UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
ILHAS DE ARQUEOLOGIA.
O QUOTIDIANO E A CIVILIZAÇÃO MATERIAL NA MADEIRA E NOS AÇORES
(SÉCULOS XV-XVIII)
VOLUME I
Élvio Duarte Martins Sousa
DOUTORAMENTO EM HISTÓRIA
ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA REGIONAL E LOCAL
TESE ORIENTADA PELO PROFESSOR DOUTOR PEDRO GOMES BARBOSA
E CO-ORIENTADA PELO PROFESSOR DOUTOR MÁRIO JORGE BARROCA
LISBOA JULHO DE 2011
“Não são pepitas de oiro que procuro.
Oiro dentro de mim, terra singela!
Busco apenas aquela
Universal riqueza
Do homem que revolve a solidão:
O tesoiro sagrado
De nenhuma certeza,
Soterrado
Por mil certezas de aluvião.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Mas só quero a fortuna
De me encontrar”
Miguel Torga, Poesia Completa Poesia, Volume I, Dom Quixote, 2007.
Nota:
O texto desta dissertação não está redigido conforme o novo acordo ortográfico.
Foto da capa: Mesa de trabalho com materiais arqueológicos da Madeira e Açores. Foto:
Élvio Sousa
Agradecimentos
A longa viagem que antecedeu a entrega desta dissertação integrou na “bagagem de
porão” extensas gratidões que não caberiam num reduzido bloco de papel. O
reconhecimento é, portanto, a versão prioritária no leque dos relacionamentos entre nós e
os outros.
As “Ilhas de Arqueologia” e a “Civilização Material da Madeira e dos Açores” tiveram a
íntegra orientação dos professores doutores Pedro Gomes Barbosa e Mário Jorge
Barroca. Aos dois que, quotidianamente, sugeriram linhas e abordagens de actuação em
função dos objectivo previamente delineados, um extensivo agradecimento.
No contacto directo com a terra e com os espaços humanizados que nós arqueólogos
chamamos de “sítios” há sempre uma alusão às gentes locais. Em Machico, onde
iniciámos a construção do quotidiano, em 1998, ficam sempre as lembranças e o
reconhecimento de encontrarmos na rua pessoas que nos acarinham e nos perguntam
regularmente se já encontramos o “tesouro”. E lá vamos respondendo, de quando em
vez, que o verdadeiro tesouro reside na aceitação profissional da actividade científica.
Outras localidades da Região Autónoma da Madeira merecem uma anotação. São
Vicente, lembrando o Sítio dos Lameiros e os fins-de-semana de escavações no Forno de
Cal do Barrinho; Santa Cruz com a experimentação da primeira actividade de
acompanhamento arqueológico de obra legalmente autorizada; e o Funchal com as
iniciáticas sondagens na Quinta dos Padres, e as saudosas discussões associativas
sobre a preservação da memória cultural.
Da Região Autónoma dos Açores há sempre uma ilha de eleição. Desta feita, a ilha de
Santa Maria. Foi na localidade da Prainha, Freguesia da Almagreira, que se encetaram os
primeiros trabalhos arqueológicos na ilha, em 2008. No projecto, a acção logística da
Câmara Municipal do Município de Vila do Porto e da Direcção Regional de Cultura foram
imprescindíveis.
Numa outra ilha, São Miguel, fomos encontrar um estudioso com uma capacidade de
interacção humana grandiosa: o Dr. Mário Moura. A ele devemos a abertura da sua
“casa-museu” e do laboratório-arqueológico na Cidade da Ribeira Grande; e onde
concretizámos uma primeira quantificação do espólio arqueológico proveniente das terras
do Mosteiro de Jesus.
Mais a Sul, e em Ponta Delgada, partilhámos o espaço da Fundação Sousa de Oliveira, o
grande pioneiro da arqueologia açoriana. Travámos conhecimento e amizade com o Dr.
Carlos Melo Bento, autor do único registo do trabalho arqueológico em Vila Franca do
Campo.
No companheirismo do trabalho de campo reforçam-se agradecimentos especiais ao
técnico de Arqueologia Fernando Alexandre Brazão, actualmente a residir nos Açores e
ao biólogo Rafael Fabrício Nunes que colaborou, cumulativamente, no trabalho de campo
e na gestão de imagens e quadros que compõem este estudo. Ainda ao nível do trabalho
de laboratório renovo uma mensagem de gratidão à técnica Lígia Gonçalves, que nos
auxiliou na reconstituição gráfica e restauro dos espólios.
Uma palavra de apreço aos companheiros das lides associativas. Instituições de
liderança interventiva como a ARCHAIS foram decisivas na maturação do pensamento e
na forma de ver o “mundo”. Desse modelo associativo que hoje teima em resistir, e de
muitos outros cidadãos que persistem em realçar a necessidade da preservação da
memória cultural, anoto as habituais discussões com o Dr. João Lizardo, Dr. Carlos
Costa, Dr. Arlindo Quintal Rodrigues e Dr.ª Isabel Gouveia.
Aos gaulenses da minha freguesia um eterno reconhecimento. A responsabilidade
autárquica dos últimos dois anos permitiu conhecer a profundidade das “veredas” da vida
local. O tempo que lhes foi diariamente dedicado foi emocionalmente retribuído, a dobrar.
À minha família que assistiu aos avanços e recuos - um carinho final. O projecto nasceu
em 2005, éramos dois. Em 2010, nascemos os três. À Liliana e à Mariana; esses sim, os
meus verdadeiros tesouros.
Resumo
Nas “Ilhas de Arqueologia”, procura-se retratar o papel que os arquipélagos da Madeira e
dos Açores assumiram no conhecimento dos testemunhos materiais pós-quatrocentistas.
A especificidade cronológica e cultural de terem sido achadas e povoadas nas primeiras
décadas do século XV (características que servem de terminus post quem na análise, por
exemplo, da cultura material), conferem às ilhas o estatuto de “campo experimental” no
âmbito da Arqueologia Moderna em Portugal.
A civilização material reflecte-se nos momentos de ruptura e de continuidade da vida
quotidiana. Após o povoamento, e consequente infra-estruturação dos territórios
insulares, circuitos comerciais regionais e intercontinentais, aliciados pelo ensaio e pelo
cultivo de novos produtos de exportação (açúcar e pastel), capitalizam a entrada e o fluxo
de novos apetrechos e produtos. Por exemplo, nos lares mais abastados das ilhas,
figuram novos artigos de importação oriundos do “Reino”, da Europa (Espanha, Itália,
França, Países Baixos, Holanda, Inglaterra, Alemanha) e do Oriente.
Os milhares de objectos (cerâmica, osso, vidro, metal e pedra), desenterrados de um
palimpsesto sedimentar com mais de três séculos, são a fonte de aproximação ao
complexo enredo das relações e das actividades sociais e económicas. A cerâmica é,
indubitavelmente, o vestígio predominante. No dia-a-dia, as peças de barro local e
importado materializam-se nas mais diversas tarefas: no serviço e na apresentação de
alimentos e bebidas; no armazenamento e no transporte; no aquecimento e na
iluminação; na higiene pessoal e da habitação; na actividade lúdica; e no uso
artesanal e industrial.
O retrato desta quotidianidade resulta do exercício dedutivo dos espaços e dos dados
exumados. É um relato ou uma versão – pessoal, particular e circunscrita – daquilo que
poderia ter sido uma parte dos acontecimentos colectivos à escala local e regional.
A diacronia do tempo habitado sedimenta no espaço, quase sempre entulhado, um
depósito de restos das gentes do passado. Perante esse repositório, quase mudo por
natureza, a tarefa mais complexa foi a de fazer falar o silêncio da terra habitada…
Palavras-chave: Madeira, Açores, Arqueologia Moderna, Arqueologia da Expansão
Portuguesa, Quotidiano, Vida Material e Civilização Material.
Abstract
This investigation is focused in describing the role taken by the archipelagos of Madeira
and the Azores in the knowledge of the material culture evidence after the 14th century.
The chronological and cultural specificity of being discovered and settled in the early
decades of the fifteenth century (characteristics that serve as the terminus post quem in
the analysis, for example, of material culture), contribute to the status of "experimental
field" as an important part of the Portuguese Early Modern Archaeology.
The material civilization is reflected in the moments of rupture and continuity of everyday
life. After the settlement regional and intercontinental trade channels, allured by the trial
and by the cultivation of new products (sugar and pastel), capitalize the entry and flow of
new devices and products. For example, wealthy households, include new items, imported
from the "Kingdom", Europe (Spain, Italy, France, Netherlands, Holland, England,
Germany) and from the Orient.
Thousands of objects exhumed from a three century-old palimpsest sediment, are the
source of approaching to the complex story of relations and social and economic activities.
Pottery is, by far, the predominant trace. In everyday life, local and imported potteries are
materialized in several tasks: the service and presentation of food and beverages; in
storage and transport, for heating and lighting, personal and housing hygiene; in the
leisure activity, and the artisanal and industrial use.
The portrait of this everyday life results from the deductive exercise of the spaces and
items exhumed. It is a story or a version - personal, private and limited – of what could
have been a part of collective events at local and regional levels.
The diachrony of the inhabited time, settles, in an often cluttered space, a deposit of
remains of the people of the past. Faced with this repository, almost silent by nature, the
most complex task was to give voice to the silence of the inhabited ground...
Key-words: Madeira and Azores Islands, Early Modern Archaeology, Portuguese
Expansion Archaeology, Everyday Life, Material Life and Material Culture Civilization.
Abreviaturas (relativas aos dois volumes):
AA – Arquivo dos Açores
AB – Alexandre Brazão
ALF – Alfândega de Machico
AAVV – Autores Vários
ACMM – Arquivo Câmara Municipal de Machico
AHM – Arquivo Histórico da Madeira
AL – Altura
ANTT – Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Ap – Área de Prospecção
Apud – Citado por…
ARM – Arquivo Regional da Madeira
BN – Biblioteca Nacional
BAHOP – Biblioteca e Arquivo Histórico de Obras Publicas
CARM – Colecção Arquivo Regional da Madeira
CC – Casa Colombo
CEAM – Centro de Estudos de Arqueologia Moderna e Contemporânea
CECA – Centro de Estudos de Cartografia Antiga
Cfr. – Confira
CG – Capela da Graça
CMF – Câmara Municipal do Funchal
CMFV – Colecção Museu Fotografia Vicentes
COMP - Comprimento
Coord. / Coords. – Coordenação / Coordenadores
CP – Convento da Piedade
CPM – Casa com a Porta Manuelina
C.RIB – Casa do Ribeirinho
CTM – Casa da Travessa do Mercado (que coincide com a Junta de Freguesia de
Machico)
D. - Dom
DB – Diâmetro da Base
DC – Diâmetro do Corpo
DE – Diâmetro Externo
Dir.- Direcção
DNF – Diário de Notícias do Funchal
Doc. – Documento
DP – Diâmetro de Pega
DPZ - Dietrich Putzer
DRAC – Direcção Regional dos Assuntos Culturais
DRaC - Direcção Regional de Cultura
DV – Diâmetro do Vértice
EB – Espessura de Bordo
EBJ – Espessura de Bojo
Ed. – Edição
Edit(s). – Editor(es)
EF – Espessura do Fundo
EG – Espessura do Gargalo
ENP – Elementos Não Plásticos
EP – Espessura de Parede
ES - Élvio Sousa
Et. Alli. – e outros
Ex-IPA – Ex-Instituto Português de Arqueologia
Fig., Figs. – Figuras, Figuras
Fl., Fls. – Fólio, Fólios
FSJ - Forte de São José
FSJB – Forte de são João Baptista
FSJB.SM – Forte de São João Baptista de Santa Maria
FX - Funchal
GEAEM – Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar
H.E.S. – Hartwig-E. Stneiner
Ibidem – A mesma obra, cuja referencia é idêntica a que lhe precede
IMSC – Igreja Matriz de Santa Cruz
In – Dentro de
Infra – abaixo de, à frente
Int. – Introdução
JB - João Baptista
JFM – Junta de Freguesia de Machico
JFM.PC – Junta de Freguesia de Machico, Poço-Cisterna
JORAM – Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira
L.º – Livro
LC – Luísa Correia
LG – Lígia gonçalves
LP – Largura de peça
MJ – Mosteiro de Jesus
MN – Miguel Nunes
MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga
MQC – Museu Quinta das Cruzes
Ms – Maço
MVFC - Museu Vila Franca do Campo
Ob. Cit. – Obra Citada
p. pp. – página, páginas
P.e - Padre
PRC – Paulo Ricardo Caldeira
QP – Quinta dos Padres
RC - Rui Caldeira
RJV – Rua Justiniano Vasconcelos
RN – Rafael Nunes
SC – Santa Cruz
SCM – Santa Casa da Misericórdia
S.d. – Sem data
S. l. - Sem local
SP – Sitio do Povo, Gaula
S.p – Sem paginação
Supra – Por cima de, atrás
Trad. – Tradução
Tip. Tipografia.
V.º - Verso
Vide – Observe, consulte
VFC/MSO – Vila Franca do Campo, Manuel Sousa d’ Oliveira
Vol. Vols. – Volume, Volumes
Índice – Volume I
0. Introdução
12
1. Metodologia, periodização e problematização
22
2. As Ilhas e a Arqueologia: os arquipélagos da Madeira e dos Açores
2.1. Os espaços e os registos de antropização
2.1.1.Enquadramento geográfico e apontamentos históricos
37
38
43
43
49
2.1.1.1. O Arquipélago da Madeira
2.1.1.2. O Arquipélago dos Açores
2.2. Os estudos arqueológicos
2.2.1. A Madeira e os Açores na problemática da génese da
arqueologia tardo-medieval e moderna em Portugal.
2.2.2. Os estudos pioneiros: António Aragão e Manuel Sousa
d’Oliveira
2.2.2.1. O pioneirismo de António Aragão
2.2.2.2. Antes e depois de Aragão
2.2.2.3. O experimentalismo de Manuel Sousa d’Oliveira
em São Miguel
2.2.2.4. O período pós Sousa d’Oliveira
2.2.3. O papel do associativismo, das autarquias e da
administração pública regional
2.3. “Mundos” de pouca terra e de muita água: os sítios
arqueológicos insulares.
2.3.1. Os espaços em contexto terrestre
2.3.1.1. Arquipélago da Madeira
2.3.1.1.1. Machico
2.3.1.1.1.1. Junta de Freguesia
2.3.1.1.1.2. Casa com Porta Manuelina
2.3.1.1.1.3. Forte de São João Baptista
2.3.1.1.2. Santa Cruz
2.3.1.1.2.1. Convento da Piedade
2.3.1.1.2.2. Misericórdia
2.3.1.1.3. Funchal
2.3.1.1.3.1. Quinta dos Padres
2.3.1.1.3.2. Forte de São José
2.3.1.1.4.Porto Santo
2.3.1.1.4.1.Casa Colombo
2.3.1.1.4.2. Capela da Graça e
construções anexas
2.3.1.1.5. São Vicente
2.3.1.1.5.1. Forno de Cal do Barrinho
2.3.1.1.6. Selvagens
2.3.1.1.7. Outros locais
2.3.1.2. Arquipélago dos Açores
2.3.1.2.1. São Miguel
2.3.1.2.1.1. Vila Franca do Campo
2.3.1.2.2.2. Ribeira Grande: Mosteiro de
Jesus
2.3.1.2.2. Santa Maria
2.3.1.2.2.1. Forte de São João Baptista
2.3.1.2.2.1.1. A estrutura turriforme
e as construções anexas
2.3.2. Espaços em contexto subaquático
53
53
62
63
67
76
83
85
95
95
95
95
97
99
100
101
102
105
106
106
109
111
115
120
121
121
126
128
137
137
137
138
141
142
146
154
2.4. “Pouca terra, muita gente”: das estratigrafias e das cronologias
3. A Construção do Quotidiano e a Vida Material
3.1. “Cacos, pedras e Homens”. A construção do passado aos
nossos olhos.
3.1.1. Da organização dos dados arqueológicos.
Metodologias, terminologias e dificuldades.
3.1.1.1. Como se organizou e quantificou 25 mil
fragmentos de cerâmica?
3.1.1.1.1. As categorias funcionais
3.1.1.1.2. As análises químicas e mineralógicas
3.2. Vida Económica e Social. Circuitos comerciais, distribuição e
consumo de produtos.
3.2.1. As importações: as cerâmicas do Reino, da Europa e
do Mundo
3.2.1.1. As cerâmicas do Reino
3.2.1.1.1.Os contentores para o fabrico do açúcar
3.2.1.1.2. As produções de Aveiro
3.2.1.1.3. As faianças brancas e pintadas
portuguesas
3.2.1.1.3.1. Esmaltada
3.2.1.1.3.2. Pintada
3.2.1.1.4. A louça vidrada
3.2.1.1.5. A loiça fina não vidrada
3.2.1.1.5.1. As séries empedradas e
modeladas
3.2.1.1.5.2. Os modelos pintados
3.2.1.1.6. A cerâmica comum utilitária
3.2.1.2. Os serviços europeus e orientais
3.2.1.2.1. As importações da Andaluzia e Valência
3.2.1.2.1.1. A diversidade das produções
sevilhanas
3.2.1.2.1.2. As séries douradas
valencianas
3.2.1.2.2. As importações italianas
3.2.1.2.3. As importações dos Países Baixos e da
Alemanha
3.2.1.2.4. As importações francesas
3.2.1.2.5. As porcelanas chinesas
3.2.1.2.6. Cerâmicas de proveniência
desconhecida
3.2.2. O comércio inter-ilhas: produtos e apetrechos
3.2.2.1. As importações cerâmicas dos Açores e das
Canárias
3.3. Arquitecturas e equipamentos funcionais
3.3.1. As estruturas escavadas na rocha
3.3.2 Outros equipamentos e pormenores construtivos
3.3.3. Os materiais e as técnicas de construção
3.3.3.1. A cerâmica de cobertura e de revestimento
3.3.3.2. Outros materiais de apoio aos sistemas
construtivos: pregos, tachas e chaves
3.3.3.3. As técnicas de construção
159
162
173
181
184
194
201
208
213
213
214
218
221
222
223
226
228
233
237
239
240
242
243
259
263
268
272
273
274
275
276
280
281
284
292
292
309
312
3.4. Viver dentro de casa: a cozinha e o quarto
3.4.1. O aquecimento da casa
3.4.2. Acender o lume
3.4.3. A iluminação
3.4.4. Os equipamentos de cozinha
3.4.4.1. Os apetrechos de ir ao fogo: as panelas, os
tachos, as frigideiras e as tampas
3.4.4.2. Os utensílios de apoio à confecção de
alimentos
3.4.4.2.1. O fabrico do pão: os alguidares (de
madeira e de cerâmica) e os discos
3.4.4.2.2. O fabrico de queijo e do cuscuz
3.4.4.2.3. A utilização do almofariz na cozinha
quinhentista
3.4.4.3. Recipientes para o armazenamento e o
transporte de líquidos e sólidos
3.4.5. Os serviços de mesa
3.4.5.1. As louças de ir à mesa
3.4.5.2. Outros artefactos
3.4.5.2.1. “A louça de pau”
3.4.5.2.2. Recipientes de vidro
3.4.6. O interior do quarto
3.4.6.1. Objectos de higiene pessoal e da casa: o
bacio e o alguidar.
3.4.6.2. Outras tarefas: a leitura e a escrita.
3.5. As actividades económicas: ofícios e actividades artesanais
3.5.1. A produção de cerâmica local
3.5.1.1. O fabrico madeirense e portossantense
3.5.1.2. O fabrico açoriano
3.5.1.2.1. Produções marienses
3.5.1.2.2. Produções micaelenses
3.5.1.3. Os oleiros e a matéria-prima
3.5.1.4. As tipologias madeirenses e açorianas
3.5.1.5. A aceitação e a difusão dos modelos de
importação
3.5.2. O fabrico do açúcar e os seus derivados.
3.5.2.1. A “cerâmica do açúcar”: sinos, formas e
porrões ou panelas
3.5.2.1.1. As tipologias de Portugal Continental
3.5.2.1.2. As tipologias açorianas: São Miguel e
Terceira
3.5.2.1.3. As tipologias madeirenses: o quadro
tipológico de Machico, Santa Cruz e Funchal
3.5.2.1.3.1.Tipologias de Machico
3.5.2.1.3.2.Tipologias de Santa Cruz
3.5.2.1.3.3. Tipologias do Funchal
3.5.2.1.3.4.Os achados ocasionais: Ponta
de Sol, Calheta e Faial
3.5.2.2. Os engenhos e as produções caseiras
3.5.2.3. A capacidade metrológica e outros objectos
de apoio à produção
3.5.3. A produção e o armazenamento de cereais. As covas,
os silos e as matamorras
3.5.3.1. As tipologias
3.5.4. O trabalho do osso e outras pequenas actividades de
circunstância
315
317
319
321
327
327
332
332
337
338
340
350
353
373
373
375
377
377
378
381
382
388
394
395
402
404
406
418
423
428
433
438
441
441
445
447
449
451
456
459
465
466
3.5.5. As medidas de capacidade: marcas de oleiro e de
fabrico
470
3.6. Aspectos da vida religiosa e funerária
3.6.1. Os adereços pessoais: Medalhas, cruzes, rosários,
santos e pendentes
474
3.7. O vestuário
3.7.1. Os ornamentos de vestuário
3.7.1.1. Fechos, fivelas, agulhetas e colchetes.
3.7.1.2. Alfinetes e outros acessórios de cabelo
3.7.1.3. Botões
3.7.2. Adornos e acessórios pessoais
3.7.2.1. Anéis, brincos e pregadores
3.7.2.2. Pulseiras e braceletes
3.7.2.3. Guizos e outros pendentes
3.7.2.4. Óculos, espelhos e pentes
3.7.3. Objectos de costura
3.7.3.1. Dedais
3.7.3.2. Alfinetes e agulhas de costura
482
483
483
488
491
493
493
496
497
498
500
500
502
3.8. Armamento defensivo e ofensivo
3.8.1. Esféricos: Projécteis, Pelouros e Balas
3.8.2. Armamento individual
504
505
507
507
509
512
3.8.2.1. Armas de mão e armamento neurobalístico
3.8.2.2. Brigandines e cotas de malha
3.8.2.3. Acessórios ao armamento: pederneiras e cadinhos
3.9. Hábitos e Passatempos
3.9.1. O uso do tabaco: os cachimbos
3.9.2. Jogos e brinquedos
3.9.2.1. Os Jogos de tabuleiro
3.9.2.2. As miniaturas dos serviços de cozinha e de mesa
3.9.2.3. As miniaturas antropomórficas e zoomórficas
476
514
514
515
518
521
525
4. Considerações finais
530
Bibliografia
542
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