UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCORDÂNCIAS E MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA CMA – CIÊNCIA DOS MATERIAIS 2º Semestre de 2014 Prof. Júlio César Giubilei Milan Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Resistência teórica Frenkel (1926) b G t a 2 Para o ferro puro t=12.836 N/mm2 (teórica) O aços para construção civil têm limite de escoamento (elástico) cerca de 1/20 deste valor calculado. • 1930 → Defeito linear → discordâncias • 1934 Orowan “Versetzung” e Taylor “Dislocation” • 1949 primeiras observações de discordâncias TEM Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Corresponde ao movimento de um grande número de discordâncias • Uma discordância aresta se move em resposta a uma tensão de cisalhamento perpendicular à sua linha Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Fig. - Rearranjos atômicos que acompanham o movimento de uma discordância aresta à medida que ela se move em resposta à aplicação de uma tensão de cisalhamento. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • O movimento das discordâncias envolve o rearranjo de apenas alguns átomos ao seu redor e não mais o movimento simultâneo e cooperativo de todos os átomos de um plano cristalino. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • O processo pelo qual uma deformação plástica é produzida pelo movimento de uma discordância é chamado de ESCORREGAMENTO • O plano cristalográfico ao longo do qual a linha de discordância se movimenta é o PLANO DE ESCORREGAMENTO Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência A deformação plástica macroscópica corresponde a uma deformação permanente que resulta do movimento das discordâncias, ou escorregamento, em resposta a aplicação de uma tensão de cisalhamento. Fig. – A formação de um degrau sobre a superfície de um cristal pelo movimento de (a) uma discordância aresta e (b) uma discordância espiral . Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Análogo a movimentação de uma lagarta Fig. - Representação da analogia entre os movimentos de uma lagarta e de uma discordância. Direção de movimentação das discordâncias: • Aresta → paralela a tensão • Espiral → perpendicular a tensão Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DENSIDADE DE DISCORDÂNCIAS Comprimento total de discordâncias por unidade de volume / número de discordâncias que interceptam uma área unitária de uma seção aleatória (mm de discordância/mm3 ou discordâncias/mm2) Cristais metálicos cuidadosamente solidificados → 103 mm-2 metais altamente deformados → 109 a 1010 mm-2 Tratamento térmico pode reduzir para 105 a 106 mm-2 Materiais cerâmicos (típico) → 102 a 104 mm-2 Em monocristais de Silício usados em CI → 0,1 a 104 mm-2 Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS Material deformado • 5 % da energia é retida na forma de energia de deformação associada a discordâncias • 95 % da energia é perdida na forma de calor. Distorção do retículo atômico ao redor da linha de discordância devido à presença do semiplano adicional de átomos Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência TENSÕES Fig. – Regiões de compressão (parte superior) e tração (parte inferior) localizadas ao redor de uma discordância aresta. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência INTERAÇÃO DAS DISCORDÂNCIAS Interação de campo de deformação de discordâncias próximas • Repulsão; • Atração. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Fig. – (a) Duas discordâncias aresta de mesmo sinal e localizadas sobre o mesmo plano de escorregamento exercem uma força repulsiva sobre a outra. (b) discordâncias aresta com sinais opostos e localizadas sobre o mesmo plano de escorregamento exercem uma força atrativa uma sobre a outra Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Durante a deformação plástica o número de discordâncias aumenta drasticamente. • Densidade de discordância de um metal deformado 1010 mm-2; • Discordâncias se multiplicam. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência SISTEMAS DE ESCORREGAMENTO As discordâncias não se movem com a mesma facilidade sobre todos os planos cristalográficos. • Planos e direções preferenciais de movimentação; • Planos de escorregamento SISTEMA DE • Direções de escorregamento ESCORREGAMENTO Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência SISTEMAS DE ESCORREGAMENTO • Depende da estrutura cristalina do metal; • A distorção atômica é que acompanha o movimento da discordância é mínima. • Planos de escorregamento → empacotamento mais denso (maior densidade planar) • Direções deste plano de escorregamento → mais densamente compactada (maior densidade linear) Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência ESTRUTURA CFC • Planos mais densamente compactados → família {111}; • Direções do tipo <110>. Fig. – (a) Um sistema de escorregamento {111}<110> mostrado no interior de uma célula unitária CFC. (b) O plano (111) mostrado em (a) e três direções de escorregamento <110> no interior daquele plano compreendem possíveis sistemas de escorregamento. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Número de sistemas de escorregamento independentes representa as diferentes combinações possíveis de planos e direções de escorregamento • Um plano de escorregamento pode conter mais de uma direção de escorregamento • Vários sistemas de escorregamento Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência O número de sistemas de escorregamento independentes representa diferentes combinações possíveis de planos e direções de escorregamento Para CFC 12 sistemas de escorregamento • 4 planos {111} diferentes • 3 direções <110> independentes Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Tab. – Sistemas de escorregamento para metais cúbicos de faces centradas, cúbicos de corpo centrado e hexagonais compactos. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS Tensão de Tração / Compressão → componentes de cisalhamento em todas as direções R .cos .cos F A O sistema de deslizamento que sofrer a maior R, será o primeiro a operar A deformação plástica começa a ocorrer quando a tração excede a tensão cisalhante resolvida crítica (CRSS – critical resolved shear stress). Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS Tensão de cisalhamento resolvida crítica (TCRC ) → Tensão de cisalhamento mínima exigida para iniciar o escorregamento • Monocristal deforma plasticamente ou escoa quando R(max)= TCRC tcrc e cos max cos A tensão mínima necessária para o escorregamento ocorre quando um monocristal está orientado de tal forma que = = 45° , assim: e = 2 tcrc Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS Fig. – Escorregamento macroscópico em Fig. – Escorregamento em um monocristal um monocristal. de zinco. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DE MATERIAL POLICRISTALINO • Orientação aleatória do grande n° de grãos → direção de escorregamento varia; • Durante o escorregamento → Integridade mecânica e a coesão são mantidas ao longo dos contornos de grão • Materiais policristalinos são mais resistentes que seus equivalentes monocristalinos Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DE MATERIAL POLICRISTALINO • Embora um único grão possa estar orientado favoravelmente em relação a tensão aplicada para o escorregamento ele não pode se deformar até que seus grãos adjacentes, e orientados de maneira menos favorável, também sejam capazes de sofrer escorregamento. Isso exige um nível mais alto de tensão aplicada. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Fig. – Alteração da estrutura do grão de um metal policristalino como resultado de uma deformação plástica (a)antes da deformação (b) após a deformação. Fig. – Linhas de escorregamento sobre a superfície de uma amostra policristalina de cobre que foi polida e subsequentemente deformada. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência DEFORMAÇÃO POR MACLAGEM • A deformação plástica pode ocorrer por maclagem; • Ocorre num plano cristalográfico definido e em uma direção específica que depende da estrutura do cristal; • Na maclagem a deformação por cisalhamento é homogênea. Fig. – Para um monocristal submetido a uma tensão de cisalhamento (a) deformação por escorregamento (b) deformação por maclagem. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Fig. – Diagrama esquemático mostrando como a maclagem resulta da aplicação de uma tensão de cisalhamento. Em (b) os círculos abertos representam átomos que não mudaram de posição Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Escorregamento Maclagem Orientação cristalográfica acima e abaixo do plano de escorregamento é a mesma tanto antes como depois da deformação; Reorientação através do plano de macla; ocorre em múltiplos distintos do espaçamento atômico. CCC e HC a baixas temperaturas e elevada taxa de carregamento (impacto); Deslocamento atômico é menor do que a separação interatômica; Quantidade de deformação plástica é pequena em comparação com a do escorregamento; Reorientação cristalográfica → pode provocar novos sistemas de escorregamento. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA • Importante para a compreensão dos mecanismos de aumento de resistência é a relação entre o movimento das discordâncias e o comportamento mecânico dos materiais • A habilidade de um material se deformar plasticamente depende da habilidade das discordâncias para se moverem • Técnicas de aumento de resistência → restringir ou impedir o movimento das discordâncias confere maior dureza e maior resistência ao material Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA PARA MATERIAIS MONOFÁSICOS: • Redução do tamanho de grão; • Formação de ligas por solução sólida; • Encruamento. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA PELA REDUÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO • Tamanho de grão influencia as propriedades mecânicas; • Grãos adjacentes → orientações diferentes → contorno de grão comum; Movimento de uma discordância á medida que ela encontra um contorno de grão, ilustrando como o contorno atua como uma barreira à continuação do escorregamento. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência • Na deformação, a discordância deve passar de um grão para outro; • Contorno de grão atua como barreira por duas razões: • Ao passar de um grão para outro a discordância deve mudar sua direção de movimentação (quanto maior a diferença de orientação mais difícil); • A desordenação atômica no interior de uma região de contorno de grão irá resultar em uma descontinuidade de planos de escorregamento de um grão para dentro do outro. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência • Para muitos materiais: e0ke.d 1 2 equação de Hall-Petch 0 – tensão de escoamento d – diâmetro médio dos grãos 0 e ke - constantes A influência do tamanho de grão sobre o limite de escoamento de uma liga de latão com composição 70 Cu – 30 Zn. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR SOLUÇÃO SÓLIDA • Formação de ligas por átomos de impurezas que entram em solução sólida substitucional ou intersticial; • Metais puros são mais macios e mais fracos; Variação do (a) limite de resistência a tração, (b) limite de escoamento, e (c) ductilidade (AL%) em função do teor de níquel para ligas de cobre-níquel mostrando aumento de resistência.4 Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR SOLUÇÃO SÓLIDA • Formação de ligas por átomos de impurezas que entram em solução sólida substitucional ou intersticial; • Metais puros são mais macios e mais fracos; Variação do (a) limite de resistência a tração, (b) limite de escoamento, e (c) ductilidade (AL%) em função do teor de níquel para ligas de cobre-níquel mostrando aumento de resistência. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR SOLUÇÃO SÓLIDA • Átomos de impureza (solução sólida) → deformações na rede cristalina; • Interações dos campos de deformação da rede cristalina e discordâncias → movimento de discordâncias restringido. (a) Representação das deformações da rede por tração imposta sobre átomos hospedeiros por um átomo de impureza substitucional de menor tamanho. (b) Possíveis localizações de átomos de impureza menores em relação a uma discordância aresta, de modo que existe um cancelamento parcial das deformações da rede impureza-discordância. (a) Representação das deformações compressivas impostas sobre átomos hospedeiros por um átomo de impureza substitucional de maior tamanho. (b) Possíveis localizações de átomos de impureza maiores em relação a uma discordância aresta, de modo que existe um cancelamento parcial das deformações da rede impureza-discordância. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO • Encruamento é o fenômeno pelo qual um metal dúctil se torna mais duro e mais resistente quando ele é submetido a uma deformação plástica. • Endurecimento por trabalho. • Trabalho a frio. • %TF = (A0-Ad)/A0 * 100 Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO Para o aço 1040, latão e cobre, (a) o aumento no limite de escoamento, (b) o aumento no limite de resistência a tração. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO Para o aço 1040, latão e cobre, (c) a redução na ductilidade (AL%) em função do trabalho a frio. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO A influência do trabalho a frio sobre o comportamento tensão-deformação para um aço com baixo teor de carbono. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO Diagrama esquemático tensão-deformação em tração mostrando os fenômenos de recuperação da deformação elástica e encruamento. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO • Interações entre campos de deformação de discordâncias. • Densidade de discordâncias aumenta → multiplicação ou formação de novas discordâncias. • Separação entre discordâncias diminui → na média, interações de deformação discordância-discordância são repulsivas → resultado líquido → movimento de uma discordância é dificultado pela presença de outras discordâncias. • densidade de discordância aumenta → tensão imposta, necessária para deformar um metal, aumenta com o aumento do trabalho a frio. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECUPERAÇÃO, RECRISTALIZAÇÃO E CRESCIMENTO DE GRÃO Deformação plástica • Alteração na forma do grão; • Endurecimento por deformação plástica a frio; • Aumento da densidade de discordâncias. Estas propriedades e estruturas podem ser revertidas novamente aos seus estados anteriores ao trabalho a frio mediante tratamento térmico apropriado (recozimento). • Recuperação e recristalização • Crescimento de grão Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECUPERAÇÃO Parte da energia interna de deformação armazenada é liberada em virtude do movimento das discordâncias • redução do número de discordâncias; • propriedades físicas (condutividade elétrica e térmica) são recuperadas aos seus estados que existiam antes do processo de trabalho a frio. Após a recristalização → grãos ainda se apresentam em um estado de energia de deformação relativamente elevado Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO Processo de formação de um novo conjunto de grãos livres de deformação e que são equiaxiais, com baixas densidades de discordâncias e que são característicos das condições que existem antes do processo de trabalho a frio. Novos grãos → núcleos muito pequenos que crescem (difusão) Recristalização → pode ser usada para refinar a estrutura do grão Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento de grãos do latão (a) Estrutura de grãos submetidos ao trabalho a frio (33 % TF). (b) Estágio inicial de recristalização após aquecimento por 3 s a 580 °C. os grãos muito pequenos são aqueles que foram recristalizados. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento de grãos do latão (c) Substituição parcial dos grãos trabalhados a frio por grãos recristalizados (4 s a 580 °C). (d) Recristalização completa (8 s a 580 °C). Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO Propriedades mecânicas → restauradas aos seus valores antes da deformação → metal mais macio, menos resistente e mais dúctil. Processo → depende do tempo e da temperatura Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO A influência da temperatura de recozimento sobre o limite de resistência a tração e a ductilidade de uma liga de latão. O tamanho de grão está indicado em função da temperatura de recozimento. As estruturas dos grãos durante os estágios de recuperação, recristalização e crescimento de grão estão mostradas esquematicamente. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO Temperatura de recristalização → temperatura na qual a recristalização atinge seu término em exatamente 1 h. (tipicamente entre um terço e metade da temperatura de fusão) depende de vários fatores: • quantidade de trabalho a frio; • ocorre mais facilmente em metais puros do que em ligas; • Metais puros → 0,3 Tf • Ligas → até 0,7 Tf Trabalho a quente Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO A variação da temperatura de recristalização em função do percentual de trabalho a frio para o ferro. Para deformações menores do que a crítica (aproximadamente 5 % TF), a recristalização não irá ocorrer. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência RECRISTALIZAÇÃO Temperatura de recristalização e de fusão para vários metais e ligas. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência CRESCIMENTO DE GRÃO • Após a recristalização completa → grãos continuam a crescer (temp. elevada) → crescimento de grão • Energia associada com contorno de grão → grãos aumentam de tamanho, área total do contorno diminui → redução da energia total → força motriz. • crescimento do grão → migração do contorno (difusão dos átomos em pequena escala de um lado do contorno para o outro) Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência CRESCIMENTO DE GRÃO Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento de grãos do latão (e) Crescimento de grão após 15 min. a 580 °C. (f) Crescimento de grão após 10 min. a 700 °C. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência CRESCIMENTO DE GRÃO Representação esquemática do crescimento dos grãos através de difusão atômica. O log do diâm. de grão em função do log. do tempo para crescimento de grão no latão a várias temperaturas. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência CRESCIMENTO DE GRÃO Propriedades mecânicas à temperatura ambiente de um metal com granulação fina são em geral superiores (maior resistência e tenacidade) do que aquelas dos metais com grãos grosseiros