POR QUE DEVEMOS NOS PREPARAR PARA A RADIOTERAPIA COM PARTÍCULAS? JOSE CARLOS DA CRUZ • Planejamento Estratégico • Gerenciamento do ciclo de vida da tecnologia • Estudo de viabilidade Healthcare Financial Management, May 2005 – David J.Waldron http://findarticles.com/p/articles/mi_m3257/ “XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE FÍSICA MÉDICA – 2009” FORD - 1912 Ferrari Califórnia-2009 Jose Carlos da Cruz, PhD, MBA HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN “Inovação tecnológica" De acordo com a PINTEC (Pesquisa de inovação Tecnológica- IBGE), uma inovação tecnológica é definida pela introdução no mercado de um produto ou de um processo produtivo tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado. Essa definição, por sua vez, é baseada nas diretrizes metodológicas definidas no Manual de Oslo, 3ª edição, da Organização para a Cooperação Econômico (OCDE), de 2005. e Desenvolvimento GERENCIAMENTO DO CICLO DE VIDA DA TECNOLOGIA - Aplicável a toda tecnologia estratégica; ou de - Rápida Obsolescência MATURIDADE CRESCIMENTO DECLINIO INOVAÇÃO Tempo INOVAÇÃO CRESCIMENTO MATURIDADE HADRON THERAPY IGRT/SBRT (CBCT;PV;EXACTRAC) A.LINEAR(NOVALIS,TB ) A.LINEAR ( IMRT) RAPID ARC VMAT CYBERKNIFE (RCIR e SBRT) RADIOCIRURGIA (AL-GK) CT SIMULADOR 4D RXT INTRAOP. (MAMA/ABDOM) TOMOTERAPIA HDR (intersticial) Referência: Adaptado de Advisory Board por JCC DECLINIO LDR (Exceto Impl.próstata e oftálmico) ACELERADOR CONVENCIONAL E 3D HDR (Gineco) OBSOLETO A. LINEAR CONVENCIONAL (?) SIMULADOR CONVENCIONAL COBALTO-60 MD ANDERSON 2006 2014 “RADIOECONOMIA versus RADIOBIOLOGIA” • BRAQUITERAPIA: LDR x HDR • COBALTO x ACELERADOR LINEAR • BLOCO x MLC (IMRT – VMAT) • FRACIONAMENTO: CONV x HIPOFRAC. • FÓTONS x PARTÍCULAS Variável – CUSTO $$$$ ARTIGOS PUBLICADOS – PROTON THERAPY ANO PUBLICAÇÃO QUANTIDADE 1990 – 1999 219 2000 – 2005 358 2006 – 2010 588 2011 – 2015 1384 Trabalhos publicados 1384 1500 1000 588 500 219 358 0 1990 – 1999 Fonte - PubMed 2000 – 2005 Série 1 2006 – 2010 2011 – 2015 Tobias, C.A., Anger, H.O. and Lawrence, J.H. (1952). Radiological use of high energy deuterons and alpha particles. Am. J. Roentgenol. 67:1-27. HISTÓRICO "Radiological Use of Fast Protons", R. R. Wilson, Radiology, 47:487-491 (1946) Início da Próton Terapia: • 1954 – Lawrence Berkeley Laboratory – USA • 1957 – Gustav Werner Institute, Uppsala – Sweden: • 1º. Tratamento de um paciente com câncer • 1961 – Harvard Cyclotron Laboratory - USA HISTÓRICO Próton Terapia : • 1976 – 1º. Tratamento de Melanoma de Coróide (MGH/HCL) • 1990 – 1º. Hospital com uma Unidade dedicada de Próton Loma Linda – CA -USA Cortesia - MITSUBISHI ELECTRIC IMRT/ VMAT Raju & Koehler, 1980 Adpatado de A.Mazal – ESTRO-2011 Aumento da Efetividade Biológica Relativa (RBE) – principalmente na região do pico Bragg. 1Gy fótons # 1Gy Íons Adaptado de P. PESCHKE RBE – depende: Tipo da partícula Tipo de Célula/Tecido Profundidade LET Dose Efeito Biológico Largura do SOBP Adaptado de P. PESCHKE PRÓTONS • Todas as posições • Todos os níveis de dose por fração • Todos os tecidos Adaptado de P. PESCHKE ÍON CARBONO • RBE é VARIÁVEL (~2,5 a 3,5) • influenciado pela Energia e dimensão do SOBP Adaptado de P. PESCHKE Ernest Orlando Lawrence 1901-1958 Canton, South Dakota (United States) Lawrence Berkeley Lab 1939 Nobel Prize in physics Cortesia - MITSUBISHI ELECTRIC Cada campo requer um compensador e colimador específico. Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 SISTEMAS PARA DAR FORMA AO FEIXE PASSIVO: - espalhamento lateral (absorvedores) - modulação da profundidade Compensador – oftálmico Compensador – feito por maquina computadorizada Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 Campo único espalhado Passivamente. SOBP fixo – pouca proteção dos tecidos normais Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 Campos múltiplos – melhor conformação Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 MODELOS DE LIBERAÇÃO - SCANNING SS-Step and Shoot Scanning discreto SW-Slide Window Scanning contínuo Mais rápido dos métodos Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 PASSIVO SCANNING Maturidade da Tecnologia X Nova Tecnologia - Insensível à movimentação de órgãos X Sensível à movimentação de órgaõs - Relativamente inflexível - Muito flexível X Hardware específico para cada campo - Não há necessidade de hardware específico X Grande Gantry requerido - Pequeno Grantry X Dose integral - Dose Integral X Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 GANTRY ROTACIONAL GANTRY FIXO GANTRY DE LOMA LINDA - PRÓTONS Adaptado de Tony Lomax-ESTRO-2011 ProteusOne - IBA MEVION S250 PAÍS QUANTIDADE USA 17 JAPAN 12 GERMANY 5 CANADÁ 1 CHINA 4 FRANCA 2 ITALIA 3 INGLATERRA 1 REPUBLICA TCHECA 1 RUSSIA 3 COREIA DO SUL 1 SUÉCIA 1 SUIÇA 1 PAÍS QUANTIDADE USA 14 JAPAN 4 ÁUSTRIA 1 CHINA 2 FRANÇA 1 INDIA 1 HOLANDA 2 REPUBLICA SLOVAK 1 RUSSIA 1 COREIA DO SUL 2 SUÉCIA 1 TAIWAN 2 ARÁBIA SAUDITA 1 PARADIGMA DOS ANOS 80 E 90: Institutos de Pesquisa Grandes Centros (4 a 5 salas) Regiões Populosas Adaptado de EUGENE B. HUGEN PARADIGMA ATUAL: Grandes Centros Pequenas Instalações (até 1 sala) População de Centros Médios Adaptado de EUGENE B. HUGEN E BEST IND. • REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO • SISTEMA DE REEMBOLSO PREDITIVO • INDICAÇÕES ESTABELECIDAS E ACEITAS Adaptado de EUGENE B. HUGEN - Analisar o potencial clínico, interesse dos médicos e potenciais tratamentos; - Analisar a oportunidade de mercado local e regional; - Considerar financiamento, reembolso e cobertura, bem como regulamentos; - Considerar parceria financeira com outras Instituições; - Avaliar junto aos fornecedores as soluções oferecidas; - Considerar modelos de pequena escala oferecendo menor custo e instalações. - Plano de negócios - Planilha de Custos/Viabilidade/ROI - Formas de aquisição - Evidências clínicas: resultado da terapia com partículas pesadas (?) - Primeiro centro de Próton Terapia da América Latina - Vantagem competitiva: exclusividade, centro de referência - Expansão do atendimento Oncológico para outras especialidades - Novas linhas de Pesquisa e Ensino - Visibilidade no Brasil e Exterior - Motivar investimentos na área da saúde Adaptado de Advisory Board PERGUNTAS A SEREM RESPONDIDAS 1. Fonte potencial de casos (negócio-condições para pagar o tratamento) 2. Modelo operacional (base Hospital?) 3. Quanto Custa? 4. Quanto custa Operar? 5. Quem Opera? 6. Onde Opera? 7. Quanto sobra? 8. Em quanto tempo retorna o capital investido? 9. Riscos? 10.Fragilidades? 11.Conceitualmente o projeto tem lógica? Fonte: grupo investidores interessados USA e CANADA = 18 EUROPA = 17 AFRICA DO SUL = 1 ASIA = 17 No. DE PACIENTES TRATADOS TODO O MUNDO (até dez 2013) CENTROS FORA DE OPERAÇÃO: Total = 19.790 CENTROS EM OPERAÇÃO: Total = 102.659 2.054 He 1.100 pions 440 C-ions 433 other ions 15.763 próton 12.679 C-ions 89.980 próton Total = 122.449 Estatística até final de 2013 - Martin Jermann, PTCOG Secretary, dados publicados em junho de 2014 Região Casos Novos de Câncer Demanda por Radioterapia (50%) Latin America and Caribbean (2012) 1,096,100 ~ 548.050 Brasil (2015) 576.580 ~ 288.000 Data from IARC GlobalCan (2012) 2030 – 21,4 milhões de casos incidentes de câncer - (OMS/ACS) Características-Tendências-Impacto (CTI) Impactos Aspecto Características atuais Tendências Oportunidade - nível econômico - manutenção, dentro do público-alvo X - interesse de investimentos estrangeiros no setor; - início do ingresso de capital estrangeiro para investimento nesse tipo de tratamento / equipamento - flutuação do dólar - manutenção no patamar atual (?) Econômico - acesso à planos de saúde Social/cultural/ Demográfico Risco X X - 30% população possui algum plano de saúde privada X - aumento da incidência de câncer nos próximos anos; - realidade - falta de serviços/ equipamentos de radioterapia - suprimento atual aceitável deve levar mais de 10 anos - reembolso inadequado - incerto - interesse governamental no tratamento do câncer - interesse pelas próximas eleições X - acesso limitado à internet - possibilidade alta de mudança no médio prazo X X X X ANÁLISE SWOT AMBIENTE EXTERNO OPORTUNIDADES (O) o Equipamento inovador - prótons o Alianças com centros de Radioterapia no Brasil e Exterior para tratamento com prótons o Abertura de mercado internacional o Suprir demanda para Radioterapia o Novos convênios/categorias o Nova linha de pesquisa o Visibilidade internacional AMEAÇAS (T) o Variação Cambial o Outros equipamentos semelhantes serem instalados nos concorrentes o Obsolescência tecnológica o Não cobertura do tratamento pelos convênios Procedimento ( R$ ) Planejamento 2D 120,00 Planejamento 3D 480,00 R$/campo de tratamento Check filme 30,00 – 35,00 30,00 / mês Acessórios de imobilização 65,00 Blocos de colimação 52,00 PROCEDIMENTO ( R$ ) Radioterapia – IMRT 19.076,41 Planejamento 2D 335,98 Planejamento 3D 1.238,99 Radioterapia Conformada – RCT 3D 14.371,99 Check filme (1/incidência planejada) 28,70 Acessórios de imobilização Blocos de colimação 161,89 – 479,93 211,90 FONTE – TABELA CBHPM 5ª. Edição Faixa de número de Taxa de Municípios População Beneficiários Total 5.565 200.000.000 50.500.000 25% Até 10.000 2.558 13.498.655 522.292 3,9 50.000 2.422 51.359.754 3.212.075 6,4 100.000 319 22.435.075 2.930.872 13,1 1.000.000 252 63.211.221 16.552.725 26,2 1.000.001 ou mais 14 39.108.109 16.946.503 43,3 Município ignorado - - 646.065 - habitantes cobertura (%) (Brasil – ANS - dez/2008). Fontes: Sistema de Informações de Beneficiários – ANS/MS 12/2008 e População – IBGE/DATASUS/2008 Classe Total Brasil Fortaleza Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Curitiba Porto Alegre Distrito Federal A1 0,9% 1.5% 0,5% 0,4% 1,3% 0,6% 0,6% 1,6% 1,1% 2,2% A2 4,1% 3,3% 3,2% 2,8% 3,5% 3,4% 4,5% 5,0% 4,2% 7,1% B1 8,9% 5,9% 6,0% 4,6% 7,2% 8,3% 10,6% 11,4% 9,6% 11,5% B2 15,7% 8,7% 8,0% 9,6% 14,3% 14,1% 19,0% 18,8% 19,4% 18,8% C1 20,7% 11,3% 12,3% 16,1% 18,0% 23,1% 22,4% 23,9% 27,0% 17,9% C2 21,8% 19,9% 21,8% 24,4% 21,5% 24,6% 21,5% 18,5% 18,5% 17,7% D 25,4% 36,9% 40,7% 36,6% 31,5% 24,8% 20,7% 17,7% 18,3% 21,9% E 2,6% 12,5% 7,5% 5,5% 2,6% 1,2% 0,7% 2,1% 1,9% 2,9% ABEP - Associção Brasileira de Empresas de Pesquisa - 2008 - www.abep.org Dados com base no Levantamento Sócio Econômico - 2005 - IBGE Estado de São Paulo % Protons % Protons Potencial Brasil POTENCIAL TOTAL Prostata 13.310 25% 3.328 36.220 1% 362 3.690 Tumores Ginecológicos 3.500 18% 630 15.180 1% 152 782 Mama 15.640 8% 1.251 33.760 1% 338 1.589 Pulmão 7.570 25% 1.893 19.700 1% 197 2.090 Sistema Nervoso Central 2.520 40% 1.008 x 1% 0 1.008 30 80% 24 100 1% 1 25 Tumores pediátricos 1.528 25% 382 3.748 1% 37 419 Aparelho digestivopâncreas 1.393 10% 139 23.064 1% 231 370 Metástases x 5% 0 x 1% 0 0 Outros x 2% 0 x 1% 0 0 TOTAL 45.491 x 8.654 131.772 x 1.318 9.972 Tipo de Tumor Melanoma Olho Potencial Restante Estado SP Brasil Classe Renda média Familiar (R$) A1 9.733,00 A2 6.564,00 Classe % População Incidência Câncer B1 3.479,00 A1 0,9% 1.719.663 10.060 B2 2.013,00 A2 4,1% 7.834.019 45.829 C1 1.195,00 B1 8,9% 17.005.553 99.482 C2 726,00 TOTAL 155.372 D 485,00 Potencial para novos casos 11.653 E 277,00 Incidência de Câncer Radioterapia (50%) Casos Selecionados Estado de São Paulo (10%) 101.840 50.920 5092 Restante do Brasil (1%) 249.880 124.940 1249 TOTAL 6341 Market share Excluídos – pele não melanoma Japão (2002) – 12%: • Anexo a um serviço de Radioterapia • Construção: 1 sala blindada • Equipamento: 1 Gantry (compacto) • Profissionais: radio-oncologistas, físicos, técnicos, enfermagem, engenheiros, administrativo • Atendimento: 15 horas/dia • Capacidade máxima: 350 pacientes/ano CORTESIA IBA TRÊS LIÇOES QUE DEVEMOS APRENDER DOS PROVEDORES DE SERVIÇOS DE TERAPIA COM PRÓTONS 1. Build ramp-up period delays into the business model 2. Plan for a complex case mix and engage referral network 3. Improve efficiency at every step of the treatment POSTED IN Catherine Castillo The advisory board company Clinical Technology, Service Lines, Clinical Research, Oncology, Radiation Therapy, Clinical Operations,Quality • OPTIVUS - USA • IBA – BELGICA • HITACHI – JAPÃO • MITSUBISHI ELECTRIC – JAPÃO • SUMITOMO - JAPÃO • VARIAN - USA • MEVION – USA • SIEMENS - GER •Tomotherapy – USA (pesquisa) • VARIAN • ELEKTA Carbon ion ( 6+ ) Carbon nP nP P n P n P Pn n nP nP nP P n P Pn n CO2 CH4 Proton Hydrogen (1+) P 20Ne P 12C 1n Neon Mass 20 Carbon : 12 1p Neutron : 1 Proton : 1 : π- e- Pion Electron 1/7 : 1/1800 X-ray γ-ray : – • Pico Bragg mais largo, permite poupar mais os tecidos normais, a pele - mesmo com menos campos, e IMPT mais conformado. • Rápida queda da dose devido a um espalhamento 3 vezes menor que prótons. • Maior efetividade biológica ( 2-3 vezes maior que prótons) • Razão OER é reduzida • Reparo ao dano da radiação é suprimido • Dependência da radiosensibilidade com o ciclo celular é reduzida. Source: NIRS Why Are Healthcare Costs Exploding? See Proton Cancer Therapy - Custo equipamento (LINAC ~ $ 3,5M e P ~ 20,0 M) Vida média instalação prótons = 30 anos Custo tratamento: (IMRT/PROTONS) = $18,575/$32,428 Eficácia na destruição do tumor. Nível de evidência Escalonamento de dose e fracionamento Efeitos colaterais e redução de complicações Tratamento para poucos ou “massas”? Partículas de alto LET/RBE? Competição? Expansão de mercado? Luke Timmerman3/18/13 (Xconomy) OBRIGADO