Produtivo do Governo Federal. Defesa de instituição da Política Nacional de Inovação Tecnológica. Prioridade do Congresso Nacional nas ações em prol da inovação tecnológica....................................................... PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Revisão, pela Presidência, do despacho acerca do indeferimento liminar da Emenda nº 39 apresentada à Medida Provisória nº 502, de 2011. Declaração de prejudicialidade do Recurso nº 45, de 2011, de autoria do Deputado Rubens Bueno...................... DR. ADILSON SOARES (Bloco/PR, RJ) – Empenho na aprovação pela Casa do Projeto de lei nº 3.266, de 2008, acerca da criação de sociedades seguradoras especializadas em microsseguros e dos corretores de seguros especializados............. AMAURI TEIXEIRA (PT, BA – Pela ordem) – Realização, pela Deputada Alice Portugal e pelo orador, de audiência com o Ministro da Educação com vistas à liberação de recursos para a Maternidade Climério de Oliveira, em Salvador. Conquista, por alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia – UFBA, do primeiro lugar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB...... NAZARENO FONTELES (PT, PI) – Reclamação contra a carência de tomadas de energia elétrica nas dependências da Casa para o carrego de aparelhos de comunicação................................ PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Convocação do Diretor-Geral da Casa, Rogério Teixeira, ao plenário para encaminhamento, pela Presidência, da reclamação do Deputado Nazareno Fonteles... ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB, BA – Pela ordem) – Associação ao discurso do Deputado Nazareno Fonteles sobre a carência de tomadas de energia elétrica na Casa. Expectativa de liberação, pelo Ministério da Educação, de recursos de emenda orçamentária destinada à manutenção da Maternidade Climério de Oliveira, em Salvador. Desempenho de bacharéis oriundos da Universidade Federal da Bahia – UFBA no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB................................... OTONIEL LIMA (Bloco/PRB, SP – Pela ordem) – Apelo aos Líderes do PT, do PSDB e do PMDB de apoio à inclusão na pauta da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre 35456 35457 35459 35461 35461 35464 35465 35465 35465 Quinta-feira 7 35261 a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................................................. BETO FARO (PT, PA – Pela ordem) – Urgente adoção, pelo Governo Federal, de providências acerca de ameaças de morte contra a Presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Município de Rondon do Pará, Maria Joel Dias da Costa. Quadro de violência reinante na região.................. FERNANDO MARRONI (PT, RS – Pela ordem) – Lançamento da Frente Parlamentar Mista do Pré-Sal. Indícios de estabelecimento de consenso sobre a distribuição de royalties de petróleo aos Estados e Municípios brasileiros............................ HEULER CRUVINEL (DEM, GO – Pela ordem) – Apresentação do Projeto de Lei nº 1.776, de 2011, sobre a alteração da Lei nº 6.766, de 1979, acerca da pavimentação de vias de circulação de parcelamentos urbanos.......................................... PEDRO UCZAI (PT, SC – Pela ordem) – Anúncio da realização pela Casa de seminário internacional sobre energias renováveis........................... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Informação aos Deputados Nazareno Fonteles, Amauri Teixeira e a outros Parlamentares sobre a instalação de novas tomadas de energia elétrica na Casa..... DUDIMAR PAXIUBA (PSDB, PA – Pela ordem) – Apoio à criação dos Estados de Tapajós e Carajás............................................................ JÚLIO CAMPOS (DEM, MT – Pela ordem) – Homenagem póstuma ao ex-Governador do Estado do Mato Grosso, Dante Martins de Oliveira, ao ensejo dos 5 anos do seu falecimento.................... ODAIR CUNHA (PT, MG – Pela ordem) – Repúdio à operação realizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral em conjunto com a Polícia Federal e órgãos ambientais contra a exploração de quartzito no Município de São Tomé das Letras, Estado de Minas Gerais.............................. WALDENOR PEREIRA (PT, BA – Pela ordem) – Transcurso do 179º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Macaúbas, Estado da Bahia..................................................... ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT, CE – Pela ordem) – Apresentação de recurso contra a decisão do Presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, Deputado Silvio Costa, de aprovação do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.839, de 2010, acerca de sustação dos efeitos da Portaria nº 1.510, do Ministério do Trabalho e Emprego........................................... PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Exame pela Presidência do recurso apresentado pelo Deputado André Figueiredo........................................ ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM, SC – Pela ordem) – Exigência à Presidência de cumprimento da norma regimental sobre início da Ordem do Dia..................................................................... 35465 35466 35466 35467 35467 35467 35467 35468 35469 35469 35470 35470 35472 35262 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ANDRÉ MOURA (PSC, SE – Pela ordem) – Apresentação do Requerimento nº 1.904, de 2011, acerca de inclusão na pauta do Projeto de Lei nº 7.576, de 2010, sobre a criação de Varas do Trabalho no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região. Importância dos Tribunais Regionais do Trabalho............................................................. PADRE TON (PT, RO – Pela ordem) – Descompasso entre a produtividade agrícola e o crescimento da população mundial. Desafio de distribuição equitativa de alimentos no mundo. Relevância do papel do Brasil no tocante à segurança alimentar.. FERNANDO FERRO (PT, PE – Pela ordem) – Conveniência da instalação de unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA na região do semiárido nordestino............. PAES LANDIM (Bloco/PTB, PI – Pela ordem.) – Visita do Diretor do Banco Mundial no Brasil, Makhtar Diop, ao Parque Nacional Serra da Capivara e à Fundação Museu do Homem Americano, no Estado do Piauí. Regularização de aeroporto internacional construído na região do Município de São Raimundo Nonato............................................ 35472 35474 35475 35476 PROPOSIÇÕES APRESENTADAS PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 51/2011 – Do Sr. Eduardo Cunha – Estabelece a obrigatoriedade de realização de plebiscito para definição do modo de eleição dos Deputados Federais, Estaduais, do Distrito Federal e Vereadores e dá outras providências................................... 35476 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 74/2011 – Do Sr. Audifax – Dispõe sobre as exigências para a realização de transferências voluntárias, nos termos da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000..................................... 35480 PROJETOS DE LEI Nº 1771/2011 – Do Sr. Emiliano José – Inscreve os nomes de Carlos Marighella e Luiz Carlos Prestes no “Livro dos Heróis da Pátria”.................. Nº 1772/2011 – Do Sr. Chico Lopes – Altera os Decretos-Lei nº 4.048, de 22 de janeiro de 1942, que “cria o Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários (SENAI)”; nº 8.621, de 10 de janeiro de 1946, que “dispõe sobre a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial”; nº 9.403, de 25 de junho de 1946, que “atribui à Confederação Nacional da Indústria o encargo de criar, organizar e dirigir o Serviço Social da Indústria”; e, Decreto-Lei nº 9.853, de 13 de setembro de 1946, que “atribui à Confederação Nacional do Comércio o encargo de criar e organizar o Serviço Social do Comércio”; a fim de definir percentual da Receita Líquida de Contribuição Compulsória a ser destinada para oferta de vagas gratuitas de educação profissional e tecnológica........................................................... 35481 35481 Julho de 2011 Nº 1773/2011 – Do Sr. Junji Abe – Altera a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, que “institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências”......................... Nº 1774/2011 – Do Sr. Onofre Santo Agostini – Proíbe a cobrança de pedágio em rodovias que estejam com as obras inacabadas......................... Nº 1775/2011 – Do Sr. Otavio Leite – Dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos públicos e privados a disponibilizar o uso da Lupa Eletrônica para auxiliar as pessoas de baixa visão a visualizar documentos, contratos, livros, ou qualquer texto que dele seja necessário para sua compreensão e análise, e dá outras providências.. Nº 1776/2011 – Do Sr. Heuler Cruvinel – Altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, dispondo sobre a pavimentação das vias de circulação dos parcelamentos urbanos.......................... Nº 1777/2011 – Do Sr. Missionário José Olimpio – Dispõe sobre a destinação de recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola à instalação, melhoria e manutenção de laboratórios para estudo de ciências e ensino técnico em escolas públicas da rede pública de educação básica...................... Nº 1778/2011 – Do Sr. Guilherme Campos – Dispõe sobre a suspensão e cassação da eficácia da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF de estabelecimentos que distribuam, adquiram, comercializem, transportem ou estoquem produtos que tenham sido objeto de contrafação, crimes contra a marca, sonegação de tributos ou furto ou roubo.... Nº 1780/2011 – Do Sr. Miguel Corrêa – Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “cultura árabe e tradição islâmica” e dá outras providências......... Nº 1781/2011 – Do Sr. Carlos Bezerra – Altera o inciso II do art. 7º da Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009, que disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências......... Nº 1782/2011 – Do Sr. Carlos Bezerra – Altera o § 2° do art. 9° do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 – Lei de Introdução ao Código Civil................ Nº 1783/2011 – Da Srª. Erika Kokay – Altera o art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para dispor sobre a garantia nas contratações de serviços terceirizados............................................. Nº 1786/2011 – Da Srª. Jandira Feghali – Institui a Política Nacional Griô, para proteção e fomento à transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral............................................................ 35487 35488 35488 35490 35490 35491 35493 35494 35495 35496 35496 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 1787/2011 – Do Sr. Antonio Bulhões – Acrescenta parágrafo ao art. 115 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a identificação dos caminhões-baú. .................................... Nº 1788/2011 – Do Sr. Mendonça Filho – Dispõe sobre a restrição de financiamento de operações de concentração econômica pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. ........ Nº 1789/2011 – Do Sr. Lindomar Garçon – Veda a cobrança de tarifas e taxas de consumo mínimo ou de assinatura básica, pelas empresas públicas ou concessionárias de serviços de telefonia............................ 35503 35504 35506 PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 323/2011 – Do Sr. Giacobo – Susta a aplicação da Resolução nº 282, de 26 de junho de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.... Nº 325/2011 – Do Sr. João Campos – Susta os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132 e 178, que reconhece a entidade familiar da união entre pessoas do mesmo sexo............................................................ 35506 35507 INDICAÇÕES Nº 850/2011 – Do Sr. Sebastião Bala Rocha – Encaminha à Presidenta da República minuta de Medida Provisória para garantir aos servidores dos ex-territórios do Amapá e Roraima os mesmos direitos garantidos os servidores do Estado de Rondônia sejam estendidos aos servidores do Estado do Amapá............................................................... Nº 851/2011 – Do Sr. Josias Gomes – Sugere ao Poder Executivo o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional propondo a instalação de um campus universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf, na cidade de Paulo Afonso/BA..................................................... Nº 852/2011 – Do Sr. Lourival Mendes – Sugere ao Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a instalação de uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS no Município de Bom Jardim, Estado do Maranhão......................... Nº 853/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de JUNCO DO SERIDÓ/PB...................................................... Nº 854/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de SANTO ANDRÉ/PB............................................................. Nº 855/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Tra- 35511 35511 35512 35513 35513 Quinta-feira 7 35263 balho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de AREIA DE BARAÚNAS/PB................................................ Nº 856/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de AREIAL/PB..... Nº 857/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de ALAGOINHA/PB..................................................... Nº 858/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de JURIPIRANGA/PB.................................................. Nº 859/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de MASSARANDUBA/PB............................................ Nº 860/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de PIANCÓ/PB....... Nº 861/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de PIRPIRITUBA/PB................................................... Nº 862/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de POCINHOS/PB....................................................... Nº 863/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de SANTANA DOS GARROTES/PB............................................. Nº 864/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de SÃO SEBASTIÃO DE LAGOA DE ROÇA/PB................. Nº 865/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de SERRARIA/PB........................................................ Nº 866/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de ESPERANÇA /PB................................................... 35514 35514 35514 35515 35515 35516 35516 35517 35517 35517 35518 35518 35264 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 867/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município de BOQUEIRÃO/PB.................................................... Nº 868/2011 – Do Sr. Weliton Prado – Sugere ao Ministério das Comunicações, por intermédio da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), as providências necessárias, em caráter de urgência, com vistas à apurar denúncias de que a Tim – Telecom Itália Mobile – teria ampliado sua base de usuários no estado de Minas Gerais sem infraestrutura para garantir atendimento de qualidade aos novos e antigos clientes................................... Nº 869/2011 – Do Sr. Manoel Junior – Sugere ao Ministério da Previdência Social disciplinar a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado................... Nº 870/2011 – Da Srª. Nilda Gondim – Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a criação no âmbito da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, do curso de Medicina Veterinária no Campus de Campina Grande............................ Nº 871/2011 – Do Sr. Jovair Arantes – Sugereao Poder Executivo a criação da Universidade Federal do Sudoeste de Goiás, com sede no Município de Rio Verde, no Estado de Goiás.............. Nº 872/2011 – Do Sr. Carlaile Pedrosa – Sugere ao Ministério das Cidades a inclusão no PAC DA MOBILIDADE GRANDES CIDADES – Grupo MOB 1, da extensão de ramais do Metrô de Belo Horizonte ao Barreiro, Contagem e Betim, na Região Metropolitana/RMBH. ..................................... Nº 873/2011 – Do Sr. Weliton Prado – Sugere ao Ministro da Fazenda, por intermédio do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), a realização dos esforços necessários com vistas à reduzir os valores abusivos dos impostos cobrados na conta luz, que sacrificam as famílias, pequenos e micro empresários brasileiros, especialmente os de Minas Gerais, com a definição de uma alíquota máxima de 25% do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) incidente sobre os serviços de energia elétrica. .................................. 35519 35519 35520 35520 35521 35522 35522 RECURSO Nº 62/2011 – Da Srª. Ana Arraes – Recorrem ao Plenário contra a apreciação conclusiva do Projeto de Lei nº 2.121, de 1999.................................. REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO Nº 764/2011 – Do Sr. Antonio Imbassahy – Solicita informações ao Senhor Jorge Hage, Ministro Chefe da Controladoria-Geral da União, acerca da lisura e de possíveis prejuízos causados a Furnas 35523 Julho de 2011 Centrais Elétricas S.A. pela decisão de adquirir ações da empresa Oliveira Trust Service............... Nº 765/2011 – Do Sr. Carlos Souza – Solicita ao Ministério das Cidades informações acerca do número de habitações populares destinadas aos indígenas através do Programa Minha Casa, Minha Vida, no Estado do Amazonas, na Região Norte, bem como em todo o Brasil.................................... Nº 766/2011 – Do Sr. Carlos Souza – Solicita ao Ministério de Minas e Energia informações acercado montante de recursos provenientes da Reserva Global de Reversão repassados, nos últimos cinco anos, para a execução de obras de expansão do sistema elétrico no Estado do Amazonas, na Região Norte, bem como em todo o Brasil......................... Nº 767/2011 – Da Srª. Nilda Gondim – Solicita ao ilustríssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde, informações concernentes aos casos de hepatites virais no país........................................... Nº 768/2011 – Do Sr. Silas Câmara – Solicita informações ao Ministério da Previdência Social, através do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social acerca da implantação de agências de atendimento nos municípios do Amazonas................... Nº 769/2011 – Do Sr. Rodrigo Maia – Solicita informações a Excelentíssima Ministra de Estado do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Senhora Miriam Belchior, sobre a contratação de terceirizados pela Administração Pública Federal.. Nº 770/2011 – Do Sr. Rodrigo Maia – Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado de Minas e Energia, Senhor Edison Lobão, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério de Minas e Energia, pela Eletrobras Furnas e pelos demais órgãos vinculados a este Ministério. ......... Nº 771/2011 – Do Sr. Rodrigo Maia – Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado da Fazenda, Senhor Guido Mantega, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério da Fazenda e pela Caixa Econômica Federal............................ Nº 772/2011 – Do Sr. Rodrigo Maia – Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado do Ministério da Educação, Senhor Fernando Haddad, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério da Educação e demais órgãos vinculados a este Ministério...................................................... Nº 773/2011 – Do Sr. Jilmar Tatto – Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado das Relações Exteriores, sobre as medidas adotadas diante da decisão do Governo do Estado Plurinacional da Bolívia, de legalizar veículos roubados no Brasil... Nº 775/2011 – Da Srª. Manuela D’ávila – Solicita informações ao Senhor Ministro da Justiça sobre o número de detentos mortos durante cumprimento de pena em regime fechado e o respectivo registro no INFOPEN........................................................... 35524 35526 35526 35526 35527 35527 35528 35530 35531 35532 35533 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 776/2011 – Do Sr. Arnaldo Jardim – Solicita informações ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior referente ao enquadramento financeiro solicitado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, pelo grupo Pão de Açúcar para viabilizar a fusão com o grupo francês Carrefour............................... Nº 777/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Tarauacá, no Estado do Acre................................. Nº 778/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Acrelândia, no Estado do Acre............................... Nº 779/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Assis Brasil, no Estado do Acre.............................. Nº 780/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Brasiléia, no Estado do Acre.................................. Nº 781/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Bujari, no Estado do Acre....................................... Nº 782/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Capixaba, no Estado do Acre................................. Nº 783/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre....................... Nº 784/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Epitaciolândia, no Estado do Acre.......................... Nº 785/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses 35533 35534 35534 35535 35535 35536 35536 35536 35537 Quinta-feira 7 35265 do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Feijó, no Estado do Acre......................................... Nº 786/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Jordão, no Estado do Acre..................................... Nº 787/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Mâncio Lima, no Estado do Acre............................ Nº 788/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Manuel Urbano, no Estado do Acre........................ Nº 789/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Porto Walter, no Estado do Acre............................. Nº 790/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Porto Acre, no Estado do Acre............................... Nº 791/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Plácido de Castro, no Estado do Acre.................... Nº 792/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Marechal Thaumaturgo, no Estado do Acre........... Nº 793/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Rio Branco, no Estado do Acre............................... Nº 794/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Santa Rosa do Purus, no Estado do Acre.............. 35537 35538 35538 35539 35539 35540 35540 35541 35541 35541 35266 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 795/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Rodrigues Alves, no Estado do Acre...................... Nº 796/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Sena Madureira, no Estado do Acre....................... Nº 797/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Senador Guiomard, no Estado do Acre.................. Nº 798/2011 – Da Srª. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Xapuri, no Estado do Acre...................................... 35542 35542 35543 35543 REQUERIMENTOS Nº 2.367/2011 – Do Sr. Emiliano José – Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 270/2008................................................................. Nº 2.368/2011 – Do Sr. Edinho Bez – Solicita realização de sessão solene extraordinária em homenagem aos 180 anos da Imprensa Catarinense. ...... Nº 2.369/2011 – Da Srª. Rosinha da Adefal – Requer, de já, que não se apense o PL Nº 1631/2011 (PLS Nº 168/2011) ao PL Nº 7699/2006 (Estatuto da Pessoa com Deficiência)................................... Nº 2.371/2011 – Da Srª. Rosinha da Adefal – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados da PEC nº 270, de 2008, que “Acrescenta o parágrafo 9º ao art. 40 da Constituição Federal de 1988”. (Garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito dos proventos integrais com paridade). ........................ Nº 2.372/2011 – Do Sr. Leopoldo Meyer – Requer a inclusão em Ordem do Dia a PEC nº nº. 544, de 2002, que “Cria os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões”...................................... Nº 2.373/2011 – Do Sr. Wilson Filho – Requer a inclusão na Ordem do Dia da Emenda Constitucional nº 29, de 2000 que assegura os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde................................................... Nº 2.374/2011 – Do Sr. Wilson Filho – Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 05 de agosto, às 10 horas... Nº 2.375/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Solicita inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 215 de 2003 que “Acres- 35543 35544 35544 35544 35545 35545 35545 Julho de 2011 centa o § 3º ao art. 42 da Constituição Federal que dispõe sobre os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”, possibilitando aos militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios a acumulação remunerada de cargo de professor, cargo técnico ou científico ou de cargo privativo de profissionais de saúde. .......................................... Nº 2.376/2011 – Do Sr. Onofre Santo Agostini – Requer a inclusão de proposição na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados....................... Nº 2.377/2011 – Do Sr. Onofre Santo Agostini – “Requer a criação de Comissão Especial destinada a analisar a PEC nº de nº 575, de 2006.”.......... Nº 2.378/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 4645 de 2001 que “Altera o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, e acréscimo do § 2º do art. 30 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir na isenção do imposto de renda os trabalhadores em atividade, atingidos pelas doenças lá referidas”............................................................. Nº 2.379/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 1089 de 2003 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969, estabelece o medicamento genérico para uso veterinário, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso veterinário e dá outras providências”............................................... Nº 2.380/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 2861 de 2008 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “Altera a Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966, para estender aos técnicos de nível médio, regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e nos de Química, o piso salarial mínimo”............. Nº 2.381/2011 – Do Sr. Romero Rodrigues – Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 3937 de 2004 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “transforma o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em Autarquia, dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências”.......................................................... Nº 2.382/2011 – Do Sr. José Airton – Requer a tramitação conjunta dos Projetos de Lei nº 6.430, de 2009 e nº 7.650, de 2010. ................................ Nº 2.383/2011 – Do Sr. Weliton Prado – Solicita inclusão, em caráter de urgência, do Projeto de Lei Complementar (PLP) 591/2010, na pauta de votação do Plenário................................................ Nº 2.384/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município 35546 35546 35546 35546 35547 35547 35548 35548 35549 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de Porto Seguro – BA, em comemoração aos seus 477 anos de emancipação política......................... Nº 2.385/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Mulungu do Morro – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação política. ................. Nº 2.386/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Muquém do São Francisco – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação política.. Nº 2.387/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Oliveira dos Brejinhos, em comemoração aos seus 120 anos de emancipação política. ............... Nº 2.388/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Feira de Santana – BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação política................. Nº 2.389/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Santa Maria da Vitória – BA, em comemoração aos seus 102 anos de emancipação política.......... Nº 2.390/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Barra – BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação política......................... Nº 2.391/2011 – Do Sr. Oziel Oliveira – Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Cotegipe – BA, em comemoração aos seus 191 anos de emancipação política. .............................. Nº 2.392/2011 – Do Sr. Marçal Filho – Requer a desapensação do Projeto que especifica............ Nº 2.393/2011 – Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – Requer, nos termos regimentais, que o Projeto de Lei nº 6.403, de 2009, seja remetido à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável........................... Nº 2.394/2011 – Do Sr. Paes Landim – Requer convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados em homenagem ao centenário de nascimento de San Tiago Dantas........................... Nº 2.395/2011 – Do Sr. Jovair Arantes – Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 270/2008 que acrescenta o parágrafo 9º ao art. 40 da Constituição Federal de 1988............................ Nº 2.396/2011 – Do Sr. Márcio Marinho – Requer a convocação de Sessão Solene da Câmara dos Deputados em homenagem ao dia nacional do conselheiro tutelar. ................................................. Nº 2.397/2011 – Do Sr. Jhonatan de Jesus – Requer a inclusão da Proposta de Emenda Constitucional nº 153/2003, na pauta da Ordem do dia do Plenário............................................................. Nº 2.398/2011 – Do Sr. Alexandre Leite – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional nº 059 de 2007, que “acrescenta 35549 35549 35550 35550 35551 35551 35552 35553 35553 35553 35554 35554 35555 35555 Quinta-feira 7 35267 dispositivos ao art. 144, criando a Polícia Portuária Federal, e dá outras providências.”......................... Nº 2.399/2011 – Do Sr. Alexandre Leite – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 1631 de 2011, que “Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.”................................................................... Nº 2.400/2011 – Do Sr. Dr. Rosinha – Requer a declaração de prejudicialidade do PL nº 5.507/2005.............................................................. Nº 2.401/2011 – Do Sr. Alceu Moreira – Requer inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 1.089 de 2003, que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969, estabelece o medicamento genérico para uso veterinário, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso veterinário e dá outras providências”................................................... Nº 2.402/2011 – Da Srª. Andreia Zito – Requer a constituição de Comissão Especial para dar parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 482/2010, que “Acrescenta alínea “d” ao inciso III, do art. 150 da Constituição Federal”, e dá outras providências........................................ Nº 2.403/2011 – Da Srª. Andreia Zito – Requer a constituição de Comissão Especial para dar parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 335, de 2009, que “Dá nova redação ao § 21 do art. 40 da Constituição Federal”, e dá outras providências......................................................................... Nº 2.404/2011 – Da Srª. Andreia Zito – Requer a constituição de Comissão Especial para dar parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 418, de 2009, que “Acrescenta o seguinte § 2º, passando o atual parágrafo único, para § 1º, no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 2005”, e dá outras providências................................................. Nº 2.405/2011 – Do Sr. César Halum – Requer a realização de Sessão Solene para homenagear os 23 anos de Emancipação Política do Estado do Tocantins................................................................ Nº 2.406/2011 – Do Sr. José Linhares – Requer o desarquivamento das proposições.............. Nº 2.407/2011 – Da Srª. Professora Dorinha Seabra Rezende – Requer a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003........................................................ Nº 2.409/2011 – Do Sr. Luiz Nishimori – Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, que seja colocada em pauta para apreciação o Projeto de Decreto Legislativo nº 59, de 2011, que Aprova o texto do Acordo de Previdência Social entre a República Federativa do Brasil e o Japão, assinado em Tóquio, em 29 de julho de 2010........ Nº 2.410/2011 – Do Sr. Chico Alencar – Requer, nos termos regimentais que seja incluída na 35555 35556 35556 35556 35556 35556 35557 35557 35557 35558 35558 35268 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 270, de 2008................................................ Nº 2.411/2011 – Do Sr. Chico Alencar – Requer, nos termos regimentais que seja incluída na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 555, de 2006................................................ Nº 2412/2011 – Do Sr. Chico Alencar – Requer, nos termos regimentais que seja incluída na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 210, de 2007................................................ Nº 2413/2011 – Da Srª. Carmen Zanotto – Requer inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 7376, de 2010, do Poder Executivo, que dispõe sobre a “Criação da Comissão Nacional da Verdade, no âmbito da Casa Civil da Presidência da República”.......................................................... Nº 2414/2011 – Do Sr. Jorge Pinheiro – Requer o desapensamento do Projeto de Lei nº 1.284, de 2011 ao Projeto de Lei nº 1.456, de 2007......... Nº 2415/2011 – Do Sr. Laercio Oliveira – Solicita a inclusão na Pauta do Plenário..................... Nº 2416/2011 – Do Sr. Laercio Oliveira – Solicita a inclusão na Pauta do Plenário..................... Nº 2417/2011 – Do Sr. Laercio Oliveira – Solicita a inclusão na Pauta do Plenário..................... Nº 2418/2011 – Do Sr. Laercio Oliveira – Solicita a inclusão na Pauta do Plenário..................... Nº 2419/2011 – Do Sr. Laercio Oliveira – Solicita a inclusão na Pauta do Plenário..................... VI – Ordem do Dia PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eleição da membros da Câmara dos Deputados na Comissão Representativa do Congresso Nacional durante o recesso parlamentar do mês de julho de 2011...... Leitura dos nomes dos indicados pelos partidos políticos.......................................................... Eleição dos membros da Comissão Representativa do Congresso Nacional por aclamação... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 529, de 2011, que altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do microempreendedor individual................................ PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Votação do Recurso nº 32, de 2011, de autoria do Deputado Otavio Leite, contra a indeferimento liminar da Emenda nº 7, apresentada à Medida Provisória nº 529, de 2011........................................................... OTAVIO LEITE (PSDB, RJ – Pela ordem) – Retirada do recurso................................................ PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Votação do Recurso nº 33, de 2011, de autoria do Deputado Otavio Leite, contra o indeferimento liminar da Emenda nº 8 apresentada à Medida Provisória nº 529, de 2011........................................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado OTAVIO LEITE (PSDB, RJ)..... 35558 35558 35558 35558 35558 35559 35559 35559 35560 35560 35563 35564 35564 35564 35565 35565 35565 35566 Julho de 2011 PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aprovação do recurso............................................................... Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados AMAURI TEIXEIRA (PT, BA), OTAVIO LEITE (PSDB, RJ)............................................................. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Votação do Recurso nº 60, de 2011, de autoria do Deputado Izalci, contra o indeferimento liminar da Emenda nº 9 apresentada à Medida Provisória nº 529, de 2011.... MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Informação à Presidência sobre o acatamento da emenda pelo Relator da matéria............................ Usaram da palavra para orientação da respectiva bancada os Srs. Deputados RONALDO ZULKE (PT, RS), AMAURI TEIXEIRA (PT, BA)................... Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados RODRIGO MAIA (DEM, RJ), ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM, SC)............................... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Rejeição do recurso............................................................... RODRIGO MAIA (DEM, RJ) – Pedido de verificação.......................................................... JORGE BOEIRA (PT, SC) – Pedido de verificação conjunta...................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT, BA), MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ)................................................................ SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT, BA) – Questão de ordem sobre a condição de Vice-Líder de Deputado para o pedido anterior de verificação de votação.............................................................. Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados ROBERTO BRITTO (PP, BA), RODRIGO MAIA (DEM, RJ), SIBÁ MACHADO (PT, AC)......... RODRIGO MAIA (DEM, RJ – Pela ordem) – Retirada do pedido de verificação.......................... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aprovação do recurso............................................................... Deferimento da emenda................................ Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), RODRIGO MAIA (DEM, RJ)..................................................... JORGE BOEIRA (PT, SC – Pela ordem) – Retirada do pedido de verificação.......................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado TIRIRICA (Bloco/PR, SP)... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Informação ao Deputado Tiririca sobre a inoportunidade de orientação da respectiva bancada.......................... Usou da palavra para proferir parecer à medida provisória e às emendas apresentadas, pela Comissão Mista, o Sr. Deputado ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT, CE), concluindo por projeto de lei de conversão............................................. 35566 35566 35567 35567 35568 35568 35568 35568 35568 35568 35568 35568 35568 35569 35569 35569 35569 35569 35569 35569 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS OTAVIO LEITE (PSDB, RJ – Pela ordem) – Solicitação ao Relator da matéria, Deputado André Figueiredo, de informações sobre a incorporação da Emenda nº 8 e do Projeto de Lei nº 648, de 2011, ao parecer............................................................... Usou da palavra o Sr. Deputado ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT, CE), Relator da matéria, para esclarecimento de dúvidas do Deputado Otavio Leite. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM, BA) – Aplausos do Relator André Figueiredo pela qualidade do parecer oferecido à matéria. Elogio ao Deputado Romário pela atuação em defesa dos portadores de deficiência................................. ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS, SP – Pela ordem) – Elogio ao Relator André Figueiredo pelo parecer oferecido à matéria. Apelo ao Relator de retirada dos §§ 10 e 11 do art. 29 acerca de redefinição do valor do auxílio-doença, constantes no parecer.................................................................... ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP – Pela ordem) – Conveniência de reexame, pelo Relator da matéria, de dispositivo do parecer acerca da redução do valor do auxílio-doença................... JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE – Pela ordem) – Elogio ao Relator André Figueiredo pelo parecer oferecido à matéria. Contribuição dos Deputados Antonio Carlos Magalhães Neto e Duarte Nogueira para a votação das Medidas Provisórias de nºs 528 e 529, de 2011........................................................ DELEY (PSC, RJ – Pela ordem) – Apelo ao Relator de reexame do dispositivo do parecer acerca da redução do valor do auxílio-doença.............. EDUARDO BARBOSA (PSDB, MG – Pela ordem) – Elogio ao Relator André Figueiredo pela incorporação ao parecer de dispositivos em benefício dos portadores de deficiência. Sanção presidencial do projeto de lei a respeito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Sugestão ao Relator para retirada da expressão “em razão do ingresso no mercado de trabalho”, constante do projeto de lei de conversão...................................................... JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de suspensão da sessão por 5 minutos, com vistas à celebração de acordo entre Líderes partidários e o Relator da matéria.... CLAUDIO CAJADO (DEM, BA) – Caráter arbitrário da prisão do Vereador Valmir Figueiredo, do Município de Santo Amaro da Purificação, Estado da Bahia, em face de denúncias apresentadas contra a gestão municipal. Matéria a respeito do assunto publicada pelo jornal Correio do Brasil................... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Suspensão da sessão por 10 minutos....................................... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Reabertura dos trabalhos.......................................................... ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS, SP – Pela ordem) – Desconhecimento, pela Casa, da exone- 35605 35605 35605 35605 35606 35606 35606 35607 35607 35607 35607 35609 Quinta-feira 7 35269 ração do Ministro dos Transportes. Existência de anterior pedido do PPS nesse sentido................... SILVIO COSTA (Bloco/PTB, PE) – Razões do discurso proferido pelo Líder do PPS acerca da exoneração do Ministro dos Transportes................ Usou da palavra o Sr. Deputado ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT, CE), Relator da matéria, para reformulação do parecer......................................... DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP – Pela ordem) – Aperfeiçoamento do parecer do Relator da matéria. Necessidade de discussão da reforma previdenciária..................................... ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS, SP – Pela ordem) – Retirada de requerimento de destaque para votação em separado dos §§ 10 e 11 do art. 29, constante no parecer oferecido à matéria........ ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP – Pela ordem) – Retirada de requerimento de destaque para votação em separado do dispositivo acerca do valor do auxílio‑doença, constante no parecer apresentado à matéria............................................ CHICO ALENCAR (PSOL, RJ) – Questões de ordem sobre o cumprimento do art. 12 do Regimento Interno com relação à estrutura de Lideranças partidárias e sobre a decisão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania de designação de membro da Comissão, participante no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, para Relator de recurso apresentado pela Deputada Jaqueline Roriz contra decisão do órgão......................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Recebimento das questões de ordem do Deputado Chico Alencar, para posterior decisão..................................... MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ) – Questão de ordem sobre a existência na Casa de Comissão Especial destinada ao exame de proposta acerca das operadoras de planos de saúde...................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Resposta ao Deputado Miro Teixeira........................................... DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP – Como Líder) – Afastamento do Ministro dos Transportes e de outros servidores do órgão. Continuidade das investigações e punição dos responsáveis por atos de corrupção supostamente ocorridos no âmbito da Pasta............................................. ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS, SP – Pela ordem) – Conveniência de concessão da palavra ao Líder do PR para esclarecimento de fatos ocorridos no Ministério dos Transportes........................ PRESIDENTE (Marco Maia) – Resposta ao Deputado Roberto Freire........................................ ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM, BA – Como Líder) – Substituição de Ministros de Estado no Governo Dilma Rousseff. Conivência da Presidenta da República com irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes. Falta de co- 35609 35609 35610 35610 35610 35611 35611 35611 35612 35612 35612 35613 35614 35270 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mando do Governo Federal. Balanço negativo dos 6 meses do Governo Dilma Rousseff..................... MENDONÇA FILHO (DEM, PE) – Questão de ordem sobre a votação do requerimento de moção de repúdio à decisão do Governo boliviano de regularização de veículos supostamente roubados, notadamente do Brasil............................................ ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR, RJ – Como Líder) – Equívoco do discurso do Líder do PSDB a respeito da demissão do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Repúdio aos pronunciamentos dos Deputados Duarte Nogueira e Antonio Carlos Magalhães Neto contra o PR...................... PAULO ABI-ACKEL (PSDB, MG – Como Líder) – Perplexidade ante o discurso do Líder do PR a respeito da demissão do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Balanço negativo dos 6 meses do Governo Dilma Rousseff.................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Prorrogação da sessão por 1 hora.............................................. PAULO TEIXEIRA (PT, SP – Como Líder) – Repúdio à postura da Oposição com relação ao Governo Federal. Acerto na exoneração do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Adoção, pelo Governo Dilma Rousseff, de providências para a apuração de denúncias de irregularidades no âmbito da Pasta........................................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado MENDES RIBEIRO FILHO (PMDB, RS)............................................................ PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM) – Questão de ordem sobre manobra política na Casa contra a instalação de CPI destinada à investigação de fraudes na apuração e cobrança de infrações de trânsito.................................................................... ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS, SP – Pela ordem) – Cobrança de esclarecimento à Casa sobre a exoneração do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento............................................................. JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE – Como Líder) – Elogio à Presidenta Dilma Rousseff pela aceitação do pedido de demissão do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Continuidade da participação do PR na base governista. Balanço positivo dos 6 meses do Governo Dilma Rousseff. Agradecimento aos Líderes partidários pela aprovação das medidas provisórias sobre a correção da tabela do Imposto de Renda e sobre a redução da contribuição previdenciária do empreendedor individual................. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR, MG – Pela ordem) – Usurpação do direito à presunção da inocência do ex-Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Integridade e competência da Presidenta Dilma Rousseff............................................. ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS, SP – Pela ordem) – Solicitação ao Ministério Público e à Polícia Federal, pelo PPS, de investigação das denún- 35614 35614 35615 35615 35616 35616 35617 35617 35618 35618 35620 Julho de 2011 cias de irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes............................................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Consulta aos Líderes partidários sobre a possibilidade de retirada de inscrições para a discussão da medida provisória..... PRESIDENTE (Marco Maia) – Encerramento da discussão........................................................... Votação e aprovação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária................................ Votação e aprovação do parecer do Relator quanto ao não atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária.................... Votação e aprovação do projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques...................................... IZALCI (Bloco/PR, DF – Pela ordem) – Retirada de requerimento de destaque......................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Votação e aprovação da redação final. .......................................... Encaminhamento da matéria ao Senado Federal, incluindo o processado................................. ROMÁRIO (Bloco/PSB, RJ – Pela ordem) – Agradecimento ao Relator, Deputado André Figueiredo, aos Líderes partidários, a Parlamentares da Casa, a Ministérios e à Casa Civil da Presidência da República pela aprovação de emenda oferecida à Medida Provisória nº 529, de 2011, em benefício das pessoas portadoras de deficiência.................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Informação ao Plenário sobre a votação de requerimento apresentado pelo Deputado Mendonça Filho...................... ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP – Pela ordem) – Elogio ao Deputado André Figueiredo pelo parecer apresentado à matéria. Congratulações à Liderança do Governo pela aprovação da matéria......................................... HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB, RN – Pela ordem) – Importância da aprovação pela Casa da Medida Provisória nº 529, de 2011. Congratulações ao Relator da matéria, Deputado André Figueiredo. Elogio ao Deputado Romário pela atuação parlamentar............................................... DOMINGOS SÁVIO (PSDB, MG – Pela ordem) – Congratulações aos Deputados André Figueiredo, Romário e Eduardo Barbosa pela aprovação de emenda em benefício das pessoas com deficiência. Necessidade de realização da reforma previdenciária......................................................... ROSINHA DA ADEFAL (Bloco/PTdoB, AL – Pela ordem) – Congratulações ao Relator da medida provisória, ao Deputado Romário e aos membros da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoas com Deficiência pela aprovação de matéria em benefício desse segmento..................................................... 35620 35620 35621 35621 35621 35629 35629 35629 35631 35631 35632 35632 35632 35632 35633 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS LUCI CHOINACKI (PT, SC – Pela ordem) – Regozijo com a aprovação da medida provisória... JÚLIO DELGADO (Bloco/PSB, MG – Pela ordem) – Congratulações ao Relator da matéria, Deputado André Figueiredo, pelo acolhimento de emenda do Deputado Romário em benefício das pessoas com deficiência......................................... RUBENS BUENO (Bloco/PPS, PR – Pela ordem) – Agradecimento ao Relator da matéria, Deputado André Figueiredo, pela retirada do parecer de dispositivos acerca da redução do valor do auxílio-doença. Luta do Deputado Romário a favor das pessoas com deficiência.................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Consulta aos Líderes partidários sobre a existência de acordo para a votação de requerimento de moção de repúdio.. Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado CHICO ALENCAR (PSOL, RJ)............................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Votação de requerimento de moção de repúdio à decisão do governo boliviano de legalização de veículos contrabandeados................................................ Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado MENDONÇA FILHO (DEM, PE)....................................................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado AMAURI TEIXEIRA (PT, BA).................................................................. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP) – Questão de ordem sobre o encerramento da sessão.. PRESIDENTE (Marco Maia) – Resposta ao Deputado Arnaldo Faria de Sá............................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB, BA), IZALCI (Bloco/PR, DF), ANTONIO IMBASSAHY (PSDB, BA), HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB, RN), MANDETTA (DEM, MS), SIMÃO SESSIM (PP, RJ), MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), DR. ALUIZIO (Bloco/PV, RJ), HUGO LEAL (PSC, RJ), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PSDB, SP), JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE)................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Rejeição do requerimento de moção de repúdio........................ PAULO TEIXEIRA (PT, SP – Pela ordem) – Elogio ao Deputado Romário pelo empenho na aprovação de matéria de interesse da sociedade brasileira. ............................................................... VII – Encerramento 2 – DESPACHOS DO PRESIDENTE EM PROPOSIÇÕES PL nº 1506/2011, PDC nº 314/2011, PDC nº 315/2011, PDC nº 316/2011, PDC nº 317/2011, PDC nº 318/2011, PDC nº 319/2011, PDC nº 320/2011, INC nº 808/2011, INC nº nº 809/2011, INC nº 810/2011, INC nº 812/2011, INC nº 813/2011, INC nº 814/2011, PFC nº 27/2011, REC 59/2011, 35633 35633 Quinta-feira 7 35271 REQ nº 2225/2011, REQ nº 2299/2011, REQ nº 2310/2011............................................................... 3 – DECISÃO DA PRESIDÊNCIA – Justificativa de faltas dos Senhores Deputados....................................................................... 4 – PARECERES- Projetos de Lei nºs 7.090C/06, 2.230-B/07, 2.830-B/08, 4.702-C/09, 4.707C/09 e 4.713-B/09................................................... 35657 35660 35660 COMISSÕES 35634 35634 35634 35635 35635 35635 35635 35635 35635 35637 5 – ATAS Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, 23ª Reunião (Ordinária), em 29-6-11................................................................... Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, 37ª Reunião (Ordinária), em 5-7-11......... Comissão de Finanças e Tributação, 16ª Reunião (Ordinária), em 29-6-11, 17ª Reunião (Audiência Pública), em 5-7-11 .......................................... Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, 17ª Reunião (Extraordinária Audiência Pública), em 28-6-11 e 18ª Reunião (Ordinária), em 29-6-11................................................................... Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, 25ª Reunião (Audiência Pública), em 28-6-11, 26ª Reunião (Ordinária), em 29-6-11 e 27ª Reunião (Audiência Pública), em 30-6-11..... Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, 24ª Reunião (Ordinária), em 29-6-11................................................................... Comissão de Turismo e Desporto, 22ª Reunião (Ordinária), em 29-6-11, 23ª Reunião (Audiência Pública), em 29-6-11.............................................. 6 – DESIGNAÇÕES a) Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em 6-7-11. b) Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em 30-6-11. c) Comissão de Finanças e Tributação, em 6-7-11 d) Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, em 6-7-11. 35669 35673 35676 35683 35688 35691 35694 SEÇÃO II 35637 7 – ATOS DO PRESIDENTE Tornar sem Efeito Nomeação: Roberto Viana Sellitti................................................................. Exonerar: Anna Carolina de Oliveira Marmitt. Nomear: Igo Ferreira de Freitas, Sabrina Simões Reis, Sarah Cardoso Aben-athar.................. 8 – MESA 9 – LÍDERES E VICE-LÍDERES 10 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO 11 – COMISSÕES 35697 35697 35272 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 SEÇÃO I Ata da 177ª Sessão, 6 de julho de 2011 Presidência dos Srs.: Marco Maia, Presidente. Rose de Freitas, 1ª Vice-Presidente. Jorge Tadeu Mudalen, 2º Secretário. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário. ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.: Marco Maia Rose de Freitas Jorge Tadeu Mudalen Inocêncio Oliveira Júlio Delgado Carlos Eduardo Cadoca Sérgio Moraes Partido Bloco RORAIMA Berinho Bantim PSDB Edio Lopes PMDB Jhonatan de Jesus PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Luciano Castro PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Roraima: 4 AMAPÁ Dalva Figueiredo PT Luiz Carlos PSDB Total de Amapá: 2 PARÁ Beto Faro PT Cláudio Puty PT Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdob Lira Maia DEM Lúcio Vale PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Total de Pará: 7 AMAZONAS Átila Lins PMDB Carlos Souza PP Henrique Oliveira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Total de Amazonas: 5 RONDÔNIA Mauro Nazif PSB PsbPtbPcdob Nilton Capixaba PTB PsbPtbPcdob Padre Ton PT Total de Rondônia: 3 ACRE Flaviano Melo PMDB Sibá Machado PT Total de Acre: 2 TOCANTINS Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPps Irajá Abreu DEM Total de Tocantins: 3 MARANHÃO Alberto Filho PMDB Cleber Verde PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Costa Ferreira PSC Davi Alves Silva Júnior PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Domingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB Hélio Santos PSDB Lourival Mendes PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Pinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdob Sarney Filho PV PvPps Waldir Maranhão PP Zé Vieira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Maranhão: 14 CEARÁ André Figueiredo PDT Aníbal Gomes PMDB Arnon Bezerra PTB PsbPtbPcdob Chico Lopes PCdoB PsbPtbPcdob Danilo Forte PMDB Genecias Noronha PMDB Gorete Pereira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl João Ananias PCdoB PsbPtbPcdob José Airton PT José Guimarães PT José Linhares PP Manoel Salviano PSDB Mauro Benevides PMDB Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Raimundo Gomes de Matos PSDB Total de Ceará: 14 PIAUÍ Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Jesus Rodrigues PT Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB Marllos Sampaio PMDB Nazareno Fonteles PT Paes Landim PTB PsbPtbPcdob Total de Piauí: 8 RIO GRANDE DO NORTE Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Paulo Wagner PV PvPps Rogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdob Total de Rio Grande do Norte: 5 PARAÍBA Benjamin Maranhão PMDB Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Hugo Motta PMDB Luiz Couto PT Nilda Gondim PMDB Romero Rodrigues PSDB Ruy Carneiro PSDB Wilson Filho PMDB Total de Paraíba: 9 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPtbPcdob Fernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdob Fernando Ferro PT João Paulo Lima PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdob José Augusto Maia PTB PsbPtbPcdob José Chaves PTB PsbPtbPcdob Mendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB PsbPtbPcdob Pedro Eugênio PT Raul Henry PMDB Silvio Costa PTB PsbPtbPcdob Wolney Queiroz PDT Total de Pernambuco: 13 ALAGOAS Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdob Givaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdob Quinta-feira 7 35273 Joaquim Beltrão PMDB Maurício Quintella Lessa PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Rosinha da Adefal PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Rui Palmeira PSDB Total de Alagoas: 7 SERGIPE Almeida Lima PMDB Andre Moura PSC Laercio Oliveira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Márcio Macêdo PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdob Total de Sergipe: 5 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPtbPcdob Amauri Teixeira PT Antonio Brito PTB PsbPtbPcdob Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Arthur Oliveira Maia PMDB Claudio Cajado DEM Edson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdob Erivelton Santana PSC Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT Fernando Torres DEM Geraldo Simões PT João Carlos Bacelar PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Joseph Bandeira PT Josias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Lucio Vieira Lima PMDB Luiz Alberto PT Marcos Medrado PDT Maurício Trindade PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Nelson Pellegrino PT Oziel Oliveira PDT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Rui Costa PT Sérgio Barradas Carneiro PT Valmir Assunção PT Total de Bahia: 28 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT Aelton Freitas PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Antônio Andrade PMDB Antônio Roberto PV PvPps Bernardo Santana de Vasconcellos PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Carlaile Pedrosa PSDB Diego Andrade PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl 35274 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Eros Biondini PTB PsbPtbPcdob Gabriel Guimarães PT Geraldo Thadeu PPS PvPps Gilmar Machado PT Jairo Ataide DEM João Bittar DEM José Humberto PHS PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB Lincoln Portela PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Luis Tibé PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Márcio Reinaldo Moreira PP Marcus Pestana PSDB Mário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB Padre João PT Paulo Piau PMDB Reginaldo Lopes PT Renzo Braz PP Saraiva Felipe PMDB Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Walter Tosta PMN Weliton Prado PT Zé Silva PDT Total de Minas Gerais: 33 ESPÍRITO SANTO Lelo Coimbra PMDB Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdob Sueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo: 3 RIO DE JANEIRO Adrian PMDB Alfredo Sirkis PV PvPps Andreia Zito PSDB Arolde de Oliveira DEM Aureo PRTB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Chico Alencar PSOL Chico D`Angelo PT Cristiano PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Dr. Aluizio PV PvPps Dr. Carlos Alberto PMN Dr. Paulo César PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Eliane Rolim PT Fernando Jordão PMDB Hugo Leal PSC Jair Bolsonaro PP Jean Wyllys PSOL Liliam Sá PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Marcelo Matos PDT Neilton Mulim PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Nelson Bornier PMDB Otavio Leite PSDB Julho de 2011 Simão Sessim PP Walney Rocha PTB PsbPtbPcdob Total de Rio de Janeiro: 23 SÃO PAULO Alberto Mourão PSDB Alexandre Leite DEM Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdob Arnaldo Jardim PPS PvPps Bruna Furlan PSDB Carlinhos Almeida PT Carlos Roberto PSDB Carlos Zarattini PT Delegado Protógenes PCdoB PsbPtbPcdob Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS PvPps Dr. Ubiali PSB PsbPtbPcdob Edinho Araújo PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdob Jilmar Tatto PT João Dado PDT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdob José Mentor PT Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdob Missionário José Olimpio PP Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdob Newton Lima PT Otoniel Lima PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Paulo Freire PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Paulo Pereira da Silva PDT Paulo Teixeira PT Penna PV PvPps Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto de Lucena PV PvPps Roberto Freire PPS PvPps Tiririca PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Vanderlei Macris PSDB Vaz de Lima PSDB Vicente Candido PT William Dib PSDB Total de São Paulo: 38 MATO GROSSO Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Júlio Campos DEM Neri Geller PP Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Roberto Dorner PP Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdob Total de Mato Grosso: 7 DISTRITO FEDERAL Augusto Carvalho PPS PvPps Erika Kokay PT Izalci PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Jaqueline Roriz PMN Ricardo Quirino PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Ronaldo Fonseca PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Distrito Federal: 6 GOIÁS Flávia Morais PDT Íris de Araújo PMDB João Campos PSDB Jorge Pinheiro PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Leandro Vilela PMDB Pedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado DEM Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Valdivino de Oliveira PSDB Total de Goiás: 11 MATO GROSSO DO SUL Antônio Carlos Biffi PT Fabio Trad PMDB Giroto PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Marçal Filho PMDB Vander Loubet PT Total de Mato Grosso do Sul: 5 PARANÁ Alfredo Kaefer PSDB André Vargas PT André Zacharow PMDB Assis do Couto PT Dilceu Sperafico PP Eduardo Sciarra DEM Fernando Francischini PSDB João Arruda PMDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdob Luiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Osmar Serraglio PMDB Reinhold Stephanes PMDB Rosane Ferreira PV PvPps Quinta-feira 7 35275 Sandro Alex PPS PvPps Takayama PSC Zeca Dirceu PT Total de Paraná: 19 SANTA CATARINA Carmen Zanotto PPS PvPps Edinho Bez PMDB Esperidião Amin PP Gean Loureiro PMDB Jorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Mauro Mariani PMDB Pedro Uczai PT Ronaldo Benedet PMDB Valdir Colatto PMDB Zonta PP Total de Santa Catarina: 11 RIO GRANDE DO SUL Afonso Hamm PP Giovani Cherini PDT Henrique Fontana PT José Otávio Germano PP José Stédile PSB PsbPtbPcdob Luis Carlos Heinze PP Marcon PT Mendes Ribeiro Filho PMDB Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdob Ronaldo Zulke PT Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul: 16 I – ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 308 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior. II – LEITURA DA ATA O SR. MARÇAL FILHO, servindo como 2º Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Passa-se à leitura do expediente. O SR. MARÇAL FILHO, servindo como 1º Secretário, procede à leitura do seguinte III – EXPEDIENTE 35276 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35277 35278 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35279 35280 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35281 35282 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35283 35284 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35285 35286 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35287 35288 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35289 35290 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35291 35292 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35293 35294 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35295 35296 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35297 35298 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35299 35300 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35301 35302 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35303 35304 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Of.1059 /2011/SGM/P Brasília, 6 de julho de 2011 A Sua Excelência o Senhor Deputado JOSÉ STÉDILE Anexo IV – Gabinete nº 354 Nesta Assunto: Devolução de Proposição Senhor Deputado, Reporto-me ao Projeto de Lei nº 1.506, de 2011, de sua autoria, que “Aumenta o rol de deveres e obrigações dos servidores públicos e parlamentares no exercício de suas funções”. 2. Informo a Vossa Excelência que não será possível dar seguimento à proposição em apreço, em virtude de conter matéria cuja iniciativa é privativa do Presidente da República, consoante o disposto no art. 61, § 1º, inciso II, alínea “c”, da Constituição Federal. 3. Nesse sentido, encaminho-lhe em devolução o referido projeto, nos termos do artigo 137, § 1º, inciso II, alínea “b”, do Regimento Interno, sugerindo-lhe a forma de Indicação. Atenciosamente, – Marco Maia, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 1.506, DE 2011 (Do Sr. José Stédile) Aumenta o rol de deveres e obrigações dos servidores públicos e parlamentares no exercício de suas funções. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 117 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, renumerando o seu atual parágrafo único para § 1º: “Art. 117. Ao servidor é proibido: ................................................................. § 2º Sem prejuízo do disposto no inciso X deste artigo, ao servidor ocupante de cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores níveis 4 (DAS4), 5 (DAS-5) e 6 (DAS-6) ou funções gratificadas a eles equivalentes, bem como aos ocupantes de cargos de Natureza Especial ou equivalentes, em quaisquer dos Poderes da União, fica proibida a atividade de consultoria ou equivalente, por si ou por interposta pessoa.” Quinta-feira 7 35305 Art. 2º O art. 13 da Lei nº 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 7º: “Art. 13. ................................................. .................................................................. § 7º Quando a posse se referir aos servidores ocupantes dos cargos especificados no § 2º do art. 117 desta Lei, o termo de que trata o caput deste artigo deverá fazer circunstanciada menção à proibição nele constante para expressa ciência do servidor.” Art. 3º O art. 25 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, renumerando o atual parágrafo único para § 1º: “Art. 25. ................................................. ................................................................ § 2º Aplica-se aos Ministros qualificados neste artigo o disposto no § 2º do art. 117 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.” Art. 4º A proibição do exercício de consultoria por Ministros de Estado estabelecida nesta Lei aplica-se aos Deputados Federais e Senadores da República, constituindo seu exercício ato incompatível com o decoro parlamentar, conforme art. 55, II da Constituição Federal. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Max Weber foi um intelectual, jurista e economista alemão que, dentre outras notáveis contribuições ao pensamento universal, abordou pela primeira vez o tema da burocratização do estado. Mas Weber estudou tal problemática, não no sentido pejorativo que damos hoje à expressão, mas em seu sentido de “departamentalização”: defendia Weber que o estado precisa se dividir em vários departamentos (que, mais modernamente, chamamos de “órgãos públicos”), cada qual com uma função específica. Assim, ao invés do Estado funcionar em bloco, monoliticamente, talvez o melhor fosse dividi-lo em setores, cada qual com uma função específica, tudo para que a função maior do Estado – que é o bem comum do seu Povo – pudesse ser melhor e mais rapidamente conseguida. Weber foi, pois, defensor da “boa burocracia”, aquela oriunda da divisão do Estado em vários setores com funções e atribuições específicas; como a tese weberiana é indissociável da variável “função” (públi- 35306 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ca), podemos muito bem dizer que tal tese representa a funcionalização do Estado para melhor desenvolver as suas atividades. Infelizmente, tal “funcionalização” ou, como corriqueiramente é conhecida, tal “burocratização”, tem se mostrado como palco indelével para práticas menores por altos funcionários públicos, sobretudo, do Poder Executivo, que usam os escaninhos do poder para se beneficiar, ao arrepio da legislação já existente. Inclusive, caso notório recentemente ocorrido nas hostes da Presidência da República não deixam quaisquer dúvidas sobre o quanto dito. Por isso, cremos salutar o endurecimento do Estado frente a tais práticas nefastas. E o fazemos, inicialmente, reconhecendo que a presente medida, na verdade, soaria inócua ante o portfólio normativo de que já dispomos. Entrementes, se isto é verdade, não é menos verdade que no nosso País, por vezes, temos que repetir o mais do mesmo, não no sentido de inovarmos, mas no sentido de estarmos chamarmos a atenção para a necessidade de cumprimento da lei, pois, no Estado de Direito, é precisamente o cumprimento da lei a chave da liberdade. Ao depois, o fazemos reconhecendo que o problema não está nos servidores públicos federais das esferas inferiores. Para estes, sem poderio econômico ou político, o inciso X do art. 117 da Lei nº 8.112/1990 e, de resto, as demais obrigações, deveres e proibições, já surtem o necessários efeito, ressalvados, obviamente, aqueles servidores que ousam desafiar a lei e o Estado. Mas, mesmo para estes, aquele mencionado dispositivo já é suficiente. Finalmente, o fazemos também reconhecendo que o problema não está somente nos servidores federais do Poder Executivo; grassa, da mesma forma, com os servidores federais, embora em menor grau, dos Poderes Legislativo e Judiciário. Portanto, se temos que combater o problema, que o façamos transversalmente, horizontalmente, pegando todos os servidores dos três Poderes da República que, eventualmente, podem se valer dos altos cargos ocupados para práticas nefastas. Forte em tais pressupostos é que apresentamos aos nobres Pares o presente projeto. Ele estabelece que o servidor ocupante de alto cargo do Poder Executivo Federal (como tal considerado o ocupante de cargos DAS níveis 4 e superiores ou ocupantes de cargos de natureza especial), bem como cargo equivalente nos outros dois Poderes Julho de 2011 (Legislativo e Judiciário), não podem exercer atividade de consultoria de qualquer natureza. Isso porque miríade de fatos que pululam todos os dias na imprensa dão conta de que a simples proibição constante do inciso X do art. 117 da lei nº 8.112/1990 e demais disposições normativas, legais ou meramente administrativas, não está sendo suficiente para coibir práticas deletérias que queremos abolidas de nosso País. Para os demais servidores públicos, cremos ser suficiente a proibição constante daquele inciso X. Temos que atingir, agora, é o alto servidor público, seja ele do Poder Executivo, Judiciário ou Legislativo. Esse seria, então, o objetivo da introdução do § 2º ao art. 117 da Lei nº 8.112/1990: atingir o alto servidor público, sobretudo, mas não unicamente, aquele do Poder Executivo. E, para que este servidor diga que desconhecia a proibição de exercer atividade de consultoria, inclusive por interposta pessoa, fazemos constar do seu termo de posse expressa referência à proibição da qual terá que dar ciência. Esse é o objetivo da introdução do § 7º ao art. 13 da mesma Lei. Finalmente, introduzimos, igualmente, dispositivo na Lei nº 10.683/2003 de maneira a atingir os Ministros de Estado, que devem, no âmbito dos respectivos órgãos e servidores sobre os quais têm ascendência, de servir como o Deus Hélios na entrada do Porto da Cidade grega de Rodes para as embarcações, de farol a iluminar as práticas dos demais servidores. A Eles, aos Ministros, estendemos as disposições do § 2º do art. 117 e, por via de consequência, as determinações do § 7º do art. 13, todos da Lei nº 8.112/1990. À vista do exposto, esperamos o apoio dos nobres pares ao presente projeto e, portanto, a sua aprovação. Sala das Sessões, 2-6-11. – Deputado José Stédile, PSB-RS. Devolva-se a proposição, por contrariar o disposto no artigo 61, § 1º, inciso II, alínea “c”, da Constituição Federal (art. 137, § 1º, inciso II, alínea “b”, do RICD). Oficie-se ao Autor, sugerindo-lhe a forma de Indicação. Publique-se. Em 6-7-11. – Marco Maia, Presidente. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35307 35308 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35309 35310 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35311 35312 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35313 35314 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35315 35316 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35317 35318 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35319 35320 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35321 35322 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35323 35324 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Of. Pres. nº 224/11-CFT Brasília, 29 de junho de 2011 A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 4.702-B/09. Pelo exposto, solicito autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Puty, Presidente. Publique-se Em 6-7-11. – Marco Maia, Presidente. COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Of. Pres. nº 225/11-CFT Brasília, 29 de junho de 2011 A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 7.090-B/06. Pelo exposto, solicito autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Puty, Presidente. Publique-se Em 6-7-11. – Marco Maia, Presidente. COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Of. Pres. nº 226/11-CFT Brasília, 29 de junho de 2011 A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por Quinta-feira 7 35325 este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 4.707-B/09. Pelo exposto, solicito autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Puty, Presidente. Publique-se Em 6-7-11. – Marco Maia, Presidente. COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Of. Pres. nº 227/11-CFT Brasília, 29 de junho de 2011 A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 4.713-A/09. Pelo exposto, solicito autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Puty, Presidente. Publique-se Em 6-7-11. – Marco Maia, Presidente. COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Of. Pres. nº 230/11-CFT Brasília, 29 de junho de 2011. A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 2.830-A/08. Pelo exposto, solicito autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Puty, Presidente. Publique-se Em 6-7-11. – Marco Maia, Presidente. 35326 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Of. Pres. nº 232/11-CFT Brasília, 29 de junho de 2011 A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 2.230-A/07. Pelo exposto, solicito autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Cláudio Puty, Presidente. Publique-se Em 6-7-11. – Marco Maia, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 3.582-B, DE 2008 (Da Sra. Rebecca Garcia) Ofício (SF) nº 1.128/2011 SUBSTITUTIVO DO SENADO FEDERAL AO PROJETO DE LEI Nº 3.582-A, DE 2008, que “institui a Política de Educação para o Consumo Sustentável”. AUTÓGRAFOS DO PROJETO DE LEI Nº 3582-A/08, APROVADO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS EM 6-10-09. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituída a Política de Educação para o Consumo Sustentável, com o objetivo de estimular a adoção de práticas de consumo e de técnicas de produção ecologicamente sustentáveis. Parágrafo único. Entende-se por consumo sustentável o uso dos recursos naturais de forma a proporcionar qualidade de vida para a geração presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Art. 2º São objetivos da Política de Educação para o Consumo Sustentável: I – incentivar mudanças de atitude dos consumidores na escolha de produtos que sejam produzidos com base em processos ecologicamente sustentáveis; II – estimular a redução do consumo de água, energia e de outros recursos naturais, renováveis e não renováveis, no âmbito residencial e das atividades de produção, de comércio e de serviços; III – promover a redução do acúmulo de resíduos sólidos, pelo retorno pós-consumo de embalagens, Julho de 2011 pilhas, baterias, pneus, lâmpadas e outros produtos considerados perigosos ou de difícil decomposição; IV – estimular a reutilização e a reciclagem dos produtos e embalagens; V – estimular as empresas a incorporarem as dimensões social, cultural e ambiental no processo de produção e gestão; VI – promover ampla divulgação do ciclo de vida dos produtos, de técnicas adequadas de manejo dos recursos naturais e de produção e gestão empresarial; VII – fomentar o uso de recursos naturais com base em técnicas e formas de manejo ecologicamente sustentáveis; VIII – zelar pelo direito à informação e pelo fomento à rotulagem ambiental; IX – incentivar a certificação ambiental. Art. 3º Para atender aos objetivos da Política a que se refere o art. 1º, incumbe ao poder público, em âmbito federal, estadual e municipal: I – promover campanhas em prol do consumo sustentável, em espaço nobre dos meios de comunicação de massa; II – capacitar os profissionais da área de educação para inclusão do consumo sustentável nos programas de educação ambiental do ensino médio e fundamental. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. SUBSTITUTIVO DO SENADO FEDERAL Substitutivo do Senado Federal ao Projeto de Lei da Câmara nº 270, de 2009 (nº 3.582, de 2008, na Casa de origem), que institui a Política de Educação para o Consumo Sustentável. Dê-se ao Projeto a seguinte redação: Altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que “dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências”, e a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que “dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências”, para incluir o conceito de consumo sustentável. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O inciso X do art. 2º e o inciso I do art. 4º da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2º ...................................................... ................................................................. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS X – educação ambiental em todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente, inclusive mediante a adoção de padrões sustentáveis de consumo.” (NR) “Art. 4º ...................................................... I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social e dos padrões de consumo com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; .........................................................” (NR) Art. 2º O art. 1º, o inciso I do art. 3º, o inciso IV do art. 5º e o inciso II do § 2º do art. 8º da Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, e para a adoção de padrões de consumo compatíveis com o desenvolvimento sustentável.” (NR) “Art. 3º ...................................................... I – ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental e promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente e na adoção de padrões de consumo compatíveis com o desenvolvimento sustentável; ......................................................” (NR) “Art. 5º .................................................... .................................................................. IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente e na promoção de padrões sustentáveis de consumo, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; .........................................................” (NR) “Art. 8º ...................................................... .................................................................. § 2º .......................................................... .................................................................. II – a incorporação da dimensão ambiental e do consumo sustentável na formação, Quinta-feira 7 35327 especialização e atualização dos profissionais de todas as áreas; ......................................................” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, de de 2011. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 1.779, DE 2011 (Do Senado Federal) PLS nº 88/2011 Ofício nº 1.125/2011(SF) Acrescenta art. 3º-A à Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências”, para dispor sobre o prazo para início da produção e comercialização de agrotóxico após a emissão do registro. Despacho: Apense-se ao PL nº 6.299/2002. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 3º-A: “Art. 3º-A. Emitido o registro para um agrotóxico, o detentor do registro terá até 2 (dois) anos para iniciar a produção e comercialização do produto, sob pena de suspensão do registro concedido. § 1º Em até 2 (dois) anos após a suspensão do registro de um produto, o titular do registro poderá solicitar o restabelecimento do registro suspenso para iniciar a produção. § 2º Caso o titular do registro restabelecido não inicie a produção e comercialização do produto em até 2 (dois) anos após seu restabelecimento, o registro será cancelado. § 3º O titular do registro informará ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o início da produção e comercialização do produto registrado.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 35328 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Senado Federal, 6 de julho de 2011. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 1.784, DE 2011 (Do Senado Federal) PLS nº 105/08 Ofício nº 1.126/11 – SF Altera a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, para inserir o incentivo ao empreendedorismo entre as medidas de apoio às pessoas com deficiência e para atualizar a terminologia da lei relativa a essa clientela. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O inciso III do parágrafo único do art. 2º da Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, passa a vigorar acrescido da seguinte alínea: “Art. 2º ..................................................... Parágrafo único. ..................................... .................................................................. III – ............................................................ .................................................................. e) o incentivo, pelo Poder Público, de ações para promover o empreendedorismo e estabelecer linhas de crédito orientadas especificamente para pessoas com deficiência; .........................................................” (NR) Art. 2º Procedam-se às seguintes alterações redacionais na Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989: I – substituição das expressões “portadoras de”, “portadora de” ou “portadores de” pelo termo “com”: a) na ementa; b) no art. 1º: caput e § 2º; c) no art. 2º: caput; parágrafo único, inciso I, alíneas “d”, “e” e “f”; inciso II, alíneas “d” e “f”; inciso III, alíneas “b”, “c” e “d”; inciso IV, alíneas “b” e “c”; e inciso V, alínea “a”; d) no art. 3º: caput; e) no art. 8º: inciso IV; f) no art. 9º: caput e § 1º; g) no art. 10: caput e parágrafo único; h) no art. 12: incisos I, II, IV, V, VII e VIII do caput e parágrafo único; i) no art. 15; j) no art. 17; II – substituição da expressão “ao deficiente grave não internado” pela expressão “à pessoa com deficiência em estado grave não internada” no art. 2º, parágrafo único, inciso II, alínea “e”; Julho de 2011 III – substituição da expressão “da deficiência que porta” pela expressão “de sua deficiência” no art. 8º, inciso I. Parágrafo único. Para sinalizar as alterações descritas no caput, acrescentar-se-á (NR) ao final dos arts. 1º, 2º, 3º, 8º, 9º, 10, 12, 15 e 17 da Lei nº 7.853, de 1989. Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 6 de julho de 2011. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE LEI Nº 1.785, DE 2011 (Do Senado Federal) PLS nº 228/2010 Ofício nº 1.127/2011 (SF) Acrescenta inciso IX ao art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino a promoção de ambiente escolar seguro e a adoção de estratégias de prevenção e combate ao bullying. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IX: “Art. 12. ................................................... ................................................................ IX – promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e agressão recorrentes entre os integrantes da comunidade escolar, conhecidas como bullying.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 6 de julho de 2011. – Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 322, DE 2011 (Da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) Mensagem nº 920/2008 Aviso nº 1.105/2008 – C. Civil Autoriza a União a fazer a cessão de uso gratuito dos imóveis de sua propriedade abrangidos pela Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, do Estado de Rondônia. O Congresso Nacional decreta: Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 1º A União fica autorizada a fazer a cessão de uso gratuito dos imóveis de sua propriedade abrangidos pela Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, do Estado de Rondônia, com os limites estabelecidos no Decreto Estadual nº 4.584, de 28 de março de 1990 e alterados pela Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010. Art. 2º A utilização da área do imóvel cedido deverá atender ao disposto no art. 9º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 e seus regulamentos, restringindo-se exclusivamente, a: I – pesquisa científica; II – visitação pública com objetivo de educação ambiental; Parágrafo único. O Governo do Estado de Rondônia deverá concluir e implementar, no prazo de dois anos, contado da data de efetivação da cessão de que trata o art. 1º, o Plano de Manejo da Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, atendendo ao disposto na Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 e seus regulamentos. Art. 3º Para assegurar o uso exclusivo da área do imóvel cedido para a preservação do meio ambiente natural, o Governo do Estado de Rondônia deverá manter estrutura organizacional e prover recursos humanos, materiais e logísticos capazes de: I – impedir a entrada de invasores e o desenvolvimento de atividades incompatíveis com a preservação ambiental, em especial a extração de madeira, o garimpo, a caça, a pesca e outras atividades extrativistas não destinadas a estudos e pesquisas; II – coibir atividades de biopirataria, mediante o controle da coleta de espécimes da flora e da fauna e material genético no interior da área do imóvel; III – desenvolver ações emergenciais de combate a incêndios florestais no interior da área do imóvel e em seu entorno; IV – controlar a poluição e a erosão dos solos no entorno da área do imóvel, em nível e dimensões adequadas à proteção da mesma. Art. 4º A cessão do imóvel será cancelada, revertendo sua propriedade para a União, nas seguintes circunstâncias: I – permitir, o Governo do Estado de Rondônia, o desenvolvimento, na área do imóvel, de atividades incompatíveis com a finalidade para as quais foi cedido, atendendo ao disposto na Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e neste Decreto Legislativo; II – deixar, o Governo do Estado de Rondônia, de cumprir as obrigações relacionadas no art. 3º deste Decreto Legislativo; III – deixar, o Governo do Estado de Rondônia, de concluir e implementar o Plano de Manejo da Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, nos termos do parágrafo único do art. 2º. Art. 5º Fica assegurado às Forças Armadas e à Polícia Federa, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, na área da Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos: Quinta-feira 7 35329 I – a liberdade de trânsito e acesso, por via aquática, aérea ou terrestre, de militares e policiais para a realização de deslocamento, estacionamentos, patrulhamento e demais operações ou atividades indispensáveis à segurança e integridade do território nacional; II – a instalação e a manutenção de unidades militares e policiais, de equipamentos para fiscalização e apoio à navegação aérea e marítima, bem como das vias de acesso e demais medidas de infraestrutura e logística necessárias, compatibilizadas com o Plano de Manejo da Unidade, quando fora da faixa de fronteira; e III – a implantação de programas e projetos de controle e ocupação da fronteira. Art. 6o Na elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional Mapinguari, o Conselho de Defesa Nacional, por meio de sua Secretaria Executiva, e o Ministério da Defesa serão ouvidos, devendo se manifestar sobre as questões pertinentes às suas atribuições legais. Art. 7º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data da sua publicação. Sala da Comissão, 6 de julho de 2011. – Deputado Giovani Cherini, Presidente. MENSAGEM Nº 920, DE 2008 (Do Poder Executivo) Submete à elevada deliberação do Congresso Nacional, acompanhada de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, proposta de cessão ao Estado de Rondônia, do imóvel da União, inserido nas Glebas Capitão Sílvio e Jacy-Paraná, com área de 102.678,8014ha, situado no Município de Porto Velho, naquele Estado, objeto do Processo nº 54000.002042/98-68, o que possibilitará a regularização da Estação Ecológica Estadual Serra dos Três Irmãos. COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL I – Relatório No início da década de 90, mais precisamente em 1992, começou a ser implementado o Plano Agropecuário e Florestal do Estado de Rondônia – PLANAFLORO, que visava promover o desenvolvimento sustentável do Estado, por meio de ações voltadas ao ordenamento territorial, em conformidade com o Zoneamento Sócio-Econômico e Ecológico do Estado, aprovado pelo Decreto Estadual no 3.782, de 14 de junho de 1988. O PLANAFLORO contava com recursos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – Banco Mundial, decorrente de um empréstimo concedido ao Governo do Brasil, no valor de US$ 167 milhões. A essa soma, o Governo Federal 35330 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e o Governo Estadual contribuiriam, juntos e em partes iguais, com US$ 61,9 milhões. Como parte do processo de negociação do PLANAFLORO, o Governo de Rondônia criou um conjunto de unidades de conservação, seguindo as orientações do ZEE, dentre as quais a Estação Ecológica Estadual Serra dos Três irmãos. A Estação Ecológica, com área de 102.678,8014ha, encravada nas glebas Capitão Sílvio, com área de 550.914,00 ha e Jaci-Paraná, com área de 131.900,00 ha, ambas arrecadadas por meio de procedimento discriminatório, devidamente matriculadas em nome da União Federal no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Porto Velho. Em 1995, o Governo do Estado de Rondônia, por intermédio do Instituto de Terras e Colonização de Rondônia – ITERON, solicitou ao INCRA a transferência ao Estado, das terras abrangidas pela Estação Ecológica Estadual Serra dos Três Irmãos, para a regularização fundiária e efetiva implantação da unidade. A solicitação foi feita com fundamento em Convênio firmado entre o Governo do Estado e o INCRA em 28 de junho de 1995, que tinha, entre seus objetivos, “executar a regularização fundiária de Unidades de Conservação de uso direto e indireto, criadas e a serem criadas, a nível estadual e federal, contemplando as necessidades e critérios de transferência de domínio para o Estado, das áreas matriculadas em nome da União e do INCRA”. No âmbito do Convênio, o Estado de Rondônia comprometia-se a “preparar e apresentar ao INCRA, projetos técnicos, visando a criação de unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável, a serem financiados pelo PLANAFLORO, de forma a garantir a biodiversidade do Estado de Rondônia e a proteção de ecossistemas frágeis e/ou ameaçados”. De sua parte, o INCRA assumia o compromisso de “processar o encaminhamento dos Projetos Técnicos apresentados pelo Estado, no prazo de até 120 dias, contados de entrada do processo na Superintendência Estadual do INCRA em Rondônia, visando garantir a transferência do domínio da União para o Estado, das terras destinadas à implantação das Unidades de Conservação de uso direto e indireto”. A solicitação do ITERON, acompanhado do respectivo estudo técnico, foi protocolada no INCRA no dia 01 de novembro de 1995, sob o nº 54000.002042/98-28. Vencidos os procedimentos técnicos e legais necessários à instrução do processo internamente, o INCRA, tendo em vista o fato de que a unidade de conservação em comento encontra-se em área de fronteira, e por força do disposto no art. 91, § 1o, inciso III da Constituição Federal, encaminhou o processo ao Conselho de Defesa Nacional, para assentimento prévio. Na ocasião, a Secretaria de Assuntos Estratégicos entendeu, com fulcro no art. 4o, inciso II, do Decreto 96.084/96, que o processo só poderia ter sido enviado ao Conselho de Defesa Nacional instruído com a oitiva dos Ministérios Militares. Julho de 2011 Consultados pelo INCRA, os Ministérios da Marinha e da Aeronáutica não opuseram objeção à transferência das terras, mas o Ministério do Exército apresentou parecer contrário, argumentando que “as novas áreas de proteção ambiental, a serem constituídas pelo Estado de Rondônia, iriam unir-se a outras já existentes, criando uma extensa faixa contínua de Parques Florestais e Terras Indígenas, isto é, um grande anecúmeno ao longo da faixa de fronteira”, [...] “o que, se concretizado, poderá ampliar as já difíceis condições de vigilância da faixa de fronteira, caracterizando uma ameaça concreta à integridade do território nacional, em face da atuação do crime organizado e do tráfico internacional de drogas”. Impedido de proceder à transferência das terras em questão ao Governo de Rondônia e sem previsão de aproveitamento da área para outros fins, o INCRA, em julho de 2000, renunciou ao seu uso e restituiu-as à Secretaria do Patrimônio da União – SPU. A SPU então, decidiu, em dezembro de 2001, entregar as terras pretendidas pelo Governo de Rondônia ao Exército, argumentando que, por estarem em faixa de fronteira, elas mereceriam “a mantença de sua administração e jurisdição a cargo desse Comando [do Exército]” Em resposta, em março de 2002, o Ministério do Exército afirmou que não receberia as terras, “considerando–se os encargos administrativos decorrentes e a atual articulação das Organizações Militares da Força na área em questão”. Na sequência, o Ministério do Exército aparentemente reformou sua posição anterior, ao afirmar que, “visando salvaguardar interesses do Exército, de acordo com sua destinação constitucional” [...] “torna-se fundamental a inclusão de dispositivos legais (cláusulas) nos documentos de transferência da União e, posteriormente, nas normas reguladoras do projeto (planos de manejo e outros) que assegurem: a) o controle eficaz da atuação de ONG e de estrangeiros; b) a permissão para acesso, deslocamento, estacionamento, patrulhamento, operações, criação de organizações militares, instalações para as Forças Armadas e a realização de obras militares; e c) a permissão para atividades militares de pesquisa científica e tecnológica.” A SPU interpretou a resposta do Ministério do Exército como sendo uma aprovação condicionada, haja vista o fato de ter dado prosseguimento ao processo e ter incluído, na minuta de Contrato de Cessão de Uso Gratuito do imóvel em questão ao Estado de Rondônia, a seguinte cláusula: “a presente Cessão é feita nas seguintes condições: a) que seja assegurado o o controle eficaz da atuação de ONG e de estrangeiros; a permissão para acesso, deslocamento, estacionamento, patrulhamento, operações, criação de organizações militares, instalações para as Forças Armadas e a realização de obras militares; e a permissão para atividades militares de pesquisa científica e tecnológica.” Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De posse das oitivas dos Ministérios Militares, a SPU reencaminhou o processo ao Conselho de Defesa Nacional, que em 25 de novembro de 2004 concedeu à SPU seu assentimento para a cessão, sob forma de utilização gratuita, das terras abrangidas pela Estação Ecológica Estadual Serra dos Três Irmãos ao Estado de Rondônia, com as seguintes condições: “Deverão constar no Contrato de Cessão de Uso e no Decreto Estadual de criação da Unidade de Conservação as seguintes ressalvas e servidões: I – a liberdade de trânsito e acesso, por via aquática, aérea ou terrestre, de militares e policiais para a realização de deslocamentos, estacionamentos, patrulhamento, policiamento e demais operações ou atividades relacionadas à segurança e integridade do território nacional, à garantia da lei e da ordem e à segurança pública; II – a instalação e manutenção de unidades militares e policiais, de equipamentos para fiscalização e apoio à navegação aérea e marítima, bem como das vias de acesso e demais medidas de infra-estrutura e logística necessárias, compatibilizadas, quando fora da faixa de fronteira, com o Plano de Manejo da Unidade; e III – a implantação de programas e projetos de controle, ocupação e proteção da fronteira. “ É oportuno lembrar que o texto acima transcrito reproduz fielmente o conteúdo do disposto no Decreto 4.411, de 7 de outubro de 2002, que dispõe sobre a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal nas unidades de conservação. Convém registrar ainda que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, e a Fundação Nacional do Índio – FUNAI, não fizeram objeção à cessão do imóvel para o Estado de Rondônia ainda em 1996, por provocação do próprio Governo Estadual. Tendo em vista o disposto no arts. 188, § 1º e 49, inciso XVII, onde está dito que a alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional, o processo em questão foi encaminhado, para deliberação, ao Congresso Nacional pelo Presidente da República, por meio da Mensagem nº 920, de 2008. Compete a esta Comissão, no caso em apreço, duas tarefas: a primeira, analisar, no mérito, sob o ponto de vista do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, a proposta do Poder Executivo; e, na sequência, em estando de acordo com a proposição, propor o correspondente Projeto de Decreto Legislativo. É o relatório. II – Voto do Relator A ESEC Estadual Serra dos Três Irmãos situa-se na região noroeste do Estado de Rondônia, à margem esquerda do Rio Madeira. A unidade de relevo da Estação é o Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental, Quinta-feira 7 35331 com altitudes que variam entre 100 e 300 metros. Os solos mais representativos, por ordem de ocorrência, são o podzólico vermelho-amarelo e solos litólicos. A Estação é coberta pela floresta ombrófila aberta (44%), floresta ombrófila densa (19%) e por vegetação de contato entre floresta ombrófila e savana (37%) A grande extensão e a diversidade de formações vegetais conferem à unidade uma grande diversidade biológica, sendo que grande parte das espécies que ocorrem nesta região são ainda desconhecidas pela ciência. É importante destacar a riqueza de espécies aquáticas encontradas nos rios Caripuna e São Lourenço. Embora não existam estudos ictiológicos sistematizados, informações obtidas de pescadores locais sugerem que a área possui grande importância para a alimentação e a procriação de diversas espécies comerciais encontradas no rio Madeira. A unidade de conservação protege também as cabeceiras dos rios Caripuna e São Lourenço e diversos ecossistemas alagáveis existentes na região. A área protegida pela Estação Ecológica e o seu entorno foram considerados prioritários para a conservação da diversidade biológica pelo Ministério do Meio Ambiente, com base em processo de consulta envolvendo centenas de especialistas. Apesar de não haver sinal da existência atual de grupos indígenas na área, sabe-se que, no passado, a região estava sob influência de dois grupos linguisticamente distintos, os Karipuna e os Pama. Não pode ser descartada, portanto, a possibilidade da existência de sítios arqueológicos na Estação. Não há dúvida, portanto, que a Estação Ecológica da Serra dos Três Irmãos é importante para a conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento sustentável do Estado de Rondônia. Para que o órgão ambiental responsável pela gestão da Estação Ecológica possa conduzir de forma efetiva a gestão da unidade e fazer com que ela cumpra sua função é importante que o Estado de Rondônia esteja na posse das terras ocupadas pela Estação, terras estas que, hoje, são de propriedade da União. Merece a aprovação do Congresso, portanto, a proposta do Poder Executivo de cessão ao Estado de Rondônia dessas terras para a regularização fundiária da unidade. Dito isto, é necessário fazer uma importante consideração: a área da Estação Ecológica da Serra dos Três Irmãos foi reduzida em 9.966 ha, que foram incorporados ao Parque Nacional do Mapinguari, uma unidade de conservação federal, nos termos dos arts. 115 e 116 da Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010. Esta transferência de terra da Estação para o Parque mencionado foi decidida em um amplo processo de negociação relacionado à regularização fundiária da Floresta Nacional do Bom Futuro e a medidas compensatórias decorrentes da construção da hidrelétrica de Jirau, no Estado de Rondônia. 35332 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS No nosso entendimento, a cessão das terras da união para a regularização fundiária da Estação Ecológica da Serra dos Três Irmãos deve estar submetida a duas condições básicas: a primeira é que ela seja destinada exclusivamente para a conservação da natureza e atividades correlatas e compatíveis, como a pesquisa e a educação ambiental, que são os objetivos de uma Estação Ecológica, e que o Governo Estadual adote as medidas necessárias para sua proteção e gestão efetivas; em segundo lugar, deve-se garantir às Forças Armadas brasileiras e à Polícia Federal, no exercício de suas funções constitucionais, pleno acesso à área da Estação Ecológica, nos termos do assentimento prévio exarado pelo Conselho de Defesa Nacional e do disposto no Decreto 4.411, de 7 de outubro de 2002, não sendo demais lembrar que as mesmas disposições do citado decreto foram incluídas na supra mencionada Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, nos artigos que dispõem sobre o Parque Nacional do Mapinguari. Nosso voto, portanto, é pela aprovação da Mensagem nº 920, de 2008, na forma do Projeto de Decreto Legislativo Anexo. Sala da Comissão, 14 de junho de 2011. – Deputado Márcio Macêdo, Relator. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO No , DE 2010 (Mensagem no 920, de 2008) Autoriza a União a fazer a cessão de uso gratuito dos imóveis de sua propriedade abrangidos pela Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, do Estado de Rondônia. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A União fica autorizada a fazer a cessão de uso gratuito dos imóveis de sua propriedade abrangidos pela Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, do Estado de Rondônia, com os limites estabelecidos no Decreto Estadual nº 4.584, de 28 de março de 1990 e alterados pela Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010. Art. 2º A utilização da área do imóvel cedido deverá atender ao disposto no art. 9º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 e seus regulamentos, restringindo-se exclusivamente, a: I – pesquisa científica; II – visitação pública com objetivo de educação ambiental; Parágrafo único. O Governo do Estado de Rondônia deverá concluir e implementar, no prazo de dois anos, contado da data de efetivação da cessão de que trata o art. 1º, o Plano de Manejo da Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, atendendo ao disposto na Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 e seus regulamentos. Art. 3º Para assegurar o uso exclusivo da área do imóvel cedido para a preservação do meio ambiente natural, o Governo do Estado de Rondônia deverá Julho de 2011 manter estrutura organizacional e prover recursos humanos, materiais e logísticos capazes de: I – impedir a entrada de invasores e o desenvolvimento de atividades incompatíveis com a preservação ambiental, em especial a extração de madeira, o garimpo, a caça, a pesca e outras atividades extrativistas não destinadas a estudos e pesquisas; II – coibir atividades de biopirataria, mediante o controle da coleta de espécimes da flora e da fauna e material genético no interior da área do imóvel; III – desenvolver ações emergenciais de combate a incêndios florestais no interior da área do imóvel e em seu entorno; IV – controlar a poluição e a erosão dos solos no entorno da área do imóvel, em nível e dimensões adequadas à proteção da mesma. Art. 4º A cessão do imóvel será cancelada, revertendo sua propriedade para a União, nas seguintes circunstâncias: I – permitir, o Governo do Estado de Rondônia, o desenvolvimento, na área do imóvel, de atividades incompatíveis com a finalidade para as quais foi cedido, atendendo ao disposto na Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e neste Decreto Legislativo; II – deixar, o Governo do Estado de Rondônia, de cumprir as obrigações relacionadas no art. 3º deste Decreto Legislativo; III – deixar, o Governo do Estado de Rondônia, de concluir e implementar o Plano de Manejo da Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos, nos termos do parágrafo único do art. 2º. Art. 5. Fica assegurado às Forças Armadas e à Polícia Federa, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, na área da Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos: I – a liberdade de trânsito e acesso, por via aquática, aérea ou terrestre, de militares e policiais para a realização de deslocamento, estacionamentos, patrulhamento e demais operações ou atividades indispensáveis à segurança e integridade do território nacional; II – a instalação e a manutenção de unidades militares e policiais, de equipamentos para fiscalização e apoio à navegação aérea e marítima, bem como das vias de acesso e demais medidas de infraestrutura e logística necessárias, compatibilizadas com o Plano de Manejo da Unidade, quando fora da faixa de fronteira; e III – a implantação de programas e projetos de controle e ocupação da fronteira. Art. 6o Na elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional Mapinguari, o Conselho de Defesa Nacional, por meio de sua Secretaria Executiva, e o Ministério da Defesa serão ouvidos, devendo se manifestar sobre as questões pertinentes às suas atribuições legais. Art. 7º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data da sua publicação. Sala da Comissão, 14 de junho de 2011. – Deputado Márcio Macedo, Relator. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS III – Parecer da Comissão A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela aprovação da Mensagem nº 920/2008, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta, conforme o Parecer do Relator, Deputado Márcio Macêdo. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Quinta-feira 7 35333 Giovani Cherini – Presidente, Oziel Oliveira, Claudio Cajado e Penna – Vice-Presidentes, Augusto Carvalho, Irajá Abreu, Jorge Pinheiro, Leonardo Monteiro, Márcio Macêdo, Marina Santanna, Nelson Marchezan Junior, Rebecca Garcia, Ricardo Tripoli, Toninho Pinheiro e Valdir Colatto, Titulares. Sala da Comissão, 29 de junho de 2011. – Deputado Giovani Cherini, Presidente. 35334 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35335 35336 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35337 35338 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35339 35340 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35341 35342 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35343 35344 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35345 35346 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35347 35348 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35349 35350 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35351 35352 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35353 35354 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35355 35356 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35357 35358 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35359 35360 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35361 35362 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35363 35364 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 763 , DE 2011 (Da Comissão de Defesa do Consumidor) Requer o encaminhamento de Requerimento de Informação ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações, solicitando informações relativas a cobranças indevidas de telefonia fixa. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, em decorrência da aprovação, em 30/06/2011, do Requerimento nº 44/2011, de autoria do Deputado Dimas Ramalho, e com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos termos dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que encaminhe ao Ministro de Estado das Comunicações requerimento de informações relativas a cobranças indevidas de telefonia fixa. Conforme debate realizado em audiência pública no dia 14 de junho de 2011, na Comissão de Defesa do Consumidor, com a presença do Sr. Roberto Pinto Martins (Superintendente de Serviços Públicos da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL); Sr. Amaury Martins de Oliva (Coordenador de Assuntos Jurídicos do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça – DPDC); Sr. Eduardo Levy (Presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal – Sinditelebrasil); e da Sra. Flávia Lefévre (Advogada da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste), restaram alguns questionamentos acerca da dimensão das cobranças indevidas realizadas na telefonia fixa. Dessa forma, objetivamente, gostaria de solicitar que seja esclarecido: Qual o valor total das cobranças indevidas? Qual o valor total restituído aos consumidores? Quantos consumidores tiveram restituído em dobro o valor cobrado indevidamente? A cobrança indevida se refere a um período específico? Quais datas? Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Roberto Santiago, Presidente. COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, BASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 774, DE 2011 (da CAPADR) Solicita informações à Ministra do Meio Ambiente, Excelentíssima Senhora Quinta-feira 7 35365 Izabella Mônica Vieira Teixeira, sobre cada Parque Nacional criado de 1988 até 2011, oferecendo informações detalhadas sobre cada um deles. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50, §2º, da Constituição Federal, e na forma regimental, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações, conforme abaixo discriminadas, à Ministra do Meio Ambiente, Excelentíssima Senhora Izabella Mônica Vieira Teixeira, para que informe a esta Comissão os dados abaixo solicitados, sobre todos os Parques Nacionais criados de 1988 até 2011, de acordo com o roteiro abaixo: – Nome do Parque criado e localização; – Área do Parque; – Data de criação do Parque – Publicação no DOU; – Justificativa para a criação do Parque; – Nome de cada área desapropriada; – Nome do proprietário ou dos proprietários das áreas desapropriadas para a criação de cada Parque específico, CPF e número da inscrição no INCRA; – Tamanho da área desapropriada (individualizada para cada propriedade); – Valor da indenização (individualizado para cada proprietário); – Data do pagamento da indenização (individualizada para cada indenizado); – Valor pago (individualizado para cada indenizado); – Nome do servidor responsável pelo processo de criação do Parque; Informamos a Vossa Excelência que esta Comissão aprovou o Requerimento nº 75/2011, de autoria do Deputado Moacir Micheletto, solicitando as informações supra, em Reunião Ordinária Deliberativa realizada nesta data. Justificação Tal solicitação visa possibilitar um estudo a ser realizado por essa Casa Legislativa, e tornar os procedimentos de criação dos Parques Nacionais menos ‘traumáticos’ para as famílias dos produtores rurais envolvidas no processo, através de uma legislação ágil e justa. Temas relevantes como preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e desapropriação rural chamam especial atenção dos cidadãos brasileiros, pois trazem grandes preocupações quanto ao futuro do planeta, produção de alimentos, sobrevivência das 35366 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS famílias desapropriadas e a aplicação das políticas públicas destinadas a reforma agrária, e realocação das famílias desapropriadas nos casos em que se faz necessário. Diversas informações têm chegado aos gabinetes de parlamentares, tais como pedidos de intervenção junto aos órgãos competentes para que as indenizações de desapropriações realizadas há mais de 5 (cinco) anos sejam pagas. Informação de valores irrisórios de indenização, casos de graves problemas sociais oriundos de famílias desapropriadas que não são amparadas por políticas públicas para sua realocação após as desapropriações, além de dados publicados através da imprensa citando fontes oficiais, que estão em desacordo com os dados conhecidos sobre Julho de 2011 terras destinadas a agricultura, terras pertencentes a União, e terras demarcadas para criação de reservas ecológicas. Diante da urgência em mapear a situação atual, para a realização de um profundo estudo e a criação de novas políticas que atendam tanto aos desapropriados quanto a uma política de sustentabilidade, é fundamental que as informações solicitadas sejam encaminhadas a esta Casa para que os Nobres Pares possam realizar estudos para propor políticas públicas voltadas para atender as necessidades das famílias rurais, que não são menos importantes que os interesses preservacionistas ambientais. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Lira Maia, Presidente. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35367 35368 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35369 35370 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35371 35372 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35373 35374 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35375 35376 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35377 35378 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35379 35380 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35381 35382 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35383 35384 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35385 35386 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35387 35388 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35389 35390 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.370, DE 2011 (Da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) Requer a reconstituição do Projeto de Lei nº 4.823/2009. Senhor Presidente: Solicito a Vossa Excelência a reconstituição do Projeto de Lei nº 4.823/2009, que “Dispõe sobre parâmetros para a frota automotiva nacional, políticas para seu desenvolvimento e dá outras providências”, em virtude de seu extravio. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Giovani Cherini, Presidente. COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL REQUERIMENTO Nº 2.408, DE 2011 (Da CAPADR) Requer, nos termos regimentais, seja dado novo despacho ao PDC nº 3.034/10, a fim de incluir este Órgão Técnico para apreciar o mérito. Requeremos, nos termos regimentais, que a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural seja incluída para apreciar o mérito do Projeto de Decreto Legislativo nº 3.034, de 2010, de autoria do Deputado Luis Carlos Heinze, que “Susta os efeitos da Consulta Pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa – número 112, de 29 de novembro de 2010”. Informamos a Vossa Excelência que esta Comissão aprovou o Requerimento nº 79/2011, de autoria do Deputado Luis Carlos Heinze, que “Requer a revisão do despacho aposto ao Projeto de Decreto Legislativo – PDC – 3034/2010, para que se inclua a Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural”, em Reunião Ordinária Deliberativa realizada nesta data. Justificação Por tratar-se de matéria que dispõe sobre a continuidade do plantio e da comercialização de produto agrícola, neste caso em evidência o tabaco, é por certo, que a Comissão de Agricultura desta Casa deve ser ouvida na análise da matéria. A cultura do fumo envolve mais de 200 mil famílias de pequenos produtores rurais e se espalha por mais de 800 municípios brasileiros que têm suas economias alicerçadas na atividade. A fumicultura gera, anualmente, cerca de R$ 4,5 bilhões em renda para os agricultores e emprega, pelo menos, 2,5 milhões de brasileiros. Quinta-feira 7 35391 Assim, diante de proposta da Anvisa, altamente impactante para o setor rural e evidenciada a necessidade da análise pelo colegiado que representa tão importante segmento da economia brasileira, estou convicto do deferimento. Sala da Comissão, 6 de julho de 2011. – Deputado Lira Maia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte: Ato da Presidência Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 7.420, de 2006, da Sra. Professora Raquel Teixeira, que dispõe sobre a qualidade da educação básica e a responsabilidade dos gestores públicos na sua promoção. A Comissão será composta de 25 membros titulares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno. Brasília, 5 de julho de 2011. – Deputado Marco Maia, Presidente da Câmara dos Deputados. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Passa-se ao IV – Pequeno Expediente Concedo a palavra ao Sr. Deputado Lael Varella. O SR. LAEL VARELLA (DEM-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, parece natural que tema polêmico como a atual reforma do Código Florestal produza comoções e defesas acaloradas de vários lados. Entretanto, o produtor rural continua sem voz nem vez. Em Minas Gerais, Estado que vive em grande parte da agropecuária, continua uma grande preocupação. Sim, é verdade que o setor agrícola do Brasil quer que o novo Código Florestal regularize a situação ambiental de grande parte dos produtores e, em segundo lugar, defina regras claras que possibilitem a expansão das atividades agrosilvopastoris. O argumento de que a agricultura brasileira apresenta baixos índices de produtividade se comparados ao restante do mundo não é verdadeiro. Caso o fosse, ajudaria muito a defesa da não necessidade da reforma do Código e da ocupação de novas áreas. Afinal, “apenas” com o aumento da produtividade da agricultura já seria possível aumentar a produção agrícola. Nesse sentido, o artigo de Laura B. Antoniazzi, pesquisadora da área de sustentabilidade do ICONE e da RedeAgro, publicado em 27 de junho próximo 35392 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS passado, com o título Produtividade da Agricultura Brasileira e o Código Florestal, fornece dados e argumentos sólidos. Passo a ler alguns trechos do referido artigo: “Não é preciso entender muito de agronomia para perceber que a agropecuária brasileira apresenta, sim, produtividade alta e crescente, mas vale a pena relembrar o conceito base do termo produtividade. O termo é usado popularmente para se referir à produtividade da terra e, assim, pode ser expresso em quantidade produzida por área (por exemplo, quilograma por hectare), mas se refere de uma maneira geral à eficiência produtiva ao usar qualquer fator de produção (terra, insumos, capital, mão de obra). Para se obter ganhos de produtividade é necessária uma combinação de práticas de manejo e insumos de qualidade (sementes, defensivos, fertilizantes, maquinário etc.) aliada às condições climáticas. A alta produtividade da soja no Brasil é resultado de muitos fatores: décadas de pesquisa agronômica que gerou variedades adaptadas ao clima tropical, aplicação de corretivos nos solos ácidos do Cerrado, técnica do plantio direto, defensivos para combater pragas e doenças, entre outros. Para comparar a produtividade da agricultura brasileira com a de outros países, é preciso adotar como parâmetros as principais culturas produzidas e países que também sejam grandes produtores. Isto porque não é relevante para a discussão global de produtividade da agropecuária brasileira o fato de que somos o campeão de produtividade em goiaba (cultura que ocupa míseros 15 mil hectares). Da mesma forma como não faz sentido algum comparar a produtividade do arroz do Brasil com o da Somália, dado que a diferença de área plantada é gritante: 2,8 milhões de hectares no Brasil contra menos de 4 mil hectares na Somália. Seguindo essa premissa, as culturas selecionadas deveriam ser soja, milho, arroz, feijão, cana-de-açúcar, algodão e eucalipto que, juntas, ocupam mais de 90% da área agrícola do País. Usando os mesmos dados da FAO para soja, milho, arroz e trigo, calculamos as médias de produtividade dos últimos três anos, para evitar pontos fora da tendência, dado que a produtividade pode ser afetada por clima e outras intempéries. Também foi calculada a taxa de crescimento da produtividade Julho de 2011 de 1990 até 2009, a fim de avaliar a evolução desta no tempo. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja e, entre os 10 maiores produtores, está atrás apenas dos Estados Unidos em produtividade, sendo a diferença praticamente irrisória, 2,76 e 2,81 toneladas por hectare, respectivamente. Entre os principais produtores, o Brasil foi aquele que apresentou maior taxa de crescimento de produtividade, alcançando 2,1% ao ano nos últimos 20 anos. Na produção de milho, o Brasil se situa na terceira posição mundial, mas bem atrás de Estados Unidos e China. E se a produtividade brasileira ocupa apenas a oitava posição entre os 10 principais produtores, está em terceiro na taxa de crescimento da produtividade, que apresentou incremento anual médio de 3,6%. Com certeza, muito avanço em termos de ganho de produtividade de milho é desejado – e previsto – no País, e nesse sentido vale mencionar que grande parte da sua produção é conduzida por agricultores pouco tecnificados que ainda precisam incorporar tecnologia e ter acesso a recursos para investir em produção eficiente. A partir dos dados do último Censo Agropecuário, verifica‑se que enquanto a produtividade média do milho nas propriedades de até 20 hectares é de 2,8 toneladas por hectare, esse número atinge 4,5 toneladas por hectare nas propriedades acima de 500 hectares. (...) A agricultura brasileira é eficiente e tem muitas vantagens comparativas, não só pelo clima tropical como pelo sistema produtivo e gestão empresarial. Não seria à toa que o País ganha espaço no mercado internacional e é consagrado por diversos artigos de renome na imprensa e de organizações internacionais. Negar a eficiência produtiva da agricultura brasileira é fechar os olhos para os fatos. (...)” Sr. Presidente, termino com as palavras da Dra. Laura: “Se não fosse o forte incremento de produtividade nos últimos 20 anos, certamente a área plantada seria muito maior. (...) Mesmo aqueles que lutam por mudanças estruturais nos sistemas produtivos agrícolas do País deveriam reconhecer sua eficiência e buscar outros pontos fracos para combatê-los”. Tenho dito. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Jonas Donizette, PSB de São Paulo. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JONAS DONIZETTE (Bloco/PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ontem votamos a Medida Provisória nº 528, que reajusta a tabela do Imposto de Renda em 4,5%, para desafogar as pessoas assalariadas no pagamento do Imposto de Renda. Foi aprovado também o desconto para a contribuição patronal dos empregados domésticos e o abatimento de até 500 reais para as pessoas que pagarem o plano de saúde de seus empregados domésticos. Então, acho que fizemos alguns avanços. Mas lamento que uma emenda de minha autoria não tenha sido aprovada. Ela teve parecer contrário e foi rejeitada. Mas seria muito bom para o nosso povo, porque possibilitaria abater o gasto com medicamentos no Imposto de Renda. Acho que precisamos continuar lutando por isso. Hoje já existe o abatimento das consultas no Imposto de Renda. Mas se a pessoa toma medicamentos de uso contínuo, gasta com aquilo e não pode abatê‑los, o que é uma injustiça. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Luiz Couto. Quinta-feira 7 35393 O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, recebi do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba solicitação para que pudéssemos intermediar, junto aos Ministérios da Educação e do Planejamento, a abertura do processo de negociação, mediante apresentação de proposta que atenda a reivindicação da categoria. Quero dizer que já encaminhei ofício ao Ministro da Educação e à Ministra do Planejamento, solicitando a reabertura da negociação. Sr. Presidente, gostaria também de registrar nos Anais da Casa duas matérias publicadas na CartaCapital desta semana. A primeira é uma entrevista com o José Graziano, que foi eleito Diretor-Geral da FAO. Trata-se de um brasileiro que acredita que sua escolha reforça a política Sul-Sul e defende uma revolução duplamente verde. A segunda é uma matéria com o Desembargador Fausto de Sanctis, que fala de suas ações e das decisões que levaram em consideração a lei. MATÉRIAS A QUE SE REFERE O ORADOR 35394 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35395 35396 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35397 35398 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35399 35400 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35401 35402 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35403 35404 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer um apelo ao Secretário de Estado de Educação do Rio de Janeiro, ao Governo do Estado, para que possamos abrir um processo de negociação para a solução definitiva do impasse na educação. A reivindicação dos profissionais de educação é por 26% de aumento, uma reivindicação mais do que razoável. Hoje há uma paralisação de 60% dos profissionais em todo o Estado do Rio de Janeiro. Mais de 600 mil alunos estão sem aula no Estado. O nosso pedido é para que o Secretário de Estado de Educação faça prevalecer a política do diálogo. Precisamos ter uma solução para esse impasse, que, no final das contas, está prejudicando os estudantes do Estado Rio de Janeiro, uma reivindicação que é plenamente justa por parte dos servidores da educação do Rio. Muito obrigado. O SR. GERALDO RESENDE (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero dar como lido pronunciamento relacionado à saúde pública no meu Estado. Primeiro, falo sobre a comemoração de 3 anos da instalação de um ramo da FIOCRUZ em Mato Grosso do Sul. Cumprimento o Prof. Rivaldo Venancio e, em seu nome, todos aqueles que lutaram conosco para que exista essa unidade no Estado. A FIOCRUZ já mudou a realidade da saúde pública em Mato Grosso do Sul. Trato acerca de material que extraímos da imprensa de Mato Grosso Sul. Chega-nos também a queixa generalizada dos pacientes portadores de câncer, que têm de buscar atendimento fora do Estado, em São Paulo. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o paciente com câncer em Mato Grosso do Sul em busca de um tratamento de qualidade e humanizado apenas o encontra em Barretos, no interior de São Paulo. Segundo o portal de notícias na Internet Midiamaxnews, aqueles que padecem de câncer e residem em Dourados, Ponta Porã, Porto Murtinho e outras 72 cidades do Estado, optam por Barretos para tentar salvar suas vidas. A crise do atendimento em oncologia em Mato Grosso do Sul está generalizada. São cerca de 2.600 pacientes que viajam mais de 11 horas para realizar seus tratamentos. Os pacientes da região norte do Estado, que poderiam procurar atendimento na cidade de Três Lagoas, na região leste, onde a cidade polo seria referência para esse atendimento, sabem que Quinta-feira 7 35405 não há como serem atendidos na terra do saudoso Ramez Tebet. Apenas Três Lagoas já envia 349 pacientes para Barretos. Outra situação que nos envergonha é do Hospital Rosa Maria Pedrossian. A instituição vem perdendo qualificação desde 2007. Faltam investimento e planejamento para o Centro de Alta Complexidade em Oncologia. Atualmente, o serviço de radiologia é realizado por uma empresa privada, que onera os cofres públicos sem promover o acompanhamento psicológico, e por um assistente social, como orienta o Ministério da Saúde. Outro hospital com que os pacientes com câncer não podem contar é o Hospital Universitário. Mesmo tendo recebido R$217.510,00 do Governo do Estado para a aquisição de equipamentos em radioterapia no final do ano passado, interrompeu, no mesmo ano, o atendimento em oncologia. Esses hospitais poderiam receber recursos do Ministério da Saúde para os atendimentos oncológicos, mas para isso teriam de apresentar um Plano Operativo Anual. Atualmente, os pacientes se acotovelam no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. Mesmo sendo privado, o hospital é credenciado pelo SUS e pode prestar esse atendimento. No ano passado, em Mato Grosso do Sul, 166 pacientes estavam na fila de espera para ser atendidos. Acredito que este ano o número de pacientes já tenha aumentado. Quem tem câncer no meu Estado tem de ser atendido em São Paulo, se não quiser ou se não puder buscar assistência privada. É fundamental investir nos hospitais públicos e assim ofertar o serviço de radioterapia. As iniciativas conjuntas com o setor privado não estão dando conta do recado. Já solicitei informações do Ministério da Saúde sobre recursos destinados a Mato Grosso do Sul com o fim específico do tratamento ao câncer. Temos hospitais e pessoal capacitado para este atendimento. O que falta é priorizar aqueles que mais precisam ser atendidos, aqueles que lutam pelas suas vidas, aqueles que nos dão exemplo de que não podemos desistir. Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Ganhou os noticiários nos últimos dias a entrada em vigor da Lei nº 12.403, de 2011, que altera o Código de Processo Penal. A lei foi aprovada há 3 meses nesta Casa para criar mecanismos alternativos à prisão preventiva – as chamadas medidas cautelares. Há reações favoráveis e muitas manifestações contrárias à nova lei. Mas há, também, ponderações que merecem nossa atenção. 35406 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Independentemente do mérito, o que podemos abordar em seguida, é preciso termos a compreensão de que as mudanças são necessárias ao longo do tempo. Não temos dúvidas quanto à necessidade de modernização do arcabouço jurídico, e as mudanças estão sendo processadas tanto por iniciativa do Poder Executivo, naquilo que lhe compete, quanto pelo Poder Legislativo, que é a caixa de ressonância das inquietações sociais. Não se pode crer que as alterações ao Código de Processo Penal possam instalar a impunidade. Entendemos que não é esse o espírito da lei. Vemos o novo dispositivo legal como fruto da necessidade de se modernizar o sistema penal e, ao mesmo tempo, que alcance as mazelas do sistema penitenciário em dicotomia com a realidade prisional. Hoje, o índice de presos provisórios chega a 44% da população carcerária. Desde o primeiro código de justiça, criado na antiguidade, o chamado Código de Hamurabi ou Lei do Talião, baseado no “olho por olho, dente por dente”, as civilizações buscam o aperfeiçoamento das leis. Se fizermos uma correlação, veremos que, desde a primeira exposição de leis, as punições se concentram em ocorrências de roubo, furtos em agricultura, criação de gado, danos à propriedade, direitos da mulher, direitos da criança, direito do trabalho, morte e injúria, adotando-se penas diferentes para diferentes classes de ofensores e vítimas. Passando pelos códigos da antiguidade, da Idade Média e até a edição do Primeiro Código Criminal em 1830, as sociedades evoluíram, embora em estágios diferentes, sendo a grande mudança a individualização das penas. Mas somente a partir do 2º Código Penal, em 1890, quando se aboliu a pena de morte, surgiu o regime penitenciário de caráter correcional, com fins de ressocializar e reeducar o detento. Iniciava-se, então, o problema da superlotação carcerária, um processo em que não se atentou para o princípio da relatividade. Na medida em que a população crescia, aumentava, naturalmente, a quantidade de punições pela prática de crimes e transgressões às leis. Ao longo do tempo, a execução penal seguiu em grande descompasso com o a estrutura do sistema prisional. Além do descompasso com o sistema prisional, após o Código Penal de 1930, que trouxe a individualização da execução e o reconhecimento dos direitos subjetivos do condenado, o acesso à justiça começou a ficar restrito diante do volume de processos, principalmente depois da Constituição de 1937, que extinguiu a Justiça Federal de 1ª Instância. Com o terceiro Código Penal, em 1940, os textos constitucionais de 1946 e 1967, e Leis de Execuções Julho de 2011 Criminais que se seguiram em 1984, de 1997, Lei da Tortura, e a Constituição Federal de 1988, houve, reconhecidamente, um grande avanço institucional, fundamental, como o fortalecimento do Ministério Público e a garantia de liberdade ampla aos indivíduos. Ocorre, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que a efetivação de alguns princípios e dispositivos, principalmente os relacionados aos direitos sociais como saúde, educação, trabalho, moradia e proteção à maternidade e à infância chegaram na esteira desse processo de modernização do arcabouço jurídico-institucional. É por isso que, no contexto penal, o Brasil está buscando a modernização dos instrumentos jurídicos, de um lado para atender ao princípio das garantias individuais e respeito aos direitos humanos, e, de outro, dispor ao sistema judiciário de meios de limitação dos direitos de acusados sem precisar prendê-lo, no caso de infrações com menor potencial ofensivo. Acreditamos que o clamor da sociedade quanto à vigência da nova lei expõe essa dicotomia – a modernização do sistema penal brasileiro em contraponto à falência do sistema prisional. A ampliação da competência da autoridade policial e a possibilidade de o magistrado poder colocar o acusado sob monitoramento eletrônico, proibi-lo de frequentar determinados locais ou de se comunicar com certas pessoas e determinar o seu recolhimento em casa durante a noite e nos dias de folga, entre outras medidas, significam, sem dúvida, avanços no processo penal. Concordamos quando setores da sociedade alertam para a sensação de impunidade diante da inegável liberalização das penas, mas é preciso compreender que o Brasil segue o modelos das grandes democracias, buscando chegar a um padrão de execução penal que seja capaz de ressocializar o preso. É uma expectativa, o Brasil ainda não chegou ao estágio ideal, mas o aperfeiçoamento dos instrumentos jurídicos faz parte desse processo. Acreditamos que as medidas alternativas à prisão são um salto da legislação no que diz respeito aos direitos e garantias previstos na Constituição, pois sabemos que, guardadas as devidas proporções, ainda temos os resquícios da lei do talião, como lembramos no início desta fala, em que se adotavam penas diferentes para diferentes classes de ofensores e vítimas. De outro lado, a autoridade policial ou judiciária deve ter bom senso para que uma pessoa não fique presa por anos no aguardo de um julgamento e depois seja absolvida. É evidente que prevalecerá a sensatez. Bandidos com alto grau de periculosidade não devem ir para as ruas. Essa pelo menos é a nossa expectati- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS va. Aproveito a oportunidade para tratar de outro tema, Sr. Presidente. A data de 30 de junho é um marco significativo para o Estado de Mato Grosso do Sul. Nessa data, agora em 2011, se comemoraram os 3 anos de instalação de uma unidade da FIOCRUZ em meu Estado. Desde 2008, a presença dessa fundação vem garantindo inúmeros benefícios à população sul-mato-grossense, principalmente no que se refere à realização de novas pesquisas, estudos, vacinas e desenvolvimento de estratégias mais eficientes no combate às endemias. A implantação da FIOCRUZ em Mato Grosso do Sul está inserida na estratégia do Governo Federal, que nos últimos anos vem desempenhando uma política de expansão e regionalização das atividades de ciência e tecnologia, com vistas ao fortalecimento da capacidade de intervenção do Estado, aliada a uma política de redução das desigualdades regionais. Foi essa política que permitiu a formulação de um projeto de ampliação da presença nacional da Fundação Oswaldo Cruz, criando as bases para a institucionalização de unidades, além de Mato Grosso do Sul, no Ceará, Piauí e Rondônia. Recordo-me de que foi em março de 2008 a data da realização, em Bonito, Mato Grosso do Sul, do primeiro seminário da FIOCRUZ com representantes de instituições de ensino, pesquisa e de gestão do Sistema Único de Saúde da Região Centro-Oeste. Deste encontro, participaram dirigentes e técnicos da FIOCRUZ, Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (Escola de Saúde Pública, Escola Técnica do SUS e outros), universidades da Região Centro-Oeste (Federal de Mato Grosso do Sul, Federal de Mato Grosso, Federal de Goiás e Estadual de Mato Grosso do Sul, além de UNIDERP/Anhanguera) e Secretarias Municipais de Saúde (Campo Grande e Corumbá). Os objetivos desse encontro foram discutir a importância da nova unidade e conjugar a vocação da FIOCRUZ nas áreas de pesquisa, ensino, serviços de referência e produção de insumos para a saúde na solução de problemas regionais, inserindo-se de forma a estabelecer e fortalecer as parcerias já existentes. A presença da FIOCRUZ em Mato Grosso do Sul tem sido uma grande contribuição para os sistemas estaduais e municipais de saúde e de CT&I em saúde do Centro-Oeste, recebendo a denominação de Instituto Cerrado Pantanal – ICP. As áreas temáticas que, desde então, norteiam as prioridades dessa unidade são as seguintes: Meio Ambiente e Saúde: Biodiversidade e Agronegócio; Saúde das Populações Indígenas; Saúde e Sociedade – englobando doenças e agravos mais relevantes na Região Centro-Oeste; e Saúde nas Fronteiras. Na ocasião, ficou definido ainda Quinta-feira 7 35407 que a missão dessa unidade é gerar soluções científicas e tecnológicas que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida das populações da Região Centro-Oeste e de fronteira, papel que vem sendo cumprido com muita eficiência pelos profissionais que a compõem. Com a visão de estar consolidada como instituição pública e reconhecida pela sociedade por agregar competências e gerar conhecimentos científicos e tecnológicos que contribuam para a melhoria das condições de vida e saúde das populações da Região Centro-Oeste e de fronteira, a FIOCRUZ-MS tem diversos projetos em andamento, tanto na área de ensino quanto de pesquisa. Entre os projetos que estão em execução, podemos destacar o curso de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, no qual estão matriculados mil profissionais de saúde que já trabalham na Estratégia de Saúde da Família em 76 dos 78 Municípios do Estado de Mato Grosso do Sul; curso de mestrado Profissional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras, realizado pela FIOCRUZ e a UFGD, voltado, especificamente, para gestores e profissionais de saúde pública inseridos nos serviços. Dentre os projetos de Pesquisa em execução, cito diagnóstico das condições de saúde bucal das populações indígenas do Centro‑Oeste e realização de pesquisas experimentais para o desenvolvimento de derivados e produtos oriundos da biodiversidade do bioma Cerrado-Pantanal para uso em saúde pública. Além dessas ações em andamento, estão em fase de negociação a implantação de dois outros cursos: Especialização em Epidemiologia, com área de concentração em saúde indígena para profissionais que atuam nos Municípios onde habitam populações indígenas, bem com nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas; Mestrado Profissionalizante em Saúde da Família, para atender em um primeiro momento à demanda dos profissionais de saúde dos Municípios do Estado de Mato Grosso do Sul; Especialização em Saúde da Família para profissionais de saúde residentes no Paraguai, no mesmo formato do que está em execução em Mato Grosso do Sul. Este último será realizado em cooperação entre Brasil e Ministério da Saúde do Paraguai, com o objetivo de auxiliar na construção do sistema de saúde daquele país. Finalmente, lembro que a sede provisória da FIOCRUZ Cerrado-Pantanal está sendo construída e deverá ser inaugurada em final de setembro de 2011, com área de 54 mil metros quadrados. No entanto, para que toda essa estrutura funcione em sua plenitude, conclamo os colegas a nos ajudarem na aprovação de uma emenda à LDO, no valor de R$100 milhões, 35408 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do colega João Ananias, do PCdoB, do Ceará, a qual objetiva acelerar as implantações de novas unidades da FIOCRUZ não apenas em Mato Grosso do Sul, mas também no Ceará, Piauí e Rondônia. Quero, portanto, parabenizar, na data comemorativa do terceiro ano, os profissionais que atuam nessa instituição e desejar que a FIOCRUZ-MS, Instituto Cerrado-Pantanal possa consolidar e expandir sua atuação com o objetivo de contribuir para melhorar os indicadores de saúde em Mato Grosso do Sul. Muito obrigado pela atenção. O SR. CARLOS SOUZA (PP-AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fico muito feliz quando vejo no Estadão notícia como esta que diz que Manaus integrará o sistema de energia nacional. Estamos lutando nesta Casa – eu principalmente –, desde 2002, e no Ministério de Minas e Energia para que, realmente, tirem minha cidade, Manaus, do sistema energético isolado em que se encontra até hoje. Estamos lutando para que seja ampliado o Linhão de Tucuruí de forma a que chegue até o Estado do Amazonas, até a cidade de Manaus. Nosso povo não aguenta mais ter um sistema energético falido, caro e poluente, principalmente o povo da periferia de Manaus, que, infelizmente, tem ligação clandestina, porque a Manaus Energia não expande o sistema energético em minha cidade. Portanto, nossa luta, a partir de setembro, será contemplada, e haverá o Linhão Manaus-Tucuruí. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, grande parte dos brasileiros conhece outros países antes de conhecer a Amazônia. Não há estradas asfaltadas ligando Manaus e o Amapá ao resto do Brasil, e muitas vezes é mais fácil e barato ir da Amazônia ao Caribe do que ao Rio ou a São Paulo. Essa falta de integração não se nota apenas nos transportes, mas também no sistema elétrico. Manaus e Amapá até hoje não estão integrados ao sistema nacional de energia elétrica. Assim, fico contente com o anúncio de que essa integração virá em setembro do ano corrente, segundo previsão da Empresa de Pesquisa Energética. O Governo finalmente licitará as linhas de transmissão ligando a Hidrelétrica de Tucuruí às Capitais do Amazonas e do Amapá – Manaus e Macapá. Essa licitação acabará com os grandes sistemas isolados dentro do Brasil, consolidando um dos maiores sistemas elétricos do mundo e proporcionando economias de escala aos consumidores e ao Governo. Terminará, assim, o gasto anual de 2 bilhões de reais com o subsídio à energia gerada pelas termoelétricas, que Julho de 2011 abastecem praticamente toda a Região Norte à base da queima de óleo diesel ou outros combustíveis fósseis altamente poluentes. Essa energia cara e suja será progressivamente substituída. A interligação da Região Norte à rede elétrica que abastece o restante do Brasil será uma notícia boa também pelo fato de reduzir o risco de apagões, que têm sido constantes nos últimos anos. O regime de chuvas das regiões brasileiras é diferenciado, e quando Itaipu estiver sem água, Tucuruí ou outras represas que estão surgindo ao norte do Amazonas poderão abastecer as necessidades do Nordeste, por exemplo. Evidentemente, nem mesmo a energia elétrica ou a solar são completamente inofensivas ao meio ambiente. A poluição gerada pelas termoelétricas diminuirá; em contrapartida, linhas de transmissão vindas de Tucuruí terão que cortar a floresta e os rios. Muitas árvores serão derrubadas, mas o saldo final será positivo, com a substituição de quinze usinas termoelétricas somente em Manaus. O destino delas ainda não está claro, já que muitas têm contratos de longo prazo. Senhoras e senhores, a integração nacional não se completará enquanto a Amazônia for vista como um lugar exótico pelos brasileiros. Ora, aquela região é o caminho natural para o Mar do Caribe e para a América do Norte e, mais cedo ou mais tarde, as forças da economia abrirão passagem para lá, como já está acontecendo. Cabe ao Governo estimular obras que, respeitando a floresta e a população, facilitem o intercâmbio cultural e econômico com o resto do País e com o resto da América Latina. O MERCOSUL está em vias de incluir países como a Bolívia e o Peru, e o Brasil já é ligado por rodovias ao Oceano Pacífico, embora poucos saibam. Gasodutos vindos da Bolívia abastecem o sudeste brasileiro há anos, e oleodutos vindos da Venezuela são um projeto viável. A integração energética continental está em andamento, e é melhor que seja bem planejada, com antecedência, para no futuro não contrariar interesses, como os interesses das termoelétricas, por exemplo, que serão agora prejudicados. Esse tipo de contrariedade decorrente do mau planejamento faz com que o progresso demore a chegar, e custa caro aos contribuintes. É melhor gastar tempo e dinheiro planejando do que corrigindo os erros da falta de planejamento. Não faz sentido atrasar a marcha do desenvolvimento quando falamos do desenvolvimento sustentável, previamente submetido aos trâmites demorados, mas necessários, de órgãos como o IBAMA e a FUNAI. A Amazônia é a fronteira econômica deste século, e a interligação das redes de energia é um marco na conquista inicial dessa fronteira. Resta‑nos torcer Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para que o cronograma dessa interligação seja cumprido e que novas obras contemplem outros tipos de integração com o resto do Brasil. Hidrovias e ferrovias, por exemplo, podem ser o próximo passo. Outro assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. A partir da década de 90, foram criados centenas de Municípios no Brasil em virtude da flexibilização decorrente da promulgação da Constituição de 1988. A intensa criação de Municípios não é um fenômeno recente. Nos últimos 40 anos, a quantidade de Municípios no nosso País foi praticamente quadruplicada. No entanto, apesar de constantes, as emancipações não aconteceram no mesmo ritmo em todas as décadas. Em períodos democráticos houve maior intensidade de emancipações municipais. Já durante o regime militar, por causa de suas características centralizadoras, a criação de Municípios foi inibida. Era de se esperar que, após o longo período de mais de duas décadas de governo militar, surgisse no País uma “onda emancipacionista”, consequência direta do viés de descentralização política estabelecido pela nova Constituição. O constituinte de 1988 determinou, no § 4º do art. 18 da Carta Magna, que caberia aos Estados fixar os requisitos mínimos para a criação dos Municípios. Com essa determinação, cada unidade federativa editava os próprios requisitos, como, por exemplo, número mínimo de eleitores no novo Município. Isso acabou gerando preocupação com a cada vez mais frequente fragmentação territorial da Federação em municipalidades mínimas, carentes de estruturas básicas para seu pleno funcionamento, sem condições de sobrevivência autônoma, desvirtuando a intenção democratizante do legislador constituinte. Para sustar este processo, o Legislativo promulgou a Emenda Constitucional nº 15, de 1996, determinando que o período em que poderão ser criados os Municípios deve ser determinado por lei complementar federal. Ocorre que, até o presente momento, essa lei complementar federal não foi elaborada pelo Congresso Nacional. O dispositivo constitucional que autoriza a criação de Municípios está, pois, sem aplicação há 15 anos, desde a promulgação da Emenda nº 15, de 1996. Mas, mesmo sem o devido amparo legal, dezenas de novos Municípios foram criados no Brasil neste período. Até 9 de maio de 2007, a posição do Supremo Tribunal Federal era de decretação de nulidade de todas as leis criadoras de Municípios, em razão da ausência da lei complementar já mencionada. Nesse dia, porém, um novo capítulo da história da criação de Municípios foi escrito, quando o Supre- Quinta-feira 7 35409 mo julgou a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.682, ajuizada pelo Governador do Estado do Mato Grosso para declarar a omissão do Legislativo federal em regulamentar o § 4º do art. 18. A novidade foi o conteúdo da decisão tomada, pois o STF fixou o prazo de 180 dias para o Legislativo elaborar a referida lei complementar. Até então, a jurisprudência da Corte era no sentido de que o julgamento desse tipo de ação gerava apenas a declaração de mora legislativa, sem fixar prazo. Embora pressionado, o Legislativo não cumpriu o prazo estabelecido pela Suprema Corte. Para tentar resolver a questão, afastando a inconstitucionalidade por omissão, o Congresso Nacional adotou uma medida que tem sido objeto de muita controvérsia: promulgou emenda constitucional convalidando todos os atos de criação de Municípios publicados até 31 de dezembro de 2006. Essa emenda pode ser considerada um verdadeiro “remendo”. Com ela, o Legislativo resolveu o problema dos Municípios inconstitucionais, mas não solucionou a questão da criação, fusão, incorporação e desmembramento de novos Municípios. A Constituição permanece exigindo a elaboração de lei complementar federal, e essa continua não existindo, o que pode novamente suscitar ações de inconstitucionalidade por omissão legislativa. O descumprimento, pelo Congresso Nacional, da determinação de elaborar a referida lei complementar tem gerado, com o passar do tempo, graves danos ao federalismo brasileiro. Essa situação compromete a autonomia que deveriam ter as entidades federativas estaduais e municipais, que permanecem impossibilitadas de organizar, conforme a vontade soberana de suas populações, a distribuição do poder político-administrativo nos limites de seus territórios. Contrariando as previsões mais pessimistas, os Municípios criados no Brasil a partir do desmembramento de outros alcançaram notável crescimento econômico e melhoria na qualidade de vida das suas populações. A melhora nos indicadores sociais destes Municípios, sobretudo nas áreas de saúde e educação, tem sido comprovada por instituições oficiais. As novas cidades proporcionam desenvolvimento econômico especialmente para as regiões extensas, cujas administrações encontram compreensível dificuldade de gestão. O Município de Altamira, no Pará, por exemplo, tem 59 mil quilômetros quadrados, quase duas vezes o tamanho de Portugal. É o maior Município do mundo. Dentro de Altamira fica o Distrito Castelo dos Sonhos, que dista cerca de 1.400 quilômetros de sua sede e tem uma população de 15 mil habitantes, 35410 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS maior que a população da maioria das cidades do Sul e Sudeste do Brasil. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é inadmissível que a omissão desta Casa continue a impedir o reordenamento político-geográfico do nosso território. Tramita nesta Casa, desde 2008, o Projeto de Lei Complementar nº 416, que regulamenta o art. 18, § 4º, da Constituição, já aprovado no Senado Federal. Rogamos, pois, à Mesa da Casa que inclua urgentemente na pauta esse projeto, para que possamos, enfim, suprir a lacuna legislativa que tanto mal tem feito à Nação. Esse é um dever do qual não podemos nos esquivar. Obrigado. O SR. MARCON (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vou dar como lido o meu discurso no dia de hoje em que parabenizo o Governador do Estado do Rio Grande do Sul, um dos únicos Estados onde não havia aposentadoria especial para a Polícia Civil. O Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Sul, no Governo passado, governo dos tucanos, por várias vezes, fez manifestações, mobilizações para chegar a seu objetivo, ontem assinado pelo Governador: um decreto que reconhece a aposentadoria especial para os policiais civis e delegados de polícia; e o envio, para a Assembleia Legislativa, de um projeto de lei que cria na Polícia Civil 120 cargos de delegados, 711 de escrivães e 710 de inspetores. Está de parabéns a Polícia Civil! PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero saudar o Governador Tarso Genro, que assinou decreto com novos critérios para a aposentadoria especial dos servidores da Polícia Civil, em ato realizado no Palácio Piratini nesta terça-feira, dia 5 de julho. Ele também assinou projeto de lei que cria novos cargos para a corporação. Através dessas duas medidas, o Governo do Estado atende a uma reivindicação histórica dos policiais civis. O decreto prevê alteração no plano de aposentadoria especial para os servidores que ingressaram na instituição antes de 2004. Especificamente, concederá aposentadoria com valor integral do salário da ativa aos que contribuíram por 20 anos para a Previdência Estadual, desde que tenham contribuído, também, no mínimo, durante 10 anos para o INSS. O decreto entra em vigor a partir de sua publicação no Diário Oficial, nesta quarta-feira. Já o projeto de lei cria na Polícia Civil 120 cargos de delegado, 711 de escrivão e 710 de inspetor. O cargo de comissário é de final de carreira dessas Julho de 2011 duas últimas categorias. Do total, o projeto cria 242 cargos para comissários oriundos da classe de escrivão de polícia e 262 cargos para os que chegam da classe de inspetor. Esses novos cargos possibilitarão aos servidores atingir os níveis superiores da carreira. O provimento dos cargos ora criados se dará no decorrer de 3 anos e na proporção de 40%, em 3 de dezembro de 2011, e os restantes distribuídos nos 2 anos seguintes, sempre na data de 3 de dezembro. O projeto de lei segue para apreciação da Assembleia Legislativa. Durante o ato de assinatura, o Governador Tarso Genro disse que a Polícia Civil atinge um patamar de respeito à dignidade da pessoa e ao Estado Democrático de Direito, a partir do trabalho de formação e qualificação dos serviços. Desta forma, destacou o Governador, estará preparada para a diretriz de governo: ataque frontal a todo tipo de criminalidade. O reconhecimento da aposentadoria especial renova a Polícia Civil. Com medidas iguais a essa poderemos chegar a um novo patamar com uma instituição que buque responder a todos os anseios da sociedade. Os novos cargos possibilitarão a renovação nos quadros diretivos, unindo novos servidores à experiência dos mais antigos. O SR. MARÇAL FILHO (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gostaria de destacar aqui a importância da aprovação de um projeto que reduz o déficit da Previdência Social. Com essa medida, nós poderemos dar um reajuste maior para os aposentados. Redução do déficit da Previdência, ganho maior para os aposentados. Com essa redução das despesas da Previdência Social, certamente os resultados para os aposentados seriam outros, porque, na realidade, a Previdência Social tem sido superavitária naquilo que concerne a ela, naquilo que é típico do trabalho que ela tem de realizar. Acontece que a Previdência Social acaba abarcando coisas que não fazem parte das suas obrigações; o Governo acaba colocando dentro da Previdência coisas que não dizem respeito especificamente à Previdência Social, e quem acaba arcando com isso são os aposentados. Apresentamos uma emenda à LDO com a inflação do período mais 80% do PIB para os aposentados, como foi a fórmula anterior. Muito obrigado. O SR. EMILIANO JOSÉ (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço que seja dado como lido pronunciamento de minha autoria em que me posiciono contra não só a decisão do CONAR, que rejeitou uma representação do Instituto Alana, como também, sobretudo e especialmente, onde mostro minha indig- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nação com o parecer que foi dado pelo Relator, que tenta descredenciar o Instituto Alana, uma instituição séria, que se volta para a proteção das crianças contra os abusos e perigos do consumismo em todos os sentidos, seja no plano da cultura, da saúde ou da formação em geral da personalidade. O CONAR está-se revelando uma nulidade em relação àquilo que se chama autorregulamentação publicitária. Não faz nada que de fato considere a regulamentação da publicidade. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é por demais sabido o papel desempenhado pela publicidade na economia de mercado. Esse papel é que talvez tenha estimulado alguns teóricos a definir o modo de produção sob o qual vivemos como capitalismo de marcas. Longe de vender em sentido estrito a utilidade propriamente das mercadorias, vende-se a marca, o invólucro, aquilo que a publicidade cria como atributos das mercadorias. Por isso, sem a pretensão de estender-me sobre isso, considero que a publicidade é muito importante na sociedade que vivemos, e sua responsabilidade social deve ser correspondente a essa importância. Essa responsabilidade cresce quando ela se dirige ao público infantil, a essa imensa população situada até os 12 anos de idade. Infelizmente, como sabemos, ainda não há, como em outros países, regulamentação adequada a esse respeito no Brasil e, por isso mesmo, em princípio, o mundo publicitário devia ter cuidados muito grandes quando se trata de publicidade para essa faixa. Normalmente, as entidades publicitárias argumentam que a autorregulamentação é suficiente, e ela seria garantida pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – CONAR. Tenho defendido, e o fiz em audiência pública recente nesta Casa, que é fundamental chegarmos a uma regulação que evite abusos por parte da publicidade no que se refere à publicidade voltada para crianças. Devo dizer, também, que, para além dessa posição, não confio na possibilidade de a autorregulamentação ser suficiente para conter os abusos. A atitude do CONAR, ao menos num caso recente, de que vou tratar aqui, me dá mais do que razões para continuar descrendo de que possa a autorregulamentação construir barreiras aos abusos. O Instituto Alana, instituição séria que se volta para a proteção das crianças quanto aos abusos e perigos do consumismo em todos os sentidos, seja no plano da cultura, ou da saúde, ou da formação em Quinta-feira 7 35411 geral da personalidade, representou junto ao CONAR contra o anúncio Mc Lanche Feliz Rio, feito pela agência Taterka Comunicações S/A. Para o Instituto Alana, o anúncio é claramente dirigido às crianças, conta com a participação de atores infantis e promove a mistura de desenhos e signos referentes ao imaginário infantil e à realidade para promover a venda de produtos de baixo valor nutricional e que propiciam a obesidade – principalmente o trio sanduíche, batata frita e refrigerante, que se vincula à marca McDonald’s –, além de associar isso a brinquedos colecionáveis, o que, na opinião do Alana, contraria dispositivos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. O anúncio não leva em conta a vulnerabilidade, credulidade e ingenuidade das crianças. O CONAR simplesmente arquivou a representação. Para além do arquivamento que, na nossa opinião, constitui um equívoco, o que revolta é o parecer do Relator. Trata-se de uma peça desrespeitosa, vazada em termos inaceitáveis, agressiva, que atenta contra a credibilidade do Instituto Alana, que, como disse, é uma das instituições mais sérias do País na defesa das crianças contra os males do consumismo. Não é por acaso que tantos países adotam medidas de restrição da publicidade infantil. É porque sabem dos males que a publicidade que conte com atores e que se dirija especificamente às crianças pode causar a esse público-alvo, que é como a publicidade o chamaria. O Relator, Ênio Basílio Rodrigues, que, quem sabe queira, à Andy Warhol, os seus 15 minutos de fama, caracteriza o Instituto Alana como bruxa, uma bruxa que odeia criancinhas, a buscar no imaginário popular um estereótipo que deve tê-lo impressionado muito na infância, e que hoje anda meio fora de moda, mesmo entre as crianças. É provável que povoe mais a mente de Basílio do que das crianças. E ironiza a obesidade infantil, como se isso não constituísse um problema, como se a sociedade em que vivemos não estimulasse, lamentavelmente, uma alimentação cotidiana de baixo valor nutricional, favorecendo a obesidade e preocupando as autoridades de saúde. A bruxa, na visão canhestra, apequenada, medíocre, que seria o Instituto Alana, não se sensibilizaria com o fato de gordos herdarem bancos centrais – é assim que ele se refere ao Presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini, ou ao Presidente do Banco Central do México, de quem não diz o nome, e que se trata de Agustín Carstens. Se comer bastante, se engordar bastante, a pessoa pode chegar à presidência de algum banco central mundo afora. “Quando a bruxa Alana chegar, a criançada vai entrar no regime de pão e água, aliás, sem pão que engorda – nada de x-burger, batata frita, milkshake, 35412 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS refrigerante.” E aí prossegue falando do regime de alimentação macrobiótica, naturalista a que as crianças seriam submetidas pela bruxa. A par do desrespeito ao Instituto Alana, demoniza um tipo de alimentação, reconhecidamente saudável, e eleva outra à condição de preferida das crianças, independentemente de seus efeitos maléficos, apenas para defender o abuso publicitário. Diz que o Instituto Alana trouxe esses exemplos de além-mar – dos EUA, da Suécia e da Noruega; reconhece que há muitos obesos nos EUA, mas justifica que essa base alimentar, que produziu milhões de obesos, também produziu “os melhores violinistas, escritores, bailarinos, jogadores de basquete, cientistas e fuzileiros navais”, a revelar uma mentalidade profundamente colonizada, submetida ao Império, e que, por colonizada, é levado ao exagero, especialmente ao vincular, sem querer ou querendo, a obesidade ao talento e até quem sabe à capacidade guerreira, que o faz quando se refere, extasiado, aos fuzileiros navais americanos, que têm participado de tantos massacres dos povos mundo afora. Da Suécia e Noruega, o Instituto Alana teria trazido “o bom exemplo das sociedades perfeitas, ricas, tão sem problemas que precisam inventar alguns para não enlouquecerem pelo tédio do bom mocismo”. Vejam que aqui não há admiração, há repulsa. Ele é do modelo do american way of life, sem dissimulações. E aí parte para a ridicularização: “A sociedade escandinava fez da ética um tédio onde as comunidades, por não terem em que votar, o que escolher – pois já têm tudo de que precisam –, votam pela proibição da propaganda de brinquedos para crianças”. Tal atitude, desrespeitosamente outra vez, ele chama de luterana. E vai além em sua pletora de preconceitos, de uma visão estereotipada, fundada no mundo da mercadoria e numa herança cultural que imaginava ultrapassada, à Casa Grande: “Da mesma forma que Suécia e Dinamarca têm por base evitar que suas crianças de olhos azuis fiquem gordinhas, o Brasil tem por base acabar com a desnutrição dos nossos meninos moreninhos”. Perceberam, Srs. Deputados: “nossos meninos moreninhos”. Não sei sequer se Basílio é branco ou negro, sei que fala como um senhor de engenho, com a mentalidade da Casa Grande. Quem seriam os moreninhos dele? Seriam as crianças negras brasileiras? Apenas um eufemismo para reconhecer nossa negritude infantil? Quem sabe?! A Casa Grande nunca descansa. Reconhece que a propaganda leva as crianças a perturbarem seus pais para que comprem. Mas crianças, na opinião dele, “foram feitas para azucrinar”. É isso mesmo, crianças foram feitas para azucrinar, é isso que ele escreveu. E azucrinar depois de estimula- Julho de 2011 das pela publicidade. As crianças tornam-se aríetes do consumo, num abuso completo da ingenuidade infantil, da sua credulidade, da sua vulnerabilidade. Creio que o CONAR, com esse voto, referendado pelas Primeira e Sétima Câmaras, está revelando o quanto está distante de efetivamente regulamentar a publicidade brasileira e evitar os seus abusos. Além disso, diante de representações sérias, como a do Instituto Alana, tem uma atitude preconceituosa, odiosa, que vai nos levando a firmar posição, cada vez mais, de que há necessidade urgente de legislação que regule a publicidade brasileira no que se refere às crianças. Quero, ao final, manifestar minha solidariedade ao Instituto Alana e repudiar veementemente as agressões de que foi vítima. O Instituto merece, de nossa parte e das crianças brasileiras, o mais profundo respeito. Muito obrigado. O SR. AUDIFAX (Bloco/PSB-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é um prazer estar aqui falando com os colegas Deputados presentes nesta tarde para registrar o avanço das negociações no que diz respeito à questão dos royalties. Nós entendemos que o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e São Paulo não podem perder, mas entendemos também que os outros Estados precisam ganhar. Então, fruto dessa discussão, temos percebido um avanço com os nossos Governadores, os nossos Senadores e também aqui nesta Casa. Temos certeza de que nos próximos dias, talvez semanas, vamos ter isso definido, e todos sairemos ganhando com essa discussão. Quero parabenizar o Governador do meu Estado, o Espírito Santo, Renato Casagrande, que tem trabalhado nesse sentido, preocupado com a nossa população, preocupado com o Estado do Espírito Santo e com os nosso Municípios. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, por ato da Presidente Dilma Rousseff, o Dr. Roberto Gurgel foi indicado para continuar à frente, em mais um mandato, da Procuradoria Geral da República, cargo que vem exercendo com reconhecida competência, revelando a sua cultura jurídica ao defender o interesse público, e o fazendo com inexcedível determinação e coerência. A matéria, agora, será submetida ao exame do Senado Federal, cuja Comissão de Constituição e Justiça vem de ser convocada para apreciar a decisão, sendo provável que o faça nas próximas horas, em razão do recesso parlamentar, a ocorrer no dia 17, conforme texto constitucional em pleno vigor. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Mencione-se que, em seu primeiro mandato, Roberto Gurgel demonstrou inequivocamente ser um autêntico defensor da sociedade. Compondo lista com mais dois outros ilustres membros do MP, o eminente conterrâneo reúne qualidades para permanecer à testa da instituição. Ressalte-se, por oportuno, que no dia 22 espira o prazo do presente mandato, o que passa a justificar maior celeridade na tradicional sabatina a cargo da CCJ. Ao registrar desta tribuna a acertada decisão da Primeira Magistrada do País, desejo testemunhar... (O microfone é desligado.) PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, por ato da Presidente Dilma Rousseff, o Dr. Roberto Gurgel foi indicado para continuar à frente, em mais um mandato, da Procuradoria Geral da República, cargo que vem exercendo com reconhecida competência, revelando a sua cultura jurídica, ao defender o interesse público, e o fazendo com inexcedível determinação e coerência. A matéria, agora, será submetida ao exame do Senado Federal, cuja Comissão de Constituição e Justiça vem de ser convocada para apreciar a decisão, sendo provável que o faça nas próximas horas, em razão do recesso parlamentar, a ocorrer no dia 17, conforme texto constitucional em pleno vigor. Mencione-se que, em seu primeiro mandato, Roberto Gurgel demonstrou inequivocamente ser um autêntico defensor da sociedade, exarando pareceres muito bem fundamentados e participando das sessões do Supremo Tribunal Federal e, muitas vezes, do Tribunal Superior Eleitoral. Compondo lista, com mais dois outros ilustres membros do MP, o eminente conterrâneo reúne qualidades para permanecer à testa da Instituição, cercado do respeito de seus pares e da própria opinião pública brasileira, já que possui folha de inestimáveis serviços prestados na defesa de princípios éticos inafastáveis, que há sabido patronear, com exemplar proficiência. Ressalte-se, por oportuno, que no dia 22 espira o prazo do presente mandato, o que passa a justificar maior celeridade na tradicional sabatina a cargo da CCJ e, a seguir, no plenário daquela Casa, que já tive o privilégio de presidir em década passada. Ao registrar desta tribuna a acertada decisão da Primeira Magistrada do País, desejo testemunhar, em nome de nossa bancada, a convicção de que, na nova investidura, o atual Procurador prosseguirá na sua faina indormida de fazer cumpridas as normas inflexíveis preceituadas no artigo 127 da Lei Magna, cognominada por Ulysses Guimarães de Carta Cidadã, da qual Quinta-feira 7 35413 me honro de haver sido o segundo signatário, através da qual se restabeleceu, em sua plenitude, o Estado Democrático de Direito. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Sérgio Barradas Carneiro, do PT da Bahia. O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Presidente. É sempre uma satisfação vê-lo sentando nesta cadeira. Nós, que nascemos no século passado, Sr. Presidente, assistimos a uma extraordinária transformação da nossa sociedade a partir do advento da Internet, que, como tudo na vida, tem dois lados: de um lado, ouvimos notícias a respeito da invasão do e-mail pessoal da Presidente Dilma Rousseff, num provedor comercial, ex-Ministro José Dirceu, um hacker anunciando a morte do Presidente Barack Obama – vemos a invasão de sites governamentais; por outro lado, assistimos à feitura, na Finlândia, de uma nova constituição, com a participação direta dos seus 311 mil habitantes através das redes sociais do Facebook, do Orkut. Nós precisamos discutir nesta Casa a regulamentação da Internet no País. O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste dia 6 – portanto, hoje –, as centrais sindicais, juntamente com os movimentos sociais, estão em mobilização em todo o País para marcar o início da campanha salarial de diversas categorias, que se inicia a partir deste mês, reivindicando melhoria na qualidade de trabalho. Ao mesmo tempo, reivindicam a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário. Essas são as reivindicações dos trabalhadores brasileiros e dos movimentos sociais nessa mobilização. Quero também fazer um outro registro sobre os dados que o INCRA apresentou a respeito de concentração de terras no País. Por incrível que pareça, por mais que o Presidente Lula tenha feito desapropriações, vem aumentando a concentração de terras no País. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste dia 6 de julho, todas as centrais sindicais realizarão em todo o País uma série de mobilizações que marcarão o início das campanhas salariais de diversas categorias no segundo semestre. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), juntamente com movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central de Movimentos Populares (CMP), a Marcha Mundial de Mulheres, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) 35414 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e outras entidades da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) paralisaram atividades, atrasaram a entrada em seus locais de trabalho e estão promovendo panfletagens e passeatas para defender um novo modelo de desenvolvimento em que todos conquistem ganhos reais com o crescimento brasileiro. A CGTB, a CTB, a Força Sindical, a Nova Central e a UGT, também com o apoio dos movimentos sociais do campo, trazem hoje para o centro da pauta a campanha pela redução da jornada de trabalho para 40 horas, pelo ganho real nos salários e pela reforma agrária. Nesse processo de refluxo da luta social no Brasil, a construção da unidade é fundamental para que possamos pensar, inclusive, nos próximos passos na luta dos trabalhadores, tanto dos trabalhadores urbanos quanto dos trabalhadores rurais. Essa mobilização é uma finalização da construção da unidade da luta. Senhores e senhoras, a unidade entre os lutadores do campo e da cidade é fundamental diante da luta contra a concentração de riquezas, de terras. Além disso, a mobilização mostra que a classe trabalhadora é contra a investida do capital no Brasil. A luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário será uma das principais pautas das manifestações que ocorrerão em todo o Brasil. Com a redução, todos os trabalhadores e trabalhadoras ganharão, juntamente com a sociedade brasileira, que será beneficiada com a criação de novos empregos, tendo uma aposentadoria digna e tempo para o lazer, o que é direito de todos e de todas. Além disso, o Plano Nacional de Educação também é alvo de discussão dos trabalhadores e trabalhadoras, que reivindicam que ao menos 10% do PIB brasileiro sejam destinados à educação, incluindo um maior investimento nas escolas do campo. Viva à classe trabalhadora de todo o Brasil. E vamos à luta! Outro assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. A concentração de terras no Brasil e a improdutividade aumentaram entre 2003 e 2010. Dados do INCRA, levantados a partir da autodeclaração dos proprietários de terra, revelam que 130 mil proprietários de terras concentram 318 milhões de hectares. Em 2003, eram 112 mil proprietários com 215 milhões de hectares. Mais de 100 milhões de hectares passaram para o controle de latifundiários, que controlam, em média, mais de 2.400 hectares. Quanto à improdutividade, os dados mostram que houve um aumento das áreas que descumprem a sua função social. Se em 2003 eram 58 mil proprietários que controlavam 133 milhões de hectares im- Julho de 2011 produtivos, em 2010 são 69 mil proprietários com 228 milhões de hectares abaixo da produtividade média, utilizando-se o defasadíssimo índice de produtividade que data de 1975; se utilizássemos como parâmetro o Censo Agropecuário de 2006, esses números seriam ainda maiores. É justamente na Região Norte, palco da escalada de violência contra trabalhadores rurais neste último mês, onde há o maior registro de concentração de propriedades rurais nas mãos de poucos proprietários. A área total cadastrada experimentou aumento expressivo de 90,5% no período. No que se refere às grandes propriedades, houve um crescimento de 133%, passando de 54,8 milhões de hectares em 2003 para 127,8 milhões de hectares. Vivemos em um período em que não mais se justificam o latifúndio e a improdutividade diante de tantas tecnologias para a produção em alta escala. O descumprimento da função social diante de um aumento de número de cadastros de proprietários rurais revela um descaso com a nossa própria Constituição Federal, quando não resvala em crimes, como os massacres, tal como o de Eldorado dos Carajás, o de Felisburgo e tantos outros que aconteceram ao longo da história. Se o direito de propriedade depende do cumprimento da função social, não precisamos ter dúvidas acerca da destinação dessas áreas para a reforma agrária, que deve ser uma das políticas para a erradicação da miséria no campo brasileiro. No meio rural, segundo dados do próprio Governo Federal, vivem 46,7% do total de pessoas extremamente pobres. São justamente indígenas, quilombolas, ribeirinhos, sem-terra, marisqueiros, que têm necessidades diferentes e que envolvem o investimento público em crédito, o incentivo ao cooperativismo, a criação de agroindústrias, a assistência técnica, a demarcação de terras e a reforma agrária. Senhoras e senhores, a realidade é preocupante. Já protocolei nesta Casa um projeto que visa à revisão dos índices de produtividade rural, mas só isso não é suficiente. Precisamos criar mecanismos para que esta farra do descumprimento da Constituição Federal, no que diz respeito à função social da terra, deixe de ser algo recorrente e passe a ter sérias punições de modo a assegurar o desenvolvimento de forma sustentável no campo brasileiro. Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que este pronunciamento seja divulgado pelo programa A Voz do Brasil e demais meios de comunicação da Casa. Muito obrigado! O SR. MANATO (PDT-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiramente eu gostaria de registrar que hoje, pela manhã, o Governador Renato Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Casagrande esteve aqui em Brasília, no gabinete da 1ª Vice-Presidente, em reunião com a bancada federal, para nos colocar a par das negociações relativa aos royalties do petróleo. Tenho certeza de que essa negociação será boa para os Estados e Municípios produtores e não produtores, será boa para o Brasil. Aproveito para parabenizar o Governo Federal pelo programa de telefonia fixa para as famílias de baixa renda a R$9,50 por 90 minutos mensais, para atender à expectativa de 13 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. Essa iniciativa é oportuna, e tenho certeza de que as concessionárias, ao reduzirem essa tarifa, vão conseguir incluir aquelas milhões de famílias que estão fora desse benefício. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as manchetes e os jornais da semana passada informaram que o Governo prepara um programa de telefones fixos para famílias e pessoas de baixa renda a R$9,50 por 90 minutos mensais. A expectativa do Governo é atender cerca de 13 milhões de casas beneficiadas pelo Bolsa Família, os aposentados rurais e os cadastrados como deficientes que até hoje não têm tido acesso aos serviços de telefonia por causa dos altos preços e sobretudo da tarifa básica, que anda nos R$46,00. Essa iniciativa do Ministro Paulo Bernardo é louvável, correta e oportuna. Ele já até negociou com as concessionárias a redução das tarifas. É preciso dizer, Sr. Presidente, que as empresas de telefonia não vão ter prejuízo algum, pelo contrário, terão muito lucro, pois incluirão esses milhões de famílias e pessoas que antes estavam de fora, excluídos desses serviços. Por isso, todos sairão lucrando: as famílias que não têm condições de pagar quase 50 reais por mês de tarifa básica, mesmo que não usem o telefone, e agora, no caso de real implantação desse projeto, vão poder usar 90 minutos por mês a um preço bem mais razoável; e as próprias empresas vão aumentar em muito seus lucros, pois vão ter uma clientela que antes estava excluída, fora do sistema, incapacitada de arcar com os elevados custos da conta de telefone. Essa providência é só o primeiro passo na inclusão de grande parcela da população, pois as empresas vão ter a oportunidade de oferecer diversos serviços e ganhar a fidelização de milhões de novos clientes, que de outra maneira nunca poderiam atingir. Quero destacar ainda, Sr. Presidente, que sempre defendi a ampliação da oferta da telefonia e também do Quinta-feira 7 35415 serviço de Internet para os cidadãos de baixa renda, os idosos que vivem de salário mínimo e os deficientes. Outra luta em prol da população a que tenho me dedicado é a respeito da velocidade de banda larga realmente oferecida pelas prestadoras de serviço de Internet. Todos os brasileiros que assinam serviço de banda larga sabem que todas as prestadoras oferecem, em média, apenas 10% da velocidade contratada, embora no final do mês a conta venha no valor integral. Por que não pagar o valor correspondente à velocidade realmente oferecida? Essa é outra frente de batalha a que me tenho dedicado. De qualquer maneira, merece elogio essa medida do Ministro Paulo Bernardo, em conjunto com a Presidente Dilma Rousseff. Ambos têm demonstrado interesse em melhorar a oferta de sistemas de comunicações modernos e eficientes a todos os brasileiros. Esses são os primeiros passos. Outros terão de vir. Não podemos continuar sendo um país dividido, como somos hoje, entre pessoas que têm acesso ao telefone e pessoas que não têm esse recurso. Precisamos trabalhar muito para que, em breve, também não tenhamos de fazer, como hoje fazemos, distinção entre a parcela da população que tem acesso à Internet e as multidões excluídas desse serviço, hoje essencial para todos. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. CELSO MALDANER (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Deputados e Deputadas, eu gostaria de registrar agradecimentos ao Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, relativamente à Instrução Normativa nº 51, que cuida do leite e que entraria em vigor no dia 1º de julho. No dia 30 de junho passado, S.Exa. baixou a Resolução nº 32, que prorroga o início da vigência da referida Instrução, principalmente para as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, por mais 6 meses. A Instrução Normativa que entraria em vigor reduz a contagem de bactérias para 100 mil por mililitro e a contagem de células somáticas para 500 mil. O início da vigência foi prorrogado por mais 6 meses para que todos os produtores do Brasil possam se adequar às normas estabelecidas nessa instrução. E é claro que quem ganha com isso são os consumidores de leite, em termos da qualidade. Também quero parabenizar a Coopercentral Aurora, que, sábado, inaugurou em Pinhalzinho a maior indústria de lácteos de Santa Catarina, inclusive de leite em pó, com 2,2 milhões de litros por dia. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. COSTA FERREIRA (PSC-MA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, a nova Lei da Prisão Preventiva, vigorando 35416 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS desde o dia 4 de julho, pode prover a liberdade para dezenas de milhares de encarcerados em todo o País. Trata-se de medida polêmica que está causando desde incompreensão a insegurança, já que 183 mil presos ainda esperam julgamento sem a insuspeita comprovação delitual e milhares deles poderão ganhar as ruas nos próximos dias. Juridicamente, a nova Lei da Prisão Preventiva cumpre com mais eficácia o dispositivo constitucional de garantir a liberdade para crimes considerados leves até a confirmação da culpa. A maioria dos beneficiados pela lei é constituída por pessoas pobres e sem condição de contratar defesa qualificada. Muitos esperam julgamento presos por tempo superior ao que corresponde à pena máxima de seu crime. Os beneficiários da lei são os presos que cometeram crimes leves, puníveis com menos de 4 anos de reclusão e não são reincidentes. Nesses casos a Justiça poderá aplicar penas alternativas, pagamento de fiança e mesmo monitoramento eletrônico em substituição ao aprisionamento. Esse fato foi endossado por Marco Aurélio Mello, Ministro do Supremo Tribunal Federal: “A lei veio corrigir uma generalização da prisão preventiva”. O Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, defende acertadamente que a conclusão do processo precederá a prisão para esses casos, afinal, todos são considerados inocentes até prova em contrário. Até aqui, tudo certo. Entretanto, a realidade brasileira não pode ser tratada a partir de um gabinete formulador de regras para ambientes muito diversos. O temor manifesto na mídia pelo público e por diversos delegados e pelo Procurador Eugênio Pacelli, relator da comissão responsável pelo projeto de lei do novo Código de Processo Penal, de que a medida pode massificar a ideia de impunidade procede. Vivemos num país em que o cumprimento da justiça deixa a desejar. As autoridades, via de regra, vivem em ambientes seguros, podendo dar largas às suas teorias, mas a população periférica compartilha uma realidade bem diferente, muitas vezes sob o império do crime e da impunidade. A insegurança da população não decorre especificamente da Lei da Prisão Preventiva. Esse é apenas um sobressalto numa realidade mais ampla. Na maioria dos Estados brasileiros, mesmo crimes hediondos levam em média 10 anos para serem julgados, tempo suficiente para que se acredite na impunidade. Se os casos não forem analisados com critério, estimando a individualidade e o contexto específico do delito, a nova Lei da Prisão Preventiva pode inibir a denúncia por parte das vítimas, pois muitos crimes Julho de 2011 considerados leves são praticados a mando de criminosos maiores. Um exemplo emblemático é a situação do menor infrator. Pesquisa da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) dá conta de que 53% dos adolescentes infratores cometeram atos infracionais graves, como estupro, homicídios, latrocínio, dentre outros. E muitos deles são cooptados para o crime por criminosos adultos. Outra fonte de temor coerente repousa na falta de investimento na estrutura prisional do País. Presídios e cadeias em número insuficiente e deterioradas, que apresentam condições impróprias mesmo para hospedar presos perigosos, geram superlotação e condição inumana. Sem investimento adequado, a solução para aplacar críticas da ONU pode ser a soltura de presos. Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, diante das realidades que envolvem a questão, evoco a sabedoria dos ensinos de Jesus Cristo, exarado no livro de São Mateus 23.23, sobre ações necessárias: “(...) fazer uma coisa sem omitir a outra”. Muito obrigado. O SR. SIMÃO SESSIM (PP-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fiquei muito feliz com a iniciativa da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, que cedeu espaço para sediar o primeiro polo do Projeto SUDERJ Rio 2016, o único no Rio de Janeiro voltado exclusivamente para as pessoas, sobretudo jovens, com deficiência. O Brasil tem conseguido destaque nas últimas edições dos Jogos Paraolímpicos desde que passou a participar desse tipo de competição, em 1976. Na verdade, os Jogos Paraolímpicos não só mexem com a autoestima das pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, como também contribui para a construção de um mundo bem mais pluralista e humanístico. Por isso, fiquei encantado com o projeto em Nilópolis, na quadra da Beija‑Flor, e tenho certeza de que esse projeto, criado pelo Governo do Estado, tem exatamente este objetivo de criar, de promover a inclusão social. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é fato incontestável que o Brasil tem conseguido destaque nas últimas edições dos Jogos Paraolímpicos desde que passou a participar desse tipo de competição, em 1976. Na verdade, os Jogos Paraolímpicos não só mexem com a autoestima das pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, como também contribui Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para a construção de um mundo bem mais pluralista e humanitário. Eu, particularmente, fiquei muito feliz com a iniciativa da Escola de Samba Beija‑Flor de Nilópolis, na minha querida Baixada Fluminense, que acaba de ceder espaço para sediar o primeiro polo do Projeto SUDERJ Rio 2016, o único no Rio de Janeiro voltado exclusivamente para as pessoas, sobretudos os jovens, com deficiência. O recém-empossado Presidente da Beija-Flor, o jovem Nelson Sennas David, chega ao cargo dando uma bela demonstração de espírito público, de sensibilidade e sobretudo de solidariedade humana. Com isso, a agremiação, que já promove o Projeto Sonho do Beija-Flor, atendendo a mais de mil jovens, que praticam esportes, têm aulas de dança e cursam pré-vestibular gratuitamente, passa a oferecer também espaço para a formação, quem sabe, de futuros atletas, que por certo poderão dar exemplos olímpicos, em um futuro muito breve, de superação dos seus próprios limites. Sr. Presidente e nobres Deputados, todos nós sabemos que o deficiente não quer que tenhamos pena e tampouco compaixão. Ele quer, sim, estímulo, apoio e a nossa participação no processo de democratização das oportunidades, para que seja visto e respeitado, para que possa viver com dignidade e ser feliz. O Projeto SUDERJ Rio 2016, criado pelo Governo do Estado, tem exatamente este objetivo: o de criar, de promover a inclusão social através das atividades esportivas, recreativas e culturais, atendendo às pessoas de todas as faixas etárias, oriundas de qualquer realidade, sem distinção, inclusive portadores de quaisquer tipos de necessidades especiais. O Brasil já tem exemplos de sobra da importância de trabalhos como esse a que se propõe a SUDERJ Rio 2016 e a Beija-Flor. Podemos mencionar os nadadores Clodoaldo Silva e Daniel Dias e os velocistas Lucas Prado, Ádria Santos e Terezinha Guilhermina, medalhistas dos Jogos Paraolímpicos, entre outros. Isso posto, Sr. Presidente, resta-me parabenizar toda a família Beija-Flor – o seu Presidente de Honra, Aniz Abraão David; o Presidente Administrativo Nelson Sennas David; o ex-Presidente Farid Abrão, que coordena o Projeto Sonho do Beija‑Flor; e, de modo especial, o Deputado Estadual Ricardo Abrão, pelo seu empenho na liberação do Projeto SUDERJ Rio 2016 junto ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. Parabenizo ainda os professores, preparadores e todas as demais pessoas envolvidas nesse projeto de vida, torcendo para que o Brasil possa ter cada vez mais orgulho dos filhos guerreiros, que não se deixam abater, em hipótese alguma, pelas adversidades da vida. Muito obrigado! Quinta-feira 7 35417 O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar que ontem, no porto de Vitória do Xingu, Município em que será construída a Hidrelétrica de Belo Monte, chegaram as primeiras máquinas, para comemoração do povo daquela região que há muitos anos vem enfrentando o debate a favor ou contra Belo Monte. Muitos já não acreditavam mais que a hidrelétrica seria construída, depois de 30 anos de estudos. Quero parabenizar o Governo do Presidente Lula e o Governo da Presidente Dilma, que tomaram a decisão de rever um projeto que era inviável e viabilizá-lo, para geração de energia no Rio Xingu – Municípios de Vitória do Xingu, Altamira, Anapu, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Brasil Novo, Uruará, Medicilândia, Placas, toda aquela região que comporá... (O microfone é desligado.) O SR. RONALDO ZULKE (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, queremos informar nossa presença, na última segunda‑feira, no evento relativo à concessão do Prêmio Jovem Cientista, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, aos três melhores trabalhos que foram apresentados na mostra de ciência e tecnologia, realizada pela Fundação Liberato Salzano, de Novo Hamburgo, uma das maiores feiras de ciência do nosso País. Foram premiados os alunos Kawoana Vianna, Vitória Astolfi e Mateus Rockenbach, que estará participando inclusive da reunião anual da SBPC que se realiza nos próximos dias. Informamos ainda que a audiência pública que realizaremos na próxima segunda‑feira, dia 11, na Assembleia Legislativa, com a parceria da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, sobre o ensino técnico daquele Estado, com a presença do Secretário Nacional... (O microfone é desligado.) PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, iniciativas de apoio ao ensino técnico e profissionalizante sempre estiveram presentes em nossos mandatos estaduais e serão intensificadas em nosso mandato federal. Esta é minha segunda manifestação sobre este tão importante tema aqui na Câmara, hoje inspirada por uma bela notícia que vem do Rio Grande do Sul: três estudantes da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo, receberam na segunda-feira o Prêmio Jovem Cientista, concedido pela Assembleia Legislativa desde 2009 – por proposição de nossa autoria –aos três melhores projetos individuais 35418 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS da MOSTRATEC 2010, mostra internacional de ciência e tecnologia promovida por essa instituição. Sou professor de Técnicas Agrícolas e exerci a profissão por muitos anos, quando tive a oportunidade de conhecer gente promissora, com muita vontade de aprender e de ajudar no desenvolvimento do Brasil. Nesse tempo, fiz muitos amigos. E por isso, com muita emoção, quero parabenizar a Kawoana Trauman Vianna, a Vitória Rech Astolfi e o Mateus Rockenbach, dizendo que, além do reconhecimento que vem com essa premiação, vem a oportunidade de continuar se aperfeiçoando – os três estudantes participarão da 63ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC Jovem), que acontece entre os dias 10 e 15 de julho, em Goiânia, Goiás. Quero aproveitar esta oportunidade e comunicar que, na segunda-feira próxima, realizaremos audiência pública com a presença do Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, e do Secretário Estadual da Educação José Clóvis de Azevedo. Na pauta, o ensino técnico no Rio Grande do Sul. E o PRONATEC e o Plano Nacional de Educação serão temas de audiência pública em Porto Alegre – em data a ser definida –, pois nosso requerimento com essa solicitação foi aprovado na Comissão de Educação e Cultura desta Casa. É fundamental que se diga que, além da importância estratégica para o desenvolvimento do Brasil, o ensino técnico e profissionalizante contribui para a formação humanista desses alunos, que são os responsáveis pelo futuro do País. E o Brasil está crescendo. O Rio Grande do Sul está acompanhando esse crescimento. Só com o pré‑sal, a cadeia produtiva do setor precisará preencher, até 2016, 207.646 vagas com profissionais qualificados para atender as demandas que vêm com a exploração do petróleo. E ainda temos investimentos pesados nas áreas de infraestrutura e mobilidade urbana, agricultura, indústria do couro e do calçado, saneamento ambiental, entre outros setores, que passarão a exigir mão de obra qualificada, oriunda da rede de ensino profissionalizante. Faz‑se necessário reforçarmos e ampliarmos a política de qualificação da rede de ensino técnico no Brasil e no Rio Grande do Sul. Os programas federais estão aí com esse objetivo, a exemplo do Brasil Profissionalizado e do próprio Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o PRONATEC. Vivemos um momento de grande desenvolvimento econômico no País – acompanhado pelo Rio Grande –, com geração de empregos e renda, e os diferentes setores da indústria estarão a exigir mão de obra especializada. É chegada a hora de recuperarmos nossa rede de ensino com projetos qualificados, capazes de Julho de 2011 buscar os recursos dos programas federais. A consolidação do Brasil como potência econômica passa por um sistema educacional capaz de formar profissionais capacitados e preocupados com o bem‑estar de toda a sociedade, como é o caso da Kawoana, da Vitória e do Mateus, que merecem nosso reconhecimento e nosso aplauso. O SR. ASSIS CARVALHO (PT-PI. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar aqui o encontro de audiência pública realizada em Teresina, Piauí, nesta segunda-feira, pela Subcomissão de Desenvolvimento do Nordeste, do Senado Federal, presidida pelo Senador e ex‑Governador Wellington Dias, onde foram debatidos temas como aviação regional e fontes renováveis de energia. Estiveram presentes os Senadores José Pimentel (PT/ CE), Benedito Lira (PP/AL), Eduardo Amorim (PSC/ SE) e Vital do Rego (PMDB/PB), além dos Deputados Nazareno Fontelles e Jesus Rodrigues, do PT do Piauí, e Júlio César (DEM) e Marcelo Castro (PMDB). Nós participamos do evento e aproveitamos a oportunidade para apresentar nossa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre ICMS referente a compras pela Internet, ou por telefone, correios e outros meios não presenciais. Existe uma grande desigualdade hoje em relação ao ICMS, principalmente nas compras feitas pela Internet, uma categoria de compras que não está prevista em nossa Constituição. Nossa proposta define que o ICMS seja recolhido para o Estado consumidor, porque os Estados produtores já recebem incentivos fiscais para a produção, geram empregos e ainda arrecadam com as vendas. Como membros da Comissão de Finança e Tributação, onde somos Presidente da Subcomissão de Assuntos Federativos, temos que aproveitar o espaço para igualar as oportunidades ou, pelo menos, diminuir as desigualdades nesse sentido. Queremos parabenizar a iniciativa do Senador Wellington Dias, nosso ex‑governador, do amigo e companheiro do Ceará, Senador José Pimentel, enfim, de todos os membros da Comissão de Desenvolvimento do Nordeste que foram ao Piauí e que querem debater o assunto em todos os Estados. O Piauí foi o terceiro a ser visitado, e o encontro foi um sucesso. Oxalá seja sucesso também nos demais Estados! Já foram realizadas audiências em Alagoas e na Paraíba. É assim que o Parlamento se aproxima mais do povo. E o povo do Nordeste é que tem que dizer o que é bom para o Nordeste. Temos que ter um papel estratégico no Brasil, ouvir a voz do povo e trazer suas propostas, de todos os Estados, para este Parlamento. Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sras. e Srs. Deputados, queremos registrar nos Anais do Parlamento a nossa satisfação e alegria pela aprovação, pela Comissão de Finanças e Tributação, de nosso parecer sobre o Projeto de Lei nº 7.580-A/10, do Poder Executivo, que cria novos cargos de Advogado da União para provimento nos quadros da AGU. Serão criados 560 cargos neste ano de 2011; e mais 280 cargos no ano de 2012. O projeto vai agora para a Comissão de Constituição e Justiça, onde também esperamos a sua aprovação. Queremos agradecer ao Presidente Claudio Putty e a todos os nossos pares naquela Comissão, a CFT, e agradecer a confiança que em nós depositaram os dirigentes da Associação nacional de Advogados da União – ANAUNI, em nome do Presidente Marcos Luiz da Silva, os dirigentes Marroni Arrandi e Bruno Ribas, enfim, todos os que compareceram e acompanharam todo esse processo político de negociações e convencimento. Sabemos todos quanto é importante, neste momento em que o Brasil se prepara para sediar três grandes eventos (a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016), fortalecer os quadros da União para garantir, com eficiência e transparência, a assessoria necessária ao Ministério dos Esportes, ao Ministro Orlando Silva e ao Governo Dilma Rousseff. É preciso ter um quadro para dar sustentação ao Estado para a realização com tranquilidade das obras não só de estádios e arenas esportivas, mas também de aeroportos, rodovias, ferrovias, nos setores de transporte público, turismo, enfim, dar toda a infraestrutura necessária para que o Brasil mostre ao mundo toda sua capacidade de sediar grandes eventos como foi, no Governo Lula, os Jogos Panamericanos do Rio. Muito obrigado. O SR. AROLDE DE OLIVEIRA (DEM-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como é importante termos conquistado, garantida pela Constituição brasileira, a liberdade de expressão, que nos garante uma imprensa livre, capaz de prestar plenamente seus serviços à Nação. É o caso que vemos agora, quando a imprensa contribui para que sejam esclarecidos fatos desabonadores que ocorrem num Ministério do atual Governo. Eu fico muito feliz porque nós batalhamos para introduzir na Constituição brasileira, de forma autoaplicável, a liberdade de imprensa. Peço a V.Exa. que registre o pronunciamento que faço a respeito. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Quinta-feira 7 35419 Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, até a promulgação da Constituição de 1988, as concessões de rádio e TV eram outorgadas de acordo com a vontade discricionária dos governantes, significando que prevalecia a vontade do governante. A partir de 1988, com a nova Constituição, nos arts. 220 a 224 foram estabelecidos os princípios que regem a liberdade de expressão, o conteúdo da mensagem, as programações de rádio e TV (isto é, o compromisso político‑sociocultural), a propriedade dos veículos e a atribuição do Congresso Nacional de apreciar as outorgas e a renovação das concessões. Com a Lei Geral de Radiodifusão foi estabelecido o sistema de licitação para outorga e concessão. A posição da UNESCO em julgar como uma anomalia ou uma agressão à democracia o fato de o Congresso Nacional apreciar essas concessões parece completamente desfocada dentro de um sistema democrático e de um Estado de Direito. O Congresso tem representação política e social para fazê-lo. Essa é a verdadeira democracia, a representação de uma nação e dos entes federados na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Penso que o sistema brasileiro de radiodifusão pode ser reavaliado ou mesmo revisto, considerando-se a evolução da tecnologia. A criação de uma agência reguladora específica de radiodifusão pode ser uma boa ideia, desde que a agência seja independente dos governos e autônoma, o que a própria ANATEL não é hoje. Entendo, portanto, que a regulação da radiodifusão já está feita e considero que o constante do art. 220 da Constituição sobre a liberdade de expressão está garantido. Portanto, já é um modelo muito adequado às nossas tradições, cultura e instituições democráticas. Parece-me que há muito pouco a ser modificado, a não ser a criação de uma agência exclusiva para o setor. Havendo garantias para a independência e autonomia da agência, o Congresso poderia se retirar do processo de outorga. Mas a situação permanecendo como está, é recomendável que o processo de outorga permaneça no Congresso. Na verdade, o que está por trás dessas tentativas de modificação do sistema de outorga, da regulação dos veículos e do conteúdo das mensagens é uma tentativa do Governo de centralizar o controle midiático. A causa principal é o novo status tecnológico da comunicação e da informação que a Internet passa a possibilitar a cada cidadão com a interatividade e a pluralidade. Cada internauta passa a ser um comunicador. Ele deixa de ser apenas um número na audiência do rádio 35420 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e da TV. Até então, o processo era gerado a partir de um comunicador para uma multidão. Agora a multidão produz conteúdo de comunicação para outra multidão. É claro que essas características, no Brasil muito acentuadas, com a Internet muito livre, acarretam a geração de inúmeras alternativas de mídia e formação de clusters, grupos de interesse que se comunicam especificamente nos sistemas de redes particulares. Acabamos de ver o efeito da Internet divulgando e formando opinião nas revoltas populares ocorridas no Oriente Médio e a perda de controle por parte dos governos. É claro que a radiodifusão permanece importante. Como se comprova historicamente, os meios de comunicações social não são excludentes, mas são cumulativos e complementares. Os meios de comunicação começaram muito tempo atrás com o comício, a imprensa de Gutenberg, o teatro, o livro, o cinema, o rádio e a TV, até chegar aos nossos dias. Com a chegada dos novos meios, os antigos permaneceram, foram se aperfeiçoando e passaram a ser complementares aos sucessores. Aos governos, politicamente, interessam os meios; e ao governo o papel de centralizador das mensagens a serem difundidas à sociedade. Assim se controla o conteúdo das mensagens. Resumindo: o sistema brasileiro está plenamente sintonizado com as exigências da democracia e do Estado de Direito previstas na Constituição Federal. O que não quer dizer que não caibam aperfeiçoamentos pontuais após exaustivos debates. A avaliação da UNESCO em relação ao Brasil não procede, é desqualificada. Mas as sugestões, principalmente as boas, que possa fazer nessa área servirão para aquecer o debate e estimular aperfeiçoamentos legais. Obrigado. O SR. AFONSO HAMM (PP-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Deputados e demais pessoas que estão nos acompanhando pelos meios de comunicação e de difusão da nossa TV Câmara e da Rádio Câmara, quero dar como lido este pronunciamento que faz referência exatamente às comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo, 2 de julho. Inclusive, está havendo aqui na Casa um seminário neste momento para tratar da juventude, do futuro do cooperativismo e do futuro dos jovens na questão associativa relacionada ao cooperativismo. Quero destacar a nossa Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB; seu Presidente, Márcio; e a OCERGS, do meu Estado do Rio Grande do Sul. Gostaria também de destacar que somente no Rio Grande do Sul nós temos hoje 179 cooperativas Julho de 2011 fazendo parte do sistema agropecuário e 606 cooperativas no total, representando 10% do PIB. Eram essas as nossas considerações. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta quarta-feira está sendo comemorado, aqui na Câmara dos Deputados, o Dia Internacional do Cooperativismo, assinalado no dia 2 de julho. O auditório Nereu Ramos é palco do Seminário Juventude: O Futuro do Cooperativismo. Todos nós sabemos que os jovens são os protagonistas do futuro do nosso País. São eles que, com suas ideias inovadoras, vão trilhar novos caminhos para que o Brasil continue em franco processo de desenvolvimento. As comemorações pelo Dia Internacional do Cooperativismo estão ocorrendo em todas as partes do mundo. No Brasil, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) desenvolverão ações de forma sistêmica, com o objetivo de envolver as organizações dos 27 Estados brasileiros e as cooperativas filiadas. Aqui, na Câmara, o evento conta com a presença de jovens cooperativistas de todo o País, que vão participar de atividades em grupo, ouvir e apresentar experiências sobre empreendedorismo, além de participar de debates sobre o cooperativismo. Também estão presentes representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e de entidades parceiras. O encontro tem por objetivo promover a mobilização em torno do diálogo e do entendimento entre as gerações, destacando assuntos como paz, liberdade, humanismo e, principalmente, solidariedade. A juventude e o futuro do cooperativismo devem estar presentes na pauta das discussões. Precisamos debater políticas públicas de educação, saúde, cultura e lazer e transformar essa juventude em solução e exemplo de mudança para nosso Brasil. Neste contexto, o cooperativismo surge como grande alternativa para o desenvolvimento econômico e social do País. O cooperativismo é um modelo socioeconômico com referenciais de participação democrática, independência e autonomia. Ao todo, são 6.652 cooperativas no Brasil, dividas em 13 ramos de atividades econômicas e com a participação de aproximadamente 8,5 milhões de associados e de cerca de 6% do PIB brasileiro. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS No Rio Grande do Sul, meu Estado de origem, são 606 cooperativas cadastradas na OCERGS (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul). São cerca de 2 milhões de associados, 50 mil empregos diretos gerados e um faturamento anual de 18 bilhões de reais. O faturamento anual do cooperativismo gaúcho é de 18 bilhões de reais! As cooperativas gaúchas movimentam a economia com 10,11% do PIB do Rio Grande do Sul. As cooperativas do Rio Grande do Sul contribuem com diversos setores do Estado: as agropecuárias detêm 59,57% do PIB Agropecuário do Estado; o sistema cooperativo de saúde já construiu sete hospitais; as cooperativas de infraestrutura investiram cerca de 204 milhões de reais na construção de 21 Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, que geram energia limpa, sustentável e renovável e atendem ao Programa Luz para Todos; e o ramo de crédito ocupa o quinto lugar no ranking das 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul. O cooperativismo está presente também na educação, no transporte, no trabalho, na habitação, na mineração, na produção, no consumo, no turismo e na inclusão social de pessoas. No ramo agropecuário, destaco que o meu Estado tem 179 cooperativas, oportunizando mais de 27.161 empregos, o que representa 56,45% do total de empregados em cooperativas gaúchas. O número de associados em cooperativas agropecuárias é de 284.606 (14,61% do total de associados a cooperativas no Estado). A participação no PIB agropecuário gaúcho é de 59,57%. Destaco aqui a atuação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul (SESCOOP/RS), que propõe uma série de projetos – Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo, Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, reestruturação do cooperativismo agropecuário, acordos internacionais, parcerias para cursos de pós-graduação e capacitações para empregados e associados de cooperativas. Em 2009, o SESCOOP/RS inaugurou o Centro de Formação Profissional Cooperativista, em Porto Alegre. O local está disponível para as cooperativas, para capacitações e cursos de pós-graduação realizados pelo SESCOOP/RS em parceria com universidades. Dada a importância do cooperativismo, reforço aqui o convite aos Parlamentares para que participem do evento hoje, a partir das 14 horas, no Auditório Nereu Ramos, para que possamos desenvolver nos jovens brasileiros consciência cooperativista, preparando futuros associados e dirigentes para uma atuação mais Quinta-feira 7 35421 comprometida com as cooperativas, transformando desafios em oportunidades. Sr. Presidente, peço a divulgação deste discurso nos meios de comunicação desta Casa Legislativa. Era o que eu tinha a manifestar. Muito obrigado! O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, neste momento em que autoridades públicas, paradoxalmente, pedem código de ética até para si mesmas e que os desmandos, aí não paradoxalmente, corriqueiramente, se repetem, eu fui a 1250 anos antes de Cristo. Não precisa inventar código de ética nenhum; basta seguir a Lei Mosaica, apresentada no Monte Sinai. Está no Livro do Êxodo. Simplesmente, todos nós, Ministros, governantes, temos que amar a promoção do bem comum. Está lá, determinado: não pronunciarás a expressão “interesse público” em vão; guardarás nítida separação entre o público e o privado; honrarás os antecessores honestos, porque eles existem – não é, Deputado Garotinho? Não matarás a esperança do povo com falcatruas; não cometerás atos de promiscuidade entre o público e o privado; não roubarás o Erário; não darás falso testemunho; não cobiçarás o que não te pertence; e zelarás, com rigor máximo, pelo patrimônio público. Esse decálogo resolve muitos problemas. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos que assistem a esta sessão ou nela trabalham, nosso Estado laico, advindo da República, tem raízes culturais da tradição judaico-cristã. Por isso, quando autoridades públicas flagradas em desmandos surpreendem ao pedir controles sobre sua atuação, cabe ir lá atrás e lembrar o capítulo 20 do Livro do Êxodo, do Antigo Testamento bíblico, escrito no ano 1250 antes de Cristo. Ali um Deus libertador, que “faz sair seu povo da casa da escravidão”, já oferecia a Moisés regras de conduta, um decálogo de princípios. Estes imperativos e proibições orientaram uma prática de vida que, atualizada, pode inibir a sucessão de transgressões à moralidade pública, corriqueira em nossa política contemporânea. A releitura dos Dez Mandamentos há de ser útil a qualquer autoridade brasileira, cingidas que estão aos preceitos constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência: 1. Amarás a promoção do bem comum, e não dos seus bens patrimoniais – “bezerros de ouro” da 35422 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS prosperidade particular –, com todo o teu coração e entendimento; 2. Não pronunciarás a expressão “interesse público” em vão, confundindo-a com a idolatria dos negócios privados; 3. Guardarás nítida separação entre dedicado trabalho e salutar descanso, desfrutando deste sem nenhuma vantagem indevida ou “mimo” interessado derivado daquele; 4. Honrarás todos os antecessores que, na vida pública, praticaram a honestidade, o serviço, a defesa de causas de justiça para as maiorias desvalidas; 5. Não matarás a esperança do povo com práticas que degeneram o sentido maior da política, corrompendo-a pelo poder dissolvente do dinheiro e da hipocrisia; 6. Não cometerás atos de promiscuidade entre o público e o privado ao manter relações impublicáveis de intimidade com aqueles que têm interesses em contratos do Estado; 7. Não roubarás o erário, em nenhuma das variadas e inventivas formas que a corrupção sistêmica criou: tráfico de influência, compras sem licitação, isenções fiscais sem critério, polpudas doações de campanha com retorno em obras públicas superfaturadas; 8. Não darás falso testemunho nem obrigarás sua assessoria de imprensa a mentir para esconder viagens e relações que não resistem à transparência e aos critérios da moralidade administrativa; 9. Não cobiçarás, fascinado pela ascensão à vida de luxo e prazeres, o que não te pertence, nem darás a teus cônjuges, parentes consanguíneos diretos ou amigos privilégios e oportunidades que não são oferecidas às pessoas comuns; 10. Zelarás com rigor máximo pelo patrimônio público sobre o qual tens mandato e que transitoriamente gerencias. Agradeço a atenção. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Cesar Colnago, pelo PSDB do Espírito Santo. O SR. CESAR COLNAGO (PSDB-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer um registro nesta tarde. A OCB nacional, juntamente com a Frente Parlamentar do Cooperativismo, está realizando o Seminário Juventude: O Futuro do Cooperativismo, em comemoração à data de 4 de julho, Dia Nacional do Cooperativismo. Quero parabenizar os participantes do seminário, que está acontecendo aqui na Câmara dos Deputados, no Auditório Nereu Ramos, a juventude rural e também a juventude cooperativista das áreas urbanas, assim como todos aqueles que acreditam no cooperativismo. Julho de 2011 Informo também a instalação da Frente Parlamentar em Defesa das Centrais de Abastecimento Interno (CEASAS), que se organizaram, através dos seus presidentes, que pediram que tivessem uma representação nesta Casa. Hoje foi instalada a diretoria dessa frente parlamentar. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem a palavra o Deputado Enio Bacci. O SR. ENIO BACCI (PDT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ontem entrou em vigor a nova lei sobre prisão preventiva e prisão em flagrante. Parece que não perceberam o efeito bombástico que essa lei vai ter no contrabando de armas. Por quê? Porque alguém que for encontrado com uma metralhadora ou com um fuzil AR-15, desde que não seja reincidente, ou seja, não tenha nenhuma condenação, não pode ser preso nem em flagrante, nem em prisão preventiva. Então, é urgente que se faça uma reavaliação do que entrou em vigor ontem. O que é positivo, o.k. Mas não é aceitável que alguém que porte uma arma restrita, como metralhadoras e AR-15, mesmo não tendo nenhuma condenação anterior, possa se livrar de uma prisão preventiva. É lógico, quem anda com uma AR-15 não é para brincar, e sim para praticar um crime mais grave, Sr. Presidente. A SRA. SUELI VIDIGAL (PDT-ES. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, colegas Deputados e Deputadas, gostaria de deixar registrado nos Anais desta Casa que vai acontecer na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, no dia 12 de agosto, um seminário sobre drogas. O presidente desse seminário é o meu companheiro de partido, o Deputado Dr. Jorge. E eu fui convidada pela Mesa para ser a relatora desse seminário em virtude de ter participado da Comissão de Seguridade Social e Família. Fiz parte da Comissão Externa para analisar in loco as políticas sobre drogas na Itália, na Holanda e em Portugal. Então, eu quero aqui deixar registrado e aproveitar para convidar os meus pares do Espírito Santo e convidar todos do Estado do Espírito Santo que porventura estejam me assistindo, dando-me o privilégio de me assistir neste momento. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. SANDRO ALEX (Bloco/PPS-PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ontem a Comissão de Ciência e Tecnologia estabeleceu a Subcomissão da Rádio Digital. O Deputado Manoel Junior foi eleito Presidente da Subcomissão e eu fui escolhido como o Relator da Rádio Digital no Brasil. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quero agradecer a confiança dos Deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia neste momento importante da escolha do novo formato da rádio digital no Brasil. Estaremos trabalhando para que a população, para que os ouvintes tenham esse benefício. Quero dizer também, Sras. e Srs. Parlamentares, que no próximo dia 13, próxima quarta-feira, nós estaremos realizando audiência pública sobre crimes da Internet, por requerimento de minha autoria, na Comissão, para embasar os Deputados para a votação dos projetos que tipificam esses crimes no País. A audiência vai ser na Comissão de Ciência e Tecnologia, mas também estarão lá a Comissão de Direitos Humanos e a Comissão de Segurança Pública. Será uma ocasião muito importante para debatermos os crimes na Internet. A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB-MG. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar nossa grande preocupação com um acontecimento que se deu no centro da cidade de Belo Horizonte: a explosão de um bueiro num cruzamento e que atingiu um senhor e o seu filhinho. A CEMIG – Central Elétrica de Minas Gerais, uma empresa que se desenvolveu e cresceu a partir da sua capacidade de investir e do seu domínio de ser uma empresa estatal, estranhamente está realizando a terceirização, levando à precarização dos serviços e, sobretudo, adotando a mais alta tarifa do mundo. Nós só perdemos, segundo estudos de um professor, para quatro regiões do Japão, e por características climáticas. Por isso, solicitamos que sejam tomadas as devidas medidas para que a família de Belo Horizonte não esteja ameaçada, assim como estendemos nossa solidariedade aos moradores da cidade do Rio de Janeiro pelo mesmo caso. Era isso, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna cobrar veementemente uma explicação da CEMIG e a garantia de que se trata de um caso isolado, que não mais se repetirá. Estou falando da explosão de um bueiro – uma caixa de energia – em pleno cruzamento da Rua Carijós com a Rua Curitiba, no hipercentro de Belo Horizonte, na tarde de segunda-feira. O local é de grande movimento e fez duas vítimas – um homem e seu filhinho –, que, embora com escoriações e queimaduras, já estão em casa. Com a explosão, voaram estilhaços e o calor subiu, assustando pedestres. Na noite de ontem, na região da Savassi, o barulho de uma explosão seguido de um apagão também Quinta-feira 7 35423 levou pânico a quem passava na região. Ainda não se sabe o que houve. Estamos aguardando as explicações e providências da CEMIG para ambos os casos. Não queremos – ninguém quer – viver o drama a que estão expostos os moradores da cidade do Rio de Janeiro, onde já foram registradas 44 explosões de caixas subterrâneas de energia, fazendo, inclusive, uma vítima fatal. Isso ocorre desde que a empresa foi privatizada, em 1996. Só nas últimas 24 horas, o Rio contabilizou seis tampas da Light indo para os ares. Nós, de Belo Horizonte, não vamos copiar mais essa desgraça do Rio. Essa irmandade nós rejeitamos. Mas estamos com as barbas de molho, como dizem os que já viveram e já viram muitas coisas, mesmo porque, Sr. Presidente, a CEMIG é uma das maiores controladoras da Light. Em Minas, pagamos a maior tarifa de energia elétrica do País e do mundo. Na verdade, segundo estudo do Promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, José Antônio Baeta de Melo Cançado, só perdemos mesmo para quatro regiões do Japão, por motivos climáticos e geográficos. Temos assistido à precarização dos serviços, sua terceirização e a redução de pessoal especializado. São questões sistematicamente denunciadas pelos sindicalistas, trabalhadores que lutam pela boa qualidade dos serviços públicos prestados no Estado e no País. A CEMIG já adiantou que no caso do acidente de segunda-feira a proteção do sistema isolou o problema e nenhum cliente teve o serviço suspenso, e que provavelmente houve um curto-circuito em um cabo. As alegações são muito similares àquelas dadas pela Light para as ocorrências no Rio. Mas isso não basta. Queremos uma explicação plausível e a garantia de que isso não se transformará em mais um risco corriqueiro para os que pagam as maiores tarifas, os mais absurdos impostos do mundo para ter um serviço de qualidade. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Sr. Deputado Edinho Bez. O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na manhã desta segunda-feira, dia 4, estive presente no Município de Lages, em Santa Catarina, por ocasião da abertura do 1º Seminário de Sistemas de Ensino de Santa Catarina. O evento foi uma promoção do Conselho de Educação (CCE) e da Secretaria Estadual de Educação (SED), através da Gerência de Educação de Lages, em parceria com a UNIPLAC (Universidade do Planalto Catarinense), cujo auditório foi palco do ciclo de palestras. 35424 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De acordo com os organizadores, mais de 600 pessoas se inscreveram. Entre elas, gerentes e secretários municipais de educação de várias regiões do Estado, além de professores e gestores. O seminário foi criado para debater as políticas de integração entre os sistemas de ensino das redes municipal, estadual e federal, a fim de melhorar os índices educacionais e a qualidade do aprendizado. Entre os palestrantes, participaram os doutores do Ministério da Educação (MEC) Carlos Augusto Abicalil e Jaqueline Moll. O evento estendeu-se até o final da tarde de ontem, dia 5 de julho. Segundo o Presidente do Conselho Estadual de Educação, Maurício Fernandes Pereira, em 10 anos, é a primeira vez que o órgão promove um evento fora da Capital Florianópolis. Em seu discurso, ele explicou que a escolha de Lages foi feita pelo bom entrosamento entre o conselho, a gerência regional e a secretaria municipal. A cerimônia de abertura contou com a presença do Secretário do Desenvolvimento Regional de Lages, Jurandi Agustini; deste Deputado, Coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense; da Deputada Estadual Luciana Carminati; do Presidente do Conselho Municipal de Educação; do Reitor da UNIPLAC, Elson Rogério Bastos; da Gerente de Educação de Lages, Fátima Ogliari; da Secretária de Educação de Lages, Sirlei Rodrigues; e do representante do Conselho Estadual de Educação na Serra Catarinense, Gilberto Sá, entre outras autoridades da área de educação. Agradeço o convite para participar desta importante reunião e aproveito para parabenizar o segmento educacional, em nome do Presidente do Conselho Estadual de Educação, Sr. Maurício Fernandes Pereira. Encerro lembrando que falei na oportunidade, concordando com as reivindicações feitas no Brasil inteiro principalmente no que se refere ao aumento da remuneração dos professores. Acho um absurdo um educador não ter merecido um aumento significativo nas duas últimas décadas por parte do Governo, por isso defendo uma ampla mudança no sistema educacional do Brasil. Era o que tinha a dizer. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Hugo Napoleão. O SR. HUGO NAPOLEÃO (DEM-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gostaria apenas de dizer que apresentei, ontem, um requerimento pedindo uma sessão solene especial em homenagem ao ex-Presidente e Senador Itamar Franco. Fui Ministro das Comunicações durante o seu Governo, justamente quando disseminou-se pelo Brasil Julho de 2011 afora a telefonia celular móvel, quando ocorreram os estudos e a verdadeira complementação dos satélites brasileiros de segunda geração, Brasilsat B1 e B2, que até hoje fazem a rede de comunicação de dados e imagens em nosso País. Assim sendo, lamento profundamente o ocorrido, uma vez que ele trouxe uma notável contribuição à política brasileira. Trago os meus sentimentos aos mineiros, aos brasileiros e me junto a eles na dor. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Quero fazer minhas as palavras de V.Exa., homenageando um dos melhores homens públicos deste País, sobretudo porque convivi com ele diretamente, quando eu era Presidente da Câmara. Como não havia Vice-Presidente da República, eu o substituí interinamente 12 vezes, 64 dias. Eu tinha uma amizade pessoal com ele. Tinha por ele muito respeito e consideração. Ao passar a faixa presidencial ao Presidente Fernando Henrique Cardoso – eu ainda era Presidente da Câmara –, ele disse: “Um dos melhores homens públicos que eu conheci foi o atual Presidente da Câmara dos Deputados, Inocêncio Oliveira”. Isso muito me gratificou. Essa amizade perdurou durante muito tempo. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Sebastião Bala Rocha. O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT-AP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero agradecer ao Dr. Altino Ventura, Secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, e, por intermédio de S.Sa., ao Ministro Edison Lobão. Ao participar de uma audiência ontem senti a importância dessa Secretaria, ex-Senador e Deputado Hugo Napoleão, para planejar o futuro do Brasil, do ponto de vista energético. Confesso que não sabia que havia um espaço no Ministério de Minas e Energia com tão nobre objetivo. No caso da Amazônia é fundamental esse planejamento. O Oiapoque, por exemplo, no extremo norte, tem ainda 250 quilômetros que precisam ser interligados por uma linha de transmissão. No Acre, Cruzeiro do Sul; no Amazonas, Parintins. O Governo está estudando como resolver essas situações, incluindo o Oiapoque, no Amapá. Muito obrigado ao Ministério de Minas e Energia. Faço votos para que consiga uma solução o mais rápido possível. Um abraço. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao último orador deste período, Deputado Dr. Aluizio. O SR. DR. ALUIZIO (Bloco/PV-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa., que é médico Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS como eu, bem sabe da dificuldade de uma patologia chamada aneurisma cerebral. Na sexta-feira, ao chegar em casa, convivi, com dificuldade, com essa situação. Minha esposa acabara de receber o diagnóstico de aneurisma cerebral. Provavelmente foram os momentos mais difíceis que vivi. Fui atendido em Itaperuna, cidade do noroeste fluminense, no hospital onde convênio, particular e SUS vivem sob a mesma égide da proposta hipocrática, e fui recebido por três grandes homens: Dr. Antonio Carlos Botelho, Dr. Marcos Haddad, Dr. Carlos Maurício. Eles fizeram os procedimentos necessários em minha esposa e, com a graça e misericórdia de Deus, posso tê-la em minha casa hoje. Onde eu estiver e enquanto eu viver, vou exortar, lógico, a presença divina e a presença desses homens. Quero deixar aqui registrado os meus agradecimentos ao Hospital São José do Avaí, a essas pessoas e a todos que estiveram conosco nesse momento. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Encerrado o período destinado aos discursos proferidos em 1 minuto do Pequeno Expediente, passaremos ao período destinado aos discursos de 5 minutos. Concedo a palavra ao ilustre Deputado Cesar Colnago. O SR. CESAR COLNAGO (PSDB-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há poucos dias cobrei desta tribuna melhorias e mais investimentos para as rodovias federais, especialmente as do meu Estado, o Espírito Santo, com base em dados que recebi do Ministério dos Transportes em atendimento ao requerimento de informações, que encaminhei por intermédio desta Casa, sobre a situação dos trechos capixabas e sobre o número de mortes, que só aumenta nas estradas. Das cinco rodovias federais que cortam o Espírito Santo, especialmente as BRs 101, 262 e 259, registram-se 25 pontos de completa insegurança, quanto ao traçado ou quanto à falta de manutenção. No entanto, entre os anos de 2003 e 2010, durante o Governo Lula, dos R$830 milhões previstos para a manutenção das estradas federais do Espírito Santo, apenas 10% foram repassados ao meu Estado. A BR-101, Deputado Mourão, no Espírito Santo, foi asfaltada em 1970 e projetada em 1960, quando, na contagem dos veículos, chegou-se ao número de 150; hoje passam mais de 80 mil naquela estrada, e ela ainda é a mesma. Não podemos deixar de discutir esse tema. Insisto em que o Governo Federal cumpra seu dever de cuidar da infraestrutura das nossas estradas. Os registros de mortes chegam-nos diariamente. Há Quinta-feira 7 35425 35 mil mortes por ano nas estradas federais em nosso País. É preciso retomar com seriedade o investimento nas rodovias, que matam mais do que muitas doenças. As estradas estão repletas de buracos, com riscos de deslizamentos de barreiras, sem manutenção, e lamentavelmente nada se faz. Chocados, vimos a revista Veja estampar em suas páginas escândalos envolvendo cobrança de propina no Ministério dos Transportes a empreiteiros e consultorias da engenharia, um percentual de 4% a 5% do valor de obras do Governo Federal realizadas com o recurso da pasta. Denúncias como essa são apenas uma amostra do que se pode disseminar por toda a Administração Federal se vingar a proposta de afrouxar as regras para a contratação de obras públicas no País, que já se inicia com o chamado Regime Diferenciado de Contratação para obras da Copa do Mundo. Abrem-se as portas para um verdadeiro balcão de negócios que desviará recursos recolhidos do contribuinte, recursos que deveriam ser utilizados em serviços públicos, em infraestrutura para os cidadãos do nosso País, mas em vez disso pavimenta-se a autoestrada para a prática da corrupção. Sabia-se que a dificuldade da gestão do PT de retirar obras do papel era consequência de uma má gerência administrativa crônica. Mas não é só isso. Como mostrou a matéria da revista Veja, além da desorganização, vemos infelizmente o Palácio do Planalto tolerante à corrupção, ao superfaturamento e aos desvios de recursos. No Ministério dos Transportes os custos das ações do PAC decolaram. Em obras ferroviárias, por exemplo, em pouco mais de 1 ano o orçamento passou de R$11,9 bilhões para os atuais R$16,4 bilhões, cerca de R$4,5 bilhões a mais, numa alta de 38%. No DNIT, descalabro semelhante: obras inscritas no PAC apresentam sobrepreço de R$10 bilhões. O que corre à solta no Ministério dos Transportes e no DNIT é a comprovação inquestionável e perversa de como a corrupção também pode ceifar vidas de milhares de pessoas, que se arriscam diariamente pelas estradas deste País, principalmente aqueles profissionais motoristas de caminhão, além de tantos outros que vão passear e encontram a morte. Nós bem podemos poupar os lares e as famílias brasileiras de toda essa tristeza, esse sofrimento. Espero que a Presidente Dilma, que iniciou ações mas infelizmente não foi a fundo, possa refletir sobre a ineficiência e a corrupção relacionadas a muitas das nossas estradas, e termine com isso no Ministério dos Transportes. O SR. ALBERTO MOURÃO (PSDB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, o que me traz a esta tribuna é a preocupação que sempre 35426 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tive, desde o primeiro mandato que assumi nesta Casa – este é o meu retorno –, com as questões de saúde, segurança e transporte de massa nas grandes cidades. Aqui, dedicando-me à causa da saúde, deparei-me com a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29/00. Para minha surpresa, tomei conhecimento de que a lei complementar já havia sido votada em primeira discussão nesta Casa e só faltava debater os destaques. Um desses destaques refere-se à criação da CSS, a contribuição social para a saúde, com a qual mais uma vez se reedita a CPMF, num percentual de 0,10%, com o que a arrecadação aumentará mais R$10 bilhões, em valores previstos no exercício passado, que devem estar em torno dos R$12 bilhões este ano. Primeiro, nós não queremos resolver o problema da saúde matando mais uma vez o cidadão com a alta carga tributária. Segundo, tomamos conhecimento pela imprensa e eu inclusive li esta semana no jornal Folha de S.Paulo que os Governos dos Estados e dos Municípios deixaram de aplicar R$12 bilhões na saúde. Costumamos dizer que estatística é na verdade a arte de ficar torturando os números para eles dizerem aquilo que queremos. Parece que essa é uma das verdades, porque os R$12 bilhões que nós citamos há pouco são referentes a 6 anos; ou seja, são R$2 bilhões por ano. Por quê? Porque o projeto estabelece que não contam como despesas da saúde, a partir da regulamentação, o pagamento de pensões e aposentadorias, da merenda escolar ou de artigos de alimentação utilizados na saúde, na limpeza urbana e em obras, e isso dá R$2 bilhões ao todo. O que nós estamos discutindo é a falta de recursos, que somam R$96 bilhões. São 7% do PIB. O que nós estamos discutindo é o fato de o Governo dizer que não quer essa regulamentação, mas na realidade ele quer, porque o substitutivo do Relator na verdade é igual ao que se aplica hoje, uma porcentagem do PIB. Então, se nós votarmos esse projeto do jeito como está, vamos trocar seis por meia dúzia. Vamos continuar com o Governo investindo o que está projetado para este ano, R$71 bilhões. Nós não vamos ter 1 centavo a mais. Só os Estados é que vão acabar tirando dos seus orçamentos essas despesas, e vamos acrescer R$2 bilhões. O que nós estamos dizendo é que há milhares de pessoas neste País morrendo todos os dias por falta de atendimento de saúde, e estão faltando-nos R$96 bilhões. Nós estamos discutindo a distribuição e o excesso de arrecadação dos royalties. Nós estamos dizendo que em 2015 vamos ter R$60 bilhões de arrecadação de royalties, que em 2020 vamos ter R$96 Julho de 2011 bilhões de arrecadação de royalties, e ninguém lembrou-se de pegar parte desse crescimento de receita. Não se trata de tirar dos Estados que estão arrecadando. Não se trata tirar de ninguém, de nenhum Município. Trata-se de instituir um fundo, de direcionar parte desse dinheiro para suprir a saúde, porque o cidadão que anda de carro e consome combustível gerado nesses Estados polui as cidades e cria problemas de saúde, atropela pessoas e cria problemas traumáticos, que levam essas pessoas aos hospitais, cria diversos problemas e demanda serviços nas outras cidades em que se consome o combustível. O que nós queremos é melhorar esse fundo de saúde sem obrigatoriamente criar um novo imposto, é fazer com que o Governo e esta Casa, na discussão da LDO, em vez de pontuarem 17,8% como despesas correntes sobre o PIB, reduzam as despesas para 17%, 0,8% a menos sobre o PIB, uma redução de despesas de R$30 bilhões, o suficiente para pelo menos acertarmos parte daquilo que necessitamos para a saúde. Com parte dos royalties e parte da redução das despesas correntes acharíamos o número necessário para suplementar a saúde neste País. O que não podemos permitir é nos enganarem, é vermos os órgãos de comunicação também serem utilizados e manipulados com informações incorretas. O projeto mais adequado o Governo não quer, aquele que nasceu no Senado, que estabelece que o Governo Federal tem de aplicar 10% da receita corrente bruta, o que daria hoje R$103 bilhões. Sabemos que não dá para repentinamente aumentar a despesa em sessenta e tantos bilhões. Não dá para achar que existe esse dinheiro. Mas um meio termo tem de haver. O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queria dar como lido nosso pronunciamento em repúdio dos crimes de racismo praticados por skinheads em São Paulo. Lá assistimos no último fim de semana a uma violenta agressão, realizada por nove pessoas do grupo intitulado Impacto Hooligan, apoiadores de Hitler e do chamado Orgulho Branco, inclusive com armas letais, contra cidadãos negros e nordestinos. Deixo o nosso repúdio por esse tipo de comportamento. Entendemos que a polícia de São Paulo não pode enquadrar como injúria racial esse tipo de agressão. Na verdade, é racismo. E racismo é crime inafiançável. Por isso, queremos propor a mudança do enquadramento desse tipo de conduta, de agressão, que denunciamos e repudiamos, para que não haja pessoas mortas ou feridas por essa prática racista. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho manifestar, em meu nome e no do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL, nosso repúdio pelos atos de intolerância racial que continuam acontecendo em nosso País. No último domingo a Polícia de São Paulo prendeu cinco jovens integrantes de um grupo skinhead intitulado Impacto Hooligan, por agressão contra quatro pessoas negras na região central da cidade. Outros quatro conseguiram fugir. Os detidos usavam camisetas com os dizeres “White Pride” (Orgulho Branco) e jaquetas com imagens de Hitler. Com eles foram encontradas facas, correntes, punhais, canivetes, soco inglês e até um machado. No depoimento no Distrito Policial, as vítimas, que foram atacadas por volta da 1 hora da madrugada, contaram que enquanto os acertavam com socos e pontapés seus agressores gritavam: “Negros nordestinos, filhos da p..., somos skinheads e vamos matar vocês, seus zumbis!” As vítimas prestaram queixa por racismo, mas os detidos foram indiciados por crime de injúria racial. Ora, injúria racial é crime que caracteriza agressão verbal por conta da cor da outra pessoa. O que aconteceu nesse domingo foi muito mais do que isso! Mas, como o racismo é crime inafiançável, o próprio Estado brasileiro ameniza tais agressões, favorecendo a impunidade. Um dos cinco skinheads presos já havia sido indiciado há 10 meses por crime de intolerância. Ele liderou uma gangue acusada de praticar um atentado a bomba durante a Parada do Orgulho LGBT de 2009. Mas, como foi autorizado a responder ao processo em liberdade, pôde praticar atos de violência mais uma vez. Esse grupo chamado Impacto Hooligan é um dos 20 investigados pela Delegacia de Crimes Raciais e Direitos de Intolerância – DECRADI, que funciona em São Paulo. Atualmente a Delegacia cuida de 130 inquéritos, a maioria por intolerância religiosa, racial, orientação sexual e preferências esportivas. É a mesma turma que gosta de provocar brigas em estádios de futebol. Segundo a DECRADI, para tentar evitar ataques de grupos organizados, os investigadores monitoram as atividades desses grupos – que, no total, envolvem cerca de 200 pessoas –, mas essa ação não tem sido suficiente. A Delegacia afirma, por exemplo, que o caso desse domingo foi o primeiro em que um grupo de skinheads foi além de agressões verbais contra negros. Não é verdade, Sr. Presidente. Organizações de defesa dos direitos humanos e de combate ao neo- Quinta-feira 7 35427 nazismo possuem um conjunto de informações que mostram que essa prática é muito frequente na cidade. Os números do próprio SOS Racismo, registrados pelo Disque Denúncia, revelam que há mais de um caso de discriminação por dia na Capital paulista. Isso porque são subestimados os números de agressões, já que muita gente não denuncia porque duvida que a Justiça seja feita. É por isso, Sras. e Srs. Deputados, que esse caso precisa ser tratado de forma exemplar. Esses agressores, presos em flagrante, precisam ser condenados pela prática de racismo. A Delegacia de Crimes Raciais não pode continuar tratando agressões dessa ordem como “injúria racial”. Trata-se de um tipo de prática que sempre esteve camuflada em nossa sociedade, mas que no último período – e não somente contra os negros e negras – tem-se manifestado de forma objetiva, organizada principalmente pela Internet. Tanto que 40% das ocorrências atualmente em investigação pela DECRADI se referem a casos cibernéticos. O País precisa repudiar e combater com vigor tais crimes de intolerância. Gostaria ainda de alertar as autoridades para um novo ato neonazista que está sendo organizado para o próximo sábado, às 8 horas, na Avenida Paulista, em saudação à Revolução de 30. No ano passado, felizmente a Polícia Militar de São Paulo agiu e conseguiu impedir uma manifestação pelo transcurso dos 23 anos da morte de Rudolf Hess, nazista que foi o principal auxiliar de Adolf Hitler durante toda a sua trajetória até a chegada ao poder. Na época, quem alertou para a organização do ato foi o Movimento Anarcopunk, um grupo antifascista que tem feito diversas denúncias ao Ministério Público contra crimes de intolerância na cidade. Em nosso mandato, somamo-nos, então, ao movimento negro e a todas as organizações que lutam pelo fim do racismo em nossa sociedade, em repúdio pela agressão praticada nesse domingo. Nossa solidariedade às vítimas, e nossa reivindicação para que esse não seja mais um crime contra a população negra que termine impune. Se o Brasil avançou na construção de sua democracia e possui em seu ordenamento jurídico uma lei que criminaliza o racismo, os agentes do Estado têm o dever de respeitá-la e garantir seu cumprimento. Do contrário, seguiremos vivendo o mito da democracia racial, tratando casos como esse de forma isolada e mascarando um preconceito infelizmente ainda estrutural em nosso País, preconceito que se manifesta cotidianamente de formas tão violentas quanto essa. Muito obrigado. 35428 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. LEOPOLDO MEYER (Bloco/PSB-PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero aqui fazer o registro positivo para a minha cidade, São José dos Pinhais, no Paraná, da inauguração pelo Governador Beto Richa, na última segunda-feira, de um sistema de obras no acesso ao Aeroporto Afonso Pena, localizado na minha cidade. O Governador inaugurou essa obra, realizada com recursos do Estado, mas o Município investiu valores substanciais nas desapropriações. O mais importante, Sr. Presidente, é que o Governador Beto Richa denominou essa obra de Affonso Camargo, fazendo uma homenagem ao paranaense que por mais anos esteve com mandato aqui em Brasília. Foi Deputado Estadual, Secretário de Estado, Ministro dos Transportes e Senador, e dignificou seus mandatos trabalhando sempre com ética, elevando os políticos de todo o nosso País. Obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Garotinho, por permuta com Newton Lima, do PR, Rio de Janeiro. Em seguida, falará o Deputado Ronaldo Nogueira, do Bloco/PTB de São Paulo. O SR. ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, subo hoje à tribuna desta Casa para lamentar o que vem ocorrendo no meu querido Estado do Rio de Janeiro na área de recuperação e tratamento dos dependentes químicos. Quando fui Governador, criei a primeira clínica pública para tratamento de dependentes químicos de todo o Brasil, no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Logo depois, criamos mais duas: uma em Valença, no Médio Paraíba, e outra em Barra Mansa, no sul fluminense. Ainda me lembro, e fico emocionado, da comemoração do primeiro ano da Clínica de Santa Cruz. Os testemunhos das pessoas que se livraram da dependência da cocaína, do crack, do álcool, levaram todos os presentes, naquele dia, às lágrimas. Também me lembro do Conselho Estadual Antidrogas fazendo atendimento personalizado de centenas de pessoas diariamente, orientando famílias, salvando vidas. O que está acontecendo hoje no meu querido Rio? Na contramão da política nacional, proposta pela Presidente Dilma Rousseff, de fortalecer a prevenção às drogas e o fortalecimento das casas de recuperação, o Governador Sérgio Cabral, além de fazer apologia à liberação da maconha, está destruindo aquilo que construímos com tanto amor e respeito às famílias dos dependentes químicos. Para que meus colegas tenham uma ideia, o Conselho Estadual Antidrogas parou de atender de- Julho de 2011 pendentes químicos desde 2008. A Clínica Popular de Barra Mansa fechou as portas no último dia 21 de maio, e as clínicas de Valença e Santa Cruz não recebem pacientes há mais de 20 dias. Estão sucateadas, abandonadas. O Governo do Estado não oferece nenhuma vaga ambulatorial para dependentes químicos no Estado. Não existe um programa contra as drogas em andamento no Estado do Rio de Janeiro. É lamentável tudo isso. O Estado do Rio de Janeiro, que durante minha gestão chegou a ser referência na recuperação e no tratamento de dependentes químicos, hoje abandona aqueles que têm a infelicidade de cair no vício das drogas, sem lhes oferecer nenhuma perspectiva de recuperação, de dignidade e de saúde. É bom lembrar que recentemente, Sr. Presidente, foi descoberta uma refinaria de crack dentro da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O crack, que antes atingia apenas as camadas mais pobres da população, se disseminou de tal maneira que hoje tomou conta da classe média e até mesmo das pessoas mais abastadas do Rio de Janeiro, que estão sendo engolidas pela droga sem que o Governo do Estado tome nenhuma iniciativa no sentido de dar uma chance de recuperação ou pelo menos tratamento para esta geração que vai se perdendo. Sr. Presidente, é preciso dar uma chance de recuperação ou pelo menos um tratamento a essa geração inteira que está se perdendo. Sinceramente, faço um apelo à Presidenta Dilma Rousseff, que estará no Rio de Janeiro amanhã: dê um conselho, Presidenta, ao Governador Sérgio Cabral – aliás, ultimamente, ele está precisando de muitos conselhos: que não destrua as clínicas populares de recuperação de dependentes químicos; que retome o atendimento ambulatorial que era feito no Conselho Estadual Antidrogas; que estabeleça uma campanha de orientação contra os riscos e malefícios das drogas. Presidenta Dilma Rousseff, peça ao Governador Sérgio Cabral para incentivar menos a Marcha da Maconha e propor novas clínicas de dependentes químicos, para evitar que aconteça com a clínica de Valença e a de Santa Cruz o que aconteceu em Barra Mansa, onde a clínica fechou. Sr. Governador Sérgio Cabral, fechar clínicas de tratamento para dependentes químicos é crime! Governador Sérgio Cabral, cumpra sua promessa de campanha, dê continuidade a esse programa, criado por mim, de implantar clínicas para salvar os jovens. Hoje, Sr. Presidente, uma família que tem recursos pode pagar um tratamento. E quanto às famílias pobres que veem seus filhos caindo no vício das drogas? Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quero registrar mais uma vez: Sra. Presidenta Dilma, já que a senhora vai estar no Rio de Janeiro amanhã, dê um conselho ao Sérgio Cabral – que ele viaje menos, gaste menos dinheiro em propaganda, dê menos obras aos seus amigos empreiteiros e cuide mais das clínicas para dependentes químicos. Sr. Presidente, para encerrar as minhas palavras, quero deixar aqui uma indignação pela tristeza que essas famílias estão passando, por essa atitude do Governador Sérgio Cabral de abandonar essas clínicas. Aliás, o Sérgio Cabral é um caso único no Brasil: ele criou um código de ética para ele mesmo cumprir, como se o Governador pudesse desconhecer os princípios da moralidade, da impessoalidade, do zelo com a coisa púbica! Sr. Governador, abra as clínicas e feche a boca! Deixe de chamar os bombeiros de vândalos, deixe de chamar os médicos de vagabundos e as mulheres pobres das favelas de fábricas, de marginais. Feche a boca, Cabral! Trabalhe, abra as clínicas para os dependentes químicos, que delas tanto precisam. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Ronaldo Nogueira, do Bloco/PTB do Rio Grande do Sul. Em seguida darei a palavra para uma breve intervenção, 1 minuto, ao Deputado Chico Lopes, e depois ao Deputado Carlinhos Almeida. O SR. RONALDO NOGUEIRA (Bloco/PTB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Deputado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, quero, antes de iniciar meu pronunciamento, exaltar as afirmações do nosso ex-Presidente e saudoso homem público Itamar Franco, que sem dúvida alguma foi um exemplo de homem público. E também as referências que ele atribuiu a V.Exa., nestes poucos meses de convívio nesta Casa legislativa, posso atestar que são verdadeiras. A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, da qual sou membro, sob a Presidência do Deputado petebista Silvio Costa, em sua reunião ordinária de hoje aprovou o Projeto de Lei nº 1.033/03, de autoria da Deputada Vanessa Grazziottin, que institui o salário adicional de periculosidade para os vigilantes e empregados em transportes de valores no Brasil. Hoje, em torno de 1 milhão de trabalhadores atuam de forma regularizada na segurança privada no Brasil, identificados como vigilantes, agentes de segurança privada, seguranças privados, vigilantes de transportes de valores, escolta armada, agentes de segurança pessoal privada, profissionais de cursos de formação de vigilantes, operadores de segurança eletrônica, vigilantes orgânicos, bombeiros civis ou Quinta-feira 7 35429 brigadistas de incêndios privados, além de profissionais similares. A Comissão aprovou e enviará ao Senado, após a devida aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça, o mencionado dispositivo, que passa a considerar atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas atividades que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado, em razão de contato permanente com inflamáveis, explosivos e energia elétrica, roubos ou outras espécies de violência física, acidentes de trânsito e acidentes de trabalho. Sr. Presidente, a partir de 1980, a categoria, de forma organizada, tem conseguido conquistas de direitos trabalhistas, como piso salarial, assinatura de carteira de trabalho, fardamento gratuito, regulação de jornada e sua organização política, por intermédio de seus sindicatos e associações. Hoje cerca de 120 entidades agregadas formam a Confederação Nacional dos Vigilantes. Esses profissionais têm contribuído eficientemente e com resultados eficazes em ações de segurança em nosso País. Portanto, quero parabenizá-los por mais essa conquista, e por outras que acontecerão. Sr. Presidente, solicito que este pronunciamento seja divulgado nos órgãos oficiais de imprensa desta Casa. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria que este pronunciamento fosse publicado na imprensa falada e escrita desta Casa. Ocupo a tribuna desta Casa para registrar o aniversário da cidade de Crateús, que hoje completa 179 anos e tem como Prefeito o nosso companheiro do PCdoB Carlos Felipe Saraiva, que vem formulando uma grande política na saúde, na agricultura e no social. Quero homenagear também D. Fragoso, um bispo que revolucionou aquela região, principalmente Crateús. Destaco ainda líderes como Francis Vale, além do Padre Geraldinho e o nosso companheiro João de Paula. Faz 179 anos Crateús, que era do Piauí e foi trocada por uma praia de Luís Correia, que era do Ceará e ficou com o Piauí. Portanto, quero que seja publicado este nosso pronunciamento. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo hoje a tribuna desta Casa para saudar pelo seu aniversário 35430 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a cidade de Crateús, que hoje completa 179 anos de emancipação política. Cidade com forte presença histórica, sua origem remonta à Fazenda Piranhas, instalada às margens do Rio Poti, onde foi erguida uma capela dedicada ao Senhor do Bonfim. A partir daí surgiria, em 1832, a Vila Príncipe Imperial, ainda pertencente ao Piauí, que a permutaria com o Ceará décadas depois, pela Praia da Amarração, hoje da cidade de Luiz Correia. A então vila foi elevada a cidade há exatos 100 anos, passando a ter grande influência política e econômica na região, em função do ciclo do gado. A cidade tornou‑se um importante entreposto comercial para o Ceará e o Piauí, o que foi reforçado pela expansão da Estrada de Ferro Sobral-Camocim para o Estado vizinho. Um fato histórico nacional também marcou a cidade, quando, em 1926, uma parte da Coluna Prestes, comandada pelo Capitão rebelde João Alberto, por ali passou. A refrega com as forças policiais resultou em baixas de ambas as partes, e entre os revoltosos tombaram o Tenente Tarquínio e o Cabo Antonino Cabeleira, cujas sepulturas estão situadas na localidade de Boa Vista. Em memória do acontecimento, a cidade ergueu ali um monumento de autoria do renomado arquiteto nacional Oscar Niemeyer. Crateús também tem destaque na resistência à ditadura militar instalada no País em 1964. Ali as forças progressistas sempre se insurgiram contra os desmandos ditatoriais, e os movimentos sociais, particularmente dos trabalhadores rurais, permaneceram mobilizados em defesa da democracia e da liberdade. Nesse cenário surgiu com destaque a figura do bispo católico D. Antonio Fragoso, que liderou seu povo contra o arbítrio ditatorial. Crateús também gerou valorosos democratas. Gostaria de citar, entre outros, os lideres estudantis João de Paula Monteiro e Francis Vale, além do Padre Geraldinho. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cidade de Crateús é hoje administrada pelo Prefeito Carlos Felipe Saraiva, que nós do PCdoB temos a honra de ter entre nossas fileiras. Jovem liderança política, formado nas lutas estudantis da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, o atual gestor de Crateús tem feito uma administração voltada para o bem-estar da população. Merecem destaque na atual gestão as ações em favor da saúde e da assistência social. O Prefeito vem procurando enfrentar os índices sociais desafiadores que recebeu no início de sua gestão. Também tem-se esforçado no sentido de estimular o desenvolvimento econômico e de melhorar a infraestrutura da cidade, com ações de saneamento e drenagem, assim como Julho de 2011 pavimentação de ruas e recuperação de praças e equipamentos públicos, de modo a contribuir também para elevação da autoestima da população. Ciente da necessidade de um maior envolvimento dos diversos segmentos sociais e das instituições mais representativas da população, o Prefeito Carlos Felipe também procurou reuni-los para planejar o futuro. Nesse sentido está sendo discutido o Plano Decenal de Crateús, que é um marco, neste ano histórico para a cidade, e que no dia 15 de novembro, data do seu centenário, será apresentado ao conjunto da população. Temos, portanto, muitas razões para dar parabéns à cidade de Crateús e à sua população: pela data de hoje, de sua emancipação política, pelo ano de 2011, pelo centenário da cidade e, por fim, pela sapiência de seus moradores, que escolheram para governá-los um Prefeito capaz de conduzir a cidade ao seu lugar de destaque e de oferecer bem-estar à população. Portanto, parabéns Crateús! Parabéns, crateusenses! Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. CARLINHOS ALMEIDA (PT-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Inocêncio, quero registrar aqui um discurso em que demonstro minha preocupação com a situação de uma importante empresa brasileira no setor de defesa, AVIBRÁS Indústria Aerospacial S/A. Essa empresa que, no início do ano, demitiu trabalhadores, vive um processo de recuperação judicial e é uma das maiores empresas do setor de defesa do Brasil, fornecendo produtos não só para as Forças Armadas brasileiras, mas também exportando-os. Hoje estive com a Ministra do Planejamento, Sra. Miriam Belchior, a quem agradeço pela atenção com que me recebeu. Fiz um apelo a S.Exa. porque existe hoje um processo em andamento, em que o Exército demanda a contratação do Astros 2020, um projeto da AVIBRÁS, que pode ajudar a salvar essa empresa e seus empregos. Gostaria de registrar aqui o nosso discurso. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna para manifestar minha preocupação diante da situação vivida pela AVIBRÁS Indústria Aeroespacial S/A, empresa que há anos atua no setor de defesa fornecendo produtos para as Forças Armadas do Brasil e de outros países e que emprega cerca de 900 trabalhadores em suas plantas localizadas nos Municípios paulistas de São José dos Campos, Jacareí e Lorena. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Em função de uma série de dificuldades, a AVIBRÁS requereu em 14 de julho de 2008 o regime de Recuperação Judicial. Com a homologação do Plano de Recuperação Judicial, a empresa e o Governo iniciaram um plano de capitalização, que, neste momento, está sendo avaliado pelo Ministério do Planejamento. A situação é preocupante porque a AVIBRÁS, enquanto não se resolve a questão, acaba enfrentando dificuldades no mercado internacional, já que se trata de um setor muito sensível e que demanda muita segurança na re!ação comprador/fornecedor. No início deste ano, o elo mais fraco da corrente foi novamente atingido: 170 funcionários perderam seu emprego. Além dos evidentes impactos sociais, é necessário registrar o prejuízo na capacidade de formulação de projetos, já que essas são pessoas qualificadas que acumularam conhecimento e experiência ao longo dos anos. Enquanto se analisa o processo de capitalização, urge que o Governo brasileiro sinalize claramente sua disposição em apoiar a recuperação da AVIBRÁS, o que pode ser feito através da aquisição do Sistema Astros 2020, necessário para a defesa do País e demandado pelo Exército. O Ministério da Defesa já analisou a questão, manifestando‑se favorável à proposta, que se encontra em análise no Ministério do Planejamento. Tenho procurado alertar o Governo sobre a gravidade da situação. Conversei com o Ministro Nelson Jobim, em São José dos Campos, que foi enfático em relação à disposição do Ministério da Defesa de resolver o problema. Em abril, junto com o sindicato dos metalúrgicos e representantes dos trabalhadores da AVIBRÁS, estive no Ministério da Defesa para discutir alternativas de saneamento econômico e financeiro dessa empresa. No dia de hoje reuni-me com a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e pleiteei uma decisão rápida para que não corramos o risco de ver agravada a situação. Encerro, fazendo um apelo à nossa Presidenta Dilma. O País definiu uma Estratégia Nacional de Defesa, dentro da qual o fortalecimento da indústria nacional é um dos elementos fundamentais. Já vivemos, no passado, a crise que provocou o fechamento de empresas como a ENGESA. Não foi só uma fábrica que perdemos mas capacidade tecnológica, fundamental no setor de defesa que se caracteriza pelo alto valor agregado nos seus produtos que utilizam e geram inovação. Não vamos deixar que isso ocorra com a AVIBRAS. Apelo ao nosso Governo que seja efetivada a contratação do Sistema Astros 2020. O SR. HELENO SILVA (Bloco/PRB-SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, muito obrigado. Quinta-feira 7 35431 Sou Relator do projeto de lei apresentado pelo Senador Marcelo Crivella, que traz à tona problema que existe no Brasil, referente ao trabalho dos vigilantes dos condomínios. Esse projeto de lei, que desejamos aprovar, estabelece que haja 30% de adicional de periculosidade para a atividade dos porteiros e dos vigilantes de condomínios, que têm esse direito. Estamos votando na Comissão de Trabalho da Câmara esse projeto tão importante para os vigilantes e porteiros dos condomínios de todo o Brasil, reivindicando adicional de periculosidade de 30%, mais do que justo, em seus salários. Muito obrigado. O SR. ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer uso da palavra nesta oportunidade para lamentar a morte do grande brasileiro, ex-Presidente da República e Senador pelo Estado de Minas Gerais, Itamar Franco, exemplo de dignidade e integridade no trato com a coisa pública. Quero cumprimentar ainda a Presidenta Dilma Rousseff, que no dia de hoje sancionou, em cerimônia no Palácio do Planalto, o PLC 189, de 2010, que dispõe sobre a organização do Sistema Único de Assistência Social. E gostaria, Sr. Presidente, que fosse dado como lido pronunciamento em homenagem aos bombeiros de todo o Brasil, devido ao fato de que o dia 2 de julho figura no calendário nacional como o Dia do Bombeiro. Tendo sido os bombeiros homenageados nesta Casa na última semana, quero, portanto, dar como lido este pronunciamento. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ainda em tempo, quero aqui render as minhas homenagens a todos os bombeiros do Brasil. O dia 2 de julho figura no calendário nacional como o Dia do Bombeiro, desde o ano de 1954. Impedir ou conseguir esgotar incêndios de grande proporção era praticamente impossível no passado. Não havia as mínimas condições para isso, em se tratando de equipamentos. É possível que a primeira organização voltada para o combate à incêndio que se tem notícia no mundo foi criada em Roma Antiga, no ano 27 a.C., durante o governo do Imperador Augusto. Era uma espécie de grupo de vigilantes que patrulhavam a cidade como um policiamento contra delitos e intenção criminosa de incêndios. 35432 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Na Inglaterra, no entanto, há indícios fortes sobre a existência a partir de 1666 de uma brigada de seguros contra incêndios, principalmente depois do grande incêndio que destruiu parte da cidade. Essas brigadas eram particulares e patrocinadas pelas companhias de seguro. Porém, a primeira organização profissional de bombeiros apareceu em 1853 em Cincinnati, Estado de Ohio. Era uma unidade com bombas a vapor em veículos tracionados por cavalos. Os primeiros registros dos serviços do Corpo de Bombeiros no Brasil surgiram no ano de 1856, quando o Imperador D. Pedro II assinou o decreto que caracteriza a diminuição dos incêndios. Antes da criação dessa corporação, as pessoas apagavam os incêndios contando com a ajuda de vizinhos e amigos, além de contar com a boa sorte de encontrar água em abundância na localidade. As latas iam passando de mão em mão, até chegarem ao local do incêndio de forma simples e arriscada, podendo causar maiores danos, em razão da falta de preparo das pessoas. Os anos se passaram até que, em 1880, o grupo se tornaria uma organização militar e, em 1913, ganharia um veículo de tração mecânica em substituição ao de tração animal. Quão linda é a profissão de bombeiros! Devia ser muito mais valorizada! São os verdadeiros anjos. Anjos que não nasceram anjos, mas escolheram para si esse destino; eles colocam a vida em perigo para salvar a vida de outras pessoas. Ainda hoje, se perguntarmos a um grande número de crianças o que elas gostariam de ser no futuro, a maioria fará menção a essa profissão. A imagem positiva do homem de farda, sempre preparado para arriscar a vida pela vida de outras pessoas, traz uma aura de austeridade e sensação de proteção, além de ser a instituição da qual é servidor, um exemplo de dignidade nacional. Esses profissionais, além do combate aos incêndios, são preparados para fazer resgates de pessoas que correm risco de perder a vida, socorrer animais em situações difíceis, asfixia, tentativa de suicídio, afogamentos e traumas em acidentes, desaparecimentos em florestas, matas, etc. Fazem ainda a fiscalização em empresas garantindo condições de primeiros atendimentos em caso de incêndios onde as mesmas devem manter extintores cheios a oferecer equipamentos de segurança aos funcionários. Os bombeiros também desenvolvem projetos sociais e educativos, levando para as escolas orientações a jovens e crianças sobre formas de evitar acidentes; Julho de 2011 cuidados com álcool e fogo; acidentes em brincadeiras; não mexer em produtos de limpeza; não ingerir remédios sem orientação de pessoas adultas; entre várias outras. Além disso, mostram como é importante ter atitudes corretas enquanto cidadãos, como manter a ordem em nossas cidades, respeitar a lei e cumprir com nossas obrigações. Além de enfrentar grandes incêndios, o bombeiro, seja ele voluntário, seja soldado, tem ainda outras funções, entre elas prestar socorro quando ocorrem desastres naturais como terremotos, tsunamis, além de salvamentos durante enchentes, e também resgates em acidentes de carros ou de animais. E aqui quero lembrar das cenas de ações de nossos heróis no Estado do Rio de Janeiro, no início do ano de 2011, durante as terríveis enchentes e deslizamentos que ceifaram tantas vidas. Quem não se emocionou, diante da televisão, ao ver homens destemidos darem a vida para salvar outras vidas. No Estado de São Paulo também temos tantas lembranças da atuação de nossos anjos em situações de grande perigo. No início da década de 70, fomos surpreendidos com dois grandes incêndios que marcou a história de nosso País. Era o dia 24 de fevereiro de 1972, quando o centro de São Paulo deparou com um pavoroso incêndio. Em pouco menos de meia hora, o fogo tomou conta dos 28 andares do Edifício Andraus e devorou praticamente toda uma loja de departamentos. No total, 16 mortos e 366 feridos na catástrofe que teve início, acredita-se nos cartazes de propaganda de uma loja. Dois anos depois, no dia 1º de fevereiro, um sinistro nos 25 andares do Edifício Joelma, situado na Praça da Bandeira, apavorou a população paulistana, matando 179 pessoas e deixando 300 feridos. O incêndio teve seu início às 8h50min, após um curto‑circuito causado por aparelho de ar‑condicionado. Os quartéis do Corpo de Bombeiros mais próximos enviaram viaturas por volta das 9h5min, após o primeiro aviso do sinistro às 9h3min. De comum nesses dois episódios, a luta dos soldados do fogo, os dignos policiais do Corpo de Bombeiros que não tinham um número suficiente de homens para o trabalho e muito menos equipamentos adequados, mas que lutaram até o fim para salvar o maior número possível de vidas. Comemoro aqui o esforço desta Casa, que, na última semana, aprovou, por unanimidade, na Comissão de Constituição e Justiça, a anistia criminal aos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Esses soldados passaram pela amarga experiência de terem sido indiciados após terem ocupado o Quartel do Corpo de Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Bombeiros em forma de manifesto por aumento salarial. Reivindicação, a nosso ver, justa e procedente. Esta Câmara dos Deputados, na última semana, prestou uma justa e merecida homenagem aos bombeiros do Brasil, mas creio que a maior e mais desejada homenagem que poderíamos prestar a esses valorosos homens é aprovarmos, o mais breve possível, a Proposta de Emenda à Constituição nº 300, que estabelece o piso salarial nacional para policiais e bombeiros brasileiros. E neste sentido reafirmo meu apoio irrestrito à luta pela aprovação da PEC e cumprimento, de forma especial, os bombeiros de meu Estado de São Paulo, citando os policias militares bombeiros de minha cidade Arujá, que atendem não somente a Arujá, mas também as cidades de Santa Isabel e Igaratá – valente corporação que esteve sob o brilhante comando do 1º Tenente PM Valdinei Canas Kempe, que está deixando a corporação e a quem dedico minha gratidão e meu reconhecimento, dando as boas‑vindas ao novo comandante, que, por esses dias, haverá de assumir o posto. Aos bombeiros de todo o País o nosso aplauso. Sr. Presidente, passo a abordar outro assunto. Em um dos meus últimos pronunciamentos disse que não mais o faria, mas não me é possível deixar de manifestar a minha indignação e a indignação dos pais e das mães de todo o Brasil contra a infeliz decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal em liberar a realização da Marcha da Maconha. Nossos ilustres magistrados decidiram contra a sociedade, decidiram contra os pais e as mães desta Nação. A indignação, Sr. Presidente, é uma realidade em todos os cantos do Brasil. Recebo diariamente e-mails, telefonemas e mensagens de pessoas de todas as idades, de todos os credos, de todos os segmentos, pedindo que não me omita em falar e em fazer alguma coisa para que a Suprema Corte reconheça que a decisão proferida coloca em risco famílias e vidas. A sociedade, repito, indignada, está reagindo, e como exemplo cito o movimento provocado pelo escritor ecumênico xamã Gideon dos Lakotas, a Caminhada Nacional Contra a Liberação da Maconha Pela Vida! A passeata vai ocorrer no dia 30 de julho, em São Paulo, com início no MASP, na Avenida Paulista, rumo à Assembleia Legislativa. O Movimento Nacional Contra a Liberação da Maconha nasceu de forma simples e direta: uma corrente do bem que se formou a partir de amigos, familiares, colegas de trabalho, escolas, universidades, movimentos sociais, organizações voluntárias e não governamentais, além de pessoas de fé das mais diferentes crenças e religiões. Quinta-feira 7 35433 O Movimento atua em defesa da diversidade cultural e dos direitos humanos e da liberdade, declarando os direitos de escolha e de organização social e política, acima de todas as diferenças religiosas e sectárias. O Movimento é ecumênico e suprapartidário. Em nome da democracia e do uso dos direitos fundamentais, organiza-se de forma pacífica e ordeira, visando dar volume às vozes que se levantam em cada região deste imenso País! É o povo brasileiro em um único brado em defesa da vida e contra a Marcha da Maconha. O Movimento convida todos que desejam somar forças para organizar um gigante movimento e declarar ao Brasil e ao mundo que nós dizemos não à maconha e sim à vida! Nosso País hoje se depara com a real ameaça de um colapso social. Forças políticas se organizam por meio dos mais antagônicos discursos pela liberação da maconha. Outros defensores dessa insensata proposta se manifestam com alguma relevância. Marchas são organizadas, levando aos holofotes da mídia o seu grito inconsequente. Alguns políticos, já afastados da responsabilidade que enseja a vida pública, também têm encabeçado o movimento pela liberação, com argumentos superficiais. Falam de liberação, mas acabam por defender o aprisionamento cada vez maior dos dependentes. Citam outros países, quando não há êxito em nenhum deles. Que tipo de liberdade advoga a escravidão? As drogas continuam a assolar a sociedade. Os dependentes não têm acesso a medidas públicas e eficientes de tratamento, e o tráfico ainda é forte fonte de renda para muitos jovens. Na atual conjuntura, o Brasil não tem condições de fiscalizar ou mesmo colocar em prática políticas públicas que liberem o uso da maconha – haja vista a ineficiência das polícias no País e a nossa incapacidade de coibir até mesmo a corrupção no sistema político brasileiro. Nossa omissão pode custar caro para as próximas gerações. A necessidade de organizar um movimento de resistência é urgente! Dentro de todos os princípios e preceitos constitucionais, conclamamos toda a sociedade brasileira a participar, pois o futuro do Brasil está em nossas mãos! E aqui, informo, serei soldado nesta luta e não me omitirei. Estava disposto a marchar, nem que seja sozinho, nas ruas do Brasil contra a liberação da Marcha da Maconha, mas agora encontrei um imenso exército de jovens, homens, mulheres e crianças que também estão dispostos a ocupar as ruas de todas as cidades do Brasil, dizendo sim à vida – e o faremos! 35434 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E aqui, desta tribuna, Sras. e Srs. Deputados, quero convidar, ou melhor, quero convocar todos os pais, todas as instituições, todos os Parlamentares e movimentos que militam em defesa da vida para se unirem a nós, no próximo dia 30 de julho, em nossa primeira e grande marcha contra a legalização da maconha. Votarei em breve, Sr. Presidente, a esta tribuna, abordando novamente este assunto. Era o que tinha a dizer. Que Deus abençoe o Brasil! O SR. JÚLIO CESAR (DEM-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tivemos hoje uma reunião com o Tesouro Nacional, tendo à frente o Secretário Arno Augustin, em que mais uma vez reclamei a falta de transparência nas transferências constitucionais para Estados e Municípios. E fiz a reclamação, Sr. Presidente, com base nos próprios dados publicados pelo Tesouro. O Tesouro arrecadou do REFIS da crise. São 14 bilhões de reais arrecadados e ainda não compartilhados, que terão de ser classificados. Em princípio, classificado por estimativa, que eles atribuem ao IPI e ao Imposto de Renda, 32%, e depois o definitivo, uma vez que é um refinanciamento de difícil classificação. Somado aos 14,7 bilhões, Sr. Presidente, mais 1 bilhão e 724 milhões da Medida Provisória nº 470, que é o parcelamento do IPI Premium, que foi glosado pelo Supremo, e as empresas parcelaram em 12 meses. Além disso, Sr. Presidente, existe registrado no SIAFI mais 555 milhões de reais. Então, a soma dessas três parcelas perfaz 17 bilhões de reais a serem divididos com Estados e Municípios. Mesmo classificando por estimativa, vai dar mais de 5 bilhões de reais, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, para Estados e Municípios. Desses 5 bilhões de reais, 2,6 bilhões são para Estados, e o restante, de 2,7 bilhões a 2,8 bilhões, para os Municípios. Isso é muito importante neste momento em que o próprio Tesouro Nacional anuncia que este mês vai ter queda na transferência do FPE e do FPM. Então, eu fiz um apelo para que ele classifique rapidamente, pague os entes federados. Não é pouco dinheiro: dois bilhões e tanto para cada ente, o que, para todo o Brasil, é muito representativo. Representa mais de 5% do total arrecadado durante o ano todo. E que ele faça neste momento em que anuncia que vai ter queda da arrecadação. Além do mais, Sr. Presidente, recebi uma comunicação do Presidente da Federação de Agricultura do meu Estado, Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha, o Caú, solicitando que façamos um trabalho perante o Banco do Nordeste, que está substituindo o FNE por Julho de 2011 uma Letra de Crédito Agrário, que tem encargo de quase 15% ao ano, contra os 6,75% do FNE. Quanto ao FNE, estão previstos no Piauí apenas 540 milhões para serem aplicados este ano. Essa é a previsão. Este total representa menos de 5% do total estimado a ser aplicado em todo o Nordeste. Como são nove Estados, que representam no Nordeste um percentual significativo da economia, mas acima de tudo da produção agrícola, eu faço um apelo ao novo Presidente do banco para que não deixe o Piauí ser incluído nessa linha de crédito de 15%, porque no Estado há agricultores que plantam 30 mil hectares. Se for realmente substituído esse encargo de 6,75% para 15%, o custeio vai ser aumentado em mais de 2 milhões de reais. Então, apelo ao Banco do Nordeste para que aumente a participação do Piauí no FNE e destine, com juros mais baixos, na base de 6,75%, o financiamento do EGF e do custeio agrícola para a safra que está começando este ano e termina em 2012. Muito obrigado, Sr. Presidente. Durante o discurso do Sr. Júlio César, o Sr. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Jorge Tadeu Mudalen, 2º Secretário. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Marcus Pestana. O SR. MARCUS PESTANA (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o recesso se aproxima e é ininteligível para a opinião pública brasileira por que a Câmara dos Deputados não consegue regulamentar a Emenda Constitucional nº 29. Fui Secretário de Saúde de Minas Gerais por 20 anos, e essa é uma luta história. Já virou uma novela. Isso está afetando a nossa imagem e estamos pagando um preço inconcebível. Já há consenso absoluto. A Deputada Jandira Feghali e eu fizemos uma proposta na Comissão de Seguridade, acolhida imediatamente pelo Presidente Saraiva Felipe. De A a Z, nós já abrimos mão da CSS para votar o corpo da matéria e acolheu-se o destaque do DEM. Normatizar é uma coisa essencial. Eu gastava a metade do meu tempo discutindo com o Tribunal de Contas e o Ministério Público. Então, é importante a Mesa pautar essa matéria. Não há justificativa. O temor é no Senado. Que se acertem por lá. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Está registrado, Deputado. O SR. MARCUS PESTANA – Mas é importante a Mesa se posicionar. Vai ou não pautar? (Pausa.) O recesso está se aproximando. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Ricardo Quirino. O SR. RICARDO QUIRINO (Bloco/PRB-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, no Auditório Freitas Nobre, a Frente Parlamentar em Defesa do Estudante Universitário, da qual sou Presidente, realizou o primeiro seminário para discutir temas que envolvem a questão da qualidade do ensino superior no Brasil. Estiveram presentes várias autoridades, professores, alunos e representantes de diretórios acadêmicos. Entre eles o Prof. Renato Rezende, Reitor da Centro Universitário do Distrito Federal – UDF; o Sr. Arion Louzada, professor de Direito Penal da Faculdade Alvorada; a Dra. Amábile Pacios, Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal; o Prof. Murilo Camargo, representante do MEC e assessor da Secretaria da Educação Superior; e o Sr. Tiago Dias Cardoso, Presidente da União Nacional dos Estudantes. O que nós podemos assimilar desse primeiro seminário realizado pela Frente Parlamentar em Defesa do Estudante Universitário? Todo o dilema que envolve o ensino superior, de acordo com boa parte dos comentários dos participantes, tem sua origem na educação básica. As instituições de ensino superior, em grande parte, acabam por herdar problemas, em muitos casos, como ônus do ensino básico, que não tem sido de boa qualidade. Seria, Sr. Presidente, inverter as situações, começar a plantar a árvore pelos frutos e não pelas sementes. Isso é inverter a ordem natural das coisas. É inegável que o avanço econômico alcançado pelo País nos últimos 8 anos trouxe maior acesso a bens e serviços para significativa camada da população brasileira. Podemos citar como exemplo a grande procura por cursos de graduação, consequência da necessidade de melhor qualificação no mercado de trabalho para se obter ascensão social, o que é justo. Quanto mais brasileiros qualificados, maior impacto nas gerações futuras, principalmente, na economia e na vida social do País. Um curso superior não se resume apenas a informações técnicas, mas a conteúdo. É nesse ponto que todos os debatedores – alunos, mestres, doutores, autoridades – chegaram ao consenso de que a participação do MEC é imprescindível como órgão responsável por conduzir o processo de amadurecimento, evolução e transformação na qualidade do ensino superior no País. Um dos pontos abordados no seminário é que, nos dias de hoje, muitos alunos têm acesso a condições tecnológicas bem superiores às do próprio professor. Quinta-feira 7 35435 Na oportunidade, um dos debatedores questionou que o salário pago aos professores muitas vezes não lhes dá condições de dispor de um serviço de Internet de qualidade. Nós sabemos que o salário que os professores recebem hoje no Brasil, na grande maioria, pouco dá para eles sanarem as dívidas ou manterem a vida diária organizada, quanto mais um serviço de qualidade. Em se tratando do aluno, houve os seguintes questionamentos: será que os estudantes universitários, que em sua grande maioria estão matriculados em instituições de ensino particular, trabalham durante o dia para ajudar no orçamento familiar e dependem de transportes públicos, têm condições de arcar com sucessivos aumentos nas mensalidades? Não seria viável flexibilizar um pouco mais o acesso dos estudantes ao FIES? Não se deve também universalizar os currículos acadêmicos, para quando os estudantes se transferirem de uma faculdade para outra não sejam prejudicados pela incompatibilidade de disciplinas entre faculdades? Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, por essas poucas linhas pode-se concluir em tese que o trabalho da Frente Parlamentar em Defesa do Estudante Universitário é amplo e vai ser de grande valia como porta-voz tanto para professores quanto para alunos na construção de um ensino cada dia mais qualificado para aqueles que sonham concluir com sucesso e conteúdo os cursos de graduação. A iniciativa da Frente Parlamentar em Defesa do Estudante Universitário representa um grande passo para a valorização não só do professor, mas também do estudante. Parabenizo todos os participantes que estiveram presentes pela qualidade e pela riqueza do debate. Ao encerrar este pronunciamento, Sr. Presidente, gostaria de parabenizar o Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Dr. Sandro Avelar, que deu início a uma peregrinação nas instituições carcerárias do Distrito Federal, coisa que eu já havia defendido há algum tempo. Eu sugeri que todos os Governadores, enfim, todos os governantes visitassem, pelo menos uma vez por ano, um presídio, para verificar in loco o que acontece e as dificuldades que existem na ressocialização dos presos. Parabéns ao Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal pela iniciativa. Muito obrigado. O SR. TONINHO PINHEIRO (PP-MG. Sem revisão do orador.) ‑ Sr. Presidente, gostaria de fazer uma pergunta a V.Exa. O seu salário está em dia? O salário de todos nós Deputados está em dia. Mas quem é que paga o nosso salário? As pessoas pobres do 35436 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Brasil, aquelas que pagam impostos e nosso salário. Eu pergunto: qual é a prioridade número um das pessoas pobres do Brasil? A saúde. A saúde é a prioridade número um. Nós, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos tristes. Por quê? Vejam bem. Nós já votamos mais de duzentas proposições, mas votamos zero para a saúde. Olhem a pouca vergonha que nós Deputados, infelizmente, estamos enfrentando. Será que podemos dormir com a consciência tranquila, será que podemos colocar nossa cabeça no travesseiro, sabendo que o nosso patrão é a pessoa pobre que paga o nosso salário e tem como prioridade a saúde? Não conseguimos votar nada para a saúde! Só Deus para nos iluminar. A situação, como temos notado, é de desânimo. Para mim, não é de desânimo. Eu peço a Deus sabedoria, força, humildade e perseverança para que, num futuro muito próximo, tenhamos condições de bater no peito e dizer: “Eu sou um Deputado honesto, votei de acordo com o meu patrão. O meu patrão é o povo, que paga impostos e paga o meu salário”. Por isso, precisamos trabalhar e votar a prioridade do povo: a saúde. Há mais o seguinte, Sr. Presidente. Por amor à vida, a lei manda investir 15% em saúde, e os Prefeitos investem entre 30% e 35%. Portanto, o Governo Federal, que está investindo pouco, depois terá de investir muito mais, sem depender de lei. Mas temos que votar para garantir isso. Portanto, imploro que votemos imediatamente as matérias que dizem respeito à saúde, para termos a consciência tranquila e podermos afirmar: “Eu recebi um salário honesto”. Muito obrigado. O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer o registro sobre a instalação da Rádio Frei Caneca, na cidade do Recife, uma conquista de mais de 50 anos finalmente autorizada pelo Ministério das Comunicações. Estivemos com o Prefeito da cidade do Recife para o início da instalação dessa rádio, que passará a operar, a partir de dezembro, na frequência modulada 101,5 mega-hertz. Trata-se, sem sombra de dúvida, de uma conquista do povo e da cultura da cidade do Recife, já que é uma rádio educativa a serviço da população da Capital do meu Estado. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Ilmo. Sr. Presidente, senhoras e senhores presentes a esta sessão, é com grande felicidade que registro nesta Casa a autorização, pelo Ministério das Julho de 2011 Comunicações, do funcionamento da Rádio Frei Caneca para o Município do Recife. O caminho para que a Prefeitura do Recife conquistasse esse instrumento de comunicação, voltado para a educação e a cultura, foi longo. Começou em 1960, com a Lei Municipal nº 6.511, de autoria do Vereador decano da Câmara Municipal do Recife, Vereador Liberato Costa Júnior, com quem quero me congratular neste pronunciamento. Liberato nunca desistiu desse sonho e hoje, aos 93 anos, pode comemorar a sua realização. Recife é uma cidade múltipla, repleta de artistas e de movimentos culturais. A Rádio Frei Caneca vai dar aos artistas e ao público em geral a possibilidade de ouvir o que está sendo produzido na nossa terra e que geralmente não encontra espaço nas rádios comerciais em virtude do esquema de jabaculê que está institucionalizado. A Rádio Frei Caneca deve começar a operar em dezembro deste ano, e quero ainda registrar a contribuição do nosso mandato para que a outorga tenha sido autorizada. Nós nos empenhamos aqui, em Brasília, realizando reuniões com o Ministro Paulo Bernardo, a quem também quero agradecer. Acredito que esse veículo de comunicação vai impulsionar ainda mais a cena musical pernambucana, dando espaço para que novos artistas possam se firmar. O mercado da economia criativa é um dos que mais cresce em nosso País. Trata‑se da economia advinda dos produtos culturais e de lazer. A Prefeitura do Recife, na pessoa do Prefeito João da Costa, tem sensibilidade e força para impulsionar o início de um novo tempo para o mercado artístico, cultural e de entretenimento para a Capital de Pernambuco. Portanto, a partir de dezembro, os moradores de Recife e arredores vão poder sintonizar a Rádio Frei Caneca FM, 101,5 do dial. Nossa cultura tão diversa e nossos artistas tão bons terão vez, voz e democracia. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. PADRE JOÃO (PT-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de falar de dois assuntos importantes, a saúde e a educação, embora em tão pouco tempo. Existem muitos Deputados que lutam nesta Casa pela regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Nós, do Partido dos Trabalhadores, defendemos essa emenda, porque quem não paga os 12%, na maioria, são os Governadores tucanos. Em Minas Gerais, por exemplo, o PSDB, que está no Governo há 8 ou 9 anos, nunca pagou os 12%. Podem pegar os relatórios do Tribunal de Contas da União para ver. O parecer téc- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nico do Tribunal de Contas prova: são 7%, 8%. Essa é a realidade do Governo tucano em Minas Gerais. Portanto, mais do que ninguém, nós queremos a regulamentação da Emenda 29. Mas não podemos criar a falsa expectativa de que, votando a regulamentação da Emenda 29, estará resolvida a situação da saúde. Nós temos que acatá-la, ainda que seja antipática, porque há consenso no PSDB, DEM, PMDB, PCdoB, PRB, em todos os partidos, de que o problema da saúde passa também por financiamento – é uma questão de financiamento. Não podemos “jogar para a galera” e dizer que queremos e vamos resolver se está claro. Os números mostram que o problema da saúde, mais do que de gestão, é de financiamento. Temos que buscar também financiamento para a saúde. O outro ponto, Sr. Presidente, é a educação. Em Minas Gerais, os trabalhadores em educação já completam 30 dias em greve – 30 dias! – porque o Governo tucano votou um piso que, na verdade, não tem nada de piso, é teto. O piso mesmo é de 400 reais, ou de 369 reais, no caso de um serviçal. Essa é a realidade. Aí se computam quinquênios, pó de giz. Todas as gratificações conseguidas ao longo da carreira foram somadas, e foi criado o subsídio. O Supremo Tribunal Federal já definiu que subsídio não é salário, e o Governo do Estado tem que acatar! Fizemos uma peregrinação com os Ministros. O Ministro Gilmar Mendes foi o último a encaminhar a publicação do seu voto. É lamentável que essa publicação seja feita somente em janeiro. Com isso, em vários lugares, os trabalhadores em educação estão em greve. Hoje mesmo, na Capital mineira, Belo Horizonte, estão concentrados trabalhadores de todo o Estado. Cumprimento a Coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – SINDUTE, Beatriz, jovem que está à frente de mais de 10 mil trabalhadores na educação, a cuja luta sou solidário. Esperamos que o Governo Anastasia resolva, atenda essa reivindicação dos trabalhadores da educação e implante, de fato, o piso – e não o teto – da categoria. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Leopoldo Meyer. O SR. LEOPOLDO MEYER (Bloco/PSB-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, volto a usar este microfone para fazer outro destaque referente à minha cidade de São José dos Pinhais, neste caso, um destaque muito negativo. Quinta-feira 7 35437 Machete da Gazeta do Povo da última sexta-feira diz que o Ministério Público processa cidade que demoliu prédio histórico. Prossegue o referido jornal: “Prefeitura de São José dos Pinhais derrubou imóvel de 135 anos para construir novo edifício apesar de apelos contrários da comunidade. O Ministério Público (MP) do Paraná entrou com uma ação civil pública, na última quinta-feira, por danos ao patrimônio histórico e cultural contra a prefeitura de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O motivo foi a demolição de um prédio de 135 anos, em 14 de maio deste ano. O MP quer que o prédio seja reconstruído e que a prefeitura pague indenização em benefício do Fundo Estadual do Meio Ambiente.” Nós esperamos que aqueles que cometeram este ato – a demolição de um prédio histórico na nossa cidade – sejam responsabilizados, já que praticaram uma ação contrária ao desejo de toda a comunidade. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Padre Ton. O SR. PADRE TON (PT-RO. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Gostaria de registrar neste momento que ontem nós, de Rondônia, tivemos um dos mais importantes dias da formação do nosso Estado em que recebemos a Presidenta da República, Dilma Rousseff. Diante de milhares de funcionários públicos, S.Exa. assinou o decreto referente à PEC da Transposição. O que significa a PEC da Transposição? É a transferência de mais de 20 mil funcionários públicos do antigo Território de Rondônia para os quadros da União. Também, nessa viagem, a Presidenta da República, juntamente com o nosso Governador do Estado, Confúcio Moura, e o Prefeito da Capital, visitou a Usina de Santo Antônio e participou da solenidade que deu início ao desvio das águas do Rio Madeira. Essa Usina de Santo Antônio é uma das quatro maiores usinas hidrelétricas do nosso País. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. JOSIAS GOMES (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar um fato importante para a cidade de Camaçari ocorrido hoje: o Prefeito assinou uma ordem de serviço para o início das obras de requalificação do Bairro Burissatuba. O investimento, de cerca de 15 milhões, de reais vai beneficiar 798 famílias. 35438 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Portanto, essa é uma das obras importantes de infraestrutura urbana promovidas pelo nosso Prefeito de Camaçari, companheiro Luiz Caetano. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a última terça-feira, 5 de julho, vai entrar para a história dos moradores do Bairro Burissatuba, em Camaçari. O Prefeito Luiz Caetano assinou ordem de serviço para o início das obras de requalificação da localidade. A previsão é de que as obras sejam concluídas em 2 anos. Com um investimento de R$14.650,00, o projeto urbanístico de habitação vai beneficiar 798 famílias, através da construção de 287 novas moradias, 87 melhorias habitacionais e regularizações fundiárias. Isso sem falar nas cerca de cem famílias que moram no entorno do bairro, que também serão beneficiadas com as melhorias. As intervenções físicas incluem ainda a construção de 14 unidades sanitárias nos imóveis que não possuem o cômodo e obras de infraestrutura na localidade, como implantação de redes de esgoto e de água, extensão da rede elétrica, drenagem de águas pluviais, pavimentação das ruas e recuperação ambiental. O projeto engloba também a construção de equipamentos comunitários de lazer, como uma quadra poliesportiva, um parque infantil, uma praça com quiosques e um centro comunitário. Serão realizadas também ações de mobilização social que incluem atividades educativas, como oficinas, palestras e cursos de qualificação profissional. Durante a cerimônia, o Prefeito Caetano relembrou as obras habitacionais em andamento no Município e os projetos de incentivo à educação, como a Orquestra Sinfônica Popular Brasileira e o Museu de Ciência e Tecnologia, o UNICA. “Estamos fazendo uma revolução social no Município”, vibra o gestor municipal, para, em seguida, anunciar que as obras da localidade serão iniciadas imediatamente. Segundo o Secretário Djalma Machado, a princípio serão feitas a sondagem e a topografia do espaço, a implantação do barracão de obras e a contratação de pessoal para trabalhar na requalificação do bairro. Bastante feliz, a Presidente da Associação de Moradores do bairro, Dilma Gomes Pita, relembra, com orgulho, o processo de ocupação e as dificuldades que enfrentou para transformar o bairro em um local com condições de moradia. “Agora, nosso sonho vai virar realidade”, disse, emocionada. Companheiro de luta, o líder comunitário Francisco de Assis também ficou emocionado com a assi- Julho de 2011 natura da ordem de serviço. “Sabíamos que este dia iria chegar e que todo nosso esforço valeria a pena.” Participaram do ato de assinatura da ordem de serviço os Secretários de Administração, Ademar Delgado, Relações Institucionais, Ademar Lopes, Educação, Luiz Valter Lima, Infraestrutura, Everaldo Siqueira, Fazenda, Paulo Cézar Gomes, Turismo, Waldy Freitas, Articulação com Estado e União, Joelson Meira, e a Secretária da Mulher e da Reparação, Aurenita Castillo, além do Subsecretário de Desenvolvimento Urbano, Dionísio Caribe, e do assessor especial da SEINFRA, Antônio Souza. O Legislativo Municipal prestigiou a cerimônia por intermédio dos Vereadores Oto Maia (PSDB), Téo Ribeiro (PT), José Marcelino (PT), Jair Costa (PRB), Alfredo Andrade (PSB) e Margarida Galvão (PT). Marcaram presença também o Deputado Estadual Bira Coroa (PT), o Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Camaçari – ACEC, Luciano Sacramento, e Líderes partidários. O Prefeito de Camaçari, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vem confirmando as expectativas da população de Camaçari formuladas quando de sua eleição para o cargo. Muito obrigado. O SR. ANTONIO IMBASSAHY (PSDB-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer um registro muito importante com relação ao aniversário do ex‑Presidente Fernando Henrique Cardoso, que recebeu homenagens diversas, inclusive numa belíssima solenidade ocorrida no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. Entre tantas manifestações de apreço ao sociólogo, ex-Senador e ex‑Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, gostaria de destacar a que foi prestada pelo advogado e jornalista Renato Simões, que publicou na primeira página do jornal A Tarde, na edição de domingo, dia 3 de julho, o artigo intitulado Feliz Aniversário. O articulista inicia o texto da seguinte forma: “Assumiu uma dimensão grandiosa, quase uma expressão de efeméride nacional, a data natalícia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que completou 80 anos de vida”. Sr. Presidente, a sensibilidade do jornalista Renato Simões, que é um profissional firme e atuante, fez com que essa homenagem tivesse uma repercussão muito grande em nosso Estado, a Bahia. Afirma o jornalista Renato Simões: “É indiscutível que o ex‑presidente Fernando Henrique Cardoso com seu perfil de autêntico democrata, realizador, patriota, terá sempre uma imagem nítida de grandeza no quadro do Brasil”. Renato Simões é de uma clareza de ideias invejável, além de ter uma escrita refinada. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Faço este registro, Sr. Presidente, porque o jornal A Tarde tem uma repercussão muito grande na Bahia, um conceito extraordinário no Norte e no Nordeste. Peço que o artigo e a nossa manifestação sejam divulgados nos meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Fernando Henrique Cardoso, no último dia 18 de junho, completou 80 anos de idade, ocasião em que recebeu a homenagem de cidadãos comuns, políticos e autoridades em uma belíssima festa suprapartidária realizada no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. Discursaram vários oradores, relembrando a profícua trajetória de Fernando Henrique, que, emocionado, agradeceu tanta honraria. Com certeza, Sr. Presidente, as contundentes e belas palavras dirigidas ao homenageado foram mais que merecidas, pois o projeto político implantado por FHC em seu governo mudou para melhor o País, criando os alicerces para o surgimento de uma grande Nação. Entre as milhares de manifestações de apreço ao sociólogo, ex-Senador, ex‑Presidente da República e amigo Fernando Henrique Cardoso, gostaria de destacar a que foi prestada pelo advogado e jornalista Renato Simões, que publicou na primeira página do jornal A Tarde, na edição de domingo, 3 de julho, artigo intitulado Feliz Aniversário. O articulista inicia a matéria da seguinte forma: “Assumiu uma dimensão grandiosa, quase uma expressão de efeméride nacional, a data natalícia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que completou 80 anos de vida”. O jornalista Renato Simões, com sua sensibilidade, um profissional firme e atuante, Sras. e Srs. Deputados, ao homenagear FHC pelo decurso de sua data natalícia, no jornal A Tarde, alcançou enorme repercussão na Bahia. Em seu artigo, Simões, com a eloquência de um típico homem das letras e da informação afirma: “É indiscutível que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com seu perfil de autêntico democrata, realizador, patriota, terá sempre uma imagem nítida de grandeza no quadro do Brasil”. Renato Simões é de uma clareza de ideias invejável e, além de ter uma escrita refinada e poder de síntese inigualável, consegue em um texto de felicitações, como sugere o título – Feliz Aniversário –, em poucas palavras, elaborar um artigo que faz jus à relevante contribuição do estadista FHC. Quinta-feira 7 35439 O jornal A Tarde, Sr. Presidente, é o mais conhecido jornal da Bahia e há muitos anos ocupa a posição do jornal mais lido do Norte e do Nordeste, onde é muito conceituado e tem sido prestigiado por milhares de leitores ao longo de toda a sua existência. A fundação do jornal se deu em 15 de outubro de 1912 – portanto, está prestes a completar 100 anos – e seu fundador foi o jornalista e político Ernesto Simões Filho, homem culto e empreendedor, que chegou a ser Ministro da Educação. Atualmente, Sras. e Srs. Deputados, o jornal A Tarde está sob a direção da terceira geração da família Simões, que comanda ainda, pela Internet, o portal A Tarde On Line, a Rádio A Tarde FM, a Agência A tarde, a TV A Tarde e o complexo A Tarde Serviços Gráficos. Para encerrar, Sr. Presidente, digo que o tributo que um dos mais tradicionais jornais da Bahia prestou a Fernando Henrique Cardoso, por meio do artigo de Renato Simões, é mais uma justa homenagem ao grande estadista que consolidou a democracia em nosso País. É o registro que faço, desta tribuna. Solicito, ainda, que este pronunciamento seja divulgado pelos meios de comunicação da Casa e pelo programa A Voz do Brasil. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. A SRA. LUCI CHOINACKI (PT-SC. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, parabenizo a Presidente Dilma Rousseff, que dá continuidade a um programa tão importante para a agricultura familiar, aumentando para 16 bilhões de reais o investimento no PRONAF, entre investimento e custeio. Isso significa que o Brasil reconhece um importante setor da produção, investindo no custeio e no financiamento das pequenas agroindústrias, dando-lhes assistência técnica, comprando os produtos dos agricultores, garantindo a renda, o preço, a comercialização. O Brasil está no rumo certo ao reconhecer, historicamente, um setor que tinha dificuldade de apoio com juros baixíssimos de 1% ao ano. Parabéns à Presidenta Dilma Rousseff por ter essa visão de continuar um projeto tão importante e valorizar quem produz o arroz e o feijão, quem coloca o pão na mesa dos brasileiros. Gostaria que V.Exa. considerasse como lido o meu pronunciamento. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Será encaminhado, Deputada. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a����������� agricultura familiar terá à disposição no Plano Safra 2011‑2012 35440 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS R$16 bilhões para as linhas de custeio, investimento e comercialização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. Do total disponibilizado, R$7,7 bilhões serão destinados a operações de investimento e R$8,3 bilhões, para operações de custeio. Agricultores familiares de todo o Brasil já podem realizar contratos de financiamento pelo Plano Safra 2011‑2012 e podem se beneficiar com as novas taxas de juros nos financiamentos de investimento e as medidas vigentes para a nova safra. Pela primeira vez na história do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, os agricultores familiares começaram a realizar financiamentos do ano‑safra no primeiro dia de julho. O Plano Safra traz uma grande conquista para a agricultura familiar: a Política de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar – PGPM-AF, que permitirá a utilização de instrumentos de comercialização para garantir que o produtor receba o preço mínimo do produto (pré-fixado no início da safra). A PGPM-AF vai permitir a compra a preços justos de produtos da agricultura familiar, que serão destinados aos estoques governamentais. Vai servir como forte instrumento de apoio à comercialização e de garantia de renda para os agricultores. Juros menores. Uma das novidades do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011‑2012 é a redução, de 4% para 2%, da taxa de juros máxima cobrada nas operações de investimento e a inclusão da taxa de 1% para operações do Mais Alimentos de até R$10 mil por ano‑agricultor. A outra novidade é a ampliação do limite de financiamento de contratos de investimento para até R$130 mil. Todas essas medidas são qualificadas pela Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER. Os serviços vão ampliar tecnologias de gestão e organização produtiva. Jovens, mulheres e comunidades tradicionais terão ações diferenciadas de assistência técnica. Isso significa acompanhamento técnico em toda a cadeia produtiva. Além de aumentar a capacidade e qualificar os investimentos, com redução das taxas de juros e aumento dos limites e prazos para pagamento dos financiamentos, o Plano Safra promove a inclusão produtiva de agricultores familiares em situação de pobreza extrema, ampliando no meio rural o alcance das ações do Plano Brasil sem Miséria. Com essas ações, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011‑2012 vai aumentar a produção sustentável de alimentos de qualidade e contribuir para a estabilidade de preços e para o crescimento do País. A agricultura familiar produz 70% dos alimentos que Julho de 2011 chegam à mesa dos brasileiros, responde por mais de 74% do pessoal ocupado no campo e por 10% do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro. Medidas de crédito do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011‑2012. Crédito. PRONAF Investimento: redução de 4% para 2% ao ano dos juros das operações acima de R$10 mil; aplicação de taxas de juros de 1% ao ano para operações de até R$10 mil; ampliação do prazo de pagamento de 8 para 10 anos. PRONAF Mais Alimentos: redução de 2% para 1% ao ano da taxa de juros de financiamentos de até R$10 mil. Microcrédito Produtivo Rural: ampliação do limite de crédito de R$2 mil para até R$2,5 mil por operação; o beneficiário pode acessar até três operações, totalizando R$7,5 mil. PRONAF Agroindústria: aumento do limite de R$30 mil para R$50 mil nos financiamentos individuais; aumento de R$20 mil para até R$30 mil do limite individual de crédito para sócios/associados/cooperados; aumento do prazo de pagamento de 8 para 10 anos. PRONAF Agroecologia: aumento do limite de financiamento de R$50 mil para até R$130 mil; aumento do prazo de pagamento de 8 anos para até 10 anos, com até 3 anos de carência. PRONAF Floresta: o limite de financiamento de até R$20 mil passa a vigorar em todas as regiões do País (atendia no plano anterior apenas as Regiões Norte, Nordeste e Centro‑Oeste). PRONAF Semiárido e Jovem: aumento do limite de financiamento de R$10 mil para até R$12 mil. PRONAF Eco: aumento do limite de financiamento de R$6,5 mil para até R$8 mil por hectare, limitado a R$80 mil por beneficiário em uma ou mais operações; aumento de R$500,00 para até R$600,00 por hectare da parcela de pagamento da mão de obra entre o segundo e o quarto ano de implantação do projeto. PRONAF Cotas-Partes: aumento do limite de crédito individual de R$5 mil para até R$10 mil por beneficiário; passam a ser atendidas cooperativas com patrimônio líquido mínimo entre R$25 mil e R$100 milhões (antes era entre R$50 mil e R$75 milhões); aumento do limite de crédito por cooperativa de R$5 milhões para até R$10 milhões. Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER. As ações de ATER serão direcionadas para ampliação e qualificação das políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar, visando o desenvolvimento rural sustentável. Vão ser ampliadas as parcerias com instituições de ensino e pesquisa para o Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS desenvolvimento de tecnologias de gestão e produção. Os serviços de ATER serão orientados para: – Atendimento diferenciado a mil empreendimentos e 150 mil famílias da agricultura familiar (agroindústrias, cooperativas) para o desenvolvimento de processos de agregação de valor e renda e oferta de serviços focados na organização da produção para a comercialização para 200 mil famílias; – Ampliação e qualificação dos serviços para 150 mil famílias beneficiárias de crédito rural na linha de investimento; – Atendimento de 10 mil jovens rurais; – Oferta de serviços para 90 mil famílias em condições de extrema pobreza. Comercialização. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011‑2012 aprofunda e completa o ciclo de políticas públicas de apoio à comercialização que garantem e geram renda para os agricultores familiares com a implementação da Política de Garantia de Preços Mínimos para a Agricultura Familiar, a PGPM-AF. Essa política diminui a volatilidade nos mercados regionais, permite regular preços dos produtos contemplados e contribui para a formação dos preços nos principais centros de produção da agricultura familiar. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011‑2012 também reforça as políticas públicas de geração de renda. Em 2011, o orçamento do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA será ampliado em R$94 milhões, o que permitirá aumentar o número de agricultores familiares beneficiados pelo programa. Seguro. A segurança para quem produz os alimentos para os brasileiros foi ampliada no Plano Safra da Agricultura Familiar 2011‑2012. O Seguro da Agricultura Familiar – SEAF passa a cobrir até R$4 mil da renda mais 100% do valor financiado pelo PRONAF Custeio. O Garantia-Safra terá maior número de cotas disponíveis para adesão: passa de 740 mil para 940 mil. O valor de cobertura aumenta para R$680,00. O Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar – PGPAF, instrumento que garante ao produtor a cobertura dos custos de produção no momento de pagar o financiamento do PRONAF, será ampliado. O limite do desconto de garantia de preços aumenta de R$5 mil para R$7 mil nas operações de custeio e investimento (por agricultor/ano). Além disso, o PGPAF passa a contemplar as culturas de laranja e tangerina. Elevação do teto de enquadramento de recursos próprios ao amparo do PROAGRO Mais dos atu- Quinta-feira 7 35441 ais R$3.500,00 por beneficiário e ano agrícola para R$4.000,00. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Oziel Oliveira. O SR. OZIEL OLIVEIRA (PDT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de fazer uma importante comunicação a esta Casa. Na cidade de Barreiras está acontecendo a 29ª Exposição Agropecuária de Barreiras – EXPOBARREIRAS. Está sendo levada ao conhecimento de todo o público, dos produtores rurais e dos agricultores, por intermédio da Prefeita Jusmari Oliveira – ex‑Parlamentar desta Casa, que administra aquele belíssimo Município –, a oportunidade de aplicação de novas tecnologias e do financiamento dos bancos oficiais: Banco do Brasil, Banco do Nordeste. Quero ressaltar a importância também da nossa associação dos criadores, do sindicato rural, do sindicato dos trabalhadores, na pessoa do Presidente da Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia – ACRIOESTE, que é promotor da feira, Dr. Ricardo Barata, juntamente com todos os agricultores e produtores rurais da belíssima região do oeste da Bahia. Registro também que estamos com o projeto que propõe a criação do Estado do Rio São Francisco, que neste mês de julho completa 161 anos nesta Casa. O então Deputado João Maurício Wanderley, conhecido como Barão de Cotegipe, apresentou o projeto para a criação do Estado do Rio São Francisco, no dia 19 de julho. Registro também que estamos promovendo, já que esse projeto há tantos anos tramita nesta Casa, proposição do Deputado Gonzaga Patriota, que agora recebe modificação de nossa autoria. Faço registro desse importante cenário da economia baiana e da realização da feira em Barreiras, no futuro Estado do Rio São Francisco. Muito obrigado. A SRA. JANDIRA FEGHALI (Bloco/PCdoB-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta Casa está para apreciar matéria que considero das mais relevantes. Refiro-me à Medida Provisória 529/11 que altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do microempreendedor individual. A MP traz em seu bojo vários dispositivos que a bancada do PCdoB discutiu amplamente, o que culminou com a apresentação de projeto de lei que trata do Sistema Especial de Inclusão Previdenciária. Cito como exemplo a alíquota de 5% para a contribuição previdenciária para o microeempreendedor individual com renda anual de R$36 mil. Essa medida contribui, em muito, para a formalização perante a Previdência 35442 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Social de extenso grupo de trabalhadores urbanos que não se enquadram como empregados ou que não possuem renda suficiente para arcar com uma contribuição com alíquota de 20%. Lembro que o microempreendedor é aquele que trabalha por conta própria, sem relação de emprego – inclusive a dona de casa –, e a contribuição reduzida estenderá a essas pessoas o direito ao benefício da aposentadoria. O microempreendedor há muito merece esse direito, uma vez que contribui em larga escala para a economia do País, sendo fundamental na área da cultura. Espero, pois, que a matéria seja aprovada em breve, para que o Congresso responda a uma justa demanda da sociedade. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é sempre bom compartilhar notícias boas, e é com esse espírito que subo a esta tribuna para comemorar a decisão do Governo de reduzir as taxas de juros nas linhas do Programa Nacional do Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. E isso não é tudo: a linha de crédito aumentou para 16 bilhões de reais, e o limite dos investimentos foi para 130 mil reais. A partir de julho, o homem do campo, maior responsável pelas frutas e hortaliças que nós consumimos e que são a base de uma nutrição saudável, terá taxas que vão varia de meio ponto percentual a 2% em todas as linhas do PRONAF, o que representa o início da safra 2011-2012. Antes, os juros chegavam a quatro e meio por cento. Essas medidas, Sr. Presidente, integram a reposta ao 17º Grito da Terra Brasil, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG. Para o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, “as ações colocam a agricultura familiar na base do processo de desenvolvimento econômico e social do País, com a produção de alimentos baratos e saudáveis para os brasileiros”. Essas novas condições de financiamento mais favoráveis ao agricultor familiar, Sr. Presidente, não são as únicas notícias alvissareiras. Foi criada também uma política específica de garantia de preços para os produtos da agricultura familiar e a padronização das regras de controle sanitário dos alimentos. Hoje a regra varia para cada Município, e isso dificulta a comercialização dos produtos familiares. Com a mudança, a regra passará a ser de âmbito nacional. Outra medida anunciada foi a antecipação de 127 milhões de reais para assistência técnica e de 530 Julho de 2011 milhões de reais para a obtenção de terras destinadas à reforma agrária. Além disso, a Caixa Econômica Federal acaba de criar uma superintendência para cuidar especificamente da habitação rural. São medidas como essas, Sr. Presidente, que me fazer crer que o Governo da Presidenta Dilma Rousseff age corretamente na defesa dos mais necessitados, dos mais vulneráveis, que são os agricultores familiares. O PRONAF, por si só, já é uma iniciativa vitoriosa e, com essa afinação, revela-se algo ainda mais transcendente para um segmento importante e essencial para a vida de nosso País. Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado. A SRA. TERESA SURITA (PMDB-RR. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje, venho expor nesta Casa as dificuldades relacionadas a atendimento médico pelas quais nós, mulheres do Norte, mais especificamente de Roraima, passamos. Se a saúde em Estados centrais do Brasil ainda deixa a desejar, na região amazônica, onde as distâncias são imensas e existem áreas de difícil acesso, a situação é mais grave ainda. Matéria publicada no jornal O Globo no dia 3 de julho traz preocupantes informações sobre o câncer de mama, o que mais mata mulheres no Brasil e a segunda doença que mais vitima o sexo feminino em nosso País. Atualmente, o SUS tem o dobro do número de mamógrafos necessários para o diagnóstico precoce da doença. Contudo, apenas 12% das mulheres entre 40 e 70 anos, faixa etária na qual a mamografia é fundamental, conseguem ser examinadas no Brasil. É importante lembrar que o diagnóstico precoce do câncer de mama é essencial para a cura. Esse reduzido número de mulheres atendidas se deve à distribuição dos mamógrafos nas regiões e Municípios brasileiros. Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde, Roraima, meu Estado, tem três mamógrafos, dois públicos e um particular. Esses aparelhos atendem a uma população de 451 mil habitantes, segundo o último Censo do IBGE. Na verdade, esse número está dentro do que preconiza a Portaria nº 101, de 2002, do Ministério da Saúde, que estabelece a necessidade de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. Porém, esses três aparelhos estão localizados em Boa Vista. Em um Estado do tamanho de Roraima, onde há Municípios localizados a 300 quilômetros da Capital, como Rorainópolis, ou a 350 quilômetros, como Caroebe, a distância torna-se um problema para que as mulheres façam os exames que precisam e a que têm direito. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ontem, matéria da Rede Globo sobre a dificuldade enfrentada pelas brasileiras para fazer mamografia chamou a atenção. Um dos Municípios que aparecia na reportagem era justamente Rorainópolis, no meu Estado. D. Iolete, moradora daquela cidade, há 2 anos precisou retirar uma das mamas, pois o diagnóstico do câncer de mama veio tardiamente. Hoje, para periodicamente fazer exames na outra mama, ela precisa enfrentar, a cada 6 meses, uma viagem que dura 5 horas, em uma estrada nem sempre em boas condições. Às vezes, pelas dificuldades de transporte intermunicipal, é preciso trocar o ônibus pelas vans, mais baratas e em maior quantidade, mas menos confortáveis. Essa doença, que matou 11.945 mulheres em 2008, mais que o dobro das mortes registradas em 1990, e responsável pelo crescimento de quase 48% do número de mortes em uma década, precisa de atenção redobrada do sistema público de saúde. Não podemos concentrar mamógrafos tão distantes da população que precisa ser atendida. É necessário que pensemos na redistribuição desses equipamentos nos Municípios brasileiros e façamos com que as pessoas que necessitam de diagnóstico e tratamento precoce tenham acesso a eles de forma mais fácil e menos sacrificante. Apenas dessa forma caminharemos para um atendimento mais igualitário e reduziremos as mortes de mulheres por causa do câncer, principalmente na Amazônia. O SR. PASTOR MARCO FELICIANO (PSC-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço uso desta tribuna para narrar a todos sobre fatos graves acontecidos no Hospital Municipal Santa Casa da Criança, em Guarulhos, onde, no último mês, vieram a óbito 14 recém-nascidos. Estranhamente o caso não repercutiu na mesma proporção de sua gravidade. Devemos tomar enérgicas providências no sentido de que sejam apurados os motivos que deram origem a tão grave acontecimento. As autoridades do Município devem ser informadas imediatamente quando ocorrências relativas à saúde de pacientes fogem da normalidade, principalmente no caso de sucessivos óbitos. Registros do próprio hospital indicam que, entre os meses de abril e maio, na UTI dessa instituição de saúde, ocorreram óbitos em número equivalente à média de um ano inteiro, no mesmo hospital. Medidas urgentes devem ser tomadas pelas autoridades de saúde do Município para que não se repitam fatos desse tipo, pois o bem maior que recebemos de Deus é o direito à vida, mormente quando se trata de crianças cujos familiares recorrem aos hospitais públicos por falta de melhores recursos financeiros. Mas o atendimento tem de ser o melhor, pois não se Quinta-feira 7 35443 justificam falhas quando se envolve a vida, bem que não pode ser substituído. Pedirei informações às autoridades do Município de Guarulhos sobre as providências tomadas. Muito obrigado. O SR. GUILHERME CAMPOS (DEM-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 8 de junho, foi lançada a Frente Parlamentar Mista de Combate à Pirataria e à Sonegação Fiscal, em evento que contou com a participação de vários Deputados e Senadores, preocupados com os efeitos nefastos das práticas criminosas contra os princípios dos direitos autorais sobre a economia brasileira e, principalmente, sobre as relações de trabalho. Trata‑se, na verdade, de um esforço renovado em relação a esta matéria, já que a ideia de uma Frente Parlamentar de Combate à Pirataria surgiu ainda em 2004, após o encerramento da CPI da Pirataria, que também resultou na criação, no âmbito do Poder Executivo, do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual – CNCP. Antes de tudo, é preciso salientar um dos objetivos principais da Frente Parlamentar criada, qual seja, de trazer para o debate político a dimensão pública do trabalho de empresas prejudicadas pelas práticas de pirataria. Muitas vezes, pudemos observar em diversos fóruns essa questão ser reduzida a um âmbito menor, como se fosse simplesmente restrita ao interesse das empresas pelo lucro, algo aliás natural e previsível em um sistema econômico, mas nem de longe o aspecto mais relevante. Quando as empresas proprietárias dos direitos autorais deixam de ser remuneradas pelas suas obras, não apenas estamos tratando de um desvio injusto de lucros para outras empresas que nada fizeram para merecer os recursos que recebem, mas também estamos permitindo o fechamento de postos legais de trabalho e comprometendo a arrecadação tributária, que poderia eventualmente ser revertida em benefícios para a população. E esses efeitos não são pequenos, Sras. e Srs. Deputados. Segundo dados apresentados pela eminente Senadora Vanessa Grazziotin, Vice-Presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pirataria, durante o próprio lançamento da nova iniciativa, são muitos milhões de reais que deixam de ser arrecadados, todos os anos. Um dinheiro que poderia ser usado, por exemplo, no Sistema Único de Saúde, em programas de educação e de moradia. Além disso, cerca de 2 milhões de empregos deixam de ser gerados. Não fosse isso o suficiente, todos sabemos que o crime de pirataria anda sempre muito próximo – de mãos dadas eu diria – com o contrabando e o tráfico de drogas. 35444 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Está mais do que na hora, portanto, para uma tomada de posição firme do Congresso Nacional no sentido de dar um basta a este descalabro econômico e social. Entre as medidas que devem ser tomadas pela Frente, está o acompanhamento e esforço pela aprovação do Projeto de Lei nº 8.052, de 2011, do Poder Executivo, que pretende alterar o Código de Processo Penal, com o objetivo de agilizar o julgamento de crimes cometidos contra o direito autoral, e que se encontra atualmente em tramitação na Câmara. Entre as mudanças propostas no referido projeto, está o dispositivo que permite a perícia de bens por amostragem, sem necessidade de analisar um por um os discos ou demais bens apreendidos, uma medida simples, mas capaz de desembaraçar boa parte dos processos penais envolvendo pirataria. Além disso, pretende-se também autorizar o juiz a determinar a destruição antecipada dos bens apreendidos em alguns casos especiais como, por exemplo, quando a ação penal não puder ser iniciada por falta de identificação do autor do crime. Neste caso, embora não se possa falar em uma melhoria direta das penas aplicadas aos infratores, a ideia é resolver o problema da falta de local nos depósitos públicos para armazenar o material falsificado oriundo da violação aos direitos autorais. Estamos cientes, entretanto, de que as medidas de combate à pirataria envolvendo a aplicação de penas mais severas ou a agilização dos processos penais serão inteiramente ineficazes, a não ser que se comece também a pensar em alternativas econômicas para que os cidadãos brasileiros possam ter condições de comprar produtos legais e não consumam mais produtos piratas. Precisamos ter presente, em todas os debates sobre a questão da pirataria, que não basta reclamar dos diversos instrumentos existentes nos dias de hoje, na Internet, para casos de violação de direitos autorais. A generalização do uso e do acesso à rede mundial de computadores não é o problema, mesmo porque é uma tendência positiva do mundo atual, contra a qual não seria nem recomendável nem produtivo resistir. Mais importante que isso é compreender melhor os recursos tecnológicos existentes, para utilizá-los como ferramentas de combate aos crimes contra direitos autorais. Diversos países já fizeram isso e dispõem de legislações aperfeiçoadas para detectar, coibir e punir os infratores. Mesmo no Brasil, várias medidas já foram tomadas e começam a dar alguns resultados, ainda tímidos por enquanto, mas em trajetória ascendente, como no caso do mercado de música, por exemplo, em que a tendência de queda vertiginosa no faturamento das principais empresas do setor foi interrompida desde 2007. Mas é preciso fazer Julho de 2011 muito mais, e é para isso que a Frente Parlamentar de Combate à Pirataria foi criada. Era o que tinha a dizer. Obrigado. O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tudo o que se disse nesses últimos dias sobre a personalidade do saudoso ex-Presidente Itamar Franco é ainda muito pouco para definir essa figura singular de homem público que foi exemplo de honestidade, retidão de caráter e integridade moral em todos os momentos de sua trajetória política, como Prefeito, Governador, Senador, Embaixador e Presidente da República. Essa dimensão do seu perfil humano é de indiscutível unanimidade, pois ninguém neste País ousaria dizer o contrário. Mas é preciso pontuar outro aspecto importantíssimo de sua biografia política: Itamar Franco entrou para a história do Brasil como o Presidente do Plano Real, que, além de encerrar um período de quase uma década de inflação galopante e hiperinflação, lançou as bases para todos os avanços econômicos do País até hoje. Por sua condição de Vice-Presidente da República alçado à chefia do Governo no final do ano de 1992 em razão do impeachment do então Presidente Fernando Collor, não era de se prever que o político mineiro seria capaz de um feito histórico de tamanha magnitude. Na verdade, no início de sua gestão, com uma inflação em torno de 1.500% ao ano, o Presidente não dava sinais claros do que pretendia em termos de política econômica. Ficou clara a falta de rumo no fato de que quatro Ministros da Fazenda se sucederam em menos de 8 meses: Gustavo Krause, Paulo Haddad, Eliseu Rezende e Fernando Henrique Cardoso. Com essa última, escolha Itamar deu a grande cartada da sua presidência. Fernando Henrique já era Ministro das Relações Exteriores e foi transferido para a Fazenda. Com seu grande prestígio e trânsito fácil entre os mais renomados economistas do País, logo se criou a expectativa de que novo plano destinado a acabar com a hiperinflação seria tentado ainda no Governo Itamar, cujo mandato terminava no final de 1994. Eram imensos os obstáculos a uma nova tentativa de estabilização. A situação fiscal era precária e havia uma sucessão de planos fracassados desde o Cruzado em 1986, culminando com os Planos Collor I e II, do seu antecessor e companheiro de chapa na eleição de 1989. Mas Itamar encorajou seu Ministro, que, por sua vez, conseguiu convencer o grupo de especialistas recrutados de que haveria condições de fazer um ajuste fiscal prévio e, depois, partir para a estabilização. Para essa, foi usada a ideia de André Lara Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Rezende e Pérsio Arida, por todos tida como brilhante, de criar uma moeda indexada à inflação, a URV, que, em seguida, seria convertida na nova moeda, o real. O plano foi posto em prática, deu certo e completou 17 anos 1 dia após a morte do seu criador. A aposta de Itamar Franco foi vencedora e garantiu seu lugar na história como o Presidente que viabilizou uma das viradas mais importantes da história econômica brasileira. Era o que tinha a dizer. O SR. CARLOS BEZERRA (PMDB-MT. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de registrar meu posicionamento em defesa do Projeto de Lei nº 8.035, de 2010, do Poder Executivo, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011-2020, matéria em apreciação nesta Casa. Formada Comissão Especial para analisar a proposição, foram realizadas audiências públicas sobre qualidade na educação, expansão do acesso ao ensino, financiamento das políticas educacionais, educação especial e inclusiva. E a expectativa é de que muitas outras advirão por causa da sua abrangência temática. Veja-se o recorde alcançado de 2.906 emendas apresentadas até hoje para um projeto na Câmara! E a Comissão Especial não pretende se desincumbir da grandiosa tarefa de apreciação do PL em solitude. Já estão previstas audiências públicas nos Estados, a fim de democraticamente envolvermos o maior número possível de agentes na discussão: educadores, conselheiros, técnicos das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, Deputados Estaduais e Vereadores, movimentos sociais e organizações da sociedade civil. Eis algumas das premissas que fundamentam o PNE: universalização da educação básica; expansão da oferta da educação superior; erradicação do analfabetismo; garantia de padrão de qualidade em todas as instituições de ensino; gestão democrática; respeito à diversidade étnico-cultural, religiosa e econômica; formação para o trabalho; excelência na formação e valorização dos profissionais da educação; financiamento governamental das instituições públicas. De fato, a proposta avança em relação ao PNE que a antecedeu, o qual focava no tripé diagnóstico-diretrizes-metas, enquanto o texto atual reúne 20 metas que se fazem acompanhar de estratégias indispensáveis à sua implementação, lançando, assim, base sólida para uma política pública caracterizada pelo planejamento sistemático, e de longo prazo. Desse modo, a proposta reflete o próprio espectro que conceitua o Brasil como uma Federação, em que União, Estados, Distrito Federal e Municípios desempenham papéis concorrentes e complementares. Quinta-feira 7 35445 Semelhantemente, de acordo com as previsões constitucionais, o PNE recorre ao regime de colaboração entre aqueles entes federados para que a gestão da educação nacional se dê sob uma visão sistêmica, em que, ao lado de atribuições específicas para cada instância governamental, responsabilidades sejam também efetivamente partilhadas. O Ministério da Educação, em seu papel de órgão responsável pela coordenação da educação nacional, buscou cumpri-lo ao enviar a esta Casa o projeto do Plano Nacional de Educação 2011-2020. Nesse contexto, as discussões promovidas no âmbito do Fórum Nacional de Educação, Conselho Nacional de Educação, Secretarias Estaduais de Educação, Conferência Nacional de Educação e tantos outros organismos interessados no tema são de grande valia. E muito ainda o serão, tendo em vista que as discussões no âmbito da Comissão Especial para apreciação do PNE estão apenas começando. Em uma ambiência absolutamente democrática, permanece franqueada, a toda a sociedade civil, a organizada participação nas decisões que repercutirão de modo decisivo em seu cotidiano. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ninguém discute que a educação configura a porta para a inclusão social, por isso, é tema definitivamente assentado como prioridade na agenda nacional. Na Constituição Federal, é o primeiro arrolado entre os direitos sociais e, entre eles, talvez seja o de maior eficácia na obtenção de vigorosos frutos, como melhor qualidade de vida, consolidação democrática, pleno exercício da cidadania, desenvolvimento socioeconômico. Além disso, sabemos que a escola desempenha um papel que vai muito além de constituir espaço de produção e disseminação do saber. As práticas educacionais estão inseridas nas relações sociais, que, em última instância, são responsáveis pela própria manutenção e mesmo pela transformação da sociedade. Por tudo isso, reitero meu apoio à aprovação do Plano Nacional de Educação por esta Casa, no contexto das discussões que tema tão importante requer e, com certeza, receberá na Comissão Especial específica. O SR. SANDES JÚNIOR (PP-GO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no primeiro domingo de julho, como é tradição no Estado de Goiás há mais de 150 anos, é celebrado o ponto alto da Festa do Divino Pai Eterno, na cidade de Trindade. Durante os 15 dias que antecedem a celebração final, milhares de pessoas se dirigem até a cidade localizada na Região Metropolitana da Capital, há apenas 18 quilômetros de Goiânia. A Festa do Divino Pai Eterno possui várias singularidades. Uma delas é a missa dedicada aos car- 35446 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS reiros. Pessoas ainda hoje vão para a festa em carros de boi, acompanhados de suas famílias e amigos. Andam dezenas de quilômetros, todos os anos, para esse encontro anual. Com seus carros, dezenas de juntas de boi, até participam de desfile em local construído especialmente para esse fim, o Carreiródromo. Outro aspecto interessante e tradicional é percorrer a pé a rodovia que separa as duas cidades. Chamada de “Rodovia dos Romeiros”, possui uma pista lateral exclusiva para pedestres. E nos 18 quilômetros, os romeiros podem utilizar uma boa estrutura de banheiros instalados próximos aos painéis de uma via-sacra que embeleza todo o trajeto entre as cidades. Este ano a Festa do Divino Pai Eterno teve outro atrativo. É que foi lançada a pedra fundamental da nova basílica de Trindade. A atual comporta mais de 5 mil pessoas, mas tem-se tornado pequena para o quantitativo de pessoas que ali vão orar. A nova igreja será construída numa das saídas da cidade e poderá receber mais de 30 mil pessoas de uma só vez. Durante os festejos deste ano, segundo estimativas da reitoria do santuário, passaram por Trindade mais de dois milhões e meio de pessoas. E não são apenas goianos que ali foram agradecer pelas graças alcançadas. Centenas de ônibus de todo o País levaram milhares de romeiros até a cidade goiana. A fé estampada nos milhões de rostos é algo que emociona todas as pessoas que passam por Trindade. Desde as mais simples até as pessoas com maior poder aquisitivo. Todas vão ali rezar no único santuário do mundo que é dedicado ao Divino Pai Eterno. É um local de peregrinação, onde se realiza uma das maiores festas religiosas do Brasil e a maior do Centro-Oeste brasileiro que merece ser conhecida por todos os brasileiros. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. ROBERTO TEIXEIRA (PP-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nos últimos meses a imprensa tem apresentado graves denúncias sobre as péssimas condições dos alimentos da merenda escolar. Isso tem ocorrido em muitas escolas das redes públicas municipais e estaduais do País. Em maio passado, o Fantástico, programa da Rede Globo, levou ao ar imagens chocantes feitas em cinquenta escolas de cinco Estados. A reportagem constatou que muitos cardápios servidos nas unidades de ensino não atendiam às necessidades de calorias e nutrientes dos alunos e que a falta de planejamento e a má gestão em algumas dessas escolas levou para o lixo a merenda que daria para alimentar centenas de alunos. É inadmissível que situações como essas ainda existam nos dias de hoje. Julho de 2011 Sr. Presidente, meus nobres colegas, casos como esses não podem passar em branco e pioram ainda mais com denúncias de fraude em licitação de empresas fornecedoras de merenda escolar, como ocorreu recentemente na Prefeitura de Taubaté, interior de São Paulo, e que vem sendo investigada pelo Ministério Público. É obrigação dos governos – municipal e estadual – oferecerem alimentação de qualidade para os seus alunos. Que os pais frequentem as escolas onde seus filhos estudam para ter certeza de que a merenda fornecida tem de fato a qualidade necessária. É importante que a sociedade fiscalize, tome conhecimento dos recursos que o seu Estado e seu Município recebem não só para a merenda escolar, mas também para aplicação na educação. O Governo da Presidente Dilma Rousseff tem feito a sua parte. Não só na fiscalização dos recursos destinados aos Estados e Municípios, mas também na ampliação da merenda para toda a educação básica – da creche ao ensino médio. De acordo com o MEC, o valor investido por aluno aumentou 131% nos últimos 8 anos. O volume de recursos transferidos passou de R$50 milhões, em 2003, para mais de R$3 bilhões, em 2011. Por isso, Sr. Presidente, meus nobres pares, não podemos admitir que o dinheiro público para a educação ou para qualquer outra finalidade desça pelo ralo, nem que nossas crianças passem fome ou que se afastem das escolas por falta de alimentação. Aluno bem alimentado aprende mais. Sendo assim, se o Brasil está construindo uma história diferente, voltada para uma economia forte e um povo que melhora de vida a cada dia que passa, essa também é a hora de fazer uma nova história na educação. Uma educação que garanta ensino e alimentação de qualidade para todos. Obrigado. A SRA. IRACEMA PORTELLA (PP-PI. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocorreu nesta quarta-feira, 6 de julho, nas dependências da Câmara dos Deputados, o relançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, da qual tenho a honra de ocupar a vice-presidência, exatamente num momento crucial da luta contra as drogas, Ao mesmo tempo em que enfrentamos difícil cenário, marcado pela disseminação do uso do crack e de outras drogas ainda mais nocivas, estamos diante de uma oportunidade única no combate a esses problemas. Somos testemunha de que existe atualmente grande onda de esforços dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – e também da sociedade civil organizada no sentido de encarar esse desafio. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Percebemos que nos Estados e nos Municípios brasileiros também há uma união de forças para fazer frente ao fenômeno das drogas. Isso renova nosso ânimo, nossa esperança e nossa determinação para seguir com firmeza nessa trilha. Recentemente, tivemos uma conquista histórica. A Presidenta Dilma Rousseff se reuniu com representantes das comunidades terapêuticas e anunciou a formação de um grupo interministerial para elaborar um plano nacional de recuperação dos dependentes químicos com base na importante experiência dessas entidades. Esse gesto da Presidenta Dilma é de fundamental importância na batalha contra as drogas. Reconhecer e apoiar as comunidades terapêuticas são decisões mais do que acertadas, pois apostam na eficiência do trabalho dessas organizações que hoje atendem a 80% dos usuários de drogas em nosso País. Na maioria das vezes, com grandes dificuldades financeiras, mas sempre com muita garra e amor por essa causa. Outra importante vitória foi a decisão do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de rever a Portaria nº 101, da ANVISA, que estabelece critérios para o trabalho das comunidades terapêuticas. Fazer algumas mudanças nessa normativa era antiga demanda das entidades. Felizmente, o Governo demonstra sensibilidade e abertura para o diálogo. Percebemos também avanços no trabalho legislativo. O tema das drogas está no centro das atenções desta Câmara dos Deputados, e isso é uma conquista e tanto. Sentimo-nos honrada em participar também da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas, Acolhedoras e APACs e da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, duas iniciativas que têm buscado discutir soluções para esse problema. Precisamos aproveitar essa conjuntura favorável para reforçar as políticas públicas de enfrentamento às drogas, investindo na rede de tratamento dos usuários e melhorando os instrumentos de reinserção social dos dependentes químicos, bem como a sua recolocação no mercado de trabalho e no sistema educacional. Um de nossos maiores desafios é justamente a fase do pós-tratamento. Ou seja, é essencial garantir que essas pessoas, depois de recuperadas do vício, possam realmente ter um cotidiano diferente, com novas perspectivas, com chances concretas de produzir e de avançar nos estudos. Além de fortalecer o trabalho das comunidades terapêuticas, caminho que já estamos trilhando, é fundamental lutar pela expansão da rede de CAPs AD e de hospitais capazes de acolher os usuários de drogas. Quinta-feira 7 35447 Tudo deve estar interligado: comunidades terapêuticas, CAPS AD, hospitais, políticas públicas de reinserção social dos usuários de drogas e combate ao tráfico. Estamos, sim, diante de uma epidemia das mais perigosas, por sua capacidade de destroçar a vida e os sonhos de milhares de famílias e jovens brasileiros. A violência, as drogas e a falta de perspectivas estão comprometendo, talvez para sempre, o desenvolvimento das nossas crianças, adolescentes e jovens. Não podemos perder mais uma geração para as drogas. Temos de investir em políticas públicas ousadas e criativas, realmente capazes de afastar nossa juventude das drogas. Nessa cruzada, é importante o papel da Polícia, da Justiça, da escola, dos profissionais de saúde, de psicologia, de assistência social e da família. Não são raros os casos de completa desestruturação familiar. E essas famílias precisam de apoio. O consumo do crack causa impactos profundos nas relações sociais e familiares do usuário. Toda a dinâmica familiar e social é afetada por esse comportamento. É para essas famílias que precisamos dar respostas. É para essas famílias que temos de encontrar soluções capazes de afastar tantos jovens do perverso mundo das drogas. Daí por que temos de elaborar leis arrojadas e modernas para enfrentar essa verdadeira epidemia que tomou conta do País. É para essas famílias que devemos voltar nossa atenção, nosso amor, nosso respeito, compreensão e solidariedade. Precisamos oferecer a essas pessoas, sobretudo aos jovens, um caminho promissor, com um projeto na busca por conhecimento, saúde, paz e equilíbrio. Esses são os valores que devem predominar em nossa sociedade. Esse é o caminho para podermos avançar na luta contra o crack e outras drogas. Uma luta que não tem partido político, que não tem ideologia, que não tem dono. Uma luta que é de todos nós. Uma luta pela vida. Passo agora a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Nove de julho é o Dia Internacional do Desarmamento, data importante para o Brasil, pois, infelizmente, somos um país onde muito se mata com armas de fogo. Anualmente, 40 mil brasileiros morrem vítimas de tiros, a maioria jovens na faixa dos 15 aos 24 anos, mas também muitas crianças. Além das mortes causadas por imperícia no manejo, há as mortes por motivos fúteis – uma em cada cinco vítimas de arma de fogo morre em decorrência de discussões no bar ou no trânsito, por exemplo, ou por causa da combinação de drogas legais ou ilegais com o fácil acesso às armas. E há, é claro, as mortes causadas por criminosos que roubaram as armas dos cidadãos honestos, que as consideravam como uma proteção ou as tinham como 35448 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS item de coleção. Mais de 20 mil armas eram roubadas anualmente, antes de se começarem as campanhas pelo desarmamento. Ainda hoje, do total dos crimes ocorridos no Brasil, 80% acontecem com armas compradas legalmente, o que demonstra que, para prevenir mortes, é melhor não ter armas em casa. Tomemos o caso dos Estados Unidos, onde o direito de andar armado é constitucional: aquele é o pais desenvolvido com o mais alto índice de homicídios. Suas cidades, às vezes vizinhas de cidades canadenses com igual tamanho e mesmas características socioeconômicas, têm índices de homicídio muito superiores aos verificados no outro lado da fronteira, o que revela clara relação entre a posse de armas e a morte de cidadãos. Na Grã-Bretanha e no Japão, a situação é radicalmente diferente: mesmo os policiais geralmente não portam armas de fogo, o resto da população não as obtém facilmente, e os índices de homicídio, por consequência, são bem mais baixos. No Brasil, diariamente, uma centena de pessoas morre vitimada por arma de fogo; na Grã-Bretanha, esse é o número anual. O Brasil passou a adotar restrições ao porte de arma de fogo por meio do Estatuto do Desarmamento, em 2003. Desde 29 de dezembro de 2004, o porte de arma é inafiançável, e os cidadãos têm se prontificado a devolver suas armas. O desarmamento tornou-se uma política do Estado brasileiro e de mais de 30 outros países, como Moçambique e Argentina – o primeiro, vindo de uma guerra civil; o segundo, com uma cultura de glorificação da arma. Todos os países aprendem com os erros e acertos de suas próprias campanhas e das campanhas alheias. A indenização pela entrega das armas, e também da munição, foi uma ideia argentina. A campanha brasileira inovou com igrejas e ONGs inutilizando as armas no ato da entrega e prevenindo, assim, roubos ou desvios por parte de pessoas sem escrúpulos. A Colômbia, antes um país mais violento do que o Brasil, fez várias campanhas de desarmamento e hoje tem índices de homicídio abaixo da média latino-americana. No Brasil, já é possível contabilizar o número de vidas economizadas desde 2003: os homicídios reduziram-se em 11% até 2009, mesmo com o aumento da população. Futuras campanhas certamente virão, funcionando como um modo adicional de prevenção da violência na sociedade brasileira, que é, repito, uma das sociedades mais violentas do mundo, para nosso prejuízo. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada. O SR. JEFFERSON CAMPOS (Bloco/PSB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. Julho de 2011 e Srs. Deputados, os pedágios das rodovias privatizadas de São Paulo ficaram mais caros na última sexta-feira, 1º de julho. E quem paga a conta, em todos os níveis da engrenagem econômica, é o consumidor, seja diretamente, nas praças de pedágio, seja pela transferência do aumento para os produtos transportados que chegam à mesa dos consumidores. Tudo isso é resultado do grande absurdo promovido pela política dos pedágios, que penaliza os motoristas, os trabalhadores em geral, os estudantes, as donas de casa. Os aumentos foram de 6,55% e 9,77%, conforme a modalidade dos contratos de privatização. Além da frieza dos números, o que conta é o peso em reais que um reajuste desse tamanho provoca no bolso e na rotina das pessoas. Sem sombra de dúvida, o aumento pode ser comparado a um “roubo”, se forem levadas em conta as reclamações das pessoas que utilizam as estradas e que, mesmo nas situações em que não trafegam por elas, sentem os reflexos no consumo de produtos e serviços cujos valores embutem os custos com transportes. E, mais do que as explicações técnicas das concessionárias e dos órgãos responsáveis pelos contratos de privatização, é o ponto de vista das pessoas prejudicadas que nos interessa. Um exemplo de impacto do aumento da tarifa de pedágios foi abordado em reportagem publicada no domingo, 3 de julho, pelo jornal O Estado de S. Paulo. Os destaques são para a Washington Luiz, a SP-310, a rodovia “mais cara” do Estado, e para a comprovação de que o pedágio maior encarece os custos de empresas e o preço de produtos. Entre os exemplos, a reportagem cita o caso de um morador de Taquaritinga que estuda numa escola em São José do Rio Preto, a 130 quilômetros dali. Ele pensa em desistir do curso porque gasta R$440 por mês só com pedágio – mais do que a mensalidade que paga pelo curso, de R$380. Um representante comercial que vive em Rio Claro e tem clientes em Catanduva e São José do Rio Preto gasta R$1,2 mil por mês na SP-310. Empresas transportadoras, além dos gastos com pedágios, reclamam da falta de postos de serviços e de segurança. São absurdos que complicam a vida das pessoas e das empresas, e provocam indignação. O Estado de São Paulo tem mais de 35 mil quilômetros de estradas pavimentadas; nas rodovias estaduais, 5,6 mil quilômetros são de responsabilidade de concessionárias, 16% do total. Esses números mostram o quanto de interferência os pedágios representam na vida das pessoas. O que fazer? Primeiramente, as pessoas não podem continuar sofrendo com os aumentos abusivos de tarifas de pedágio todo ano, nesta época, e Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS não podem ficar reféns das justificativas baseadas nas frias cláusulas de contratos assinados há mais de 10 anos. A utilização dos índices IGP-M e IPCA como parâmetros para os reajustes tem de passar por uma reavaliação. A economia é um agente dinâmico, e por isso abre oportunidades para que, numa relação de coerência, os contratos da política de privatização de rodovias possam ser reavaliados no quesito referente à tarifa dos pedágios. É preciso levar em conta que não são contratos restritos ao âmbito de interesses de empresas. Os documentos, com suas descrições de direitos e deveres, provocam efeito direto na vida de milhões de pessoas. Nessas horas, os responsáveis pelas rodovias lembram que a tarifa de pedágio é condição importante para a manutenção e para investimentos na qualidade das estradas. Uma avaliação profunda da política de pedágios teria justamente a finalidade de atualizar e comparar dimensões de arrecadação nos pedágios com a correspondente necessidade de investimentos, pois, se para os consumidores os aumentos das tarifas são abusivos, do outro lado, os lucros das concessionárias podem ser exorbitantes. Somente com uma análise técnica e criteriosa pode-se fazer essa constatação; se confirmada, estará desenhada a necessidade de reduzir tarifas ou controlar o ritmo de reajuste de acordo com o que for justo para todas as partes. Há de se considerar que os pedágios agregam peso num conjunto de outros custos que tornam a vida mais cara a todo momento. Empresas de ônibus intermunicipais também reajustaram suas tarifas, e isso tem tudo a ver com os pedágios. O trabalhador, que já vive arcado com o peso dos impostos, agora tem que assumir mais um aumento, o que sem sombra de dúvida é de uma perversidade inaceitável. O que não se pode é tomar como fato consumado uma situação, como o aumento das tarifas de pedágio, que gera problemas para a população. Eu, como Deputado Federal e como representante do Estado de São Paulo na Câmara dos Deputados, vou trabalhar e mover todos os esforços pela bandeira da reavaliação da política de pedágios das estradas paulistas. A população, que depende das estradas para viver, merece todo o nosso respeito e consideração. Solicito, Sr. Presidente, que este meu pronunciamento seja divulgado pelos meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. O SR. MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Deputados, o mundo dedica o dia 26 de junho ao combate às drogas, e é sobre o vício, a doença, o crime direta Quinta-feira 7 35449 ou indiretamente relacionado a elas que me pronuncio neste momento. Na presente acepção, o termo “droga” se refere a todas as substâncias que produzem alterações de consciência, modificando no indivíduo as funções, as sensações, o humor e o comportamento, e que têm sido usadas desde tempos imemoráveis na busca da abstração da realidade, do alívio de sofrimento e dor, do prazer. Muitas foram empregadas pelos povos em rituais religiosos, e embora nem todas sejam proibidas – no Brasil, o álcool, por exemplo –, hoje, o senso comum relaciona essas substâncias ao ilegal e nocivo. De um tipo ou outro, permitidas ou não, elas varreram os tempos, disseminaram-se e tornaram reféns as sociedades contemporâneas. De tal maneira o fenômeno tem crescido, na história recente, que raros são os grupos humanos que conseguiram se manter a salvo, não importa o grau de desenvolvimento e riqueza, e pouco importa quão rígidas sejam as leis e demais normas de conduta coletiva nem quão fortes sejam os valores da cultura. Mesmo em regimes políticos cerceadores das liberdades, nos quais a mão do Estado pesa sobre a privacidade e os direitos individuais, a droga, muitas vezes, lá está, a exercer a sua devastação, um cancro epidêmico, que esfacela a família e destrói a vida, vitimando jovens cada vez mais jovens. O Brasil, a família brasileira, os lares brasileiros, como sabemos todos – porque é uma realidade que se mostra crua aos nossos olhos estupefatos –, vivem esse drama aparentemente insuperável, de enredo tão previsível quanto cruel: do vício às doenças (e o vício, por si, é doença), das doenças à violência, da violência ao crime, do crime à absoluta degradação. Em nosso caso, esse drama-tragédia apresenta-se com algumas fortíssimas agravantes, em razão do histórico descaso dos Governos para com os menos favorecidos, privados, que têm sido, de educação de qualidade; de adequado atendimento de saúde; de condições e equipamentos urbanos que propiciem o lazer, a prática desportiva e o convívio comunitário saudável; do emprego e da moradia digna, o que muitas vezes joga as pessoas ao abandono das ruas; de políticas efetivas de segurança social que protejam e, se for o caso, ressocializem a criança e o jovem, além de amparar o idoso. A Convenção da ONU sobre narcóticos, adotada há 50 anos, prega o combate às drogas, combatendo o consumo. O que se tem visto, porém, no mundo e, obviamente, no Brasil é o retumbante fracasso da diretriz de consumo zero. A guerra contra as drogas não se mostrou capaz de evitar novos usuários e recuperar aqueles já incapazes de produzir, de se desenvolver socialmente, de contribuir para a grandeza de seus países. Perdem os Governos e as populações, perdem 35450 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS gerações de cidadãos que a droga tornou inaptos, se não até perigosos ao convívio. O momento atual impõe, portanto, mudanças. Novas estratégias de ação precisam transferir o foco do policialesco, simplesmente, para atitudes mais proativas. Se o usuário é um doente, ele deve ser tratado como tal, e o Estado precisa se obrigar a isso, por meio de políticas especiais e de ações especializadas extensivas à família, dentro dos hospitais públicos e postos de saúde, com a participação de médicos, psicólogos e assistentes sociais. Mas é preciso salvar do vício a criança e o jovem sadios, e fazê-lo com esporte e cultura, lazer e recreação, educação e informação. Acredito, também, Sr. Presidente, na força das igrejas, a fim de atrair esses jovens para práticas que não só os ocupem, mas, sobretudo, consigam motivá-los. O meu sentimento de cidadão, pai de família e Parlamentar é de que nada disso tem sido aprofundado com verdadeiro afinco. O que se vê são iniciativas pontuais e descontínuas, de âmbito muito reduzido, providências não sistemáticas, campanhas de curta duração e nenhum efeito. No mais das vezes é a sociedade civil quem toma a si a tarefa, num trabalho que depende exclusivamente da boa vontade de voluntários. Todavia, como diz o velho adágio, Sr. Presidente, uma andorinha não faz verão. A falência do modelo pode, assim, não estar no modelo propriamente dito, mas nas abordagens de execução, na vontade política e nas políticas adjacentes. Estou, assim, firmemente convencido de que nem tudo foi tentado – e tentado até o último recurso. Muitas opções, de fato, não surtiram efeito. É de questionar, não obstante, os motivos pelos quais não surtiram efeito: talvez porque não se conseguiu universalizá-las; talvez porque sequer chegaram a ser implementadas totalmente. Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que meu pronunciamento seja divulgado pelos órgãos de comunicação desta Casa legislativa e no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. O SR. JOSÉ CHAVES (Bloco/PTB-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, frequentemente a Previdência Social no Brasil tem sido alvo de críticas ferrenhas de fortes segmentos da população em geral e de especialistas na matéria. Em sua maior parte, as críticas relacionam-se à suposta falta de sustentabilidade financeira para o custeio do pagamento dos benefícios do Regime Geral da Previdência – RGP. Sempre se aponta a existência de sucessivos déficits previdenciários, fenômeno que tomaria proporções gigantescas nas próximas décadas caso não sejam tomadas medidas que interrompam o processo. Julho de 2011 Mas agora, Sr. Presidente, essa situação tem os dias contados. É que o Governo, nos próximos dias, deverá encaminhar ao Congresso um projeto de lei com vistas a alterar a contabilidade da Previdência Social, impactando o saldo previdenciário anual, hoje negativo. Com a entrada em vigor da proposta do Governo, o déficit da Previdência Social deverá cair para a metade com as retiradas das renúncias ficais, que de janeiro a maio deste ano já somaram R$8,9 bilhões, enquanto as contas previdenciárias registraram saldo negativo da ordem de R$17,8 bilhões. Se a medida já estivesse vigorando, o déficit seria do mesmo tamanho, mas com endereço diferente, uma vez que a parcela sob a responsabilidade da Previdência se reduziria a R$8,9 bilhões, e a outra metade ficaria sob a responsabilidade de outros Ministérios. O Ministro Garibaldi Alves, que patrocina a proposta, ressalta que é preciso dar a César o que é de César; ou seja, o que deseja é transferir para cada Ministério as renúncias de receitas atualmente debitadas à Previdência, embora não sejam oriundas de política da Pasta. É o caso, por exemplo, das empresas exportadoras, que não recolhem contribuições ao Instituto Nacional da Previdência Social – INSS sobre as receitas que obtêm com a venda de mercadorias no exterior. Essa medida foi adotada para aumentar a competitividade do produto brasileiro no mercado externo; ou seja, não é uma política da Previdência. O Ministro Garibaldi Alves é de opinião que essa conta não deveria estar com ele, e sim com o Ministério da Fazenda. A renúncia de arrecadação, nesse caso, atingiu R$1,1 bilhão de janeiro a maio deste ano. A Previdência quer passar para o Ministério da Saúde as renúncias fiscais dadas para hospitais filantrópicos. Essas entidades não recolhem tributos. No período de janeiro a maio, a renúncia de receitas chegou a R$3 bilhões. Para o Ministério de Desenvolvimento Social seriam transferidas as renúncias fiscais das entidades sem fins lucrativos que atuam na área de assistência. Outros Ministérios, com o da Educação, passariam a contabilizar as renúncias de entidades que operam em sua área. E tem toda a razão o Ministro, pois em todos os países que oferecem esse tipo de benefício a conta fica com o Ministério setorial correspondente. Na hipótese de o projeto ser aprovado e transformar-se em norma legal, a “limpeza” funcionaria como um novo tempo para as contas da Previdência. É mais do que compreensível o esforço do Ministro Garibaldi para promover tais mudanças, acreditando que, se realizadas, resultarão também em Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS imediata melhora dos padrões gerenciais da Pasta e na adoção pelos Ministérios de critérios mais rígidos para o enquadramento das entidades que demandam os benefícios. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em 2010 o déficit previdenciário foi de R$44,3 bilhões, 4,5% menor do que o de 2009, já descontada a inflação do período, graças ao aumento de 10,7% na arrecadação, correspondendo a 1,2% do PIB. É evidente que o projeto de lei, além dos impactos positivos já mencionados, ensejará à Previdência melhores condições de atender aos seus milhões de segurados e outros milhões de dependentes. Com efeito, para cumprir eficientemente suas responsabilidades, as medidas a serem propostas operarão significativas transformações no atual modelo gerencial do sistema, razão por que é justo dizer ao Ministro Garibaldi Alves que siga em frente com sua eficiente e exemplar gestão. Era o que tinha a dizer. O SR. ANTONIO BULHÕES (Bloco/PRB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, desejo prestar justa homenagem, em alusão ao Dia do Bombeiro, celebrado em 2 de julho, data do aniversário de 155 anos de criação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Diante das muitas evidências da dimensão e da excelência do trabalho desempenhado pelos nobres soldados do fogo, cumpre encarecer sobretudo a constante valorização e o efetivo reconhecimento desses profissionais de fibra, dinâmicos, diligentes e determinados, que no exercício de sua nobre missão são obrigados a enfrentar enormes desafios. Especial atenção há de ser dedicada, com certeza, às reivindicações de melhores condições de salário e trabalho, a exemplo da luta dos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, cujos protestos acabaram tendo desdobramentos jamais imaginados, consequência imerecida que não corresponde à relevância da figura e das atribuições dos bombeiros. Portanto, desejo manifestar o integral apoio aos bombeiros, o respeito e a solidariedade às suas legítimas causas, plenamente justificadas pelas exigências e riscos da ação, pela constatação das dificuldades experimentadas no momento, pelo caráter essencial dos serviços, pela aprovação e confiança da sociedade em relação ao papel dos corajosos e altamente preparados integrantes da corporação responsável por operações de combate ao fogo, prevenção de acidentes, salvamento e resgate de vítimas de sinistros. Nos momentos mais difíceis, nos quais se requer o socorro, a mão amiga, lá está sempre presente o bombeiro, para garantir a segurança e a tranquilidade Quinta-feira 7 35451 dos cidadãos. Nada mais justo, então, que, no instante em que esse profissional exemplar precisa do apoio da sociedade, a sociedade responda afirmativamente e esteja ao seu lado. Quantas vezes temos assistido ao empenho, à dedicação, ao sacrifício dos bombeiros para salvar vidas humanas, mesmo sob as condições mais desfavoráveis e arriscadas? São, com efeito, numerosos os testemunhos dando-nos conta da bravura, da eficiência, da excelência de caráter, da firmeza, do poder de decisão, da agilidade e da destreza na ação, da disciplina e da organização, da obediência a rígidos códigos de conduta, da prática de elevados princípios morais e éticos. Assim, quando pensamos num exemplo de ato ou de indivíduo com qualidades para honrar e engrandecer não apenas o ser humano, não apenas uma determinada corporação, mas o próprio País, podemos recorrer, sem medo de errar, à história do Corpo de Bombeiros, repleta de episódios dignos de louvor, respeito e admiração. Com este sentimento, reitero a homenagem, alusiva ao Dia do Bombeiro, e o permanente compromisso de apoio à missão e às causas defendidas por esses soldados notáveis, verdadeiramente extraordinários, justamente exaltados pelo trabalho incansável que realizam diuturnamente em benefício das pessoas, pelo que representam para a sociedade e para o País. Muito obrigado. A SRA. MANUELA D’ÁVILA (Bloco/PCdoB-RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, boa noite. A imprensa brasileira lembrou, há algumas semanas, que há pouco mais de 1 ano iniciava a Copa do Mundo da África do Sul. Ao som de vuvuzelas, relembraram os melhores momentos e mostraram o que o evento representou para o país e para seu povo, com erros e acertos. Como não poderia deixar de ser, o tema teve repercussão no Brasil, afinal, em pouco mais de 3 anos seremos nós a receber o mundo em nossas terras. Muito se tem falado, nesse sentido, Sr. Presidente, sobre obras, licitações, mudanças de legislação, prazos, mobilidade urbana, infraestrutura (responsabilidade dos Municípios) e tudo o mais que envolve sediar o maior evento esportivo do mundo. Os desafios não são poucos, mas não estão apenas nessas grandes obras e investimentos. A Copa do Mundo se dá também em outras áreas, aquelas nem sempre vistas ou lembradas, mas que atingem os mais importantes envolvidos na Copa: a população brasileira. Para além da dúvida – real e justificada – do nosso povo sobre os grandes investimentos, sobre segurança pública e sistemas de transporte, por exemplo, existe 35452 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a preocupação da garantia dos direitos humanos em muitas das ações referentes à Copa. Alguns podem se perguntar: mas o que os direitos humanos têm a ver com a Copa do Mundo? Existem muitos aspectos que unem esses dois temas e alguns deles serão decisivos para a imagem que divulgaremos (e fortaleceremos) do nosso País para o mundo. Dois temas em especial podem ilustrar esse debate: as desapropriações e a exploração sexual. Trago, aqui, Sras. e Srs. Deputados, para exemplificar, a desapropriação de moradias em Porto Alegre. Uma das obras prioritárias para a Copa do Mundo de 2012, segundo a administração municipal, é a duplicação da Avenida Tronco, na zona sul da Capital. Para tanto, será preciso remover mais de 1.700 famílias, que moram em quatro vilas. Para onde vão essas famílias não está definido no projeto – a vontade delas, tampouco. Sabe-se que devem ser realocadas para locais que ficam a 3 quilômetros de onde vivem hoje. E, segundo o cronograma, a obra será iniciada em março de 2012. Pergunto-me, assim, se há tempo para diálogo, se há garantia do direito à moradia dessas 1.700 famílias. Pergunto-me ainda se essas famílias sentirão orgulho por sediarem jogos da Copa do Mundo e qual o sentimento que restará em cada um desses cidadãos após as obras. Quanto à exploração sexual, a preocupação justifica-se a partir de um dado divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH): entre janeiro e março de 2011, 72,35% das denúncias de exploração sexual contra crianças e adolescentes feitas por meio do Disque Direitos Humanos (o Disque 100) foram registradas nas 12 cidades-sedes da Copa. A preocupação aumenta quando relembramos o fato de que em alguns locais de grandes obras o índice de exploração sexual de crianças e adolescentes aumentou 18%. A nossa Copa do Mundo, nobres colegas, pode ser a Copa que vai mudar para sempre a imagem do Brasil como país de turismo sexual e de exploração sexual de menores. A nossa Copa pode ser também a Copa que torna exemplo a relação do Estado com seu povo, ou seja, um Estado que respeita o direito à moradia – quando da desapropriação de famílias – para a realização das grandes obras (especialmente as de mobilidade urbana). Mas isso são possibilidades. Assim como elas podem se concretizar, podem não ocorrer. Se não houver comprometimento dos governos na promoção e garantia desses direitos, nossa imagem poderá ser de desorganização e do jeitinho. Se não houver comprometimento da sociedade, que deve denunciar, por Julho de 2011 exemplo, os crimes de exploração de menores, tampouco mudaremos a imagem até então consolidada de país de turismo sexual. Finalizo, Sr. Presidente, afirmando que eventos como a Copa do Mundo têm, acima de tudo, um alto poder de transformação social. Foi assim na África do Sul – com a retomada do orgulho do seu povo, com geração de emprego e renda. Tem de ser assim no Brasil. Temos de nos organizar para que a marca da Copa seja de combate ao racismo e ao preconceito; de guerra ao turismo e à exploração sexual de menores; de assistência real às famílias removidas para a implantação de obras de mobilidade urbana que beneficiarão milhões de pessoas em todo o País. O grande legado da Copa tem de ser para o povo brasileiro. Assim, mudaremos as cidades para que os turistas vivam por alguns dias aquilo que queremos – os que aqui vivemos – todos os dias. Muito obrigada. A SRA. ROSINHA DA ADEFAL (Bloco/PTdoB-AL. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, peço a palavra para mencionar que o dia 23 de junho foi o Dia Mundial do Desporto Olímpico. A data logo nos remete à aproximação da Copa do Mundo, das Olimpíadas e das Paraolimpíadas, o que vem causando grande expectativa nos brasileiros. É grande a preocupação dos movimentos sociais de pessoas com deficiência se serão observados os critérios de acessibilidade nas atividades de preparação para a realização desses eventos. É preciso que se garanta, nas obras e reformas que se iniciam, a necessária acessibilidade. Não se pode conceber, em tempos atuais, em que se dispõe de ampla e moderna tecnologia, que as pessoas com deficiência sejam excluídas, socialmente, por descaso na falta de previsão de recursos em acessibilidade, quando do planejamento de tais eventos. Sabemos que ainda há bastante tempo para a realização desses eventos e que a notícia é de que serão previstos tais recursos em construções, bens e serviços. Mas preferimos pecar pelo excesso e vir a este Plenário alertar as autoridades envolvidas de que a Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência estará atenta a cada etapa de construção e implantação de serviços relativos aos mencionados eventos. Solicitamos aos movimentos sociais que tragam ao conhecimento da FrentePcD qualquer notícia de falta de previsão de acessibilidade em obras ou serviços realizados em razão dos referidos eventos esportivos. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, passo a abordar outro assunto. Peço licença para comunicar que, no início do mês de junho, representei perante o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho, pleiteando o cumprimento da Lei do Estágio (Lei nº 11.788, de 2008), no que se refere à reserva de vagas para pessoas com deficiência nas seleções para estágio realizadas pela administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A atual Lei de Estágio estabelece cota em favor das pessoas com deficiência, correspondendo a 10% das vagas de estágio oferecidas. Nesse caso – de contratação de estagiários com deficiência –, estabelece ainda que não há limite de idade nem limite de tempo para a duração do estágio, medidas que vêm justamente para incentivar a referida contratação, e levam em consideração a defasagem na educação que afeta boa parte das pessoas com deficiência, em razão da falta de acessibilidade nas escolas. A Lei de Estágio abrange não somente as pessoas jurídicas de direito privado e os profissionais liberais de nível superior, mas também os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Pelo que vimos observando, lamentavelmente, os órgãos da administração pública são os que menos respeitam e cumprem essa reserva legal. “Acreditamos no sucesso deste trabalho de verificação. O Ministério Público vem mostrando, ao longo dos anos, ser uma instituição séria e atuante. Numa feliz coincidência, temos, hoje, como Coordenadores Nacionais de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Administração Pública do Ministério Público do Trabalho (que verificarão os órgãos cujo regime de trabalho é celetista), dois grandes nomes de luta pela moralidade pública que fizeram história em Alagoas, os Procuradores do Trabalho Alpiniano do Prado Lopes e Antonio de Oliveira Lima” – os quais saúdo em nome de todos os alagoanos, que lhes são gratos pela brilhante atuação. Finalmente, Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para transcrever discurso que fiz hoje, 6 de julho, quarta-feira, na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, para discutir a questão do BPC-LOAS versus a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho: “Sra. Presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, autoridades aqui presentes, senhores palestrantes, Dra. Aparecida Gugel e Sr. Carlos Clemente, requeri a realização de audiência pública, que teve a aprovação dos meus pares, para discutir a Quinta-feira 7 35453 questão do BPC-LOAS versus a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Sem que tivéssemos previamente combinado, no mesmo sentido, requereu a Deputada Érika Kokay, igualmente preocupada com a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Para esta discussão, solicitamos a presença do Procurador-Geral do Trabalho, da Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Ministro do Trabalho e Emprego, ou de representantes por eles indicados. Temos um compromisso moral com a sociedade civil: de, sempre que possível, dar-lhe vez e voz nos trabalhos que desenvolvermos nesta Casa. Em razão disso, para a discussão sobre o tema, convidamos a Sra. Maria Aparecida Gugel, neste ato não como representante do Ministério Público do Trabalho, mas como incansável estudiosa e ativista sobre os temas de interesse das pessoas com deficiência. Seja muito bem-vinda a esta audiência pública, Dra. Aparecida! É também nosso convidado, o Sr. Carlos Clemente, do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, que há mais de uma década desenvolve um sólido e reconhecido trabalho de inclusão da pessoa com deficiência, em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. É desta região de São Paulo que despontam os melhores índices de cumprimento da Lei de Cotas. Interessa-nos ouvir o seu relato, Sr. Clemente, e quem sabe estimular os presentes a que repliquem a sua experiência em seus Municípios de origem. O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC, também conhecido como LOAS, é um benefício constitucional, integrante do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), assegurado por lei (Lei nº 8.742, de 1993), que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. Pago pelo Governo Federal, no valor de um salário mínimo, é um benefício cuja gestão, coordenação e financiamento ficam a cargo do Ministério do Desenvolvimento Social, e sua operacionalização é de responsabilidade do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A pessoa com deficiência tem direito ao benefício quando a renda mensal do seu grupo familiar, per capita, seja inferior a um quarto do salário mínimo. Para recebê-lo, também deverá ser avaliado se a sua deficiência o incapacita para a vida independente e para o trabalho (art. 20, § 2º, da LOAS), e esta avaliação é realizada pelo Serviço Social e pela Perícia Médica do INSS. 35454 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS É individual, intransferível e não é vitalício, devendo o beneficiário se submeter à revisão a cada 2 anos. O montante para a manutenção dos beneficiários causa impacto considerável no orçamento público. Em razão disso, por certo, há interesse do Estado brasileiro em reduzir os valores dos recursos direcionados ao BPC. E a melhor forma é por meio da inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, situação em que passarão a efetivamente contribuir para o crescimento econômico do País. O Benefício de Prestação Continuada sempre foi visto como um obstáculo para a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. É que há pessoas que recebem o benefício, mas que com acesso à educação profissional de qualidade e com as ajudas técnicas adequadas seriam competitivas e estariam aptas para o mercado de trabalho. No entanto, diante do desemprego estrutural é muito comum que tenham receio de abrir mão do benefício para se arriscarem diante do voraz mercado de trabalho. Muitas famílias também desestimulam o ingresso de seu familiar com deficiência no mercado de trabalho, receosas de se verem privadas daquela renda regular, ainda que de modesto valor. Outras chegam mesmo a proibir que seu familiar com deficiência desista do benefício, ceifando suas autonomia e independência. Uma outra questão que pretendemos discutir é o teor do Decreto nº 6.214, de 2007, que ‘regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência e ao idoso’, que em seu art. 25 dispõe que a ‘cessação do Benefício de Prestação Continuada concedido à pessoa com deficiência, inclusive em razão do seu ingresso no mercado de trabalho, não impede nova concessão do benefício desde que atendidos os requisitos exigidos neste Decreto’. Mas não se tem notícia de pessoa com deficiência que tenha desistido e depois retornado ao BPC. Ninguém quer ser a cobaia desta operação. As dúvidas permaneceram: como se daria este retorno? E que condições deveriam ser consideradas para se concluir se a pessoa permanecia apta para o recebimento do benefício? E ingressando no mercado de trabalho, demonstrando, assim, a condição para o labor, como retornar ao benefício se um de seus requisitos é justamente a comprovação da incapacidade para o trabalho, e que não seria mais preenchida? Há quem acredite que o retorno só é possível caso a condição da pessoa se agrave, ou adquira, ela, uma nova deficiência, o que nos parece um contrassenso. Assim, por falta de regras claras e de casos concretos exitosos, o que ocorre é que o decreto parece Julho de 2011 não se efetivar. Isso sem falar que alguns juristas o inquinaram de ilegal, por entenderem que dispõe sobre tema que a lei silenciou (no caso, a lei do SUAS, que não prevê hipótese de ingresso no mercado de trabalho com possibilidade de retorno ao benefício). Uma leitura positiva do decreto permitiria mais segurança às pessoas com deficiência que se acreditam preparadas para ingressar no mercado de trabalho, é que entendemos imprescindível a realização da presente audiência pública. Vamos aos trabalhos, então, esperançosos de que possamos encerrar esta audiência tendo mais clareza sobre os temas a serem aqui abordados e, quiçá, com sugestões de medidas concretas a serem adotadas para otimizar os trabalhos de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, o que é o nosso principal objetivo.” A SRA. CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS-SC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para prestar minhas homenagens póstumas ao Presidente Itamar Franco. Sr. Presidente, sei que não há muito a acrescentar ao que já foi dito sobre Itamar Franco, mas não há como não lamentar uma perda tão significativa para a classe política, já tão desgastada por escândalos, por malfeitos, e que por isso precisa de mais políticos honestos, honrados e comprometidos com o seu povo. Itamar Franco foi o primeiro Presidente da República a sair pela porta da frente do Palácio do Planalto, desde Juscelino Kubitschek. Assumiu o País em um momento histórico conturbado e, após um início de governo complicado, tornou-se um dos mais importantes Presidentes da história de nossa República, ao implementar o Plano Real e dar fim ao pesadelo da inflação. Sr. Presidente, a inflação foi durante décadas o mal que impedia que o Brasil sequer sonhasse em se tornar um país próspero. Por isso posso afirmar, sem dúvidas, que os avanços vividos no Brasil nos últimos anos não seriam possíveis em um país com inflação de 40% ao mês. O Governo do Presidente Itamar Franco foi o marco zero do Brasil atual. Ali, em 1993, Itamar conseguiu o que vários governos tentaram nos 20 anos anteriores ao seu mandato. A derrota da inflação abriu a estrada do progresso que o Brasil vem seguindo desde então – sem populismo, nem demagogia nem marketing político. Para encerrar, Sr. Presidente, quero dizer que foi uma honra compartilhar do mesmo partido com um dos grandes políticos de nossa história, mesmo que por um breve período de tempo. Itamar Franco foi exemplo de retidão, coerência, ética e coragem. Um homem que Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS conseguiu em 2 anos o que era perseguido há mais de 20 e em cujo governo o Brasil deixou de ser o eterno país do futuro para se tornar uma das nações mais importantes do presente. Obrigada, Presidente Itamar Franco! Era o que tinha a dizer. O SR. ROBERTO BRITTO (PP-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, desde a última segunda-feira, dia 4 de julho, vigora no Brasil a nova lei da prisão preventiva, que impede a detenção de suspeitos pela prática de crimes com penas inferiores a 4 anos de reclusão. Trata-se, sem dúvida, de uma mudança que tem causado muita polêmica. Alguns setores da sociedade encaram com desconfiança e reprovam a medida. Outros, ao contrário, apoiam elogiando as alternativas encontradas para se evitar a superlotação carcerária. De fato, doravante será mais difícil decretar a prisão preventiva, já que a nova lei estabelece medidas alternativas e novos critérios para esse tipo de detenção, embora não libere automaticamente quem já está preventivamente preso. Apenas para que se possa dimensionar o impacto da medida, Sras. e Srs. Deputados, destaco que, em todo o País, cerca de 44% da população carcerária estão em prisão preventiva, isto é, são pessoas que ainda não foram condenadas, mas aguardam o julgamento segregado, ou porque podem, em tese, atrapalhar o andamento do processo, ou porque representam alguma forma de ameaça às vítimas ou testemunhas. No meu Estado da Bahia, Sr. Presidente, atualmente 7,7 mil presos encontram-se nessa situação, o que representa 49,7% do total de 15,5 mil detentos. No Rio, esse percentual é de 31% dos presos, enquanto em São Paulo são 36%. Minas Gerais é o Estado que detém a maior taxa de prisão preventiva, com 63% dos encarcerados. Levantamentos preliminares indicam que a grande maioria desses detentos responde a processos por crimes em que a pena é inferior a 4 anos, que representam um pequeno potencial ofensivo para a população, tais como a formação de quadrilha ou receptação. Analisando por esse lado, os defensores da nova lei elogiam a medida defendendo que nessa fase processual somente os autores de crimes apenados com mais de 4 anos de reclusão e, portanto, os crimes mais graves merecem ser previamente confinados, pois se trata de criminosos que podem oferecer algum risco à sociedade. Já os autores de crimes com diminuta gravidade, e desde que primários e de bons antecedentes, deverão se submeter a outros tipos de medidas cautelares, como o monitoramento, por parte do Estado, por meio Quinta-feira 7 35455 de pulseiras eletrônicas, que rastreiam seus passos, além do pagamento prévio de fiança, que pode variar entre R$160 e R$109 milhões, e decretação de prisão domiciliar. Para os especialistas, o maior benefício da nova lei é a redução da superlotação nos presídios e nas penitenciárias. O ponto negativo, a curto prazo, ainda segundo determinados setores da sociedade, é a soltura de presos que atualmente se encontram detidos, circunstância que assusta a população diante do grande contingente que será posto em liberdade. No entanto, o Ministério da Justiça garante que não haverá soltura imediata, pois os atuais detentos devem requerer sua liberdade à Justiça, sendo, após, analisados caso a caso os pedidos. Segundo o Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, haverá uma “racionalização do uso da prisão preventiva e que certamente não terá impacto nenhum na impunidade, pois aqueles que cometeram crimes terão que cumprir suas penas após a condenação, como manda a Constituição”. Somente no caso de as medidas cautelares não se mostrarem eficientes é que o investigado poderá ser recolhido a uma cela, preventivamente. Para o Vice-Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, o Estado não tem condições de fiscalizar a aplicação dessas medidas alternativas, destacando que “a lei resolve o problema da administração penitenciária em parte, porque ela diminui o contingente de pessoas presas no sistema prisional brasileiro que, de fato, é muito grande e insuficiente. Mas ela resolve isso baseada em uma situação inexistente, com base em uma estrutura que não existe, porque não haverá quem fiscalize essas medidas cautelares”. O ponto negativo, Sr. Presidente, repousa no fato de que os maiores líderes do crime organizado no País e do tráfico internacional foram presos graças a uma prisão preventiva que permitiu que pudesse ser feita uma investigação por parte do Estado, conforme destacou o Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil. Para aqueles contrários à medida, a nova lei transmitirá uma sensação de impunidade, e, para que isso não ocorra, será necessária uma rigorosa fiscalização, o que se sabe, de antemão, muito pouco provável de ocorrer. Vamos aguardar o desenrolar dos fatos, Sr. Presidente, para, diante dos casos concretos, avaliarmos os méritos ou desacertos da medida, razão pela qual esta Casa, na pessoa de cada um de nós Parlamentares, não pode deixar de se manter atenta aos acontecimentos que sucederão a partir desta semana, 35456 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS propondo a adoção de medidas que protejam a população, na hipótese do eventual insucesso do efeito prático da nova lei. Muito obrigado. A SRA. ELIANE ROLIM (PT-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, fiquei muito feliz ao tomar conhecimento, na manhã de hoje, da matéria publicada na imprensa destacando que a Universidade Estácio de Sá, do Estado do Rio de Janeiro, foi a campeã em termos de alunos aprovados no último exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, com 390 vitoriosos. No total, 90 instituições de todo o País não tiveram nenhum aluno aprovado, o que representa 88% dos 106 mil inscritos, denotando dessa forma, o grau de dificuldade dos exames da Ordem. Com tantos reprovados, ter o Estado do Rio de Janeiro como campeão em números de alunos aprovados é motivo de muita alegria para todos nós. Portanto, Sr. Presidente, gostaria que este pronunciamento fosse veiculado no programa A Voz do Brasil, com o nosso reconhecimento à brilhante atuação da Universidade Estácio de Sá, do Estado do Rio de Janeiro, no exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Passa-se ao V – GRANDE EXPEDIENTE O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Antes de conceder a palavra ao Sr. Deputado Hugo Napoleão, passo a palavra ao nosso sempre Presidente, Sr. Deputado Mauro Benevides. O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, antes de o nobre Deputado Hugo Napoleão assomar à tribuna, peço a V.Exa. que considere lido pronunciamento em que registro o 28º aniversário do Município de Maracanaú, na Região Metropolitana da Grande Fortaleza, sede do distrito industrial. Muito obrigado a V.Exa. pela deferência. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, foi comemorado, festivamente, na última segunda-feira, o transcurso do 28º aniversário do Município de Maracanaú, na Região Metropolitana da Grande Fortaleza, dentro de programação festiva, que foi comandada pelo Prefeito Roberto Pessoa e o seu Vice Firmo Camurça, além, obviamente, dos Vereadores que integram o Legislativo local, bem assim de lideranças comunitárias, articuladas, entre outras, Julho de 2011 pela Vereadora Aline do Hospital, que ali exerce permanente atuação política. No ensejo, foram homenageados os Governadores Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals, além do Coronel Humberto Bezerra, cuja gestão em Juazeiro do Norte é sempre apontada como verdadeiramente exemplar, em razão do conjunto de obras que concretizou, atendendo a reclamos da respectiva população. No último pleito, como nos anteriores, sempre recebi votação expressiva, particularmente em competição majoritária para o Senado Federal nas duas vezes em que ascendi àquela Casa do Parlamento brasileiro. Ressalte-se, por oportuno, que a mencionada comuna é sede do Distrito Industrial e concentra razoável gama de recursos, recolhidos aos cofres da União e do Estado, além de possuir conglomerado demográfico dos mais significativos, impregnados do sentimento de ampliar as conquistas nos campos socioeconômicos. Integra a área territorial de Maracanaú o Conjunto Jereissati, no qual residem alguns milhares de habitantes, assistidos pela edilidade, por meio de serviços essenciais, notadamente nos âmbitos da educação, saúde e infraestrutura. A Fundação Demócrito Rocha e o jornal O Povo editaram publicação alusiva ao evento, para que se conheçam os índices de desenvolvimento e bem-estar social alcançados por uma urbe que concentra elevada densidade demográfica, consciente de seus deveres inerentes ao exercício pleno de cidadania. Ontem, em contato com o Prof. Barros Pinho, que ocupa função de relevo no Governo local, encareci que transmitisse às autoridades a minha manifestação de regozijo, da mesma forma como o fiz aos Deputados Fernanda Pessoa e seu colega Júlio Cesar, que, no Legislativo Estadual, representam dignamente tão progressista cidade de nossa unidade federada. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Concedo a palavra ao Deputado Hugo Napoleão. O SR. HUGO NAPOLEÃO (DEM-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, motivou-me a vinda a esta tribuna – aliás, 36 anos após haver, nesta mesma tribuna, proferido o primeiro Grande Expediente da minha vida – o Projeto de Lei nº 1.209-A, de 2011, consubstanciado na Mensagem nº 112, de 2011, que trata do PRONATEC. Antes, porém, quero registrar minha alegria, satisfação e contentamento por saber que a Universidade Federal do Piauí, meu Estado, foi a quinta colocada no último Exame da OAB, ficando entre as cinco instituições mais laureadas. Parabéns aos estudantes piauienses e ao Reitor Luiz Junior. A história das escolas profissionalizantes do Brasil, objeto do PRONATEC, inicia-se, em âmbito federal, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS estadual, municipal e igualmente nos Sistemas S e nos sistemas de ensino a distância, pela Lei de Diretrizes e Bases, nos seus Capítulos II e III – art. 36-A para as escolas técnicas de ensino médio e art. 39 para as escolas técnicas profissionais. Ela passa por todos os períodos, desde o inicial, médio, graduação e pós-graduação. O Sr. Mauro Benevides – Deputado Hugo Napoleão, V.Exa. me permite um aparte? O SR. HUGO NAPOLEÃO – Jamais poderia negar essa iniciativa a V.Exa. O SR. Mauro Benevides – Inicia V.Exa. seu discurso abordando o projeto educacional do PRONATEC. Eu saúdo V.Exa. ao praticamente debutar nesta tribuna, tribuna onde pontificou no passado como um dos mais brilhantes Parlamentares desta Casa e daquela outra, em que fomos companheiros. Nesta Legislatura, agora como Deputado Federal, com a experiência e o tirocínio alicerçados ao longo de tantos cargos legislativos e executivos que exerceu, como o de Governador do Piauí e o de Ministro de Estado, V.Exa. dará inestimável contribuição ao País e, de forma particular, ao seu Estado, o Piauí, que já o teve, repito, como chefe do Poder Executivo. Portanto, saúdo efusivamente sua presença na tribuna e vaticino um desempenho dentro da melhor tradição que V.Exa. tem palmilhado e seguido com ardor, convicção, brilho, representando o povo brasileiro no Parlamento nacional. O SR. HUGO NAPOLEÃO – Sensibilizado, agradeço a V.Exa., nobre Deputado e Senador Mauro Benevides – fomos colegas no Senado Federal –, sendo V.Exa., no firmamento nacional, Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional. Acolho com muita simpatia as palavras de V.Exa. Eu ia dizendo que tudo começou, na realidade, no ano de 1909, quando se iniciou o processo de urbanização e de oferta de empregos em nosso País e o Presidente Nilo Peçanha criou as Escolas de Aprendizes Artífices. Sempre fui um apaixonado pelo ensino profissionalizante, que, no Brasil, ainda é deficitário, não obstante todas as iniciativas históricas. Ainda menino, em Teresina, visitei a então Escola Técnica Federal e lá conheci, pela primeira vez, um gravador, imenso, com dois grandes discos, daqueles bem rudimentares, dos primeiros, e fiquei logo entusiasmado com as escolas técnicas federais. Mas Nilo Peçanha implantou todas as Escolas de Aprendizes Artífices nas Capitais dos Estados da Federação, com exceção do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, onde isso ocorreu no interior. De 1930 a 1945, foi a época das agroexportações e do nascimento da agroindústria, por assim dizer. Foi Quinta-feira 7 35457 a Era Getúlio Vargas, que, em 1937, quando veio o Estado Novo, estabeleceu os liceus profissionais, estabelecimentos cujo nome ele mesmo, em 1942, mudou para escolas técnicas federais. Em seguida, despontou um período revolucionário com aquele de quem tenho grandes saudades e de quem fui advogado em outros tempos, o ex-Presidente Juscelino Kubitschek. No período de 1956 a 1961, foram instituídas as verdadeiras escolas técnicas federais, porque ali desenvolveu um Governo baseado no binômio energia e transporte. E veio aí também autonomia das escolas. Na realidade, convém lembrar Roberto Campos. No seu livro Lanterna na Popa, ele relata, no Capítulo 33, que, na verdade, deu “adeus às ostras”. Ele deu adeus às ostras de Los Angeles, onde era cônsul, tendo sido chamado por Lucas Lopes e Eugênio Gudin de volta ao Brasil. E ele diz assim: “Naquela época em que dei adeus às ostras, dei adeus ao meu ostracismo”. Mas ele veio, redigiu o Plano de Metas do Presidente Juscelino Kubitschek e foi Presidente do então BNDE, hoje BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Desenvolveu um trabalho magnífico: energia e transportes. Aí estava a razão das escolas federais. Mais adiante, de 1964 a 1985, no período de exceção, houve como que um endividamento, um progresso com o endividamento do Brasil. Tendo em vista as dívidas, passou-se a tomar iniciativas com relação a escolas nas áreas de petroquímica e de comunicações. Na área petroquímica, houve a grande crise da década de 70, quando o preço do barril de petróleo subiu de 2 para 42 dólares – imaginem, naquele tempo... –, motivando o Brasil a começar a produzir carros movidos a álcool. Realmente, houve grande sucesso. Hoje, os herdeiros dessa iniciativa são os carros flex. Tudo isso ocorreu nessa fase da petroquímica. Na área de comunicações, acabamos alcançando um grande desenvolvimento, o desenvolvimento necessário dos programas do Ministério das Comunicações, Pasta de que fui titular quando o saudoso Presidente e Senador Itamar Franco dirigiu o nosso País. Ele me formulou o honroso convite para ser seu Ministro das Comunicações. No período, foram instalados os telefones celulares em todo o País e preparou-se o lançamento, pela EMBRATEL, dos satélites brasileiros BRASILSAT B1 e B2, que até hoje regem as comunicações de voz, de dados, de textos e de imagens no Brasil. Isso ocorreu juntamente com as centrais Trópico, tecnologia brasileira que muito serviu, sobretudo para o interior do País. Tudo isso em decorrência desse programa duplo que resultou do primeiro Plano Nacional de Desenvol- 35458 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS vimento, como diziam, nas áreas de petroquímica e de comunicações. Na década de 80, iniciou-se o processo de globalização. O mundo ficou uno. Com isso, houve a robotização. Quanto às indústrias, a automobilística se desenvolveu cada vez mais durante o período, através do sincronismo homem-robô. E, então, foi possível levar adiante um programa adequado à modernidade. Já em 1978, surgiram os primeiros CEFETs em três Estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, CEFETs que viriam a se concretizar no ano de 1994. A década de 90 representou a época das descobertas, porque houve conversões, transformações, mudanças. Por exemplo, a Engenharia Mecânica e a Engenharia Elétrica deram lugar à Engenharia Molecular e à Engenharia Eletrônica; a Química e a Biologia deram lugar à Química Fina e à Biogenética, revolucionando os conceitos e exigindo cada vez mais a presença da escola profissionalizante em todo o País. Pois bem. Sou membro até hoje – e, como Roberto Campos, eu diria que felizmente dei adeus às ostras, pois passei os últimos 8 anos fora do exercício do mandato parlamentar – do Conselho da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, onde há debates mensais a respeito das temáticas brasileiras em todas as áreas, em todos os setores. Lá, tenho a honra de conviver com homens como Ives Gandra da Silva Martins, Adib Jatene, Ozires Silva, Faria Lima, Ney Prado, Ney Figueiredo e tantos outros valores da literatura, da educação, da saúde, do comércio, enfim, dos vários setores de atividade. Pois o SENAR desenvolve um grande trabalho, o Sistema S também, nas escolas rurais e nas escolas agrotécnicas. São 157 atividades em todo o País. Nessas 157 atividades, formam-se parcerias público-privadas, numa iniciativa pioneira. O Dr. Daniel Carrara, Secretário-Geral do SENAR, chama a atenção para o fato de que há dificuldades ainda hoje para aqueles que conduzem as máquinas agrícolas. Mesmo em 2005, dizia ele, já eram 1 milhão de estudantes para 3 mil escolas em todo o Brasil, o que significa, de certa forma, um avanço. Agora, já são 8.679 escolas em todo o País, e a Região Nordeste, ai incluído o meu querido Piauí, detém 45% das escolas profissionalizantes. De mais a mais, há também no Norte 32%; no Centro-Oeste, 13%; na Região Sudeste, 5%; na Região Sul, 5%. Portanto, hoje, o que temos aí, saltando aos olhos, é que, nas regiões mais carentes, há necessidade de mais técnicos profissionais. Eu descobri cedo, quando Ministro da Educação, que, infelizmente, há no Brasil – já havia no tempo em que fui Ministro, quanto mais hoje – mais engenheiros metalúrgicos do que técnicos em metalurgia. Aí já se Julho de 2011 vê e já se comprova o gap, a diferença, a distância, Sras. e Srs. Deputados, que medeia entre o ensino profissional e o ensino superior. A propósito, o Correio Braziliense, edição do dia 20 de maio, na seção de Economia, publicou interessante artigo sob o título Urgência de Técnicos. Trata-se da demonstração cabal e absoluta da imperiosa necessidade da formação de maior número de técnicos. E o artigo ainda revela que o Brasil gasta sete vezes mais no ensino superior do que no básico. Já se vê, enfim – já se vê e se prova –, que temos ainda hoje essa carência a ser suprida. Daí, em boa hora a vinda do PRONATEC; daí em boa hora a vinda do PROTEC, no Governo do Presidente Sarney, iniciado pelo meu antecessor, o ex‑Senador Jorge Bornhausen. O Sr. Onofre Santo Agostini – Deputado Hugo Napoleão, V.Exa. me concede um aparte? O SR. HUGO NAPOLEÃO – Concedo, com prazer, o aparte ao Deputado Onofre Santo Agostini. O Sr. Onofre Santo Agostini – Deputado Hugo Napoleão, é uma pena que este plenário não esteja lotado para que todos escutassem esta linda palestra que V.Exa. profere. É claro que é uma honra muito grande este modesto Deputado ser seu amigo pessoal e colega de partido, mas fico feliz da vida... O SR. HUGO NAPOLEÃO – Muito obrigado. O Sr. Onofre Santo Agostini – ... porque um ex-Governador, ex-Ministro, ex‑Senador e atual Deputado profere uma verdadeira aula. Comungo com o pensamento de V.Exa. Já disse da tribuna desta Casa e vou repetir: vamos parabenizar a Presidenta Dilma Rousseff pela extraordinária ideia de criar mais escolas técnicas por este País afora. Deputado Hugo Napoleão, V.Exa. é um profundo conhecedor do assunto, Ministro que foi da Educação – quem sou eu para contrariá-lo? –, mas as escolas técnicas agrícolas têm trazido um extraordinário avanço e efeito muito grande. Fico feliz da vida em poder ouvir atentamente o seu pronunciamento, pela sua experiência, pela sua humildade, mas, acima de tudo, por ser V.Exa. o grande brasileiro que é. Que bom seria se existissem mais Napoleões por aí. Tenho certeza, Sr. Deputado, de que o Brasil ganharia muito. Belo discurso! Parabéns! Depois, vou pedir à Taquigrafia que me forneça uma cópia do discurso tão bonito que V.Exa. profere. O SR. HUGO NAPOLEÃO – Fico sensibilizado, Deputado Onofre Santo Agostini. Eu falava de um catarinense, e V.Exa. assumiu o microfone de apartes. Devo dizer que sou um homem de oposição, porém afirmei desde o início da Legislatura: saberei votar contra, mas saberei também elogiar aqueles momentos em que o Governo acerta, e o PRONATEC da Presidenta Dilma Rousseff, sem dúvida nenhuma, merece elogios. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Concedo um aparte ao meu estimado amigo, colega, correligionário do Piauí Deputado Júlio Cesar. O Sr. Júlio Cesar – Meu estimado Deputado Hugo Napoleão, estou, como o Deputado Onofre Santo Agostini, atento ao seu discurso sobre a retrospectiva histórica, desde 1909, com Afonso Pena, até os dias de hoje acerca do ensino técnico no País – quanto avançou o ensino técnico no Brasil – e a referência que V.Exa. faz acerca da prioridade que o Governo está dando às regiões mais pobres do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, em detrimento das regiões mais ricas, porque nestas já há um nível de desenvolvimento e de produção de bens e riquezas que seu próprio povo pode financiar o ensino técnico ou o ensino superior. O que me surpreende, Deputado Hugo Napoleão, é V.Exa. dizer que o País gasta sete vezes mais no ensino superior do que o ensino técnico. O SR. HUGO NAPOLEÃO – Está registrado no Correio Braziliense. O Sr. Júlio Cesar – Está registrado. E deveria ser o contrário, porque, no Piauí, por exemplo, o que mais se contabiliza positivamente no ensino dos nossos jovens é o ensino técnico. E não que eu seja contra o ensino superior; até fiz um registro, ontem, do grande feito de a nossa universidade de ter se situado em quinto lugar no que se refere ao índice de aprovação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. O SR. HUGO NAPOLEÃO – Eu acompanhei. O Sr. Júlio Cesar – Mas, como disse o Deputado Onofre Santo Agostini, o que V.Exa. diz hoje é uma verdade, e temos de constatar, sejamos do Governo ou da Oposição, a realidade do Brasil. Fico feliz de estar aqui ouvindo esses dados e aprendendo com V.Exa. V.Exa., que tão bem dirigiu o setor educacional do Brasil como Ministro, está trazendo sua contribuição para o fortalecimento da educação, principalmente das regiões mais pobres, no ensino médio, no ensino tecnológico, no ensino técnico profissionalizante. Parabéns pelo seu grande discurso. O SR. HUGO NAPOLEÃO – O seu aparte, Deputado Júlio Cesar, é um verdadeiro brinde, uma vez que V.Exa. é um homem de muitas facetas, que entende de tudo, inclusive de educação. Concedo, com muito prazer, um aparte ao Deputado Arnaldo Jardim. O Sr. Arnaldo Jardim – Muito obrigado, Deputado, Governador, Ministro Hugo Napoleão. Quero me somar às manifestação de outros colegas desta Casa para dizer da minha alegria de ouvir o seu pronunciamento e reconhecer que aprendo com ele. Sou daqueles que acreditam que esta Casa deveria repetir momentos como este; que reflexões duradouras, que transcendem colorações partidárias momentâneas e Quinta-feira 7 35459 circunstâncias governamentais, que falem de políticas públicas que tenham sentido de perenidade e de profundidade para enfrentar os problemas estruturais do País devem se repetir, a exemplo deste momento em que V.Exa. brinda a todos nós. Eu, que de forma rápida, nos cantos do plenário, tenho tido a oportunidade de dialogar com V.Exa., que tem uma visão internacional da relação do Brasil com outros países, quero enaltecer este momento importante que vive a Casa quando ouve V.Exa. O SR. HUGO NAPOLEÃO – Muito obrigado. Recolho o aparte de V.Exa. como grande incentivo. Vou caminhando para as minhas últimas palavras para dizer que a Alemanha, que perdeu duas guerras no século passado e foi dividida, começou o século passado como a maior potência e o terminou como a maior potência. Por quê? Educação! A Coreia, também dividida pela guerra de 1950, sem terras agricultáveis, sem indústrias, é hoje uma grande potência e um país cheio de indústrias. Por quê? Educação! Ao mesmo tempo, o Aliança para o Progresso injetou em países carentes milhares de dólares, mas eles não foram adiante. Países árabes receberam 700 Planos Marshall com aquele aumento do petróleo que me referi, a década de 70, e não foram além. Aliás, John Kenneth Galbraith, no seu livro A Natureza da Pobreza das Massas, refere também que se injetaram muitos recursos na agricultura da Índia, e ela não foi adiante. Por quê? Faltou educação. Por isso, como diria Gustavo Capanema: “Educação, educação e educação!” Cumprimento, portanto, a Presidenta Dilma Rousseff e o Ministro Fernando Haddad por essa iniciativa. Quero que nosso País seja cada vez mais pujante, que faça da educação sua arma principal para preparar as futuras gerações. Já somos a sétima economia do mundo. Vamos caminhar para ser a quinta. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado às Sras. e aos Srs. Deputados. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Antes de passar a palavra ao Deputado Dr. Adilson Soares, concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Arnaldo Jardim. O SR. ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ao agradecer a V.Exa., queremos repercutir pronunciamento em que avaliamos uma missão que integramos recentemente, quando estivemos em Washington e Boston, nos Estados Unidos, discutindo o tema da inovação tecnológica. A visita foi organizada pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars. 35460 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aqui estão nosso pronunciamento, a avaliação e a descrição de todos os contatos que mantivemos nessa missão, Sr. Presidente. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, integrei missão de Deputados e Senadores brasileiros que, recentemente, a convite da Woodrow Wilson International Center for Scholars – Brazil Institute, apoiados pela INTERFARMA, estiveram nas cidades de Washington e Boston, Estados Unidos, participando de diversos seminários sobre as novas fronteiras do conhecimento. A experiência serviu para reforçar a certeza de que para integrar o restrito rol dos países desenvolvidos é fundamental a permanente busca da inovação tecnológica para aumentarmos nossa competitividade internacional. Para tanto, é preciso políticas, prioridade nos recursos, parcerias entre o setor público e o privado, além de maior aproximação entre a universidade e a sociedade. Missão Parlamentar Abordamos temas como biotecnologia, nanotecnologia, eficiência energética, biocombustíveis de segunda e terceira geração, entre outras áreas do conhecimento. Ouvimos palestrantes ilustres, entre os quais destaco: Maria Otero, Subsecretária de Estado para Assuntos Externos; Arturo Valenzuela, assistente da Secretaria de Estado para o Hemisfério Ocidental; Andrew Reynolds, conselheiro de ciência e tecnologia da Secretaria de Estado; Carmina Londoño, da Fundação Nacional de Ciência; Mattew J. Gerdin, do Departamento de Cooperação Tecnológica; Kent Hughes, Diretor do Programa de Economia Global do Woodrow; Eleonore Pauwels, pesquisadora sobre nanotecnologia do Woodrow; Helena Chum, pesquisadora do Laboratório Nacional de Energias Renováveis; e Jonh R. Thomas, professor da Universidade de Georgetown. Busca da Inovação A aproximação com autoridades, empreendedores e cientistas dos EUA nos possibilitou identificar um conjunto de oportunidades importantes para o Brasil e, mais ainda, estabelecer caminhos para, de forma definitiva e consistente, termos uma Política Nacional de Inovação Tecnológica. No caso dos EUA, verificamos como os seus desafios impulsionaram a inovação: a participação nas 1ª e 2ª Grandes Guerras; a corrida espacial com a ex‑URSS; a concorrência com a eficiência japonesa (década de 80 do século passado); e, agora, o enfrentamento do crescimento chinês. Julho de 2011 Esses marcos históricos obrigaram os EUA a se superarem e a se reinventarem. Não é a toa que a atual plataforma do Presidente Obama, a da reforma do sistema de saúde, está focada na melhoria da educação e na inovação tecnológica, além de propor avanços rumo à Economia Verde. O fato que mais me chamou atenção foi a integração entre o poder público e a iniciativa privada nas mais diferentes áreas do conhecimento. Bom exemplo disso é a realização do Fórum Econômico Mundial, que está sendo realizado no Rio de Janeiro, no qual os temas principais são a inovação, a tecnologia e a sustentabilidade. Inovação nacional Recentemente, o Governo Federal anunciou a disposição de lançar uma nova versão da Política de Desenvolvimento Produtivo – PDP, que tem como objetivo aumentar nossa competitividade e assegurar mais recursos para pesquisas. Entre as principais metas está a elevação do gasto privado anual em pesquisa e desenvolvimento para algo entre 0,9% a 1% do PIB até 2014. Em valores atuais, algo em torno de R$37 bilhões. Hoje, esse percentual é de apenas 0,5%. Trata-se de uma boa iniciativa que precisa ser debatida e aperfeiçoada pelo Congresso Nacional. De qualquer maneira, acredito que no processo de elaboração de uma Política Nacional de Inovação Tecnológica é preciso que sejamos capazes de responder algumas indagações, entre as quais como diminuir a distancia entre a pesquisa pura e a aplicada? Qual a melhor maneira de aumentarmos a interação entre as universidades e as empresas? Como garantir que cientistas possam ser beneficiados por suas descobertas? Como tornar mais célere o processo de registro de patentes? Como desburocratizar a autorização para pesquisas em determinadas áreas estratégicas e garantir que o Brasil possa aproveitar as oportunidades que estão se delineando? Como desonerar os investimentos privados em inovação? Exemplos isolados já existem, mas precisamos contar com um marco regulatório em que todas essas questões estejam contempladas com regras claras, para que possamos inovar em toda a base industrial e ser capazes de enfrentar a concorrência nos mercados interno e externo, além de assegurar benefícios para toda a sociedade brasileira. Preservação da Biodiversidade Desde já, festejo uma vitória importante. A acolhida por parte do Presidente da Casa, Deputado Marco Maia, de uma reivindicação minha para que fosse constituído um grupo de trabalho para discutir as propostas que tramitam na Casa sobre biodiversidade, questão que ganhou urgência a partir da COP 10 – Conferência Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada em Nagoya, Japão. A partir do aperfeiçoamento da nossa legislação sobre o tema, surgem oportunidades como o ABS, Protocolo que consiste em garantir que os lucros obtidos com produtos desenvolvidos com base em recursos genéticos da biodiversidade sejam compartilhados com o país de origem da espécie e com as populações tradicionais que eventualmente tenham contribuído para a pesquisa, além da definição de metas para preservação da biodiversidade e o apoio financeiro dos países desenvolvidos para programas de conservação ambiental nos países emergentes. Nós, Parlamentares, voltamos dessa missão convencidos de que precisamos dedicar tempo, dispor de nosso poder de articulação, para que possamos tornar a inovação uma prioridade do Congresso Nacional e da Nação! O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Presidência dá conhecimento ao Plenário da seguinte decisão: “Revejo o despacho que indeferiu preliminarmente as emendas apresentadas à Medida Provisória nº 532, de 2011, para desconsiderar a recusa da liminar de Emenda nº 39, apresentada pelo Sr. Deputado Rubens Bueno. Por conseguinte, fica prejudicado o Recurso nº 45, de 2011, de autoria do mesmo Parlamentar. Publique-se. Oficie-se. Marco Maia, Presidente” O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Dr. Adilson Soares. O SR. DR. ADILSON SOARES (Bloco/PR-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Dr. Jorge Tadeu, Sras. e Srs. Deputados, estou aqui para falar sobre um assunto importante: um projeto de seguro de minha autoria. Estou correndo para obter apoio para que ele seja aprovado. Esse projeto é muito bom porque atinge a população brasileira das classes C, D e E, numa faixa de 100 milhões de pessoas. Nós conseguimos, nesse trabalho que fizemos com a SUSEP e em várias reuniões com o Ministério da Fazenda, baixar as taxas dos impostos e, com isso, fazer um preço bem pequeno, com facilidades para que as pessoas dessas classes possam fazer esse microsseguro. Como ele tem um custo pequeno, elas podem pagar direitinho. E quando falecer uma pessoa da família, elas terão cobertura para pagar o sepultamento e um dinheiro ainda de sobra para quitar as dívidas e manter a alimentação da família, até a chegada da pensão do INSS. Quinta-feira 7 35461 Estamos lutando para que esse projeto seja aprovado e buscando alternativas. Ele já foi aprovado em algumas Comissões e está agora na CCJ. Se for aprovado, vai abençoar as pessoas que precisam dessa ajuda. Porque o falecimento é um negócio complicado. A família tem um choque. Mas o choque maior é a falta de recurso para fazer o sepultamento e manter a família. Esse tipo de microsseguro já existe em vários países do mundo, como nos da Europa e nos Estados Unidos. Não é novidade. No Brasil ele ainda não existe, mas nós estamos correndo para aprová-lo. É uma coisa boa porque dá um suporte às famílias, que lutam muito e quando chega o dia do falecimento não têm recursos para o sepultamento. Eu trabalhei na Igreja do missionário R.R. Soares – Igreja Internacional da Graça de Deus – e muitas vezes, quando as pessoas faleciam, eles iam pedir cobertura para fazer o sepultamento do falecido. Depois pediam recursos para que a família também tivesse alimentação e pagasse as dívidas. Eu tenho experiência também como corretor de seguros, já vivenciei muito isso. Talvez os senhores ainda não tenham entendido, não lhes tenham ensinado, mas esse microsseguro é importante. A população no Brasil, das classes C, D e E, não tem condição de pagar o seguro normal, como existe no mercado. Os impostos são altos, a taxa é alta, portanto, fica caro para eles. Mas com esse microsseguro vai fazer cair o preço. Isso já foi combinado. Vai ser um preço baixo, por isso vai dar para atender às pessoas dessas classes. Vai atingir uma faixa de 100 milhões de pessoas. Estamos lutando por isso. Quando fizermos esse trabalho, as coisas vão melhorar para as pessoas. Estou aqui, como Deputado, com o intuito de ajudar as pessoas, sem interesse algum, para que elas possam, se quiserem, receber essa ajuda num momento difícil, que ninguém espera. Ninguém sabe quando um familiar vai falecer – graças a Deus por isso! –, mas, no dia em que vier a falecer, haverá o sepultamento e com um preço alto. O nosso Projeto de Lei, de nº 3.266, de 2008, está trazendo uma grande oportunidade para as pessoas que precisam receber financiamento para o sepultamento e o pagamento de dívidas. Esse projeto busca uma alternativa, porque o povo precisa disso. Não estamos criando uma coisa em primeira mão. Repetindo o que já disse, nos países da Europa e nos Estados Unidos também existe esse microsseguro. Nas reuniões em que estive, na SUSEP, no Ministério da Fazenda, no Rio de Janeiro, eles levaram pessoas daqui do Brasil que visitam os países lá fora e conhecem o microsseguro. Foi um apoio muito importante que eu tive quando apresentei esse projeto. 35462 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Por quê? Porque eles conhecem esse tipo de seguro, sabem que ele existe. Então foi dada uma segurança aos brasileiros de que esse microsseguro vai ajudar muito as pessoas. São coisas importantíssimas. Muitos são os debates e estudos acerca do microsseguro, tanto pela iniciativa privada como pelo Governo Federal, em especial pela SUSEP e pelo Conselho nacional de Seguros Privados do Ministério da Fazenda. Houve reuniões com vários Ministérios, dentre eles, os Ministérios da Fazenda e da Previdência Social, e também com o Banco Central. Tivemos reuniões no Rio de Janeiro, o que ampliou o projeto. São coisas boas que vão ajudar os seres humanos. E todos nós precisamos de ajuda. Se você está na classe A ou B, a sua necessidade de ajuda é menor, mas se está nas classes C, D e E, a ajuda tem que ser maior porque seus recursos são menores e as despesas são bastante grandes. Tenho certeza de que alguém já deve ter tido familiares, já deve ter tido parentes, conhecidos, amigos que tiveram este problema: faleceu, não tinha dinheiro para fazer o sepultamento e teve que pedir apoio de um lado e do outro, dos amigos, e, às vezes, não teve a resposta que precisava, ou seja, o recurso. Por isso é que nós temos que fazer a nossa parte, lutar para ajudar a população. Porque nós estamos justamente num local onde podemos fazer leis e ajudar as pessoas. Esse projeto, como eu já disse, está na CCJ. Vamos lutar para que, no segundo semestre, a partir de agosto, consigamos aprová-lo. Depois, irá para o Senado. Em seguida, para a Presidenta Dilma, para a sanção, autorizando o microsseguro. Na verdade, também temos que criar uma seguradora específica. Porque os impostos são pequenos, mas os dos outros, não. Então, para ser especificamente microsseguro – porque as taxas são baixas –, é preciso criar uma seguradora especial. Além de ter um rendimento que pague esse microsseguro, também vai existir a função de corretor de seguro específico de microsseguro. A FUNENSEG é uma entidade que ensina sobre microsseguro e seguro em geral, o que vai possibilitar que as pessoas que querem ser corretoras de microsseguro trabalhem na classe a que pertencem. Então, se a pessoa mora numa cidade pequena, ela vai fazer o curso e vender o microsseguro para as pessoas que são da sua área. Porque sabemos muito bem que o contato se dá onde temos o dia a dia. Se nós formos entrar numa área diferente da nossa, encontraremos barreira. Então, quando a pessoa que vai vender é da área, ela tem facilidade, vai ajudar, vai fazer as coisas que precisam ser feitas de acordo com a lei. Aí, vão ficar mais acessíveis e ter mais pessoas Julho de 2011 aderindo e participando do microsseguro. É uma coisa muito importante. Eu já participei de várias reuniões, como falei, de órgãos do Governo. A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, subordinada ao Ministério da Fazenda, fez esse estudo e está esperando que seja aprovado esse nosso projeto. Estamos lutando e vamos chegar lá, em nome de Jesus! Vamos trabalhar para conseguir aprovar esse projeto de microsseguro, que vai ajudar as classes C, D e E, de até três salários mínimos. Como temos essa chance, vamos ajudar aqueles que precisam. Com o microsseguro, surge uma alternativa para beneficiar o crescimento econômico e o desenvolvimento humano, desempenhando papel fundamental, já que se encontra na fronteira entre serviços financeiros e a proteção social, incorporando elementos de ambos. Deve constituir-se também como parte de estratégia-chave do Governo para diminuir a pobreza, ao tornar o sistema financeiro mais inclusivo, por meio de promoção do acesso aos serviços de poupança de crédito e de seguros para a população de baixa renda. Então, estamos fazendo algo para ajudar aqueles que têm necessidades e não têm recursos para contratar um seguro normal. Podem até contratá-lo, mas os preços são altos. Dessa forma, com taxas baixas, o preço vai ser acessível para todas as classes – C, D e E. Nós estamos lutando. Quando for aprovado, todos vão saber quanto vão pagar por mês para terem um seguro de valor “x”. Cada um vai ter o seu preço, mas vai ser uma coisa aceitável. Para terem uma noção – não sei se V.Exa. tem, todos aqui devem ter –, quando se faz seguro, às vezes, cobram 60 reais, 80 reais por uma apólice. Mas nesse não vai haver apólice, mas a emissão no computador, na Internet. A pessoa vai ficar com aquele documento sem pagar nada. Então, é algo importante que se vai tirando para diminuir o custo do seguro. Por quê? Isso é que vai fazer bem para as pessoas. Elas precisam ter esse incentivo para melhorar suas vidas. O tema já foi amplamente debatido, após reuniões em que foi discutido o Projeto de Lei nº 3.266, de 2008, e quando começou a tramitar no Congresso, tendo sido objeto de estudo no mercado de seguros e fundações de pesquisa e até mesmo na Comissão Consultiva, criada no âmbito do Conselho Nacional de Seguros Privados do Ministério da Fazenda. Então, passou por lá também. Nós já estamos bastante adiantados. Estamos pensando que talvez, nesse segundo semestre, de agosto para frente, seja aprovado, e vamos lutar para isso. Depois de aprovado será sancionado. Talvez, não Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS passe aqui na Câmara, vai para o Senado e, de lá, será encaminhado à Presidenta. Então, são coisas importantes que temos de ver. Segundo me disseram, não precisa vir para Câmara, vai para o Senado, depois é encaminhada à CCJ. Mas se vier, estamos aqui para aprovar. Estou explanando o assunto no intuito de mostrar as coisas que estão acontecendo. Microsseguros. Comissão Consultiva de Microsseguro. Em 15 de abril de 2008, por meio do Ato CNSP 10, de 2008, criou a Comissão Consultiva de Microsseguro, presidida pelo Superintendente da SUSEP, assim composta: dois representantes do Ministério da Fazenda; dois representantes da SUSEP; dois representantes do Banco Central; um representante do Ministério da Previdência Social; e dois representantes da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização – FENASEG; dois representantes da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, e das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros – FENACOR; e dois representantes da Escola Nacional de Seguros – FUNENSEG. Então, é nesses locais que as pessoas que querem ser corretoras desse microsseguro vão fazer os cursos para se tornarem corretor oficial. O microsseguro é um serviço financeiro que proporciona proteção social; deve ser necessariamente fornecido por provedor autorizado, em conformidade com a legislação, e enquadrado no escopo do regulador supervisor de seguros local; tem como público alvo a população de baixa renda, incluindo pessoas que podem trabalhar tanto no setor formal quanto no setor informal da economia; deve ter prêmios proporcionais às probabilidades e aos custos dos riscos envolvidos; deve observar os princípios dos seguros globalmente aceitos. Isso eu já tinha falado. Estou repetindo porque é preciso a gente saber muito bem o que está sendo dito. Então, vemos que já está relacionado, informado. Isso já passou pelas empresas, pelos Ministério e eles tomaram algumas providências, como a de alocar as pessoas que vão trabalhar na área, que vão tomar conta do projeto. Os microsseguros, em conformidade com o entendimento da Associação Internacional de Órgãos Supervisores de Seguros, estão direcionados a: famílias de baixa renda; pessoas que trabalham na economia informal; trabalhadores de baixa renda do setor formal. Após levantamento, constatou-se que 46% da população possui rendimento mensal per capita até Quinta-feira 7 35463 dois salários mínimos. Isso é uma quantidade! Quase 50% ganham até dois salários mínimos. A tendência à informalidade é observada na população economicamente ativa, principalmente entre as pessoas com renda mensal per capita de dois salários mínimos. População de baixa renda para efeitos de microsseguro no Brasil é o segmento da população com rendimento mensal per capita de até dois salários mínimos, cuja posição na ocupação pode estar classificada tanto no setor formal quanto no setor informal da economia. Então, pode ser feito por qualquer pessoa. A pessoa não precisa ser funcionária, empregada, trabalhadora com carteira assinada, ela pode ter o seu trabalho sem ter esse envolvimento de carteira assinada com empresa. Ela pode pagar para receber, depois, o dinheiro, no momento do falecimento do familiar, para fazer o sepultamento e manter as despesas que são necessárias. Porque sem dinheiro não se pode viver. Infelizmente, o dinheiro é necessário para todos nós. E, quando nós colocarmos as coisas para funcionar, vamos atingir uma classe muito grande. Como eu falei, aqui no Brasil, está mais ou menos entre 100 e 120 milhões. Vemos, segundo levantamento que obtive, que 46% da população ganha até dois salários mínimos. É algo bastante complicado. Nós, às vezes, olhamos para as pessoas, mas não temos essa informação. Agora, não! A informação está baseada em levantamentos. As pessoas que trabalham na área é que me passaram isso. O microsseguro é uma ferramenta de inclusão da população de baixa renda. A aprovação do Projeto 3.266, de 2008, beneficiará entre 90 a 100 milhões de pessoas das classes C, D e E da população – mas esse número já subiu –, e poderá ser utilizado dentro do Programa Bolsa Família. O microsseguro é uma esperança para milhões de pessoas e um instrumento de justiça social do Governo. Se a nossa Presidenta incluir esse microsseguro no Bolsa Família, vai atingir e ajudar uma quantidade muito grande de brasileiros. É um valor pequeno a ser pago, mas abençoado. É um dinheirinho que ele recebe para sua alimentação, do Bolsa Família. Vamos conversar, vamos aprovar e depois vamos lutar para ver o que poderemos acrescentar a esse projeto para que ele seja mais abençoado para as pessoas. Estamos lutando, estamos caminhando, desde 2008, para aprová-lo. Já conseguimos passar na Comissão e agora está na CCJ. Vamos ver agora o que conseguiremos para ter a bênção e ajudar as pessoas. As pessoas precisam de ajuda, assim como nós, e cada 35464 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS um tem a sua ajuda necessária. Outros têm ajuda necessária de coisas maiores; outros, de coisas menores. Certamente nós estamos trabalhando para que isso ocorra. Esperamos e lutamos para que seja aprovado este ano, para que em 2012 já comece a funcionar. Criem-se seguradoras específicas, corretoras específicas, corretores específicos para trabalhar em cima de um assunto, de um trabalho e de uma profundidade grande. Aguardamos o apoio para que possamos ter a bênção de Deus para ajudar a população. Certamente virá, porque eu não desanimo, sou lutador, e lutador com os irmãos, com os amigos Deputados e Deputadas que possam nos ajudar a ter essa aprovação e poder abençoar a população de 100 a 120 milhões de pessoas. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Parabenizando o ilustre Deputado Dr. Adilson Soares pelo belíssimo pronunciamento que acaba de proferir no período do Grande Expediente. Durante o discurso do Sr. Adilson Soares, o Sr. Jorge Tadeu Mudalen, 2º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário. O SR. NAZARENO FONTELES – Sr. Presidente, para uma reclamação. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Encerrado o Grande Expediente, passamos a breves comunicações. Concedo a palavra ao ilustre Deputado Amauri Teixeira, por 1 minuto. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estivemos agora, a Deputada Alice Portugal e eu, Coordenador da bancada, com o Ministro da Educação, pleiteando verba para a Maternidade Climério de Oliveira. Mas quero, numa brevíssima comunicação, parabenizar os servidores da UFBA – Universidade Federal da Bahia, a Reitora Dora Leal, o Prof. Celso Castro, os professores e estudantes da Faculdade de Direito por ter essa Faculdade alcançado o primeiro lugar no Exame da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, com 89,34% de aprovação. O maior índice de aprovação do Brasil, portanto, foi o da Faculdade de Direito da UFBA. Parabéns aos membros da Faculdade de Direito da UFBA. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para fazer um importante registro. No último Exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, os Julho de 2011 estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia – UFBA tiveram o melhor desempenho entre os graduados de todas as instituições de ensino do País, com um índice de aprovação de 89,34%. A prova, realizada em dezembro de 2010, reprovou 88,3% dos 106.891 bacharéis em Direito inscritos. Do total, apenas 12.534 candidatos foram aprovados, de acordo com a OAB. Assim sendo, Sr. Presidente, gostaria de parabenizar a Reitora Dora Leal Rosa, o Diretor Celso Castro, bem como os professores, estudantes e servidores da Faculdade de Direito, afirmando que esse resultado demonstra a excelência do ensino dessa tradicional unidade e é motivo de orgulho para toda a Bahia. Segundo o Secretário-Geral da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho, apenas um pequeno e seleto grupo de universidades teve aprovação média de candidatos acima de 87%. São elas: Universidade Federal da Bahia – UFBA, Universidade de São Paulo – USP, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e a Universidade de Brasília – UnB. De acordo ainda com o Secretário da OAB, “isso significa que as boas Universidades aprovam quase todos os estudantes na primeira tentativa”. E a UFBA foi a melhor! Na verdade, a Universidade Federal da Bahia é a maior e mais influente universidade da Região Nordeste do Brasil, com sede na cidade de Salvador e mais dois campi avançados no interior do Estado: um localizado na cidade de Barreiras e outro em Vitória da Conquista. É uma instituição pública mantida pelo Governo Federal, vinculada ao Ministério da Educação, que possui regime jurídico de autarquia. Até o ano passado, possuía 113 opções de curso, sendo 97 cursos de graduação nos dois campi da Capital, 11 em Barreiras e 5 em Vitória da Conquista, além de 93 cursos de pós-graduação (a maior parte stricto sensu; apenas 5 lato sensu). Além disso, foi na UFBA que se constituiu o primeiro curso universitário do País: a Escola de Cirurgia da Bahia, atualmente Faculdade de Medicina da Bahia ou FAMEB, fundada por Dom João VI logo após a família real portuguesa desembarcar em Salvador. Suas atividades iniciaram em 1808 e simbolizaram o início da independência científica e cultural do Brasil. A partir de 1946 passou a ser composta pelos seguintes estabelecimentos de ensino superior: Faculdade de Medicina da Bahia e suas escolas anexas (Odontologia e Farmácia), Faculdade de Direito da Bahia, Escola Politécnica da Bahia, Faculdade de Filosofia da Bahia e Faculdade de Ciências Econômicas. Todas essas, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, são motivo de orgulho e profunda admiração Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pelo ensino universitário desenvolvido na Bahia e no Nordeste do Brasil, pois mostram que, com vontade e abnegação, mesmo com muito menos recursos que as universidades do Centro-Sul do País, é possível ministrar educação de qualidade. E não é só isso. A UFBA foi classificada, no primeiro semestre de 2010, pela webometrics, órgão da Espanha, bancado pela União Europeia, como sendo a 16ª melhor universidade da América Latina, 11ª do Brasil e 7ª entre as universidades federais. Parabéns aos alunos de Direito da UFBA pelo sucesso alcançado! Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para uma breve intervenção, por 1 minuto, concedo a palavra ao ilustre Deputado Nazareno Fonteles, do PT do Piauí. O SR. NAZARENO FONTELES (PT-PI. Reclamação. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tenho uma reclamação de ordem administrativa, como prevê o Regimento Interno. Deputados e Deputadas têm aumentado o uso da rede social, de tablets, de celulares, mas esta Casa não tem tomadas para o recarrego desses aparelhos. Gostaria que V.Exa., Deputados Inocêncio Oliveira, prestasse atenção, na medida do possível, porque os colegas estão me atrapalhando, a essa questão de natureza administrativa. Os Deputados têm reclamado que faltam tomadas nesta Casa para carregar celulares, tablets etc. Hoje, até os aviões as têm nos assentos, para uso durante os voos. Gostaria, então, que V.Exa. levasse a questão à Administração da Casa, porque a cada dia aumentará mais o uso da comunicação pela rede social. Estou fazendo uma reclamação que é de muitos com quem já conversei sobre o assunto. Hoje, aproveitando a presença de V.Exa. na presidência dos trabalhos – V.Exa. é um Deputado que conhece a Casa de longa data, que acompanhou suas mudanças e avanços tecnológicos –, apelo para que assuma esta reclamação como sua também e a faça ser atendida durante o recesso parlamentar. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Peço ao Diretor-Geral da Câmara, Dr. Rogério Teixeira, que venha ao plenário, para que eu exponha o pleito legítimo do Deputado Nazareno Fonteles e possamos, o mais rapidamente possível, dar uma satisfação aos Deputados. Peço ao Dr. Rogério Teixeira – que, aliás, vem se saindo muito bem no cargo –, que venha ao plenário conversar comigo, para que eu faça essa reivindicação, em nome de toda a Casa, e para que tenhamos condi- Quinta-feira 7 35465 ções de melhorar, cada vez mais, nosso desempenho no exercício do mandato parlamentar. Muito obrigado a V.Exa., Deputado Nazareno Fonteles, pela ideia. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra à ilustre Deputada Alice Portugal. A SRA. ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, apoio o Deputado Nazareno Fonteles na sua reclamação. Venho fazer o registro, já feito pelo Deputado Amauri Teixeira, de que acabamos de fazer uma busca por recursos para a centenária Maternidade Climério de Oliveira, na Bahia, que forma obstetras, ginecologistas, pediatras. A Universidade Federal da Bahia tem o comando dessa maternidade. Para nós, é muito importante que o Ministério da Educação libere emenda de bancada da Bahia para assisti-la, além de constituir o REHUF – Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários como uma das fontes de recursos para manter a Maternidade Climério de Oliveira. O Ministro foi muito solícito. Em segundo lugar, também quero parabenizar a Faculdade de Direito pelo grande feito no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção da Bahia: mais de 85% dos aprovados da Bahia são oriundos daquela instituição. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Otoniel Lima. O SR. OTONIEL LIMA (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, desde ontem nós, da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, estamos reunidos com policiais de várias categorias do Brasil em busca de uma data para que se paute a PEC nº 300, de 2008, em segundo turno, Deputado André Moura. Estivemos ontem com o Presidente Marco Maia, que nos garantiu que, se houver a anuência dos Líderes desta Casa, pode pautar a PEC 300 para ser analisada em segundo turno. Gostaria de fazer um apelo, Sr. Presidente, aos Líderes do PT, do PSDB e do PMDB, os três Líderes que faltam assinar a relação, para que possamos levar o pleito ao Presidente Marco Maia e estabelecer uma data para pautar a PEC 300, em segundo turno, e dar satisfação aos policiais de todo o Brasil – policial civil, policial militar e bombeiro militar. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Beto Faro, por 1 minuto. 35466 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Depois eu a concederei ao Deputado Fernando Marroni, por 1 minuto. O SR. BETO FARO (PT-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quero fazer um registro, Sr. Presidente, demais Parlamentares. Hoje pela manhã tive uma audiência com a Ministra Maria do Rosário, acompanhado por entidades ligadas aos direitos humanos e por D. Maria Joelma, viúva do sindicalista Dezinho, assassinado há vários anos no Município de Rondon do Pará. Ela assumiu a luta à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará e já vem tendo proteção do Estado, por convênio do Governo Federal com o Governo Estadual, há vários anos. Mas nesses últimos dias ações feitas pelo latifúndio, no Pará, resultaram em assassinato de pessoas em Nova Ipixuna. Com o recrudescimento da violência no nosso Estado, ameaças aumentaram contra D. Joelma. Estivemos hoje com a Ministra Maria do Rosário e amanhã vamos estar com o Ministro da Justiça denunciando mais esse fato e pedindo providências para que seja preservada a vida de D. Joelma. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Fernando Marroni, por 1 minuto. O SR. FERNANDO MARRONI (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Na semana passada ocupei a tribuna para registrar o lançamento da Frente Parlamentar Mista do Pré-Sal. Anunciei aqui que o protagonismo estava com os Governadores, porque cabe a eles encontrar um acordo que possa permitir que não se vote o veto nesta Casa, uma vez que é muito difícil derrubá-lo e que a proposta que lá está radicaliza contra os Estados produtores. Pois bem, ontem o Ministro Edison Lobão recebeu os Governadores dos Estados produtores, que foram unânimes: todos concordam que deva haver participação de todos os Estados nos royalties do petróleo e que, para isso, é necessário que a União tenha um fundo de compensação para os Estados produtores. Penso, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que, com o pré-sal, esse fundo é plenamente viável e que poderemos chegar a um acordo para que um novo projeto seja votado nesta Casa para o bem de todo o nosso País. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos assistem pela TV Câmara, na semana pas- Julho de 2011 sada, após o lançamento da Frente Parlamentar Mista do Pré-sal, ocupei esta tribuna para dizer que os Governadores teriam papel fundamental na discussão sobre a nova distribuição dos royalties. Teria que partir deles o protagonismo neste processo, pois teriam que tomar a iniciativa para a construção de um acordo capaz de evitar a apreciação do veto do Presidente Lula por este Plenário. Hoje, uma semana depois, ocupo novamente esta tribuna e, felizmente, tenho motivos para comemorar. Quero, antes de qualquer coisa, parabenizar os Governadores que ontem à noite reuniram-se com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e iniciaram os debates para chegar a um acordo. Há um indicativo forte de estarem próximos a um consenso. Os Governadores expuseram ao Ministro Lobão que os Estados produtores devem ter um tratamento diferenciado na questão dos royalties, porém reconhecem e entendem ser justo que todos os outros Estados da Federação tenham participação no lucro do petróleo. As conversas caminham no sentido de que a divisão seja feita entre todos os Estados e que caberá à União compensar a perda dos Estados produtores. A parte dos royalties que hoje cabe à União seria usada como um fundo de compensação aos Estados produtores, que, por sua vez, cederiam aos Estados não produtores. O Governo Federal está analisando a proposta. Na condição de um dos pioneiros na luta por uma nova distribuição dos royalties, sugiro, ao apresentar o PL 5.584/09, que iniciem uma dura batalha para rever a forma como a riqueza do petróleo é distribuída no nosso País. Sinto-me extremamente feliz em saber que estamos próximos de um acordo. Acho muito boa a proposta dos Governadores e tenho convicção de que o Governo Federal, através da Presidenta Dilma, irá prosseguir as discussões e chegar a um consenso em breve. O Governo do PT e seus aliados é um governo de coalizão, uma base aliada muito forte. Por isso vamos chegar a um acordo no debate dos royalties e, para a tristeza de muitos nesta Casa, não será necessário apreciar o veto do Presidente Lula neste plenário. Aqueles que desejam votar o veto são os mesmos que querem ver o circo pegar fogo, que pretendem trazer a discussão ao plenário com o único objetivo de espalhar a crise pela base governista. Mas isso, tenho certeza, não irá acontecer, pois o acordo chegará em breve. Para encerrar, quero, mais uma vez, parabenizar os Governadores por assumirem o papel principal dessa discussão relativa aos royalties do petróleo. Por meio dessa atitude eles contribuem para o desenvolvimento econômico do País e mostram que, através do diálogo, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS podemos construir um acordo que beneficie todos os brasileiros. Parabéns, Governadores! Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Heuler Cruvinel, por 1 minuto. O SR. HEULER CRUVINEL (DEM-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, caros colegas Deputados e Deputadas, quero comunicar ao Plenário que estou dando entrada na Casa ao Projeto de Lei nº 1.776, de 2011, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, dispondo sobre a pavimentação das vias de circulação dos parcelamentos urbanos. Este projeto vem ao encontro da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros, pois prevê que os novos loteamentos não poderão mais ser autorizados sem infraestrutura asfáltica. Este é o novo projeto de lei de que estamos dando entrada hoje na Casa para que se possa dar tramitação em outras Comissões. Obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, por 1 minuto, para uma breve intervenção, ao ilustre Deputado Pedro Uczai. O SR. PEDRO UCZAI (PT-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. preside o Conselho de Altos Estudos, órgão em que este humilde Parlamentar propôs a realização de debate sobre energias renováveis. Estamos retornando de uma reunião com a Mesa Diretora desta Casa sobre os encaminhamentos relativos à realização do seminário internacional acerca do assunto no dia 14 de setembro. A presença de especialistas do Brasil e do mundo foi confirmada. Teremos, nesta Casa, um debate de âmbito internacional para pensar e subsidiar um novo marco jurídico para as energias renováveis. O Deputado Fernando Ferro e outros Parlamentares têm contribuído para um grande debate nessa direção. E queremos concluir o ano... (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Eu quero dar uma informação ao ilustre Deputado Nazareno Fonteles, ao Deputado Amauri Teixeira, a todos aqueles que fizeram o pleito. O Dr. Rogério, Diretor-Geral da Câmara, já esteve comigo. Eu mostrei a necessidade de colocar as tomadas. Ele prometeu, no mês de julho, no recesso, colocar todas as tomadas necessárias. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao Deputado Dudimar Paxiuba. O SR. DUDIMAR PAXIUBA (PSDB-PA. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Quinta-feira 7 35467 Sras. e Srs. Deputados, venho hoje a esta tribuna para, mais uma vez, manifestar minha posição em favor da divisão territorial do Estado do Pará, por meio da criação de dois novos Estados: Tapajós e Carajás. O Congresso Nacional aprovou, por meio de decreto legislativo, a realização de um plebiscito para a criação dos Estados de Carajás e Tapajós. O Tribunal Superior Eleitoral, em decisão recente, marcou o plebiscito para o dia 11 de dezembro do ano em curso, quando então a população deve se pronunciar pelo “sim” ou pelo “não”. O debate gira em torno das vantagens oferecidas pela medida e o clássico argumento contrário no que diz respeito aos altos custos implicados na instalação de novas máquinas administrativas, aí incluído o funcionamento dos três Poderes republicanos: Executivo, Legislativo e Judiciário. No caso do Pará, as vantagens são indiscutivelmente preponderantes. O fato é que, a despeito do crescimento da economia, iniciado no Governo Fernando Henrique Cardoso, não se logrou reduzir o verdadeiro fosso que se abre entre as regiões do País em termos de desenvolvimento. Nesse contexto, e lembrando que historicamente a Região Norte sempre foi a mais pobre, sobressai o fato de que o Pará é o Estado com maior desigualdade de renda de todo o Brasil. Apurou-se, recentemente, que a maior renda per capita chega a ser quase nove vezes superior à menor, e que a diferença interna do PIB das regiões mais ricas e mais pobres é também a maior do Brasil. Tais dados, obtidos por levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Economia, fizeram ressuscitar na imprensa paraense o neologismo belíndia, muito empregado nos anos 70, para definir a disparidade de concentração de renda no Brasil: a pequena Bélgica rica convivendo com a imensa Índia, pobre e subdesenvolvida. Observe-se que, além da região metropolitana de Belém, apenas a região de Carajás, principalmente com o maior PIB per capita do Estado, apresenta taxa de crescimento duas vezes maior que a média nacional, enquanto que as demais regiões paraenses comparecem como verdadeiros bolsões de pobreza, com algumas das piores rendas per capita do País. De acordo com o economista Júlio Miragaya, os dados de desigualdades encontrados no Pará são impressionantes e preocupantes. Enquanto o sul disparou em função dos grandes investimentos na área de mineração, as demais regiões permanecem estagnadas; basta dizer que, entre as dez regiões mais pobres do País, cinco se encontram no Estado do Pará. Sr. Presidente, diante da força dos números, não há como negar a consistência dos movimentos sepa- 35468 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ratistas, que propõem a divisão do Estado, de acordo com a divisão econômica. A verdade é que o Pará não conseguiu se desenvolver de modo homogêneo, havendo uma nítida concentração de investimentos nas regiões sul e sudeste. Com a divisão, e a consequente criação de dois novos Estados, haverá, necessariamente, uma espécie de descentralização, cada porção sendo gerida e administrada por si mesma, de acordo com suas próprias necessidades. A União já experimentou sucesso com a divisão dos Estados de Goiás e Mato Grosso, verificado com o desenvolvimento importante das regiões hoje constituídas pelos Estados de Tocantins e Mato Grosso do Sul. Mas não se trata apenas da otimização do uso dos recursos que justifica a separação. A verdade é que a criação dos novos Estados tem origem no pensamento coletivo, na consciência das populações acerca de suas identidades culturais e territoriais, que termina por engendrar uma necessidade de apropriação política de seus espaços de vivência e produção. Especialmente na Região Amazônica, a reconfiguração geopolítica vem embasada em uma visão essencialmente democrática do princípio federativo. A criação de novas unidades visa o desenvolvimento apoiado na história e na tradição política locais, ou seja, propõe a concretização de uma realidade já existente, definida a partir da identidade cultural, da noção de território próprio e da vocação econômica de cada região. Trata-se assim de um movimento de emancipação e autogestão do que propriamente de uma separação. Ainda que se ressintam, momentaneamente, dos gastos com a instalação dos novos aparatos estaduais, os três Estados em que se transformará o atual Pará em breve sentirão os ganhos obtidos pela administração mais concentrada, pela convergência de investimentos, pela identificação e priorização das verdadeiras necessidades das populações. Não tenho dúvidas, Sr. Presidente, de que a criação dos Estados de Carajás e Tapajós redundará em grande desenvolvimento econômico e social, com imenso benefício de todos os paraenses. Por essa razão, não hesitarei em cerrar fileiras com o movimento separacionista, na certeza de que se trata de medida extremamente saudável em termos da melhor distribuição de renda em todo o Brasil. Sr. Presidente, requeiro a divulgação do presente pronunciamento nos órgãos de comunicação da Câmara dos Deputados e no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. O SR. JÚLIO CAMPOS – Pela ordem, Sr. Presidente. Julho de 2011 O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para uma breve intervenção, tem a palavra por 1 minuto o Deputado Júlio Campos. O SR. JÚLIO CAMPOS (DEM-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas para registrar que no dia de hoje está completando 5 anos do falecimento do ex-Governador de Mato Grosso, ex-Prefeito de Cuiabá, ex-Deputado Federal, Estadual, ex-Ministro de Estado Dante Martins de Oliveira, de quem fui adversário político. Mas não posso negar o grandioso trabalho que fez por ser o Pai das Diretas Já, o Deputado autor que ajudou a redemocratização do País. Portanto, peço o registro do meu discurso em homenagem póstuma à figura do ex-Governador Dante Martins de Oliveira, que faleceu há 5 anos, aos 54 anos de idade. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero lembrar nesta tribuna de um ilustre líder político brasileiro. Hoje faz 5 anos de sua morte e o Brasil com certeza sente a falta de seu importante papel na militância política. Dante Martins de Oliveira, podemos intitulá-lo como o Pai das Diretas Já, apresentou, em 1983, uma emenda constitucional que foi um verdadeiro marco na história político democrática do Brasil, com a proposta de restabelecimento das eleições diretas para Presidente da República através do voto direto. A emenda foi o combustível para levar a população de vários Estados a manifestar-se em massa – de Pernambuco, Goiânia e Curitiba. A manifestação de São Paulo reuniu mais de 1,7 milhão de pessoas em defesa das Diretas Já, considerada a manifestação cívica que mais marcou a volta da politização da sociedade brasileira. O movimento agregou diversos setores da sociedade brasileira. Participaram inúmeros partidos políticos de oposição ao regime ditatorial, além de lideranças sindicais, civis, artísticas, estudantis e jornalísticas. O movimento desencadeou manifestações em todo o País, unificando as forças da sociedade civil. Participaram figuras ilustres da política nacional, como Tancredo Neves, Franco Montoro, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Luiz Inácio Lula da Silva e Pedro Simon, além de cantores e atores de renome nacional, para propagar sua emenda à Constituição. No entanto, a emenda não foi aprovada pelo Congresso. Mesmo assim houve uma conquista nacional com a eleição de Tancredo Neves. Em abril de Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 1984, o então Deputado Federal Ulysses Guimarães se referiu ao movimento com uma frase célebre: “Vi a história brotar nas ruas e na garganta do povo”. Ulysses faleceu no dia 12 outubro de 1992, em acidente de helicóptero no litoral do Rio de Janeiro. Conforme relata a mãe do nosso companheiro e saudoso Dante de Oliveira, Maria Benedita de Arruda Oliveira, o filho tomou gosto pela política mesmo sem apoio dos pais. Mas ao perceberem seu ideal, o apoiaram. Tanto que ele e seu falecido pai, que era jurista, elaboraram a emenda das Diretas Já. Ela também fala do altruismo de Dante em querer ajudar a todos que pediam ajuda em sua casa. O movimento até colocou Dante de Oliveira na calçada da fama dos políticos mais importante do País. Ele deixa uma espólio político sem precedentes para Mato Grosso, com sua atuação política visionária, e também ao Brasil; viveu apenas 54 anos e deixou o legado de um estadista, de um amigo, de um companheiro. Nasceu em 6 de fevereiro de 1952 e faleceu em 6 de julho de 2006, vítima de pneumonia e quadro agravado de diabetes. Filho de Sebastião de Oliveira e Maria Benedita Martins de Oliveira, graduou‑se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas seu legado foi deixado à política brasileira e ao povo. Ainda na universidade militou no MR-8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro), quando o referido movimento já havia optado pela via política ao invés da luta armada contra o regime militar de 1964, e a seguir ingressou no MDB. Em 1976, candidatou-se pela primeira vez a Vereador; em 1978, foi eleito Deputado Estadual; em 1982, eleito Deputado Federal; em 1992, eleito Prefeito de Cuiabá; em 1994, eleito Governador de Mato Grosso; em 1998, ingressou no PSDB. Ocupou também o cargo de Ministro da Reforma Agrária. Após sua morte, recebeu várias homenagens. Inclusive a Avenida dos Trabalhadores hoje se chama Avenida Governador Dante Martins de Oliveira. Além de todo ano ser realizada uma corrida em sua homenagem, a Corrida Dante de Oliveira. Dante de Oliveira deixa em MT e no País a saudade nos corações, o exemplo de altruísmo, líder político e exemplo de luta e mobilização. Queremos sempre lembrar dele como um homem político incansável em busca do bem comum a todos. Sem mais, agradeço Sr. Presidente. O SR. ODAIR CUNHA – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para uma breve intervenção, tem a palavra o nosso ilustre 3º Secretário e amigo, Deputado Odair Cunha, do PT de Minas Gerais. Quinta-feira 7 35469 O SR. ODAIR CUNHA (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Foi uma honra ter participado da Mesa Diretora ao lado de V.Exa. Sr. Presidente, apenas para fazer um registro e lamentar fato ocorrido na cidade de São Tomé das Letras, no sul do Estado de Minas Gerais, uma operação do Departamento Nacional de Produção Mineral, da Polícia Federal e dos órgãos ambientais, que diz respeito à exploração de quartzito naquele Município. É bom dizer, Sr. Presidente, que, se há usurpação de bens da União nessas comunidades, ela pode estar ocorrendo porque os órgãos do Governo Federal e os órgãos ambientais não atuam de maneira eficaz naquela região. As pessoas que trabalham na região fazem o requerimento de lavra e pedem as licenças ambientais, e os órgãos do Governo Federal e do Governo Estadual não dão a atenção devida. Durante anos e anos as pessoas requerem autorização de pesquisa e lavra naquela região e não conseguem, porque o Estado não está preparado. Não se pode agora querer criminalizar as pessoas. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, para uma breve intervenção, ao ilustre Deputado Waldenor Pereira, do PT da Bahia. O SR. WALDENOR PEREIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de me congratular com a população de Macaúbas, Município localizado na Bacia do Paramirim, região do sudoeste da Bahia, que no dia de hoje comemora 179 anos de emancipação política. É um dos Municípios mais antigos do interior do Estado. Quero me congratular com toda a população, saudando o companheiro Paulo Rego, Presidente do Partido dos Trabalhadores, e os companheiros Gilberto Augustin, Lindolfo Silva e Cândido Pereira. Trata-se de um Município com aproximadamente 50 mil habitantes, que tem sua base econômica fincada na produção mineral, especialmente na produção de mármore e granito. No dia de hoje, através de uma vasta programação cultural e religiosa, comemora os seus 179 anos de emancipação política. Portanto, meus parabéns ao povo de Macaúba, na Bacia do Paramirim, sudoeste da Bahia. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado André Figueiredo, 1º Vice-Líder do PDT desta Casa do Poder Legislativo, eleito pelo PDT do Ceará. S.Exa. tem a palavra por 1 minuto. 35470 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente. Pedi a palavra apenas para comunicar que nós estamos entrando com recurso na Casa contra a decisão do Sr. Presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Respeito o Deputado Silvio Costa, membro desta Casa que muito orgulha o povo de Pernambuco e o PTB, do qual faz parte, mas S.Exa. tomou uma decisão das mais absurdas que já se viu no âmbito das Comissões. Durou menos de 10 segundos um projeto que S.Exa. não colocou sequer em discussão e deu como aprovado. Trata-se de projeto de decreto legislativo que susta os efeitos da Portaria nº 1.510, do Ministério do Julho de 2011 Trabalho, uma portaria – não vou aqui entrar no mérito – extremamente injusta para o trabalhador brasileiro. Estamos entrando com recurso no qual pedimos que essa decisão extremamente arbitrária seja anulada pela Mesa da Casa. Sendo assim, Sr. Presidente, dou como lido esse recurso e peço a V.Exa. para que conste nos Anais da Casa. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Mesa vai analisar a questão de ordem de V.Exa. e dará uma resposta posteriormente. RECURSO A QUE SE REFERE O ORADOR Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35471 35472 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para uma breve intervenção, com a palavra o Deputado Onofre Santo Agostini. S.Exa. dispõe de 1 minuto. Após, vamos passar aos inscritos. O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Deputado Inocêncio, não me considere V.Exa. um chato, mas há um ditado popular que diz: água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Estão presentes 274 Deputados. Há matéria na Ordem do Dia, e já estamos ultrapassando o horário para seu início. Mais uma vez, faço um apelo a V.Exa. para que se cumpra o Regimento. Sei que V.Exa. está no exercício da presidência da sessão, porém, mais uma vez, venho insistir na necessidade de início da Ordem do Dia. Temos quorum, temos matéria, precisamos votar; senão, entraremos madrugada adentro. Por isso, insisto no cumprimento do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Continuando o período de breves comunicações, por 3 minutos, concedo a palavra ao ilustre Deputado André Moura, do PSC de Sergipe. O SR. ANDRÉ MOURA (PSC-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, subo à tribuna para falar do Requerimento nº 1.904, de nossa autoria, que requer inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 7.576, de 2010, que dispõe sobre a criação de Varas do Trabalho na jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região. Cito o ofício do Sr. Governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda: “Solicito apoio dos Deputados da bancada de Sergipe (...)”. S.Exa. destaca a importância da aprovação do citado projeto para o nosso Estado, uma vez que viabilizará uma melhor prestação jurisdicional na área trabalhista, ampliando o acesso dos sergipanos à Justiça do Trabalho. Sr. Presidente, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou nove projetos de lei que criam cargos em Tribunais Regionais do Trabalho. Se virarem leis, as matérias permitirão a criação de 56 varas em oito Estados. Entre os projetos de lei em tramitação na Câmara está o que trata do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, no Estado de Sergipe, e cria as varas e, consequentemente, trinta e oito novas oportunidades de trabalho para juiz do trabalho, três de juiz do trabalho substituto e dezessete de analistas. A aprovação desse projeto de lei é fundamental para as atividades realizadas pelo órgão, em Sergipe, que enfrenta sobrecarga de trabalho. Julho de 2011 A criação das três novas varas do trabalho, com sede em Aracaju, permitirá restabelecer a capacidade de julgamento das seis unidades judiciárias atuais, já sobrecarregadas, representando maior celeridade na prestação dos serviços. A cada ano o número de processos aumenta, comprometendo significativamente a celeridade da prestação jurisdicional e afetando diretamente o andamento dos trabalhos. O Tribunal do Trabalho da 20ª Região completa, em 2011, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, 19 anos de instalação. De lá para cá, apenas uma vara do trabalho foi criada em Sergipe. Para se ter uma ideia, entre 2006 e 2009, as varas da Capital tiveram um incremento em número de processos recebidos da ordem de 50%, saindo de uma média de 1.500 por vara, para 2.200 em 2009. Em 2010, esse número chegou a 2.500, o que pode representar queda na qualidade e agilidade habituais da prestação jurisdicional. Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apresentei o Requerimento nº 1.904 pedindo a inclusão do PL 7.576, que dispõe sobre a criação das Varas do Trabalho na Jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, na Ordem do Dia. Atendo logicamente também à solicitação do Governador do Estado, Marcelo Déda, que solicitou aos Parlamentares de Sergipe que trabalhassem o mais rápido possível para que esse projeto de lei entre na pauta da Ordem do Dia, que é de fundamental importância para a Justiça do Trabalho do nosso Estado. Quero aqui ressaltar que ontem tivemos a visita do Desembargador José Cardoso, do Tribunal... (O microfone é desligado.) PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os que estão acessando a Internet e redes sociais, além daqueles que sintonizam a Rádio e a TV Câmara em todo Brasil, em especial a população do Estado de Sergipe, a quem me orgulho de aqui representar, ocupo este expediente para falar da importância dos Tribunais Regionais do Trabalho, que se confunde com a história da própria Justiça do Trabalho. A mais antiga tentativa de constituição de órgãos jurisdicionais trabalhistas no Brasil data de 1907, quando foram instituídos, no Governo de Afonso Pena, os Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem pelo Decreto nº 1.637. Deveriam ser constituídos no âmbito dos sindicatos, mas não saíram do papel, na medida em que nenhum sindicato foi organizado de acordo com essa previsão legal. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Em essência, a Justiça do Trabalho foi criada para proteger o trabalhador do arraigado impulso senhorial do patrão brasileiro e para permitir a convivência de classes com interesses antagônicos. Para começar, logo após o movimento que o conduziu ao poder, em 1930, Getúlio Vargas criou, através do Decreto 19.433, o Ministério do Trabalho, separando-o do da Agricultura. Dentro do Ministério do Trabalho surgiu o Departamento Nacional do Trabalho – DNT, com a competência para opinar em matéria contenciosa e consultiva junto ao Conselho Nacional do Trabalho – CNT. A Constituição Federal de 1934, art. 122, criou a Justiça do Trabalho, com representação classista paritária, mas ainda com caráter administrativo, ligada ao Poder Executivo, com seus juízes não gozando das garantias da Magistratura nacional. Criou também o CNT como órgão deliberativo de cúpula do sistema judicante laboral. A Constituição outorgada de 1937 (Estado Novo), art. 139, manteve a previsão de uma Justiça do Trabalho calcada no modelo fascista italiano. Comissão presidida pelo Presidente do CNT, Francisco Barbosa de Rezende, trabalhou para a instalação da nova Justiça do Trabalho. Em 1º de maio de 1941, em pleno campo de futebol do Vasco da Gama na Capital Federal, Getúlio Vargas declarou instalada a Justiça do Trabalho, composta de Conselho Nacional do Trabalho – CNT, oito Conselhos Regionais do Trabalho – CRTs, destes surgiram os oito primeiros Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs com sedes no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, e 36 Juntas de Conciliação e Julgamento – JCJs, com representação paritária (um juiz presidente e dois vogais). A Constituição Federal promulgada em 18 de setembro de 1946 deu à Justiça do Trabalho estrutura judicial, passando a integrar o Poder Judiciário. O CNT foi então convertido em Tribunal Superior do Trabalho e os Conselhos Regionais do Trabalho, em TRTs, com autonomia administrativa e poder de elaboração de seu próprio regimento interno, anteriormente elaborados pelo CNT. As constituições posteriores mantiveram o caráter jurisdicional da Justiça do Trabalho. A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou nove projetos de lei que criam cargos em Tribunais Regionais do Trabalho. Se virarem lei, as matérias permitirão a criação de 56 varas em oito Estados, além de 604 cargos, entre efetivos, comissionados e destinados a juízes. Entre os projetos de lei em tramitação na Câmara Federal está o que trata do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, em Sergipe. O Projeto 7.576/10 estipula a criação de três varas e, consequentemente, Quinta-feira 7 35473 trinta e oito novas oportunidades de trabalho: três para juiz do trabalho, três de juiz do trabalho substituto, dezessete de analista (sendo um na especialidade execução de mandados), doze de técnico judiciário e três cargos em comissão de diretor de secretaria. A aprovação do PL é fundamental para o desafogamento das atividades realizadas pelo órgão, que enfrenta sobrecarga de trabalho, em função do seu crescimento estrutural. A criação das três novas varas do trabalho com sede em Aracaju permitirá restabelecer a capacidade de julgamento das seis unidades judiciárias atuais, já sobrecarregadas, representando maior celeridade na prestação dos serviços aos jurisdicionados. Atualmente, o tribunal conta com 372 funcionários em cargos efetivos, responsáveis pelo andamento de mais de 2 mil processos por ano. A cada ano o número de processos aumenta, comprometendo significativamente a celeridade da prestação jurisdicional e afetando diretamente a saúde dos servidores. O Tribunal do Trabalho da 20ª Região completa, em 2011, 19 anos de instalação. De lá para cá, apenas uma vara do trabalho foi criada. Para se ter uma ideia, entre os anos de 2006 e 2009, as varas da Capital tiveram um incremento em número de processos recebidos da ordem de 50%, saindo de uma média de 1.500 por vara, para 2.200 em 2009. Em 2010, esse número chegou a 2.500, o que pode representar queda na qualidade e agilidade habituais da prestação jurisdicional, além de comprometer a saúde e integridade física e mental de magistrados e servidores. A aprovação deste projeto de lei, que cria vagas no TRT-SE, aumenta as expectativas pela contratação de maior número de aprovados na seleção do último concurso. Até o momento foram preenchidas três vagas de analista judiciário, área judiciária; duas de analista judiciário, especialidade execução de mandados; e vinte e uma de técnico judiciário. O concurso atraiu 10.119 candidatos para disputar sete vagas imediatas, mais cadastro. Portanto, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, apresentei o Requerimento nº 1.904/2011 pedindo a inclusão do PL 7.576/2010, que dispõe sobre a criação das Varas do Trabalho na Jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região na Ordem do Dia. Sr. Presidente, gostaria de solicitar que meu discurso fosse divulgado pelos órgãos de comunicação da Casa. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Padre Ton, do PT de Rondônia. 35474 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PADRE TON (PT-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria que fosse repercutido nesta Casa o problema do crescimento populacional e os limites do nosso planeta. Segundo a previsão, no próximo dia 31 de outubro, a espécie humana atingirá a cifra de 7 bilhões de indivíduos. A questão inevitável que se impõe é: será que apenas um planeta será suficiente para alimentar tanta gente? As transformações nos hábitos alimentares das populações de maior poder aquisitivo contribuem para agravar o problema da alimentação humana. Estamos com o paladar cada vez mais exigente. Todos os dias milhares de pessoas incrementam o cardápio exclusivamente vegetariano, com arroz, feijão e outros grãos, com ingredientes mais suculentos como frango e bife. Ou seja, à medida que, ao redor do mundo, multidões saem da extrema pobreza na esteira da ascensão de economias emergentes, nos aproximamos de um abismo ainda mais profundo: a falta de alimento para todos. O maior desafio, Sr. Presidente, no entanto, não está no campo da produção. Nos últimos dois séculos o mundo provou que é capaz de produzir. Estamos diante da tarefa muito mais difícil de ser executada, de assegurar uma distribuição mais equitativa dos alimentos produzidos, de reduzir os desperdícios e de transferir tecnologias para que os povos que não têm condições de pagar os crescentes preços dos alimentos possam produzir na proporção, pelo menos, do seu próprio consumo. No Brasil, de acordo com a CONAB, apenas as redes de supermercado dos grupos Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar concentram 50% dos alimentos comercializados em nosso País. Se vingarem as negociações anunciadas na semana passada, envolvendo a fusão do Carrefour com o Pão de Açúcar, a marca resultante da negociação irá controlar 27% do mercado varejista formal do País. Para finalizar, Sr. Presidente, quero chamar a atenção desta Casa para o papel relevante que o Brasil tem no mundo em relação ao tema da segurança alimentar. O Brasil não é o maior produtor mundial de alimentos, como equivocadamente alguns tentam nos fazer crer, mas também não podemos nos conformar com qualquer outro papel que não seja o de liderança no encaminhamento das soluções para o problema da fome, levando em conta a indispensável responsabilidade com a preservação da nossa biodiversidade. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Julho de 2011 Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna no dia de hoje para fazer repercutir nesta Casa um tema da maior relevância, que mereceu longa reportagem especial da revista Época, na edição de 6 de junho passado, sobre o problema do crescimento populacional e os limites do nosso planeta. O debate não é novo. O inglês Thomas Malthus, em seu Ensaio sobre o princípio da população, publicado em 1798, previu o colapso da humanidade, em algum ponto do século XIX, causado pela fome e pelo aumento da mortalidade. Suas conclusões sombrias se baseavam na premissa de que a população humana cresceria em progressão geométrica, ao passo que a produção de alimento seria aumentada em progressão apenas aritmética. Malthus foi severamente questionado pela geração de demógrafos que o sucedeu, acusado de não considerar os avanços tecnológicos no campo, do controle da natalidade e da produção agrícola que se avizinhavam. De fato, a bomba demográfica foi desarmada em alguns países. Mas um estudo da Organização das Nações Unidas, divulgado recentemente, recoloca o assunto na ordem do dia. Segundo a previsão, no próximo dia 31 de outubro a espécie humana atingirá a cifra de 7 bilhões de indivíduos. A humanidade, que levou mais de 200 mil anos para atingir o primeiro 1 milhão de pessoas, em pouco mais de 200 anos foi multiplicada sete vezes, graças basicamente aos avanços tecnológicos aplicados ao controle de infecções e à descoberta da adubação química. Segundo os demógrafos, a população mundial deverá continuar crescendo até o final deste século, quando então se estabilizará na casa dos 10 bilhões de seres humanos. A questão inevitável que se impõe é: será que apenas um planeta será suficiente para alimentar tanta gente? Um dos limites para o crescimento continuado da população é a quantidade de terras aptas ao cultivo agrícola e à criação de gado. Tirando os desertos, as altas montanhas e as calotas polares, a humanidade já converteu dois terços das terras agricultáveis do nosso planeta em pastagens e cultivos de grãos. O terço restante serve de refúgio a milhões de espécies animais e vegetais, ameaçadas de extinção, muitas das quais aqui no nosso País. O outro limite objetivo para dar de comer a 10 bilhões de bocas é a escassez de água doce, cuja disponibilidade é agravada pelo aumento da tempe- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ratura no planeta provocado pela emissão de gases de efeito estufa. A mudança no clima irá causar forte impacto na produtividade agrícola, afetando, principalmente, os países africanos e asiáticos, onde vive quase metade da população mundial, cuja maioria é pobre e depende exclusivamente da agricultura para sobreviver. Além dos danos decorrentes da elevação do nível do mar e diminuição da umidade do solo, estudo do Painel Intergovernamental para Mudanças do Clima – IPCC revela que a produtividade agrícola nas regiões mais afetadas pode cair até 16% para cada grau a mais na temperatura global. As transformações nos hábitos alimentares das populações de maior poder aquisitivo contribuem para agravar o problema da alimentação humana. Estamos com o paladar cada vez mais exigente. Todos os dias milhares de pessoas incrementam o cardápio exclusivamente vegetariano, com arroz, feijão e outros grãos, com ingredientes mais suculentos como frango e bife. Ocorre que um hectare de terra produz duas toneladas e meia de grãos. Enquanto que a mesma área produz apenas 46 quilos de carne nos padrões de pastagens brasileiros. Além disso, para produzir um quilo de grãos – arroz, feijão, milho, trigo, soja, etc. – são utilizados entre 500 e 2.000 litros de água, já para produzir 1 quilo de carne são necessários até 15.000 litros de água. Ainda para demonstrar a diferença de produtividade, 1 hectare de terra rende 45 quilos de soja, mas a mesma área só produz apenas 2,5 quilos de carne. Ou seja, à medida que, ao redor do mundo, multidões saem da extrema pobreza na esteira da ascensão de economias emergentes, nos aproximamos de um abismo ainda mais profundo: a falta de alimento para todos. Os produtores rurais do planeta têm apenas 32 anos para elevar a atual produção de grãos em 60%, diz o relatório da ONU, o que equivale a dez vezes a produção brasileira. Sras. e Srs. Deputados, o maior desafio, no entanto, não está no campo da produção, pois nos últimos dois séculos o mundo provou que é capaz de produzir. Estamos diante da tarefa muito mais difícil de ser executada, de assegurar uma distribuição mais equitativa dos alimentos produzidos, de reduzir os desperdícios e de transferir tecnologias para que os povos que não têm condições de pagar os crescentes preços dos alimentos possam produzir na proporção pelo menos do seu próprio consumo. E isso não é uma empreitada que deva ser confiada apenas ao mercado. As Nações Unidas, em particular a FAO, terá que exercer um papel de elevado Quinta-feira 7 35475 protagonismo a partir do conceito de segurança alimentar e nutricional. Vale destacar que, ao contrário do que seria desejável, a concentração do mercado mundial de alimento nas mãos de poucas gigantes transnacionais está se convertendo no maior obstáculo para o acesso das camadas de menor poder aquisitivos ao mínimo necessário de calorias. Apenas dez empresas dominam o mercado mundial de alimento. Esse grupo restrito, liderado pela Cargill, Bunge, Louis Dreyfus e ADM, concentra 67% das marcas registradas de sementes e 89% dos agroquímicos. No Brasil, de acordo com a CONAB, apenas as redes de supermercado dos grupos Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar concentram 50% dos alimentos comercializados no País. Se vingarem as negociações, anunciadas na semana passada, envolvendo a fusão do Carrefour com o Pão de Açúcar, a marca resultante da negociação irá controlar 27% do mercado varejista formal do País. Para finalizar, Sr. Presidente, quero chamar a atenção desta Casa para o papel relevante que o Brasil tem no mundo em relação ao tema da segurança alimentar. O Brasil não é o maior produtor mundial de alimentos, como equivocadamente alguns tentam nos fazer crer, mas também não podemos nos conformar com qualquer outro papel que não seja o de liderança no encaminhamento das soluções para o problema da fome, levando em conta a indispensável responsabilidade com a preservação da nossa biodiversidade. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Fernando Ferro. O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, estive hoje à tarde numa audiência com o Presidente da EMBRAPA, Dr. Pedro Arraes, e discuti as possibilidades de expansão daquela importante empresa para áreas do semiárido nordestino. A EMBRAPA é hoje uma empresa de pesquisa, referência internacional com seus convênios e seus relacionamentos. Possui hoje escritórios em países da África, nos Estados Unidos e na Índia. E mais: oferece know-how – desenvolvimento de pesquisa – para colaborar com a produção alimentar do mundo. Nós apresentamos um pleito à EMBRAPA sobre a possibilidade de instalação de um polo daquela empresa no semiárido, mais particularmente no agreste meridional de Pernambuco. 35476 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A cidade de Garanhuns é um importante polo da produção leiteira, da bacia leiteira da região, uma cidade que tem a característica de ser uma das grandes produtoras de flores do Nordeste, tem um potencial importante nessa área. Levamos este pleito para que possa contemplar aquela região com a expansão da EMBRAPA no semiárido, em particular no semiárido de Pernambuco. Sabemos da excelência do trabalho da EMBRAPA na cidade de Petrolina, na Paraíba, dos próprios escritórios que estão instalados em várias partes do País e que dedicam sua atividade de pesquisa às mais variadas áreas de produção animal, de sementes, de tecnologia, de agroenergia. Por tudo isso, entendemos que essa empresa tem um papel importante para nossa região. Quero aqui expressar nossos agradecimentos ao Presidente da EMBRAPA, que se prontificou e está encaminhando uma equipe para analisar o potencial e as possibilidades dessa expansão. É claro que isso vai passar por um estudo, vai merecer uma apreciação cuidadosa dos técnicos da EMBRAPA, mas entendo que, junto com o IPA, que é o Instituto de Pesquisa Agronômica do Estado de Pernambuco, poderemos fazer convênios e estabelecer procedimentos para que a pesquisa nas áreas agrícolas da nossa região, que hoje já conta com a Universidade Federal Rural também, com um polo na cidade de Garanhuns, possa contribuir para essa nova etapa da qualificação da nossa produção na região do agreste meridional de Pernambuco. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Paes Landim, do Bloco/PTB do Piauí. O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB-PI. Pela ordem.) – Sr. Presidente, há cerca de duas semanas, visitou o Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no meu Estado do Piauí, e a Fundação Museu do Homem Americano, o Diretor do Banco Mundial no Brasil, Makhtar Diop. Estava acompanhado do Sr. Governador do Estado, Wilson Martins, do Prefeito de São Raimundo Nonato, Padre Herculano Negreiros, e da Diretora do Museu do Homem Americano, Profa. Niède Guidon. A expressão que o Diretor do Banco Mundial usou foi: “É fantástico!” Ficou realmente encantado com o Parque e o Museu. E isso é importante, no sentido de que o Banco Mundial retome os apoiamentos que sempre deu àquelas duas entidades, que são um marco cultural da Caatinga. Hoje o Parque Nacional da Serra da Capivara é patrimônio cultural da humanidade. Julho de 2011 É muito importante, Sr. Presidente, que uma autoridade como o Diretor do Banco Mundial tenha essa impressão fantástica do Parque Nacional Serra da Capivara e do Museu do Homem Americano, dirigidos ambos por essa competente pesquisadora e cientista Niède Guidon. Ao mesmo tempo, é a oportunidade de levar ao Governo Federal, à excelente Ministra Izabella Teixeira e à nobre e competente Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, o apelo para que esse símbolo, o parque da Caatinga, o único ecossistema brasileiro, possa efetivamente ser ajudado e estimulado pelo Governo brasileiro, em razão das potencialidades imensas que o turismo ecológico apresenta naquela região. Já existe, inclusive, um Aeroporto Internacional, construído pelo Presidente Lula, precisando apenas ser aproveitado. Com o aeroporto em funcionamento, o turismo ecológico alavancará o imenso potencial de riqueza turística daquela região. Muito obrigado, Sr. Presidente. O Sr. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pela Sra. Rose de Freitas, 1ª Vice-Presidente. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Apresentação de proposições. PROPOSIÇÕES APRESENTADAS PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 51, DE 2011 (Do Sr. Eduardo Cunha e outros) Estabelece a obrigatoriedade de realização de plebiscito para definição do modo de eleição dos Deputados Federais, Estaduais, do Distrito Federal e Vereadores e dá outras providências. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3° do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: Art. 1º Fica acrescido ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias o seguinte artigo: Art. Na eleições gerais de 2012, metade das vagas na Câmaras Municipais serão preenchidas pelo sistema proporcional em listas pré-ordenadas de candidaturas, e a outra metade, pelo sistema majoritário, em cada município. Parágrafo único. Na data correspondente ao segundo turno das eleições gerais de 2012 para Prefeitos, o eleitorado definirá, através de plebiscito, se, nas eleições posteriores para Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador, as vagas Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nas respectivas Casas Legislativas serão preenchidas pelo sistema proporcional em lista pré-ordenada, pelo sistema majoritário em cada Estado, Distrito Federal ou Município, ou por ambos, em conjunto, dividindo-se as cadeiras na forma idêntica ao caput deste artigo. Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A presente Proposta de Emenda à Constituição objetiva, primeiramente, aperfeiçoar o processo legislativo, valorizando o Poder de onde emanam as Leis que, nos termos propostos, passa a exercer com primazia as suas funções legislativas. A democracia representativa, envolve mecanismos relativamente complexos de participação política e de organização do processo eleitoral. “Sufrágio Universal é o direito que o indivíduo tem para exercitar sua cidadania e consiste na essência do direito político como princípio basilar da democracia. Nas palavras de Djalma Pinto, “o sufrágio em síntese, é um direito político que compreende o direito de votar, de ser votado e de participar da organização do poder político”. A Constituição de 1988 em seu art. 14 afirma que “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei (...)”. Merece destaque a definição de Cerqueira ao dizer que o sufrágio é um direito subjetivo de natureza política que o cidadão tem de eleger e ser eleito, ou participar da organização e da atividade do Poder Estatal. Desta forma, não há que se confundir o conceito de sufrágio com o conceito de eleição, que indica um fato social, pois o sufrágio assinala o direito amplo de participação política. O sufrágio universal, o voto direto e secreto, a igualdade, a periodicidade das eleições, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular são as formas de exercício da soberania inseridas na CF/88. Sendo que o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular são formas diretas enquanto que o sufrágio é a forma indireta do exercício da soberania, vez que o povo escolhe os representantes que elaborarão as leis e administrarão o Estado. Vale destacar por fim que sufrágio é o poder ou o direito de participar da escolha de um candidato e o voto é o modo ou procedimento dessa escolha.” http:// recantodasletras.uol.com.br/textosjuridicos/2165712 – Ester Faris de Oliveira – Publicado no Recanto das Letras em 29/03/2010. O sistema eleitoral identifica métodos e procedimentos de exercício dos direitos políticos de votar e Quinta-feira 7 35477 ser votado. Os dos grandes sistemas eleitorais praticados no mundo atual são o proporcional e o majoritário. Há algumas combinações que caracterizam um sistema misto. “No sistema eleitoral majoritário, será considerado vencedor o candidato que obtiver maior número de votos, e os votos dados aos demais candidatos são desconsiderados. No Brasil, esse sistema é utilizado na eleição de Prefeitos, Governadores, Senadores e do Presidente da República. É possível utilizar o sistema majoritário também para a chamado modelo ‘distrital’. De acordo com esse modelo, a circunscrição eleitoral seria subdividida em tantos distritos quantas fossem as cadeiras ocupadas na Câmara dos Deputados. Nessa fórmula, cada um dos distritos elegeria apenas um Deputado, e cada partido apresentaria apenas um candidato por distrito. Tal sistema pode ou não prever a adoção da eleição em dois turnos. No ‘sistema majoritário puro ou simples’, será considerado eleito o candidato que obtiver o maior número de votos, independentemente de ter alcançado a maioria. No ‘sistema majoritário em dois turnos’, por sua vez, será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos. Caso o candidato mais votado não a obtenha na primeira votação, deverá ser realizada uma nova. O sistema de dois turnos força a população a se manifestar de maneira direta sobre o candidato que será eleito, ensejando maior respaldo popular para a eleição. Contudo, prolonga o processo eleitoral e aumenta o seu custo. O sistema eleitoral distrital misto é aquele em que os sistemas proporcional e majoritário são conjugados. Várias são as possibilidades de se operar tal conjugação, e os modelos que vigoram nas diversas nações são consideravelmente diferentes entre si. O sistema proporcional consiste no procedimento eleitoral que visa assegurar no Parlamento uma representação para cada partido correspondente ao percentual de apoiadores que o partido possui na sociedade. A garantia do pluralismo e da possibilidade de maior participação das minorias é a principal vantagem atribuída do sistema proporcional. O sistema proporcional pode adotar duas técnicas diferentes para definir quais os candidatos de cada agremiação serão eleitos: o escrutínio de lista e o voto de legenda. No primeiro caso, o eleitor vota em uma lista de candidatos elaborada pelo partido, que pode ser uma lista fechada ou uma lista aberta. No segundo caso, o eleitor vota na legenda partidária. No escrutínio de lista fechada, o eleitor vota em uma lista de candidatos já preordenada pelo partido. Apura-se o total de votos que a lista recebeu. O partido 35478 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ocupará o percentual das cadeiras que corresponder ao percentual de votos obtidos pela lista partidária. Os candidatos que ocupam os primeiros lugares na lista serão considerados eleitos prioritariamente sobre os candidatos que ocupam posições posteriores. No escrutínio de lista aberta, o eleitor tem a liberdade de escolher, dentro de uma lista partidária, os candidatos de sua preferência, sem a obrigação de obedecer a qualquer ordem previamente estipulada pelo partido. Existem várias possibilidades a serem adotadas nesse tipo de escrutínio. O voto de legenda é o que é dado ao partido, não a um candidato ou a uma lista preordenada de candidatos. A diferença fundamental entre o voto de legenda, tal qual praticado no Brasil, e o sistema proporcional com lista fechada está no fato de que, nesse último, o eleitor sabe a posição ocupada pelo candidato na lista.” http://www.institutoideias.org.br/pt/projeto/ sistema_eleitoral.pdf Apesar de a reforma política ter sido mantida na agenda das duas Casas do Congresso Nacional por mais de uma década, não houve avanço. As propostas de reforma, mesmo tendo apontado, por um momento, para a adoção do voto distrital misto, refluíram para a fórmula do voto proporcional com listas fechadas. Cremos que a reforma deve caminhar para fortalecer ainda mais a capacidade de fiscalização, controle e cobrança dos representados sobre seus representantes. O caminho para esse objetivo é conhecido: o voto distrital, na sua forma pura ou mista. A presente proposta tem por objetivo recuperar essa alternativa para discussão e deliberação, no momento em que se aproxima o desfecho das decisões sobre a reforma política. Caso aprovada, a proposta conduzirá ao fortalecimento dos partidos, ao fortalecimento do elo entre representantes e representados, bem como a uma transparência maior nas negociações que cercam a formação da coalizão de sustentação do governo no Poder Legislativo. Ante o exposto, conto com o apoio dos nobres pares na aprovação do referido pleito. Sala das Sessões,6 de julho de 2011. – Eduardo Cunha, Deputado Federal. Proposição: PEC 0051/11 Autor da Proposição: EDUARDO CUNHA E OUTROS Data de Apresentação: 06/07/2011 Ementa: Estabelece a obrigatoriedade de realização de plebiscito para definição do modo de eleição dos Deputados Federais, Estaduais, do Distrito Federal e Vereadores e dá outras providências. Julho de 2011 Possui Assinaturas Suficientes: SIM Totais de Assinaturas: Confirmadas 189 Não Conferem 004 Fora do Exercício 001 Repetidas 011 Ilegíveis 000 Retiradas 000 Total 205 Assinaturas Confirmadas 1 ABELARDO CAMARINHA PSB SP 2 ACELINO POPÓ PRB BA 3 ADEMIR CAMILO PDT MG 4 AELTON FREITAS PR MG 5 AGUINALDO RIBEIRO PP PB 6 ALEX CANZIANI PTB PR 7 ALEXANDRE ROSO PSB RS 8 ALICE PORTUGAL PCdoB BA 9 ALINE CORRÊA PP SP 10 ALMEIDA LIMA PMDB SE 11 AMAURI TEIXEIRA PT BA 12 ANDERSON FERREIRA PR PE 13 ANDRÉ FIGUEIREDO PDT CE 14 ANDRE MOURA PSC SE 15 ANDRÉ ZACHAROW PMDB PR 16 ANÍBAL GOMES PMDB CE 17 ANTÔNIO ANDRADE PMDB MG 18 ANTONIO BULHÕES PRB SP 19 ANTONIO CARLOS MENDES THAME PSDB SP 20 ANTÔNIO ROBERTO PV MG 21 ARIOSTO HOLANDA PSB CE 22 ARNALDO FARIA DE SÁ PTB SP 23 ARNON BEZERRA PTB CE 24 ARTHUR LIRA PP AL 25 ASSIS DO COUTO PT PR 26 AUREO PRTB RJ 27 BENJAMIN MARANHÃO PMDB PB 28 BERINHO BANTIM PSDB RR 29 BIFFI PT MS 30 BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB MG 31 CARLAILE PEDROSA PSDB MG 32 CARLOS ALBERTO LERÉIA PSDB GO 33 CARLOS BRANDÃO PSDB MA 34 CARLOS ZARATTINI PT SP 35 CELSO MALDANER PMDB SC 36 CÉSAR HALUM PPS TO 37 CHICO LOPES PCdoB CE 38 CLEBER VERDE PRB MA 39 COSTA FERREIRA PSC MA 40 DAMIÃO FELICIANO PDT PB 41 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA 42 DANILO FORTE PMDB CE 43 DAVI ALVES SILVA JÚNIOR PR MA Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 44 DELEY PSC RJ 45 DEVANIR RIBEIRO PT SP 46 DILCEU SPERAFICO PP PR 47 DOMINGOS DUTRA PT MA 48 DOMINGOS SÁVIO PSDB MG 49 DR. CARLOS ALBERTO PMN RJ 50 DR. GRILO PSL MG 51 DR. JORGE SILVA PDT ES 52 DR. PAULO CÉSAR PR RJ 53 DR. UBIALI PSB SP 54 DUDIMAR PAXIUBA PSDB PA 55 EDIO LOPES PMDB RR 56 EDSON SILVA PSB CE 57 EDUARDO BARBOSA PSDB MG 58 EDUARDO CUNHA PMDB RJ 59 EDUARDO DA FONTE PP PE 60 EDUARDO SCIARRA DEM PR 61 ENIO BACCI PDT RS 62 ERIVELTON SANTANA PSC BA 63 EUDES XAVIER PT CE 64 FELIPE BORNIER PHS RJ 65 FELIPE MAIA DEM RN 66 FERNANDO FRANCISCHINI PSDB PR 67 FERNANDO JORDÃO PMDB RJ 68 FERNANDO MARRONI PT RS 69 FILIPE PEREIRA PSC RJ 70 FLÁVIA MORAIS PDT GO 71 FLAVIANO MELO PMDB AC 72 FRANCISCO ESCÓRCIO PMDB MA 73 GABRIEL GUIMARÃES PT MG 74 GERALDO SIMÕES PT BA 75 GERALDO THADEU PPS MG 76 GILMAR MACHADO PT MG 77 GIVALDO CARIMBÃO PSB AL 78 GLADSON CAMELI PP AC 79 GONZAGA PATRIOTA PSB PE 80 GUILHERME MUSSI PV SP 81 HENRIQUE OLIVEIRA PR AM 82 HEULER CRUVINEL DEM GO 83 HUGO NAPOLEÃO DEM PI 84 IRAJÁ ABREU DEM TO 85 JAIME MARTINS PR MG 86 JAIR BOLSONARO PP RJ 87 JAQUELINE RORIZ PMN DF 88 JÔ MORAES PCdoB MG 89 JOÃO DADO PDT SP 90 JOÃO PAULO CUNHA PT SP 91 JOÃO PAULO LIMA PT PE 92 JORGE PINHEIRO PRB GO 93 JOSÉ AUGUSTO MAIA PTB PE 94 JOSÉ CHAVES PTB PE 95 JOSÉ NUNES DEM BA 96 JOSÉ OTÁVIO GERMANO PP RS Quinta-feira 7 35479 97 JOSÉ PRIANTE PMDB PA 98 JOSE STÉDILE PSB RS 99 JOSEPH BANDEIRA PT BA 100 JOSUÉ BENGTSON PTB PA 101 JOVAIR ARANTES PTB GO 102 JÚLIO CAMPOS DEM MT 103 JÚLIO CESAR DEM PI 104 JÚLIO DELGADO PSB MG 105 LEANDRO VILELA PMDB GO 106 LELO COIMBRA PMDB ES 107 LEONARDO MONTEIRO PT MG 108 LEONARDO QUINTÃO PMDB MG 109 LEOPOLDO MEYER PSB PR 110 LINCOLN PORTELA PR MG 111 LINDOMAR GARÇON PV RO 112 LÚCIO VALE PR PA 113 LUIS TIBÉ PTdoB MG 114 LUIZ ALBERTO PT BA 115 LUIZ FERNANDO MACHADO PSDB SP 116 MANATO PDT ES 117 MANOEL JUNIOR PMDB PB 118 MARCOS MEDRADO PDT BA 119 MÁRIO DE OLIVEIRA PSC MG 120 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PR AL 121 MAURÍCIO TRINDADE PR BA 122 MAURO LOPES PMDB MG 123 MAURO NAZIF PSB RO 124 MENDES RIBEIRO FILHO PMDB RS 125 MENDONÇA PRADO DEM SE 126 MILTON MONTI PR SP 127 MOACIR MICHELETTO PMDB PR 128 NATAN DONADON PMDB RO 129 NEILTON MULIM PR RJ 130 NELSON BORNIER PMDB RJ 131 NELSON MARQUEZELLI PTB SP 132 NELSON MEURER PP PR 133 NEWTON CARDOSO PMDB MG 134 ODAIR CUNHA PT MG 135 ONOFRE SANTO AGOSTINI DEM SC 136 OSMAR JÚNIOR PCdoB PI 137 OSMAR SERRAGLIO PMDB PR 138 OTAVIO LEITE PSDB RJ 139 OTONIEL LIMA PRB SP 140 PADRE JOÃO PT MG 141 PAES LANDIM PTB PI 142 PASTOR MARCO FELICIANO PSC SP 143 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG 144 PAULO CESAR QUARTIERO DEM RR 145 PAULO PEREIRA DA SILVA PDT SP 146 PAULO PIAU PMDB MG 147 PAULO PIMENTA PT RS 148 PAULO RUBEM SANTIAGO PDT PE 149 PAULO WAGNER PV RN 35480 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 150 PEDRO CHAVES PMDB GO 151 PEDRO EUGÊNIO PT PE 152 PINTO ITAMARATY PSDB MA 153 REBECCA GARCIA PP AM 154 RENATO MOLLING PP RS 155 RIBAMAR ALVES PSB MA 156 ROBERTO BALESTRA PP GO 157 ROBERTO BRITTO PP BA 158 ROBERTO DE LUCENA PV SP 159 ROMERO RODRIGUES PSDB PB 160 RONALDO FONSECA PR DF 161 ROSE DE FREITAS PMDB ES 162 RUBENS OTONI PT GO 163 RUY CARNEIRO PSDB PB 164 SÁGUAS MORAES PT MT 165 SALVADOR ZIMBALDI PDT SP 166 SANDRA ROSADO PSB RN 167 SANDRO MABEL PR GO 168 SEBASTIÃO BALA ROCHA PDT AP 169 SÉRGIO BRITO PSC BA 170 SÉRGIO MORAES PTB RS 171 SIBÁ MACHADO PT AC 172 SOLANGE ALMEIDA PMDB RJ 173 TAKAYAMA PSC PR 174 TIRIRICA PR SP 175 VALADARES FILHO PSB SE 176 VALDIR COLATTO PMDB SC 177 VALDIVINO DE OLIVEIRA PSDB GO 178 VALMIR ASSUNÇÃO PT BA 179 VALTENIR PEREIRA PSB MT 180 VICENTE CANDIDO PT SP 181 VICENTINHO PT SP 182 VITOR PENIDO DEM MG 183 WALDIR MARANHÃO PP MA 184 WALTER IHOSHI DEM SP 185 WANDENKOLK GONÇALVES PSDB PA 186 WASHINGTON REIS PMDB RJ 187 WOLNEY QUEIROZ PDT PE 188 ZÉ GERALDO PT PA 189 ZEQUINHA MARINHO PSC PA PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 74, DE 2011 (Do Sr. Audifax) Dispõe sobre as exigências para a realização de transferências voluntárias, nos termos da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei Complementar restringe, ao Poder do ente beneficiário que requerer a transferência voluntária, a comprovação de que trata o inciso IV do Julho de 2011 § 1º do art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Art. 2º O art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação; “Art. 25 ........................................... ....... .............................................................. . § 4º A exigência de adimplemento a que se refere a alínea a do inciso IV do § 1º aplica-se exclusivamente às obrigações do Poder que requerer a transferência voluntária para com o ente transferidor.” (NR) Art. 3º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Este Projeto de Lei Complementar – PLP objetiva reafirmar o princípio constitucional da separação entre os Poderes, consolidado quando da aprovação da Constituição Federal de 1988, e, desse modo, desvincular diversas Prefeituras em todo o País da responsabilidade financeira sobre as contas dos Poderes Legislativos Municipais. Sabe-se que os Municípios brasileiros enfrentam diariamente batalhas devido aos impedimentos de firmar convênios com os demais entes federativos – e assim receber recursos de transferências voluntárias –, em razão da inadimplência de suas Câmaras de Vereadores junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. O problema reside no fato de que o Poder Legislativo não possui autonomia jurídica, e, portanto, a ele não pode ser imputada a responsabilidade pela quitação dos débitos. Esta responsabilidade das Câmaras de Vereadores é, então, transferida, inconstitucionalmente, para a pessoa jurídica do Município. Conseqüentemente, o Município, considerado inadimplente junto à União, fica impossibilitado de receber transferências voluntárias. Nos termos do art. 29-A da Constituição Federal, ao Poder Executivo municipal não é permitido o a retenção de receita ou transferência devida ao Poder Legislativo Municipal para pagamento do débito e, conseqüente saneamento do relacionamento financeiro entre o Município e o ente transferidor. Assim, em obediência aos incisos II e III, do § 2º, do artigo supracitado, a retenção dos valores das contribuições previdenciárias para impedir que o Poder Legislativo fique inadimplente não só é ilegal como constitui crime de responsabilidade do Prefeito. No entanto, também se configura inconstitucional e indevido a responsabilização do Poder Executivo municipal por um problema financeiro que ele não Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS causou e que sequer pode solucionar. Neste contexto, deve-se considerar que as inconseqüências contábeis e financeiras dos Poderes Legislativos Municipais recaem invariável e diretamente sobre a população, que não pode beneficiar-se dos serviços públicos custeados com recursos de transferências voluntárias. Assim, propomos que as exigências de comprovação para a realização de transferências voluntárias alcancem estritamente o relacionamento entre o Poder do ente que requerer a transferência e o ente transferidor. Não se pretende, contudo, diminuir ou enfraquecer as exigências para realização das transferências voluntárias, ao contrário, estas continuam a constituir responsabilidade do beneficiário (nos termos do art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 2000), no entanto, apenas do beneficiário requerente, no caso, os Poderes Executivos Municipais. Esse entendimento, aliás, tem sido reiteradamente expresso e consolidado pelo Poder Judiciário brasileiro, quando incitado a se manifestar em casos concretos: “A Constituição Federal prevê a independência e harmonia entre os poderes Executivos, Legislativo e Judiciário, garantindo-lhes autonomia financeira e administrativa. Não deve o Município ser penalizado por descumprimento de obrigações fiscais principais e acessórias da Câmara Municipal, pois tal órgão goza de autonomia financeira e tem receita própria, estando, inclusive sujeita ao controle da lei de responsabilidade fiscal.” (AGTR 98.543. 4ª Turma. DJe: 12/11/2009). “A Constituição Federal consagra a autonomia e a independência administrativo-financeira entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, não se podendo responsabilizar, portanto, a Prefeitura (Executivo municipal) por obrigações da Câmara Municipal (Legislativo municipal), sob pena de ofensa ao mencionado comando constitucional. Outrossim, um fato que vem corroborar essa tese é que a Prefeitura e a Câmara possuem CNPJ diferentes, arcando cada uma, destarte, com os seus respectivos débitos fiscais.” (AGTR 87.138. 3ª Turma. DJe: 17/07/2009). Por todo o exposto, contamos com o apoio dos nobres Pares para a aprovação desta importante alteração à Lei Complementar nº 101, de 2000, que visa consolidar e regrar legalmente os princípios fundamentais expressos na Constituição Federal de 1988 no que se refere à independência e à autonomia dos Poderes da República do Brasil. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2011. – Deputado Audifax. Quinta-feira 7 35481 PROJETO DE LEI Nº 1.771, DE 2011 (Dos Srs. Emiliano José e Edson Santos) Inscreve os nomes de Carlos Marighella e Luiz Carlos Prestes no “Livro dos Heróis da Pátria”. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Inscrevam-se os nomes de Carlos Marighella e Luis Carlos Prestes no “Livro dos Heróis da Pátria”, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Luiz nasceu em Porto Alegre, no crepúsculo do século XIX, 3 de janeiro de 1898. O pai, Antônio, capitão de engenheiros do Exército, morreu cedo, com apenas 38 anos. Avançado para o seu tempo, Antônio Pereira Prestes foi um dos signatários dos célebres “pactos de sangue” firmados por jovens oficiais liderados por Benjamin Constant, participando ativamente da proclamação da República. A mãe, Leocádia Felizardo Prestes, também nasceu em berço progressista. O pai dela , Joaquim José Felizardo, era maçom, republicano e abolicionista. Uma família que cultivava a cultura e o humanismo. Talvez aí esteja uma parte da explicação para o destino grandioso reservado a Luiz. Essa âncora, uma família sintonizada com as melhores causas de seu tempo, lhe deu régua e compasso para seu encontro com a história. Carlos nasceu no alvorecer do século XX, 5 de dezembro de 1911. O pai, Augusto, viera de Ferrara, norte da Itália, e se casara com Maria Rita do Nascimento, filha de uma negra haussá, e com ela terá oito filhos. Carlos, o primeiro deles, nasceu no Desterro, sugestivo nome de rua vizinha à Baixa dos Sapateiros, em Salvador. E será ele que imortalizará o nome da família. Augusto Marighella tinha simpatias pelo socialismo, mas suas paixões maiores eram a mecânica e a tecnologia. Ensinou os baianos a produzir um combustível líquido a partir de produtos vegetais. E convertia motor a gasolina em motor a gasogênio. Um precursor. O filho tinha as letras como paixão. Ainda menino, completou a alfabetização da mãe, tornando-a capaz de ajudar os demais irmãos nas tarefas escolares. Daquele berço, sairia para a história, como Luiz. Luiz estudou no Rio de Janeiro. Primeiro, no Colégio Militar, depois na Escola Militar de Realengo. A carreira militar era uma ótima opção para jovens de famílias pobres, quanto mais se órfão de um oficial de Exército. Aos 22 anos, diploma-se como engenheiro militar. E em 1922, chega a capitão de engenheiros 35482 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do Exército, patente do pai quando morrera. E chega por merecimento. Sua carreira no Exército foi curta: de 1920 a 1924. Participa ativamente de movimentações da jovem oficialidade contra irregularidades no Exército e contra a República Velha. Foi um dos líderes do que viria a ser conhecido como tenentismo, movimento que influenciou decisivamente a história do Brasil na década de 1920 e que viria contribuir para a eclosão da Revolução de 30. Em 28 de outubro de 1924, começa o levante tenentista no Rio Grande do Sul, e tem início então a longa marcha dos tenentes Brasil afora, que ficaria conhecida como a Marcha da Coluna Prestes. Ali, Luiz Carlos Prestes entrava definitivamente no painel dos heróis da Pátria, mergulhando como protagonista na história do Brasil. Carlos desde cedo foi um indignado. Não se conformava diante de injustiças. Ainda menino, se revoltava quando via negros carregando brancos nas costas para evitar que os sapatos e as calças deles se sujassem nas ruas enlameadas. Embora o “costado” fosse pago, era, para ele, como se a escravidão continuasse. Folgazão, carnavalesco, capoeirista, namorador contumaz, Carlos, além das letras, tomou-se de outra paixão, que o acompanhará a vida inteira, até morrer: a política. Sua aproximação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) aconteceu cedo, logo que ingressou na Escola Politécnica, início dos anos 30. Enfrenta a primeira prisão em 1932, quando Juracy Magalhães, interventor baiano, manda cercar a Faculdade de Medicina, na Praça da Sé, onde se realizava uma assembléia favorável à Constituinte, e prende 512 estudantes e sete professores, entre eles Carlos. Prestes conduz a Coluna de modo criativo, garantindo, de um lado, a intensa participação dos soldados, e de outro, a disciplina. Sem os dois, sabia, não conseguiria enfrentar a força do exército governista, muito mais equipado e com número de soldados muito superior. Sai-se tão bem no comando de seus homens que o general Miguel Costa, reconhecendo as qualidades de liderança de Luiz, entrega-lhe na prática o comando da Coluna, uma das mais extraordinárias experiências militares de que se tem notícia. A Coluna era uma espécie de denúncia, um grito de revolta diante da natureza conservadora, reacionária da República Velha. Era como se desse um sinal à sociedade brasileira de que era possível derrotar o conservadorismo da política do café com leite, que consistia no revezamento entre São Paulo e Minas Gerais na presidência da República, e no predomínio dos interesses agrário-latifundiários. A Coluna passou dois anos e três meses serpenteando pelo Brasil, percorrendo mais de 25 mil quilômetros e 13 estados. Travou 53 combates, sempre em inferioridade numérica, derrotou 18 generais. Não sofreu uma Julho de 2011 única derrota. A Coluna ingressa na Bolívia em 3 de fevereiro de 1927, com a moral em alta, certa de haver cumprido o seu dever, e contava então com apenas 620 homens. Uma epopéia. Com um grande líder: o Cavaleiro da Esperança Luiz Carlos Prestes. Carlos sai da prisão ainda em 1932 com o prestígio em alta no PCB pelo espírito de luta que vinha demonstrando. Aqui já começava a avultar sua coragem, uma marca que o acompanhará por toda a vida. Lança-se ao trabalho de organização do PCB na Bahia, especialmente entre os jovens. Começa a ser visto como um militante capaz de assumir tarefas mais importantes no PCB. No início de 1936, sem concluir Engenharia, é mandado para o Rio de Janeiro, com a tarefa de ajudar na organização do partido no Estado. O Brasil vivia um clima tenso, e o Rio de Janeiro de modo particular. Havia milhares de prisioneiros políticos no País, avaliados em mais de 17 mil pelo jornal francês L´Humanité, ou em 20 mil pelo próprio PCB. Estavam presos Hermes Lima, Graciliano Ramos, Anísio Teixeira, Patrícia Galvão, além do secretário-geral do partido, Antônio Maciel Bonfim. Na Bolívia, na Argentina e no Uruguai, Prestes reflete sobre o Brasil, sobre a miséria que havia encontrado nas profundezas do País, e passa a ler Marx, Engels e Lênin. Essa aproximação com o marxismo é que provavelmente o levou a não acompanhar os tenentes que fizeram a Revolução de 30. É convidado a ir à União Soviética pela Internacional Comunista, e lá é contratado como engenheiro. Em agosto de 1934 é aceito no PCB. Volta para o Brasil clandestinamente em abril de 1935, depois de haver sido aclamado, mesmo fora do País, como presidente de honra da Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma ampla frente política que se dispunha a lutar contra o imperialismo, o latifúndio e contra a ameaça fascista representada pelo integralismo. Caio Prado Júnior dirá que a ANL, quando de seu fechamento por Vargas, em julho de 1935, teria entre 70 e 100 mil militantes. O PCB, em novembro de 1935, iniciou uma tentativa insurrecional nos quartéis, deflagrando movimentações no dia 23 de novembro em Natal, 25 em Recife e 27 no Rio de Janeiro, tentativa sufocada por feroz repressão. Prestes, mais tarde, irá reconhecer que a tentativa foi decorrente do que chamava influência do radicalismo pequeno-burguês na direção do PCB, sob a forma específica do “golpismo tenentista”. Convertido ao marxismo, falava do que conhecia. Carlos é novamente preso no Rio de Janeiro, no dia 1º de maio de 1936, e arrastado à Rua da Relação, onde funcionava a polícia encarregada da repressão aos comunistas. Torturaram-no sem dó, nem piedade. Conheceram um homem que dirá não ter tido tempo Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para ter medo. Nunca. Carlos Marighella foi torturado durante 23 dias ininterruptamente: apertavam-lhe os testículos, enterravam alfinetes de gravatas sob as unhas, queimavam-lhe a pele com pontas de cigarro aceso, afora a pancadaria por todo o corpo, e particularmente concentrada nos rins. Desmaiou várias vezes. Filinto Müller era o sinistro comandante das torturas e de toda a repressão. Cabe lembrar pronunciamento do deputado João Mangabeira, em 1936: “O que se fez com o estudante de engenharia Marighella, no dia 1º de maio, é de fazer piedade a um coração empedernido. As torturas infligidas a esse rapaz, a noite inteira chicoteado, pisado, ora na Polícia Central, ora na Polícia Especial, se revelam até nas fotografias que tenho, publicadas num dos jornais matutinos, com seu retrato como comunista, com tabela em que vem o seu número. Tudo isso se passou, realmente, sob a chefia do senhor Müller. Tudo isso, de que a Câmara não tem notícia, monstruosidades como essa, que degradam a civilização brasileira e desonram nosso nome perante o mundo civilizado, tudo isso foi perpetrado por esse chefe de polícia que hoje tem a desfaçatez de aparecer de público dizendo que o governo agiu com brandura!” Prestes e sua companheira Olga Benário Prestes são presos no dia 5 de março de 1936, no rastro da intensa repressão que se seguiu à tentativa insurrecional de novembro de 1935. É condenado a mais de 47 anos de prisão. Olga é deportada para a Alemanha mesmo estando no sétimo mês de gravidez. Após dar à luz a sua filha Anita Leocádia, é assassinada numa câmara de gás no campo de concentração de Bernburg, em abril de 1942. Prestes passa nove anos preso, a maior parte dos quais em completo isolamento. Preso, vê seu nome aclamado pelo partido, que o elege secretário-geral na chamada Conferência da Mantiqueira, em 1943. Também Marighella será eleito integrante do Comitê Central. Prestes apóia firmemente a decisão da Conferência de “União Nacional” com Vargas contra o nazifascismo. A razão política, se não superava suas dores pessoais, colocava-se à frente delas. Dirá que “os interesses do povo brasileiro estão acima das minhas tragédias pessoais”. Tinha consciência, seguindo a visão dos comunistas de todo o mundo, que o pior inimigo da humanidade naquele momento era o nazifascismo. Enquanto esteve preso, recebeu solidariedade de militantes e personalidades do mundo inteiro, que o cumulavam de cartas de solidariedade e de respeito. Em abril de 1945, Vargas assina decreto de libertação dos prisioneiros políticos, e Prestes, depois de nove anos, ganha a liberdade. Em outubro, chegam ao Brasil sua filha Anita Leocádia, que ela ainda não conhecia, e sua irmã Lygia. Quinta-feira 7 35483 Dessa segunda prisão, Carlos Marighella sai no dia 15 de julho de 1937. Volta às atividades clandestinas de reorganização do PCB no Rio de Janeiro. Lembre-se que logo depois, 10 de novembro, Vargas dá um golpe e institui o Estado Novo, de triste memória. Carlos Marighella encontra o partido em conflito, resultado das discussões em torno das esperadas, mas não realizadas, eleições presidenciais de janeiro de 1938, cujos dois candidatos, Armando Sales de Oliveira e José Américo de Almeida, dividiam os comunistas. Logo, no entanto, sempre clandestino, será chamado a São Paulo, tornando-se rapidamente o principal dirigente do partido no Estado. Logo que sai da prisão, Prestes se envolve profundamente na luta política pela democratização do Brasil. O PCB conquistava a sua legalidade de fato, nas ruas. Prestes participa de memoráveis comícios, como o do Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, em 23 de maio de 1945, e o do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, em 15 de julho de 1945. Os comunistas batiam-se pela Constituinte e, também, contra o golpe de direita que pretendia derrubar Vargas, o que acaba ocorrendo em 29 de outubro de 1945. Vargas é derrubado no momento em que começa a defender posições progressistas, como a liberação dos presos políticos, o fim da censura, a legalização do PCB, o reatamento de relações diplomáticas com a URSS e a convocação de eleições gerais para o Legislativo e o Executivo. Aqui, entende-se a posição do PCB em relação a Vargas, e compreende-se melhor por que Prestes dirá que os interesses da política se sobrepunham às suas dores pessoais. Marighela não demorou muito tempo em liberdade. Foi preso novamente, na esteira da repressão que levou à prisão todos os integrantes do Comitê Regional do PCB em São Paulo, no dia 26 de maio de 1939. Novamente, violentamente torturado, e ele narrará não só as torturas que ele próprio sofreu, como a de seus companheiros, na CPI sobre os Atos Delituosos da Ditadura, instalada na Câmara Federal depois da queda da eleição de Eurico Gaspar Dutra. “Havia o processo dos ´adelfis`, que era enfiar um estilete de taquara ou um alfinete por debaixo das unhas. Havia também a ´americana`, que consistia em fazer permanecer de pé o preso, com uma máscara afivelada ao rosto e sem poder respirar. Havia ainda o processo das esponjas com mostarda aplicada às senhoras. Espancavam-se até crianças, como foi o caso da filha de Antônio Xavier, em 1940, e submetida a terríveis torturas.” Sairá da prisão somente em abril de 1945, com a anistia. É candidato a deputado federal pelo PCB, na Bahia. Único da Bahia a ser eleito nas eleições de 2 de dezembro 35484 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de 1945, faz companhia a outros 13 deputados federais do PCB e ao senador Prestes. Prestes foi o candidato a senador mais bem votado do Brasil, com 160 mil votos, afora o fato de ter sido eleito deputado por três estados, o que era permitido à época. O PCB, sob a legalidade, começara bem. Na Constituinte, os comunistas defendem, entre tantos pontos, o direito de voto a todos os brasileiros, inclusive analfabetos, soldados e marinheiros. A garantia efetiva da liberdade de opinião, de consciência, de reunião, de associação, de pensamento. O direito de greve. O direito à terra pelos que não tinham terra. A completa igualdade de direitos, sem distinção de sexo, religião ou nacionalidade. Prestes dirá que não era capitulando diante dos reacionários que se defendia a democracia. “A maneira de defendê-la consiste em lutar por ela até o fim e lutar decisivamente”. A Constituição de 1946 não foi tão avançada como queriam os comunistas, mas conquistou alguns direitos graças aos comunistas, como o direito de greve. Prestes, para além do grande comandante militar da Coluna, afirmava-se também como parlamentar. Certamente, nunca esqueceu o dia 31 de janeiro de 1946, quanto tomou posse. Ao ter o nome anunciado, houve um delírio, uma salva de palmas talvez nunca mais vista no Palácio Tiradentes. Nem o soar estridente da campainha da mesa que dirigia os trabalhos fazia com que a platéia parasse de bater palmas. Marighella nadou de braçada na atividade parlamentar. Consagrou-se como um dos mais ágeis, férteis e inventivos deputados da Câmara Federal. Em dois anos de mandato, faria 195 discursos e travaria debates em que alternava a dureza e o humor, a análise profunda e o chiste rápido, a defesa de princípios e a ironia. Surpreendia a todos, com sua iconoclastia. Como, por exemplo, ao defender o divórcio e o fim do casamento indissolúvel, dizia que a Igreja Católica só nega o divórcio “porque sabe que o adultério é tão inevitável como a morte”. As mulheres, dizia ele, vencidas, “conseguiram, pelo menos, enfeitar as respeitáveis cabeças de seus maridos, única vingança que podem tirar, até que transformemos esta sociedade”. Desconcertante, o comunista Marighella. Verdadeiro. Desmascarava o cinismo e a hipocrisia. Confrontava sem medo o conservadorismo reinante. Esse clima intenso de discussão política durou pouco: os ventos da Guerra Fria chegaram com força ao Brasil, e o PCB teve o seu registro cassado em 7 de maio de 1947. O pedido foi acolhido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pedido dos deputados Barreto Pinto e Himalaia Virgulino, ambos do PTB, e que seguiam orientação de Dutra. A batalha em defesa da atuação legal dos comunistas se estendeu até o dia 8 de janeiro de Julho de 2011 1948, quando os mandatos de doze deputados comunistas e do senador Luiz Carlos Prestes foram cassados. Foram preservados Diógenes Arruda Câmara e Pedro Pomar que, embora comunistas, haviam sido eleitos pelo Partido Social Progressista de São Paulo. Prestes volta a viver na clandestinidade, como nos anos 30. Viveria um isolamento de uma década. A partir de 1953, tem como companheira Maria do Carmo Ribeiro, também militante do PCB, com quem terá sete filhos. Assina o Manifesto de 1º de Agosto de 1950, uma guinada nitidamente esquerdista do PCB, onde se propunha a derrubada do governo pela luta armada com vistas à construção de um governo revolucionário. Esta posição não prosperou, e nas eleições de 1955, o PCB apóia Juscelino e Goulart para presidente e vice. Em 1958, Prestes vê revogada a ordem de prisão preventiva que existia contra ele e vários outros dirigentes comunistas. Volta à vida legal, mas o PCB continuava legalmente impedido de se reorganizar. A Declaração de Março de 1958, aprovada pelo Comitê Central, foi uma espécie de resposta definitiva à guinada esquerdista de 1950. Aqui, o PCB, sob a direção de Prestes, assume claramente a perspectiva democrática, defendendo a participação dos comunistas no processo eleitoral e a legalização do partido. O PCB participa ativamente das lutas operárias e pelas reformas de base, particularmente pela reforma agrária. Intensificam-se as lutas operárias e populares e desenha-se um acirramento da luta de classes no Brasil, especialmente sob o governo reformista de Goulart, no qual o PCB, apesar de ainda não estar na legalidade, desempenha um papel importante. Marighella também é obrigado a voltar à clandestinidade logo que o registro do partido e o mandato são cassados. É destacado para ficar em São Paulo, onde rapidamente começa a se confrontar com a orientação esquerdista do Manifesto de Agosto de 1950 e, com isso, o PCB consegue retomar a direção de vários sindicatos importantes. Marighella, principal dirigente do partido em São Paulo, foi o mais destacado impulsionador da greve operária de 1953, que chegou a congregar em torno de 400 mil trabalhadores e que só terminou com a concessão de 32% de aumento nos salários e soltura dos grevistas presos. Destacado para dar atenção ao trabalho dos comunistas no campo, diz que tal trabalho é essencial para que se concretize a aliança entre operários e camponeses. As impressionantes denúncias de Nikita Kruschev contra Stálin, feitas durante o XX Congresso da URSS em fevereiro de 1956, causaram um forte impacto em Marighella, que não conseguiu terminar seu discurso durante reunião da Executiva do PCB, envolvido pelas lágrimas que expressavam todo o seu sofrimento. Era um Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mundo inteiro que desabava, na visão de Marighella. Por vários dias, o choro o assaltou, tal a dor por tudo aquilo. No rastro da crise provocada pelo Relatório Kruschev, Marighella é guindado à Executiva do PCB em agosto de 1957. Prestes, com o golpe de 1964, volta à mais absoluta clandestinidade, assim como seus companheiros de direção do partido. O PCB entra em crise. Vários dirigentes aderem à tese da luta armada, e saem para organizar alternativas ao que consideravam a linha conciliatória do PCB. Prestes, à frente do PCB, defende a necessidade de formar uma ampla frente única democrática contra a ditadura, e critica a tese da luta armada, que para ele não levava em conta a correlação de forças daquele momento. Depois do AI-5, a ditadura radicaliza, e o PCB, em 1971, decide que Prestes deve se exilar. Desapareceram as condições de segurança para sua permanência no Brasil. No exterior, participa da luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. Em meados dos anos 70, com o Comitê Central do partido todo localizado na Europa, Prestes começa a divergir da orientação dominante do PCB, centrada na chamada revolução nacional e democrática. Na opinião dele, não havia mais lugar para um capitalismo autônomo no País. Considerava que o partido, com essa orientação, deixava de lado a luta pelo socialismo e perdia sua combatividade. Marighella, desde que chegou à Executiva, em 1957, desenvolveu duras críticas ao que considerava política de conciliação do partido. Divergia de Prestes quanto a isso. Durante o governo Goulart, não concordava que o partido fosse tão atrelado ao governo. Era fundamental, na visão dele, que os comunistas liderassem o povo e os trabalhadores para uma pressão mais decisiva ao governo visando à radicalização das reformas de base. Veio o golpe de 64, e as teses de Marighella ganhavam mais força, inclusive a da luta armada, que ele passa, então, a defender, na contramão da visão do PCB. Lamentava que o partido não houvesse se preparado para o golpe. E acreditava que agora não havia outro caminho senão o da luta armada. Ainda tentou, nos primeiros dias do golpe, organizar a resistência, evitar a continuidade do golpe. Impossível. No dia 9 de maio de 1964, é preso num cinema, na Tijuca, depois de muito lutar e levar um tiro à altura do coração. Ficou 80 dias preso e quando foi libertado, graças a um habeas corpus impetrado pelo advogado Sobral Pinto, assume de novo a clandestinidade. Soubera que a 2ª Auditoria Militar de São Paulo decretara a sua prisão preventiva. Em outubro de 1979, com a anistia, Prestes volta ao Brasil, depois de oito anos de exílio forçado. Mais de 10 mil pessoas o recebem entusiasmadas no ae- Quinta-feira 7 35485 roporto internacional do Rio de Janeiro. Em março de 1980, divulga sua “Carta aos Comunistas”, rompendo com a política do PCB, que para ele abandonara a luta em favor da revolução e do socialismo. Torna-se novamente um peregrino da luta revolucionária, caminhando por todo o País em defesa de suas novas, e tão antigas, idéias. Em 7 de março de 1990, morre, no Rio de Janeiro. Teve um velório e um enterro dignos de um homem que soube honrar as melhores causas do povo brasileiro, e que atravessou o século XX como um protagonista fundamental da história, sempre ao lado dos ideais da democracia e do socialismo. Como Vargas, saía da vida para entrar na história. Marighella se desliga da Executiva do PCB em 1966, consciente de que se afastava rapidamente da linha do partido. Em agosto de 1967, contra a opinião do PCB, vai à Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), em Cuba, com o objetivo de participar da articulação da ação revolucionária na América Latina. Ainda em Cuba, em setembro de 1967, Marighella recebe a notícia de ter sido expulso do PCB “por atividades fracionistas, incompatíveis com a condição de membro do partido”. Prestes, era, então, um dos comandantes centrais da orientação de ser duro com os que divergiam da orientação do partido. Marighella funda então a Ação Libertadora Nacional (ALN), voltada à atividade guerrilheira. Chegara afinal o momento da luta armada, que Marighella acalentara havia muito tempo. Começam as primeiras ações armadas na cidade, destinadas a angariar fundos para a luta guerrilheira no campo: bancos e carros-fortes e trens-pagadores expropriados, expropriação de explosivos. A ditadura percebe que os assaltos não são mais simples ações de marginais. E Marighella passa a ser o inimigo número um. Em setembro de 1969, escreve um documento denominado “As perspectivas da Revolução Brasileira”, onde fala da escalada revolucionária: a guerrilha urbana, a guerrilha rural e a criação do exército revolucionário. Ainda estava cheio de esperança no momento mesmo em que a repressão se aproximava da ALN e dele próprio. É assassinado na Alameda Casa Branca, em São Paulo, no dia 4 de novembro de 1969, pelo mais famoso torturador da ditadura, delegado Sérgio Paranhos Fleury. Saía da vida para entrar na história. Prestes, como se viu, no outono da vida, e já com Marighella morto, vai unir-se às idéias de seu companheiro nas críticas ao que consideravam imobilismo do PCB. Um singular e último encontro dos dois, emocionante, deu-se no Instituto dos Arquitetos de São Paulo, no dia 10 de dezembro de 1979, numa cerimônia anterior ao traslado dos restos mortais de Marighella para Salvador, organizado pela viúva dele, 35486 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Clara Charf. Prestes fez um emocionado discurso, encerrando-o com palavras que selaram a unidade de dois comunistas, que ficarão para sempre inscritos na história do Brasil como heróis da Pátria: “Carlos Marighella! Teu nome e tua memória não serão jamais apagados da história do nosso povo. Teu exemplo de lutador pela felicidade do povo, por uma transformação social profunda que acabe com a exploração do homem pelo homem, juntamente com a de todos os que nestes últimos quinze anos souberam lutar até o fim pela completa emancipação da Pátria do jugo imperialista e pelo progresso social, educará as novas gerações da classe operária e as de todos os trabalhadores brasileiros, contribuirá para reforçar sua organização e unidade, ajudará a educar e formar a juventude que continuará tua luta, a nossa luta revolucionária comunista, democrática e patriótica, elevará cada dia mais alto as bandeiras do socialismo e as levará à vitória. O Brasil popular e socialista cultuará para todo o sempre a tua memória”. Luiz Carlos Prestes. Carlos Marighella. Dignos heróis da Pátria. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Emiliano José deputado Edson Santos, PT/BA PT/RJ. PROJETO DE LEI Nº 1.772, DE 2011 (Do Sr. Chico Lopes) Altera os Decretos-Lei nº 4.048, de 22 de janeiro de 1942, que “cria o Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários (SENAI)”; nº 8.621, de 10 de janeiro de 1946, que “dispõe sobre a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial”; nº 9.403, de 25 de junho de 1946, que “atribui à Confederação Nacional da Indústria o encargo de criar, organizar e dirigir o Serviço Social da Indústria”; e, Decreto-Lei nº 9.853, de 13 de setembro de 1946, que “atribui à Confederação Nacional do Comércio o encargo de criar e organizar o Serviço Social do Comércio”; a fim de definir percentual da Receita Líquida de Contribuição Compulsória a ser destinada para oferta de vagas gratuitas de educação profissional e tecnológica. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 2º do Decreto-Lei nº 4.048, de 22 de janeiro de 1942, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º : “Art. 2º .......................................... ......... ........................................................... .... Julho de 2011 § 2º A partir de 2015, o Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários deverá observar, em regulamento, a aplicação de cinquenta por cento da Receita de Contribuição Compulsória Líquida em educação profissional e tecnológica, nos termos do art. 39 da Lei nº 9.394, de 1996, em vagas gratuitas, preenchidas por seleção pública e prioridade de atendimento para estudantes egressos da rede pública de ensino, com idade entre 16 e 28 anos.” Art. 2º O art. 2º do Decreto-Lei nº 8.621, de 10 de janeiro de 1946, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: “Art. 2º ............................................ ....... Parágrafo único. A partir de 2015, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial deverá observar, em regulamento, a aplicação de cinquenta por cento da Receita de Contribuição Compulsória Líquida em educação profissional e tecnológica, nos termos do art. 39 da Lei nº 9.394, de 1996, em vagas gratuitas, preenchidas por seleção pública e prioridade de atendimento para estudantes egressos da rede pública de ensino, com idade entre 16 e 28 anos.” Art. 3º O art. 1º do Decreto-Lei nº 9.403, de 25 de junho de 1946, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º : “Art. 1º ............................................... .... ........................................................... .... § 3º A partir de 2015, o Serviço Social da Indústria deverá observar, em regulamento, a aplicação de cinquenta por cento da Receita de Contribuição Compulsória Líquida em educação profissional e tecnológica, nos termos do art. 39 da Lei nº 9.394, de 1996, em vagas gratuitas, preenchidas por seleção pública e prioridade de atendimento para estudantes egressos da rede pública de ensino, com idade entre 16 e 28 anos.” Art. 4º O art. 1º do Decreto-Lei nº 9.853, de 13 de setembro de 1946, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º: “Art. 1º..................................... ............... ........................................... .................... § 3º A partir de 2015, o Serviço Social do Comércio deverá observar, em regulamento, a aplicação de cinquenta por cento da Receita de Contribuição Compulsória Líquida em educação profissional e tecnológica, nos termos do art. 39 da Lei nº 9.394, de 1996, em vagas gratuitas, preenchidas por seleção pública e Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS prioridade de atendimento para estudantes egressos da rede pública de ensino, com idade entre 16 e 28 anos.” Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Em 2008, o Governo Federal e representantes do chamado Sistema S negociaram um acordo de ampliação das vagas gratuitas oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários (Senai), Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Social da Indústria (Sesi). Por esse acordo, Senai e Senac comprometeram-se a vincular, de forma progressiva, até 2014, dois terços de sua Receita Líquida de Contribuição Compulsória para garantir o incremento da oferta de vagas gratuitas em cursos e programas de educação profissional. Por sua vez, Sesc e Sesi também assumiram compromissos nos mesmos termos, limitando o incremento da gratuidade ao valor correspondente a um terço da receita. As mudanças foram institucionalizadas por meio dos Decretos nº 6.635, 6.633, 6.632, e, 6.637, todos de 5/11/2008, que alteram os regulamentos daquelas instituições. Recentemente, ao enviar o novo Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020) para apreciação do Congresso Nacional, o Ministério da Educação registrou os resultados e as expectativas geradas a partir do acordo. Em Nota Técnica do PNE, o MEC informa que Senai e Senac somavam, em 2009, 87 mil matrículas de cursos de nível técnico, sendo 22 mil gratuitas. A projeção é que, em 2014, a oferta gratuita de cursos de nível técnico alcance 55 mil matrículas. O Sistema S também vem sendo instado a participar do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em discussão nesta Casa por meio do Projeto de Lei nº1.209, de 2011. No Programa, estão previstas ações de incentivo à ampliação de vagas gratuitas – por meio das Bolsas-Formação – e expansão da rede física de atendimento dos serviços nacionais de aprendizagem. Pois bem, nossa proposta é institucionalizar esse processo de mudança, alterando o patamar de aplicação de recursos em vagas gratuitas a partir de 2015, posto que a progressividade prevista no acordo de gratuidade negociado entre Governo e Sistema S se encerra em 2014. Pretendemos alterar a legislação para garantir que o Senai, Senac, Sesi e o Sesc observem, em seus respectivos regulamentos, a aplicação de cinquenta por cento da Receita de Contribuição Compulsória Quinta-feira 7 35487 Líquida a que tem direito, com a finalidade de promover ações de educação profissional e tecnológica, nos termos do art. 39 da Lei nº 9.394, de 1996. Como tratamos da aplicação de recursos públicos, é natural que as vagas a serem ofertadas seja gratuitas. Propomos, ainda, que essas vagas sejam preenchidas por seleção pública e com prioridade de atendimento para estudantes egressos da rede pública de ensino e idade entre 16 e 28 anos. Convidamos os nobres pares a apoiar essa iniciativa legislativa, em prol de uma maior e melhor oferta de educação profissional para os jovens brasileiros. Sala das Sessões, em 06 de Julho de 2011. – Deputado Chico Lopes. PROJETO DE LEI Nº 1.773, DE 2011 (Do Sr. Junji Abe) Altera a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, que “institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências”. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 1º da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º ................................................. .. ............................................................ ... § 1º Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. § 2º Consideram-se, ainda, como serviços comuns aqueles relativos a serviços de engenharia de pequeno impacto, tais como, demolição, conserto, instalações comuns, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação e manutenção.” (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Com o advento da Medida Provisória nº 2.026, de 4 de maio de 2000, o pregão foi instituído como modalidade de licitação no ordenamento jurídico brasileiro. Pode-se afirmar que esse instrumento revolucionou as compras públicas, promovendo uma economia significativa para a administração pública. Após mais de uma década, imagine-se o quanto dos recursos públicos foram economizados nas aquisições públicas e 35488 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS que permitiram uma destinação desses recursos para outros setores, como o da promoção social. Destarte, não há como negar a importância do pregão, e que o mesmo cumpre satisfatoriamente o seu papel na sociedade atual, estando em consonância com os princípios basilares da administração pública, em especial com o da eficiência. Apesar de todas as vantagens advindas de sua utilização, o pregão ainda é objeto de questionamentos, principalmente quanto a que situações são cabíveis sua aplicação, uma vez que, segundo a legislação vigente, sua adoção é possível apenas para a aquisição de “bens e serviços comuns”, cujo conceito legal é “aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado”. Frisa-se que esta interpretação tem sido sistematicamente objeto de questionamentos, principalmente, pelos tribunais de contas dos Estados. Portanto, apresentamos o presente projeto de lei, visando seja permitida a utilização dessa modalidade de licitação também para serviços de engenharia de pequeno impacto, ou seja, aqueles onde sua execução não demanda conhecimentos técnicos de alta complexidade, em que haja uma padronização, nas quais as propostas possam ser facilmente comparadas, permitindo a decisão de compra com base nos preços ofertados. Aliás, a jurisprudência mais atual do Tribunal de Contas da União tem admitido a utilização do pregão, inclusive o eletrônico, para a contratação de obras e serviços de engenharia. Não se pretende com a presente proposta a adoção generalizada do pregão para os serviços de engenharia, mas apenas para aqueles que possam ser enquadrados como comuns, de acordo com a definição adotada. Por essas razões é que solicitamos o apoio de nossos pares para a aprovação deste projeto de lei. Sala das Sessões, de julho de 2011. – Deputado Junji Abe. PROJETO DE LEI Nº 1.774, DE 2011 (Do Sr. Onofre Santo Agostini) Proíbe a cobrança de pedágio em rodovias que estejam com as obras inacabadas. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica proibida a cobrança de pedágio nas rodovias municipais, estaduais e federais sem que as obras nela desenvolvidas estejam concluídas. Parágrafo único. Determina-se que a cobrança de pedágio somente poderá ter início após conclusão das obras que estiverem em andamento. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Julho de 2011 Justificação As denúncias sobre o superfaturamento de obras e direcionamento do edital da BR-280 lançam dúvidas sobre outras obras que estão em discussão no estado de Santa Catarina, por exemplo. Alguns são projetos que existem há mais de dez anos e até hoje não saíram do papel, outros são licitações e contratações empacadas. A morosidade nas melhorias das rodovias federais já era um problema para Santa Catarina e tende a piorar com a decisão do Ministério dos Transportes de paralisar todas as obras, projetos e serviços de engenharia sob a tutela da pasta. Se os problemas estaduais já ocupam dimensões elevadas, imagine-se um país com a extensão do Brasil com paralisações de obras, com morosidade nas que ainda continuam em andamento e enquanto isso a população pagando altos valores de pedágio sem que as obras estejam conclusas. O trecho de rodovias catarinenses é apenas um exemplo ante a infinidade de outros casos que ocorrem em todo o Brasil, que possui obras inacabadas em vários estados da federação e ainda obras que nem se quer foram iniciadas, o que não impede a cobrança de pedágio dos brasileiros. Em fevereiro de 2010 a ANTT também aprovou a modificação em prazos do Plano de Exploração da Rodovia (PER), onde constam obras e serviços que precisam ser cumpridos. Entre eles estão 17 tipos de construções, como marginais, passarelas e viadutos, acessos e pontes. Porém muita coisa ainda está somente no papel, o que é por nós brasileiros que utilizamos as rodovias, algo lamentável. O Ministério Público Federal tem contestado as prorrogações e até o aumento nas praças de pedágio, mas não tem obtido muito êxito e é em razão disso que estamos nesse momento lutando para que tal manobra seja cessada. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Onofre Santo Agostini, DEM/SC. PROJETO DE LEI Nº 1.775, DE 2011 (Do Sr. Otavio Leite) Dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos públicos e privados a disponibilizar o uso da Lupa Eletrônica para auxiliar as pessoas de baixa visão a visualizar documentos, contratos, livros, ou qualquer texto que dele seja necessário para sua compreensão e análise, e dá outras providências. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica obrigatório aos estabelecimentos públicos e privados, tais como: cartórios, agências bancarias, agências financeiras, empresa com sala de venda de planos de saúde, consórcios, bibliotecas, escolas de ensino fundamental e médio, pré-vestibular, faculdades, centros universitários e universidades, entre outros locais assemelhados, a disponibilizar o uso da Lupa Eletrônica (ampliador de vídeo) com contraste de cores, em quantidade suficiente, para auxiliar às pessoas de baixa visão ou ainda a qualquer cidadão que dela necessite para efetuar leitura. § 1º A quantidade mínima será de uma (01) unidade de Lupa Eletrônica por estabelecimento. Art. 2 º O descumprimento desta Lei sujeita o infrator às seguintes penalidades: I – advertência; II – multa de 10 salários mínimos, se reincidente; III – interdição do estabelecimento. Art. 3º O cumprimento das obrigações estabelecidas nesta lei sujeitar-se-á à fiscalização dos órgãos de defesa do consumidor, ou ao respectivo órgão de controle do estabelecimento onde não se verifica relação de consumo. Art. 4 º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação Justificação A presente proposta tem fundamento no artigo 5° da Constituição Federal, onde se busca garantir o tratamento igualitário a todos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Nesse sentido, a proposição trata da pessoa com déficit visual, que é entendida como aquela que sofre de uma alteração permanente nos olhos ou nas vias de condução do impulso visual. Isto causa uma diminuição da capacidade de visão que constitui um obstáculo para o seu desenvolvimento normal, necessitando por isso de uma atenção particular para as suas necessidades especiais. Dentro da deficiência visual temos dois grandes grupos. Um deles, aquele que engloba indivíduos com deficiência visual, de visão subnormal, de baixa visão, compreende as pessoas que, apesar de uma redução considerável da sua capacidade visual, possuem resíduos que possibilitam ler e escrever com tinta, de forma habitual e, inclusive, obter êxito total em determinadas tarefas da vida, incluindo a vida profissional. O segundo, o que engloba os cegos, compreende as pessoas que não têm nenhum resíduo visual ou que, tendo-o, apenas lhe possibilita orientar-se em direção Quinta-feira 7 35489 à luz, perceber volumes, cores e ler grandes títulos, mas não permite o uso habitual da leitura/escrita, mesmo a negro. Recursos desenvolvidos pela indústria, em especial a brasileira, e adequados a cada caso conforme avaliação médica já são facilmente acessíveis à população e permitem ao portador de baixa qualidade de visão ganhos em qualidade de vida e fundamentalmente, independência. A baixa visão é diagnosticada quando não tem condições de ser corrigida ou melhorada com tratamento cirúrgico ou utilização de óculos comuns. O ideal de visão de uma pessoa é, de acordo com os relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), o ângulo de 20/20. Entre os recursos existentes para aproveitar a visão restante de forma a lhe dar uma aplicação funcional foram desenvolvidos aparelhos como as lupas eletrônicas, os ampliadores de vídeo, os amplificadores de imagem e os óculos binoculares. A lupa é aplicada sobre os objetos, especialmente para a leitura (documentos, livros, escrituras, cadernos, etc). O aparelho de amplificação de imagem é ideal para permitir que o paciente com baixa visão consiga ser um usuário de computador, capacitado para ler textos no monitor. Embora a redução da visão central seja a mais comum, a visão subnormal pode resultar da diminuição do campo visual periférico, redução ou perda da visão de cores ou da dificuldade do olho se ajustar a diferentes intensidades de iluminação ou diminuição da sensibilidade ao contraste. Tipos diferentes de visão subnormal requerem diferentes maneiras de assistência, por exemplo, pessoas nascidas com visão subnormal têm diferentes necessidades daquelas que ficaram nessa condição já na idade adulta. O principal motivo para a apresentação do Projeto de Lei é o grande número de pessoas classificadas no país como pessoas portadores da deficiência classificada como “Baixa Visão”. Considerando-se que as pessoas com deficiência visual, ou com baixa visão não medem esforços para buscar o convívio social, de forma que almejam na sociedade tratamento igualitário, afastando-se o rotulo de incapazes, é que pretendemos demonstrar aqui a possibilidade de melhoria de vida dando até mesmo um reforço à sua dignidade como pessoa e como profissional, possibilitando-lhes a oportunidade de incluí-los socialmente, sem limitar ou até mesmo sem diminuir sua capacidade de cidadão atuante na esfera territorial, política e social proporcionando-lhes assim uma amplitude de ações por parte destes indivíduos. É notório que estender a todo e qualquer brasileiro a possibilidade de compreensão e entendimento daquilo que se lê, irá proporcionar uma qualidade de 35490 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS vida aos deficientes ou pessoas que se enquadrem ao uso da Lupa Eletrônica no que diz respeito ao acesso à informação. Acesso este de maneira uniforme para todos os cidadãos brasileiros, inclusive aqueles que possuem a visão prejudicada por alguma enfermidade. O uso da Lupa Eletrônica poderá beneficiar também os idosos, que pelo avanço de sua idade tem a visão limitada, porém não é o caso de caracterizarmos estes como portadores de baixa visão. É imperioso mencionar que a presente proposta é proveniente de sugestão do Senhor Rodrigo Rosso – Presidente da ABRIDEF – Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência – , se constituindo numa digna contribuição para parcela da população brasileira que sofre com déficit visual. Assim, solicito o apoio dos nobres colegas para aprovarmos a presente proposição. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Otavio Leite, PSDB/RJ. PROJETO DE LEI Nº 1.776, DE 2011 (Do Sr. Heuler Cruvinel) Altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, dispondo sobre a pavimentação das vias de circulação dos parcelamentos urbanos. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 2º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que “dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências”, passa a vigorar acrescido do seguinte § 7º: Art. 2º ............................................... ..... § 7º As vias de circulação referidas nos §§ 5º e 6º deste artigo deverão ter pavimentação asfáltica ou outra solução de pavimentação com resistência e durabilidade equivalentes ou superiores à pavimentação asfáltica.” (NR). Justificação O presente projeto de lei traz aperfeiçoamento pontual, mas extremamente relevante, na Lei nº 6.766/1979, a Lei do Parcelamento do Solo Urbano. Exige que as vias de circulação dos diferentes tipos de parcelamento urbano sejam asfaltadas ou recebam tratamento que apresente resistência e durabilidade equivalentes ou superiores à pavimentação asfáltica. Como a Lei nº 6.766/1979 contempla exigências básicas sobre os loteamentos e desmembramentos do solo urbano, de observância obrigatória em todo o país, a medida prevista assegurará melhorias significativas em termos da qualidade da infraestrutura de nossas Julho de 2011 cidades. Todos os novos parcelamentos, habitacionais, comerciais ou industriais, passarão a ser implantados com acessos e ruas devidamente pavimentados. Essa proposta contribui para minorar problemas que afetam o dia a dia de grande parte dos brasileiros. Não podemos esquecer que nosso país tem hoje aproximadamente 84% de sua população morando em cidades. Nessas áreas urbanas, são frequentes as dificuldades associadas a ruas intransitáveis quer por veículos particulares quer por veículos de transporte coletivo ou do serviço público de limpeza urbana. Muitas vezes, sequer se faz possível implantar soluções para a drenagem urbana, em quadro absolutamente inaceitável para o Brasil do século XXI. Em face da indiscutível repercussão social da proposta, conta-se com o pleno apoio dos Senhores Parlamentares para sua rápida transformação em lei. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2011. – Deputado Heuler Cruvinel. PROJETO DE LEI Nº 1.777, DE 2011 (Do Sr. Missionário José Olimpio) Dispõe sobre a destinação de recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola à instalação, melhoria e manutenção de laboratórios para estudo de ciências e ensino técnico em escolas públicas da rede pública de educação básica. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei estabelece que as escolas que optarem pela aplicação de parcela dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola na instalação e melhoria de laboratórios para estudo de ciências e ensino técnico, conforme critérios definidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE, farão juz a assistência financeira adicional. Art. 2º Os arts. 22 a 24 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 22 .............................................. .... ............................................................ ... § 1º A assistência financeira a ser concedida a cada estabelecimento de ensino beneficiário será definida anualmente e terá como base o número de alunos matriculados na educação básica, de acordo com dados extraídos do censo escolar realizado pelo Ministério da Educação, observado o disposto nos arts. 23 e 24. .......................................................... ..... ...................................................... (NR) ........................................................... .... Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 23 .................................................. .. § 1º As escolas que optarem pela aplicação de parcela dos recursos na instalação e melhoria de laboratórios para estudo de ciências e ensino técnico farão juz a assistência financeira adicional. § 2º O repasse da assistência financeira adicional a que se refere o § 1º dependerá da aprovação, pelo FNDE, de projeto executivo para instalação e melhoria de laboratórios para estudos de ciências e ensino técnico. § 3º O Conselho Deliberativo do FNDE expedirá normas relativas aos critérios a serem atendidos pelas escolas e por seus respectivos projetos executivos para recebimento da assistência financeira adicional a que se refere o § 1º. (NR) Art. 24 .................................................... Parágrafo único. A fixação dos valores per capita contemplará, diferenciadamente, as escolas que: I – oferecerem educação especial de forma inclusiva ou especializada, de modo a assegurar, de acordo com os objetivos do PDDE, o adequado atendimento às necessidades dessa modalidade educacional; II – optarem pela aplicação de parcela dos recursos na instalação e melhoria de laboratórios para estudo de ciências e ensino técnico, na forma do art. 23.” (NR) Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação É incontestável que, no ensino de ciências, as aulas práticas são essenciais para complementar o aprendizado dos alunos, permitindo-lhes vivificar os conteúdos adquiridos nas aulas teóricas. Somente por meio da experimentação, os alunos poderão manusear equipamentos e examinar e avaliar os fenômenos científicos, exercitando o raciocínio, a capacidade de solucionar problemas e desafios. Segundo o Sistema de Estatísticas Educacionais do Ministério da Educação, os dados mais recentes indicam uma disparidade preocupante. Na rede privada, cerca de 33% das escolas de ensino fundamental e 66% das de ensino médio contam com laboratórios de ciências. Na rede pública, por outro lado, somente 6% das escolas do ensino fundamental e 39% das do ensino médio contam com infraestrutura tão importante para a formação de nossos alunos. Faz-se necessário, sem dúvida, corrigir a distorção mencionada o quanto antes, de maneira a se Quinta-feira 7 35491 oferecer condições similares para a instrução de alunos da rede pública e privada. Trata-se de uma medida que certamente atuará na correção de desigualdades sociais, pois, indiscutivelmente, há forte correlação entre a qualidade da formação de nossos jovens e a qualidade dos empregos (e o nível de renda) que estes terão no futuro. A presente proposta reconhece a urgência dessa questão e busca priorizar a aplicação de recursos federais repassados por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola na instalação e melhoria de laboratórios para estudo de ciências e ensino técnico em escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal, mediante a prestação de assistência financeira adicional, obedecidos os critérios definidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE e a aprovação de projeto executivo pelo FNDE. Por todo o exposto, contamos com o apoio dos ilustres Pares. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Missionário José Olímpio. PROJETO DE LEI Nº 1.778, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Campos) Dispõe sobre a suspensão e cassação da eficácia da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF de estabelecimentos que distribuam, adquiram, comercializem, transportem ou estoquem produtos que tenham sido objeto de contrafação, crimes contra a marca, sonegação de tributos ou furto ou roubo. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Será suspensa, por um prazo de cento e oitenta dias, a eficácia da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF do estabelecimento que adquirir, distribuir, transportar, estocar, importar, vender ou revender produtos que tenham sido objeto, alternativamente, de: contrafação; crime contra a marca, por meio de marca, título de estabelecimento e sinal de propaganda, indicações geográficas e demais indicações conforme os artigos 189 a 194 da Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996; sonegação de tributos; furto ou roubo. § 1º Em caso de reincidência nas infrações mencionadas neste artigo, a inscrição no CNPJ/MF será definitivamente cancelada. § 2º Na hipótese do parágrafo primeiro, o administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida, será interditado 35492 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para o exercício do comércio pelo período de dois (2) anos. § 3º A aplicação do disposto nesta Lei apenas ocorrerá após o trânsito em julgado das condenações pelos crimes listados nos incisos I a IV. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O objetivo da proposição é a definição de sanções mais efetivas a uma prática infelizmente cada vez mais difundida, que é a comercialização de mercadorias de origem duvidosa ou falsificadas, prejudicando marcas consolidadas, lesando direitos autorais, sonegando tributos e obrigando empresas legais a investirem em proteção contra roubo e furto de suas mercadorias. Há dois principais prejudicados. Primeiro, o empresário que opera na legalidade e que perde mercado ao se defrontar com um custo relativamente maior simplesmente por cumprir a lei, tornando-se vítima da concorrência desleal. E no caso de furto ou roubo, o prejuízo do empresário que optou pela legalidade é ainda mais direto. Segundo, o consumidor que se vê enganado pela ilusão da aquisição das marcas de sua preferência. Dada a magnitude do fenômeno, é justificada uma ação mais dura das autoridades no sentido de coibir tais práticas, seja pela ação direta do aparelho policial e fiscalizatório do Estado, seja por uma ação indireta envolvendo a criação de incentivos econômicos negativos aos estabelecimentos que buscam auferir lucros fáceis com esse tipo de mercadoria. O presente projeto de lei atua justamente nessa segunda modalidade repressiva, a partir da imposição de uma penalidade de cancelamento temporário do CNPJ de empresas que venham a se enquadrar nas atividades especificamente definidas, relacionadas à pirataria: adquirir, transportar, estocar, importar, vender ou revender produtos considerados “piratas”. Aproveito a oportunidade de destacar que a autoria original deste projeto foi realizada pelo Deputado Edgar Moury do PMDB/PE em 24/06/2008. Tive a oportunidade de ser o relator da matéria, aprovada ao final do ano de 2010 nesta Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Ainda que votando pela aprovação da matéria, compartilhei da preocupação já esboçada pelo nosso ilustre deputado Miguel Corrêa em parecer apresentado a esta Comissão em junho de 2010 sobre o mesmo projeto de lei. O Deputado apontava a dificuldade de se operacionalizar conceitos como “produtos piratas”, “sem procedência” Julho de 2011 ou “falsificados”, os quais constavam expressamente do projeto de lei. Com base nessa crítica, redesenhamos o projeto de lei de forma a dar maior concretude legislativa a estes conceitos. De fato, há diversas dimensões envolvendo a prática coloquialmente conhecida como “pirataria”. A primeira questão relevante, portanto, é definir o universo do que se entende como os chamados “produtos piratas”. Sendo assim, definimos o escopo do que seria pirataria sobre quatro tipos de atividades ilícitas possíveis. Primeiro, a contrafação, entendida como a produção comercial de um artigo sem autorização da entidade que detém a sua propriedade intelectual. Nesse caso, incluem-se todos os produtos cuja produção infringe direitos de propriedade sobre ativos intangíveis como patentes, modelos de utilidade, desenho industrial, marca, direito autoral, software, dentre outros. A pirataria em relação a produtos de marca, no entanto, pode ser efetuada não apenas na fase de produção, mas já na fase de comercialização. Sendo assim, incluímos como segundo tipo de atividades ilícitas dentro do conceito de pirataria os crimes contra a marca e indicações geográficas. Naturalmente, haverá alguma sobreposição do segundo tipo em relação ao primeiro, mas não sendo plenamente coincidentes, a previsão legal de dois tipos distintos não se torna redundante. Terceiro, incluíram-se todos os produtos em que se verifica sonegação de tributos. Quarto, os produtos alvo de crime de furto ou roubo também são considerados “piratas” para efeitos dessa lei. É conhecido, por exemplo, a elevada frequência de roubos de cargas nas estradas, o que nos parece a uma aplicação quase literal do conceito de “pirataria”. Note-se que a sanção deste projeto de lei é direcionada às empresas formais, detentoras de CNPJ. A penalidade de suspensão temporária e, no limite, de cancelamento do CNPJ impõem custos significativos aos infratores. Apesar desse tipo de medida trazer prejuízos potenciais a empregados, fornecedores e credores envolvidos nos negócios da empresa, a ideia é gerar uma pressão por parte dos parceiros comerciais e demais envolvidos nos negócios da empresa para que tais práticas ilegais não sejam empreendidas. A rigor, além das penalidades diretas à empresa, a medida de suspensão de atividades gera também uma pressão do próprio mercado para que as empresas não se envolvam nessa prática, dado que o risco de suspensão se difunde pela sua cadeia produtiva. De fato, este tipo de penalidade embute um incentivo negativo para o enforcement da lei bem mais amplo do que a aplicação de penas pecuniárias, confisco e apreensão de mercadorias, o que como bem Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS apontado pelo Deputado Miguel Corrêa, já constituem penalidades previstas para aquelas condutas. Note-se que o efeito dissuasor da pena dependerá de um balanço de perdas e ganhos em efetuar a conduta. Os ganhos são dados pelo número de mercadorias piratas transacionadas enquanto os custos podem ser calculados pelo número de mercadorias piratas apreendidas multiplicado pela penalidade por mercadoria. Como o número de mercadorias apreendidas do total de produtos piratas é muito baixo, os desincentivos na margem para a prática da pirataria, com as sanções hoje existentes, são muito baixos no Brasil. Introduzindo um elevado custo fixo de uma vez só gerado pela suspensão e/ou cancelamento definitivo do CNPJ, a balança passa a pender para o lado do incentivo ao cumprimento da lei. Assim, confere-se um incentivo qualitativamente diferente para induzir o cumprimento da legislação. Outra mudança importante na projeto foi que circunscrevemos a punição ao administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida, evitando que sócios não cientes da prática sejam indevidamente punidos. Por fim, a aplicação da lei se circunscreverá aos casos transitados em julgado, garantindo o esgotamento de todas as oportunidades de defesa aos acusados. Acreditamos que a presente proposição aperfeiçoa o projeto de lei original do ilustre deputado Edgar Moury, representando avanço inequívoco na contenção de práticas nefastas ao bom andamento dos negócios na economia brasileira. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2011. – Deputado Guilherme Campos PROJETO DE LEI Nº 1.780, DE 2011 (Do Sr. Miguel Corrêa e outros) Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “cultura árabe e tradição islâmica” e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º – A Lei nº 9.394, de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 26-B: Art. 26-B – Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre a cultura árabe e a tradição islâmica. Parágrafo 1º – O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da história dos povos árabes, a cultura e a religiosidade islâmica e o árabe na formação da sociedade contemporânea, Quinta-feira 7 35493 resgatando a contribuição do povo árabe nas áreas social, econômica e política pertinente à história do Brasil e do Mundo contemporâneo. Parágrafo 2º – Os conteúdos referentes à história da cultura islâmica serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística, Literatura e história. Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A proposta em questão é fruto de uma ampla reflexão feita pelas entidades civis, que na primeira audiência pública realizada pela Ouvidoria Parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, 29/4, debateram e apresentaram diversas sugestões para a formulação de políticas públicas de combate ao “Bullying e Homofobia” A iniciativa tem como escopo difundir a cultura árabe e tradição islâmica no processo de formação do estudante brasileiro, considerando que o fenômeno da intolerância e do preconceito a esta tradição, decorre pela completa distorção histórica e midiática onde insistem em catalogar esta tradição milenar como precursora do fenômeno fundamentalista. É cediço que a historiografia oficial não deu conta da grande diversidade cultural que compõe aquela cultura. Ao contrário, restringiu a sua compreensão aos ditames etnocêntricos, claramente desprovidos de um aguçamento antropológico e de uma cosmovisão despida do pretenso universalismo Ocidental. O recente acontecimento sobre a tragédia ocorrida numa escola em Realengo, no Rio de Janeiro, e a tentativa de imputar ao delinquente, um suposto fanatismo islâmico, demonstra a urgência e a necessidade de o Estado brasileiro tomar a iniciativa de promover a cultura da paz, da tolerância e principalmente da diversidade humana, como forma de neutralizar qualquer espírito de fobia contra a tradição islâmica. Sabe-se que hoje há uma campanha subliminar, objetivando demonização e a própria criminalização dos seguidores do islamismo, sob o pretexto de estarem associados ao terrorismo internacional. Aproveitando-se desta equivocada argumentação, alguns países europeus, juntamente com os Estados Unidos, estão impondo aos seus cidadãos árabes residentes, regras que restringem o direito de manifestação e expressão da tradição islâmica em espaços públicos, como forma de controle social e de repressão ao terrorismo. É importante ressaltar que a civilização árabe deixou grandes contribuições para a civilização Ocidental. O mundo árabe é um local rico em cultura e tradições 35494 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e que atuação significativa no desenvolvimento da cultura europeia desde a Idade Média até o Século XV. Foram inúmeras contribuições aos diversos povos. Os árabes incorporaram a cultura grega e antiga e fizeram uma harmonização do pensamento com os ideais islâmicos. Seja na medicina, astronomia e na alquimia, a influência árabe foi muito significativa na Europa. A história narra que na Península Ibérica, os árabes influenciaram as letras, as artes, a filosofia e as ciências. Também no campo religioso, as relações comerciais e os casamentos mistos promoveram o contato entre cristãos e muçulmanos, numa clara demonstração de se expandir a sua cultura de tolerância entre os povos. No entanto, esta tentativa de cercear o direito de manifestação da cultura islâmica na nossa tradição Ocidental não é um fato novo. Não se pode esquecer que a história da Guerra Santa foi uma investida contra o islamismo, no intuito de inibir a sua expansão nos territórios da Europa cristã. Assim sendo, entendemos que a iniciativa em epígrafe, de se incluir a disciplina cultura islâmico na formação escolar, é pertinente e urgente. É pertinente, em razão do seu alijamento no processo de educação. É urgente, uma vez que estamos assistindo uma onda crescente de sentimento anti-islamismo no mundo contemporâneo, que já começa aflorar no território brasileiro que, caso não haja uma intervenção do Estado, corremos o risco do aguçar o grau de intolerância por parte de uma minoria, a exemplo do que ocorre contra os índios, negros e homossexuais. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Miguel Côrrea – PT/MG, Ouvidor Parlamentar, Deputado Dr. Carlos Alberto – PMN/RJ, Deputado Jean Willys – PSOL/RJ, Deputado Luiz Tibé – PT do B/MG, Deputado Edson Santos – PT/RJ, Deputado Reginaldo Lopes – PT/MG. PROJETO DE LEI Nº 1.781, DE 2011 (Do Sr. Carlos Bezerra) Altera o inciso II do art. 7º da Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009, que disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1o Esta Lei altera o inciso II do art. 7o da Lei o n 12.016, de 7 de agosto de 2009, para estabelecer prazo para o ingresso no feito de mandado de segurança do órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada após a ciência respectiva dada pela autoridade judicial. Julho de 2011 Art. 2o O inciso II do art. 7o da Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 7o ............................................... .... ............................................................. .. II – que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse, no prazo de dez dias, no feito; ...................................................... (NR)” Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O presente projeto de lei cuida de modificar o inciso II do art. 7o da Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009 – que trata de disciplinar o mandado de segurança individual e coletivo –, para estabelecer o prazo de 10 (dez) dias para que o órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, após lhe ser dada a ciência respectiva pela autoridade judicial, ingresse no feito de mandado de segurança. Trata-se de suprir importante lacuna identificada no aludido diploma legal, que não assinalou prazo para o ingresso do órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada em feito de mandado de segurança, consoante bem observou Fabrício Castagna Lunardi (Juiz de Direito Substituto da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios e Coordenador do Grupo de Pesquisa de Direito Processual Civil, Constitucional e Administrativo do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT) no bojo de um artigo de sua autoria publicado sob o título “A Nova Lei do Mandado de Segurança e a Efetivação do Princípio Constitucional do Contraditório” na edição do periódico Revista Consulex, edição no 321 – Ano XIV, de 1o de junho de 2010, páginas 41 a 43, cujo teor em parte se transcreve adiante: “(...) O CONTRADITÓRIO NA NOVA LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA A Lei nº 12.016/09 não deixa mais dúvidas acerca da necessidade de oportunização de defesa ao ente público, pois o inc. II do art. 7º dispõe que o juiz determinará, logo depois de receber a petição inicial, “que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito”. Embora a Lei preveja que o ingresso da pessoa jurídica no processo é apenas uma possibilidade, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS não há como refutar que a sua situação jurídica já é de parte processual, pois sofre todos os ônus e deveres processuais. Com efeito, é da pessoa jurídica o ato administrativo discutido no processo, bem como é ela quem sofrerá todos os efeitos da decisão judicial, inclusive o de pagamento dos ônus sucumbenciais (custas processuais). Para James Goldschmidt, o processo é uma situação jurídica que gera para as partes direitos e obrigações processuais, ônus, possibilidades, perspectivas de sucumbir e expectativas de triunfar. A autoridade coatora apenas tem um múnus, decorrente da sua função pública, de prestar informações. Afora essa incumbência, todos os demais deveres, direitos, ônus, possibilidades, expectativas e perspectivas processuais pertencem à pessoa jurídica. Portanto, não há como negar que a pessoa jurídica é parte processual no mandado de segurança, em razão da situação jurídica processual a que está submetida, independentemente do seu interesse em apresentar ou não contestação ou recurso. Assim, a ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica, prevista no art. 7º, inc. II, da Lei nº 12.016/09 tem natureza de citação, pois o art. 213 do Código de Processo Civil prevê que “Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender”. Essa manifestação a ser feita pelo representante judicial da pessoa jurídica ré há de ser chamada de contestação, onde deverá apresentar todos os seus argumentos de defesa e acostar documentos necessários à comprovação das alegações. A supressão desse direito de defesa, pela não intimação da pessoa jurídica ré, constitui-se em evidente causa de nulidade do processo. Como a Lei não previu o prazo para a defesa da pessoa jurídica, deve ser de 10 (dez) dias, fazendo-se uma interpretação analógica com o art. 7º, inc. I, da Lei nº 12.016/09, que prevê tal prazo para prestação de informações. De outro lado, a não apresentação de resposta pela ré ou a sua apresentação após o prazo legal, desde que intimada para tanto, não induz aos efeitos da revelia, seja pela ausência de previsão legal, seja pelo fato de tratar de direitos indisponíveis (art. 320, II, do Código de Processo Civil), ou, ainda, pela presunção de legalidade e legitimidade do ato administrativo impugnado no mandamus. Essa obrigatoriedade de ciência ao representante judicial da pessoa jurídica ré nada mais é que a explicitação legal da garantia constitucional do contraditório e da ampla defesa ao mandado de segurança. (...)” Certo de que esta proposição terá o condão de aperfeiçoar a matriz legal sobre o mandado de segu- Quinta-feira 7 35495 rança, esperamos contar com o apoio necessário dos ilustres Pares para a sua aprovação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Carlos Bezerra PROJETO DE LEI Nº 1.782, DE 2011 (Do Sr. Carlos Bezerra) Altera o § 2° do art. 9° do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 – Lei de Introdução ao Código Civil. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei tem por fim estabelecer que as partes poderão estipular qual legislação regerá as obrigações resultantes de contrato internacional. Art. 2º O § 2° do art. 9° do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 – Lei de Introdução ao Código Civil, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 9º .............................................. ..... § 2° – A obrigação resultante de contrato será regida pela lei de escolha das partes “(NR). Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Apesar dos avanços da Legislação Pátria nos últimos anos, ainda é preciso melhorar muita coisa, especialmente em termos de obrigações reguladas pelo Direito Internacional Privado. A Lei de Introdução ao Código Civil vigente – LICC – estampa norma inflexível imposta a todos os acordos que não sejam estritamente domésticos, qual seja: aplicar-se-á a lei do lugar em que residir o proponente (art. 9°, §.2 da LICC). Logo, no atual Direito pátrio, não se vislumbra a possibilidade de as partes, ao firmar um contrato internacional, escolherem a lei que irá reger as obrigações assumidas naquele instrumento. Daí que diversos problemas ocorrem nos casos em que haja elementos que guardem relação com mais de um Estado, tais como o país do local da execução da obrigação, a nacionalidade das partes, a localização do bem objeto de transação e outros. Essa norma deve ser, portanto, alterada e adaptada às necessidades que se coadunam com as práticas econômicas globalizadas. Nesse passo, julgamos ser de bom alvitre estabelecer, na Lei de Introdução ao Código Civil, que as cláusulas contratuais referentes aos acordos internacionais devem ser regidas segundo a vontade das partes Tal reforma legislativa abre a possibilidade de as partes escolherem de comum acordo a legislação que regerá o contrato. 35496 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ora, a dinâmica das relações negociais internacionais já não comporta qualquer tipo de lei arbitrária e inflexível, uma vez que, no âmbito do mercado globalizado, o país que tiver um sistema jurídico mais ágil e que der maiores garantias aos investimentos estrangeiros, certamente constará da lista de preferência dos investidores internacionais. É por isso que as legislações mais avançadas no assunto são adeptas do princípio da autonomia da vontade, permitindo às partes uma maior flexibilidade na escolha da lei aplicável a um contrato. Ressalte-se também que a legislação escolhida, pelas partes contratantes para reger suas relações negociais de âmbito internacional, não poderá ser contrária aos princípios do ordenamento jurídico pátrio, ofender a soberania, a ordem pública e os costumes, conforme dispõe a Constituição Federal de 1988. Destarte, pugnamos pelo apoio dos nobres colegas para a aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Carlos Bezerra. PROJETO DE LEI Nº 1.783, DE 2011 (Da Sra. Erika Kokay) Altera o art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para dispor sobre a garantia nas contratações de serviços terceirizados. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 56. ............................................ ...... ........................................................... .... § 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato, e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente ou, em se tratando do fundo garantidor previsto no § 7º, acrescida de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC para títulos federais. ............................................................ ... § 6º Nas contratações de serviços de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e instalações, será exigida prestação de garantia no valor equivalente a três meses de pagamentos. § 7º Na hipótese do § 6º, caberá ao contratado optar por uma das modalidades de garantia previstas no § 1º ou, ainda, por fundo garantidor a ser formado mediante retenção, Julho de 2011 durante os primeiros dezoito meses de vigência do contrato, de valor equivalente a um sexto dos pagamentos.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação oficial. Justificação Em busca da redução de custos, a administração pública tem optado sistematicamente pela terceirização de serviços auxiliares. Tanto que o Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 1997, recomenda a execução indireta das atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e instalações. Ocorre que, independentemente do zelo no momento de contratação e na fiscalização da execução dos contratos, tornaram-se comuns os casos em que as firmas contratadas encerram suas atividades sem quitar as obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. Essa situação causa enormes prejuízos para os trabalhadores e para a administração, de modo que se faz necessário o aperfeiçoamento da legislação que disciplina a licitação e a contratação de serviços terceirizados. Nesse escopo, sugerimos alterar a Lei das Licitações e Contratos para determinar a exigência de garantia nas contratações dos serviços terceirizados, em valor correspondente a três meses de pagamentos. A contratada poderia optar por uma das modalidades atualmente previstas (caução, seguro-garantia ou fiança bancária), ou por fundo garantidor específico, a ser formado mediante depósito de um sexto do valor dos dezoito primeiros pagamentos mensais. O saldo desse fundo seria restituído ao contratado nas mesmas hipóteses das demais modalidades de garantia, porém remunerado com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC. Convencida de que nossa proposta prevenirá a repetição de situações socialmente dramáticas para os trabalhadores terceirizados, conto com o apoio de nossos pares para a aprovação do projeto de lei que ora apresento. Sala das Sessões,6 de julho de 2011. – Deputada Erika Kokay, PT-DF. PROJETO DE LEI Nº 1.786, DE 2011 (Da Sra. Jandira Feghali e outros) Institui a Política Nacional Griô, para proteção e fomento à transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Congresso Nacional decreta: CAPÍTULO I DOS CONCEITOS Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional Griô, voltada para a proteção e o fomento à transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral. Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei,entende-se por: I – Griô e Mestre(a): todo(a) cidadão(ã) que se reconheça e/ou seja reconhecido(a) pela sua própria comunidade como herdeiro(a) dos saberes e fazeres da tradição oral e que, através do poder da palavra, da oralidade, da corporeidade e da vivência, dialoga, aprende, ensina e torna-se a memória viva e afetiva da tradição oral, transmitindo saberes e fazeres de geração em geração, garantindo a ancestralidade e identidade do seu povo; II – Griô Aprendiz: todo(a) cidadão(ã) que exerce um papel de aprendiz vinculado formalmente aos Griôs e Mestres de tradição oral que lhe iniciam nos saberes e fazeres tradicionais ao longo de toda a sua vida, que possui uma linguagem artística e uma pedagogia, cuja missão é mediar suas aprendizagens com o universo da educação formal e informal; III – Tradição Oral: é o universo de vivência dos saberes e fazeres da cultura de um povo, etnia, comunidade ou território que é criado e recriado, transmitido e reconhecido coletivamente através da oralidade, de geração em geração, com linguagem própria de percepção, elaboração e expressão, pedagogia de transmissão e política de reconhecimento. Parágrafo único. São considerado(a)s Griôs: I – mestre(a) das artes, da cura e dos ofícios tradicionais; II – pajê, zelador, mãe e pai de santo e demais líderes religioso(a)(s) de tradição oral; III – brincante; IV – contador(a) de histórias; V – poeta/poetisa popular; VI – congadeiro(a); VII – quituteira(o); VIII – baiana(o) de acarajé; IX – pescador(a) artesanal; X – marisqueira(o); XI – quebradeiro(a) de coco; XII – jongueiro(a); XIII – folião(ã) de reis; XIV – capoeirista; Quinta-feira 7 35497 XV – parteira(o); XVI – erveira(o); XVII – rezador(a); XVIII – benzedor(a),; XIX – caixeiro(a); XX – carimbozeiro(a); XXI – reiseiro(a); XXII – cantador(a); XXIII – tocador(a); XXIV – cirandeiro(a); XXV – maracatuzeiro(a); XXVI – coquista; XXVII – marujo(a); XXVIII – sambista; XXIX – artista de circo; XXX – artista de rua; XXXI – bonequeiro(a); XXXII – mamulengueiro(a); XXXIII – catireiro(a); XXXIV- repentista; XXXV – cordelista; XXXVI – artesão(a); XXXVII – fandangueiro(a); XXXVIII – marcador(a)/gritador(a) de quadrilha e leilão; XXXIX – guardiã(o) de cordão de pássaro; XL – outros(as) transmissores(as) de todas as demais expressões culturais populares de tradição oral do Brasil. CAPÍTULO II Da Política Nacional Griô Art. 3º São diretrizes da Política Nacional Griô: I – o reconhecimento oficial do modo de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral como parte integrante do patrimônio cultural imaterial brasileiro; II – a responsabilidade do Poder Público em estabelecer mecanismos de fomento e proteção que garantam a permanência e a sustentabilidade das práticas de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral; III – a identificação dos saberes e fazeres da tradição oral como elementos estruturantes do processo de afirmação e fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro; IV – a valorização da dimensão pedagógica das práticas de transmissão oral próprias da diversidade das expressões étnico-culturais do povo brasileiro; V – o fortalecimento da sociedade civil organizada como mediadora do diálogo entre tradição e contemporaneidade, escola e co- 35498 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS munidade, vivência e consciência, saber tradicional e conhecimento científico; VI – a gestão compartilhada e a criação de redes sociais de transmissão oral como estratégias de auto-organização para a cidadania cultural e a inclusão social das comunidades de tradição oral; VII – o reconhecimento dos saberes e fazeres e do espaço sócio-cultural, político e econômico dos(as) Griôs,e Mestres(as) da tradição oral e Griôs Aprendizes na área da educação, pela própria comunidade de pertencimento dos(as) Griôs e Mestres(as); VIII – a remuneração, por meio da concessão de bolsas, dos Mestres(as) e Griôs e Griôs Aprendizes, para garantir a manutenção e a transmissão das práticas de tradição oral por eles exercidas; IX – o repasse de recursos públicos de forma simples, direta, transparente e descentralizada, reconhecendo a especificidade e singularidade do universo da tradição oral. X – o registro dos Griôs, Mestres(as) de tradição oral e Griôs Aprendizes de todo o País. Art. 4º A Política Nacional Griô tem como base as seguintes ações estruturais: I – o Registro Nacional Griô; II – o Programa Nacional Griô; III – a Comissão Nacional Griô. CAPÍTULO III Do Registro Nacional Griô Art. 5º A União instituirá o Registro Nacional Griô, com os seguintes objetivos: I – identificar os(as) Griôs, Mestres(as) da tradição oral e Griôs Aprendizes em atividade no Brasil, conferindo-lhes maior visibilidade perante o Poder Público e a sociedade; II – fornecer indicadores e dados estatísticos para a definição de estratégias e definição dos ajustes da Política Nacional Griô; III – certificar os(as) Griôs, Mestres(as) de tradição oral e Griôs Aprendizes para atuar como transmissores de saberes e fazeres da tradição oral nas instituições de ensino; IV – habilitar os beneficiários do Programa Nacional Griô. V – Registrar e compartilhar indicadores de processo e resultados das ações pedagógicas dos Griôs Aprendizes; Julho de 2011 VI – Divulgar os indicadores de processo e resultados das ações pedagógicas dos Griôs Aprendizes. Art. 6º É parte legítima para propor o registro como Griô, Mestre(a) de tradição oral e Griô Aprendiz: I – os próprios indivíduos, grupos ou comunidades tradicionais; II – as entidades sem fins lucrativos e que atuem no âmbito da cultura como associações, sindicatos, cooperativas, consórcios e fundações; III – as organizações não governamentais e as organizações da sociedade civil de interesse público que atuem com a tradição oral; IV – os órgãos gestores da cultura, nas esferas federal, estadual e municipal; V – as instituições de ensino que desenvolvam atividades relacionadas aos saberes e fazeres da tradição oral. Art. 7º Os requerimentos de inscrição de candidaturas formulados pelas partes legítimas serão submetidos à Comissão Nacional Griô, a quem cabe, na forma do regulamento, a aprovação do registro solicitado. Parágrafo Único: No ato da inscrição os Griôs Aprendizes deverão apresentar vinculação comprovada com um ou mais Griôs ou Mestres de tradição oral. Art. 8º São direitos decorrentes do registro como Griô ou Mestre(a) de tradição oral e Griô Aprendiz: I – participação no Programa Nacional Griô; II – diploma ou certificação; III – bolsa de incentivo; IV – capacitação técnica, quando houver interesse do(a) Griô, Mestre(a) de tradição oral ou do Griô Aprendiz, para o exercício de sua atividade; V – capacitação pedagógica, quando houver interesse do(a) Griô, Mestre(a) de tradição oral ou do Griô Aprendiz, para a transmissão, no âmbito da educação formal, dos saberes e fazeres da tradição oral; VI – capacitação técnica para a elaboração de projetos culturais, quando houver interesse do(a) Griô, Mestre(a) de tradição oral ou do Griô Aprendiz, Art. 9º São deveres dos(as) Griôs e Mestres(as) de tradição oral, decorrentes do registro: I – atuar na atividade ou área em que obteve o registro. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS II – transmitir, sistematicamente, seus saberes, fazeres e práticas de tradição oral aos seus Griôs Aprendizes; III – representar o Programa Nacional Griô, compartilhando vivências e resultados da sua prática em eventos de âmbito local, regional e nacional; IV – atuar em projetos voltados para a transmissão de saberes e fazeres da tradição oral nas instituições de ensino e equipamentos culturais. V – atuar em instituições de ensino nas ações do projeto pedagógico dos seus griôs aprendizes. V – receber estudantes de instituições de ensino da comunidade local, com o intuito de dar visibilidade ao trabalho que realizam e de fazer conhecer o seu espaço de atuação. § 1º O descumprimento do previsto neste artigo, sujeita o(a) Griô ou Mestre(a) de tradição oral à perda do registro e dos benefícios dele decorrentes, cabendo recurso à Comissão Nacional Griô, nos termos da regulamentação. § 2º O(a) Griô ou Mestre(a) de tradição oral que perder seu registro por descumprimento ao disposto no art. 9º pode solicitar, por mais uma única vez, nova inscrição, nos termos dos arts. 6º e 7º desta Lei. Art. 10. São deveres dos(as) Griôs Aprendizes, decorrentes do registro: I – vincular-se formalmente a um(a) Griô ou Mestre(a) de tradição oral, responsável por sua iniciação na atividade ou área em que obteve o registro. II – atuar como mediador entre os saberes e fazeres tradicionais, a educação formal e espaços culturais, por meio da participação em projetos desenvolvidos por instituições de ensino e equipamentos culturais; III – representar o Programa Nacional Griô, compartilhando vivências e resultados da sua prática em eventos de âmbito local, regional e nacional; IV – receber alunos das escolas da comunidade local, com o intuito de dar visibilidade ao trabalho que realizam e de fazer conhecer o seu espaço de atuação; V – desenvolver projeto pedagógico em instituições de ensino em conjunto com seus Griôs ou Mestres de tradição oral; VI – registrar as vivências e os resultados da sua prática. Quinta-feira 7 35499 § 1º O descumprimento do previsto neste artigo, sujeita o(a) Griô Aprendiz à perda do registro e dos benefícios dele decorrentes, cabendo recurso à Comissão Nacional Griô, nos termos da regulamentação. § 2º O(a) Griô Aprendiz que perder seu registro por descumprimento ao disposto neste artigo pode solicitar, por mais uma única vez, nova inscrição, nos termos dos arts. 6º e 7º desta Lei. CAPÍTULO IV Do Programa Nacional Griô Art. 11. Fica criado o Programa Nacional Griô, com o objetivo de proteger, fomentar e estimular a atuação dos(as) Griôs Aprendizes, Griôs e Mestres(as) de tradição oral. § 1º Poderão participar do Programa Nacional Griô os Griôs Aprendizes, Griôs e Mestres(as) de tradição oral com inscrição no Registro Nacional Griô. § 2º O Programa Nacional Griô será executado por meio da gestão compartilhada entre o Poder Público e a Sociedade Civil Organizada, a partir da criação da Comissão Nacional Griô. Art. 12. O Programa Nacional Griô é constituído pelos seguintes eixos de atuação: I – criação de um banco de dados para levantamento e circulação de insumos e dados estatísticos sobre os saberes e fazeres da tradição oral; II – concessão de prêmios e bolsas para subsidiar a manutenção e a transmissão das práticas de tradição oral; III – oferta de capacitação técnica e pedagógica dos(as) Griôs e Mestres(as) de tradição oral e dos(as) Griôs Aprendizes, quando demandada; IV- promoção de encontros de trocas de experiências, saberes e fazeres entre Griôs e Mestres de tradição oral e Griôs Aprendizes de todo o País; V – estabelecimento de convênios com os sistemas de ensino para a utilização e promoção, na educação formal, dos saberes e fazeres da tradição oral, assim como para a participação dos(as) Mestres e Griôs, com o apoio e mediação dos(das) Griôs Aprendizes, como transmissores desse conhecimento. Art. 13. O Programa Nacional Griô fomentará a formação de redes locais, regionais e nacionais, pro- 35500 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS movendo e apoiando encontros de planejamento, trocas de experiência e avaliações. Art. 14. Os prêmios de que trata o inciso II do art. 12 desta Lei serão distribuídos por meio de editais publicados pelo Ministério da Cultura, nos termos da regulamentação. Art. 15. Os recursos para a concessão dos prêmios e manutenção das bolsas de que trata o inciso II do art. 12 desta Lei serão provenientes do orçamento do Ministério da Cultura e do Fundo Nacional de Cultura. Parágrafo Único. Fica criado o Sistema de Cadastro Griô, um instrumento administrativo para inscrições e acompanhamento de processos relativos ao Programa Nacional Griô, de modo a garantir a transparência, a publicidade e a agilidade no repasse dos recursos disponibilizados. CAPÍTULO V Da Comissão Nacional Griô Art. 16. Fica constituída a Comissão Nacional Griô para exercer a gestão compartilhada do Programa Nacional Griô. Art. 17. A composição da Comissão Nacional Griô se fará da seguinte forma: I – 5 (cinco) representantes regionais do Ministério da Cultura; II – 1 (um) membro do Conselho Nacional de Política Cultural; III – 1(um) representante do Ministério da Educação; IV– 1 (um) membro do Conselho Nacional de Educação; V – 2(dois) Griôs Aprendizes, representando as 5(cinco) regiões do País, indicados por organizações da sociedade civil que atuem com a tradição oral; VI – 2(dois) Griôs ou Mestres de Tradição Oral, representando as 5(cinco) regiões do País, indicados por organizações da sociedade civil que atuem com a tradição oral; VII – 1 (um) educador com experiência em projetos pedagógicos que vinculam tradição oral e educação formal. Art. 18. É responsabilidade da Comissão Nacional Griô: I – propor normas e critérios para a gestão compartilhada do Programa Nacional Griô; II – monitorar e avaliar as ações e uso dos recursos do Programa Nacional Griô; III – definir o valor das bolsas de incentivo concedidas no âmbito do Programa Nacional Griô; Julho de 2011 IV – analisar as solicitações de inscrição no Registro Nacional Griô. CAPÍTULO VI Disposições Gerais Art. 19. Compete ao Poder Público inventariar os fazeres e saberes da tradição oral, assim como as suas línguas e linguagens específicas. Art. 20. As manifestações da cultura oral que estejam em situação de risco de desaparecimento terão prioridade no processo de obtenção de registro como patrimônio cultural imaterial brasileiro. Art. 21. Os arts. 27, 43, 61 e 62 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, passam a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 27............................................. ...... ........................................................... .... V – valorização dos saberes e fazeres da tradição oral e utilização de seus processos próprios de aprendizagem. Art. 43..................................................... .......................................................... ..... VIII – estimular o intercâmbio entre o conhecimento científico e o saber tradicional, por meio da participação sistemática de Griôs, Mestres(as) de tradição oral e Griôs Aprendizes das diversas áreas nas práticas acadêmicas formais. Art. 61.................................................... . .......................................................... ..... IV – Mestres(as) de tradição oral, Griôs e Griôs Aprendizes registrados e certificados, com habilitação pedagógica própria para atuar como transmissores de saberes e fazeres da tradição oral. Parágrafo único...................................... ........................................................ ................ ............................................................... IV – o reconhecimento de saberes e fazeres próprios da tradição oral. Art. 62 .............................................. ...... Parágrafo único. Será admitida a formação própria dos(as) Griôs, Mestres(as) de tradição oral e Griôs Aprendizes, devidamente registrados e certificados, para atuação exclusiva na transmissão dos saberes e fazeres tradicionais de sua competência.” (NR) Art. 22. Esta lei será regulamentada, no que couber, no prazo de 120 dias, a contar de sua publicação. Art. 23. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação O projeto de lei que ora apresentamos, cuja origem foi iniciativa popular coordenada pela Ação Griô, tem a finalidade de instituir uma política nacional de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral, em diálogo com a educação formal, que promova o fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro, por meio do reconhecimento político, econômico e sócio cultural dos Griôs, das Griôs, dos Mestres e das Mestras de tradição oral do Brasil. As formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver transmitidos oralmente, de geração para geração, são parte do que a Constituição Federal, em seu art. 216, reconhece como patrimônio cultural brasileiro de natureza imaterial. O mesmo dispositivo determina, em seu § 1º, que é dever do Poder Público, com a colaboração da comunidade, promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro. A Carta Magna inscreve, ainda, que o Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras e as de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. A presente iniciativa oferece instrumento que visa a contribuir para que esses dispositivos constitucionais sejam cumpridos. As ações que ora propomos estão também em consonância com o Plano Nacional de Cultura (PNC), aprovado pela Lei nº 12.343, de 2 de dezembro de 2010. O referido Plano estabelece objetivos, políticas, diretrizes e metas para gerar condições de atualização, desenvolvimento e preservação das artes e das expressões culturais, inclusive daquelas até então desconsideradas pela ação do Estado no País. A cultura popular, as manifestações de origem indígena, afro-brasileira, quilombola e de povos e comunidades tradicionais encontram especial apoio na determinação constante no PNC de que compete ao Estado proteger e promover a diversidade cultural e preservar o patrimônio material e imaterial, tendo por fundamentos, entre outros, a instituição e atualização de marcos legais; a criação de instâncias de participação da sociedade civil; e a disponibilização de informações e dados qualificados. A Política Nacional Griô, voltada para a proteção e o fomento à transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral, com base nesses mesmos fundamentos que alicerçam o Plano Nacional de Cultura, cria condições para que sejam efetivadas várias estratégias e ações por ele previstas. São algumas delas: “1.9.5 Criar marcos legais de proteção e difusão dos conhecimentos e expressões culturais tradicionais e dos direitos coletivos das populações detentoras desses conhecimentos e autoras dessas manifestações, Quinta-feira 7 35501 garantindo a participação efetiva dessas comunidades nessa ação. 1.9.11 Estabelecer mecanismos de proteção aos conhecimentos tradicionais e expressões culturais, reconhecendo a importância desses saberes no valor agregado aos produtos, serviços e expressões da cultura brasileira. 1.10 Promover uma maior articulação das políticas públicas de cultura com as de outras áreas, como educação, meio ambiente, desenvolvimento social, planejamento urbano e econômico, turismo, indústria e comércio. 1.10.5 Articular os órgãos federais, estaduais e municipais e representantes da sociedade civil e do empresariado na elaboração e implementação da política intersetorial de cultura e turismo, estabelecendo modelos de financiamento e gestão compartilhada e em rede. 1.10.8 Atuar em conjunto com os órgãos de educação no desenvolvimento de atividades que insiram as artes no ensino regular como instrumento e tema de aprendizado, com a finalidade de estimular o olhar crítico e a expressão artístico-cultural do estudante. 1.10.9 Realizar programas em parceria com os órgãos de educação para que as escolas atuem também como centros de produção e difusão cultural da comunidade. 2.1 Realizar programas de reconhecimento, preservação, fomento e difusão do patrimônio e da expressão cultural dos e para os grupos que compõem a sociedade brasileira, especialmente aqueles sujeitos à discriminação e marginalização: os indígenas, os afro-brasileiros, os quilombolas, outros povos e comunidades tradicionais e moradores de zonas rurais e áreas urbanas periféricas ou degradadas; aqueles que se encontram ameaçados devido a processos migratórios, modificações do ecossistema, transformações na dinâmica social, territorial, econômica, comunicacional e tecnológica; e aqueles discriminados por questões étnicas, etárias, religiosas, de gênero, orientação sexual, deficiência física ou intelectual e pessoas em sofrimento mental. 2.1.1 Estabelecer abordagens intersetoriais e transdisciplinares para a execução de políticas dedicadas às culturas populares, incluindo seus detentores na formulação de programas, projetos e ações. 2.1.2 Criar políticas de transmissão dos saberes e fazeres das culturas populares e tradicionais, por meio de mecanismos como o reconhecimento formal dos mestres populares, leis específicas, bolsas de auxílio, integração com o sistema de ensino formal, criação de instituições públicas de educação e cultura que valorizem esses saberes e fazeres, criação de ofi- 35502 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cinas e escolas itinerantes, estudos e sistematização de pedagogias e dinamização e circulação dos seus saberes no contexto em que atuam. 2.1.3 Reconhecer a atividade profissional dos mestres de ofícios por meio do título de “notório saber”. 2.1.10 Fomentar projetos que visem a preservar e a difundir as brincadeiras e brinquedos populares, cantigas de roda, contações de histórias, adivinhações e expressões culturais similares. 2.6 Mapear, registrar, salvaguardar e difundir as diversas expressões da diversidade brasileira, sobretudo aquelas correspondentes ao patrimônio imaterial, às paisagens tradicionais e aos lugares de importância histórica e simbólica para a nação brasileira. 5.1 Aprimorar mecanismos de participação social no processo de elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas de cultura. 5.1.5 Criar mecanismos de participação e representação das comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas na elaboração, implementação, acompanhamento, avaliação e revisão de políticas de proteção e promoção das próprias culturas. 5.4.3 Promover a articulação dos conselhos culturais com outros da mesma natureza voltados às políticas públicas das áreas afins à cultural.” O projeto de lei que ora apresentamos corrobora, ainda, o conteúdo da Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, firmada em 2003, que considera “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objetos, artefatos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu patrimônio cultural”. Está também de acordo com os termos da Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular aprovada pela Conferência Geral da Unesco, em 1989, que instrui sobre a importância da inclusão, nos programas de ensino curriculares e extracurriculares, do estudo da cultura tradicional e popular para fomentar o melhor entendimento da diversidade e das diferentes visões de mundo, especialmente as que não participam da cultura dominante. O mesmo documento aponta a necessidade de se estabelecer um conselho nacional da cultura tradicional e popular formado sobre uma base interdisciplinar ou outro organismo coordenador semelhante, nos quais os diversos grupos interessados estejam representados. A Recomendação orienta, por fim, que se garanta a valorização e o apoio financeiro aos indivíduos e instituições que estudem, tornem público, fomentem ou possuam elementos da cultura tradicional e popular. Julho de 2011 Finalmente, destacamos que o presente projeto cumpre também os compromissos firmados na Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais aprovada pela Conferência Geral da Unesco, em 2005. O referido documento incita os países signatários a reconhecer oficialmente, em suas políticas públicas e nos marcos legais, o valor da pluralidade, da tolerância, da originalidade, de modo a preservar e promover a multiplicidade das expressões culturais nacionais. A Convenção destaca a importância dos conhecimentos tradicionais como fonte de riqueza material e imaterial, a sua contribuição positiva para o desenvolvimento sustentável e a necessidade de assegurar a sua adequada proteção e promoção, além de reafirmar o papel fundamental da educação na proteção e promoção das expressões culturais, consagrando a ideia de que escola e cultura devem caminhar juntas. Lamentavelmente, os métodos e conteúdos da educação brasileira são exemplos de um modelo de desenvolvimento que exclui a cultura de tradição oral – elemento central da vida social, econômica e cultural dos povos e comunidades tradicionais do País – do processo de produção do conhecimento e da formação de nossas crianças e jovens. As rendeiras, os brincantes, as reiseiras, os artistas de rua, os curadores, os mestres de capoeira, os mamulengueiros e tantos outros são representações vivas da diversidade cultural do Brasil e têm papel fundamental na educação do povo brasileiro. A tradição oral é considerada por mestres africanos como a grande escola da vida, consistindo, ao mesmo tempo, em mito, conhecimento, ciência natural, iniciação à arte, história e brincadeira. A dissociação cultural entre as escolas e as suas comunidades, entre as gerações de tradição oral (de raízes afro-indígenas) e as novas gerações de tradição escrita é uma questão que precisa ser enfrentada e superada para a construção de uma identidade e de um modelo nacional autônomo e soberano de desenvolvimento. Na história do nosso País e da educação brasileira, as tradições orais, porquanto iletradas, foram sempre consideradas menores, primitivas, naifs. Assim, os currículos e modelos pedagógicos de nossas escolas e universidades têm se caracterizado pela exclusão das culturas indígenas e negras e pela padronização da moderna cultura ocidental de matriz europeia, branca e cristã. O resultado perverso dessa prática é que, ao fixar esse único modelo para o desenvolvimento da identidade dos estudantes, a escola, clara ou tacitamente, desqualifica os conteúdos culturais de matriz negra, indígena e mestiça associando-os à ideia de Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS “atraso” e de descompasso do Brasil no contexto da cultura mundial. Essa prática precisa ser revista, em benefício da autoestima do nosso povo e do fortalecimento da identidade nacional. Em diversas partes do País, associações, institutos, ONGs, universidades, escolas públicas e espaços institucionais do poder público, têm se debruçado sobre a construção de um projeto nacional de cultura, educação e tradição oral que corrija as omissões da nossa história, atenue o conflito cultural entre as gerações, minimize os prejuízos gerados pela folclorização da identidade cultural e contribua, finalmente, para que as comunidades de tradição oral tenham o seu valor simbólico, econômico e social reconhecido. Uma das importantes atuações nesse sentido é o trabalho desenvolvido pela Ação Griô Nacional, organização da sociedade civil que propõe, há cerca de dez anos, um grande movimento de valorização da tradição oral por meio do Projeto Grãos de Luz e Griô. A iniciativa tem garantido a continuidade e a consolidação de resultados e práticas pedagógicas na escola pública, numa parceria entre mais de 130 organizações de educação e cultura e 750 Griôs e Mestres de tradição oral, distribuídos em 21 Estados do Brasil, constituindo, juntos, a Rede Ação Griô Nacional. O conceito de Griô – como transmissor dos saberes e fazeres da tradição oral – foi inspirado na tradição Griô do Mali e incorporado pelo movimento Grãos de Luz e Griô. A iniciativa, que se tornou, em 2005, ponto de cultura do Brasil, assumiu, em 2006, junto à Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, a criação e gestão compartilhada da Ação Griô Nacional, como resultado de uma das ações do Programa Cultura Viva. A maior conquista política da Ação Griô foi a eleição da minuta da lei Griô como prioridade na Conferência Nacional de Cultura de 2010. Acreditamos que o processo de reconhecimento político, social e econômico dos saberes e fazeres dos Griôs e Mestres de tradição oral precisa ser instituído de maneira efetiva e definitiva no centro das políticas públicas e da agenda cultural do País. A presente proposta visa criar um marco legal capaz de garantir, em âmbito nacional, a proteção e o fomento à transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral, para o fortalecimento da identidade do povo brasileiro. Frente à importância desta iniciativa, contamos com o apoio dos nobres pares para a sua aprovação, esperando que a causa por nós defendida seja objeto de luta de todo o Parlamento brasileiro. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Jandira Feghali Antonio Roberto (PV/MG), Alice Portugal, Raul Henry (PMDB/PE), Rebecca Garcia (PP/AM), Quinta-feira 7 35503 Fátima Bezerra (PT/RN), Carmen Zanotto (PPS/ SC), Luíz Otávio (PMDB/PA), Cida Borguetti ( PP/ PR), Manuela D´Àvila (PCdoB/RS), Marina Santana (PT/GO), Marinha Raupp (PMDB/RO), Fábio Trad (PMDB/MS), Paes Landim (PTB/PI), Givaldo Carimbão (PSB/AL), Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM/TO), Jean Wyllys (PSOL/RJ), Sandra Rosado (PSB/RN), Luciana Santos (PC do B/PE), Sebastião Bala Rocha (PDT), Tiririca (PR/SP), Valadares Filho (PSB/SE), Perpétua Almeida, Pedro Uczai. PROJETO DE LEI Nº 1.787, DE 2011 (Do Sr. Antonio Bulhões) Acrescenta parágrafo ao art. 115 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a identificação dos caminhões-baú. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei acrescenta parágrafo ao art.115 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre a identificação dos caminhões-baú. Art. 2º O art. 115 da Lei nº 9.503, de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte § 7º: “Art. 115............................................ ..... ............................................................... § 7º Os caminhões-baú terão os caracteres de suas placas de identificação reproduzidos na cobertura do baú, na forma de regulamentação do CONTRAN.”(NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O roubo de cargas transportadas em caminhões segue se repetindo com frequência no País, trazendo muitos prejuízos para os transportadores, industriais e comerciantes. A defesa contra essas ocorrências tem se valido, inclusive, de recursos tecnológicos avançados como o monitoramento remoto via satélite, o qual, infelizmente, já vem sendo neutralizado pelos bandidos. Isto não significa que devamos ficar de braços cruzados, deixando correr solta a ação dos ladrões. O combate ao crime deve continuar, mesmo através de pequenas medidas. Elas podem, às vezes, levar-nos ao esclarecimento do delito ou à redução dos prejuízos. O projeto de lei que estamos apresentando visa a facilitar a identificação do veículo roubado, sobretudo quando trabalhos de busca aérea forem realizados. Para que a impressão dos caracteres da placa do caminhão-baú em sua cobertura seja feita da forma de- 35504 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS vida, dificultando sua adulteração, estamos propondo que essa medida seja regulamentada pelo CONTRAN. Acreditando que essa iniciativa possa contribuir para a elucidação e recuperação de cargas roubadas no País, esperamos que seja aprovada pelos ilustres Parlamentares. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2011. – Deputado Antonio Bulhões, PRB/SP. PROJETO DE LEI Nº 1.788, DE 2011 (Do Sr. Mendonça Filho) Dispõe sobre a restrição de financiamento de operações de concentração econômica pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. Esta Lei visa a restringir o financiamento de instituições financeiras federais oficiais a operações de concentração econômica. Art. 2º O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social, criado pela Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não poderão financiar, direta ou indiretamente, inclusive por meio de participações acionárias, operações em que: I – duas ou mais empresas anteriormente independentes se fundem; II – uma ou mais empresas adquirem, direta ou indiretamente, por compra ou permuta de ações, quotas, títulos ou valores mobiliários conversíveis em ações, ou ativos, tangíveis ou intangíveis, por via contratual ou por qualquer outro meio ou forma, o controle ou partes de uma ou outras empresas; III – uma ou mais empresas incorporam outra ou outras empresas. Parágrafo único. Excluem-se da vedação prevista neste artigo os atos de concentração econômica previstos nos incisos II e III em que, alternativamente: todos os grupos econômicos adquirentes registraram, no último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou inferior a R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais); ou o grupo econômico adquirido tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou inferior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). mais de 80% do faturamento total do grupo econômico adquirido foi obtido com produtos fabricados e/ou serviços ofertados no exterior. Julho de 2011 Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O capitalismo brasileiro é uma construção na qual as relações de mercado travadas no setor privado são fortemente influenciadas pelos interesses do Estado. De outro lado, os interesses do Estado também são fortemente condicionados pela dinâmica dos grandes grupos econômicos do setor privado. São várias as conexões com diversas linhas de direção de causalidade. Vários grupos econômicos são proprietários comuns de grandes empresas em vários setores. O Estado possui interesses específicos nesses setores seja para a implementação de políticas públicas, seja para a extração de recursos que viabilize o financiamento de sua permanência no poder. Sérgio Lazzarini denomina este arranjo de interesses recíprocos dentro do setor privado e deste para com o Estado de “capitalismo de laços” em seu recente livro com o mesmo nome1. Constitui “um emaranhado de contatos, alianças e estratégias de apoio gravitando em torno de interesses políticos e econômicos....um modelo assentado no uso de relações para explorar oportunidades de mercado ou para influenciar determinadas decisões de interesse”. Como realçado pelo próprio autor, estas conexões não são obrigatoriamente negativas, pois dadas as instituições do país é possível que tais arranjos, em alguma medida, reduzam custos de transação e permitam a realização de investimentos que de outra forma não seriam viabilizados. Como destacado pelo autor “inserida em uma complexa rede de laços, a sociedade consegue reduzir diversas “fricções” que, no limite, podem inviabilizar trocas econômicas”. Ainda sim, a mensagem do autor não é primordialmente otimista em relação a tal estado de coisas. E mesmo para um ardoroso defensor de boa fé de políticas industriais direcionadas a setores bem específicos, o cuidado deve ser constante. O risco é sempre que “os laços criados podem rapidamente se tornar veículos de favoritismo, conluio e proteção não justificada”. E o autor demonstra que o atual governo incrementou de forma significativa os laços de nosso capitalismo, elevando a interferência do Estado na seara econômica a níveis inéditos. A correlação deste reforço dos laços com os recursos originados nas empresas “enlaçadas” para o financiamento de campanhas políticas constitui distorção preocupante. 1 – Lazzarini, Sérgio: “Capitalismo de Laços”. Elsevier Editora. 2011. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Lazzarini destaca que este reforço recente do “capitalismo de laços” no Brasil conta com a atuação dos chamados “conectores” de aglomerações. E um importante conector que tem sido instrumental no fortalecimento do “capitalismo de laços” no Brasil é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES. No sugestivo capítulo “Ligações Perigosas? O Entrelaçamento entre Capital Público e Capital Privado no Brasil”, Lazzarini aloca uma seção especial a este órgão com questionamentos sobre a política de alocação de recursos do banco. Em particular, questiona o aporte de capital para financiar fusões e aquisições de efeito duvidoso sobre o bem estar. No setor de frigoríficos, um setor com condenação em cartel no CADE em 2008, foram destinados R$ 3,7 bilhões. Na fusão Sadia-Perdigão destinou-se R$ 750 milhões, em uma operação ocasionada por equívocos de gestão de derivativos da Sadia no exterior e com indicações de que sofrerá restrições pesadas ou mesmo a reprovação na análise concorrencial feita pelo CADE. No caso da fusão da Oi com a BrT, o BNDES entrou com R$ 2,3 bilhões. Na última “rodada de bondades”, o BNDES apareceu como o mais entusiasta apoiador da fusão das duas principais redes varejistas no setor de supermercados, Pão de Açúcar e Carrefour, com financiamento que poderia chegar a generosíssimos R$ 4,5 bilhões!! O BNDES tem trabalhado com a tese dos “Campeões nacionais” pela qual o Estado deveria sempre incentivar e apoiar a consolidação dos grupos econômicos de forma a ganharem escala e se tornarem supostamente mais competitivos internacionalmente. No limite, o ideal do BNDES atual seria a criação de um “monopólio por setor”. Este posicionamento do BNDES é o dual da total negligência do órgão com a concorrência e os seus benefícios tanto para a competitividade das empresas como para o bem-estar do consumidor brasileiro. Ainda que os grupos envolvidos já atuem com escala considerável, a tese é de que sempre é possível reduzir o custo unitário se fundindo. A concorrência doméstica por tal visão, ao contrário dos ensinamentos do clássico de Michael Porter2, seria contraprodutiva para gerar empresas mais fortes para a concorrência externa. Conforme o autor, expor as empresas à concorrência doméstica as tornaria mais, e não menos, competitivas no exterior. A arte de competir se aprenderia em “casa”. O isolamento da concorrência doméstica, pela fusão progressiva das empresas no setor, dirige as empresas a uma “zona de conforto”, que compromete sua capacidade de competir internacionalmente. Definitivamente, ser maior não implica ser melhor, conforme Michael Porter. 2 – “The Competitive Advantage of Nations”. The Free Press, 1990. Quinta-feira 7 35505 Ademais, a ação do BNDES ocorre como se a teoria clássica das estruturas de mercado não existisse: monopólios e mercados em concorrência precificariam da mesma forma por tal visão, levando à antiintuitiva conclusão de que estar nas mãos de apenas uma empresa ofertando determinado produto ou havendo vários concorrentes não faz qualquer diferença para o consumidor. Em geral, uma maior concentração de mercado está associada a preços maiores, menor qualidade e menor taxa de inovação tecnológica, com danos de toda a ordem para o consumidor e a sociedade. Ainda que tais operações sejam justificadas do ponto de vista da eficiência econômica, tudo indica que o desembolso de recursos públicos é desnecessário, dado que a magnitude das empresas envolvidas certamente viabilizaria o aporte de recursos do setor financeiro privado, inclusive internacional. Como coloca o economista Armando Castelar “recursos e subsídios (do BNDES) são majoritariamente dirigidos para grandes empresas algumas das quais detentoras de grau de investimento, como a CVRD e a Petrobrás. São recursos que simplesmente substituem o financiamento que poderia ser obtido com facilidade, e a um custo internacionalmente competitivo, junto aos bancos privados e mercado de capitais”. Ou seja, o BNDES tem atuado em concentrações com alto risco de danos à sociedade e ao consumidor, com dispêndio de escassos recursos públicos que poderiam ser utilizados em investimentos de maior retorno social como educação, saúde, estradas e saneamento, e cuja participação provavelmente não seria necessária para viabilizar o negócio. O objetivo desta proposição é justamente restringir este poderoso instrumento de reforço do “capitalismo de laços” que é o financiamento de fusões e aquisições de grandes empresas pelos três principais bancos públicos, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Note-se que ao vedar “financiamentos diretos e indiretos” estamos incluindo também a ação do BNDESPar que tem permitido ao Estado se inserir dentro da direção das empresas, o que tem distorcido as decisões de investimentos das empresas. Naturalmente que a restrição não pode ser absoluta. Para empresas menores, além dos recursos alocados serem menores, reduzindo o custo de oportunidade de eventuais financiamentos, se torna bem mais plausível que uma fusão permita a ambas colher os frutos dos ganhos de escala. Utilizamos os mesmos critérios do Projeto de Lei da Concorrência que se encontra ao final de sua tramitação na Câmara dos Deputados, para definir o que é uma concentração que pode ou não ser financiada. Assim, é autoriza- 35506 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 do o financiamento de operações quando os grupos adquirentes tiverem auferido receita inferior a R$ 400 milhões no ano anterior ou quando o grupo adquirido tiver auferido receita inferior a R$ 30 milhões também no ano anterior. Também entendemos ser plausível a hipótese de que quando firmas brasileiras adquirem firmas estrangeiras com atuação predominantemente no exterior pode facilitar a estratégia de entrada em mercados estrangeiros, incrementando a competitividade. Dessa forma, colocamos também como exceção à restrição de financiamento de bancos públicos, operações de aquisição de empresas em que 80% do faturamento total do grupo econômico adquirido tenha sido obtido com produtos fabricados e/ou serviços ofertados no exterior. Em síntese, realizamos proposição que atenua o atual processo de reforço do “capitalismo de laços” ora em andamento no Brasil ao fechar uma importante fonte de recursos para fusões e aquisições pela ação dos bancos públicos. A restrição, no entanto, provê flexibilidade suficiente para financiamentos a operações de concentração menores que efetivamente viabilizem o alcance de economias de escala que reduzem custos e melhoram a competitividade da economia. Contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação deste importante avanço institucional ora proposto. Sala das Sessões,6 de julho 2011. – Deputado Mendonça Filho. A razão de tal polêmica se dá, não apenas do elevado preço da tarifa, levando-se em consideração o nível de renda da população brasileira, mas também porque fere norma legal estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor. A referida norma é regida pelo princípio de que nenhum cidadão poderá vir a arcar com o ônus de um serviço do qual não desfrutou. As taxas de assinatura não incidem sobre os serviços prestados ao consumidor, pois estes já têm seus custos cobertos com lucros estabelecidos em unidades de consumo, mensuradas pelas prestadoras dos supracitados serviços, cuja cobrança é lançada em notas de fatura mensal. É necessário frisar que a taxa básica de assinatura constitui-se em uma contraprestação a disponibilidade de um serviço. Entretanto a mera disponibilidade de um serviço não gera obrigação de pagamento. Solicitamos, portanto, aos nobres parlamentares o apoio necessário à aprovação deste Projeto, por tratar-se de matéria de relevante interesse dos consumidores brasileiros. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Lindomar Garçon, Deputado Federal. PROJETO DE LEI Nº 1.789, DE 2011 (Do Sr. Lindomar Garçon) O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica sustada a aplicação da Resolução nº 282, de 26 de junho de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Veda a cobrança de tarifas e taxas de consumo mínimo ou de assinatura básica, pelas empresas públicas ou concessionárias de serviços de telefonia. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É vedado às empresas públicas e/ou concessionárias a cobrança de tarifas e taxas de consumo mínimo ou de assinatura mensal básica aos usuários dos serviços de telefonia fixa e móvel. Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput sujeitará aos infratores à penalidade de multa equivalente ao dobro do valor da conta cobrada. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A cobrança de assinaturas básicas residenciais na prestação de serviços de telefonia, tem sido objeto de repúdio e constante polêmica na sociedade brasileira. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 323, DE 2011 (Do Sr. Giacobo) Susta a aplicação da Resolução nº 282, de 26 de junho de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. Justificação O presente projeto de decreto legislativo tem por objetivo sustar os efeitos da Resolução nº 282, de 26 de junho de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN – que “estabelece critérios para a regularização da numeração de motores dos veículos registrados ou a serem registrados no País”. A Resolução CONTRAN nº 282/08 estabelece padrões de procedimentos para a atividade de registro de veículos, no que concerne à numeração do motor. Acontece que essa mesma resolução traz em seu texto uma decisão polêmica: a permissão para que empresas credenciadas pelo Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN – executem a vistoria de veículos, serviço até então restrito aos Departamentos Estaduais de Trânsito – DETRAN. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS No caso em questão, notamos que, ao regular o tema, o CONTRAN claramente extrapolou seu poder regulamentar, não se limitando à competência que lhe foi dada pelo Código de Trânsito Brasileiro – CTB. Apesar de caber ao CONTRAN normatizar os procedimentos sobre registro e licenciamento de veículos, conforme o inciso X do art. 12 do CTB, o art. 22 atribui aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal de vistoriar, registrar, emplacar e licenciar veículos, mediante delegação do órgão federal competente. Assim, da mesma forma que a lei atribui explicitamente aos DETRAN a possibilidade de realizar a atividade de vistoria, faz-se necessária previsão legal para que a iniciativa privada possa realizá-la. Não se vê, entretanto, qualquer referência, no texto do CTB, à participação de empresas privadas na atividade de vistoria de veículos. Pelo exposto, com o fito de repelir a nítida extrapolação do poder regulamentar do Conselho Nacional de Trânsito, conclamamos nossos Pares a aprovar o presente projeto de Decreto Legislativo. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Giacobo. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 325, DE 2011 (Do Sr. João Campos) Susta os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132 e 178, que reconhece a entidade familiar da união entre pessoas do mesmo sexo. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Suspende-se a execução da decisão do Supremo Tribunal Federal proferida no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132 e 178, que reconhece união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, restando sem eficácia todos os atos dela decorrentes. Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Justificação 1. Da Não Ocorrência de Prejudicalidade Antes de adentrar ao mérito da justificativa da presente proposição, convém salientar a não ocorrência de prejudicialidade entre a presente proposição e o PDC 224/2011. Quinta-feira 7 35507 De acordo com o que dispõe o art. 163, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, considera-se prejudicada: “a discussão ou a votação de qualquer projeto idêntico a outro que já tenha sido aprovado, ou rejeitado, na mesma sessão legislativa, ou transformado em diploma legal”. Diante de tal disposição, há duas razões para se afirmar a não ocorrência de prejudicialidade no caso. Primeiro, porque não houve deliberação de mérito e, segundo, porque não há absoluta identidade de proposições. Em primeiro lugar, a prejudicialidade pressupõe deliberação de mérito, isto é, que a proposição tenha sido “aprovada”, “rejeitada” ou “transformada em diploma legal”. E nenhuma das hipóteses teve lugar no caso em tela. Em segundo lugar, a predudicialidade depende de identidade dos projetos ou proposições, que se examina com base em três elementos: autoria, conteúdo e fundamento. Na proposição em questão, são diferentes conteúdo, proponentes e justificação. Em especial, no que se refere ao conteúdo, cumpre destacar que o teor da proposição não coincide com o PDC 224, de 2011. Naquele pretendia-se sustação da própria decisão; aqui, o que está em questão é apenas a suspensão dos efeitos do aresto antes mencionado, de modo análogo ao que prevê as normas dos arts. 49, V, e 52, X, da Constituição Por essas razões, é de se concluir impossibilidade regimental de dar-se por prejudicado o presente projeto de decreto legislativo. 2. DA DECISÃO DO STF No dia 05 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal julgou procedentes a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277, anteriormente numerada como ADPF n. 178, e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, para reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar e, por conseguinte, declarar que lhes cabem os mesmos direitos e deveres decorrentes da união estável. No julgamento, a pretexto de interpretar o § 3º, do art. 226, da Constituição Federal, o STF reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo, em que pese o teor da disposição citada mencionar expressamente que a união estável constitui entidade familiar formada “entre o homem e a mulher”. A decisão tem eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, nos termos do art. 102, §2º, da Constituição Federal. Em linguagem menos técnica, isso significa que, a partir da ci- 35508 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tada decisão, a união entre pessoas do mesmo sexo passa a ter o mesmo tratamento jurídico conferido aos casais heterossexuais. O órgão máximo do Poder Judiciário entendeu que o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no art. 1.723, do Código Civil, aplica-se às uniões homoafetivas. Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. (grifei) Os parceiros homossexuais, em decorrência da mencionada decisão, conquistaram estabilidade financeira, por intermédio de direitos básicos conferidos a uma relação familiar, tais como: nome; alimentos; pensão por morte; assistência; adoção; fidelidade; honra; memória; sucessão; e divisão de bens. 3. DA VIOLAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO PODER LEGISLATIVO O presente Projeto de Decreto Legislativo, com fundamento nos incisos V e XI, do art. 49, da Constituição Federal, visa sustar os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal, proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277, inicialmente numerada como ADPF 178, e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, que reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, anulando-se todos os atos dela decorrentes. No julgamento, o STF criou os direitos acima relacionados a pretexto de exercer a competência estabelecida pelo inciso I, alínea “a”, art. 102, CF, de interpretar norma constitucional, na condição de guardião da Magna Carta. A norma segue abaixo transcrita: Artigo 102 – Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (grifei) I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (grifei) Deve-se reconhecer que o Supremo Tribunal Federal extrapolou o seu poder de interpretar norma constitucional, estabelecido pelo inciso I, alínea “a”, art. 102, CF, e inovou na ordem jurídica constitucional. A questionada decisão invade a competência do Poder Legislativo, porque cria obrigações e restringe direitos, situação que somente pode ocorrer por intermédio de lei, em sentido formal e material, consistente na norma geral e abstrata de conduta, aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo Executivo, em consonância com o princípio da legalidade consagrado no inciso II, do art. 5º, da Constituição Federal. Julho de 2011 Art. 5º ... II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (grifei) A função de legislar é própria do Poder Legislativo. Trata-se de decorrência natural do princípio da separação dos poderes: o parlamentar deve legislar, o juiz decidir e o administrador executar. A decisão em tela usurpou atribuição da União a quem cabe, por seu órgão legislativo – Congresso Nacional, privativamente, legislar sobre direito civil, nos termos do inciso I do art. 22, da CF. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. (grifei) Mais que isso, o julgamento equivocado do STF alterou o texto do § 3º, do art. 226, da Constituição Federal, que normalmente dependeria de um processo legislativo complexo destinado à provação de emenda à Constituição, por intermédio de uma simples decisão. Por oportuno, é importante distinguir a atividade de interpretar a lei, atribuída ao Poder Judiciário, do trabalho de criar lei, conferido ao Poder Legislativo. De acordo com o dicionário Aulete, interpretar significa: dar o sentido, explicar palavra, texto, lei etc. De outro lado, criar significa: dar existência, origem, conceber. Indiscutivelmente, o STF, quando concedeu aos parceiros homossexuais os direitos básicos conferidos a uma relação familiar normal, tais como: nome; alimentos; pensão por morte; assistência; adoção; fidelidade; honra; memória; sucessão; e divisão de bens, ultrapassou os limites da interpretação da norma constitucional. Criou uma nova disposição constitucional, antes ausente da Constituição Federal, em flagrante desrespeito as competências constitucionais do Congresso Nacional. 4. DO CONCEITO CONSTITUCIONAL DE FAMÍLIA E DA ATUAÇÃO DA ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE DE 87/88 Afirmou-se no tópico precedente que a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal excedeu os limites de sua competência constitucional e inovou na ordem jurídica, ao reconhecer como entidade familiar a união de pessoas do mesmo sexo. Há duas fortes razões que permitem sustentar tal posição, contra a orientação acolhida pelo Supremo Tribunal Federal. A primeira fundamenta-se no próprio texto constitucional em vigor. A disposição do art. 226, § 3º, da Constituição Federal é claro ao mencionar “homem e mulher”. A diversidade de gênero é, por expressa determinação constitucional, uma dos pressupostos do essenciais do conceito de união estável. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Veja-se o que dispõe o art. 226, § 3º: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (grifei) O texto é claro ao mencionar que a união estável é relacionamento que se constitui “entre homem e mulher”. Trata-se de elemento fundamental, sem o qual se descaracteriza o conceito. A segunda razão é de natureza histórica. Durante os trabalhos da Assembleia Constituinte que deram ensejo à Constituição de 1988, a proposta de reconhecimento de união estável entre pessoas do mesmo sexo não foi aceita pelos constituintes. Durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, discutiu-se amplamente a previsão do reconhecimento jurídico da união estável como entidade familiar. No entanto, sempre se tinha presente a diversidade de sexos dos consortes, necessariamente homem e mulher. É preciso considerar que naquele momento histórico, o reconhecimento constitucional da união estável oferecia solução jurídica para controvérsias então existentes sobre a possibilidade de reconhecimento de “família sem casamento”. A questão compreendia a oposição entre família legítima e família ilegítima, os relacionamentos havidos após o desquite e mesmo as controvérsias atinentes ao concubinato. Em todas essas situações, fossem o caso de família com ou sem casamento, um ponto ficou claro em todo o processo constituinte relativo à subcomissão responsável pela redação do art. 226, da Constituição: o conceito de união estável tem como pressuposto que se trate de uma entidade formada por homem e mulher. A propósito da necessidade ou não de definir-se o conceito de família no texto constitucional, vale transcrever a seguinte passagem, constante da Ata de Comissões da Assembleia Nacional Constituinte: “O SR. RELATOR (Eraldo Tinoco): –Digamos a união de fato e a união de quem, Senador? É um homem e uma mulher? Só queria lembrar... O SR. CONSTITUINTE NELSON CARNEIRO: – Essa é uma definição tão comum, é um conceito tão comum que família é homem e mulher, que acho que a Constituição não deve descer a este detalhe de dizer que é união de homem e mulher como se fosse possível nós admitirmos família de dois homens ou de duas mulheres. O SR. RELATOR (Eraldo Tinoco): – Mas a tradição, Sr. Constituinte Nelson Carneiro, pelo menos a tradição de alguns países, cujas constituições temos em cima da mesa, é a definição da família. Aqui, por exemplo, a Constituição da Itália, a que V. Ex.ª se referiu, Quinta-feira 7 35509 diz: “A República reconhece os direitos da família como sociedade natural fundada no casamento.” Veja bem: “O matrimônio é baseado na igualdade moral e jurídica dos cônjuges, com os limites determinados pela lei.” O SR. CONSTITUINTE NELSON CARNEIRO: – Mas essa Constituição é de que data? O SR. RELATOR (Eraldo Tinoco): – É de 1986. A Constituição é esta aqui, de 1986. O SR. CONSTITUINTE NELSON CARNEIRO: – Esta é feita logo depois, é a Constituição italiana, logo depois da guerra. O SR. RELATOR (Eraldo Tinoco): – Não, aqui não diz. O livrinho tem na capa 1986. O SR. CONSTITUINTE NELSON CARNEIRO: – A Constituição italiana é logo depois da guerra e ali, sob a influência, evidentemente, do Vaticano, do Partido Democrata Cristão e, isso, depois da guerra. Hoje, com lei do divórcio, aprovada até em plebiscito na Itália, a situação deve ter se modificado, mas a definição continua. Não sou contra o conceito. Acho que não temos que defini-lo na Constituição. O que é a família? Todos sabem o que é a família: é a união de homem e mulher, tendo filho, para procriar, para manter a espécie e tal. 1 O trecho é aqui citado a título de ilustração. Fica claro na passagem que os constituintes tinham como inequívoco que a união estável só poderia ser formada por pessoas de sexos diferentes. Noutra passagem, em que se discutir a chamadas famílias monoparentais, ou seja, aquelas formadas apenas por um dos consortes e os descontentes de ambos, novamente fica claro o rechaço ao reconhecimento das uniões homossexuais: O SR. PRESIDENTE (Nelson Aguiar): – Ou seja, pessoa ou grupos de pessoas que vivem numa situação de interdependência. É para efeitos cria, a existência desse relacionamento de homem e mulher, mas para efeito de proteção do Estado. O Estado tem que proteger todo cidadão, porque nessa forma nós não estamos reconhecendo do ponto de vista legal, para efeitos de proteção do Estado. Digamos que um casal, um homem e uma mulher, não sejam casados, resolvem acolher 10 crianças carentes ou abandonadas – esse grupo social precisa merecer proteção do Estado, e precisa até ser estimulado a esse tipo de trabalho. Não estou dizendo que essa é a melhor fórmula. Estou dizendo que na nossa conceituação excluímos. “Para efeito de proteção do Estado é reconhecida a união estável entre homem, mulher e seus dependentes como entidade familiar”. 1 – BRASIL, ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE, (ATA DAS COMISSÕES), P.81. 35510 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Os rapazes vieram falar comigo. Dois gays resolvem viver em sociedade – eles querem que o Estado reconheça o direito à proteção familiar. Então esta redação ficaria: para efeito de proteção do Estado é reconhecida a união estável entre o homem, a mulher e seus dependentes como entidade familiar. Seus dependentes como entidade familiar. Como ficaria a situação da mãe solteira e seus filhos? O SR. CONSTITUINTE IBERÊ FERREIRA: – Exatamente, entre homem, mulher e seus dependentes. Na falta de um ou de outro, os dependentes ainda são família. O SR. PRESIDENTE (Nelson Aguiar): – “Entende-se por entidade familiar, para efeito da proteção do Estado, a união estável entre homem, mulher e seus dependentes”. Não é homem e mulher; é entre homem e seus dependentes: e mulher e seus dependentes, que passam a representar a entidade familiar, para efeito de proteção do Estado. O SR. CONSTITUINTE IBERÊ FERREIRA: – Gosta da palavra “estável”, porque se não for assim, eles podem dizer: “Vamos juntar, porque o Estado nos protege; e amanhã poderemos dissolver a relação”. Essa figura de estabilidade é bem importante. O SR. PRESIDENTE (Nelson Aguiar): – E na hipótese de os dois morrerem e só ficarem os filhos? O SR. CONSTITUINTE IBERÊ FERREIRA: – Veja bem, está perfeito aí. O que é que se entende? É a união entre homem, mulher, e seus dependentes. Aí, mesmo desaparecendo o homem e a mulher, os dependentes continuam mantendo a família.” Os trechos citados deixam claro que os debates constituintes rechaçaram a possibilidade de reconhecimento de união estável entre pessoas do mesmo sexo. Esta hipótese, não só não consta do texto atual da constituição, como fora terminantemente recusada durante a Assembleia Nacional Constituinte. 5. DA DEFESA DA COMPETÊNCIA DO PODER LEGISLATIVO O fundamento constitucional para o presente projeto de decreto legislativo encontra-se no art. 49, XI, da Constituição Federal. A norma arrola, entre as competências exclusivas do Congresso Nacional, a de zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XI – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes; (grifei) Trata-se de corolário da separação dos Poderes, princípio expressamente previsto no art. 2º, da Julho de 2011 Constituição em vigor: “Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” O quadro acima descrito demonstra, de maneira bastante evidente, que o Poder Judiciário invadiu a esfera de competência do Legislativo, único competente para inovar na ordem jurídica e criar novos direitos e novas obrigações nas relações intersubjetivas. Nenhuma outra autoridade, por mais respeitada que seja, tem competência para legislar em seu lugar, sob pena de usurpação de atribuições. A competência do Supremo Tribunal Federal para interpretar normas constitucionais não pode ser compreendida como prerrogativa para complementar a Constituição Federal, muito menos como competência para inovar no campo legislativo. É importante sublinhar que a competência prevista no inciso XI, do art. 49, da Constituição Federal, tem natureza de verdadeiro controle político de constitucionalidade, pois se as decisões proferidas pelo Poder Judiciário exorbitam das suas atribuições é porque contrariam as regras de competência estabelecidas pela Magna Carta. Sobre o assunto Montesquieu já advertia que “é experiência eterna que todo aquele que detém poder tende a abusar dele”. Assim, é imprescindível que o poder detenha o poder. O confronto pode vir a acontecer, o que seria lastimável para a democracia que estaria sendo conspurcada, exatamente, por aquele que detém a competência para restaurar o ordenamento jurídico quando lesado, mas não para criar obrigações, deveres, direitos e poderes ao arrepio do legislador. 6. DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODE E DA POSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DOS EFEITOS DOS ATOS DO PODER JUDICIÁRIO Portanto, resta ao Congresso Nacional, zelando pela preservação de sua competência legislativa, fazer uso do remédio a ele atribuído pelo inciso XI, do art. 49, da Constituição Federal, combinado por analogia, com a prerrogativa que lhe confere o inciso V, do mesmo artigo. Não resta dúvida que, se o Poder Legislativo pode sustar os efeitos de atos abusivos do Poder Executivo, para o atendimento à prerrogativa de zelo pela preservação de sua competência legislativa, o mesmo remédio deve ser estendido a esta Casa, para suspender os atos ilegais do Poder Judiciário, sempre dentro do princípio de dar à norma constitucional a necessária eficácia à consecução dos objetivos do constituinte, dentre eles, o princípio da separação dos poderes. Vale lembrar que a interpretação da Constituição não pode ser levada a efeito por uma análise isolada Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de um de seus dispositivos, mas conforme todo do ordenamento jurídico por ela instituído, sob pena de inexequibilidade. No caso em tela, se não for possível sustar os efeitos da decisão que extrapolou a competência do Poder Judiciário, o ordenamento jurídico e a independência dos Poderes serão afetados e, consequentemente, a própria ordem constitucional. Na realidade, a possibilidade de o Poder Legislativo suspender os efeitos dos atos abusivos do Poder Judiciário está inserida no sistema de freios e contrapesos (checks and balances), essência do mecanismo da separação dos poderes proposto por Montesquieu no período da Revolução Francesa. Para tanto, a Constituição Federal consagra um complexo mecanismo de controles recíprocos entre os três poderes, de forma que, ao mesmo tempo, um poder controle os demais e por eles seja controlado. 7.DA CONCLUSÃO Conclui-se, portanto, que o Congresso Nacional deve adotar as medidas que lhe são devidas para a mantença da harmonia em nosso ordenamento jurídico, fazendo uso do remédio que lhe foi conferido pelos incisos V e XI, do artigo 49, da Constituição Federal, contra usurpações dessa natureza, sob pena de desmantelamento da democracia e a quebra do próprio sistema jurídico da Nação, com o estabelecimento de odioso absolutismo. Convencidos dos argumentos aqui esposados, deputados que integram FPE – Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional decidiram apresentar o presente Projeto de Decreto Legislativo, no zelo da competência do Legislativo e também com caráter preventivo em relação a outras decisões que o STF poderá prolatar no futuro eivadas de ilimitado ativismo que configure a invasão de competência do legislativo. À luz de todo exposto, conto com o apoio dos nobres Pares para aprovar o presente Projeto de Decreto Legislativo, com o objetivo de sustar a decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, que reconheceu a estabilidade da união homoafetiva, anulando-se todos os atos dela decorrentes. Sala das Sessões, de 6 de julho de 2011. – João Campos, Deputado Federal. INDICAÇÃO Nº 850, DE 2011 (Do Sr. Sebastião Bala Rocha) Encaminha à Presidenta da República minuta de Medida Provisória para garantir aos servidores dos ex-territórios do Amapá e Roraima os mesmos direitos garantidos Quinta-feira 7 35511 os servidores do Estado de Rondônia sejam estendidos aos servidores do Estado do Amapá. Excelentíssima Senhora Presidenta da República: Considerando que a lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010 nos seus artigos de 85 a 101 regulamenta a transferência para a União dos servidores do ex-território de Rondônia, incluindo os servidores vinculados aos municípios existentes à época de território(art.88, II, a). Considerando que esse assunto ainda não foi devidamente regulamentado com relação aos servidores dos ex-servidores do Amapá e de Roraima. Considerando que o texto constitucional original no seu § 2º do artigo 14, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, remete aos ex-territórios do Amapá e Roraima, os mesmos critérios seguidos na criação do Estado de Rondônia; Sugiro a Edição de Medida Provisória nos termos da minuta em anexo para estender os direitos assegurados aos servidores de Rondônia aos servidores do Amapá e Roraima. Justificação Considerando que a Lei 12.240/2010 fixou novos direitos para os servidores do ex-território de Rondônia que ainda não foram estendidos, portanto, que por equidade de tratamento, conforme expresso no texto constitucional, os referidos direitos devem ser garantidos aos servidores do Amapá e Roraima, nos termos do texto anexado a esta Indicação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Sebastião Bala Rocha – PDT/AP. INDICAÇÃO Nº 851, DE 2011 (Do Sr. Josias Gomes) Sugere ao Poder Executivo o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional propondo a instalação de um campus universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf, na cidade de Paulo Afonso/BA. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação A instalação de um campus universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco-Univasf, na cidade de Paulo Afonso, é tema urgente e necessário. Conforme deseja a sociedade civil local, o novo campus deveria oferecer cursos na área de Saúde. A preferência por esta área do conhecimento é justificada em virtude da oferta de outros cursos, especialmente na área da Engenharia, em outros campi da Univasf e outras instituições de ensino superior na região, especialmente Juazeiro e Petrolina. 35512 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Temos mantido uma relação de permanente contato com as autoridades locais e, assim, percebido o sonho alimentado pela população pauloafonsina, com destaque para juventude, em torno dessa reivindicação. Tal disposição, por si, já seria argumento suficiente para que a instalação desse campus fosse efetivada. À juventude o Brasil deve todas as atenções, ainda mais quando se trata de Educação, motor ímpar para o desenvolvimento do país. Há anos que a comunidade local vem travando luta diuturna em favor desse campus da Univasf em Paulo Afonso. Em 2008, inclusive, o reitor da instituição, José Weber Freire Macedo, a convite do deputado estadual Paulo Rangel, esteve na cidade, e pôde observar as boas condições para a instalação do novo campus. À época, segundo repercutiu a mídia local, o reitor da Univasf considerou que “Paulo Afonso tem uma população com mais de cem mil habitantes, ela é pólo de diversas outras cidades da região e de vários estados, e chama gente de várias partes”. E exemplificou: “se você faz qualquer curso aqui, num raio de 100 a 200 quilômetros você atende não apenas Paulo Afonso, mas toda uma região no entorno”. O ponto que mais chama a atenção favoravelmente à reivindicação é a existência de um prédio da Chesf onde funcionou o Colégio Adozindo, a ser doado pela companhia à Univasf, conforme vontade já manifestada pela direção da Chesf. Sobre o prédio, anexamos arquivo eletrônico com planta de instalação de propriedade da Chesf, onde seriam instalados os cursos do novo campus. A área posta à disposição da Univasf pela Chesf, em virtude de sua extensão e localização, atende perfeitamente aos requisitos do objetivo proposto. Convém salientar a vocação de Paulo Afonso como um Pólo de Serviço Educacional. Estrategicamente, Paulo Afonso tem limites com municípios de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, fazendo parte do território de Itaparica, que contempla Bahia e Pernambuco. Em Paulo Afonso já se encontra instalada a Universidade do Estado da Bahia-UNEB, campus 8, com cursos na área de Tecnologia, estando previsto, para janeiro, o início do curso de Engenharia Elétrica. A complementação desse Pólo Educacional se daria com a instalação do campus da Univasf, com o funcionamento dos cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia e outros. Assim, cremos na oportunidade da reivindicação, que tem o apoio de toda a bancada federal baiana, tendo em vista sua importância para o desenvolvimento da Educação no estado. Com reflexos positivos na economia e na sociedade locais. Julho de 2011 Esperamos, portanto, o atendimento ao pleito, o que satisfará a todos os que, no Congresso Nacional, no Governo da Bahia, e nas prefeituras que compõem a região de Paulo Afonso, e sobretudo, em meio à população local, torcem pela sucesso da empreitada. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Deputado Josias Gomes. INDICAÇÃO Nº 852, DE 2011 (Do Sr. Lourival Mendes) Solicita ao Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a instalação de uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS no Município de Bom Jardim, Estado do Maranhão. Excelentíssimo Senhor Presidente Marco Maia, Requeiro a Vossa Excelência, no termos do artigo 113, inciso I e § 1º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados que seja encaminhada ao Poder Executivo a Indicação que se segue, sugerindo ao Senhor Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a instalação de uma do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS no Município de Bom Jardim, Estado do Maranhão. INDICAÇÃO Nº DE 2011 (Do Deputado Lourival Mendes) Solicita ao Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a instalação de uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS no Município de Bom Jardim, Estado do Maranhão. Justificação Bom Jardim é um município do estado do Maranhão, localizado a 268 quilômetros da capital São Luiz, às margens da BR – 316, área conhecida como Amazônia legal, que liga o estado do Maranhão ao estado do Pará e do Piauí. Segundo dados do IBGE, a população do município ultrapassa 40.000 habitantes. O desenvolvimento econômico do município se dá, principalmente, através dos recursos provenientes da agricultura – arroz, mandioca e milho -, da pecuária e das atividades madeireiras e de olarias. A agricultura do município desenvolve-se de modo a promover sustentabilidade aos produtores rurais e garantir o abastecimento do município. O Ministério da Previdência já autorizou a construção de novas agências do INSS em diversos municípios maranhense, inclusive o município de Bom Jardim. O estado do Maranhão foi contemplado, inicialmente, com a ampliação da rede de atendimento Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35513 com a construção de 59 novas agências inicialmente, além da realização de reformas nas demais agências. A instalação de novas agências visa facilitar a vida da população na hora de utilizar os serviços da Previdência Social, evitando que as pessoas tenham que se deslocar a grandes distâncias. O Estado do Maranhão tem o valor do benefício de aposentadoria mais baixo com relação à média nacional. A inexistência de agências em diversos municípios do estado prejudica, principalmente, os aposentados que, com idade avançada, são obrigados a se deslocar para outros municípios, além de enfrentar horas de filas. Ademais, a instalação de novas agências estimulará a economia do município de Bom Jardim, visto que o número de benefícios recebidos será maior. Dada a grande necessidade, solicito providências para o atendimento da solicitação. Brasília, 06 de julho de 2011. – Lourival Mendes , Deputado Federal – Líder do PT do B/MA. cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de JUNCO DO SERIDÓ/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 853, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Santo André, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Santo André é um município no estado da Paraíba, localizado na microrregião do Cariri Oriental. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2010 sua população era estimada em 2.638 habitantes, tendo área territorial de 225 km². O município de Santo André limita-se com os municípios de Taperoá(27km), Parari(11km), Gurjão(15km) e Juazeirinho(22km) e está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de SANTO ANDRÉ/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de JUNCO DO SERIDÓ/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Junco do Seridó, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Junco do Seridó é um município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na Microrregião do Seridó Ocidental Paraibano. De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2010, sua população é de 6.643 habitantes, tendo área territorial de 160 km². O município de Junco do Seridó limita-se com o Estado do Rio Grande do Norte e os municípios de Tenório (12 km), Assunção (8,5 km), Salgadinho (19 km), Santa Luzia (27 km), São José de Sabugi (27 km) e Juazeirinho (18 km).e está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do INDICAÇÃO Nº 854, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de SANTO ANDRÉ/PB. 35514 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº 855, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de AREIA DE BARAÚNAS/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Areia de Baraúnas, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Areia de Baraúnas, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião de Patos. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2010 sua população era estimada em 1.927 habitantes, tendo área territorial de 96 km². O município de Areia de Baraúnas limita-se com Limita-se com os municípios de Taperoá (20 km), Salgadinho (18 km), Santa Luzia (30 km), São Mamede (25 km), Quixaba (20 km) e Passagem (6 km) e está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de AREIA DE BARAÚNAS/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 856, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de AREIAL/PB. Julho de 2011 Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Areial, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Areial é um município brasileiro do estado da Paraíba inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema. De acordo com o Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2009 sua população era estimada em 6.441 habitantes e área territorial de 67 km², estando incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. O município de Areial limita-se com os municípios de Esperança (5 km), Pocinhos (17,5 km), Montadas (11km) e São Sebastião de Lagoa de Roça (11 km) e está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de AREIAL/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB, INDICAÇÃO Nº 857, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de ALAGOINHA/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Alagoinha, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Alagoinha é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Guarabira. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 12.000 habitantes, estando localizado na mesorregião do Agreste Paraibano situando-se, de forma mais precisa, na microrregião de Guarabira, distando a 84 km de João Pessoa. Possui uma área de 87 km², limitando-se ao Norte com Cuitegi, ao Sul com Alagoa Grande e Mulungu, ao Leste com Mulungu e Guarabira e ao Oeste com Pilões, Areia e Alagoa Grande. A cidade é interligada aos municípios de Guarabira, Cuitegi e Alagoa Grande pela rodovia “Margarida Maria Alves” (PB 075) e a Mulungu por uma estrada vicinal (terra batida). O acesso a Pilões é feito via Cuitegi e a Areia, via Alagoa Grande. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de ALAGOINHA/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 858, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de JURIPIRANGA/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Juripiranga, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Juripiranga é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Sapé. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 10.237 habitantes, estando localizado na mesorregião da Mata Paraibana, distando a 90 km de João Pessoa. Quinta-feira 7 35515 Juripiranga fica situado no Baixo Paraíba e ocupa uma área de 122 Km2. Distante 64 km de João Pessoa. Limita-se com Itabaiana (12 km), Pilar (18 km) São Miguel de Taipu (21 km)e Pedras de Fogo (15 km). Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de JURIPIRANGA/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 859, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de MASSARANDUBA/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Massaranduba, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Massaranduba é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Campina Grande. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 11.692 habitantes, sendo 3.511 na Zona Urbana e 8.181 na Zona Rural, tendo um crescimento populacional de 0,86% anual, estando localizado na mesorregião do Agreste Paraibano, distando a 111 km de João Pessoa. Massaranduba faz parte do semi-árido paraibano, participando com 7.6% da área total dessa região e com 0,26% da área do Estado da Paraíba, sua área é de 133 km², tendo como cidade pólo Campina Grande cuja distância entre a mesma é de 16 km. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização 35516 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de MASSARANDUBA/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 860, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de PIANCÓ/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Piancó, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Piancó é um município brasileiro destado da Paraíba, localizado na microrregião de Piancó. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 15.465 habitantes e sua área territorial é de 565 km², estando localizado na mesorregião do Sertão Paraibano, distando a 395 km de João Pessoa. O município de Piancó está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Limita-se com os municípios de Igaracy (25 km), Itaporanga (27 km), Santana dos Garrotes (22 km), Olho d’Água (18 km), Emas (25 km), Coremas (22 km) e Aguiar (29 km). Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes Julho de 2011 por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de PIANCÓ/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 861, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de PIRPIRITUBA/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Pirpirituba, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Pirpirituba é um município brasileiro do estado da Paraíba localizado na microrregião de Guarabira. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 10.296 habitantes, com Área territorial de 80 km², estando localizado na mesorregião do Agreste Paraibano, distando a 113 km de João Pessoa. O município de Pirpirituba limita-se com os municípios de Borborema (15 km), Pilõezinhos (12 km), Serraria (17 km), Guarabira (9 km), Araçagi (15 km), Sertãozinho (7,5 km), Belém (11,5 km) e Bananeiras (16 km). Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de PIRPIRITUBA/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº 862, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de POCINHOS/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Pocinhos, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Pocinhos é um município brasileiro do estado da Paraíba. Localiza-se no Cariri paraibano, na Região Metropolitana de Campina Grande. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 16.669 habitantes. Área territorial de 79,85 km², estando localizado na mesorregião do Agreste Paraibano, distando a 158 km de João Pessoa. O município de Pocinhos Limita-se com os municípios de Soledade (34 km), Boa Vista (32,5 km), Campina Grande (27 km), Puxinanã (25 km), Montadas (17 km), Areial (17,5 km), Esperança (23 km), Algodão do Jandaíra (23,5 km), Barra de Santa Rosa (39 km) e Olivedos (23 km). Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de POCINHOS/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 863, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação Quinta-feira 7 35517 profissional no município no município de SANTANA DOS GARROTES/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Santana dos Garrotes, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Santana dos Garrotes, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião de Piancó. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 7.266 habitantes. Área territorial de 354 km², estando localizado na mesorregião do Sertão Paraibano, distando a 415 km de João Pessoa. O município de Santana dos Garrotes está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005, limitando-se com os municípios de Itaporanga(21km), Pedra Branca(10km), Nova Olinda(11km), Juru(24km), Olho d’Água(31km) e Piancó(22). Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de SANTANA DOS GARROTES/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 864, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de SÃO SEBASTIÃO DE LAGOA DE ROÇA/PB. 35518 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de São Sebastião de Lagoa de Roça, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. São Sebastião de Lagoa de Roça é uma pequena cidade brasileira localizada no estado da Paraíba e na Região Metropolitana de Campina Grande. Fundada em 1961 a uma altitude de 641 m, São Sebastião de Lagoa de Roça é hoje o centro de um pequeno município. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 11.041 habitantes. Área territorial de 49,88 km², estando localizado na mesorregião do Agreste Paraibano, distando a 137 km de João Pessoa. O município de São Sebastião de Lagoa de Roça está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005, limitando-se Limita-se com os municípios de Montadas (10km), Lagoa Seca (10km), Matinhas (9km), Alagoa Nova (9km) e Esperança (7,5km). Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de SÃO SEBASTIÃO DE LAGOA DE ROÇA/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 865, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de SERRARIA/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Julho de 2011 Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Serraria, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Serraria é uma pequena cidade brasileira no estado da Paraíba, localizada na microrregião do Brejo Paraibano. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 6.231 habitantes. Área territorial de 75 km², estando localizado na mesorregião do Agreste Paraibano, distando a 137 km de João Pessoa e limitando-se com os municípios de Arara (14km), Areia (15km), Pilões (7,5km), Pilõezinhos (10km), Borborema (4,5km), Pirpirituba (17km), Remígio (22km) e Casserengue (10km). Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de SERRARIA/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 866, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de ESPERANÇA /PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Esperança, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Esperança é um município no estado da Paraíba, Brasil. Com 31.095 habitantes, segundo o CENSO 2010. Pertence à microrregião de mesmo nome, e da Região Metropolitana de Campina Grande. Sua extensão territorial é de 146,2 km². Portanto, sua densidade demográfica é de aproximadamente 212,6 hab/km². Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O município limita-se com os municípios de Algodão de Jandaíra (23 km), Alagoa Nova (12,5km), São Sebastião de Lagoa de Roça (7,5 km), Montadas (12,5 km), Areial (5 km), Pocinhos (23 km) e Remígio (10 km) e está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de ESPERANÇA/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 867, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego, a criação e implantação de cursos de qualificação profissional no município no município de BOQUEIRÃO/PB. Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Boqueirão, a criação e a implantação de cursos de qualificação profissional. Boqueirão, município no estado da Paraíba. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 16.881 habitantes. Área territorial de 425 km², estando localizado na mesorregião da Borborema, distando a 162 km de João Pessoa e Limitando-se com o Estado de Pernambuco e com os municípios de Riacho de Santo Antônio (18 km), Barra de são Miguel (36,5 km), Cabaceiras (17 km), Boa Vista (26 km), Campina Grande (40 km), Caturité (12 km) e Barra de Santana (17 km). Na classificação das microrregiões, Boqueirão encontra-se na microrregião dos Cariris Velhos. O seu comércio quando da emancipação política até bem Quinta-feira 7 35519 próximo era normalmente feito em Campina Grande, entretanto, a maioria de seus produtos, que são exportados, vão para essa cidade, devido a sua demanda precisar destes produtos, que atendem muito bem àqueles que necessitam. Com a implantação dos cursos de qualificação profissional, será proporcionado à população conhecimentos que permitem a capacitação e atualização exigida nos dias de hoje para a atuação no mercado de trabalho, tendo como base a complementação ou aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Portanto, podemos dizer que com o serviço de qualificação profissional será possível à inserção do cidadão capacitado no mercado de trabalho, incentivando a elevação da escolaridade dos participantes por meio de políticas públicas de educação, inclusão social, redução da pobreza e elevação da produtividade Diante do exposto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para o atendimento desta justa reivindicação para que toda a população do município de BOQUEIRÃO/PB possa ter acesso aos cursos de qualificação profissional. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Romero Rodrigues, PSDB-PB. INDICAÇÃO Nº 868, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Sugere ao Ministério das Comunicações, por intermédio da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), as providências necessárias, em caráter de urgência, com vistas à apurar denúncias de que a Tim – Telecom Itália Mobile – teria ampliado sua base de usuários no estado de Minas Gerais sem infraestrutura para garantir atendimento de qualidade aos novos e antigos clientes. Excelentíssimo Senhor Ministro: A TIM – Telecom Itália Mobile – ampliou sua base de usuários em todo país, inclusive em Minas Gerais, e parece que essa ampliação se deu sem infraestrutura para garantir atendimento de qualidade aos novos e antigos clientes. Clientes da operadora enfrentam constantes problemas, como por exemplo, o sinal cai várias vezes ao dia, o acesso à internet é lento, durante todo o dia os clientes recebem mensagens de chamadas perdidas. Insta salientar que, nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, a empresa de telefonia móvel Tim foi proibida de comercializar chips e planos a novos clientes. A proibição é consequência das constantes reclamações de clientes que não conseguem utilizar os serviços. 35520 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Segundo o jornal “Estado de Minas”, edição do dia 29/06/2011, desde janeiro, a empresa é a campeã de reclamações no ranking da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) entre as operadoras de telefonia móvel. O jornal, ainda afirma na mesma matéria que em contato telefônico com o serviço de atendimento ao consumidor da operadora na tarde do dia 28/06/2011, o Estado de Minas ouviu orientação, que pode ser considerada abusiva, de que a solução temporária do problema estaria na desabilitação do acesso do aparelho à frequencia 3G. Ou seja, usar o aparelho com a qualidade 2G, mesmo pagando pelo 3G. Em comparação seria como usar internet em velocidade discada, pagando o preço de banda larga. “ O senhor pode desabilitar a rede 3G do seu aparelho e usá-lo normalmente no 2G porque esse problema de falta de sinal tem a ver com instalação de novas antenas para ampliar a cobertura da operadora. Usar em outra frequência pode resolver”, disse o atendente. São inúmeras reclamações no estado de Minas Gerais na rede social do Facebook, onde quase 10 mil pessoas confirmaram presença no evento “boicote à Tim”. Importante asseverar que a postura da Tim configura grave ofensa ao consumidor nos termos do art. 20, §2º do CDC, senão vejamos: “ART. 20 – O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I – a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; II – a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III – o abatimento proporcional do preço. § 1º – A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. § 2º – São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam às normas regulamentares de prestabilidade. (Grifo nosso). Diante do exposto, conto com o apoio de nossos ilustres pares para a aprovação deste requerimento a fim de proibir que a Tim – Telecom Itália Mobile – co- Julho de 2011 mercialize novos aparelhos, planos e linhas no Estado de Minas Gerais. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Weliton Prado, Deputado Federal – PT/MG. INDICAÇÃO Nº 869, DE 2011 (Do Sr. Manoel Junior) Requer o envio de Indicação ao Ministério da Previdência Social, sugerindo disciplinar a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. Excelentíssimo Senhor Ministro da Previdência Social: A Constituição Federal preconiza, no § 10º do art. 201, que Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. O Seguro de Acidente do Trabalho – SAT, é reportado no artigo 201 da Constituição Federal, pelo qual o Estado assume o dever social de atender e cobrir os acidentes de trabalho. A cobertura dos acidentes de trabalho é expressamente atribuída a Previdência Social, donde é ratificada a afirmativa de que a concessão do respectivo benefício é um direito social, financiado pela sociedade para suprir as necessidades dos trabalhadores atingidos por um infortúnio decorrente da prestação de seu labor. Tendo em vista a complexidade dos cálculos atuariais necessários para a implementação do seguro no setor privado e o fato de que o assunto submete-se à esfera fiscalizatória da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, órgão executor das políticas formuladas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, o tema encontra-se no âmbito do Poder Executivo. Considerando o exposto, sugerimos a realização de estudos de viabilidade técnica para implantação do seguro de acidente de trabalho no setor privado, de forma a atender o previsto no § 10º do art. 201 da Constituição Federal. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Manoel Junior. INDICAÇÃO Nº 870, DE 2011 (Da Sra. Nilda Gondim) Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a criação no âmbito da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, do curso de Medicina Veterinária no Campus de Campina Grande. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Excelentíssimo Senhor Ministro, Venho, mediante a presente Indicação, sugerir a intermediação desse Ministério da Educação, no sentido de verificar a possibilidade de criação no âmbito da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, do curso de Medicina Veterinária no Campus de Campina Grande. Campina Grande é um importante pólo universitário do Nordeste do Brasil, por isso tem atraído a atenção de estudantes que estão concluindo o ensino médio. Porém um dos cursos mais procurados, o de Medicina Veterinária, não está disponível no campus de Campina Grande, sendo este um dos grandes pleitos de alunos secundaristas que almejam futura graduação e posterior carreira na área de medicina veterinária em Campina Grande e cidades circunvizinhas. Frisando que a falta do Curso de Graduação de Medicina Veterinária no campus de Campina Grande tem frustrado os planos de inúmeros jovens vocacionados por esse ramo da medicina, que infelizmente acabam sendo obrigados a migrarem para outras cidades como Areia e Patos, tendo em vista a existência do curso em comento nas referidas estruturas acadêmicas. Deste modo por considerar que a Medicina Veterinária é “uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da saúde”, e atua também, “num sentido amplo, com a prevenção e cura das doenças dos animais e dos humanos num contexto médico”1, e levando-se em conta que a cidade de Campina Grande tem uma população animal bastante considerável e que, no entanto, não dispõe de serviços públicos para atender tal demanda devido à carência de médicos veterinários na municipalidade, espero poder contar com o apoio de Vossa Excelência para adotar a sugestão apontada na presente Indicação para a criar no âmbito da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, do curso de Medicina Veterinária no Campus de Campina Grande. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Nilda Gondim, Deputada Federal/PMDB/PB. INDICAÇÃO Nº 871, DE 2011 (Do Sr. Jovair Arantes) Requer o envio de Indicação ao Poder Executivo, relativa à criação da Universidade Federal do Sudoeste de Goiás, com sede no Município de Rio Verde, no Estado de Goiás. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Com quase seis milhões de habitantes, Goiás é o estado mais populoso do Centro-Oeste Brasileiro. O povoamento inicial dessa região ocorreu com a descoberta de jazidas de ouro, mas, hoje, a economia do Quinta-feira 7 35521 estado de Goiás é bastante diversificada. Destacam-se os investimentos na produção agropecuária – a atividade mais explorada -, além da expansão do comércio e das indústrias alimentícia, de confecções, mobiliária e madeireira. Recentemente, Goiás vem se beneficiando de um processo de intensa industrialização da agropecuária. O domínio na tecnologia na produção transformou o Estado em um dos grandes exportadores de grãos, além de possuir um dos maiores rebanhos do País, fornecendo leite e outros derivados, como carne, couro, lã e pele. A modernização da produção econômica trouxe também o desafio de conciliar a expansão da agroindústria com a preservação do cerrado, considerado um dos biomas mais ricos do planeta. Esse cenário de crescimento econômico, fundamentado em desenvolvimento tecnológico e respeito à natureza, precisa de profissionais bem formados, investimentos em pesquisa e disseminação dos conhecimentos para se sustentar no longo prazo. O Estado de Goiás conta com três instituições federais de ensino superior: dois Institutos de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (IFET Goiás e IFET Goiano) e a Universidade Federal de Goiás. Os IFET’s têm uma proposta diferenciada de oferta da educação profissional, integrando a oferta de formação inicial e continuada, técnicos, tecnólogos e licenciaturas, em diferentes itinerários formativos. Quanto à Universidade Federal de Goiás (UFG), o Censo da Educação Superior de 2009 informa que foram oferecidas 5.776 vagas naquele ano. Porém, o número de interessados no processo de seleção ultrapassou 40 mil candidatos, resultando numa relação de candidatos/vaga de 7,2. O Sudoeste de Goiás é uma microrregião, em que se destaca o município de Rio Verde, maior produtor de grãos do Estado e centro difusor de novas tecnologias, segundo informações da Prefeitura. O Município é um grande produtor nacional de grãos e essa produtividade é obtida sem agressões ao meio ambiente. Os números na agricultura de Rio Verde são resultados da utilização de tecnologia de ponta, mecanização de última geração, aliadas à profissionalização do produtor e à ação colaborativa entre o Poder Público e entidades privadas. O Instituto Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica Goiano (campus de Rio Verde) e a Universidade de Rio Verde, uma autarquia municipal, colaboraram para a construção dessa realidade. Rio Verde, face à modernização de sua agropecuária, tem se mostrado atrativo para novas empresas e grandes indústrias, atraindo também grande número 35522 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de brasileiros de todas as partes do País. O Censo Demográfico de 2010 registra que Rio Verde é o quarto Município mais populoso de Goiás. Nesse sentido, a ampliação da rede federal de educação superior é um imperativo para elevar a qualidade desse nível de ensino, fomentar a pesquisa e a extensão. É decisiva, ainda, para dar acesso a importantes camadas da população no prosseguimento de sua trajetória acadêmica e de se beneficiarem do desenvolvimento que a região vive, com formação melhor e maior empregabilidade. O Governo Federal tem considerado as necessidades de expansão de sua rede em diversas localidades, e o Sudoeste de Goiás certamente é uma área que deve ser alvo do Ministério da Educação, por ocasião da criação de novas universidades federais. Estamos certos que Vossa Excelência haverá de adotar as necessárias providências para apreciar e atender o pleito aqui apresentado, que tem grande relevância para o Estado de Goiás. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Jovair Arantes INDICAÇÃO Nº 872, DE 2011 (Do Sr. Carlaile Pedrosa) Sugere ao Ministério das Cidades a inclusão no PAC DA MOBILIDADE GRANDES CIDADES – Grupo MOB 1, da extensão de ramais do Metrô de Belo Horizonte ao Barreiro, Contagem e Betim, na Região Metropolitana/RMBH. Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado, As obras do trem urbano na capital mineira começaram há 30 anos. Com a inclusão do Metrô de Belo Horizonte no PAC DA MOBILIDADE GRANDES CIDADES englobando a modernização e a criação de novas linhas com a extensão de ramais do Barreiro a Contagem e Betim, na Região Metropolitana – RMBH, terceira maior aglomeração urbana do Brasil, o Metrô de BH poderá atender aproximadamente 1 milhão de passageiros por dia. Temos plena convicção que o governo federal ao estruturar uma política pública de mobilidade urbana para o País viabilizará soluções para os gargalos de mobilidade dos grandes centros urbanos, num esforço para melhorar a qualidade de vida de milhares de cidadãos priorizando o transporte público rápido, seguro e menos poluente. Neste sentido, solicitamos o empenho de Vossa Excelência e da equipe técnica da Coordenação do PAC no Ministério das Cidades para a adoção de medidas que viabilizem a compatibilidade entre esta Julho de 2011 demanda e os ramais ora propostos, com garantia da sustentabilidade operacional dos sistemas, bem como a adequação às normas de acessibilidade beneficiando essas áreas densamente povoadas, inclusive por populações de baixa renda. Em última instância, em que pese Belo Horizonte, uma das cidades-sedes da Copa 2014, possivelmente não ter os projetos do metrô concluídos até a Copa do Mundo, consideramos importante valorizar e representar os anseios dos mineiros que almejam a construção de uma solução definitiva, inadiável e inestimável para essa região que representa um importante centro político, financeiro, comercial, educacional e cultural de Minas Gerais. Sala da Comissão, de julho de 2011. – Deputado Carlaile Pedrosa, PSDB/MG. INDICAÇÃO Nº 873, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Sugere ao Ministro da Fazenda, por intermédio do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), a realização dos esforços necessários com vistas à reduzir os valores abusivos dos impostos cobrados na conta luz, que sacrificam as famílias, pequenos e micro empresários brasileiros, especialmente os de Minas Gerais, com a definição de uma alíquota máxima de 25% do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) incidente sobre os serviços de energia elétrica. Excelentíssimo Senhor Ministro: É preciso ressaltar que o serviço público de energia elétrica é essencial, ou seja, é um serviço destinado a satisfazer as necessidades essenciais da coletividade, sendo prestados pela Administração Pública através de entidades delegatárias submetidas ao controle estatal. A Lei Federal n° 7783/89, em seu artigo 10, define como serviços essenciais os de abastecimento e tratamento de água, energia elétrica, gás, combustíveis, saúde, distribuição de medicamentos e alimentos, funerário, transporte coletivo, captação e tratamento de esgoto, tráfego aéreo, compensação bancária e outros. A consequência da definição como serviço essencial é a necessária observância aos princípios da generalidade, modicidade, eficiência e da continuidade na prestação dos serviços. Ora, a energia elétrica residencial fornecida pela Cemig, por exemplo, computados o ICMS, já é a mais cara do país. Aliada à alterações da política tarifária Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS da empresa que não seja para reduzir o valor das tarifas atualmente cobradas, a fatura torna-se inaceitável. É preciso fazer justiça aos consumidores brasileiros. E a justiça só poderá ser feita com a cobrança de impostos de forma justa. No caso da energia elétrica, em Minas Gerais, os consumidores da Cemig pagam a conta mais cara do Brasil e não há a contraprestação dos serviços de qualidade pelo Estado. Ou seja, os serviços de energia elétrica prestados não fazem justiça ao recolhimento dos impostos gerados. Segundo dados do Sindifisco-MG, a alta alíquota de ICMS da energia elétrica para os consumidores residenciais em Minas Gerais é de 30%. Contudo, na prática, a alíquota efetiva é de 43% com a cobrança por dentro. Como um serviço essencial pode ser considerado um dos itens que mais pesa no bolso dos consumidores? Ressalta-se que a população não tem outra alternativa senão pagar os altos valores cobrados na fatura, visto que os serviços são monopolizados na maioria dos municípios por apenas uma concessionária prestadora dos serviços. Ademais, sendo essencial, a conta será paga pelos consumidores, mesmo quando representa imensos sacrifícios e abusos. Destarte, enquanto cobra-se altas alíquotas, abusivas e exageradas, do imposto sobre um bem essencial, que é a energia elétrica, o ICMS que incide no minério de exportação em Minas Gerais, por exemplo, é 0%. Apesar de ser um tributo estadual, torna-se imprescindível e urgente trabalharmos a questão da definição da alíquota máxima do ICMS que incide sobre os serviços de energia elétrica em 25%, face aos abusos cometidos por alguns estados da federação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Weliton Prado, Deputado Federal – PT/MG RECURSO Nº 62, DE 2011 (Da Sra. Ana Arraes e outros) Recorrem ao Plenário contra a apreciação conclusiva do Projeto de Lei nº 2.121, de 1999. Excelentíssimo Senhor Presidente, Os Deputados abaixo assinados, com base no art. 132, § 2º, combinado com o art. 58, § 1º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e com o art. 58, § 2º, I, da Constituição Federal, vem, respeitosamente, Recorrer ao Plenário contra a apreciação conclusiva do Projeto de Lei nº 2.121, de 1999, que “Acrescenta parágrafo único ao art. 5º da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989.”, pelas razões a seguir aduzidas. O Projeto de Lei em tela, de autoria do nobre deputado Raimundo Gomes de Matos, altera a Lei Quinta-feira 7 35523 que regulamenta o art. 159 da Constituição Federal, tornando mais abrangente os critérios para definição da região do Semi-Árido, no âmbito da aplicação dos recursos do Fundo Constitucional de desenvolvimento do Nordeste – FNE. A proposição foi discutida e deliberada nas Comissões de Desenvolvimento Urbano, Finanças e Tributação e na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, nos termos do art. 24, II, do Regimento Interno da Câmara. Pois bem, sensibiliza-nos que o Sr. Deputado autor da matéria justifique o seu projeto sobre a necessidade de ser dado um tratamento especial aos Municípios localizados na faixa de transição do semi-árido, em face dos indicadores sociais ali existentes. No entanto, esclarecemos que apesar das conexões existentes entre a delimitação feita pelo Ministério da Integração Nacional, em 2005, e questões de ordem socioeconômicas daquela localidade, os critérios definidores para o recorte são de ordem climática, não merecendo prosperar os argumentos postos no projeto. Ressalte-se, ainda, que o estudo realizado pelo Ministério da Integração Social para a delimitação da região semi-árida baseou-se em séries de 30 (trinta) anos, concluindo não ser possível tomar como referência períodos anuais isolados, sob o risco de se gerar uma grande inconsistência quando da delimitação desta área. Alterou, inclusive, para 3 (três), os critérios para a caracterização destas regiões, conforme recomendação da própria Organização Mundial de Meteorologia, a saber: a Pluviometria, o Índice de Aridez e o Risco de Seca. Ademais, a proposição sugere que outros indicadores também sejam considerados (atividades agrícolas, taxas de frustação de safras, disponibilidade de água, irregularidade de chuvas). Ocorre, porém, que estes fogem totalmente dos legítimos critérios que definem estes espaços, sendo certo que tal alteração possibilitaria que outras áreas, inclusive as não contíguas, viessem a pleitear eventual inclusão. Com relação às emendas apresentadas, nada temos a considerar, uma vez que estas tratam apenas de questões relativas à competência da CCJC, não nos carecendo analisar, nesta ocasião. Pelo exposto, diante relevante tema, somos contrários à apreciação conclusiva do projeto em comento, devendo o Plenário manifestar-se sobre o seu mérito, o qual também opinamos por sua total rejeição. Certo, portanto, de que o assunto ainda se ressente da oportuna e conveniente análise do Plenário – que suplanta quaisquer interesses particulares, mas em homenagem ao interesse público postulado – e 35524 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS na convicção de que receberemos de V. Exª. a devida atenção, pedimos a aprovação do que ora se propõe. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Deputada Ana Arraes, Líder do Bloco PSB, PTB e PCdoB. Proposição: REC 0062/11 Autor da Proposição: ANA ARRAES E OUTROS Data de Apresentação: 06/07/2011 Ementa: Recorre ao Plenário contra a apreciação conclusiva do Projeto de Lei nº 2121, de 1999. Possui Assinaturas Suficientes: SIM Totais de Assinaturas: Confirmadas 059 Não Conferem 001 Fora do Exercício 000 Repetidas 002 Ilegíveis 000 Retiradas 000 Total 062 Assinaturas Confirmadas 1 ALEX CANZIANI PTB PR 2 ALEXANDRE SANTOS PMDB RJ 3 ANA ARRAES PSB PE 4 ANGELO VANHONI PT PR 5 ANTONIO BRITO PTB BA 6 ARIOSTO HOLANDA PSB CE 7 ARNALDO FARIA DE SÁ PTB SP 8 ASSIS DO COUTO PT PR 9 ASSIS MELO PCdoB RS 10 AUDIFAX PSB ES 11 CHICO LOPES PCdoB CE 12 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA 13 DARCÍSIO PERONDI PMDB RS 14 DÉCIO LIMA PT SC 15 DR. UBIALI PSB SP 16 EDSON SILVA PSB CE 17 EDUARDO CUNHA PMDB RJ 18 FÁBIO FARIA PMN RN 19 FERNANDO COELHO FILHO PSB PE 20 FERNANDO FERRO PT PE 21 FERNANDO MARRONI PT RS 22 FRANCISCO PRACIANO PT AM 23 GIVALDO CARIMBÃO PSB AL 24 GLAUBER BRAGA PSB RJ 25 HUGO LEAL PSC RJ 26 JAIR BOLSONARO PP RJ 27 JANETE ROCHA PIETÁ PT SP 28 JEFFERSON CAMPOS PSB SP 29 JÔ MORAES PCdoB MG 30 JONAS DONIZETTE PSB SP 31 JOSE STÉDILE PSB RS 32 JOVAIR ARANTES PTB GO 33 JÚLIO DELGADO PSB MG Julho de 2011 34 KEIKO OTA PSB SP 35 LAUREZ MOREIRA PSB TO 36 LEOPOLDO MEYER PSB PR 37 LINCOLN PORTELA PR MG 38 LUCI CHOINACKI PT SC 39 LUIZA ERUNDINA PSB SP 40 MANOEL JUNIOR PMDB PB 41 MARCELO MATOS PDT RJ 42 MAURO NAZIF PSB RO 43 MIRO TEIXEIRA PDT RJ 44 NELSON MARQUEZELLI PTB SP 45 PASTOR EURICO PSB PE 46 PAULO FOLETTO PSB ES 47 PAULO PEREIRA DA SILVA PDT SP 48 PERPÉTUA ALMEIDA PCdoB AC 49 REBECCA GARCIA PP AM 50 RIBAMAR ALVES PSB MA 51 ROMÁRIO PSB RJ 52 RONALDO NOGUEIRA PTB RS 53 SANDRA ROSADO PSB RN 54 SEBASTIÃO BALA ROCHA PDT AP 55 SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO PT BA 56 SIBÁ MACHADO PT AC 57 VALADARES FILHO PSB SE 58 VALTENIR PEREIRA PSB MT 59 VICENTINHO PT SP REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 764 DE 2011 (Do Sr. Antonio Imbassahy ) Reitera a solicitação de informações ao Senhor Jorge Hage, Ministro Chefe da Controladoria-Geral da União, acerca da lisura e de possíveis prejuízos causados a Furnas Centrais Elétricas S.A. pela decisão de adquirir ações da empresa Oliveira Trust Service. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, arts., 115, Inciso I e 116, Inciso II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, sejam reiteradas as informações solicitadas em 27 de abril de 2011, ao Senhor Jorge Hage, Ministro Chefe da Controladoria-Geral da União – CGU, por meio do Ofício 1ª Sec/RI/E nº 827/2011, com o encaminhamento de cópia de inteiro teor dos pertinentes autos na forma em que se encontram até o presente momento, que versam sobre suposta ilicitude envolvendo a compra de ações da empresa Oliveira Trust Service, por parte da estatal Furnas Centrais Elétricas S.A., com prejuízo financeiro para os cofres da estatal, conforme amplamente divulgado pelos meios de comunicação. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação Furnas S.A., como uma das subsidiárias do grupo Eletrobras, opera hoje doze usinas hidroelétricas e duas termoelétricas, possuindo mais de 19.000 km de linhas de transmissão, atendendo a 51% das residências brasileiras e tendo sob sua responsabilidade como concessionária, cerca de 65% do PIB brasileiro. São indicadores superlativos que emprestam relevância à atuação da estatal no papel de indutora do desenvolvimento do País nos segmentos de geração e transmissão e que por essa razão, deveriam elevá-la a um patamar condizente com a responsabilidade advinda desses indicadores, tornando-a modelo de gestão profissional, capacidade intelectual internalizada e resultados à parte da sociedade brasileira a qual ela abastece com seus serviços. No entanto, não é isso o que vem sendo verificado, pelo menos desde 2003, quando inspeção da Agencia Nacional de Energia Elétrica – Aneel, à época, detectou problemas nas linhas de transmissão de Itaipu, sob a responsabilidade técnica de Furnas, notadamente sobre a obsolescência de seus equipamentos e que poderiam resultar a médio e longo prazo em um blecaute de grandes proporções, o que efetivamente se materializou em novembro de 2009, quando 18 estados brasileiros sofreram um intenso apagão, que resultou na aplicação pela Aneel de multa no valor de R$ 54 milhões à estatal, posteriormente reduzida para R$ 44 milhões. Desnecessário dizer que ao pagar a multa nesse alto valor, o prejuízo causado à empresa decorrente de seu frágil modelo de gestão e a sua deficiente capacidade operacional, se estende também a todos os contribuintes que são forçados a bancar suas falhas na forma do recolhimento de impostos e de elevados tributos e encargos setoriais que incidem sobre esse setor. Nesse sentido, causou-nos, mais uma vez, grande preocupação matéria veiculada no Portal do jornal O Globo, no dia 01/02/2011, sob o título “CGU vai investigar compra de ações por Furnas”. Diz a matéria: BRASÍLIA – A Controladoria Geral da União (CGU) decidiu abrir investigação para apurar supostas irregularidades na decisão da estatal Furnas Centrais Elétricas de comprar ações da empresa Oliveira Trust Service. Sete meses depois de abrir mão do direito de preferência pelas ações da Service, Furnas comprou parte da empresa por R$ 73 milhões a mais que o valor inicial da companhia conforme noticiou O GLOBO na semana passada. As ações da Service, que estavam avaliadas em R$ 6,9 milhões, subiram para R$ 80 milhões em menos de um ano. Em nota divulgada na terça-feira, a direção de Furnas negou qualquer irregularidade. Segundo a estatal, a Service se valorizou depois de receber um aporte de capital de R$ 75 milhões. Mas as explicações Quinta-feira 7 35525 não foram consideradas suficientes pela Controladoria. Na segunda-feira, o ministro Jorge Hage determinou à Secretaria de Controle Interno, uma das estruturas da Controladoria, que faça uma auditoria nos contratos firmados por Furnas e que estão sendo alvo de denúncias. A análise deve começar esta semana. Hage não estabeleceu prazo para a conclusão da apuração. Mas deixou claro que gostaria de pôr a questão em pratos limpos o mais cedo possível. As acusações estão no centro da disputa pelo controle da estatal entre petistas e o grupo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em meio à confusão, o secretário municipal de Habitação do Rio, Jorge Bittar (PT), enviou um relatório sobre as supostas irregularidades ao ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. O documento teria sido preparado por servidores da estatal descontentes com a administração da empresa. Esta não é a primeira vez que Furnas é alvo de graves denúncias. Em 2005, no auge do escândalo do mensalão, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar denúncias de que a estatal estaria sendo usada para financiar campanhas eleitorais. Os repasses seriam feitos a políticos por empresas contratadas para prestar serviços ou fornecer equipamentos a Furnas. Um dos alvos da investigação era Dimas Toledo, um dos ex-diretores da estatal. A polícia também tentou investigar supostas irregularidades na contratação de servidores terceirizados. Mas nenhuma das frentes de investigação foi levada adiante. Um dos delegados que acompanhou de perto os inquéritos disse que a polícia não teve condições de aprofundar a investigação porque a Justiça Federal no Rio de Janeiro rejeitou boa parte dos pedidos de quebra de sigilo e de busca em endereços dos investigados. As investigações estavam centralizadas em Brasília. Depois foram transferidas para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. Desta forma, considerando as informações contidas no Ofício nº 14.615/2011/GM/CGU-PR, encaminhado no dia 31 de maio de 2011, pelo Senhor Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União – Interino, Luiz Navarro de Britto Filho, sem manifestação conclusiva, e depois de transcorrido o prazo constitucional, no sentido de estar a CGU realizando ação de controle em Furnas, não concluída ainda, com escopo na solicitação original por mim apresentada, é que reitero seja encaminhada a esta Casa, cópia de inteiro teor do pertinente processo com as ações efetuadas até o presente momento, de forma a possibilitar o desempenho de nossas atribuições constitucionais de continuar acompanhando, pari passu as ações do Poder Executivo. 35526 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Antonio Imbassahy, PSDB/BA REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES No 765 , DE 2011 (Do Sr. Carlos Souza) Solicita ao Ministério das Cidades informações acerca do número de habitações populares destinadas aos indígenas através do Programa Minha Casa, Minha Vida, no Estado do Amazonas, na Região Norte, bem como em todo o Brasil. Julho de 2011 de Minas e Energia, Senhor Edison Lobão, informações acerca do montante de recursos provenientes da Reserva Global de Reversão repassados, nos últimos cinco anos, para a execução de obras de expansão do sistema elétrico no Estado do Amazonas, na Região Norte, bem como em todo o Brasil, assim como os valores relativos, em porcentagem, desses repasses. Justificação É consabido que para viabilizar a construção das unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida foram aportados ao FAR – Fundo de Arrendamento Residencial, recursos no valor de R$ 14 bilhões, cuja distribuição orçamentária foi feita nas 27 Unidades Federativas do Brasil, tendo como base o estudo do déficit habitacional dos municípios que compõem as respectivas unidades. Com o propósito de buscar esclarecimentos para melhor orientar nossa atuação parlamentar, é que apresentamos o presente requerimento de informações. Sala das Sessões, em 6 de Julho de 2011. –Deputado Carlos Souza. A Região Norte do Brasil é aquela que apresenta os menores índices de universalização dos serviços de energia elétrica em todo o Brasil. No caso do Estado do Amazonas, pelas suas dimensões e devido às dificuldades de acesso a muitas de suas localidades, a situação é ainda mais crítica. Além disso, diversos Municípios são atendidos por meio de usinas termelétricas antigas e de menor confiabilidade. Nessas condições, os investimentos em expansão do sistema elétrico são imprescindíveis e urgentes, de modo que a população disponha de melhores serviços públicos e para que a economia possa se desenvolver sem restrições decorrentes da falta de energia elétrica de qualidade. Como a Reserva Global de Reversão (RGR) tem a expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica como uma de suas principais destinações legais, acreditamos ser de fundamental importância que tenhamos pleno conhecimento do montante desses recursos efetivamente aplicados em nossa região e em nosso Estado. Assim, com o propósito de buscar esclarecimentos para melhor orientar nossa atuação parlamentar, apresentamos o presente requerimento de informações. Sala das Sessões, em 6 de JULHO de 2011. – Deputado Carlos Souza REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES No 766, DE 2011 (Do Sr. Carlos Souza) REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 767 de 2011 (Da Sra. Nilda Gondim) Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que sejam solicitadas ao Ministro das Cidades, Senhor Mário Negromonte, informações acerca do número de habitações populares destinadas aos indígenas através do Programa Minha Casa, Minha Vida, no Estado do Amazonas, na Região Norte, bem como em todo o Brasil. Justificação Solicita ao Ministério de Minas e Energia informações acercado montante de recursos provenientes da Reserva Global de Reversão repassados, nos últimos cinco anos, para a execução de obras de expansão do sistema elétrico no Estado do Amazonas, na Região Norte, bem como em todo o Brasil. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50 da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que sejam solicitadas ao Ministro Solicita ao ilustríssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde, informações concernentes aos casos de hepatites virais no país. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50, § 2º, da Constituição Federal e na forma dos art. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados sejam solicitadas ao Senhor Ministro de Estado da Saúde, informações sobre as hepatites virais no país. Levando-se em conta que as hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS consideradas um grave problema de saúde pública no país, solicitamos: Sejam encaminhadas informações, dados ou levantamentos estatísticos feitos pelo Ministério sobre os tipos de hepatites mais comuns e/ou raros, bem como as cidades (Estados da Federação) onde há maior incidência de registros de casos; Quais e ações realizadas pelo SUS para o tratamento dos portadores do vírus nas suas mais variadas formas sejam agudas, de médio ou longo prazo; Quais os prazos estabelecidos pelo SUS para os tratamentos adequados dos portadores de hepatites; Em especial, quanto à hepatite C, quanto tempo dura o tratamento? Se no término do período previsto pelo SUS para o tratamento ainda houver necessidade de uso de medicamento, se os portadores deste tipo de hepatite podem contam com o apoio do SUS para receberem os remédios de controle e/ou prevenção. Se possível, encaminhar a lista dos municípios do estado da Paraíba que têm casos de hepatites. Assim sendo, espero poder contar com o apoio do ilustre Ministro para o envio a esta Casa das informações de que trata a presente proposição e/ou outras que julgar pertinentes ao tema em epígrafe. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Nilda Gondim, Deputada Federal/PMDB/PB. REQUERIMENTO Nº. 768 DE 2011 (Do Sr. Deputado Silas Câmara) Solicita informações ao Ministério da Previdência Social, através do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social acerca da implantação de agências de atendimento nos municípios do Amazonas. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministério da Previdência Social, através do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social acerca da implantação de agências de atendimento no Estado do Amazonas. Quais os municípios que ainda não possuem agência de atendimento do INSS. Quais os municípios que foram contemplados no plano de expansão para receberem uma agência de atendimento. Qual o cronograma de obras de cada um desses municípios contemplados para receber estas agências. Se as obras estão em atraso ou ainda não foram nem iniciadas ou licitadas, o que aconteceu. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Silas Câmara, PSC/AM. Quinta-feira 7 35527 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 769 , DE 2011 (Do Sr. Deputado Rodrigo Maia) Solicita informações a Excelentíssima Ministra de Estado do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Senhora Miriam Belchior, sobre a contratação de terceirizados pela Administração Pública Federal. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 50, § 2º, da Constituição Federal e no inciso I do Artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado a Excelentíssima Ministra de Estado do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Senhora Miriam Belchior, o seguinte requerimento de informação, sobre a contratação de terceirizados pela Administração Pública Federal, especialmente no que toca a: Matéria do Globo, de 23 de junho de 2011, intitulada “Governo Federal desrespeita acordo e amplia gastos com terceirizados”, menciona que, após um levantamento feito por esse jornal, concluiu-se que ao menos 52 órgãos, vinculados a 23 ministérios ou à própria Presidência da República, estão em situação irregular no que concerne a contratação de pessoal terceirizado. Solicita-se, assim: Cópia de estudos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em relação à contratação de terceirizados em desconformidade com o Decreto 2.271/97. Cópia de estudos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em relação à necessidade de contratação de servidores. O acordo citado pela matéria é o Termo de Conciliação Judicial firmado em 5 de novembro de 2007 entre Ministério Público do Trabalho, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e Advocacia Geral da União, que resultou no comprometimento da União de contratar terceirizados exclusivamente nas hipóteses aludidas no Decreto 2.271/97. Em 5 de dezembro de 2007 o referido documento foi homologado judicialmente na 17ª Vara do Trabalho de Brasília-DF, sob o número 00810.2006.017.10.00-7. Dessa forma, no tocante aos compromissos firmados nesse Termo de Conciliação Judicial, são solicitadas as seguintes informações: Quais foram as medidas implementadas para o cumprimento total do Termo de Conciliação Judicial? O cronograma estipulado na cláusula terceira do referido Termo de Conciliação Judicial foi cumprido? Pede-se, em especial, se foram cumpridas as seguintes obrigações: 35528 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS I) Até 31/07/2008: conclusão das propostas de regularização da situação jurídica dos recursos humanos com fundamento em estudos que demonstrem as reais necessidades da força de trabalho realizado pelos terceirizados; II) Até 31/07/2009: a substituição, pela União, de, no mínimo, 30% do pessoal terceirizado irregular por trabalhadores admitidos mediante concurso público; III) Até 31/12/2009: a substituição, pela União, de, no mínimo, mais 30% do pessoal terceirizado irregular por trabalhadores admitidos mediante concurso público; IV) 31/12/2010: a substituição, pela União, de todo o pessoal terceirizado irregular por trabalhadores admitidos mediante concurso público. Pede-se a documentação referente ao cumprimento das obrigações acima elencadas. Quais as medidas adotadas no âmbito da competência do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para regularizar a situação jurídica dos recursos humanos de cada órgão da Administração Pública Federal? Solicita-se o envio de cópia dos documentos referentes a estas medidas implementadas. Solicita-se o envio de todas as repostas dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal no que concerne ao levantamento feito pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão acerca do quantitativo de terceirizados na Administração Pública Federal. Quaisquer documentos, se houver, que sejam remetidos com a chancela de “sigilosos” terão exibição restrita apenas a este requerente, aplicando-se o disposto no art. 98, § 5º, do RICD. Justificação O Decreto 2.271, de 7 de julho de 1997 disciplina a contratação de terceirizados pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Entretanto, a contratação de prestação de serviços, atualmente, está em desconformidade com o referido diploma legal. Nesse sentido, vale lembra a disposição do art. 1º, § 2º do Decreto 2.271/97: “§ 2º Não poderão ser objeto de execução indireta as atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade, salvo expressa disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal.” Esse dispositivo, indubitavelmente, é um dos mais violados na contratação de terceirizados pela Administração Pública, gerando, por via reflexa, descumprimento da norma constitucional de contratar ser- Julho de 2011 vidores por meio de concurso público (art. 37, inciso II da Constituição Federal). Os órgãos de controle da União, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), por diversas vezes suscitaram ilegalidades e consequências alarmantes que essas contratações indevidas acarretam. Por exemplo, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho prevê a responsabilidade subsidiária de entes integrantes da Administração Pública Federal por eventuais débitos trabalhistas. Se for constatada a presença dos requisitos que caracterizam a relação de emprego (previstos no art. 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT) na atividade de intermediação de mão-de-obra patrocinada por empresa interposta estarão implicados prejuízos financeiros ao erário público. Na mesma esteira, o Ministério Público do Trabalho ajuizou diversas ações civis públicas, bem como instaurou procedimentos de investigação preliminar, em desfavor de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, no sentido de fazer com que essas contratações ilegais de terceirizados cessem e que, consequentemente, o Decreto 2.271 seja observado. Tais medidas culminaram na assinatura do já mencionado Termo de Conciliação Judicial entre esse órgão ministerial e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ressalte-se que foram estabelecidas penas para o caso de descumprimento do Termo de Conciliação Judicial, e, em especial foi estipulada multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por cada indivíduo contratado que fosse encontrado trabalhando em situação jurídica ilegal, quantia a ser revertida para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Sala da Comissão, em 6 de julho de 2011. – Deputado Rodrigo Maia, DEM/RJ. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 770 , DE 2011 (Do Sr. Deputado Rodrigo Maia) Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado de Minas e Energia, Senhor Edison Lobão, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério de Minas e Energia, pela Eletrobras Furnas e pelos demais órgãos vinculados a este Ministério. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 50, § 2º, da Constituição Federal e no inciso I do Artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Ministro de Estado de Minas e Energia, Senhor Edison Lobão, o seguinte requerimento de informação, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério de Mi- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nas e Energia, pela Eletrobras Furnas e pelos demais órgãos vinculados a este Ministério, especialmente no que toca a: Há um Termo de Conciliação Judicial firmado em 27 de agosto de 2008 entre Ministério Público do Trabalho e Eletrobras Furnas (à época denominada Furnas Centrais Elétricas), que resultou no comprometimento desta última de contratar empregados exclusivamente mediante concurso público nos termos do art. 37, II, da Constituição Federal. Dessa forma, no tocante aos compromissos firmados nesse Termo de Conciliação Judicial, pergunta-se: Quais são as medidas que estão sendo implementadas para o cumprimento do Termo de Conciliação Judicial? O cronograma estipulado na cláusula quarta do referido Termo de Conciliação Judicial está sendo cumprido? Pede-se, em especial, se estão sendo cumpridas as seguintes obrigações: I) Até dezembro de 2009: Substituição de 20% dos terceirizados, com a contratação de no mínimo 30% de novos empregados previamente contratados mediante concurso público; II) Até dezembro de 2010: Substituição de 15% dos terceirizados, com a contratação de no mínimo 30% de novos empregados previamente contratados mediante concurso público; III) Até dezembro de 2011: Substituição de 15% dos terceirizados; IV) Até dezembro de 2012: Substituição de 25% dos terceirizados. Pede-se a documentação referente ao cumprimento das obrigações acima elencadas. Persistem ainda as contratações irregulares na Eletrobras Furnas? Qual a quantidade de trabalhadores que foram contratados em desconformidade com o Decreto 2.271/97? Quais as medidas implementadas por este órgão para sanar essa situação antijurídica? Há solicitação ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no sentido de realização de concurso público? Já obteve autorização? Solicita-se, ainda, o envio de cópias dos contratos firmados pela Eletrobras Furnas, nos últimos cinco anos, com empresas prestadores de serviços, cujo objeto seja contratação de trabalhadores em desacordo com o Decreto 2.271/97. Em relação aos demais órgãos vinculados a este Ministério, solicita-se o envio das seguintes informações: Quinta-feira 7 35529 Há nos quadros desses órgãos trabalhadores terceirizados em situação irregular? Caso a resposta à indagação acima seja positiva, qual a quantidade de trabalhadores contratados de forma irregular? Quais as medidas implementadas por este órgão para sanar essa situação antijurídica? Se já existe solicitação ao Ministério do Planejamento no sentido de realização de concurso público e a situação de sua respectiva autorização. Quaisquer documentos, se houver, que sejam remetidos com a chancela de “sigilosos” terão exibição restrita apenas a este requerente, aplicando-se o disposto no art. 98, § 5º, do RICD. Justificação O Decreto 2.271, de 7 de julho de 1997 disciplina a contratação de terceirizados pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Entretanto, a contratação de prestação de serviços, atualmente, está em desconformidade com o referido diploma legal. Nesse sentido, vale lembra a disposição do art. 1º, § 2º do Decreto 2.271/97: “§ 2º Não poderão ser objeto de execução indireta as atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade, salvo expressa disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal.” Esse dispositivo, indubitavelmente, é um dos mais violados na contratação de terceirizados pela Administração Pública, gerando, por via reflexa, descumprimento da norma constitucional de contratar servidores por meio de concurso público (art. 37, inciso II da Constituição Federal). Os órgãos de controle da União, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), por diversas vezes suscitaram ilegalidades e consequências alarmantes que essas contratações indevidas acarretam. Por exemplo, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho prevê a responsabilidade subsidiária de entes integrantes da Administração Pública Federal por eventuais débitos trabalhistas. Se for constatada a presença dos requisitos que caracterizam a relação de emprego (previstos no art. 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT) na atividade de intermediação de mão-de-obra patrocinada por falsas cooperativas, estarão implicados prejuízos financeiros ao erário público. Na mesma esteira, o Ministério Público do Trabalho ajuizou diversas ações civis públicas, bem como instaurou procedimentos de investigação preliminar, em desfavor de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, no 35530 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sentido de fazer com que essas contratações ilegais de terceirizados cesssem e que, consequentemente, o Decreto 2.271 seja observado. Tais medidas culminaram na assinatura do já mencionado Termo de Conciliação Judicial entre esse órgão ministerial e a Eletrobras Furnas. Ressalte-se que foi estipulada multa no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), na hipótese de descumprimento do Termo de Conciliação Judicial firmado com a Eletrobras Furnas por cada indivíduo contratado que fosse encontrado trabalhando em situação jurídica ilegal. Sala da Comissão, 6 de julho de 2011. – Deputado Rodrigo Maia, DEM/RJ. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 771 , DE 2011 (Do Sr. Deputado Rodrigo Maia) Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado da Fazenda, Senhor Guido Mantega, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério da Fazenda e pela Caixa Econômica Federal. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 50, § 2º, da Constituição Federal e no inciso I do Artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Ministro de Estado da Fazenda, Senhor Guido Mantega, o seguinte requerimento de informação, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério da Fazenda e pela Caixa Econômica Federal, especialmente no que toca a: Matéria do Globo, de 23 de junho de 2011, intitulada “Governo Federal desrespeita acordo e amplia gastos com terceirizados”, menciona que, após um levantamento feito por esse jornal, conclui-se que ao menos 52 órgãos, vinculados a 23 ministérios ou à própria Presidência da República, estão em situação irregular no que concerne a contratação de pessoal terceirizado. Solicitam-se, assim: Cópia de estudos do Ministério da Fazenda em relação à contratação de terceirizados em desconformidade com o Decreto 2.271/97. Cópia de estudos do Ministério da Fazenda em relação à necessidade de contratação de servidores. Um dos órgãos indicados pela reportagem é o Ministério da Fazenda, o qual teria realizado, após avaliação de notas de empenho das empresas prestadoras de serviço, a contratação de terceirizados, especificamente, secretárias sêniores e de nível médio, que estão lotados em sede, na Receita Federal e na Superintendência de Seguros Privados (Susep). Solicita-se cópia dessas notas de empenho das empresas prestadoras de serviços. Julho de 2011 Assim, no tocante a estas contratações irregulares, solicitam-se os seguintes esclarecimentos: Qual a quantia de trabalhadores contratados de forma irregular? Quais as medidas implementadas por este órgão para sanar essa situação antijurídica? Há prazo definido para contratação exclusivamente por concurso público, adequando, desse modo, o quadro pessoal do Ministério da Fazenda às normas do art. 37, II da Constituição Federal? Há solicitação ao Ministério do Planejamento no sentido de realização de concurso público? Já obteve a respectiva autorização? A Caixa Econômica Federal, empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, também apresenta problemas no que concerne a contratação de terceirizados de forma ilegal. Solicita-se, assim: Cópia de estudos da CAIXA em relação à contratação em desconformidade com o Decreto 2.271/97 de terceirizados; Cópia de estudos da CAIXA em relação à necessidade de contratação de servidores. Para corroborar o que foi afirmado acima, há um Termo de Conciliação Judicial firmado em 30 de junho de 2004 entre Ministério Público do Trabalho e Caixa Econômica Federal, que resultou no comprometimento da CAIXA de substituir os serviços terceirizados de “back-office” em todo o País por sistemas de tratamento de documentos e por empregados da CAIXA, os quais necessariamente deveriam ser contratados mediante concurso público nos termos do art. 37, II, da Constituição Federal, após autorização do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, conforme termos e prazos fixados no próprio Termo de Conciliação. Dessa forma, no tocante aos compromissos firmados nesse Termo de Conciliação Judicial, são solicitadas as seguintes informações: Quais foram as medidas implementadas para o cumprimento total do Termo de Conciliação Judicial? O cronograma estipulado no anexo do referido Termo de Conciliação Judicial foi cumprido? Quaisquer documentos, se houver, que sejam remetidos com a chancela de “sigilosos” terão exibição restrita apenas a este requerente, aplicando-se o disposto no art. 98, § 5º, do RICD. Justificação O Decreto 2.271, de 7 de julho de 1997 disciplina a contratação de terceirizados pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Entretanto, a contratação de prestação de serviços, atualmente, está em desconformidade com o referido diploma legal. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nesse sentido, vale lembra a disposição do art. 1º, § 2º do Decreto 2.271/97: “§ 2º Não poderão ser objeto de execução indireta as atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade, salvo expressa disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal.” Esse dispositivo, indubitavelmente, é um dos mais violados na contratação de terceirizados pela Administração Pública, gerando, por via reflexa, descumprimento da norma constitucional de contratar servidores por meio de concurso público (art. 37, inciso II da Constituição Federal). Os órgãos de controle da União, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), por diversas vezes suscitaram ilegalidades e consequências alarmantes que essas contratações indevidas acarretam. Por exemplo, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho prevê a responsabilidade subsidiária de entes integrantes da Administração Pública Federal por eventuais débitos trabalhistas. Se for constatada a presença dos requisitos que caracterizam a relação de emprego (previstos no art. 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT) na atividade de intermediação de mão-de-obra patrocinada por falsas cooperativas, estarão implicados prejuízos financeiros ao erário público. Na mesma esteira, o Ministério Público do Trabalho ajuizou diversas ações civis públicas, bem como instaurou procedimentos de investigação preliminar, em desfavor de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, no sentido de fazer com que essas contratações ilegais de terceirizados cessem e que, consequentemente, o Decreto 2.271 seja observado. Tais medidas culminaram na assinatura do já mencionado Termo de Conciliação Judicial entre esse órgão ministerial e a Caixa Econômica Federal. Ressalte-se que foi estipulada multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), na hipótese de descumprimento do Termo de Conciliação Judicial firmado com a Caixa Econômica por cada indivíduo contratado que fosse encontrado trabalhando em situação jurídica ilegal. Sala da Comissão, 6 de julho de 2011. – Deputado Rodrigo Maia, DEM/RJ. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 772 , DE 2011 (Do Sr. Deputado Rodrigo Maia) Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado do Ministério da Educação, Senhor Fernando Haddad, sobre a contratação de terceirizados pelo Minis- Quinta-feira 7 35531 tério da Educação e demais órgãos vinculados a este Ministério. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 50, § 2º, da Constituição Federal e no inciso I do Artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Ministro de Estado da Educação, Senhor Fernando Haddad, o seguinte requerimento de informação, sobre a contratação de terceirizados pelo Ministério da Educação e demais órgãos vinculados a este Ministério, especialmente no que toca a: Matéria do Globo, de 23 de junho de 2011, intitulada “Governo Federal desrespeita acordo e amplia gastos com terceirizados”, menciona que, após um levantamento feito por esse jornal, concluiu-se que ao menos 52 órgãos, vinculados a 23 ministérios ou à própria Presidência da República, estão em situação irregular no que concerne a contratação de pessoal terceirizado. Solicita-se, assim: Cópia de estudos do Ministério da Educação em relação à contratação irregular de terceirizados em desconformidade com o Decreto 2.271/97. Cópia de estudos do Ministério da Educação em relação à necessidade de contratação de servidores. Em relação aos demais órgãos vinculados a este Ministério, solicita-se o envio das seguintes informações: Há nos quadros desses órgãos trabalhadores terceirizados em situação irregular? Caso a resposta à indagação acima seja positiva, qual a quantidade de trabalhadores contratados de forma irregular? Quais as medidas implementadas por este órgão para sanar essa situação antijurídica? Existe solicitação ao Ministério do Planejamento no sentido de realização de concurso público? Já obteve a respectiva autorização? Solicita-se, ainda, o envio de cópias dos contratos firmados pelo Ministério da Educação e demais órgãos vinculados a este Ministério, com empresas prestadores de serviços. Quaisquer documentos, se houver, que sejam remetidos com a chancela de “sigilosos” terão exibição restrita apenas a este requerente, aplicando-se o disposto no art. 98, § 5º, do RICD. Justificação O Decreto 2.271, de 7 de julho de 1997 disciplina a contratação de terceirizados pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Entretanto, a contratação de prestação de serviços, atualmente, está em desconformidade com o referido diploma legal. 35532 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nesse sentido, vale lembra a disposição do art. 1º, § 2º do Decreto 2.271/97: “§ 2º Não poderão ser objeto de execução indireta as atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade, salvo expressa disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal.” Esse dispositivo, indubitavelmente, é um dos mais violados na contratação de terceirizados pela Administração Pública, gerando, por via reflexa, descumprimento da norma constitucional de contratar servidores por meio de concurso público (art. 37, inciso II da Constituição Federal). Os órgãos de controle da União, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), por diversas vezes suscitaram ilegalidades e consequências alarmantes que essas contratações indevidas acarretam. Por exemplo, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho prevê a responsabilidade subsidiária de entes integrantes da Administração Pública Federal por eventuais débitos trabalhistas. Se for constatada a presença dos requisitos que caracterizam a relação de emprego (previstos no art. 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT) na atividade de intermediação de mão-de-obra patrocinada por empresa interposta, estarão implicados prejuízos financeiros ao erário público. Na mesma esteira, o Ministério Público do Trabalho ajuizou diversas ações civis públicas, bem como instaurou procedimentos de investigação preliminar, em desfavor de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, no sentido de fazer com que essas contratações ilegais de terceirizados cessem e que, consequentemente, o Decreto 2.271 seja observado. Tais medidas culminaram na assinatura de um Termo de Conciliação Judicial entre esse órgão ministerial e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ressalte-se que foram estabelecidas penas para o caso de descumprimento do Termo de Conciliação Judicial, e, em especial foi estipulada multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por cada indivíduo contratado que fosse encontrado trabalhando em situação jurídica ilegal, quantia a ser revertida para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Sala da Comissão, 6 de julho de 2011. – Deputado Rodrigo Maia, DEM/RJ REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 773, DE 2011 Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado das Relações Exteriores, sobre as medidas adotadas diante da decisão do Julho de 2011 Governo do Estado Plurinacional da Bolívia, de legalizar veículos roubados no Brasil. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exa., com fundamento nos art. 50, § 2º, da Constituição Federal e dos arts. 24, inciso V e § 2º e 115 e 116 do Regimento Interno desta Casa, que seja encaminhado ao Sr. Ministro de Estado Justiça, o seguinte pedido de informações: O presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, senhor Evo Morales, promulgou lei que decide legalizar os carros contrabandeados, em circulação no país. Estima-se que com esta lei de anistia, o governo boliviano irá regularizar a situação de cerca de 50.000 mil veículos clandestinos. O presidente Evo Morales declarou que a adoção desta legislação, o Governo da Bolívia aumentar o combate a entrada de carros ilegais no país, que irá reforçar as fronteiras com o Brasil, e evitar a entrada de novos carros roubados! Só o tempo dirá se esta atitude vai inibir, realmente, a entrada ilegal de carros no país. Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais – FENASEG, somente no ano passado, saíram do Brasil para a Bolívia 1,570 milhão de veículos. A entidade diz ainda que, em 2010, 377.250 veículos foram roubados no Brasil e 176.381 (47%), recuperados. Ao meu ver, a decisão do Governo boliviano representa uma ameaça à segurança pública, sobretudo quanto ao salvo-conduto dado para o acolhimento de veículos roubados em outros países, especialmente no Brasil, e o conseqüente aumento da violência nas cidades que lideram o ranking de roubos de veículos, como o estado de São Paulo, onde em 2010 foram roubados 186 mil veículos e com 77.576 recuperados. Diversos analistas e pessoas ligadas ao mercado de seguros avaliam que a decisão boliviana poderá interferir na formação dos preços das apólices de seguros, já que o cenário é de um possível aumento de sinistros de roubo ou furto, uma vez que o nosso país vizinho adota mecanismo que facilita a regularização da documentação do veículo, tornando quase impossível a recuperação deste automóvel. Assim, julgo necessário obter do Senhor Ministro as seguintes informações: 1) Que medidas foram adotadas pelo Ministério das Relações Exteriores, diante da decisão do Governo do Estado Plurinacional da Bolívia, em legalizar veículos roubados no Brasil? 2) Que medidas foram adotadas em comum acordo com o Ministério da Justiça, Polícia Federa e Polícia Rodoviária Federal, no sentido de prevenir o fluxo de carros roubados na fronteira do Brasil com a Bolívia? 3) Se o Governo da Bolívia manteve algum contato com o Governo brasileiro, anunciando previamente a disposição de adotar a legislação que permite a legalização de carros roubados? Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sala das Sessões, de julho de 2011. – Deputado Jilmar Tatto, PT-SP. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 775, DE 2011 (Da Senhora Manuela D’ávila) Solicita informações ao Senhor Ministro da Justiça sobre o número de detentos mortos durante cumprimento de pena em regime fechado e o respectivo registro no INFOPEN. Senhor Presidente: Com fundamento no artigo 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos artigos 115 e 116, do Regimento Interno, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Senhor Ministro da Defesa o seguinte pedido de informações. Os juízes da Vara de Execução Criminal de Porto Alegre procuraram o mandato para alertar sobre situação preocupante nos presídios do Rio Grande do Sul. Segundo informações prestadas, é alto o número de presos que morrem vítimas de problemas de saúde decorrentes das más condições de salubridade dos locais de reclusão. O INFOPEN, contudo, não obstante represente importante ferramenta de consulta acerca dos números relativos ao sistema prisional, registra apenas as mortes de presidiários por homicídio, mantendo fora das estatísticas as vítimas da insalubridade. Em relação a este quadro, solicitamos que o Ministério da Justiça preste as seguintes informações: Há algum levantamento estatístico relativo às mortes de presos por motivos de saúde? Há perspectiva de o INFOPEN inserir em seu levantamento estatístico as mortes de presos decorrentes de problemas de saúde? Justificação O sistema penitenciário representa um dos mais problemáticos centros de desrespeito aos Direitos Humanos no Brasil. Cotidianamente, são noticiadas e denunciadas graves violações aos direitos fundamentais das pessoas encarceradas. Para que os problemas sejam resolvidos, contudo, é necessário saber a real dimensão da questão, a partir de informações que correspondam à realidade dos presídios. Diante da relevância da questão, busca-se obter essas informações, a fim de que seja possível a elaboração de soluções. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Deputada Manuela D’avila, PCdoB/RS. Quinta-feira 7 35533 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 776, DE 2011 (Do Sr. Arnaldo Jardim) Requer informações ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior referente ao enquadramento financeiro solicitado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, pelo grupo Pão de Açúcar para viabilizar a fusão com o grupo francês Carrefour. A Sua Excelência o Senhor Fernando Damata Pimentel Ministro de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Senhor Ministro, Solicito a V. Exa., com base no § 2º, do art. 50, da Constituição Federal – CF, informações detalhadas do enquadramento financeiro solicitado pelo grupo Pão de Açúcar junto ao do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, visando obter financiamento para viabilizar a operação de fusão com o grupo francês do Carrefour. Justificação A imprensa nacional veicula notícias acerca da fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e o grupo francês Carrefour anunciada oficialmente ontem em São Paulo e Paris. Segundo a Companhia Brasileira de Distribuição – CBD, sócia do Pão de Açúcar, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES entrará com 2 milhões de euros, cerca de R$ 3,91 milhões, e o Banco BTG Pactual com R$ 690 milhões, perfazendo um total de R$ 4,5 milhões. Existem vários entraves à negociação. O sócio francês do Grupo Pão de Açúcar, Grupo Casino, que vem a ser o maior concorrente do Carrefour, já se manifestou contrário à fusão, alegando, inclusive, quebra de contrato por parte do Pão de Açúcar, que prevê a transferência do controle do grupo ao Casino a partir de 2012. O Casino já acionou a Câmara de Arbitragem Internacional e pode vetar a fusão. Outro fator dificultado do negócio é a questão de defesa do consumidor. Em última análise o BNDES, órgão oficial, está contribuindo para a formação de um enorme monopólio em um setor vital para a população que é o varejista. Certamente, sem concorrência, ficará mais fácil manipular preços nas prateleiras e impor condições desfavoráveis a fornecedores. Portanto o BNDES pretende aplicar recursos públicos que representam 85% de uma operação obscura, para ser sócio de apenas 18% dessa nova empresa. Pior, tal operação favorecerá alguns, em detrimento de milhões de pessoas. 35534 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Como se vê o BNDES está prestes a intrometer-se em mais um negócio bilionário, injustificável e perigosíssimo, tanto do ponto de vista da defesa do consumidor, quanto do ponto vista da aplicação dos recursos públicos. Diante dos graves fatos acima relacionados e, sobretudo da preocupação com a adequada aplicação de recursos públicos e com a saúde do nosso mercado varejista, solicito a informação com seus devidos detalhamentos. Sala das Reuniões, 6 de julho de 2011. – Deputado Arnaldo Jardim, PPS/SP. de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Tarauacá, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 777, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Acrelândia, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Acrelândia, no Estado do Acre. Sala das sessões, 06 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Tarauacá, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Tarauacá, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 778, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Acrelândia, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 779, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Assis Brasil, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Assis Brasil, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Assis Brasil, no Estado do Acre. Quinta-feira 7 35535 REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 780, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Brasiléia, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Brasiléia, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Brasiléia, no Estado do Acre. 35536 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 781, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Bujari, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Bujari, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida Deputado Federal – PCdoB/AC Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Bujari, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 782, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Julho de 2011 Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Capixaba, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Capixaba, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Capixaba, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 783, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 784, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Epitaciolândia, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do Quinta-feira 7 35537 programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Epitaciolândia, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Epitaciolândia, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 785, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Feijó, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Feijó, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. 35538 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Feijó, no Estado do Acre. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 786, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Jordão, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Jordão, no Estado do Acre. Sala das sessões, 06 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência Julho de 2011 financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Jordão, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 787, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Mâncio Lima, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Mâncio Lima, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Mâncio Lima, no Estado do Acre. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 788, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Manuel Urbano, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Manuel Urbano, no Estado do Acre. Sala das sessões, 06 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. Quinta-feira 7 35539 O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Manuel Urbano, no Estado do Acre. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 789, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Porto Walter, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Porto Walter, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para 35540 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Porto Walter, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 790, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Porto Acre, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Porto Acre, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, Julho de 2011 de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Porto Acre, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 791, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Plácido de Castro, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Plácido de Castro, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos in- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS formações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Plácido de Castro, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 792, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Marechal Thaumaturgo, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Marechal Thaumaturgo, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Marechal Thaumaturgo, no Estado do Acre. Quinta-feira 7 35541 REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 793, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Rio Branco, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Rio Branco, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Rio Branco, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 794, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando 35542 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Santa Rosa do Purus, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Santa Rosa do Purus, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Santa Rosa do Purus, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 795, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Rodrigues Alves, no Estado do Acre. Julho de 2011 Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Rodrigues Alves, no Estado do Acre. Sala das sessões, 06 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Rodrigues Alves, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 796, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Sena Madureira, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Re- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35543 gimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Sena Madureira, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. tadas informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Senador Guiomard, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Senador Guiomard, no Estado do Acre. Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Sena Madureira, no Estado do Acre. REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 797 , DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Senador Guiomard, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solici- Justificação REQUERIMENTO de INFORMAÇÃO Nº 798, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro da Educação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Xapuri, no Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro da Edu- 35544 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cação, Sr. Fernando Haddad, sobre os repasses do programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre os anos de 2008 e 2010 para o município de Xapuri, no Estado do Acre. Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal – PCdoB/AC. Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Escola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Xapuri, no Estado do Acre. REQUERIMENTO Nº 2.367 , DE 2011 (Do Sr. Emiliano José ) Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC 270/2008. Senhor Presidente, Requeiro a V.Exa., nos termos ao art. 114, inciso XIV do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, a inclusão na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 270 de 2008, que “Altera a redação do artigo 40 da Constituição federal, unificando os tipos de aposentadorias por invalidez permanente, e o Ato das Disposições das Disposições Constitucionais Transitórias, introduzindo artigo que estabelece regra de transição complementar à Emenda Constitucional nº 41, de 2003, para sua modalidade de aposentadoria”. Sala de Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Emiliano José, (PT/BA) Julho de 2011 REQUERIMENTO Nº 2.368, DE 2011 (Do senhor Deputado Edinho Bez) Solicita realização de sessão solene extraordinária em homenagem aos 180 anos da Imprensa Catarinense. Senhor Presidente, Com todo acatamento e respaldado no artigo 68 do nosso Regimento Interno (RICD), na qualidade de vice-líder nacional do PMDB nesta Casa, solicito seja deferido pedido para a realização de Sessão Solene em Homenagem aos 180 anos da Imprensa Catarinense, homenagear profissionais, promover capacitação e relembrar a história da imprensa no Estado. Durante a última semana de julho, um calendário especial de atividades marca a fundação do primeiro jornal de Santa Catarina, O Catarinense, em 28 de julho de 1831, por Jerônimo Coelho. “É uma data que é um marco para a imprensa catarinense. Para Associação Catarinense de Imprensa será uma honra reverenciar também Jerônimo Coelho, figura importante para o começo da comunicação no Estado”. Destaco, que o objetivo dessa sessão, dentre outros, é o resgate e valorização da história da imprensa, além do profissional que trabalha nos meios de comunicação. Finalmente, senhor presidente, senhoras e senhores deputados, neste sentido, estou solicitando Sessão Solene – o mais breve possível, por ser justa e necessária tão significativa homenagem à Imprensa de Santa Catarina. Na certeza do sempre bom acolhimento e aprovação dessa homenagem, antecipo meus sinceros agradecimentos. Brasília, 6 de julho de 2011. – Deputado Edinho Bez Dep. Henrique Eduardo Alves, Vice-Líder do PMDB Líder do PMDB. REQUERIMENTO Nº 2.369, DE 2010 (Da Sra. Rosinha da Adefal) Requer, de já, que não se apense o PL Nº 1631/2011 (PLS Nº 168/2011) ao PL Nº 7699/2006 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, de já, que não permita o apensamento do PL Nº 1631/2011 (PLS Nº 1631/2011, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtornos do Espectro Autista) ao PL Nº 7699/2006 (que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência). Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação Esclarecemos que o PL Nº 1631/2011 (PLS Nº 1631/2011) institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtornos do Espectro Autista. Evidenciamos que o PL Nº 7699/2006 é um dos decanos do Congresso Nacional, cuja tramitação, se contada de sua primeira versão, já ultrapassa os 10 anos. O referido projeto de lei é o que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, de autoria do Senador Paim, quando ainda Deputado Federal. Hoje, agrega mais de 270 projetos de lei, que já lhe foram apensados, desta forma trancando toda a pauta de interesse da pessoa com deficiência, que há anos se vê prejudicada, pois que simplesmente não caminha. Essa rotina – de apensar ao PL do Estatuto, todo e qualquer projeto de lei que se refira aos interesses da pessoa com deficiência – vem trazendo prejuízos irreparáveis para as referidas pessoas. Pelos Consultores da Câmara e do Senado, o Estatuto e seus apensos são denominados “Franckenstein Jurídico”, dado o número de projetos de lei que lhe foram ‘costurados’, e que tornaram impossível até mesmo o seu manuseio. Muitos desses PL teriam plenas condições e razões para caminhar melhor sozinhos, como é o caso do PL Nº 1631/2011. Este PL institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtornos do Espectro Autista. Atualmente, estas pessoas nem sequer são consideradas pessoas com deficiência. Inclusive, este é um dos objetivos do presente PL. Assim, certa de que esta tramitação autônoma do PL Nº 1631/2011 contribuirá para sua análise e aprovação célere, é que me antecipo e promovo o presente requerimento. Sala das Sessões, 6 julho de 2011. – Rosinha da Adefal, Deputada Federal, (PTdoB/AL). Quinta-feira 7 35545 REQUERIMENTO Nº 2.372 DE 2011 (Do Sr. Leopoldo Meyer) Requer a inclusão em Ordem do Dia da PEC nº. 544, de 2002, que “Cria os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões”. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Art. 114, XIV do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº. 544, de 2002, que “Cria os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões”. O requerimento se fundamenta por se tratar de matéria relevante e de interesse público, na medida em que é dever do Estado oferecer a prestação jurisdicional célere e justa, dando mais agilidade no julgamento dos processos oriundos das regiões citadas na referida proposta. Sala das Sessões, 6 de julho de 2001. – Deputado Leopoldo Meyer, PSB/PR. REQUERIMENTO 2.373, DE 2011 (Do Sr. WILSON FILHO – PMDB/PB) Requer a inclusão na Ordem do Dia da Emenda Constitucional nº 29, de 2000 que assegura os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. Senhor Presidente: Requeiro a V. Exa., nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, que assegura os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde, tendo em vista a relevância de discussão da referida proposição. Sala das Sessões, 6 de julho 2011. – Deputado Wilson Filho, PMDB/PB. REQUERIMENTO Nº 2.371, DE 2011 (Sra. Rosinha da Adefal) REQUERIMENTO Nº 2.374, DE 2011 (Do Sr. Wilson Filho) Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 05 de agosto, às 10 horas. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV do RICD, a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados da PEC nº 270, de 2008, que “Acrescenta o parágrafo 9º ao art. 40 da Constituição Federal de 1988”. (Garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito dos proventos integrais com paridade). Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Rosinha Da Adefal, Deputada Federal, (PTdoB/AL). Senhor Presidente: Representando um décimo da composição da Câmara dos Deputados, requeremos a V. Exª, com base no art. 68 do Regimento Interno, e ouvido o Plenário, a convocação de sessão solene desta Casa para o dia 05/08/2011, às 10 horas, a fim de comemorarmos o Dia da Fundação da Paraíba. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Henrique Eduardo Alves Deputado Wilson Filho, Líder do PMDB PMDB/PB. 35546 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.375, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Solicita inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 215 de 2003 que “Acrescenta o § 3º ao art. 42 da Constituição Federal que dispõe sobre os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”, possibilitando aos militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios a acumulação remunerada de cargo de professor, cargo técnico ou científico ou de cargo privativo de profissionais de saúde. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno desta Casa, a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 215 de 2003 que “Acrescenta o § 3º ao art. 42 da Constituição Federal que dispõe sobre os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”, possibilitando aos militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios a acumulação remunerada de cargo de professor, cargo técnico ou científico ou de cargo privativo de profissionais de saúde. Justificação A Proposta de Emenda à Constituição nº 215 de 2003 encontra-se pronta para a Ordem do Dia desta Casa, onde tramitou nos termos regimentais. A comissão Especial que a analisou, aprovou a autorização para acúmulo de cargos por militares nas áreas de educação e saúde. A Proposta de Emenda à Constituição autoriza a acumulação de cargos de professor, de profissional de saúde ou técnico-científico aos militares das Forças Armadas, quando houver compatibilidade de horários. Essa alternativa já existe para os servidores civis dos diferentes poderes e unidades da Federação. Atualmente, os militares passam para a reserva quando assumem permanentemente cargos públicos. Em caso de cargo temporário, a função pode ser acumulada por até dois anos. A atual proibição merece ser reformulada, pois tanto nas Forças Armadas quanto nas instituições militares estaduais “existem milhares de profissionais que podem e querem contribuir para os ideais republicanos com algo mais, além das atribuições que lhes são próprias, em especial nas áreas de educação e saúde”. Portanto, a aprovação da presente Proposta de Emenda à Constituição, constitui-se num avanço em nossa lei maior, aperfeiçoando um dispositivo que pode e merece ser reformado, razão pela qual solicito Julho de 2011 o apoio dos meus pares no sentido de aprovarmos o presente requerimento. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Romero Rodrigues, Deputado Federal, PSDB/PB. REQUERIMENTO Nº 2.376 DE 2011 (Do Sr. Deputado Onofre Santo Agostini) Requer a inclusão de proposição na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição de nº 300, de 2008, que altera a redação do § 9º do art. 144 da Constituição Federal, estabelecendo que a remuneração dos Policiais Militares dos estados não poderá ser inferior à da Polícia Militar do Distrito Federal, aplicando-se também aos integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e aos inativos, tendo em vista a relevância social da referida proposição. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Onofre Santo Agostini, (DEM/SC). REQUERIMENTO Nº 2.377 de 2011 (Do Sr. Deputado Onofre Santo Agostini) “Requer a criação de Comissão Especial destinada a analisar a PEC de nº 575, de 2006.” Senhor Presidente, Nos termos do art. 22, inciso II, combinado com o art. 17, inciso I, alínea “m”, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a criação de Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC 575, de 2006, que “Altera os arts. 215 e 216 da Constituição Federal, estabelecendo condições para preservação do Patrimônio Museológico Brasileiro”. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Onofre Santo Agostini, (DEM/SC). REQUERIMENTO Nº 2.378 , DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 4645 de 2001 que “Altera o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, e acréscimo do § 2º do art. 30 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir na isenção do impos- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS to de renda os trabalhadores em atividade, atingidos pelas doenças lá referidas”. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno desta Casa, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 4645 de 2001 que “Altera o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, e acréscimo do § 2º do art. 30 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir na isenção do imposto de renda os trabalhadores em atividade, atingidos pelas doenças lá referidas”. Justificação O Projeto de Lei nº 4645 de 2001 encontra-se pronta para a Ordem do Dia desta Casa, onde tramitou nos termos regimentais, tendo como objetivo a isenção do imposto de renda aos trabalhadores em atividade atingidos pelas moléstias graves. Os portadores de diversas daquelas doenças, mesmo enquanto permaneçam em atividade de trabalho, também merecem usufruir desse benefício fiscal, até por isonomia em relação aos aposentados em razão delas. Deve-se notar que também eles precisam submeter-se a tratamentos dispendiosos. Esta proposição repete a enumeração das moléstias graves citadas na legislação em vigor, acrescentando, no início do inciso XIV, a expressão “a remuneração da atividade”. Com a aprovação da presente proposta, pretende-se corrigir esta incorreção, motivo pelo qual solicito o apoio dos meus pares no sentido de aprovarmos o presente requerimento. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Romero Rodrigues, Deputado Federal, PSDB/PB. REQUERIMENTO Nº 2.379, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 1089 de 2003 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969, estabelece o medicamento genérico para uso veterinário, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso veterinário e dá outras providências”. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno desta Casa, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 1089 Quinta-feira 7 35547 de 2003 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969, estabelece o medicamento genérico para uso veterinário, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso veterinário e dá outras providências”. Justificação O Projeto de Lei nº 1089 de 2003 encontra-se pronta para a Ordem do Dia desta Casa, onde tramitou nos termos regimentais, com o propósito de estabelecer o medicamento genérico em produtos farmacêuticos de uso veterinário, como já ocorre com os medicamentos da linha humana. A medida terá efeito altamente benéfico no País. Espera-se que os preços desses medicamentos sejam reduzidos, beneficiando diretamente o pecuarista, os demais criadores de animais domésticos, o consumidor de produtos de origem animal, e tornando o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional. Os fabricantes deverão comprovar a equivalência biológica e terapêutica em relação ao produto de referência, cabendo ao Ministério da Agricultura fiscalizar o medicamento genérico de uso veterinário. O órgão deverá coletar amostras do produto na indústria e no comércio para confirmação da bioequivalência. Por esta razão esperamos contar com o apoio de todos os nossos Pares para esta justa reivindicação, motivo pelo qual solicito o apoio no sentido de aprovarmos o presente requerimento. Sala das Sessões,6 de julho de 2011. – Romero Rodrigues, Deputado Federal, PSDB/PB. REQUERIMENTO Nº 2.380, DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 2861 de 2008 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “Altera a Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966, para estender aos técnicos de nível médio, regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e nos de Química, o piso salarial mínimo”. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno desta Casa, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 2861 de 2008 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “Altera a Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966, para estender aos técnicos de nível médio, regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de En- 35548 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS genharia, Arquitetura e Agronomia, e nos de Química, o piso salarial mínimo”. Justificação O Projeto de Lei nº 2861 de 2008 encontra-se pronta para a Ordem do Dia desta Casa, onde tramitou nos termos regimentais, com o propósito de estabelecer um piso salarial mínimo aos técnicos de nível médio, regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, bem como nos de Química, piso salarial mínimo correspondente a sessenta e seis por cento da menor remuneração atribuída em lei para os diplomados pelos cursos regulares superiores que exigem também registro profissional perante os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Não se trata da instituição de novos pisos salariais, mas apenas de harmonização e tratamento isonômico para abranger atividades técnicas abrangidas por um mesmo sistema de registro e fiscalização profissional. Por esta razão esperamos contar com o apoio de todos os nossos Pares para esta justa reivindicação de um contingente significativo de profissionais que atuam nos mais diferentes setores da atividade econômica deste País. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Romero Rodrigues, Deputado Federal PSDB/PB. REQUERIMENTO Nº 2.381 , DE 2011 (Do Sr. Romero Rodrigues) Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 3937 de 2004 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “transforma o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em Autarquia, dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências”. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno desta Casa, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 3937 de 2004 que “Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994”, que “transforma o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em Autarquia, dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências”. Justificação O Projeto de Lei nº 3937 de 2004 encontra-se pronta para a Ordem do Dia desta Casa, onde tramitou nos termos regimentais, tendo como objetivo a transformação do Conselho Administrativo de Defesa Julho de 2011 Econômica (CADE) em Autarquia, dispondo sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica. Esta proposição introduz a possibilidade de acordo no controle de atos de concentração entre o CADE e as requerentes, visando a eliminar os prejuízos gerados à concorrência, ao mesmo tempo em que se minimizam os efeitos sociais e econômicos relativos à proibição do ato. Esse dispositivo procura criar um canal de negociação mais profícuo entre o CADE e as requerentes, evitando ao máximo os atritos verificados em intervenções anteriores. Com a aprovação da presente proposta, pretende-se tornar o sistema mais seletivo na análise de fusões e aquisições e mais rigoroso no combate a cartéis, coibindo operações abusivas, danosas ao interesse público e contrário ao senso comum, motivo pelo qual solicito o apoio dos meus pares no sentido de aprovarmos o presente requerimento. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Romero Rodrigues, Deputado Federal, PSDB/PB. REQUERIMENTO Nº 2.382, DE 2011 (Do Sr. José Airton) Requer a tramitação conjunta dos Projetos de Lei nº 6.430, de 2009 e nº 7.650, de 2010. Senhor Presidente: Informo que estão tramitando pela Comissão de Seguridade Social e Família dois projetos de lei que regulam matérias correlatas, são os Projetos de Lei nº 6.430, de 2009, de minha autoria, que altera a redação do art. 136 do Código Penal Brasileiro, aumentando a pena para o crime de maus tratos praticados contra crianças, idosos ou pessoas indefesas, e agravando a pena quando o crime é praticado por quem assumiu a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância por meio da prestação remunerada de serviço; e o Projeto de Lei nº 7.650, de 2010, do Deputado Márcio Marinho, que “altera Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003” estabelecendo que a pena seja duplicada se o crime for praticado por ascendente, descendente, irmão, cônjuge, ex-cônjuge, companheiro, ex-companheiro ou por quem tenha o dever de cuidado. Assim, requeiro a Vossa Excelência, nos termos dos arts. 142 e 143 do Regimento Interno, a tramitação conjunta das referidas proposições. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado José Airton, PT-CE. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.383, 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Solicita inclusão, em caráter de urgência, do Projeto de Lei Complementar (PLP) 591/2010, na pauta de votação do Plenário. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Regimento Interno, art. 114, inciso 14, combinado com o art. 86, § 3º, a inclusão, em caráter de urgência, na pauta de votação do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei Complementar (PLP) 591/2010, que altera a Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, a Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005 e dá outras providências. Ora, o PLP 591/2010 eleva o limite do Simples Nacional, alterando o piso de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões, ajudando as microempresas e as pequenas empresas. O reajuste no limite é importante para manter cerca de 600 mil empresas no Simples Nacional e garantir que as 5,1 milhões de empresas que estão no sistema hoje recolham alíquotas de impostos menores. Ademais, propõe alterações que impedem que 52% das pequenas e micro empresas, por exemplo, de Belo Horizonte, que fazem parte do Simples Nacional e estão inadimplentes com boletos de cobrança de taxas cobradas pelo município sejam excluídas do sistema. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Weliton Prado, Deputado Federal – PT/MG. REQUERIMENTO Nº 2.384 , DE 2011 (Do Sr. OZIEL OLIVEIRA) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Porto Seguro – BA, em comemoração aos seus 477 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de Porto Seguro – BA, em comemoração aos seus 477 anos de emancipação política. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 Considerando que o município de Porto Seguro– BA dista aproximadamente 710 km da capital Salvador, localizado na região do Extremo Sul da Bahia, Situado em local privilegiado no litoral do estado. Quinta-feira 7 35549 É relevante mencionar que o município ora em comento foi o primeiro, oficialmente, em que os portugueses aportaram no ano de 1500, sendo assim, o primeiro núcleo habitacional do Brasil Ressalte-se que o município, fundado em 30 de junho de 1534, ao longo dos seus 477 anos, tornou-se um dos maiores pólos turísticos do país, atraindo turistas de outros estados e de outros países de todos os continentes, contando hoje com uma população estimada em 114.459 habitantes. Cabe mencionar que a economia local baseia-se principalmente no turismo, merecendo destaque também a produção agrícola, principalmente o cultivo de coco e caju, o reflorestamento e a pecuária. Cabe mencionar ainda que, o município conta com um grande acervo histórico e sendo quase todo tombado pelo patrimônio histórico. Merece destaque, também, suas lindas praias formada ao longo de seu litoral que é de cerca de 85km de extensão. Reitere-se ainda que o município tem um tradicional carnaval, fora de época, iniciando-se na quarta-feira de cinzas, onde os foliões que se encontra na capital baiana descem para Porto Seguro em busca da continuidade desta tradicional festa folclórica. Considerando ainda que, em muito esse município contribuiu e vem contribuindo com a história, não só da Bahia, mas do Brasil, bem como, como o desenvolvimento de nosso estado baiano. Considerando, sobretudo, a importância dos moradores que residem nesse tão importante município, um povo carismático que cativa seus visitantes com seus quitutes e gentilezas, um povo que luta pelo progresso e que constroem a cada dia a história de Porto Seguro – BA. Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Porto Seguro – BA, em comemoração aos seus 477 anos de emancipação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. REQUERIMENTO Nº 2.385 , DE 2011 (Do Sr. Oziel Oliveira) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Mulungu do Morro – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de 35550 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Mulungu do Morro – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação política. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 O município de Mulungu do Morro – BA está situado a aproximadamente 483 km da capital baiana – Salvador, localizado no Centro – Norte baiano. Considerando que a emancipação do referido município ocorreu em 13 de junho de 1989, trata-se de um município ainda em fase de desenvolvimento, que em princípio foi habitada por vaqueiros que conduziam seus bois pela aquelas terras. O nome surgiu em virtude da enorme quantidade de árvores conhecidas como Mulungu. Ressalte-se que o município de Mulungu do Morro – BA com uma população estimada em 12.142(doze mil cento e quarenta e dois) habitantes possui como principais fontes de renda a agricultura, se destacando ao cultivo de feijão, milho, sisal ou agrave (fibra), tomate e principalmente a mamona (baga), que possuía 6.000 ha de área plantada em 2009, entre outros. Considerando que ao longo desses poucos 22 anos, em muito o município de Mulungu do Morro – BA contribuiu e vem contribuindo com o desenvolvimento de sua região, considerando, sobretudo, a importância dos moradores que residem nesse tão importante município, é que fazemos o presente encaminhamento. Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Mulungu do Morro – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação. Sala das Sessões, em de junho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. REQUERIMENTO Nº 2.386, DE 2011 (Do Sr. Oziel Oliveira) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Muquém do São Francisco – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de Muquém do São Francisco – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação política. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. Julho de 2011 MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 O município de Muquém do São Francisco – BA dista aproximadamente 710 km da capital baiana, localizado na região Oeste da Bahia, situado em local privilegiado, sendo banhado pelo Rio São Francisco. Muquém do São Francisco é um dos municípios baianos privilegiados pela hidrografia, estando grande parte do município, cerca de 136 km, no leito do Rio São Francisco. O território que hoje forma o referido município originou-se dos municípios de Barra e Wanderley, originalmente conhecido com o nome de Muquém e alcançou sua independência política em 13 de junho de 1989. Hoje como seus 22 anos o referido município tem sua economia baseada na agropecuária. Na pecuária podemos citar os rebanhos de Bovinos de Corte e Leite, Apicultura, Caprinovinocultura, Avicultura, Piscicultura e Suinocultura, já na agricultura destacam-se a produção de Milho, Mandioca, Algodão, Sorgo, Feijão Catador, melancia entre outros. Ainda em relação à economia temos o Turismo, bastante prodominante, o artesanato, Industrias , reservas minerais, industrias de transformação entre outros. Ressalte-se que o município de Muquém do São Francisco – BA conta hoje com uma população estimada em 10.272 (dez mil duzentos e setenta e dois) habitantes que contribuem e vêm contribuindo com o desenvolvimento da região Oeste da Bahia, considerando, sobretudo, a importância desses moradores que residem nesse tão importante município, um povo que luta pelo progresso e que constroem a cada dia a história de Muquém do São Francisco – BA. Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Muquém do São Francisco – BA, em comemoração aos seus 22 anos de emancipação Política. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. REQUERIMENTO Nº 2.387, DE 2011 (Do Sr. Oziel Oliveira) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Oliveira dos Brejinhos, em comemoração aos seus 120 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Oliveira dos Brejinhos – BA, em comemoração aos seus 120 anos de emancipação política. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 O município de Oliveira dos Brejinhos – BA dista aproximadamente 590 km da capital baiana, localizado na região da Chapada Diamantina, local privilegiado entre morros e serras provenientes da bela região. O território que hoje forma o município de Oliveira dos Brejinhos – BA foi primeiramente habitado na década de 40 do século XVII, sendo chamado de Brejos. Com a emancipação política ocorrida no dia 1º de junho de 1891 o município passou a se desenvolver e alcança hoje posição de destaque no cenário estadual. Ressalte-se que o município de Oliveira dos Brejinhos – BA com uma população estimada em 21.572 (vinte e um mil quinhentos e setenta e dois) habitantes, possuindo rica e vasta jazida de minérios. Dentre os diversos minérios explorados merece destaque o quartzo e o mármore imperial, sendo que a extração deste ultimo é destinado à exportação para países como Itália e Países Baixos. Considerando que ao longo desses poucos 120 anos, em muito o município de Oliveira dos Brejinhos – BA contribuiu e vem contribuindo com o desenvolvimento do estado da Bahia, considerando, sobretudo, a importância dos moradores que residem nesse tão importante município, um povo lutador e guerreiro, e que constroem a cada dia a história de Oliveira dos Brejinhos – BA. Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Oliveira dos Brejinhos – BA, em comemoração aos seus 120 anos de emancipação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. REQUERIMENTO Nº 2.388 , DE 2011 (Do Sr. Oziel Oliveira) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Feira de Santana – BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de Feira de Santana – BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação política. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. Quinta-feira 7 35551 MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 Considerando que o município de Feira de Santana – BA dista aproximadamente 107 km da capital Salvador, localizado na região do Agreste Baiano, trata-se do segundo município mais populoso do Estado da Bahia e considerado o mais populoso do interior do nordeste. É relevante mencionar que o município ora em comento tem grande participação na história, na cultura e, sobretudo, no desenvolvimento do Estado da Bahia, tendo sua história iniciado anterior ao século XVIII, embora só tenha sido elevado à categoria de município em 16 de junho de 1873. Querida por muitos poetas, políticos e estudiosos como Ruy Barbosa, Pedro Calmon, Heroína Maria Quitéria entre outros, foi por estes chamada de apelidos carinhosos como “Princesa do Sertão”, “Porta Áurea da Bahia” e “Cidade Patriótica”, respectivamente Ressalte-se que o município ao longo dos seus 138 anos, tornou-se um dos grandes pólos industriais da Bahia, tendo uma população estimada em 556.756 (quinhentos e cinqüenta e seis mil, setecentos e cinqüenta e seis) habitantes, sendo estudada a possibilidade de ser instalada a Região Metropolitana de Feira de Santana. Cabe mencionar que, no que tange a economia do município, esta possui indústrias químicas, e automobilísticas, possuindo o título de maior pólo automobilístico do Nordeste, entre outras indústrias e fontes de renda. Considerando, sobretudo, a importância dos moradores que residem nesse tão importante e populoso município, um povo carismático que cativa seus visitantes, um povo que luta pelo progresso e que constroem a cada dia a história de Feira de Santana – BA. Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Feira de Santana – BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. REQUERIMENTO Nº 2.389, DE 2011 (Do Sr. Oziel Oliveira) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Santa Maria da Vitória – BA, em comemoração aos seus 102 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de 35552 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Santa Maria da Vitória – BA, em comemoração aos seus 102 anos de emancipação política. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. –Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 Considerando que o município de Santa Maria da Vitória – BA dista aproximadamente 880 km da capital Salvador, localizado na região Oeste da Bahia, trata-se de um dos municípios mais populosos e mais desenvolvidos do território de identidade da Bacia do Rio Corrente. É relevante mencionar que o município ora em comento teve sua história iniciada em meados do século XIX, onde devido à sua hidrografia começou a juntar um aglomerado de pessoas dando origem a um arraial na margem esquerda do Rio Corrente. Em 26 de junho de 1909, depois de muitas disputas com territórios vizinhos, através da Lei Estadual número 737 do ano de 1909, a esta foi elevada á categoria de município recebendo o nome de Santa Maria, e só em 1943 recebeu o nome de Santa Maria da Vitória. Cabe mencionar que o supracitado município além de ter umas das maiores populações é também um dos mais desenvolvidos do território de identidade da Bacia do Rio Corrente, possuindo um extenso comercio. Ressalte-se que o município de Santa Maria da Vitória – BA ao longo dos seus 102 anos tornou-se um dos grandes pólos da região, tendo uma população estimada em 40.150 (quarenta mil e cento e cinqüenta) habitantes e sendo carinhosamente chamada pelos seus munícipes e vizinhos de Samavi. Cabe mencionar que, no que tange a economia do município, além do vasto comercio e o setor de serviços, merece destaque a produção agropecuária e também o turismo que é bem explorado na região, atraindo turistas de todo todos os lugares, principalmente do Centro-Oeste e suas festas de Carnaval e Juninas. Considerando, sobretudo, a importância dos moradores que residem nesse tão importante município, um povo que cativa seus visitantes, um povo que luta pelo progresso e que constroem a cada dia a sofrida história de Santa Maria da Vitória – BA. Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Santa Maria da Vitória- BA, em comemoração aos seus 102 anos de emancipação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. Julho de 2011 REQUERIMENTO Nº 2.390 , DE 2011 (Do Sr. Oziel Oliveira) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Barra – BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de Barra – BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação política. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 Considerando que o município de Barra – BA dista aproximadamente 700 km da capital Salvador, localizado na região Oeste da Bahia, situado em local privilegiado, eis que possui importante hidrografia, sendo grande parte do território banhado pelo Rio São Francisco, além de possuir também o Rio Grande um dos mais importantes afluentes do “Velho Chico”. É relevante mencionar que o município ora em comento teve início aproximadamente em 1670 com o surgimento da fazenda Barra do Rio Grande do Sul, povoada com um pequeno número de sertanejos e alguns padres que vieram para a região como a missão de catequizar alguns índios locais. Em 16 de junho de 1873 se consegue finalmente chegar á qualidade de município, mas inicialmente com o nome de Florença da Barra, sendo que no mesmo ano foi alterado para Barra do Rio Grande e em 1931, finalmente, passou a ser chamado de Barra. Cabe mencionar que o supracitado município experimentou um grande momento de ascensão até meados do século XX, quando o meio de transporte fluvial era bem explorado, demonstrando assim a capacidade de desenvolvimento que o município possui. Ressalte-se que o município ao longo dos seus 138 anos, vem demonstrando o seu valor, possuindo um grande potencial para o agronegócio, desenvolvendo atividades econômicas como pesca, agricultura familiar, produção de cachaça bem investimentos na fruticultura, tendo uma população estimada em 49.342 (quarenta e nove mil, trezentos e quarenta e dois) habitantes. Considerando, sobretudo, a importância dos moradores que residem nesse tão importante município, um povo que cativa seus visitantes, um povo que luta pelo progresso e que constroem a cada dia a história de Barra – BA. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Barra- BA, em comemoração aos seus 138 anos de emancipação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. REQUERIMENTO Nº 2.391, DE 2011 (Do Sr. Oziel Oliveira) Requer o envio de Moção de Congratulação ao município de Cotegipe – BA, em comemoração aos seus 191 anos de emancipação política. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais e com base no art. 117, inciso XIX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja enviada Moção de Congratulação ao município de Cotegipe – BA, em comemoração aos seus 191 anos de emancipação política. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO Nº , DE 2011 O município de Cotegipe – BA esta localizado à aproximadamente 805 km da capital baiana, situado na região Oeste da Bahia. O importante município de Cotegipe – BA fundado no século XIX recebeu esse nome em homenagem ao Sr. João Maurício Mariani Vanderlei, o Barão de Cotegipe, natural de Barra do Rio Grande, elevada à condição de município em 03 de junho de 1820. Ressalte-se que o município de Cotegipe – BA com uma população estimada em 13.630 (treze mil seiscentos e trinta) habitantes possui como principais culturas o alho, o arroz (em casca), a banana, a cana-de-açúcar o feijão mandioca e principalmente o milho, onde a área plantada chega a 615 ha. No que diz respeito à criação de animais merece destaque a criação de bovinos que conta com um rebanho de aproximadamente 77.364 (setenta e sete mil trezentos e sessenta e quatro) cabeças, sem contar caprinos, galinhas, ovinos, suínos entre outros. Considerando que ao longo desses 191 anos, em muito o município de Cotegipe – BA contribuiu e vem contribuindo com o desenvolvimento da região Oeste da Bahia, considerando, sobretudo, a importância dos moradores que residem nesse tão querido município de Cotegipe – BA. Por todo o Exposto requeiro a Vossa Excelência o envio desta Moção de Congratulação ao Município de Cotegipe – BA, em comemoração aos seus 191 anos de emancipação. Sala das Sessões,6 de julho de 2011. – Oziel Oliveira, Deputado Federal PDT/BA. Quinta-feira 7 35553 REQUERIMENTO 2.392, DE 2011 (Do Sr. Marçal Filho) Requer a desapensação do Projeto que especifica. Senhor Presidente: Requeiro a V. Ex.ª a desapensação do Projeto de Lei Nº 6731/2010, de minha autoria, que acrescenta inciso ao art. 252 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para estabelecer infração referente a modo indevido de dirigir veículo automotor (acrescenta inciso ao art. 252 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para estabelecer infração referente a modo indevido de dirigir veículo automotor)”, do Projeto de Lei nº PL 6869/2010 que acrescenta o art. 242-A à Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), para tornar crime a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 (dezoito) anos, e dá outras providências. Justificação No artigo 142 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, fala que “Estando em curso duas ou mais proposições da mesma espécie, que regulem matéria idêntica ou correlata, é lícito promover sua tramitação conjunta, mediante requerimento de qualquer Comissão ou Deputado ao Presidente da Câmara”. Com base nisso, justifica-se a apresentação desse Requerimento, uma vez que o Projeto de Lei nº 6731/2010 trata de estabelecer infração ao motorista que dirigir fumando (altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997) e o Projeto de Lei principal o qual ele está apensado, o PL nº 6869/2010 torna crime a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 (dezoito) anos. Fica muito clara a falta de identidade entre eles. Em nosso entendimento e regimentalmente, a proposição nº 6731/2010 deve ser apreciada separadamente da outra que se refere à restrição e à propaganda do álcool, que altera a Lei nº 8.069 de 1990. Diante do exposto, solicito que seja deferido o presente Requerimento. Sala da Comissão, 6 de julho de 2011. – Deputado Marçal Filho, PMDB/MS. REQUERIMENTO Nº 2.393, DE 2011 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) Requer, nos termos regimentais, que o Projeto de Lei nº 6.403, de 2009, seja remetido à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. 35554 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Senhor Presidente, Tramita na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, desde 16 de março de 2011, o Projeto de Lei nº 6.403, de 2009 que “dispõe sobre compensação da emissão de dióxido de carbono e dá outras providências”. A referida matéria obedece ao rito de tramitação ordinária e seu prazo para análise da Comissão, conforme determina o art. 52, inciso II, o qual se encontra superado. Diante do exposto, requeiro, nos termos do art. 52, § 6º, que o Projeto de Lei nº 6.403, de 2009, seja de imediato remetido à Comissão seguinte, qual seja, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Sala das Sessões, 6 de junho de 2011. – Antonio Carlos Mendes Thame, Deputado Federal, (PSDB-SP). REQUERIMENTO Nº 2.394 , de 2011 (Do Sr. Paes Landim e outros) Requer convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados em homenagem ao centenário de nascimento de San Tiago Dantas. Senhor Presidente: Requeiro a V.Exa., nos termos do art. 68 do Regimento Interno, a convocação de sessão solene desta Casa a realizar-se, preferencialmente, no dia 30.8.2011, às 10:00, a fim de celebrar o centenário de nascimento de San Tiago Dantas. Justificação O presente requerimento busca reverenciar a memória de um dos mais brilhantes homens públicos que o Brasil já conheceu, a fim de que o seu legado político e intelectual possa continuar a iluminar gerações. San Tiago Dantas foi jornalista, advogado, professor, deputado federal, Ministro das Relações Exteriores, Ministro da Fazenda e um dos precursores da denominada “política externa independente”. Entre 1945 e 1946 trabalhou no Conselho Nacional de Política Industrial e Comercial, órgão ligado ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Atuou como assessor pessoal de Vargas durante seu segundo governo, participando da discussão do anteprojeto de criação da Petrobrás e do projeto de criação da Rede Ferroviária do Brasil. Ingressou no PTB em 1955, tendo sido eleito deputado federal por Minas Gerais em 1958. Em 1961, após ter exercido papel fundamental para assegurar a posse de Jango como presidente, em regime parlamentarista, viria a assumir o Ministério das Relações Julho de 2011 Exteriores. Em poucos meses consolidou a Política Externa Independente, estabelecendo diretrizes tão marcantes que continuam a influenciar nossa diplomacia até os dias atuais. Em janeiro de 1963, aceitou o cargo de Ministro da Fazenda, tendo empreendido, juntamente com Celso Furtado, esforço para implantar o Plano Trienal, vinculando o desenvolvimento econômico à estabilização monetária. Buscou ainda restabelecer as relações financeiras do Brasil com os Estados Unidos bem como renegociar a dívida externa. San Tiago morreu vítima de câncer, quando já se iniciava o longo período do governo militar. A intensidade com que San Tiago se engajou na solução dos desafios que lhe eram propostos e sua morte prematura, aos 52 anos de idade, não lhe permitiram deixar legado escrito comparável à notável contribuição que prestou em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional: ensino jurídico, direito comercial, legislação sobre ensino, política externa, reformas de base, reordenação das finanças públicas. Segundo Hélio Jaguaribe, “extinguiu-se com San Tiago uma das mais brilhantes e excepcionais personalidades que o Brasil, a América Latina e, sem muito exagero, o mundo tiveram na primeira metade do século XX”. Ante o exposto, esperamos contar com a aprovação do requerimento. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Paes Landim, PTB/PI. REQUERIMENTO Nº 2.395, DE 2011 (Do Sr. Jovair Arantes) Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 270/2008 que acrescenta o parágrafo 9º ao art. 40 da Constituição Federal de 1988. Senhor Presidente, Requeremos, nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda Constitucional nº 270, de 2008, que acrescenta o §9º ao art. 40 da Constituição Federal para garantir ao servidor aposentado por invalidez permanente o direito a proventos integrais com paridade. A proposição já conta com parecer aprovado pela Comissão Especial e encontra-se pronta para a pauta do Plenário. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Jovair Arantes, Líder do PTB. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.396 de 2011 (Do Sr. Marcio Marinho) Requer a convocação de Sessão Solene da Câmara dos Deputados em homenagem ao dia nacional do conselheiro tutelar. Senhor presidente, Representando mais de um décimo da composição da Câmara dos Deputados, requeremos a V. Exª, com base no art. 68 do Regimento Interno, a convocação de sessão solene desta Casa a ser agendada para a data de 22 de novembro de 2011 para homenagear o dia nacional do conselheiro tutelar celebrado anualmente na data de 18 de novembro. Consideramos justa esta homenagem em razão da importância e da essencialidade destes profissionais para a sociedade. Justificação O dia 18 de novembro é conhecido como o dia nacional dos conselheiros tutelares. A função do conselheiro tutelar é zelar pelos direitos preconizados pela lei em amparo a criança e ao adolescente. Suas atribuições são de extrema relevância para garantia dos direitos inerentes as nossas crianças e adolescentes e constituem-se em atendimento as crianças e adolescentes, atendimento e aconselhamento aos pais ou responsável legal, além de requisição de serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança bem como representação junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações, encaminhamento ao órgão do Ministério Público de notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente, encaminhamento à autoridade judiciária os casos de sua competência, além de assessoramento ao Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente entre outros. Os conselheiros tutelares não têm obtido por parte do poder público às mínimas condições para o exercício de suas funções tampouco o devido reconhecimento por parte da sociedade. Atualmente vivenciam uma situação considerada caótica. Não se fazem presente em todos os municípios e seu funcionamento se dá de forma muito precária. Assim não são poucas as reclamações a respeito deste órgão. Constitui-se assim uma situação injusta, que deve receber atenção especial por parte do estado, uma vez que este trabalho tem como público alvo nossas crianças e adolescentes que são futuro de nosso país. Quinta-feira 7 35555 Esta sessão solene visa a homenagear a estes profissionais e agradecer a seriedade e desenvoltura com que exercem suas funções mesmo com todas as dificuldades existentes, atuando em defesa tanto do Estado quanto da sociedade. Assim peço a esta nobre Casa a realização de sessão solene para uma justa homenagem a estes profissionais que exercem um papel de extrema importância em nosso país. Sala das Sessões 5 de julho de 2011. – Deputado Lincoln Portela, Líder do Bloco Parlamentar PR, PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC, PSL, Deputado Marcio Marinho, PRB/BA. REQUERIMENTO N° 2.397, DE 2011 (Do Sr. Jhonatan De Jesus) Requer a inclusão da Proposta de Emenda Constitucional nº 153/2003, na pauta da Ordem do dia do Plenário Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno, a inclusão na pauta da Ordem do Dia do Plenário, da Proposta de Emenda Constitucional – PEC nº 153, de 2003, que “altera o art. 132 da Constituição Federal”, com a finalidade de regulamentar a carreira de Procurador Municipal. Sala das Sessões, 06 de julho de 2011. – Jhonatan De Jesus, Deputado Federal, (PRB/RR). REQUERIMENTO Nº 2.398 DE 2011 (Do Senhor Alexandre Leite) Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional nº 059 de 2007, que “acrescenta dispositivos ao art. 144, criando a Polícia Portuária Federal, e dá outras providências.” Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 059 de 2007, que “acrescenta dispositivos ao art. 144, criando a Polícia Portuária Federal e dá outras providências”, considerando a importância da discussão da referida proposição, no Plenário desta Casa. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Alexandre Leite, DEM/SP. 35556 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 REQUERIMENTO Nº 2.399 DE 2011 (Do Senhor Alexandre Leite) REQUERIMENTO Nº 2.401, DE 2011 (Do Senhor Alceu Moreira) Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 1631 de 2011, que “Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.” Requer inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 1.089 de 2003, que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969, estabelece o medicamento genérico para uso veterinário, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso veterinário e dá outras providências”. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 1631 de 2011, que “Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, considerando a importância da discussão da referida proposição, no Plenário desta Casa. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Alexandre Leite, DEM/SP. REQUERIMENTO Nº 2.400, DE 2011 (Do Sr. Dr. Rosinha) Requer a declaração de prejudicialidade do PL nº 5.507/2005. Senhor Presidente, O Projeto de Lei nº 5.507/2005, que se encontra na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, tem por objeto a repactuação e o alongamento de dívidas originárias de operações de crédito rural. Ocorre que, no decorrer do processo de sua tramitação, foi apresentada pelo Poder Executivo a Medida Provisória nº 432, de 2008, que “institui medidas de estímulo à liquidação ou regularização de dívidas originárias de operações de crédito rural e de crédito fundiário, e dá outras providências”, depois convertida pelo Congresso Nacional na Lei nº 11.775, de 17 de setembro de 2008. Esta Lei contempla os objetivos do PL nº 5.507/2005 na medida em que, da mesma forma que este último, promove a liquidação, a regularização e a renovação de dívidas de crédito rural anteriormente tratadas por diversas Leis e atos normativos, tais como a Lei nº 9.138/1995, a Lei nº 10.437/2002 e a Medida Provisória nº 2.168-40/2001. De modo que este Requerimento é para solicitar a Vossa Excelência, com base nos artigos 163 e 164 do RICD, a declaração de prejudicialidade do PL 5.507/2005. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado Dr. Rosinha. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 1.089, de 2003, que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969, estabelece o medicamento genérico para uso veterinário, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos de uso veterinário e dá outras providências”. Sala de Sessões, 06 de julho de 2011. – Alceu Moreira, Deputado Federal, PMDB/RS. REQUERIMENTO Nº 2.402, DE 2011 (Da Senhora Andreia Zito) Requer a constituição de Comissão Especial para dar parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 482/2010, que “Acrescenta alínea “d” ao inciso III, do art. 150 da Constituição Federal”, e dá outras providências. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 34, inciso II, do Regimento Interno, a constituição de Comissão Especial para proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 482, de 2010, que acrescenta alínea “d” ao inciso III, do art. 150 da Constituição Federal, e dá outras providências. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputada Andreia Zito, PSDB/RJ. REQUERIMENTO Nº 2.403, DE 2011 (Da Senhora Andreia Zito) Requer a constituição de Comissão Especial para dar parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 335, de 2009, que “Dá nova redação ao § 21 do art. 40 da Constituição Federal”, e dá outras providências. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 34, inciso II, do Regimento Interno, a constituição de Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão Especial para proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 335, de 2009, que dá nova redação ao § 21 do art. 40 da Constituição Federal. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputada Andreia Zito, PSDB/RJ. REQUERIMENTO Nº 2.404 DE 2011 (Da Senhora Andreia Zito) Requer a constituição de Comissão Especial para dar parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 418, de 2009, que “Acrescenta o seguinte § 2º, passando o atual parágrafo único, para § 1º, no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 2005”, e dá outras providências. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 34, inciso II, do Regimento Interno, a constituição de Comissão Especial para proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 418, de 2009, acrescenta o seguinte § 2º, passando o atual parágrafo único, para § 1º, no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 2005, e dá outras providências. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputada Andreia Zito, PSDB/RJ. REQUERIMENTO Nº 2.405, DE 2011 (Do Senhor César Halum e outros) Requer a realização de Sessão Solene para homenagear os 23 anos de Emancipação Política do Estado do Tocantins Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no artigo 68 do Regimento Interno, a realização de sessão solene desta Casa para o dia 04 de outubro de 2011 às 10 horas, a fim de comemorarmos a celebração dos 23 anos de Emancipação Política do Estado do Tocantins, que se dará no dia 05 deste mesmo mês de outubro. Justificação O Estado do Tocantins foi criado pela Constituição de 1988, mas já vinha sendo sonhado desde o século XVII. Seduzidos pelo canal de transporte que o rio Tocantins representava para o desenvolvimento do interior do Brasil, os franceses, liderados pelo fidalgo La Planque, engajaram-se numa expedição pelas águas do Tocantins. Foi na metade do século passado que os sentimentos de luta pela criação do novo Estado tornaram-se sonhos e desses sonhos o idealismo que deu força ao povo daquele norte goiano para lutar pela emancipação do Tocantins. Os estudantes criaram a Cenog – Casa do Estudante do Norte Goiano -, instituição bastante atuante no movimento. Vale lembrar o Quinta-feira 7 35557 trabalho de José Maia Leite, o primeiro presidente da instituição, José Cardeal dos Santos, Edmar Gomes de Melo e Totó Cavalcanti, dentre outros tantos que passaram a idéia da mente para o coração e lutaram pela criação do Tocantins. Nesta época, o então deputado por Goiás, José Wilson Siqueira Campos, abraçou a idéia dos estudantes em 1971 e apresentou a proposta de divisão do Estado por três vezes na década de 70. Em 1981, contou com o apoio da criação da Conorte – Comissão de Estudos dos Problemas do Norte -, com a atuação de Antônio Maia Leite e de José Carlos Leitão. Em 1985, o projeto esbarrou no veto do presidente José Sarney. Em 27 de julho de 1988, parlamentares aprovam a criação do Tocantins em segundo turno, mas somente em 5 de outubro de 1988 a Constituição Federal foi promulgada, constando no artigo 13 das Disposições Constitucionais Transitórias da nova Carta Magna a criação do Estado do Tocantins. O Estado do Tocantins, o mais novo da Federação, completará 23 anos de existência em franco crescimento, investindo em infra-estrutura e aumentando sua produção agrícola, especialmente a de grãos. Em pouco mais de 278 mil quilômetros quadrados, tem 139 Municípios e uma população de cerca de 1.250.000 habitantes. Apenas no período de 2002 a 2005, conforme dados do IBGE, o Produto Interno Bruto do Tocantins cresceu de R$ 5,60 bilhões para R$ 9,08 bilhões, significando um incremento de 62%, e o PIB per capita aumentou de R$ 4.576,00 para R$ 6.957,00. Cabe-nos, portanto, homenageá-los pelo descortino demonstrado, assim como aos que, ao longo de várias décadas, lutaram politicamente pela emancipação. Contamos, pois, com a ajuda dos nobres colegas para a aprovação do presente requerimento. Sala de Sessões, 6 de julho de 2011. – Deputado César Halum, PPS/TO. REQUERIMENTO 2.406, DE 2011 (Do Senhor José Linhares) Requer o desarquivamento das proposições. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 105, parágrafo único, do regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, requeiro a Vossa Excelência o desarquivamento da Proposta de Emenda à Constituição – PEC nº185/2003 Sala das sessões, 6 de julho de 2011. – Respeitosamente, José Linhares, Deputado Federal. 35558 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.407 , DE 2011. Requer a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição Nº 153, de 2003. Senhor Presidente, Nos termos do inciso XIV do art. 114 do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição Nº 153, de 2003, que altera o art. 132 da Constituição Federal, com a finalidade de regulamentar a carreira de Procurador Municipal. Sala das Sessões, 06 de julho de 2011. Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, DEM/TO. REQUERIMENTO Nº 2.409, DE 2011 (Deputado Luiz Nishimori) Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, que seja colocada em pauta para apreciação o Projeto de Decreto Legislativo nº 59, de 2011, que Aprova o texto do Acordo de Previdência Social entre a República Federativa do Brasil e o Japão, assinado em Tóquio, em 29 de julho de 2010. Justificação Reiterando que é de interesse dos dois países o acordo previdenciário, são mais de 270.000 decasséguis que serão beneficiados através do acordo. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Luiz Nishimori, Deputado Federal. REQUERIMENTO Nº 2.410, DE 2011 REQUERIMENTO DE INCLUSÃO NA ORDEM DO DIA Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do artigo 114, inciso XVI do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº. 270, de 2008. Termos em que pede deferimento. Sala das Sessões, 6 de Julho de 2011. – Deputado Chico Alencar, Líder do PSOL. REQUERIMENTO Nº 2.411, DE 2011 REQUERIMENTO DE INCLUSÃO NA ORDEM DO DIA Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do artigo 114, inciso XVI do Regimento Interno da Câ- Julho de 2011 mara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº. 555, de 2006. Termos em que pede deferimento. Sala das Sessões, 6 de Julho de 2011. – Deputado Chico Alencar, Líder do PSOL. REQUERIMENTO Nº 2.412, DE 2011 REQUERIMENTO DE INCLUSÃO NA ORDEM DO DIA Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do artigo 114, inciso XVI do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 210, de 2007. Termos em que pede deferimento. Sala das Sessões, 6 de JULHO de 2011. – Deputado Chico Alencar, Líder do PSOL. REQUERIMENTO N° 2.413, DE 2011 (Da Sra. CARMEN ZANOTTO) Requer inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 7376, de 2010, do Poder Executivo, que dispõe sobre a “Criação da Comissão Nacional da Verdade, no âmbito da Casa Civil da Presidência da República”. Senhor Presidente Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 7376, de 2010, que dispõe sobre a “Criação da Comissão Nacional da Verdade, no âmbito da Casa Civil da Presidência da República”. Sala das Sessões, 6 de julho de 2011. – Carmen Zanotto, Deputada Federal, PPS/SC. REQUERIMENTO Nº 2.414 , de 2011 (Do Sr. Deputado Jorge Pinheiro ) Requer o desapensamento do Projeto de Lei nº 1.284, de 2011 ao Projeto de Lei nº 1.456, de 2007. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, o desapensamento do Projeto de Lei 1.284, de 2011, de minha autoria, Que Determina a obrigatoriedade de participação ativa de representantes do Ministério Público Federal e Estadual, da Defensoria Pública da União, dos Estados e do Distrito Federal e de representantes de entidade representativa de Bacharéis em todas as fases de elaboração, aplicação Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e correção das provas do exame de ordem da Ordem dos Advogados do Brasil, ao Projeto de Lei nº 1.456, de 2007, Que Altera a Lei n° 8.906, de 4 de julho de 1994 – Estatuto da Advocacia – para unificar o exame de ordem, atribuindo ao Conselho Federal da OAB competência privativa para a sua elaboração e realização. Justificação O Projeto de Lei nº 1.284, de 2011 visa agilizar uma solução intermediária para o então Exame da OAB, pois há consenso em toda a sociedade de que, constitucional ou não, o exame de ordem tem de ser aplicado com a máxima lisura e segurança, já que carreiras profissionais podem ser destruídas com uma aplicação errônea e são inúmeras as denuncias de fraudes ainda em apuração, assim como as correções “incorretas” estão mais que evidenciadas pela mídia nacional. Fraudes foram anunciadas com a venda de gabaritos em São Paulo tanto da 1ª como da 2ª fase, inclusão de examinandos depois do prazo editalício é apurado em Goiás, a venda de 94 carteiras segue em investigação no Amazonas e o caso mais documentado e nas mãos do Ministério Público do Distrito Federal é o de venda de aprovação para cursinhos e faculdades, assim como o preenchimento de provas em branco dentro da OAB/DF para apaniguados. Para corrigir tais erros repetidos, é fundamental a participação do Ministério e Defensoria Pública em conjunto com as Comissões de Exame de Ordem da OAB, de forma que além dos ilustres advogados indicados para este trabalho, haja a participação ativa e conjunta dos Procuradores Federais e dos Promotores de Justiça, assim como da participação dos Defensores Públicos. Importante salientar que tal participação do MP e da DP no exame será contrapartida justa e equânime, já que a OAB por força de lei tem seus membros na composição das bancas examinadoras para todas as carreiras jurídicas, não só de concursos para o Ministério Público e Defensoria. Enquanto que o Projeto de Lei n.° 1.456/2007, determina a participação apenas dos Conselhos Seccionais na elaboração das provas do Exame da OAB, não inserindo um órgão externo para participar da aplicação e elaboração do Exame, o que não o torna mais claro, assim não há razão para que o PL 1.284/ 2011, permaneça apensado ao Projeto de Lei nº 1.456, de 2007. Sala das Sessões, em de julho de 2011. – Jorge Pinheiro, Deputado Federal/GO.L Quinta-feira 7 35559 REQUERIMENTO Nº 2.415, DE 2011 (Do Sr. Laercio Oliveira) Solicita a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados o PL nº 2.295, de 2000. Senhor Presidente, Com fulcro no art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosamente requerer à Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia, do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei nº 2.295, de 2000, de autoria do Senado Federal, que “Dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem”. Sala das Comissões, 31 de outubro de 2011. – Laercio Oliveira, Deputado Federal – PR/SE. REQUERIMENTO Nº 2.416, DE 2011 (Do Sr. Laercio Oliveira) Solicita a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados o PL nº 7.699, de 2006. Senhor Presidente, Com fulcro no art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosamente requerer à Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia, do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei nº 7.699, de 2006, de autoria do Senado Federal, que “Institui o Estatuto do Portador de Deficiência e dá outras providências”. Sala das Comissões, 31 de outubro de 2011. – Laercio Oliveira, Deputado Federal – PR/SE. REQUERIMENTO Nº 2.417, DE 2011 (Do Sr. Laercio Oliveira) Solicita a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados o PLP nº 33, de 1988. Senhor Presidente, Com fulcro no art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosamente requerer à Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia, do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei Complementar nº 33, de 1988, de autoria do Sr. Paulo Paim, que “Dispõe sobre a proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa do trabalhador e, dá outras providências”. Sala das Comissões, 31 de outubro de 2011. – Laercio Oliveira, Deputado Federal – PR/SE. 35560 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.418 , DE 2011 (Do Sr. Laercio Oliveira) Solicita a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados o PL nº 3.782, de 2004. Senhor Presidente, Com fulcro no art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosamente requerer à Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia, do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei nº 3.782, de 2004, de autoria da Sra. Dra. Clair, que “Altera a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, a fim de conceder estabilidade à gestante, tornar obrigatória a inclusão do doméstico no regime do FGTS e a concessão do benefício do seguro-desemprego, e dá outras providências”. Sala das Comissões, 31 de outubro de 2011. – Laercio Oliveira, Deputado Federal – PR/SE. REQUERIMENTO Nº 2.419 , DE 2011 (Do Sr. Laercio Oliveira) Solicita a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados o PL nº 1.472, de 2007. Senhor Presidente, Com fulcro no art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosamente requerer à Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia, do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei nº 1.472, de 2007, de autoria do Senado Federal, que “Dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor, de que trata o § 5º do artigo 150 da Constituição Federal; altera o inciso III do art 6º e o inciso IV do art. 106 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor”. Sala das Comissões, 31 de outubro de 2011. – Laercio Oliveira, Deputado Federal – PR/SE (Endnotes) VI – ORDEM DO DIA PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS: Partido Bloco RORAIMA Edio Lopes PMDB Francisco Araújo PSL PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Raul Lima PP Teresa Surita PMDB Total de Roraima 4 Julho de 2011 AMAPÁ Davi Alcolumbre DEM Professora Marcivania PT Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 3 PARÁ Beto Faro PT Cláudio Puty PT Dudimar Paxiúba PSDB Lira Maia DEM Lúcio Vale PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Luiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zé Geraldo PT Total de Pará 9 AMAZONAS Carlos Souza PP Henrique Oliveira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Pauderney Avelino DEM Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Total de Amazonas 5 RONDÔNIA Padre Ton PT Total de Rondônia 1 ACRE Antônia Lúcia PSC Henrique Afonso PV PvPps Marcio Bittar PSDB Sibá Machado PT Taumaturgo Lima PT Total de ACRE 5 TOCANTINS Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPps Irajá Abreu DEM Júnior Coimbra PMDB Laurez Moreira PSB PsbPtbPcdob Total de Tocantins 5 MARANHÃO Carlos Brandão PSDB Costa Ferreira PSC Domingos Dutra PT Edivaldo Holanda Junior PTC PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Lourival Mendes PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Pinto Itamaraty PSDB Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sarney Filho PV PvPps Total de Maranhão 7 CEARÁ André Figueiredo PDT Aníbal Gomes PMDB Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdob Chico Lopes PCdoB PsbPtbPcdob Genecias Noronha PMDB José Airton PT José Guimarães PT José Linhares PP Mauro Benevides PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Total de Ceará 10 PIAUÍ Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Jesus Rodrigues PT Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB Marllos Sampaio PMDB Nazareno Fonteles PT Osmar Júnior PCdoB PsbPtbPcdob Total de Piauí 8 RIO GRANDE DO NORTE Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB Rogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdob Total de Rio Grande do Norte 5 PARAÍBA Benjamin Maranhão PMDB Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Manoel Junior PMDB Romero Rodrigues PSDB Wellington Roberto PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Wilson Filho PMDB Total de Paraíba 8 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPtbPcdob Anderson Ferreira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Fernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdob Fernando Ferro PT Inocêncio Oliveira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl João Paulo Lima PT Luciana Santos PCdoB PsbPtbPcdob Quinta-feira 7 35561 Raul Henry PMDB Vilalba PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Pernambuco 9 ALAGOAS Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdob Givaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdob Joaquim Beltrão PMDB Rui Palmeira PSDB Total de Alagoas 5 SERGIPE Andre Moura PSC Heleno Silva PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Márcio Macêdo PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdob Total de Sergipe 4 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPtbPcdob Antonio Brito PTB PsbPtbPcdob Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Claudio Cajado DEM Edson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdob Emiliano José PT Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT João Carlos Bacelar PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl José Nunes DEM Joseph Bandeira PT Josias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Luiz Alberto PT Luiz Argôlo PP Márcio Marinho PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Marcos Medrado PDT Oziel Oliveira PDT Rui Costa PT Sérgio Barradas Carneiro PT Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de Bahia 23 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT Antônio Andrade PMDB Bonifácio de Andrada PSDB Carlaile Pedrosa PSDB Domingos Sávio PSDB Dr. Grilo PSL PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Eduardo Barbosa PSDB Fábio Ramalho PV PvPps 35562 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Geraldo Thadeu PPS PvPps Jaime Martins PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdob João Bittar DEM João Magalhães PMDB José Humberto PHS PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Júlio Delgado PSB PsbPtbPcdob Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Mauro Lopes PMDB Miguel Corrêa PT Odair Cunha PT Padre João PT Reginaldo Lopes PT Rodrigo de Castro PSDB Toninho Pinheiro PP Walter Tosta PMN Weliton Prado PT Zé Silva PDT Total de Minas Gerais 30 ESPÍRITO SANTO Audifax PSB PsbPtbPcdob Camilo Cola PMDB Cesar Colnago PSDB Lauriete PSC Manato PDT Sueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo 6 RIO DE JANEIRO Adrian PMDB Alessandro Molon PT Alexandre Santos PMDB Anthony Garotinho PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Arolde de Oliveira DEM Brizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Cristiano PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Dr. Adilson Soares PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Dr. Aluizio PV PvPps Dr. Carlos Alberto PMN Dr. Paulo César PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Edson Santos PT Eduardo Cunha PMDB Eliane Rolim PT Filipe Pereira PSC Glauber Braga PSB PsbPtbPcdob Jair Bolsonaro PP Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdob Julho de 2011 Liliam Sá PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Marcelo Matos PDT Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Nelson Bornier PMDB Otavio Leite PSDB Rodrigo Maia DEM Romário PSB PsbPtbPcdob Simão Sessim PP Solange Almeida PMDB Vitor Paulo PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Walney Rocha PTB PsbPtbPcdob Washington Reis PMDB Total de Rio de Janeiro 32 SÃO PAULO Alberto Mourão PSDB Alexandre Leite DEM Aline Corrêa PP Antonio Bulhões PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Carlinhos Almeida PT Delegado Protógenes PCdoB PsbPtbPcdob Devanir Ribeiro PT Edinho Araújo PMDB Eli Correa Filho DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdob Jorge Tadeu Mudalen DEM Junji Abe DEM Keiko Ota PSB PsbPtbPcdob Luiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdob Marcelo Aguiar PSC Milton Monti PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Missionário José Olimpio PP Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdob Otoniel Lima PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Pastor Marco Feliciano PSC Paulo Freire PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Paulo Pereira da Silva PDT Paulo Teixeira PT Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto de Lucena PV PvPps Roberto Santiago PV PvPps Salvador Zimbaldi PDT Vanderlei Macris PSDB Vaz de Lima PSDB Walter Ihoshi DEM Total de São Paulo 35 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MATO GROSSO Carlos Bezerra PMDB Júlio Campos DEM Neri Geller PP Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdob Total de Mato Grosso 5 DISTRITO FEDERAL Erika Kokay PT Policarpo PT Reguffe PDT Ricardo Quirino PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Distrito Federal 4 GOIÁS Heuler Cruvinel DEM Íris de Araújo PMDB João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB Pedro Chaves PMDB Roberto Balestra PP Ronaldo Caiado DEM Rubens Otoni PT Sandro Mabel PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Valdivino de Oliveira PSDB Total de Goiás 10 MATO GROSSO DO SUL Geraldo Resende PMDB Giroto PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Mandetta DEM Marçal Filho PMDB Reinaldo Azambuja PSDB Total de mato grosso do sul 5 PARANÁ Abelardo Lupion DEM Alex Canziani PTB PsbPtbPcdob Assis do Couto PT Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Hermes Parcianello PMDB João Arruda PMDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdob Luiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Osmar Serraglio PMDB Ratinho Junior PSC Reinhold Stephanes PMDB Quinta-feira 7 35563 Rosane Ferreira PV PvPps Rubens Bueno PPS PvPps Sandro Alex PPS PvPps Takayama PSC Zeca Dirceu PT Total de Paraná 21 SANTA CATARINA Carmen Zanotto PPS PvPps Celso Maldaner PMDB Edinho Bez PMDB Gean Loureiro PMDB Jorginho Mello PSDB Luci Choinacki PT Onofre Santo Agostini DEM Pedro Uczai PT Ronaldo Benedet PMDB Valdir Colatto PMDB Zonta PP Total de Santa Catarina 11 RIO GRANDE DO SUL Alceu Moreira PMDB Assis Melo PCdoB PsbPtbPcdob Danrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdob Darcísio Perondi PMDB Enio Bacci PDT Fernando Marroni PT Giovani Cherini PDT Jeronimo Goergen PP José Otávio Germano PP José Stédile PSB PsbPtbPcdob Manuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdob Marcon PT Mendes Ribeiro Filho PMDB Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB Paulo Pimenta PT Renato Molling PP Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdob Ronaldo Zulke PT Sérgio Moraes PTB PsbPtbPcdob Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul 22 A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – A lista de presença registra o comparecimento de 292 Sras. Deputadas e Srs. Deputados. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte: “Comissão Representativa do Congresso Nacional. 35564 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Conforme determina o § 4º do art. 58 da Constituição Federal, realizaremos eleição dos representantes da Câmara dos Deputados que integrarão a Comissão Representativa do Congresso Nacional, cujo mandato coincidirá com o período de recesso do Congresso Nacional. Os partidos políticos indicaram, de acordo com a proporcionalidade partidária, os integrantes da Comissão. A Mesa submete, portanto, esses nomes à aprovação do Plenário pelo processo de aclamação, se este for o desejo de todos.” A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Nós esclarecemos ao Plenário que temos até a semana que vem para proceder a essa votação. Em relação ao prazo, nós ficaríamos um pouco à vontade, mas, em relação ao quorum, queremos votar. Torna-se imprescindível votarmos essa Comissão hoje para que possamos ter tranquilidade no trabalho no período de recesso. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Em votação a relação dos Parlamentares que comporão a Comissão representativa no Congresso Nacional durante o recesso. COMISSÃO REPRESENTATIVA DO CONGRESSO NACIONAL PREVISTA NO § 4º DO ART. 58 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (PERÍODO DE 19 DE JULHO DE 2011 A 31 DE JULHO DE 2011) PT Titulares Suplentes Márcio Macêdo Policarpo, Vicentinho. Amauri Teixeira Fernando Marroni Marina Santanna PMDB DEM Titular Professora Dorinha Seabra Rezende Mauro Benevides. (Ainda há um Deputado do PSC que vai ocupar a segunda vaga como suplente.) PSDB Suplentes Duarte Nogueira Eduardo Gomes. Antonio Imbassahy Luiz Fernando Machado PP Titular Márcio Reinaldo Moreira Alexandre Leite PR Titular Suplente Ronaldo Fonseca. 1 vaga PSB Titular Suplente Edson Silva Laurez Moreira PDT Titular Suplente Reguffe Manato Bloco PV/PPS Titular Suplente Arnaldo Jardim (PPS) Sarney Filho (PV) PTB Titular: Suplente Paes Landim Jovair Arantes PSC Titular Suplentes André Moura. Hugo Leal (PSC) – uma vaga do PMDB Pastor Marco Feliciano PCdoB 1 vaga. Júnior Coimbra Titulares Suplente TitularSuplente TitularesSuplente Geraldo Resende Julho de 2011 Suplente Waldir Maranhão 1 vaga PRB Titular Suplente Ricardo Quirino. Antonio Bulhões A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADA A COMISSÃO REPRESENTATIVA POR ACLAMAÇÃO. (Pausa.) A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a Mesa e da constante da Ordem do Dia. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Item 1. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MEDIDA PROVISÓRIA Nº 529, DE 2011 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 529, de 2011, que altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do microempreendedor individual. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 4, 5, 7, 8, 9 e 10, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). COMISSÃO MISTA: 21/04/2011 PRAZO NA CÂMARA: 05/05/2011 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 23/05/2011 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 18/08/2011 A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Há recursos. Sobre a Mesa Recurso nº 32/2011, do Deputado Otavio Leite, contra o indeferimento liminar da Emenda 7, apresentada à Medida Provisória nº 529/2011. RECURSO Nº 32 DE 2011 (Do senhor Otavio Leite) Recorre ao Plenário da Câmara dos Deputados da decisão da Presidência que indeferiu liminarmente a emenda Nº 07 apresentada à Medida Provisória Nº 529, de 2011, com pedido preliminar de reconsideração da Presidência. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência a apreciação pelo Plenário de recurso contra a decisão proferida pela Presidência de indeferimento liminar à tramitação da Emenda Nº 07 apresentada à Medida Provisória Nº 529 de 2011, com pedido preliminar de reconsideração da Presidência. Justificação A medida provisória Nº 529/2011 altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do micro empreendedor individual. A emenda Nº 08, de minha autoria, visa estabelecer que o beneficiário aposentado por invalidez possa exercer atividade profissional como Micro Empreendedor Individual – MEI sem prejuízo do benefício. A idéia é permitir que o aposentado por invalidez possa complementar sua renda com alguma das atividades do MEI. Já a emenda Nº 07 visa estabelecer a possibilidade da suspensão e retorno do benefício da aposentadoria por invalidez, caso o beneficiário não obtenha êxito ao Quinta-feira 7 35565 tentar uma colocação no mercado de trabalho, numa atividade compatível com a sua limitação. Nesse sentido, a inclusão social das pessoas com deficiência é essencial para a valorização da sua dignidade e para desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. O objetivo das duas emendas é permitir que as pessoas com algum tipo de deficiência possam ter uma melhoria em suas condições de vida, na medida em que se insiram no mercado de trabalho, no rol das atividades do MEI. Assim, o célebre princípio do Direito ressalta: “A verdadeira igualdade consiste em tratar-se igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que se desigualem”. A Constituição Federal Brasileira garante em seu artigo 203, inciso IV, a promoção da integração à vida comunitária das pessoas portadoras de deficiência, e este é o princípio das referidas emendas. Indiscutivelmente a proposta do Executivo consubstancia mens legis, qual seja, a de ensejar ao MEI um benefício, por assim dizer, através da redução da alíquota. As duas emendas apresentadas visam atingir o mesmo objetivo: beneficiar o MEI que seja deficiente, razão pela qual, inclusive, as matérias são correlatas a Medida Provisória em questão. Pelo exposto, solicito pedido preliminar de reconsideração do indeferimento da emenda Nº 07 da MP Nº 529/2011 pela Presidência desta Casa. Em sendo negativo, espero que o Plenário defira o presente recurso, dando-se o devido trâmite à emenda. Sala das Sessões, em 11 de maio de 2011. – Deputado Otávio Leite, PSDB/RJ. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não, Deputado. O SR. OTAVIO LEITE (PSDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, no que diz respeito a este recurso da Emenda nº 7, gostaria de retirar para prevalecer o subsequente, referente à Emenda nº 8. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Sobre a Mesa também se encontra o Recurso nº 33/2011, do Deputado Otavio Leite, contra o indeferimento liminar da Emenda 8, apresentada à Medida Provisória nº 529/2011. RECURSO Nº 33 DE 2011 (Do senhor Otavio Leite) Recorre ao Plenário da Câmara dos Deputados da decisão da Presidência que indeferiu liminarmente a emenda Nº 08 apresentada à Medida Provisória Nº 529, de 2011, com pedido preliminar de reconsideração da Presidência. 35566 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Senhor Presidente, Nos termos do artigo 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência a apreciação pelo Plenário de recurso contra a decisão proferida pela Presidência de indeferimento liminar à tramitação da Emenda Nº 08 apresentada à Medida Provisória Nº 529 de 2011, com pedido preliminar de reconsideração da Presidência. Justificação A medida provisória Nº 529/2011 altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do micro empreendedor individual. A emenda Nº 08, de minha autoria, visa estabelecer que o beneficiário aposentado por invalidez possa exercer atividade profissional como Micro Empreendedor Individual – MEI sem prejuízo do benefício. A idéia é permitir que o aposentado por invalidez possa complementar sua renda com alguma das atividades do MEI. Já a emenda Nº 07 visa estabelecer a possibilidade da suspensão e retorno do benefício da aposentadoria por invalidez, caso o beneficiário não obtenha êxito ao tentar uma colocação no mercado de trabalho, numa atividade compatível com a sua limitação. Nesse sentido, a inclusão social das pessoas com deficiência é essencial para a valorização da sua dignidade e para desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. O objetivo das duas emendas é permitir que as pessoas com algum tipo de deficiência possam ter uma melhoria em suas condições de vida, na medida em que se insiram no mercado de trabalho, no rol das atividades do MEI. Assim, o célebre princípio do Direito ressalta: “A verdadeira igualdade consiste em tratar-se igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que se desigualem”. A Constituição Federal Brasileira garante em seu artigo 203, inciso IV, a promoção da integração à vida comunitária das pessoas portadoras de deficiência, e este é o princípio das referidas emendas. Indiscutivelmente a proposta do Executivo consubstancia mens legis, qual seja, a de ensejar ao MEI um benefício, por assim dizer, através da redução da alíquota. As duas emendas apresentadas visam atingir o mesmo objetivo: beneficiar o MEI que seja deficiente, razão pela qual, inclusive, as matérias são correlatas a Medida Provisória em questão. Pelo exposto, solicito pedido preliminar de reconsideração do indeferimento da emenda Nº 08 da MP Nº 529/2011 pela Presidência desta Casa. Em sendo negativo, espero que o Plenário defira o presente recurso, dando-se o devido trâmite à emenda. Sala das Sessões, em 11 de maio de 2011. – Deputado Otavio Leite, PSDB/RJ Julho de 2011 O SR. OTAVIO LEITE – Para orientar, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para orientar, tem a palavra o Deputado Otavio Leite. O SR. OTAVIO LEITE (PSDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, quando essa matéria teve exame do Congresso, como é nosso dever, procurei examiná-la e aproveitei a oportunidade para oferecer a sugestão de que, no bojo das políticas que fortalecem o espaço do microempreendedor individual, incluíssemos também e associássemos as pessoas com deficiência no Brasil. E aí propus emendas nessa direção. O Sr. Presidente entendeu que se tratava de matéria estranha ao tema principal. Em face disso, propus esse recurso. Eis que, por uma circunstância autônoma, própria, o eminente Relator, Deputado André Figueiredo, na sua proposta de projeto de lei de conversão adicionou um conjunto de sugestões, algumas delas muito similares à emenda que havíamos proposto. Eu saudei o advento dessa iniciativa do eminente Relator e, em face dessa circunstância, fiquei mais satisfeito ainda, porque é a prova cabal de que o conteúdo da emenda consubstancia algo absolutamente pertinente à matéria. Então, eu queria encaminhar pelo acolhimento do recurso para que, depois, esse conteúdo possa ser examinado mais amiúde pelo Relator. E posso adiantar que S.Exa., o Deputado, já o fez e a emenda se conecta perfeitamente com a temática de que a medida provisória cuida. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu pergunto ao Plenário se os Líderes fazem questão de orientar. (Pausa.) Se não fazem questão de orientar, podemos colocar... (Pausa.) Então, vamos passar ao processo de votação. Quem votar “sim” ao recurso estará votando pela aprovação, ou seja, pela aceitação da emenda. Quem votar “não” estará votando pela não aceitação da emenda. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aqueles que forem pela aprovação do recurso permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADO. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, teve acordo? O SR. OTAVIO LEITE (PSDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, teve acordo. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Teve acordo. A emenda está deferida e volta a sua tramitação na Câmara dos Deputados. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS “Acrescente-se, onde couber, o seguinte artigo à presente Medida Provisória, como se segue: “Art. ... O beneficiário aposentado por invalidez que se registrar como Micro Empreendedor Individual terá assegurada a continuidade da prestação do benefício da aposentadoria.” A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Terceiro recurso. Sobre a Mesa Recurso nº 60/2011, do Deputado Izalci, contra o indeferimento liminar da Emenda 9 apresentada à Medida Provisória nº 529/2011. RECURSO Nº 60 DE 2011 (Do Sr. Izalci) Recorre ao Plenário da Câmara dos Deputados da decisão da Presidência que indeferiu liminarmente a emenda nº 09 apresentada à Medida Provisória nº 529, de 2011, com pedido preliminar de reconsideração da Presidência. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho requerer a Vossa Excelência que submeta à apreciação do Plenário o recurso contra a decisão proferida pela Presidência de indeferimento liminar à tramitação da Emenda Nº 08 apresentada à Medida Provisória Nº 529 de 2011, com pedido preliminar de reconsideração pela Presidência desta Casa. Justificação A medida provisória nº 529/2011 altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do micro empreendedor individual. A emenda aditiva de Nº 09, de minha autoria, possui a seguinte redação: “Acrescenta ao artigo 28, §9º, a letra “l”, que passa a ter a seguinte redação:” “Não integram a remuneração do empregado e nem constituem base de cálculo para incidência de impostos ou contribuições previdenciárias os valores aplicados pelo empregador na educação, ensino e formação profissional de seus funcionários e dependentes.” O art. 6º da Carta da República estabelece como direitos sociais entre outros a educação. Na mesma linha o art. 205 da Constituição Federal dispõe que a Educação é direito de todos e dever do Estado, portanto, é dever do Poder Público oferecer educação de qualidade à população. A cada dia as empresas vêem a necessidade de capacitar e reciclar seus funcionários, pois em um Quinta-feira 7 35567 mercado competitivo e global como o que vivemos o investimento em educação é crescente, vez que as empresas além do lucro buscam o desenvolvimento social. Há um clamor entre empregados e empregadores, que inclusive já pactuam nas convenções coletivas do trabalho a concessão de bolsas de estudo aos empregados e seus dependentes, pelo empregador sem que esta despesa integre a remuneração do trabalhador e conseqüentemente onere a folha das empresas, aumentando impostos e as contribuições previdenciárias. A inclusão deste artigo na Lei nº 8.212/1991 representa um significativo avanço legislativo, porque faz justiça social, já que em muitas convenções coletivas já se pactua o oferecimento de bolsas de estudo aos empregados e aos seus familiares, permitindo assim, que as empresas tornem-se parceiras do Estado no oferecimento da educação de qualidade. Por esta razão entendemos ser imprescindível emendar a MP nº 529/2011, para agregar ao seu texto original a emenda aditiva de nº 09, convictos de que caso o Ilustre Presidente, reconsidere sua decisão que indeferiu a apreciação da citada emenda aditiva nº 09 estará se inaugurando uma nova era de parcerias em prol da educação no Brasil com justiça social. Pelo exposto, requer-se: a) seja concedida liminarmente a reconsideração do indeferimento da emenda aditiva nº 09 à MP nº 529/2011, pela Presidência desta Casa; b) caso Vossa Excelência assim não entenda e mantenha o indeferimento da emenda nº 09, que submeta a decisão ao Plenário, rogando aos pares pelo provimento do presente recurso. Sala das Sessões, 5 de junho de maio de 2011. – Deputado Izalci Pr/Df. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Deputado Izalci. (Pausa.) Alguém gostaria de fazer a orientação? (Pausa.) Podemos colocar em votação? (Pausa.) Pois não. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É o seguinte, Sra. Presidenta, só para colaborar: o Relator me informou que ele já acatou até, num acordo, essas emendas. Então, de repente, a ausência de um recorrente – eu não sei nem se é o caso concreto, estou falando em tese – não deve tornar prejudicado o recurso, no meu ponto de vista, já que houve o acordo dessa forma para o exame do Relator, que acolheu essas emendas total ou parcialmente. Como V.Exa. pode não ter ainda tomado conhecimento desse entendimento do Relator, num acordo 35568 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com todos os partidos, eu estou informando a V.Exa., porque é correto que V.Exa. o saiba. Obrigado. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Quem votar “sim” ao recurso... Deputado Miro, antes, esclareço que eu sigo a orientação daquilo que me é trazido pelo Assessor. O SR. RONALDO ZULKE (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, o PT vota “não”. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “não”, Presidente. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Gostariam de orientar? (Pausa.) A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Em apreciação, então, o recurso. Quem votar “sim” ao recurso estará votando pela aprovação, ou seja, pela aceitação da emenda; quem votar “não” estará votando pela não aceitação da emenda. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aqueles que forem pela aprovação do recurso permaneçam como se acham. (Pausa.) O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Aprovado. Se não, eu vou pedir verificação. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – APROVADO. (Manifestações no plenário.) A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Excelências, eu insisto nisto: Votem! Votem! Levantem a mão ou fiquem com a mão para baixo. Uns levantam e abaixam na mesma hora. Vamos lá, outra vez. O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Matéria vencida, Presidente. Matéria vencida. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Olha só, Deputado, eu sei que V.Exa. preza pelo bom andamento da sessão. Não há prejuízo, se houver esclarecimento, por favor. Quem votar “sim” ao recurso estará votando pela aprovação, ou seja, pela aceitação da emenda; quem votar “não” estará votando pela não aceitação da emenda. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu encaminho da seguinte maneira. Aqueles que forem pela aprovação do recurso permaneçam como se acham. (Pausa.) REJEITADO. O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ) – Verificação. Por que não se vai aprovar uma emenda para discutir? Depois, rejeita-se no mérito. Julho de 2011 A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – A Presidência solicita que... O SR. JORGE BOEIRA (PT-SC) – Verificação conjunta. O Partido dos Trabalhadores pede verificação conjunta, Sra. Presidente. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – No quadro, Sra. Presidente, o PT “não”. O PT vota “não”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Teve apenas uma orientação, e todos abriram mão. Não sei se V.Exa. faz questão que se coloque “não”. O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO – É porque os Deputados vão chegar ao plenário. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Nós vamos acionar as campainhas para isso. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – A Presidência solicita a todas as Sras. Deputadas e a todos os Srs. Deputados que tomem os seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, nesse caso, o PDT vai votar “não”. Eu sustentei aquela posição em tese. No caso concreto, o voto é “não”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – No caso concreto, o PDT vota “não”. Mais alguém quer orientar a bancada? (Pausa.) PMDB? O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT-BA. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, só uma questão de ordem. O Deputado que pediu a verificação é Vice-Líder? A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Se o Deputado que pediu a orientação é Vice-Líder? O SR. ROBERTO BRITTO (PP-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, o Partido Progressista não concorda porque isso aí não é pertinente à medida. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Um momento. Nós só vamos esclarecer que foi pedida verificação pelo Deputado Rodrigo Maia. Ele é Vice-Líder? Não. Quem subscreveu? O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu sou Vice-Líder, Sra. Presidente. Eu pedi verificação e vai ser mantida. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – O Deputado Rodrigo é Vice-Líder. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Respondida a indagação de V.Exa. Qual foi o outro que sustentou? (Pausa.) A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vamos à orientação das bancadas? O PT vota “não”. E o PMDB? (Pausa.) O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, a sugestão que está sendo conversada aqui com o DEM é que voltaríamos atrás sobre essa emenda, mas nós a recusaríamos na hora da discussão do mérito. E, nesse caso, ele retira a votação nominal, a verificação de quorum. Sendo dessa forma, refazemos a orientação e retiramos a verificação de quorum. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Quanto ao que V.Exa. expõe, nós teríamos então que deferir a emenda para voltar à verificação do Relator. O SR. SIBÁ MACHADO – Retiro a verificação. Agora, na hora do mérito, nós vamos derrubar. Esse é o entendimento. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Está bem assim? (Pausa.) O SR. CHICO ALENCAR – Sra. Presidente, uma questão. O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu retiro a verificação tendo em vista a proposta de acordo por parte do Partido dos Trabalhadores. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – ENTÃO, A EMENDA FICA DEFERIDA. “Inclua-se, onde couber, na Medida Provisória n º 529, de 2011, o seguinte dispositivo: ‘Acrescenta-se ao artigo 28, § 9º, a letra ‘l’, que passa a ter a seguinte redação:’ ‘Não integram a remuneração do empregado e nem constituem base de cálculo para incidência de impostos ou contribuições previdenciárias os valores aplicados pelo empregador na educação, ensino e formação profissional de seus funcionários e dependentes.” O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Só para entender, porque nós agora estamos em uma operação padrão, inclusive, a resolução quanto à estrutura de Lideranças de ontem, que mereceu três linhas escondidinhas no jornal da Casa, tão zeloso em publicizar todos nossos atos, tem de respeitar inclusive o art. 12 do Regimento Interno, que diz que blocos parlamentares têm uma única estrutura de Liderança. Vamos ver o que vão publicar disso, se não vai ser algo indecoroso. Mas eu quero dizer que, no nosso entendimento, verificação conjunta, pedida e concedida pela Mesa, Quinta-feira 7 35569 pode ser revertida com a manifestação de todos os que solicitaram. Só para confirmar. O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, se todos os partidos orientarem “sim”, resolve o seu problema. Se todos votarem “sim”, não há verificação. O SR. JORGE BOEIRA (PT-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Retiro o pedido de verificação de quorum, Sra. Presidenta. O SR. RODRIGO MAIA – Se todos os partidos estiverem a favor não há verificação. A verificação é inócua. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Os dois partidos que pediram verificação retiraram... O SR. TIRIRICA (Bloco/PR-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, o PR vota “sim”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – ...e ainda não estava em processo de verificação, ainda não tinha terminado de ver. Eu peço ao Deputado Chico Alencar que compreenda esse momento, porque os dois retiraram. Não há por que nós não caminharmos com a sessão. O SR. CHICO ALENCAR – É regimental. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Agradeço a V.Exa. O SR. JORGE BOEIRA – Ainda não estava em processo de votação. Portanto, eu fui um dos subscritores do pedido de verificação de quorum e retiro o pedido, Sra. Presidenta. O SR. TIRIRICA – Sra. Presidente, o PR vota “sim” à emenda. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. Não há necessidade de orientação neste momento. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) ‑ Concedo a palavra ao Deputado André Figueiredo, para oferecer parecer à medida provisória e às emendas a ela apresentadas, pela Comissão Mista. O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT-CE. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) ‑ Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, essa Medida Provisória nº 529, da qual trago aqui o projeto de lei de conversão, no seu texto original já trazia um grande avanço para a formalização de milhões de trabalhadores por conta própria, os quais denominamos de microempreendedores individuais. A Presidenta Dilma, logo que assumiu, trouxe para si a responsabilidade de aperfeiçoar ainda mais um mecanismo que já era bom, que previa que esses microempreendedores individuais que tivessem receita de até 36 mil reais/ano pudessem contribuir com 11% do valor do salário mínimo. E a Presidenta Dilma, nessa MP, baixou a alíquota para 5%. Nós compreendemos a importância e avançamos na questão para que pudéssemos incluir também as 35570 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS donas de casa, ou seja, os contribuintes facultativos que tenham ocupação exclusivamente doméstica e cuja renda familiar não ultrapasse dois salários mínimos. Todos esses microempreendedores individuais e as donas de casa, agora contribuindo com 27 reais e 25 centavos, vão poder usufruir de benefícios previdenciários até então inacessíveis: salário-maternidade, auxílio-doença, enfim, tudo que lhes dá garantia de uma cidadania plena, tendo ele optado pelo trabalho ou sendo ele ou ela responsável pelos afazeres domésticos e tendo uma renda mensal familiar de até dois salários mínimos. Além disso, Sras. e Srs. Deputados, conseguimos incluir no texto do nosso projeto de lei de conversão avanços extremamente significativos para a inclusão produtiva das pessoas com deficiência, especialmente no que tange às pessoas com deficiência que forem aprendizes. Nós poderemos acumular o BPC com o salário aprendizagem. No caso de essas pessoas com deficiência conseguirem um emprego formal ou virarem microempreendedores individuais, terão apenas a suspensão do BPC e não a sua cessação, o que geraria uma série de transtornos e que, inclusive, inviabiliza que várias empresas possam cumprir suas cotas de inclusão de pessoas com deficiência. Ao mesmo tempo, tivemos o trabalho de também incorporar ao nosso texto projetos de lei que vêm tramitando na Casa, iniciativas dos Deputados Otavio Leite, Eduardo Barbosa, Romário, Jean Wyllys, enfim, nós temos a preocupação de fazer também com que pessoas que têm deficiência intelectual ou mental não percam direito à pensão, caso venham a entrar no mercado produtivo. Mas vamos direto à leitura do nosso voto: “II.1 – Da Admissibilidade e Constitucionalidade A Medida Provisória ora sob análise atende aos requisitos constitucionais de urgência e relevância, além de não incorrer em qualquer das vedações temáticas constitucionais estabelecidas pelo § 1º do art. 62 da Constituição Federal. O requisito da urgência justifica-se pela necessidade de incentivar a formalização de trabalhadores em nosso País, de forma que possam contar com o seguro social, necessário para amparar o trabalhador e sua família no caso de doença, morte, idade avançada, entre outros eventos que põem em risco o sustento da família. A matéria é relevante, pois, por meio de uma alíquota de contribuição menos onerosa, cria condições para que o microempreendedor individual – MEI possa Julho de 2011 ser incluído no sistema previdenciário e, ainda, possa formalizar a relação de trabalho do funcionário que o auxilia nas suas atividades. Quanto às vedações temáticas do § 1º do art. 62 da Constituição Federal, verificamos que a alteração de alíquotas de contribuição social não se insere entre as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da Constituição) ou de qualquer de suas Casas (arts. 51 e 52 da Constituição) e não se enquadra entre os casos de vedação de edição de medidas provisórias (art. 62, §1º, da Constituição). II.2 – Da Adequação Financeira e Orçamentária A Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional, estabelece, em seu art. 5º, § 1º, que “o exame de compatibilidade e adequação orçamentária e financeira das Medidas Provisórias abrange a análise da repercussão sobre a receita ou a despesa pública da União e da implicação quanto ao atendimento das normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a conformidade com a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a Lei do Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária da União”. A medida provisória em tela promove uma renúncia de receita de contribuição previdenciária. Nesses casos, torna-se aplicável o art. 91 da LDO 2011 (Lei nº 12.309, de 9 de agosto de 2010), que determina que as proposições legislativas sob a forma de projetos de lei, decretos legislativos ou medidas provisórias que importem ou autorizem diminuição da receita ou aumento de despesa da União no exercício de 2011 deverão estar acompanhadas de estimativas desses efeitos, para cada um dos exercícios compreendidos no período de 2011 a 2013, detalhando a memória de cálculo respectiva e correspondente compensação, nos termos das disposições constitucionais e legais que regem a matéria. Tratando especificamente da renúncia de receita, o art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal exige praticamente as mesmas informações previstas na LDO. Tal artigo ordena que a proposição esteja acompanhada da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, que esteja compatível com o cumprimento das metas fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e que atenda a pelo menos uma de duas condições alternativas abaixo mencionadas. Uma condição é que o proponente demonstre que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Outra condição, alternativa, é que a proposição esteja acompanhada de medidas Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de compensação, no período mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação de base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição, só podendo entrar em vigor o benefício quando implementadas as medidas referidas. A estimativa da renúncia de receitas para o ano em curso, bem como para os dois seguintes, foi informada pelo Poder Executivo na Exposição de Motivos que acompanha a Medida Provisória no valor de R$276 milhões para o ano de 2011 e de R$414 milhões nos anos de 2012 a 2013. Ademais, foram apresentadas as seguintes fontes de receitas para compensação da renúncia estimada: R$140 milhões, decorrentes da edição dos Decretos nº 7.455 e nº 7.456, de 2011; e R$136 milhões decorrentes da edição do Decreto nº 7.457, de 2011, que elevou a alíquota do IOF, incidente sobre operações de câmbio para ingresso de recursos no País referente a empréstimos externos. A compensação indicada totaliza os R$276 milhões da renúncia estimada para 2011 e, como os efeitos dos referidos decretos projetam-se para os anos seguintes, pode-se contar com a compensação financeira equivalente para os anos de 2012 e 2013. Portanto, consideramos que a renúncia da receita tem adequação financeira e orçamentária, uma vez que o impacto foi devidamente estimado e foram indicadas as fontes de custeio para compensação da renúncia. II.3 – Das emendas Sobre as emendas oferecidas à Medida Provisória nº 529, de 2011, cabe-nos examiná-las sob o prisma da constitucionalidade, da adequação orçamentária e financeira e quanto ao seu mérito. Embora não se vislumbre inconstitucionalidade na Emenda nº 1, que pretende assegurar que o contribuinte individual e o microempreendedor individual que optem pelo recolhimento simplificado possam complementar a contribuição de competências passadas sem a incidência de juros moratórios, não concordamos com o mérito”, assim como fazemos em relação às Emendas nº 8 e 9. “Entendemos que a isenção de juros moratórios para aqueles que adiaram o recolhimento da contribuição cria uma situação injusta em relação àqueles segurados que efetuaram os recolhimentos na época própria. Cabe ressaltar ainda que os juros moratórios para indenização de contribuições em atraso do contribuinte individual foram limitados ao percentual máximo de 50% por meio da Lei Complementar nº 128, de 2008, que incluiu o art. 45-A à Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Ademais, entendemos que não há Quinta-feira 7 35571 adequação orçamentária e financeira, pois não foram indicados os recursos para compensação da renúncia de receita dos juros moratórios. A Emenda nº 2 defende que a contribuição reduzida de 5% seja estendida também para a categoria de segurados facultativos, facilitando, principalmente, o acesso das donas de casa ao sistema previdenciário. A medida é justa, pois entendemos que, se os microempreendedores individuais têm restrições financeiras que lhes impedem o acesso ao sistema previdenciário por uma contribuição de 11%, essa restrição é ainda mais evidente para as donas de casa que sequer possuem rendimento próprio. No entanto, a redação proposta inclui todos os segurados facultativos, o que estenderia o benefício para estudantes e também donas de casa com renda familiar elevada. O § 12 do art. 201 da Constituição Federal, inserido pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005, prevê que lei disponha sobre “sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário mínimo.” A Lei Complementar nº 123, de 2006, estabeleceu o referido sistema para os trabalhadores de baixa renda, mediante instituição da alíquota reduzida de 11%, mas até o momento não há legislação que disponha sobre o benefício para as donas de casa. Dessa forma, acolhemos a Emenda nº 2 com ajustes de redação que têm por objetivo manter harmonia com o texto constitucional. O projeto de lei de conversão incorpora, portanto, a Emenda nº 2 por meio da inserção da alínea “b” ao inciso II do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991, instituindo a alíquota de 5% para o segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. Propomos, ainda, a inserção do § 4º ao art. 21 da referida norma, para conceituar como família de baixa renda aquela inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, cuja renda mensal seja de até dois salários mínimos. A Emenda nº 2 é oportuna e meritória, pois visa suprir lacuna de regulamentação de dispositivo constitucional. Quanto à adequação orçamentária e financeira, entendemos que não haverá redução na receita previdenciária, pois, se, de um lado, alguns segurados facultativos passarão a recolher sobre valor inferior, de outro, haverá milhares de novos segurados que não tinham condições de contribuir e, agora, com a alíquo- 35572 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ta reduzida, terão condições de efetuar a contribuição para o sistema previdenciário. Quanto à Emenda nº 3, julgamos inoportuna, pois reduz a alíquota para que o contribuinte individual, que opte pelo recolhimento simplificado, tenha acesso à aposentadoria por tempo de contribuição, justamente o benefício que apresenta maiores distorções na Previdência Social. Não existe restrição de idade para que o segurado obtenha essa espécie de aposentadoria, cuja média de idade na concessão, observada em 2009, foi de 53 anos. Tendo em vista que a expectativa de sobrevida no País para uma pessoa aos 53 anos é de 26 anos e 6 meses, de acordo com a Tábua de Mortalidade do IBGE, já há uma distorção entre o tempo que esses segurados contribuem para o sistema e o tempo estimado de recebimento do benefício, considerando uma alíquota total de contribuição de 20%. A Emenda nº 3 pretende, na prática, que a alíquota total do microempreendedor individual que pretenda se aposentar por tempo de contribuição seja de 9%, aumentando ainda mais a distorção entre o montante de contribuição e o total a ser recebido de benefício. A emenda é inconstitucional, pois contraria o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial insculpido no art. 201 da Constituição Federal, além de não haver adequação orçamentária e financeira. Ademais, em relação à técnica legislativa, julgamos que a Emenda nº 3 não pode ser admitida por incoerência de seu texto, pois, ao fazer referências a segurados que tenham contribuído na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991, incluiu, além do microempreendedor individual, os demais contribuintes individuais. Como a alíquota dessa última categoria é de 11%, a diferença entre 9% e 11% promoveria uma alíquota negativa de 2% para ter acesso à aposentadoria por tempo de contribuição. A Emenda nº 6 pretende determinar que o Ministério da Previdência Social realize campanha para divulgação das alterações na forma de contribuição do MEI. Embora não tenhamos vislumbrado impacto orçamentário e financeiro, entendemos que a proposta é inconstitucional, pois fere a competência privativa da Presidente da República de dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, prevista na alínea “a”, inciso VI, do art. 84 da Constituição Federal. Quanto às Emendas nos 4, 5, 7 e 10, conforme ressaltado no Relatório, foram liminarmente indeferidas pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados por tratarem de matéria estranha ao objeto da Medida Provisória em questão, razão pela qual não caberia manifestação sobre seus conteúdos.” Julho de 2011 Já ressaltei que, quanto às Emendas nºs 8 e 9, as rejeitamos no mérito. “No entanto”, quanto a essas emendas, “por reconhecer o trabalho dedicado do nobre Deputado Otávio Leite e suas elevadas preocupações pela causa das pessoas com deficiência, e também pelo fato de este PLV adentrar o tema dos benefícios assistenciais a esse seguimento, faço breve análise do mérito das Emendas nºs 7 e 8 apresentadas pelo Parlamentar. A Emenda nº 7 pretende instituir a suspensão da aposentadoria por invalidez, no caso de o beneficiário retornar ao mercado de trabalho, sendo o benefício restabelecido após a extinção da relação trabalhista, enquanto a Emenda nº 8 defende a continuidade do pagamento da aposentadoria por invalidez àquele que se registrar como MEI. Ambas as medidas implicariam alterar o fundamento do benefício da aposentadoria por invalidez, que pressupõe que o segurado seja considerado incapaz e insusceptível para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Na hipótese de o beneficiário retornar ao mercado de trabalho, a invalidez que lhe deu o direito à aposentadoria estaria extinta e, portanto, não mais haveria fundamento para o recebimento de aposentadoria por invalidez. O segurado reabilitado e reinserido no mercado de trabalho que venha a apresentar novas complicações de saúde terá direito a requerer a concessão de uma nova aposentadoria por invalidez, desde que seja considerado novamente incapaz para o trabalho. Não é possível, no entanto, a legislação antecipar-se e pressupor que, após a extinção da relação de trabalho, o segurado necessariamente volta a ser considerado incapaz para exercício de atividade que lhe garanta o sustento. Quanto à continuidade de pagamento da aposentadoria por invalidez para o MEI, a medida contraria os objetivos do sistema previdenciário brasileiro, insculpido no art. 201 da Constituição Federal, que prevê a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, idade avançada, entre outros. Se o segurado pode trabalhar como empresário, certamente não apresenta invalidez para o trabalho e, portanto, não pode receber o benefício previdenciário da aposentadoria por invalidez. O sistema previdenciário tem por fundamento assegurar a substituição da renda do trabalhador submetido a riscos sociais e não o incremento de sua renda. Portanto, julgamos que as Emendas nos 7 e 8 são inconstitucionais, pois estabelecem hipóteses de cobertura de evento não descritas no art. 201 da Constituição Federal, uma vez que o conceito de invalidez contempla justamente aqueles que não estão aptos para o trabalho, e ambas as situações descritas ex- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pressam claramente que os segurados são capazes para exercer atividade laborativa. As medidas pretendidas nessas emendas justificam-se no caso de benefícios assistenciais concedidos às pessoas com deficiência.” Na discussão que tivemos com o Deputado Otavio Leite, era esse justamente o espírito apresentado no teor de suas emendas. Portanto, “esclarecemos que, no âmbito do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória, estamos propondo melhorias para o sistema assistencial com vista a promover a inclusão produtiva da pessoa com deficiência. O benefício assistencial da pessoa com deficiência visa suprir uma renda que esse grupo nunca teve oportunidade de alcançar por meio de uma atividade laborativa, em face de suas limitações físicas, intelectuais ou mentais. Embora o Estado garanta a subsistência da pessoa com deficiência de baixa renda familiar, deve atuar também no sentido de estimular que essas pessoas adquiram sua autonomia, obtenham rendimento de seu próprio trabalho e, portanto, nessas hipóteses se justificam as garantias protetivas de manutenção do benefício assistencial, caso não logrem êxito na inserção no mercado de trabalho.” Gostaria de ressaltar que, durante o período em que fui Secretário Executivo do Ministério do Trabalho, no segundo mandato do Presidente Lula, pude comprovar o empenho do Ministro Carlos Lupi em garantir a inclusão produtiva das pessoas com deficiência – e hoje conseguimos garantir boa parte delas através deste Projeto de Lei de Conversão. “II.4 – Do Mérito Conforme já relatado, a MP 529, de 2011, reduz de 11% para 5% a alíquota da contribuição previdenciária do microempreendedor individual, assim considerado o empresário individual que tenha auferido receita bruta no ano-calendário anterior de até 36 mil reais.” Gostaríamos de ampliar esse limite para 48 mil reais, o que será feito no projeto de lei complementar que está tramitando nesta Casa. Mas como se trata de um projeto de lei complementar, não poderia ser alterado por uma lei ordinária. “As condições especiais de tratamento tributário conferidas ao microempreendedor individual, a partir da edição da Lei Complementar nº 128, de 2008, permitiu que um número significativo de pequenos empresários individuais informais se tornassem partícipes do crescimento de nossa economia. Para incentivar a formalização de sua atividade, bem como a formalização da relação de trabalho do funcionário que o ajuda no exercício de suas atividades, foram adotadas medidas como a isenção de taxas para Quinta-feira 7 35573 o registro da empresa, a redução do recolhimento previdenciário incidente sobre o salário pago ao seu funcionário, entre outras medidas de grande importância. Ainda assim, entendemos que são necessárias medidas adicionais para que todos os microempreendedores individuais venham a participar da chamada economia formal. Nesse sentido, a presente Medida Provisória, ao reduzir a alíquota contributiva desse segmento populacional, irá, com certeza, possibilitar novas regularizações e filiações no seguro social. Esse grupo de trabalhadores, que tanto contribui para a economia de nosso País, possui baixos rendimentos e, certamente, a legislação tributária e previdenciária anterior impunha tributos e contribuições que inviabilizavam a sua formalização, bem como a de seu funcionário. O MEI que optar pela formalização poderá, com uma contribuição previdenciária mensal de 27 reais e 25 centavos, ou seja, 5% do salário mínimo vigente, ter acesso à aposentadoria por idade, por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade, deixar pensão por morte para seus dependentes, entre outros importantes benefícios do seguro social. Ademais, com a formalização esses trabalhadores passam a ter acesso a crédito, a negociar com as demais empresas de forma transparente, a não mais temer a ação do fisco e policial, desde que estejam agindo dentro da legalidade. A inserção desses trabalhadores no mercado formal é também uma questão de cidadania e promove a autorrealização pessoal, profissional e social do empreendedor. Julgamos, ainda, necessário incorporar ao Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória ajustes legais decorrentes da criação da nova categoria de segurado, qual seja, do microempreendedor individual, e no sistema de seguridade social brasileiro, em especial para amparar as pessoas com deficiência e afastar injustiças da legislação atual. Primeiramente, propomos a inserção do parágrafo único ao art. 24 da Lei nº 8.212, de 1991, para afastar que o empregador doméstico contrate um trabalhador inscrito como microempreendedor individual, para exercício de trabalhos domésticos, de forma a se beneficiar indevidamente da contribuição reduzida de 5%, ao invés de pagar a contribuição patronal de 12% prevista para o trabalho doméstico. Ademais, é necessário incluir no § 3º do art. 72 que o salário-maternidade, no caso de empregada do microempreendedor individual, será pago diretamente pela Previdência Social. Tal previsão é imprescindível, pois a legislação prevê que o segurado empregado receberá diretamente pela empresa, que fará o posterior desconto no recolhimento das contribuições previdenciárias devidas. No entanto, as contribuições devidas 35574 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pelo MEI, que só pode ter um único empregado, certamente, são muito inferiores ao salário-maternidade que porventura tenha que ser pago à sua funcionária. Ainda quanto ao microempreendedor individual, entendemos ser necessário incluir os §§ 4º e 5º ao art. 968 do Código Civil para suprir lacuna legal existente. Conforme informações prestadas pelo Ministério da Fazenda, o desenvolvimento e implementação da alteração e baixa simplificada no site www.portaldoempreendedor.gov.br encontra-se, atualmente, prejudicado pela não resolução da dúvida legal em relação à necessidade de assinatura autógrafa do MEI para abertura, alteração e baixa de seu registro. Propomos, portanto, a inclusão no Direito de Empresa do Código Civil que o processo de formalização do MEI tenha trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, sendo que o meio eletrônico será opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da Lei Complementar nº 123, de 2006. Ademais, fica prevista autorização para que seja dispensado o uso da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas a nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo respectivo comitê. No que tange à seguridade social, a primeira emenda proposta visa atualizar o conceito de pessoa com deficiência para aquele adotado na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificada no Brasil com equivalência à emenda constitucional, nos termos do §3º do art. 5º da Constituição Federal, por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, e promulgada pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Essa importante demanda partiu do Governo Federal, que sancionou a Lei do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, na data de hoje, trazendo novo conceito de pessoa com deficiência, mas em desacordo com aquele adotado pela Constituição Federal, ao ratificar a referida Convenção. As outras emendas aqui propostas têm como objetivo estimular a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e decorrem de uma ampla articulação em parceria com o nobre Deputado Romário”, que estava presente até pouco tempo aqui e deu uma saída. Eu quero deixar muito claro que todo esse processo de articulação, logicamente levando em consideração o grande trabalho dos Deputados que aqui já falei – Otavio Leite, Eduardo Barbosa – e das Deputadas da Frente Parlamentar de Defesa das Pes- Julho de 2011 soas com Deficiência, mas o Deputado Romário teve uma atuação que se pode considerar o seu primeiro gol de placa aqui na Câmara Federal ao nos acompanhar em todas as discussões com o Ministério da Previdência, com a Casa Civil e com as Lideranças do Governo, que culminam justamente neste projeto de lei de conversão, que tenho eu a oportunidade de relatar. Se pudesse existir uma correlatoria, certamente, o Deputado Romário seria o Correlator dessa importante medida provisória. Muito obrigado, Deputado Romário, pela causa que você tão bem defende. “A Lei nº 8.742, de 1993, que dispõe sobre a Organização da Assistência Social e dá outras providências – LOAS, ao regulamentar sobre o Benefício de Prestação Continuada – BPC, define pessoa com deficiência como “aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho”, bem como preconiza a cessação do pagamento do benefício no momento em que forem superadas tais condições. Por oportuno, cabe ressaltar que a definição de pessoa com deficiência como aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho, prevista originalmente na LOAS e mantida na legislação que institui o SUAS, está em desalinho com a atual regra da Convenção sobre Direitos da Pessoa com Deficiência, ratificada pelo Brasil e vigente com status de emenda constitucional, que apresenta conceito de deficiência que considera, além dos impedimentos corporais, barreiras sociais e ambientais que obstruem sua participação social em igualdade de condições com as demais pessoas. Decorre daí a necessidade de se adaptarem os procedimentos de concessão do Benefício da Prestação Continuada, eis que essa interpretação restritiva tem levado um número expressivo de pessoas com deficiência a não exercer uma atividade produtiva. O resultado prático dessa medida tem sido a criação de um significativo contingente de pessoas com deficiência que, ante a ameaça sempre presente de perda do benefício assistencial, optam por não fazer jus a outros direitos de cidadania. Ademais, a exigência de incapacidade para todos os atos da vida independente e para o trabalho não encontra apoio na Lei Maior, que exige do postulante apenas a vulnerabilidade financeira. Ao contrário, tal exigência contraria frontalmente o sentido da norma constitucional, porque fere o princípio da dignidade da pessoa humana ao demandar que o deficiente não tenha capacidade até para atos rotineiros, como alimentar-se e fazer sua higiene pessoal. Portanto, para afastar esse conceito desatualizado e prejudicial à pessoa com deficiência, propomos alteração aos §§2º e 6º e acréscimo do §9º ao art. 20 da Lei nº 8.742, de 1993. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A segunda emenda é o acréscimo do §10º ao art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, para assegurar que a remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz não seja considerada para fins de cálculo do Benefício de Prestação Continuada – BPC. Essa medida representa um estímulo para que a pessoa com deficiência amplie sua capacitação profissional, em especial na condição de aprendiz” – tivemos condições, no âmbito do Ministério do Trabalho, de fazer também a Conferência Nacional de Aprendizagem, e tivemos, por parte do Ministério Público do Trabalho, um grande demandante desse dispositivo legal. “Atualmente, observa-se que o BPC constitui-se, em muitos casos, em obstáculo para a busca de formação profissional, porquanto vige o temor de perda do benefício pelo exercício de atividade remunerada. Todavia, é preciso salientar que a remuneração do aprendiz se dá por salário mínimo-hora e, via de regra, o aprendiz trabalha em período parcial, o que diminui pela metade o valor do salário a ser percebido. Ademais, não se pode desconsiderar a importância psicossocial da aprendizagem para a pessoa com deficiência, em especial, da pessoa com deficiência intelectual ou mental, oportunidade que poderá levar à sua emancipação do benefício assistencial, por meio de sua inserção no mercado de trabalho formal, com os deveres e direitos inerentes a essa nova condição, a exemplo da contribuição e dos benefícios previdenciários. Na terceira emenda, defendemos a inclusão do art. 21-A, na Seção I, do Capítulo IV, da Lei nº 8.742, de 1993, para assegurar que o BPC seja suspenso quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive empreendedora, sendo restabelecido no caso de cessação do trabalho ou da atividade empreendedora, sem necessidade de realização de perícia médica para essa finalidade. Ademais, no novo artigo proposto, incluímos que a contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarrete a suspensão do BPC, limitado a 2 anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício. Registramos que são comuns situações em que os pais impedem que os filhos com deficiência beneficiários do referido auxílio frequentem escolas ou participem de programas de reabilitação que poderiam contribuir para a melhoria de seu bem-estar geral e aumentar suas chances de empregabilidade e inclusão social, pelo temor de que passem a ser considerados capazes e venham a perder o amparo assistencial.” Gostaria, inclusive, de citar aqui que essa foi uma demanda do Sr. José de Almeida Braga, conterrâneo Quinta-feira 7 35575 do Estado do Ceará, que tem um filho portador de síndrome de Down, um lutador da causa, e que muito lutou também por esse dispositivo. “Em análise comparativa das percepções das pessoas com deficiência em relação à inserção no mercado formal de trabalho, realizada por Almeida, Carvalho‑Freitas e Marques, constatou-se que, apesar da importância dada ao trabalho em suas vidas, significativo contingente de pessoas com deficiência afirmou não estar à procura de emprego. Segundo os autores, esse dado alarmante está relacionado, em grande medida, “ao recebimento do Benefício de Prestação Continuada e às consequências que o ingresso no mercado formal implicariam no cotidiano dessas pessoas e familiares, tendo em vista que a quantia recebida por este benefício na maioria das vezes é bastante relevante para o sustento familiar e que o benefício é cancelado imediatamente após a admissão – ou o era. Somado a isso, há o sentimento de insegurança quanto à permanência no mercado formal. Dessa forma, diante de todas as barreiras sociais impostas e da instabilidade percebida quanto ao futuro em uma organização, se faz mais seguro para a sobrevivência de si e familiares, a manutenção do recebimento do BPC e a não procura por um emprego pelas pessoas com deficiência entrevistadas”. Diziam os autores. Outrossim, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, no que tange ao trabalho, pugna pelo direito da pessoa com deficiência trabalhar em igualdade de oportunidade aos demais, sem discriminação, reconhecendo-o como direito inalienável. Da mesma forma, a Convenção assinala a necessidade de garantia da proteção social a quem dela necessitar, de modo a propiciar a melhoria do padrão de vida da pessoa com deficiência mediante o oferecimento de mecanismos que possibilitem a busca por autonomia e independência, o que pode ocorrer pela inclusão no mundo do trabalho. Diante da nova orientação constitucional, não mais deve prevalecer, no ordenamento jurídico pátrio, a dissociação entre o direito à assistência social e o direito ao trabalho. Aliás, nesse contexto, o Benefício de Prestação Continuada – BPC deve ser visto como um apoio transitório para que a pessoa com deficiência em situação de vulnerabilidade social possa ter acesso aos direitos de cidadania, inclusive ao direito ao trabalho, sem prejuízo do direito de buscar a proteção social quando dela necessitar, na hipótese de não ter acesso a meios de prover um padrão de vida digno. Importa destacar que o art. 203 da Constituição Federal de 1988 dispõe que a assistência social deve garantir às pessoas com deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social, a habilitação 35576 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e reabilitação, a promoção de sua integração à vida comunitária e a integração ao mercado de trabalho, bem como o recebimento de um salário mínimo mensal àquela pessoa que comprove não possuir meios de prover sua subsistência. Portanto, entendemos que as medidas propostas têm o nobre objetivo de cumprir com o preceito constitucional de promover a integração da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. As alterações propostas possibilitarão à pessoa com deficiência investir em sua qualificação profissional e buscar inclusão no mercado de trabalho sem medo de, na eventualidade de desemprego, ficar sem o mínimo necessário para garantir dignamente sua subsistência e ter de enfrentar trâmites burocráticos demorados para concessão de novo amparo assistencial. Cabe ressaltar que a suspensão do benefício não causa impactos financeiros negativos aos cofres públicos. Pelo contrário, estimula o aumento de arrecadação para os cofres da Previdência Social, diminui o número de pessoas dependentes do benefício e, por conseguinte, desonera o orçamento da Seguridade Social. O art. 203 da Constituição Federal de 1988 dispõe que a assistência social deve garantir às pessoas com deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade Social, a habilitação e reabilitação, a promoção de sua integração à vida comunitária e integração ao mercado de trabalho, (...) Propomos, ainda, inovação na legislação previdenciária, consubstanciada na inclusão, no rol de dependentes do segurado, do filho e do irmão que sejam declarados judicialmente absoluta ou relativamente incapazes, em decorrência de deficiência intelectual ou mental. Para tanto, propomos alterações aos arts. 16 e 77 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. No art. 16, a alteração visa incluir essa nova categoria de dependentes. As alterações ao art. 77 têm por objetivo adequar as normas de extinção da pensão por morte diante da nova regra de concessão do benefício sugerida, bem como estabelecer um redutor de 30% para a parte individual da pensão por morte recebida pelo dependente com deficiência intelectual ou mental, enquanto este estiver no exercício de atividade remunerada. Iniciativas dessa natureza, cabe ressaltar, Sras. e Srs. Deputados, já tramitam nesta Casa, como o PL nº 648, deste ano, de autoria do nobre Deputado Eduardo Barbosa, e o PL nº 771, também deste ano, apensado, de autoria dos Deputados Rogério Carvalho, Jean Wyllys e Romário. A Lei nº 8.213, de 1991, em seu art. 16, prevê que filho ou irmão inválido do segurado seja considerado beneficiário do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, Julho de 2011 independentemente de idade. A condição de invalidez é verificada por exame médico-pericial realizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, em que se avalia, entre outros aspectos, se a incapacidade para o trabalho é total e permanente e se a invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os requisitos de elegibilidade ao benefício. Via de regra, as pessoas com deficiência são consideradas inválidas. No entanto, se estão aptas para o trabalho remunerado, a perícia pode considerar que não mais se configura a invalidez, razão pela qual o pensionista perde o direito à quota da pensão a que fazia jus. Dessa forma, também aqui o pensionista inválido sente-se pressionado a escolher entre permanecer ao largo do mercado de trabalho, percebendo em definitivo o beneficio da pensão, ou optar pela inclusão no precário mundo laboral e perder, em definitivo, o direito ao benefício previdenciário. A situação torna-se mais evidente em relação à pessoa com deficiência intelectual ou mental, haja vista o temor que seus cuidadores têm de deixá-los ao desamparo. Os novos arranjos familiares não mais permitem ter a certeza de que um parente próximo, como acontecia anteriormente, se responsabilizará pelo cuidado e suporte financeiro da pessoa com deficiência intelectual ou mental, na eventualidade de seus cuidadores faltarem. Assim, as famílias tendem a adotar uma posição mais conservadora e não permitir a inserção dessas pessoas no mercado formal de trabalho, em face de, se constatado, em algum momento, sua contribuição para a previdência social, perdem a qualificação de inválido que lhes permitiria fazer jus à pensão previdenciária. Para reverter esse quadro, o movimento em defesa do direito das pessoas com deficiência tem trabalhado para incluir em lei a permissão para que o benefício previdenciário seja mantido, mesmo que a pessoa com deficiência intelectual ou mental ingresse no mercado de trabalho. Saliente-se que o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência já aprovou parecer com vistas à modificação da legislação relativa à Previdência Social, a fim de garantir à pessoa com deficiência intelectual ou mental usufruto ao direito do trabalho sem perda da pensão previdenciária a que tenha direito. Importa assinalar que a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que tem status constitucional, além de reconhecer o direito das pessoas com deficiência ao trabalho, assegura o igual acesso dessas pessoas a programas e benefícios de aposentadoria, bem como admite-se salvaguardar a pessoa com deficiência com medidas efetivas para exercício de seus direitos e respeito a sua vontade. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Dessa forma, verifica-se que a alteração da legislação previdenciária com vistas a possibilitar que a pessoa com deficiência intelectual ou mental possa ser beneficiada de pensão previdenciária e exercer atividade laboral remunerada, tenha amparo constitucional, sobretudo porque atende aos princípios da dignidade humana, autonomia, independência, não discriminação e igualdade de oportunidades que norteiam a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Outra distorção que merece ser corrigida no sistema previdenciário diz respeito ao cálculo do auxílio-doença. Atualmente a legislação prevê que o benefício seja correspondente a 91% da média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição. A atual forma de cálculo, baseada na média das contribuições, foi adotada especialmente para atender ao princípio do equilíbrio financeiro e atuarial no âmbito de concessão de aposentadorias. Para o benefício temporário do auxílio‑doença, no entanto, observou-se que a regra gera distorções incompatíveis com o objetivo do sistema previdenciário de garantir a reposição da renda do trabalhador no caso de doença. Em diversos casos, considerando-se que a correção monetária do salário de contribuição supera em alguns períodos a correção salarial, o trabalhador passa a receber um auxílio-doença muito superior ao seu último salário. Desde a adoção desse método de cálculo, o Ministério da Previdência Social constatou um aumento de demanda pelo benefício do auxílio-doença, bem como a tendência de alguns segurados permanecerem no benefício ao invés de buscarem a sua reabilitação e recuperação. Portanto, propomos que a renda mensal do auxílio-doença não exceda à média aritmética dos 24 últimos salários de contribuição do segurado ou ao último salário de contribuição considerado o que for maior, mediante inserção do § 10 ao art. 29 da Lei nº 8.213, de 1991. Além disso, incluímos o § 11 para estabelecer uma regra de exceção no caso de não haver 24 contribuições, tomando-se por média, nesse caso, as contribuições existentes. Tal medida irá assegurar ao segurado uma reposição de renda mais justa e em valores mais aproximados do salário que recebia antes de adoecer ou se acidentar. São essas as alterações propostas. Por fim, não posso concluir este trabalho sem agradecer as preciosas contribuições dadas por diversas autoridades deste Parlamento e do Poder Executivo. Como já me referi, agradeço profundamente ao Deputado Romário, a quem tenho como um bom amigo e grande parceiro das mesmas causas sociais, principalmente na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Também reconheço aqui” igualmente a grandiosa luta histórica Quinta-feira 7 35577 pela valorização das pessoas com deficiência através de várias ações neste Parlamento e fora dele do Deputado Otavio Leite, também grande parceiro e grande amigo, Deputado Eduardo Barbosa, Deputada Rosinha da Adefal e Deputada Mara Gabrilli, “bem como todos os integrantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e pelo compromisso, como já disse, que todos têm com esse tema. Nesse particular, agradeço também ao Senador Lindbergh Farias, também comprometido com o mesmo tema. Outro colaborador fundamental nesse processo foi o Senador José Pimentel, ex-Ministro da Previdência Social, que participou ao meu lado de reuniões e entendimentos que viabilizaram esse texto. Sou muito grato ao Dr. Carlos Eduardo Gabas, Secretário-Executivo do Ministério da Previdência Social, e ao Dr. Leonardo José Rolim Guimarães, Secretário de Políticas de Previdência Social, que se debruçaram de forma muito atenciosa na análise das propostas constantes neste projeto de lei de conversão. Por fim, destaco o competente e dedicado trabalho da Consultoria Legislativa desta Casa nas pessoas dos Consultores Renata Baars, Symone Bonfim, Humberto Veiga, Walter Oda e Claudia Deud; assim como também dos assessores legislativos Adroaldo da Cunha Portal, meu grande amigo, e Carlos Alberto Pereira.” Vamos ao voto. “Em razão do exposto, pronunciamo-nos pela admissibilidade da Medida Provisória nº 529, de 2011, considerando atendidos os requisitos de relevância e urgência, bem como respeitadas as vedações expressas no texto constitucional. Manifestamo-nos também pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da medida provisória, bem como pela sua adequação orçamentária e financeira. Estamos de acordo com o mérito da Medida Provisória nº 529, de 2011, sendo necessário incorporar outras melhorias ao sistema previdenciário e assistencial brasileiro, nos termos do projeto de lei de conversão em anexo. Quanto às emendas apresentadas, somos pela aprovação da Emenda nº 2 e rejeição das Emendas de nos 1, 3, 6”, 8 e 9. “Por fim, não nos manifestamos acerca das Emendas nos 4, 5, 7 e 10, em face do indeferimento liminar pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Era isso, Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. PARECER ESCRITO ENCAMINHADO À MESA 35578 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35579 35580 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35581 35582 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35583 35584 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35585 35586 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35587 35588 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35589 35590 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35591 35592 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35593 35594 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35595 35596 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35597 35598 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35599 35600 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35601 35602 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 7 35603 35604 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Sra. Presidente, Sra. Presidente... O SR. OTAVIO LEITE - Permita, Sra. Presidenta, um pedido de esclarecimento ao Relator. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não, Deputado Otavio Leite. O SR. OTAVIO LEITE (PSDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, considerando que foi aprovado o recurso e, portanto, S.Exa. teve de também examinar o teor da Emenda nº 8, quero crer que a Emenda nº 8 foi recepcionada no âmbito do PLV, mais precisamente no art. 21-A, §§ 1º e 2º. Tenho para mim que ali se consubstancia o conteúdo estabelecido na emenda em referência. Quero, então, conferir isso e também se, de fato, o Projeto de Lei nº 648, da lavra do Deputado Eduardo Barbosa, foi recepcionado no âmbito do PLV, mais precisamente no seu art. 2º. Muito obrigado. O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT-CE. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, esclareço ao Deputado Otavio Leite que, em relação à sua emenda, na ocasião em que procedia à a sua leitura e à análise do mérito, fiz questão de salientar que, considerando o espírito que a norteou, ela estava sendo acatada no projeto de lei de conversão. E justamente porque sei que sua luta é em relação às pessoas com deficiência e não àquele caso em que estava sendo explicitada a aposentadoria por invalidez. Então, a emenda está acatada. No que se refere ao Projeto de Lei nº 648, deste ano, do nobre Deputado Eduardo Barbosa, também ressaltei em meu parecer que ele está incorporado ao projeto de lei de conversão, como não poderia deixar de ser, pelo mérito que encerra. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO –Sra. Presidente, eu queria dialogar com... A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Com a palavra o Deputado ACM Neto. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, agradeço-lhe. Eu queria dialogar com o Deputado André Figueiredo para dizer que sou um crítico bastante duro das medidas provisórias, especialmente quando nelas existe contrabando. Em relação a essa medida provisória, sou obrigado a fazer dois registros. O primeiro, que o Governo foi disciplinado ao editá-la como medida provisória monotemática. Portanto, não acumulou assuntos diversos numa mesma medida provisória. O segundo é reconhecer que as emendas incorporadas pelo Relator aperfeiçoam a medida provisória. Quinta-feira 7 35605 Quero parabenizar o trabalho feito pelo Deputado André Figueiredo, tanto que o Democratas vai votar a favor da integralidade do parecer de S.Exa. Não estamos apresentando destaque. E quero ainda fazer um registro da contribuição dada pelo Deputado Romário na defesa da pessoa portadora de deficiência. Eu, que também tenho um trabalho muito estreito na Bahia com diversas entidades que representam as pessoas portadoras de deficiência, que acompanho a luta dessas pessoas no dia a dia, acho que as emendas incorporadas ao texto da medida provisória a aperfeiçoam. Faço este registro do envolvimento pessoal e direto do Deputado Romário, que ontem nos procurou, pedindo apoio. E, imediatamente, teve apoio do Democratas. Portanto, fica a minha palavra de felicitação ao Deputado André Figueiredo pelo parecer apresentado. Que sirva de exemplo para outros tantos pareceres apresentados nesta Casa, os quais podem, às vezes, até ampliar o objeto das MPs, mas dentro do mesmo tema, como fez S.Exa., com muita competência. O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO –Muito obrigado, Deputado ACM Neto. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Sobre o parecer, tem a palavra o Deputado Arnaldo Jardim. O SR. ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sr. Relator, também me somo às manifestações já ocorridas aqui no sentido de saudar o trabalho do Deputado André Figueiredo. Aliás, ao terminar, S.Exa. registrou a colaboração de diferentes Parlamentares, dando uma demonstração acabada do que foi a sua postura, a sua orientação durante esse processo. Como também estou inscrito para encaminhar, Sra. Presidente, quero dizer que nós, do Bloco PV/ PPS, votaremos a favor do parecer. Porém, nobre Deputado André Figueiredo – peço a atenção de todos –, há um deslize. Permita-me considerar isso no seu parecer. E quero fazer um apelo a V.Exa. para que isso seja corrigido. Ao tratar da questão do microempreendedor, em que recebe o aplauso unânime dos colegas, e as questões relativas às pessoas portadoras de necessidades especiais – e nós reiteramos também o aplauso à sua postura – V.Exa., no projeto de lei de conversão, redefine o valor do auxílio-doença a ser pago pelo sistema previdenciário. E isso é algo que não guarda coerência com o restante do PLV de sua autoria. Sobre a matéria há, inclusive, um projeto em tramitação nesta Casa, oriundo do Senado Federal. Ele está sendo analisado pelas Comissões. No âmbito da Comissão de Constituição e Justiça, é Relator da 35606 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS matéria é o nobre Deputado Arnaldo Faria de Sá, que redefine, para poder limitar, um teto no auxílio-doença pago pela Previdência. Então, é algo exógeno nesse processo todo, é algo que se trata à parte. Para que pudéssemos continuar nesse clima de unanimidade, faria um apelo a V.Exa. Temos até um destaque nesse sentido, e já houve uma conversa no Colégio de Líderes: nós pediríamos votação nominal para esse destaque. Mas, para que fiquemos no acordado, para dar sequência ao espírito de convergência, de nenhuma matéria à parte, pediria que V.Exa. retirasse os §§ 10 e 11 do art. 29, que estabelecem novo método de cálculo para o auxílio-doença, uma vez que nada tem a ver com o objeto da proposta que estamos tratando aqui. É o apelo que registramos, nobre Deputado André Figueiredo. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ –Sra. Presidente, sobre o mesmo assunto do Deputado Arnaldo Jardim. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Pois não, Sr. Deputado. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sra. Presidente, eu queria chamar a atenção do Deputado André Figueiredo. Realmente, essa matéria está sendo tratada em um projeto de lei que, aprovado no Senado, agora está na Comissão de Constituição e Justiça desta Casa. Sou eu o Relator. E o texto apresentado por V.Exa. reduz o valor do auxílio-doença. A pessoa já está doente e ainda vai ter reduzido o auxílio-doença! É um absurdo! E, na Exposição de Motivos, V.Exa. certamente deve ter prestado atenção para um detalhe: o aumento da demanda pelo benefício de auxílio-doença. Alguns segurados permanecem no benefício, ao invés de buscarem a reabilitação. Não é verdade. O segurado só pode permanecer no auxílio se a perícia médica determinar. Não é a vontade dele que determina ficar no auxílio-doença. E aqui o senhor diz isso: que eles ficam no auxílio, ao invés de buscar a reabilitação. Só ficam no auxílio se a perícia médica lhe der essa condição. Ninguém fica sponte propria. Tem razão o Deputado Arnaldo Jardim: há aqui uma redução brutal do valor do auxílio-doença. E a matéria é tratada em projeto específico que tramita na Comissão de Constituição e Justiça e da qual sou o Relator. O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO – Para esclarecer, Sra. Presidenta. O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Também sobre o parecer, com a palavra o Deputado José Julho de 2011 Guimarães. Acho que essa discussão contribui com V.Exa., Sr. Relator. O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO – Com certeza. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu gostaria que V.Exa. ouvisse e depois respondesse a todos. Tem a palavra o Deputado José Guimarães. O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, só para igualmente fazer dois registros, em nome do Governo. O primeiro é para elogiar o trabalho que o Deputado André Figueiredo construiu, incorporando elementos importantíssimos à medida provisória original, particularmente nessa rede de defesa das pessoas deficientes, os chamados portadores de necessidades especiais. S.Exa. incorporou pontos muito importantes para o País. O segundo, igualmente, Sra. Presidenta, é para assinalar as contribuições que o Líder ACM Neto e o Líder Duarte Nogueira deram para que ontem votássemos a MP 528 e, hoje, a Medida Provisória 529, duas matérias fundamentais para o País. Evidentemente, estamos ainda tentando proceder a alguns ajustes, mas nada que possa quebrar a espinha dorsal do parecer do Deputado André Figueiredo, a quem parabenizo, em nome do Governo, pelo trabalho que apresentou à Casa. Tanto ontem quanto hoje, fruto desse diálogo permanente com a Oposição, é que estamos votando, particularmente a Medida Provisória nº 529, sem qualquer problema, votando por consenso, sem sequer haver votação nominal. Portanto, quero parabenizá-los. E vamos construir, no plenário, algum ajuste que seja necessário. O.k., Deputado Arnaldo Faria de Sá? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ –Sim, é preciso. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Com a palavra o Deputado Deley. O SR. DELEY (PSC-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sra. Presidente, eu também gostaria de me juntar à colocação do Deputado Arnaldo Jardim com referência ao Deputado André Figueiredo. Estamos vivendo um momento harmonioso, fruto principalmente do grande trabalho que S.Exa. realizou. Esta é uma medida provisória importantíssima, que abrange interesse dos portadores de necessidades especiais e dos empregados domésticos. Vai dar, com certeza, um entusiasmo maior aos microempreendedores. Mas eu gostaria de fazer um apelo a S.Exa. e ao Governo: já que essa matéria está sendo tratada através do projeto de lei, que S.Exa. refletisse sobre a questão do auxílio-doença, uma vez que seu trabalho foi fruto sempre do bom senso. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Então, fica este apelo a S.Exa. e ao próprio Governo, para que mantenhamos esse clima de harmonia e possamos votar uma medida provisória tão meritória. Muito obrigado. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Tem a palavra o Deputado Eduardo Barbosa. O SR. EDUARDO BARBOSA (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Obrigado, Sra. Presidente. Em primeiro lugar, quero cumprimentar o nobre Relator não só por ter incorporado as concepções de defesa dos direitos da pessoa com deficiência, acolhendo o que o Deputado Romário levou a S.Exa., mas também avaliado todos os projetos em tramitação nesta Casa e, dessa forma, absorvido no seu parecer as iniciativas dos diversos Deputados que trabalham com essa questão. Então, desde já, cumprimento o nobre colega por ter tido o cuidado de fazer uma profunda avaliação do tema. Os vários Deputados que representam a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência estamos felizes com essa iniciativa. No entanto, também gostaria de fazer uma consulta ao nobre Relator, porque hoje tivemos a sanção, por parte da Presidente da República, do PL do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Quando esse PL tramitou nesta Casa, apresentamos uma emenda, que foi acatada e sancionada, justamente para fazer com que as pessoas com deficiência não tivessem a necessidade, ao perder o emprego, de novamente requerer o benefício de prestação continuada. No entanto, o texto de hoje evoluiu ainda mais, e precisamos, então, adequar o § 4º do art. 21 da Lei do Sistema Único de Assistência Social para ele ficar compatível com o que estamos agora votando. Nossa sugestão é justamente fazer com que desse § 4º se retire a expressão “em razão do ingresso no mercado de trabalho”. Parece-me que o nobre Relator, inclusive, já está com esse texto em mãos, e gostaríamos de solicitar a S.Exa. que acatasse essa sugestão, para que a lei sancionada hoje não fique defasada em relação à que hoje estamos aprovando, já com um texto muito mais aprimorado. Muito obrigado. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Com a palavra o Relator, Deputado André Figueiredo. O SR. JOSÉ GUIMARÃES –Sra. Presidenta, pela ordem. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Pois não, Deputado José Guimarães. O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sra. Presidenta, há uma so- Quinta-feira 7 35607 licitação de vários Líderes para fazermos um pequeno ajuste. Gostaria que V.Exa. suspendesse a sessão por 5 minutos, a fim de construirmos um entendimento com o nobre Relator. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com certeza. Vou, então, acatar o pedido do Deputado José Guimarães e suspender a sessão por 10 minutos, porque os senhores tenham prazo suficiente para se entenderem. O SR. CLAUDIO CAJADO – Sra. Presidente, enquanto se formula o entendimento no plenário, V.Exa. me daria a palavra para uma comunicação? A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Apenas por 1 minuto, porque eu já estava suspendendo a sessão. V.Exa. tem a palavra. O SR. CLAUDIO CAJADO (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, quero dar conhecimento ao Plenário de absurdo que está acontecendo no Município de Santo Amaro, no Estado da Bahia. Lá, o Vereador Valmir Figueiredo, do PSC, foi arbitrariamente preso por denunciar irregularidades na administração do Prefeito local. Isso é um absurdo, Sra. Presidente! O Vereador, através da publicação de um manifesto, mostrou à sociedade, numa data importante para a Bahia, o dia 2 de julho, o que está se passando na administração do Município. E a reação foi, justamente, prender o Vereador, um ato arbitrário e ilegal, imediatamente revogado pelo delegado local. Por outro lado, ao carro de som que divulgou as denúncias foi incendiado! Queremos que a Polícia Militar e a Delegacia do Município de Santo Amaro apurem e punam os responsáveis por essas ilegalidades, porque alguém eleito pelo povo – Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal ou Senador – não pode ser intimidado, não pode ser preso por defender princípios e fazer críticas que julgamos construtivas. Portanto, vou passar à Mesa Diretora, para que conste nos Anais, informação constante do Correio do Brasil, para que todos possam repudiar esse tipo de procedimento. Aqui fica o meu protesto, a minha crítica. Com certeza, em breve, visitarei o Município de Santo Amaro da Purificação para que fatos lamentáveis como esse não voltem a ocorrer, porque estarei vigilante na defesa dos Vereadores, que têm de ser livres no exercício do mandato. Muito obrigado, Sra. Presidente. DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR. 35608 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Correio do Brasil Santo Amaro – Bahia Prefeito Corrupto manda prender Vereador Combativo Prefeito na Bahia manda prender Vereador! Câmara de Vereadores de Santo Amaro O vereador Valmir Figueiredo do PSC foi preso em Santo Amaro da Purificação na Bahia por distribuir manifesto denunciando irregularidades da administração municipal. O prefeito, insatisfeito com o alcance das denúncias na data do grande desfile pela Independência da Bahia, usou toda a sua influência junto a Polícia Militar para mandar prender a autoridade do Poder Legislativo Local. Contudo, o Vereador foi liberado pelo delegado da cidade, mesmo com o pedido contrário do Secretário Municipal Rodrigo Veloso (irmão do ilustre cantor Caetano Veloso), deixando o caso para ser resolvido pelo Juiz da Comarca de Santo Amaro. Segundo Valmir Figueiredo, vereador autor do polêmico manifesto, todas as denúncias já estão nas mãos do referido Juiz e foram apresentadas desde 2009 pela Controladoria Geral da União, um órgão da Presidência da República. Para o Vereador, a sociedade santo-amarense precisa mobilizar-se para que a morosidade da justiça não leve prefeitos corruptos a pensarem que podem passar por cima das leis. Em tempo, o Prefeito Ricardo Machado, que quer entrar para o partido do Governador da Bahia (PT), teve as Contas de 2009 rejeitadas pelo Tribunal de contas dos Municípios; decretou falsa emergencial para a saúde; licitou mais de 7 milhões em remédios para um município que arrecada menos de 6 milhões mensalmente; licitou a merenda escolar no valor de mais de 5 milhões; atrasa pagamento de professores; utilizou ambulâncias municipais para transporte de remédios sem notas fiscais, no lugar de pacientes; superfaturou obras de reformas nas escolas municipais; demoliu uma escola e prestou contas como se estivesse construída; demoliu um posto médico a pretexto de construir um hospital, que não saiu do papel; realiza obras desnecessárias e de alto custo para os cofres públicos; é descrito como um dos prefeitos que mais cometem irregularidades administrativas no Estado da Bahia. Ainda tem instaurada, na Câmara, uma Comissão Parlamentar de Inquérito ? CPI, contando hoje com apenas 5 vereadores, num total de 10, na sua base governista. O Vereador Valmir está recebendo o apoio do Presidente da União dos Vereadores da Bahia ? UVB que disponibilizou o corpo jurídico da entidade para cuidar do caso. Santo Amaro – Manifesto do vereador Valmir de Figueiredo Julho de 2011 O vereador de Santo Amaro, Valmir de Figueiredo (PSC), foi preso, no dia 02 de julho, segundo ele, por ordem do prefeito da cidade, Ricardo Machado (PSC) que acionou a polícia, por ele estar distribuindo folhetos com críticas ao gestor. O próprio vereador Valmir, leu o teor do seu manifesto, nesta segunda-feira (04) no programa Baiana na Política, em entrevista exclusiva feita pelo radialista Jutan Araújo, na Rádio Baiana FM. Reproduzimos o texto na íntegra: “se eu tiver de declarar por escrito que o prefeito Ricardo Machado é um gigolô, um prostituto político, um carregador de pasta de deputado, ou mesmo um comprador de temperos da cozinha do governador, não medirei palavras, muito menos ficarei na covardia do anonimato, no pseudônimo ou do nome de fantasia para atentar contra a honra de um ser humano. Meus manifestos eu assino, estão com a minha fotografia e eu mesmo faço a distribuição. Pseudônimo existe, para os crápulas, os canalhas covardes de baixo nível, da espécie do prefeito Ricardo Machado, que deveria estar num presídio de segurança máxima, por desvios de verbas públicas. Esse prefeito é desprovido de personalidade, dignidade, um panfletista medíocre e vulgar, que determina a guarda municipal efetuar a distribuição na calada da noite, sob o comando de Gênis, chefe da guarda municipal.. A revolta, a agressão moral ou imoral dos anônimos é sinal de desespero, de um desequilíbrio emocional, é um sintoma da fobia, do calafrio do pesadelo, e da angústia que anunciam a inelegibilidade por oito anos, deste prefeito corrupto, traidor e perseguidor, inelegível até mesmo, se for candidato a cachorro leproso. João Melo já foi julgado e condenado, a inelegibilidade por oito anos. Agora é a vez do prefeito Ricardo Machado, que dizia (na Campanha): “não roubar e não deixar roubar”, mas transformou-se no poderoso chefão da quadrilha, com desvios do erário público, condenado, sentenciado ao ressarcimento do montante que foi desviado, lesado, surrupiado, subtraído, roubado dos cofres públicos. Denunciado pela CGU, Controladoria Geral da União, e TCM, Tribunal de Contas dos Municípios, pela dispensa de licitação com falsos motivos emergenciais e superfaturamentos na reforma das escolas municipais de Oliveira Santana, no valor de dois milhões quatrocentos e noventa mil, este prefeito irresponsável, mal intencionado e criminoso desvia verba do Fundeb, celebra contratos com as empresas de medicamentos: RC Coutos, Mec Farma, U.S.A. Produtos de Laboratórios, no valor de sete milhões, cento e trinta e nove mil. Celebra termos de contrato de gêneros alimentícios para a merenda escolar, Reinaldo Silva de Oliveira, (Que Massa), no valor de cinco milhões seiscentos mil. O ministério público federal pre- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cisa ser acionado, vão mostrar esse prefeito que lugar de político corrupto é na cadeia, algemado nos pés e nas mãos. O município bate recorde de arrecadação e a válvula de escape, tem sido o ladrão” O vereador Valmir Figueiredo afirmou: “isso que eu disse está escrito meu caro amigo Jutan, diante do delegado. Respondo até mesmo na polícia federal, ou tribunal federal e provo tudo que está escrito contra o prefeito Ricardo Machado”. Jorge Roriz Santo Amaro – Carro de som é incendiado após divulgação de denúncias contra o prefeito O clima no meio político de Santo Amaro não para de esquentar. Após ser detido no último sábado (02), enquanto distribuía panfletos com denúncias sobre a administração do prefeito Ricardo Machado (PSC), o vereador Valmir Figueiredo (PSC), participou do programa Baiana na Política de ontem (04), explicando o que aconteceu e reforçando as acusações. Paralelo a isso, em Santo Amaro, um carro de som transmitiu ao vivo o programa da rádio Baiana FM (89.3/96.5). Além de esquentar o meio político na cidade, a entrevista do vereador também motivou um ato de vandalismo. Por volta das três horas da madrugada dessa terça-feira (05), o carro de som que veiculou o áudio foi incendiado. A polícia militar foi acionada, mas como o incêndio já havia sido contido e não houve flagrante, a investigação ficou a cargo da polícia civil, após perícia no local. De acordo com o vereador, o ato que ele classifica como ‘terrorismo’, “só pode ter sido do grupo do prefeito”. Em contato com a redação do Bahia Política, Valmir também chama a atenção para o fato de que o proprietário do carro, de prenome George, foi agredido há dois meses pelo chefe da guarda municipal de Santo Amaro, apelidado de Geni, durante uma sessão na Câmara de Vereadores. Laís Trindade Santo Amaro –Prefeito manda prender vereador O tempo fechou no município de Santo Amaro na manhã desse sábado (02). O vereador Valmir Figueiredo (PSC) foi preso enquanto distribuía panfletos com denúncias sobre a administração do prefeito Ricardo Machado (PSC) – que está de malas prontas rumo ao PT. Por volta das 10 horas da manhã, o vereador entregava os manifestos quando foi surpreendido por policiais que o encaminharam a delegacia local. De acordo com o vereador, a prisão foi por ordem do prefeito. “A coisa ficou feia aqui, a Polícia Militar me levou para a delegacia por que eu distribui um material contra ele; mandou a polícia me prender de uma forma arbitrária, mas agora já está tudo bem”, conta Valmir. Em contato com a redação do Bahia Política, o vereador explicou que após as averiguações, foi libe- Quinta-feira 7 35609 rado. Segundo o edil, o delegado afirmou que não tinha como mantê-lo preso. No manifesto, Valmir acusa o prefeito de pertencer a uma quadrilha. “Ele roubou dinheiro do erário e devia estar atrás das grades da cadeia, por que o lugar de bandido é na cadeia”, acusa. Segundo o vereador, o comportamento autoritário do gestor não é novidade. “Ele já tinha até feito ameaça que ia me pegar para me bater em via pública”, revela Valmir. Apesar da confusão durante a manhã, o vereador acompanhado de um grupo de correligionários promete não se intimidar: durante a tarde irão entregar os panfletos no desfile do 2 de julho. Laís Trindade A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Está suspensa a sessão pelo prazo de 10 minutos, para que ocorra o entendimento entre os Srs. Líderes. (A sessão é suspensa.) A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Está reaberta a sessão. Concedo a palavra ao Sr. Relator para que dê o parecer sobre as questões levantadas em plenário. (Pausa.) O SR. ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sra. Presidente, enquanto S.Exa. não se manifesta, eu gostaria de saber se a Casa já tomou conhecimento de que o Ministro dos Transportes foi exonerado. A sociedade brasileira toda já sabe, mas parece que a Casa desconhece. Trata-se de uma demonstração de como esta Casa está começando a ser irrelevante, porque esse é um assunto que tinha de ser discutido até antes e pedida a demissão, pelo escândalo que significa, pela desmoralização e degradação política e moral que está ocorrendo no País. Minha fala é apenas para dizer que o PPS já vinha solicitando a demissão do Ministro, o que, afinal, se resolveu, mesmo tendo a Presidente da República dito que ele era um homem de confiança dela. O SR. SILVIO COSTA –Sra. Presidente... A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Por favor, eu dei a palavra ao Relator. Em seguida, darei a palavra a V.Exa. O SR. SILVIO COSTA –Sra. Presidente, art. 96. Eu tenho direito. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Pois não: art. 96 do Regimento Interno. O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PTB-PE. Reclamação. Sem revisão do orador.) –Sra. Presidente, eu esperava que o competente Líder do PPS viesse à tribuna elogiar a Presidente Dilma. 35610 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A Presidente Dilma está na história deste País: foi a primeira Presidente que demitiu Ministro no final de semana. O Ministro estava demitido desde sábado. O problema é que parte da Oposição, como não conseguiu surfar na crise, está achando ruim. É o contrário: a Oposição queria que o Ministro permanecesse, para continuar batendo. Eu lamento, o Ministro foi demitido. Lamento a Oposição ter perdido o discurso. (Intervenções simultâneas ininteligíveis.) A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) –Eu vou fazer um pedido aos Srs. Parlamentares. Há espaço para esta discussão posteriormente. Eu já dei a palavra ao Relator. Com a palavra o Sr. Relator. O SR. SIBÁ MACHADO –Depois da votação, Sra. Presidente. O SR. ROBERTO FREIRE –Sra. Presidente, a política neste País pouco importa. O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT-CE. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) –Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, antes de mais nada, gostaria de, mais uma vez, agradecer as palavras elogiosas que muito me honram, especialmente as dos companheiros Deputados da Oposição, pessoas a quem reputo uma atuação muito forte neste Parlamento, do Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, anteriormente as do Deputado Otavio Leite e, lógico, dos Deputados Arnaldo Jardim, Arnaldo Faria de Sá, Guimarães, Eduardo Barbosa, Deley, enfim, todos os que fizeram menções elogiosas a este relatório. Volto a dizer que não foi elaborado apenas com base em minhas ideias, foi também fruto de ações históricas de vários Parlamentares que aqui representam uma grande vitória deste movimento tão legítimo de defesa das pessoas com deficiência. Digo também que o Deputado Romário atuou como um parceiro em todos os momentos de discussão e articulação referentes a este relatório. Sobre os pleitos que me foram trazidos, em consenso com os Líderes da Oposição e do Governo, retiro do meu relatório os §§ 10 e 11 do art. 29, ou seja, no art. 2º do meu projeto de lei de conversão, os artigos que tratavam do auxílio‑doença, ressaltando que essas questões são originárias do projeto de lei que veio do Senado e que, em tese, teriam sido discutidas com as centrais sindicais. Mas acato aqui a supressão desses dispositivos do meu relatório. Ao mesmo tempo, informo ao Deputado Eduardo Barbosa e a todos os integrantes da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência que acrescento § 4º ao art. 21 – art. 3º – da Lei 8.742, de 1993, complementando meu voto, ao qual se dá a redação de que “a cessação do benefício de presta- Julho de 2011 ção continuada concedido à pessoa com deficiência não impede nova concessão do benefício desde que atendidos os requisitos definidos em regulamento”. Sendo assim, Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este é o relatório, que, tenho plena convicção, foi uma grande vitória dos microempreendedores individuais, das donas de casa com baixa renda e das pessoas com deficiência. Muito obrigado. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sra. Presidenta, deixe-me fazer só um registro pelo PSDB. Faço menção ao Relator e a todos os que estiveram envolvidos nesse ajuste no texto, que S.Exa. ora realiza. Quero, além disso, ressaltar, da parte da bancada do PSDB, a contribuição dos Deputados Otavio Leite, Eduardo Barbosa e Mara Gabrilli, já citados pelo Relator, a quem cumprimento em nome de toda a bancada. Era necessário que essa alteração fosse feita no texto. A própria Previdência já apontou as distorções que isso vem ocasionando. O segurado acabou percebendo um aumento de benefícios de auxílio-doença, bem como um aumento dessa tendência de permanecer no benefício, em vez de buscar a reabilitação. Portanto, estamos aqui fazendo o ajuste quanto a um problema já identificado. Isso reforça a necessidade de não fazermos apenas uma alteração pontual num dos problemas da Previdência. Nós temos que discutir uma reforma da Previdência como um todo, o que o Governo, em especial o PT, sempre negou para a sociedade brasileira quando esse assunto foi debatido. Mas acho que o consenso hoje foi nessa direção. Da parte do PSDB, era importante que fizéssemos esse registro. Cumprimento todos aqueles que contribuíram para que o texto pudesse ser aperfeiçoado, até porque essa identificação foi feita pelo PPS, que nos procurou solicitando que realizássemos inclusive o destaque, que teria o nosso apoiamento, mas, dentro do diálogo do Plenário, foi possível trabalhar num amplo entendimento, já realizado pelo Relator. Muito obrigado. A Sra. Rose de Freitas, 1ª Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Marco Maia, Presidente. O SR. ARNALDO JARDIM –Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Com a palavra o Deputado Arnaldo Jardim. O SR. ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, nós Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS havíamos dialogado com o Relator anteriormente. Quero agradecer ao Relator a sensibilidade que teve, a partir do apelo feito por nós, do PPS, do apelo feito pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá, subscrito pela unanimidade dos partidos nesta Casa, no espírito daquilo que foi o pronunciamento do Deputado ACM, reiterado agora pelo Deputado Duarte Nogueira. Com a supressão operada pelo Relator, nós deixamos a discussão do auxílio‑doença para o momento oportuno, em matéria adequada, e se constrói a unanimidade em torno do relatório, acredito eu. Por conta disso, nós retiramos o destaque que havia sido apresentado pelo PPS, que exatamente objetivava retirar os §§ 10 e 11 do art. 29, o que o Relator já fez, antecipadamente. Portanto, o nosso destaque é desnecessário. Nós construímos um caminho de aprovação aqui, Sr. Presidente. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, na mesma linha do Deputado Arnaldo Jardim, que, aliás, tinha feito um alerta a respeito dessa questão, quero agradecer à assessoria do PTB, ao Clilson, que também nos alertou em momento oportuno. O PTB tem um destaque na Mesa. Esse destaque está sendo retirado, porque foi mantido o texto do auxílio-doença. Depois, trata‑se de pedir ao Relator que faça alteração também no seu relatório, quando diz que a tendência de alguns segurados é permanecerem no benefício em vez de buscarem a sua recuperação. O segurado só fica no benefício se a perícia médica tiver concedido essa condição. Jamais um segurado, por opção própria, fica no auxílio‑doença. Ele só fica se o perito médico lhe der essa condição. Nenhum segurado quer continuar no auxílio-doença, ele quer trabalhar e produzir. Portanto, mantido o cálculo do auxílio-doença, nós retiramos o nosso destaque, Sr. Presidente. REQUERIMENTO A QUE REFERE O ORADOR: DESTAQUE DE BANCADA (Bloco PSB/PTB/PCdoB) “Senhor Presidente, Requeremos, nos termos do § 2º do art. 161, V, combinado com o art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, DESTAQUE PARA SUPRIMIR os parágrafos 10 e 11 do Art. 29 constante do Art. 2º do PVL à MP 529/11. Quinta-feira 7 35611 Salas das Sessões, 6 de julho de 2011.– Deputado Jovair Arantes, 1º Vice-Líder do Bloco PSB/PTB/PCdoB” O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) –Presidente, questão de ordem, por favor, com base no art. 95, combinado com o art. 12 do nosso Regimento Interno. Sr. Presidente, peço atenção porque é uma questão muito importante para a Casa. O art. 12 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados define que as representações de dois ou mais partidos poderão constituir bloco parlamentar, sob liderança comum. Acrescenta, no § 1º, que “o Bloco Parlamentar terá, no que couber, o tratamento dispensado por este Regimento às organizações partidárias com representação na Casa”. E estabelece, no § 2º, que, “as Lideranças dos Partidos que se coligarem em Bloco Parlamentar perdem suas atribuições e prerrogativas regimentais”. Ora –depois eu encaminho à Mesa todo o texto escrito –, aqui, neste momento, nós temos oficialmente 13 partidos políticos coligados em três blocos parlamentares. Seria especioso aqui, embora esteja no meu texto escrito, elencar todos eles. Face à resolução tomada ontem sobre a estrutura das Lideranças, o nosso entendimento cristalino é de que, sob liderança comum, como diz o Regimento, e com a perda de atribuições e prerrogativas regimentais, é fundamental que a estrutura de Lideranças também obedeça a esses critérios, que valem para todos, no que se referem à sua dimensão, à sua estrutura e ao seu tamanho. Já que a nossa resolução tem esse escopo de lei, nós entendemos que a lei deve ser cumprida, sob pena de qualquer recurso em instâncias jurídicas aí. Portanto, resumindo, a indagação é sobre o cumprimento do art. 12 do Regimento no que se refere à estrutura dos partidos, entendendo que bloco parlamentar tem todo o escopo regimental de partido político, como, aliás, se verifica no encaminhamento de votações, no pedido de destaque, no tempo de Liderança. Isso vale também para a estrutura da Liderança. Essa é a questão de ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Deputado Chico Alencar, na verdade, o § 2º do art. 12 diz que “as Lideranças dos Partidos que se coligarem em Bloco Parlamentar perdem suas atribuições e prerrogativas regimentais”, não as atribuições administrativas a que cada partido têm direito e que são reguladas fora do Regimento, portanto, reguladas por lei específica para essas matérias. Então, dizendo isso, a compreensão desta Presidência é de que a sua questão de ordem não procede. Mas, de qualquer forma, em respeito à questão de or- 35612 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dem formulada por V.Exa., vou recolher a sua questão de ordem e vou respondê‑la posteriormente, à luz do Regimento da Casa e da legislação que trata sobre a representação e o funcionamento dos partidos políticos dentro da Câmara dos Deputados. O SR. MIRO TEIXEIRA –Também tenho uma questão de ordem, Presidente, sobre fato ocorrido na Ordem do Dia de ontem. V.Exa. me permite? O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Entendido, Deputado Chico Alencar? O SR. CHICO ALENCAR –Para concluir, Sr. Presidente. Com licença, Deputado Miro. O nosso entendimento é diverso. Obviamente, o direito regimental e a figura do Líder do bloco constituem um partido. A perda de prerrogativas regimentais de partido, na nossa avaliação, também significa perda desses elementos administrativos, que caracterizam inclusive, numericamente, para as estruturas de assessoria que a Câmara aprovou ontem, uma demasia total. De qualquer forma, vamos encaminhar, também por escrito, à Mesa esse... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Nós vamos responder posteriormente. O SR. CHICO ALENCAR –Bloco, para nós, é partido, como em tudo aqui. Por fim, Sr. Presidente, uma outra questão de ordem mais simples e mais rápida. Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça definiu que um Deputado participante do Conselho de Ética, que votou no caso da representação da Deputada Jaqueline Roriz, seria também o Relator do recurso da própria Deputada àquela instância, Comissão de Constituição e Justiça. Nós trabalhamos, sempre, de maneira judicialiforme, ou seja, sempre nos amparando por interpretação e por acompanhamento, por analogia, na legislação judicial. Nos códigos de processo penal e civil em todo o mundo, o julgador de primeira instância não pode ser também o mesmo julgador de segunda instância, de instância recursal. Portanto, por analogia, consideramos que essa decisão da Comissão de Constituição e Justiça foi equivocada, e o seria em qualquer caso. Dos 14 Parlamentares que votaram na representação, em sede de Conselho de Ética, não deveriam, em hipótese alguma, ser indicados como Relatores do recurso, porque a isenção fica comprometida. Há 60 membros da Comissão de Constituição e Justiça. É evidente que 46 poderiam ser escolhidos, não justamente esse que foi, independentemente do seu voto. Mas houve, como manifestação de posição. Então, parece-nos ruim para o procedimento da própria Casa. Indago a V.Exa. sobre a reversão dessa decisão. Julho de 2011 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Vou recolher a sua questão de ordem e lhe respondo posteriormente também, Deputado, à luz do Regimento. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, na sessão de ontem, o Deputado Maurício Trindade queria assegurar uma contribuição de 20 centavos a mais dos planos de saúde, para facilitar, para melhorar as condições de fiscalização desses mesmos planos pelo Estado brasileiro. Houve uma intervenção e se exigiu a retirada desse tema do parecer que nós estávamos examinando, do projeto de lei de conversão, quanto à Medida Provisória nº 528, sob a alegação de que havia uma Comissão Especial na Casa –estou aqui com as notas taquigráficas –que devia tratar de planos de saúde. Como esse é um tema que me interessa muito –há muitos anos que eu trabalho contra essa política de plano de saúde, que está aí revelando a cada dia como são tratadas as pessoas, não dão aquilo a que as pessoas têm direito –, eu fui olhar que Comissão Especial é essa. E eu não vi funcionando na Casa nenhuma Comissão Especial. Então, vou pedir a V.Exa. que –de repente, pode ter me falhado alguma coisa ou aos assessores que foram observar isso – mande verificar, pela Presidência da Casa, se existe esta Comissão Especial... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Vou mandar verificar, Deputado. O SR. MIRO TEIXEIRA –...para que, em seguida, de posse da informação de V.Exa., eu tome outra providência. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Vamos mandar verificar, para ver se há a existência ou não. O SR. MIRO TEIXEIRA –Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Pode haver o pedido para a criação também. Nós vamos dar uma olhada nisso. O SR. MIRO TEIXEIRA –Eu vou encaminhar a V.Exa. – se V.Exa. considerar necessário – as notas taquigráficas. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Pois não. Não é necessário, mas, se V.Exa. quiser encaminhá‑las, não há problema. O SR. MIRO TEIXEIRA –V.Exa. tem aí um belo Secretário-Geral ao lado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Pois não. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Concedo a palavra ao nobre Deputado Duarte Nogueira, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, Sras. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e Srs. Parlamentares, o Ministro dos Transportes foi afastado do cargo no dia de hoje. Como se deu a cronologia? Segundo a revista Veja, no dia 24 de junho, a Presidente Dilma Rousseff recebeu, no Palácio do Planalto, junto com as Ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o Secretário‑Executivo do Ministério dos Transportes, alguns outros dirigentes e colaboradores daqueles órgãos e do Ministério dos Transportes. Segundo a revista, receberam um pito da Presidente da República, pela identificação de superfaturamento de obras, inoperância nas ações do Ministério dos Transportes, supostos desvios de recursos públicos. Por aí foi a matéria da Veja. Dez dias depois, quando a matéria foi publicada, no dia 2 de julho, aí sim as pessoas foram afastadas. Eu me pergunto por que não o foram na data da reunião. Essa é uma indagação que faço. Depois o Brasil tomou conhecimento. Nós da Oposição, juntamente com o DEM, o PPS e aqueles que ficaram estarrecidos com a maneira como as coisas vinham sendo tratadas, fizemos a nossa representação ontem ao Ministério Público, para investigar e apurar eventual desvio de recursos públicos, superfaturamento de obras, propina, cobrança para atender a Parlamentares ou a partidos políticos. Hoje, inclusive, protocolamos um aditamento, dadas as notícias de enriquecimento de 80.000% – 80.000% –, em alguns anos, do filho do Ministro dos Transportes. Outro servidor foi afastado, parente do afastado Presidente da VALEC, que constrói neste momento uma casa de mais de 4 milhões de reais nas imediações da Capital Federal. Ora, o afastamento do Ministro dos Transportes não esgota o assunto. Temos de continuar a investigação, avaliar a extensão dos danos para a sociedade brasileira, para o Erário, se assim ficar comprovado; analisar a culpabilidade, se assim for; e punir. Tem que haver punição. A impunidade é a alma da corrupção. Vejam bem V.Exas.: o Ministro dos Transportes afastado no dia de hoje foi Ministro durante todo o Governo do Presidente Lula, assim como o Ministro Palocci. Conviveu com a então colega de Ministério, a então Ministra Dilma Rousseff, hoje Presidente da República. Portanto, Srs. Congressistas, Sras. e Srs. Deputados, não podemos simplesmente achar que o assunto se encerra com o afastamento do Ministro. A sociedade brasileira como um todo aguarda a nossa ação fiscalizatória, a nossa atividade para buscar a apuração desses fatos, ainda mais agora com o afastamento do Ministro. Eu não poderia deixar de dizer isso na noite de hoje, ainda que comemoremos a aprovação de uma Quinta-feira 7 35613 medida provisória que, com o esforço da Situação e da Oposição, promove ações benéficas no que se refere à sociedade, sendo que outras ações maléficas à sociedade ainda estão acontecendo, e me parece que se estão agigantando. Faço, portanto, esse registro da tribuna, em nome da bancada do PSDB. Hoje realizamos um aditamento à representação no Ministério Público, pedindo, inclusive, a juntada das investigações que já correm no Estado do Amazonas sobre esse uso do cargo público para obter benefícios pessoais, no que diz respeito ao aumento patrimonial de 80.000%, além das outras informações que foram juntadas na nossa representação. Faço esse registro, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, porque haveremos de continuar a aprofundar as investigações, seja pelo Ministério Público, seja pela Polícia Federal, seja pelo Tribunal de Contas da União, ao qual solicitamos auditoria especial em todos esses órgãos. E mais: no que diz respeito à Controladoria-Geral da União, em nossa opinião, prevaricou, porque reconheceu que essas irregularidades já aconteciam há muito tempo. Por que não tomou as medidas necessárias? Por que não decidiu realizar as investigações? Eram necessários o escândalo, a denúncia, as matérias de jornais e o posicionamento da Oposição para que isso acontecesse? Infelizmente isso foi necessário. A sociedade brasileira espera pelo desdobramento desse assunto, que não se encerra com o afastamento do Ministro dos Transportes. O SR. ANTHONY GAROTINHO –Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem, porque o PR foi citado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Para falar pela Liderança do Democratas, tem a palavra o Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. O SR. ANTHONY GAROTINHO –Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Depois V.Exa. terá a palavra. Aliás, V.Exa. poderia chamar o Líder do PR para falar pela Liderança do partido. O SR. ANTHONY GAROTINHO –S.Exa. não está presente. Eu sou Vice‑Líder e todos os Vice-Líderes estão aqui. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –O Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto tem a palavra, pela Liderança do DEM. O SR. ROBERTO FREIRE (Bloco/PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, eu daria preferência ao PR, porque aquele que é o responsável pelo grande escândalo nacional é um dos seus. Aliás, se o Presidente do PR quer falar, acho que esta Casa teria que lhe dar, evidentemente, espaço. Nós não podemos ficar ausentes da abordagem daquilo em 35614 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS relação a que a sociedade brasileira está bem presente. Refiro‑me ao escândalo ocorrido no Ministério dos Transportes. E o Presidente do PR está literalmente envolvido nisso. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Ele terá o espaço, Deputado Roberto Freire. Como o Líder do Democratas havia pedido a palavra anteriormente, nós vamos dar espaço a S.Exa. e, depois, à Liderança do PR e ao Líder da Minoria, que pediu também a palavra. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Concedo a palavra ao Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, para uma Comunicação de Liderança, pelo DEM. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, nós estamos, exatamente no dia de hoje, completando 1 mês da queda do ex-Ministro‑Chefe da Casa Civil Antonio Palocci. Nesse período de 30 dias já foram substituídos quatro Ministros do Governo da Presidente Dilma Rousseff, sendo que alguns deles sob suspeitas de desvio de conduta moral e ética. Usei ontem esta tribuna para dizer que era inadmissível que se tentasse limitar ou reduzir o problema a esse ou àquele Ministério. O problema não é apenas do Ministério dos Transportes, o problema é do Governo e da Presidente da República. Quero aqui lembrar que as denúncias que foram apresentadas pela revista Veja não são denúncias de fatos novos, mas denúncias de fatos que aconteceram supostamente desde o Governo do ex-Presidente Lula, cuja coordenadora principal era a então Ministra‑Chefe da Casa Civil e hoje Presidente da República Dilma Rousseff. Nenhum Ministério adita contratos, realiza processos licitatórios, executa orçamentos sem que haja controle. Nós sabemos que a Presidente tem fama de extremamente centralizadora – extremamente centralizadora! Portanto, não me convence a tese de que a Presidente da República não sabia, não participava ou não aceitava. Não me convence essa tese. Daí por que tenho a coragem de afirmar que, se há uma grande responsável pelo que está acontecendo, é a Presidente Dilma Rousseff; não vamos simplificar o problema, restringi‑lo a esse ou àquele Ministério. O Governo está podre! Qual é o balanço dos 6 meses do Governo da Presidente Dilma? São os escândalos, os problemas envolvendo os Ministros, a deterioração da base política nesta Casa. Esse é o problema central. O problema central está na falta de comando, está na forma de seleção dos cargos públicos, que, aliás, repito, não é deste Governo, vem lá de trás, do ex-Presidente da República, que, em vez de procurar construir uma relação institucional respeito- Julho de 2011 sa e de independência com esta Casa, prefere optar pelo “toma lá, dá cá”, pela negociação. Aí, é claro, fica refém dos partidos, principalmente do PT, porque este Governo, acima de tudo, é do Partido dos Trabalhadores – dos trabalhadores! Por isso lamento que estejamos aqui comentando a queda de mais um Ministro do Governo. O fato fundamental a ser ressaltado é que o problema está no coração do Governo, o problema está no DNA das pessoas que comandam o Governo, e da própria Presidente, que diz que tem um discurso moral, ético, que preza a moralidade e o bom trato da coisa pública, mas, na hora de agir, assim não procede. Assim não procede! Essa é a grande verdade. E aí fica. Em vez de o Governo, nesses 6 primeiros meses, ter produzido uma agenda positiva para o País, ter tirado os projetos do papel, ter realizado as obras, ter cumprido as suas promessas de campanha – não! –, ficou administrando crises, escândalos e demissão de Ministros. Ora, a maioria das denúncias que pesam no Ministério dos Transportes está vinculada ao PAC. Quem era a mãe do PAC, batizada pelo então Presidente Lula? Quem era a mãe do PAC? A mãe do PAC vai deixar o seu filho ter problemas sem que ela os conheça? Não me venha com essa história! Pelo amor de Deus! Ninguém acredita nisso! A descrença da sociedade neste Governo, na Presidente da República é total. O sentimento de impunidade é total. Nós estamos aqui para mostrar, na defesa da ética e da moralidade com a coisa pública, que este Governo está viciado, que este Governo como um todo tem problemas e que o vício está na origem da composição e da aliança política que foi firmada pelo PT com diversos partidos aliados; está, sobretudo, na falta de espírito público daqueles que governam e também – não vou poupá-la – da Presidenta Dilma Rousseff, que é a principal responsável por tudo o que está acontecendo de errado na vida pública brasileira. O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, questão de ordem, com base no art. 95. Eu queria fazer um apelo a V.Exa. para submeter à votação do Plenário, em seguida à fala dos Líderes, o requerimento, a moção de repúdio ao Governo da Bolívia relativamente à decisão do Presidente Evo Morales de legalizar automóveis em sua grande maioria roubados dos países do MERCOSUL, notadamente do Brasil. Na sequência, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Pois não. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Concedo a palavra ao nobre Deputado Anthony Garotinho, para Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco Parlamentar Bloco Parlamentar PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/ PHS/PTC/PSL. O SR. ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR-RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) –Sr. Presidente, em primeiro lugar, eu queria aqui fazer uma correção... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –V.Exa. não quer falar da tribuna? Eu acho que fica melhor. O SR. ANTHONY GAROTINHO –Posso, com o maior prazer. (Pausa.) Sr. Presidente, em primeiro lugar, eu gostaria de fazer uma correção relativa ao pronunciamento do Líder do PSDB. O ex-Ministro Alfredo Nascimento não foi demitido pela Presidente Dilma Rousseff. Eu estava junto com ele quando ele assinou a carta de demissão. Ele pediu demissão. E mais: ao pedir demissão, abriu mão do seu sigilo fiscal, abriu mão de suas prerrogativas como Senador, para ser investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. Eu estava presente quando ele assinou a carta de demissão, que encaminhou à Presidente Dilma Rousseff. Então, primeiro, eu quero esclarecer que o Ministro não foi demitido. Ele pediu para sair, a fim de dar liberdade para que as investigações sejam feitas. Não aceito a crítica ao PR como partido. O Deputado Duarte Nogueira, ao falar, dá a impressão de que o PSDB é um partido de anjos que se esqueceu do período das privatizações, daquele cidadão que privatizou as teles e hoje anda fugido do Brasil, mora no Paraguai. Vi, com muita tristeza, o meu querido Deputado ACM Neto atacar o Partido da República, esquecendo-se de que do seu partido também fazia parte o ex‑Governador do Distrito Federal, o Sr. Arruda. Não tente levar a questão para o lado partidário. Essa não é uma questão partidária. Deve ser tratada entre a Presidente da República e o Ministro. Não pode ser tratada como se fosse um problema do PR. Pessoas de boa e de má índole existem em todos os partidos políticos. O PT é a maior prova disso. O PT, que viveu aqui pregando a moralidade, acabou sendo o partido do mensalão. Então, não venham aqui posar de vestais algumas pessoas, porque pessoas corretas e incorretas existem em todos os partidos políticos. E mais: diferente do Ministro Palocci, que fugiu e não quis vir prestar depoimento nesta Casa nem no Senado, o Ministro Alfredo Nascimento se colocou à disposição para prestar todos os esclarecimentos, tanto no Senado quanto na Câmara. Quero dizer isso bem à vontade. Não tenho nenhum cargo no Governo Federal. Não tenho nenhum cargo no DNIT. Não conheço as pessoas que estavam lá, mas não vou admitir que se enxovalhe o partido. Quinta-feira 7 35615 Isso eu não vou admitir. O Partido da República pode ter problemas? Tem! Agora, não venha o PSDB aqui esquecer o que aconteceu no período de Fernando Henrique. Não venha o PT aqui querer esquecer o que aconteceu neste plenário na época do mensalão. Não venha o DEM aqui querer esquecer do escândalo do painel do vovô de quem falou aqui agora há pouco. Não venham, porque, se vierem, vão ter troco. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) –Concedo a palavra ao Líder da Minoria, Deputado Paulo Abi-Ackel, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB. O SR. PAULO ABI-ACKEL (PSDB-MG. Como Líder.) –Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, Srs. Líderes, senhoras e senhores que nos assistem em suas residências, tenho profundo respeito pelo Líder que me antecedeu, mas, de certa forma, suas palavras na tribuna desta Casa – que é a Casa do Povo, Casa do debate democrático, Casa do debate de posicionamentos – deixaram-me ainda mais perplexo do que quando li a reportagem da revista Veja com as denúncias publicadas a propósito dos acontecimentos do Ministério dos Transportes. Obviamente, é dever do Líder dos partidos do Governo promover a defesa dos seus membros, como é dever da Minoria combater aquilo que a imprensa vem publicando como eventuais desvios de conduta de membros da equipe do Governo. Confesso que minha perplexidade se dá na medida em que nós, da Oposição, atribuíamos, há até bem pouco tempo – exatamente antes do discurso do Líder que me antecedeu –, a providência da Sra. Presidente da República em demitir o Ministro dos Transportes como um ato saneador. Ora, qual a nossa surpresa quando informa o Sr. Líder do Partido da República que ela não o demitiu, mas que o Ministro foi quem apresentou a sua carta de demissão. Então, se ele continuasse Ministro, muito pior seria, pois estaria patente aquilo que nós já desconfiávamos, meu caro Líder do Partido da República: a mais absoluta e completa negligência do Palácio do Planalto com a gestão, com o trato eficiente da coisa pública, e, mais do que isso, com a tão propagada honestidade e absoluta intransigência – que não vem ocorrendo – com atos cujo conhecimento a Presidente da República tinha já há algum tempo. Nós até tivemos uma esperança de que a Sra. Presidente da República havia estabelecido um ato saneador. Mas não. Estou agora perplexo em ver que a demissão do Ministro dos Transportes não foi iniciativa da Sra. Presidente da República. Ela estava, portanto, conivente com o que vinha acontecendo com o 35616 Quinta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ministério dos Transportes e permaneceria conivente, não fosse a atitude do Ministro em pedir demissão. Ora, tomar conhecimento deste fato era só o que nos faltava na tarde de hoje. Aliás, isso não é mesmo novidade. Afinal de contas, o Sr. ex-Presidente da República – e aqui me refiro a ele com todo o respeito, porque é um ex-Presidente da República – Luiz Inácio Lula da Silva não queria as fiscalizações do TCU, e, recentemente, chegou a propor que as funções de fiscalização do Tribunal de Contas da União fossem diminuídas, o que comprova que as providências e os discursos de promessa de rigor com a corrupção valem para o discurso, mas não estão efetivamente valendo na prática. Assim, eu quero aqui fazer uso, Sr. Presidente, dos meus últimos 2 minutos para demonstrar outra contradição do Governo. Em entrevista hoje em Rondônia, que também ouvi perplexo nos sistemas de divulgação da mídia nacional, a Sra. Presidente Dilma Rousseff declarou que havia um problema de projeto em uma obra que ela visitava. E o problema do projeto era que o mesmo não tivera seu projeto executivo licitado. E disse a Sra. Presidente Dilma Rousseff: “Eu inclusive tendo a achar que todas as obras do País vão ter que ser executadas com projeto, vão ter que ser licitadas com projeto executivo, porque senão dá nisso, atraso”. Há algo mais incoerente do que essa fala da Sra. Presidente da República, que vem colocando esta Casa a votar o regime diferenciado de contratação, defendido pelos Líderes do Governo, em que estão excluídos do processo exatamente os projetos executivos? É isso, infelizmente, que vem acontecendo nesses últimos 6 meses de Governo. Não temos planos estratégicos para a educação, para a saúde, para o combate ao tráfico, para a insegurança pública nem tampouco para a infraestrutura. Enquanto a falta de gestão se impõe no Ministério dos Transportes, claramente, as rodovias federais do Brasil permanecem em estado de absoluta calamidade, com mortos e feridos aumentando em números idênticos aos dos países mais subdesenvolvidos do mundo. Infelizmente, o que nós vimos é que a Sra. Presidente da República comportou-se como uma professora de pré-primário, estabelecendo na revista Veja um paradigma antes nunca visto na República: o de que vai pôr em vigor um regime de monitoramento, como se fosse uma babá dos funcionários públicos sob suspeita na Administração Pública Federal, quando, na verdade, ela deveria ter demitido o Ministro em questão e não agido do modo leniente como nos informou há pouco o Líder do Partido da República, que ela não demitiu o Ministro, mas que foi o Ministro quem pediu demissão.