O SONHO DA CASA PRÓPRIA www.espm.br/centraldecases O SONHO DA CASA PRÓPRIA Preparado pelos Profs. Antonio Bonassa e Paulo Faria, da ESPM-SP. Recomendado para as disciplinas de Estratégia Empresarial, Marketing e Estratégia de Produto. Este caso foi escrito inteiramente a partir da experiência dos professores e das fontes mencionadas no tópico “Referências”. Não é intenção dos autores avaliar o movimento estratégico do setor e das entidades mencionadas. Todos os personagens mencionados são fictícios, e retratam os objetivos e os problemas de uma grande parcela da população brasileira. Este texto é destinado, exclusivamente, ao estudo e à discussão acadêmica, sendo vedada sua utilização ou reprodução em qualquer outra forma. A violação aos direitos autorais sujeitará o infrator às penalidades da Lei. Direitos reservados ESPM. Setembro 2011 www.espm.br/centraldecases RESUMO O mercado imobiliário vem passando por uma verdadeira revolução nos últimos anos, com milhares de famílias realizando o sonho de aquisição da casa própria. Entre os fatores que suportam o crescimento do segmento estão o controle da inflação, a queda das taxas de juros, o aumento da renda dos brasileiros e o lançamento de programas habitacionais para famílias com menor poder aquisitivo. O caso apresenta algumas das características do setor, destacando o déficit habitacional e os programas governamentais de apoio aos clientes de baixa renda. Além disso, visa retratar o lado do cliente deste setor, que são as famílias brasileiras que se deparam com a decisão de realizar o sonho de aquisição da casa própria. Por último, são apresentadas algumas das consequências e limitações para o desenvolvimento habitacional, como a elevação nos custos dos terrenos e a carência de mão de obra especializada na construção civil. PALAVRAS-CHAVE Setor habitacional, déficit, Minha Casa Minha Vida, mercado imobiliário | Central de Cases 3 SUMÁRIO 1. Introdução............................................................................................................................. 5 2. Fernando e Lurdes............................................................................................................... 5 3. O Problema Habitacional Brasileiro.............................................................................. 6 4. Programa Minha Casa Minha Vida................................................................................. 7 5. O Mercado Imobiliário Brasileiro.................................................................................... 7 6. A Grande Sorte..................................................................................................................... 8 7. E Agora, Fernando?............................................................................................................. 9 8. Referências...........................................................................................................................11 | Central de Cases 4 Introdução O mercado imobiliário vem passando por uma verdadeira revolução nos últimos anos. Em um momento favorável da economia brasileira, milhares de famílias estão realizando o sonho de aquisição da casa própria. Entre os fatores que suportam o crescimento da demanda nesse segmento estão o controle da inflação, a queda das taxas de juros, o aumento da renda da população e o lançamento de programas habitacionais voltados às famílias com menor poder aquisitivo. Este caso apresenta alguns dos grupos de personagens envolvidos nesse ambiente, desde uma família que se depara com a decisão de suas opções para moradia, até o proprietário de um terreno que se beneficia desse cenário para participar da criação de um novo conjunto residencial. O caso também apresenta algumas das características do setor, os programas governamentais de apoio aos clientes de baixa renda, bem como algumas das consequências econômicas do crescimento do setor habitacional no País. Fernando e Lurdes São Paulo, 22 de maio de 2011 – Domingo Quando acordou pela manhã, Maria de Lurdes estava ansiosa. Depois de dois anos e meio casada com Fernando, finalmente estavam próximos de adquirir um imóvel. Durante a semana a expectativa era enorme, estava difícil concentrar-se em suas atividades no trabalho. Lurdes, como é conhecida, trabalha como cabeleireira em um salão de beleza na zona oeste de São Paulo. Fernando também estava apreensivo. Só de pensar na possibilidade de entrar em um financiamento de longo prazo já tinha calafrios. Há quatro anos trabalhava em uma empresa de segurança patrimonial, mas seu salário ainda era baixo. Nem sonhava com a possibilidade de comprar um imóvel, uma vez que não tinha acumulado reservas financeiras suficientes. De fato, em sua mente, isso tudo se tratava-se de um passo gigantesco, muito além de sua capacidade! São Paulo, 20 de outubro de 2007 - Sábado Fernando e Lurdes conheceram-se em uma festa de casamento. Silmara, prima de Fernando, iria se casar e adquiriu um pacote de serviços chamado “Dia da Noiva” em um salão de beleza no bairro onde morava. Estava tão nervosa naquele dia, mas conseguiu se acalmar conversando com Lurdes, enquanto ela cuidava de seus cabelos. Ao final da tarde, sentindo-se linda, fez questão de convidar a nova amiga para o evento mais importante de sua vida, o seu próprio casamento! Na pequena recepção organizada para celebrar o matrimônio, Fernando quis conhecer a moça que estava um pouco deslocada no meio de sua família e de seus conhecidos. A conversa deu início a uma breve amizade, que logo se transformou em namoro, posteriormente coroado com um belo casamento. O casal planejava ter dois filhos e já discutiam seus possíveis nomes! Antes de se casarem, Fernando e Lurdes pensavam na possibilidade de alugar uma casa. Porém, ficaram surpresos com as elevadas despesas incorridas no casamento e optaram por morar na casa da mãe de Fernando, pelo menos até as coisas melhorarem um pouco. Afinal, ela era viúva e morava sozinha com o filho, e a casa era espaçosa o suficiente para o novo casal. No entanto, logo nos primeiros dias, Lurdes percebeu a complexidade da escolha. Eram poucos os momentos que podia ter privacidade com o marido, e todas as decisões da casa passavam pela aprovação de sua sogra. Após mais de dois anos nessa situação, sabia que o melhor era ter um lugar só para o casal. Falar sobre isso com Fernando era difícil, ele resistia à ideia de aumentar as despesas e ainda ter que deixar a mãe morando sozinha. Além disso, o salário mensal acumulado pelo casal era de aproximadamente R$ 3.000,00, e as despesas consumiam boa parte desse valor, com pouca sobra para pagar aluguel, muito menos para comprar um imóvel. | Central de Cases 5 Lurdes, por sua vez, depois de ouvir muitas histórias de clientes sobre programas de habitação popular, estava decidida a conhecer essa opção. Por diversas vezes mencionou a ideia com o marido, que pensava que a esposa estava ficando maluca. Mas Lurdes não se dava por vencida, tendo retomado o assunto com muita frequência nos últimos meses. Quase que vencido pelo cansaço, Fernando prometeu à esposa que iria pensar no assunto e aceitou visitar um feirão de imóveis para conhecer as possibilidades. No fundo, sabia que ter toda a família morando junto era ruim para sua esposa e para o seu casamento. Lurdes já se mostrava muito chateada com a situação, que exigia alguma mudança drástica para não prejudicar o relacionamento do casal. O cerco estava se fechando! O Problema Habitacional Brasileiro O problema habitacional pode ser facilmente observado nos grandes centros urbanos do País. Ele é caracterizado por parte representativa da população vivendo em residências de baixo padrão de qualidade ou em favelas. De acordo com estudo realizado pela FGV, em 2009, encomendado pelo Sinduscon-SP, o déficit habitacional brasileiro atingiu 5,8 milhões de famílias, o que representou 9,3% do total de famílias do País. Essa carência não se refere exclusivamente à quantidade de moradias que faltam para abrigar as pessoas, mas também às condições das moradias existentes. O déficit mede a carência total de moradias na sociedade brasileira.(1) Na prática, o elevado déficit habitacional representa que parte substancial da população brasileira vive em habitações inadequadas, muitas vezes não servidas por estrutura de saneamento básico (abastecimento de água e esgoto), às vezes com mais de uma família vivendo em uma única moradia, muitas vezes em favelas, cortiços, meros quartos ou salas, em casos extremos, embaixo de pontes ou lugares públicos. Segundo estudo publicado pelo Banco Central do Brasil, o déficit habitacional prejudica a convivência familiar dos brasileiros, cria problema nas áreas de saneamento, saúde, educação e emprego, além de favorecer o desenvolvimento de atividades relacionadas à criminalidade. (2) São muitos os fatores que contribuíram para esse cenário, entre eles os baixos índices de crescimento econômico verificado por décadas, as altas taxas de inflação que inviabilizavam programas de financiamento habitacional de longo prazo e o forte movimento de migração populacional. Sobre esse último fator, é de se notar o expressivo crescimento da população urbana no País. Em apenas uma década, houve crescimento superior a 16%. No ano 2000, 137.953.959 pessoas viviam em área urbana. Esse número cresceu para 160.879.708 pessoas em 2010, de acordo com o IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/ noticia_visualiza.php?id_noticia=1766 (2) http://www. bcb.gov.br/pre/ evento/arquivos/2010_3_21/ 2010_3_18_ Painel_V_Osvaldo_ Iorio.pdf (3) Fonte: http:// www.ibge. gov.br/home/ presidencia/ noticias/noticia_ visualiza.php?id_ noticia=1766 Figura 1: Crescimento da População Urbana no Brasil(3) | Central de Cases (1) http://www. sindusconsp.com. br/downloads/ economia/estudossetoriais/deficit2009.pdf 6 Programa Minha Casa Minha Vida Com o objetivo de atuar na solução dos problemas de habitação, e também de dinamizar o setor da construção civil e gerar empregos, o governo brasileiro lançou o “Programa Minha Casa Minha Vida”. Nele, famílias que se enquadram em condições econômicas específicas podem adquirir um imóvel e financiar o pagamento das prestações de maneira facilitada. A primeira fase do programa, lançada em 2009, teve objetivo de construir 1 milhão de moradias populares, 400 mil para famílias com renda até três salários mínimos, outras 600 mil para famílias com renda entre três e dez salários mínimos. Para a segunda fase estão previstos investimentos de R$ 71,7 bilhões até 2014 na contratação de 2 milhões de moradias. Para o público com menor renda, a compra dos imóveis é subsidiada pelo governo. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o valor máximo de cada unidade é de R$ 52.000,00 para apartamentos e R$ 48.000,00 para casas, isso na região metropolitana de São Paulo. O contrato de alienação do imóvel tem prazo de vigência de 120 meses, sendo que a prestação mensal é fixada em 10% da renda familiar do beneficiário, com prestação mínima de R$ 50,00. Para que as construções possam ser vendidas como parte do “Programa Minha Casa Minha Vida”, regras específicas devem ser seguidas. As moradias podem ser casas com 35 m2, ou apartamentos com 42 m2. As casas devem possuir sala, cozinha, banheiro, 2 dormitórios, além de área externa com tanque. Os apartamentos devem possuir sala, cozinha, área de serviço, banheiro e 2 dormitórios. Estas diretrizes podem ser encontradas em http://www.sindusconmg.org.br/site/arquivos/cartilha_minha_casa_minha_vida.pdf Figura 2: Perspectiva 3D de casa térrea no Programa Minha Casa Minha Vida(4) O “Programa Minha Casa Minha Vida” também contempla apoio para que famílias com renda entre 3 e 10 salários mínimos adquiram seus imóveis. Para esse segmento não existe especificação padrão de moradia. Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, uma família pode adquirir um imóvel de até R$ 130 mil, podendo financiar a aquisição em até 30 anos, com juros que variam conforme a renda. O Mercado Imobiliário Brasileiro De acordo com o Secovi-SP, Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo, o mercado imobiliário brasileiro passou por uma verdadeira revolução nos últimos dez anos. Dentre os fatores dessa virada de um segmento que amargou praticamente 20 anos de estagnação, está o controle da inflação, a queda das taxas de juros, a criação de novas diretrizes para o setor, o aumen- | Central de Cases 7 (4) Fonte: http:// civilengenharia.webnode. com.br/news/ as-casas-doprograma-habitacional-minhacasa-minha-vida/ newscbm_135789/25/ to da renda da população e o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, voltado para famílias com menor poder aquisitivo. Segundo reportagem da Revista Exame, o mercado brasileiro viveu em 2010 um período de euforia sem paralelo na história. Mais de 1 milhão de casas e apartamentos foram financiados no ano, duas vezes mais que em 2008. As vendas nunca foram tão velozes. A reportagem ainda indica que o preço dos imóveis novos subiu 26% nos últimos 12 meses em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. O preço dos imóveis usados subiu 24% no mesmo período. A alta média de 25% foi a maior do mundo, segundo dados de 37 países levantados pela consultoria Global Property Guide. Em dois anos, os imóveis brasileiros valorizaram 52%. (http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0992/noticias/a-maior-alta-do-mundo) Esse cenário causou grande expansão no número de unidades produzidas, alavancando o crescimento de setores importantes para a economia, como o setor da construção civil. O elevado crescimento gera discussão sobre a existência de bolha especulativa no setor, com a possibilidade de ocorrência de crise financeira com consequências negativas para a sociedade. Contrários a essa visão, três fatores são apresentados: 1) o elevado déficit habitacional brasileiro; 2) a demanda adicional de moradias decorrente do crescimento demográfico, estimada em 700 mil novas moradias por ano, de acordo com estudos do Banco Central do Brasil; e 3) o baixo volume de crédito imobiliário existente no País. País Estados Unidos Inglaterra Alemanha França Espanha Chile Brasil % Crédito Total PIB % Crédito Imobiliário PIB 187% 155% 105% 103% 170% 74% 50% 68% 75% 45% 28% 45% 20% 3% Figura 3: Proporção de Crédito Total e Crédito Imobiliário em relação ao PIB(5) A Sorte Grande... Quando recebeu uma herança familiar em 2001, Marco Antonio não ficou muito empolgado. Afinal, tratava-se de um terreno de 10 mil metros quadrados localizado no município de Cotia, zona oeste da região metropolitana de São Paulo, longe das principais ruas e avenidas da cidade, e sem muita estrutura urbana em seus arredores. Como estava montando um escritório de advocacia no período, especializado em direito societário, pensou na possibilidade de vender o terreno para facilitar os primeiros passos na nova empresa. Para sua surpresa, demorou muito para receber a primeira oferta, que foi baixa de acordo com suas expectativas. As ofertas subsequentes seguiam o mesmo caminho. Decidiu então manter o terreno como uma espécie de investimento de longo prazo. Com o passar do tempo, as atividades no escritório de advocacia prosperavam, impulsionadas pelo bom andamento da economia brasileira. Apesar de estar sempre atarefado administrando o escritório, Marco Antonio percebeu um crescimento estranho no interesse pelo seu terreno em Cotia. Nos últimos meses, quatro diferentes corretores haviam entrado em contato com o objetivo de intermediar a venda do terreno para construtoras. | Central de Cases 8 (5) Fonte: http:// www.bcb.gov.br/ pre/evento/arquivos/2010_ 3_21/2010_3_18_ Painel_V_Osvaldo_ Iorio.pdf Diziam que havia ocorrido boa valorização nos imóveis da região e que agora o terreno poderia ser vendido por mais de R$ 1.000.000,00, quase o triplo dos valores oferecidos no passado. Marco Antonio não se interessava pela venda naquele momento. Porém, uma última ligação sobre o assunto o havia deixado intrigado: ao invés da proposta rotineira de venda do terreno, recebeu a oferta de uma construtora para estabelecer parceria no desenvolvimento de um projeto imobiliário. Pela proposta, teria que ceder a propriedade do terreno para o grupo, mas ficaria sócio de um novo conjunto residencial que seria desenvolvido no local, participando com determinado percentual nas receitas de venda. Interessado no assunto, agendou reunião com a construtora para conhecer os termos da proposta. A empresa pretendia construir um conjunto residencial com 3 prédios no local. Os apartamentos iriam contar com infraestrutura necessária para uma família de classe média: dois dormitórios, uma vaga de garagem, boa estrutura de lazer no condomínio, etc. E o melhor, o custo dos apartamentos iria se enquadrar no “Programa Minha Casa Minha Vida”, para clientes com renda até 10 salários mínimos. Avaliando as possibilidades, Marco Antonio percebeu a diferença entre as propostas. Se fizesse a venda imediata do terreno, poderia obter cerca de R$ 1.000.000,00 à vista. Sendo sócio do projeto, sua participação poderia render entre três a quatro vezes este montante, dependendo do sucesso do empreendimento, em um prazo de até 36 meses. Após conversar com sua esposa, e analisar cuidadosamente os contratos, os futuros sócios e a qualidade da construtora, decidiu aceitar a proposta de parceria. E agora, Fernando? Eis que chega o grande dia, 22 de maio de 2011. Lurdes mal esperou o relógio despertar e já pulou da cama para se preparar. Não podia perder tempo. Tinha conseguido convencer Fernando sobre a visita ao feirão de imóveis. Antes das 9 horas já tinham tomado café da manhã e se dirigiam ao feirão, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo/SP. Nessa visita, encontraram alguns apartamentos que acharam interessantes, pelo tamanho, estrutura e localização. Não faziam questão de nenhum luxo e o apartamento não precisava ser muito grande. Precisavam de um apartamento na zona oeste de São Paulo, pois Lurdes trabalhava naquela região, e os amigos e familiares viviam na redondeza. Das opções analisadas, a que mais agradou foi de um apartamento com 2 dormitórios que seria construído em um conjunto residencial no município de Cotia. O preço solicitado era R$ 125.000,00. De acordo com a simulação realizada no feirão, as parcelas mensais iniciais do financiamento sairiam por volta de R$ 900,00, mas eram decrescentes. O financiamento tinha prazo de 30 anos. Além disso, seria necessário utilizar todo o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço que tinham para quitar a entrada do imóvel, estimada em R$ 31.000,00. A notícia ruim era que o apartamento estava previsto para entrega aos compradores no prazo de 24 meses. Durante a semana, Fernando havia comentado com um colega de trabalho a respeito da situação, explicou que estava preocupado com as elevadas despesas, mas também deixou claro que a situação atual estava se tornando insustentável. O amigo o informou que havia outras opções, como alugar um apartamento na região onde moravam. Nas condições pretendidas, o aluguel e condomínio de um apartamento poderiam sair por R$ 950,00 ao mês. Pensando nas opções, entre não fazer nada, comprar ou alugar um apartamento, Fernando e Lurdes discutiam os prós e os contras das possibilidades. Comprar parecia ótimo, era um investimento de longo prazo que seria importante para o futuro da família. Mas esperar mais dois anos para mudar parecia uma eternidade. Sem contar que a compra do imóvel iria representar mais despesas na época da obtenção das chaves, com acabamento e mobília do apartamento, sem contar o acréscimo aproximado de R$ 150,00 com condomínio. | Central de Cases 9 Voltaram pra casa com muitas dúvidas sobre o caminho a seguir. No meio da discussão, resolveram fazer uma tabela para facilitar a análise das opções: 1-Comprar Custo Mensal Atual Prazo para Mudança Custo Adicional do Condomínio (pós chaves) Uso do FGTS Patrimônio Futuro Apartamento Patrimônio FGTS 2 - Alugar 900,00 950,00 24 Meses Imediato 150,00 Já incluso no Aluguel Sim Não 120.000,00 - - 31.000,00 Figura 4: Fatores para decisão entre aluguel e compra do imóvel No final do domingo, a mãe de Fernando preparou um café e sanduíches e convidou Fernando e Lurdes para comer. Aproveitou a oportunidade para perguntar ao casal se tinha gostado da visita ao feirão de imóveis. Empolgada, Lurdes logo começou a falar do apartamento de seus sonhos, ficava em Cotia, fácil de chegar ao salão de beleza e de visitar os familiares. Percebendo que seu filho continuava quieto apesar da empolgação da esposa, a mãe logo perguntou: E agora, Fernando? | Central de Cases 10 Referências http://balanco.secovi.com.br/2010/ http://civilengenharia.webnode.com.br/news/as-casas-do-programa-habitacional-minha-casa-minha-vida/newscbm_135789/25/ http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/habita/mcmv/Portaria_93.pdf http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0992/noticias/a-maior-alta-do-mundo http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_habitacao/pmcmv/saiba_mais.asp http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNH/ArquivosPDF/MedidaProvisoria/MedidaAlteracoesDestaques.pdf http://www.iab.org.br/images/stories/deficit2008.pdf http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1766 http://www.sinduscon-mg.org.br/site/arquivos/cartilha_minha_casa_minha_vida.pdf http://www.uniapravi.org/images/evento/aandremarinho.pdfhttp://www.bcb.gov.br/pre/ evento/arquivos/2010_3_21/2010_3_18_Painel_V_Osvaldo_Iorio.pdf | Central de Cases 11